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Títulos Públicos
Os títulos públicos são títulos de dívida emitidos pelo Tesouro Nacional com o
objetivo de financiar as atividades e projetos do governo. Investidores adquirem esses
papeis atrelado a uma rentabilidade, que vai variar como o tipo e tempo do título, por
exemplo.
Para que as pessoas se interessassem nesse tipo de investimento, o governo fez
várias mudanças no programa de títulos públicos, como por exemplo, diminuindo o
valor mínimo necessário para comprar uma parte de um título. Atualmente, com menos
de R$ 100,00 é possível participar desse tipo de investimento.
Dentro desse tipo de investimento (os títulos públicos), existem diferentes tipos,
que tem certas particularidades, liquidez e rentabilidade.
Títulos prefixados, como o nome diz, já vem com uma taxa já definida na hora da
compra, sendo assim, é possível saber o quanto será resgatado no vencimento. Esse
título ainda pode ser comprado de duas formas: Resgatando o investimento mais a
rentabilidade na data final dele, ou recebendo a rentabilidade semestralmente e o
investimento inicial no vencimento.
O tesouro Selic, possui rendimento de 100% da taxa Selic (taxa básica de juros da
economia) mais uma pequena porcentagem, no momento. Esse tipo de título possui
muita liquidez, é possível, como exemplo, resgatar o investimento antes do vencimento
sem pagar imposto por esse resgate antecipado.
Já o tesouro IPCA se diferencia dos demais, ele segue a inflação, ou seja, o índice de
inflação IPCA, além de uma taxa fixa extra. Caso não seja segurado até o vencimento, o
investidor poderá perder investimento ao resgatar esse título antes, pois ele seguirá o
preço do momento. Assim como os títulos prefixados, o tesouro IPCA também pode ser
resgatado na sua totalidade no vencimento, ou recebendo os juros a cada seis meses.
Como esse título está atrelado ao IPCA, se faz essencial observar como esse
índice tem se portado nos últimos anos3.
IPCA (%)
14
12
10
8
6
4
2
0
0 21 1 1 1 21 21 22 2 2 2 22 22 23
-2 b- r-2 un-2 ug-2 ct- c- b- r-2 un-2 ug-2 ct- c- b-
ec F e p J O e F e p J O e F e
D A A D A A D
SELIC (% a.a)
16
14
12
10
8
6
4
2
0
17 17 17 18 18 18 19 19 19 20 20 20 21 21 21 22 22 22 23
/1/ /1/ /1/ /1/ /1/ /1/ /1/ /1/ /1/ /1/ /1/ /1/ /1/ /1/ /1/ /1/ /1/ /1/ /1/
1 5 9 1 5 9 1 5 9 1 5 9 1 5 9 1 5 9 1
Fonte: Elaborado a partir do Banco Central do Brasil
Nota-se nos primeiros meses da pandemia houve uma grande redução da taxa de
juros. A pandemia, como mencionado anteriormente, causou muitas disrupções no lado
da oferta, sendo assim, o valor dos papeis sobe, a rentabilidade cai e então o Banco
Central induziu a queda da Selic.
Nesse contexto é necessário observar que o Brasil é um dos países com juros
reais (descontada a inflação) mais altos do mundo, seguido de México e Chile.
5.5
4.7
3
2.4 2.3 2.2
Nota-se no gráfico acima que o Brasil fica com a liderança ao possuir a taxa de
juro real, ou seja, descontada a inflação, mais alta do mundo, quase 2 pontos percentuais
mais alta que o segundo colocado, o México.
Em relação ao preço dos títulos, podemos dizer que quanto mais longo o
vencimento do título, maior será a taxa de rentabilidade. O IPCA+ 2045 oferece nesse
momento uma rentabilidade de 6.22%, enquanto a nível de comparação, o IPCA+ 2029
possui 5.79% de rentabilidade. No entanto, essas rentabilidades apenas serão entregues
se o investimento for levado até o vencimento e dependerá de quanto será o valor do
IPCA no período vigente, uma vez que o investimento está atrelado a esse índice. Caso
o investidor queira se desfazer desse título antes do vencimento, ele estará sujeito à
marcação de mercado, que é a flutuação do preço do título a depender das taxas do
momento. Isso se deve ao valor nominal atualizado, que é o preço atual de um título
público do tesouro direto.
Rendimentos de renda fixa possuem baixo risco de investimento, uma vez que a
chance de o governo não pagar o investidor é baixa, mas ainda assim pode-se citar
alguns tipos de riscos como a volatilidade da inflação, pois faz com que as taxas de
juros reais oscilam, diminuindo a previsão sobre o investimento, podendo impactar os
resultados. Há também os riscos de mercado, pois por ser um investimento de longo
prazo as oscilações são maiores, logo o risco de mercado é maior.
Exemplo disso foi observado recentemente quando o título alcançou quase 6,7%
de rentabilidade, superando o juro real. Paralelo a isso, na marcação de mercado, esse
título acompanha períodos de grande queda em seu preço, o que causa imprevisibilidade
para quem possui os títulos, como foi mostrado no gráfico 3.
Além disso, os juros internacionais elevados, as incertezas em relação ao cenário
fiscal do Brasil e cogitações de alteração da meta de inflação tende a manter os juros
dos títulos de longo prazo altos.
Como visto anteriormente, a oscilação da inflação é um fator de risco para o
investimento em títulos públicos, como no IPCA+ 2045. Segundo o Banco Central,
espera-se que a inflação acumulada em 2023 seja de 5,95% e em 2024 de 4,11%
Taxa de Juros
6
0
22 22 22 22 22 22 22 22 22 22 22 22 22 22 22 22 22 22 22 23 23 23 23 23 23 23
9/ 5/ 0/ 6/ 2/ 8/ 3/ 9/ 5/ 1/ 6/ 1/ 7/ 3/ 9/ 4/ 0/ 6/ 2/ 7/ 3/ 8/ 4/ 2/ 8/ 3/
3/ 3/2 4/1 4/2 5/1 5/2 6/1 6/2 7/1 7/3 8/1 9/ 9/1 10/ 0/1 11/ 1/2 12/ 2/2 1/ 1/2 2/ 2/2 3/1 3/2 4/1
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Fonte: Elaborado a partir de Federal Reserve
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Referências