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Bombas & Instalações Hidráulicas

Cap. 1 – Instalações e Tubulações


Teoria

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Instalações e Tubulações
Notas Importantes:
• O Capítulo 1 trata das Tubulações Industriais. Apesar deste assunto não fazer
parte do programa da nossa disciplina, é utilizado como informação de apoio, já
que o objetivo é chegar na seleção de bombas para uma instalação hidráulica
industrial.

• Maiores informações a respeito deste assunto devem ser verificadas no livro:


Tubulações Industriais – Materiais, Projeto e Montagem – Volume I – Silva
Telles.

• No Capítulo 1 juntamos algumas informações sobre “tubulações”, básicas, com


assuntos da disciplina, que representa o mínimo indispensável de informações
para a sequência do curso.

• A aula deste Capítulo não será dada integralmente na Teoria, pois uma boa
parte do capítulo será desenvolvida e apresentada pelas aulas de Laboratório, já
que lá temos recursos para mostrar componentes de tubulações em corte.
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Definições

Tubos: estruturas sólidas destinadas ao transporte de fluidos.

- Nomenclatura americana: “tubes and pipes”


• “pipes”: destinados ao transporte de fluidos.
• “tubes”: para trocadores de calor, transporte de instrumentação, vigas ou
elementos estruturais.

- Nomenclatura Copant: Comissão Pan-americana de Normas Técnicas


• “tubos para condução”: destinados ao transporte de fluidos.
• “tubos”: para outras finalidades.

Tubulação: um conjunto de tubos com seus diversos acessórios (conexões,


válvulas, bombas etc.).

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Materiais Utilizados
Para a escolha do material dos tubos devem ser considerados: tipo de fluido,
pressão, temperatura, agressividade, contaminação, custos etc.

Nota: Leitura do “Silva Telles” vai permitir utilizar


o material adequado, em função do tipo de fluido
e suas características (descritas acima).
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Materiais Utilizados
Nota: apesar do uso de tubos de materiais plásticos estar aumentando a cada
dia que passa, como o curso não é de Tubulações, vamos utilizar um dos
materiais como referência, apenas para informar sobre o procedimento dos
cálculos, que deve ser seguido qualquer que seja o tipo de material escolhido.

Isso significa que no projeto que será solicitado, os alunos poderão usar qualquer
material, entretanto, o procedimento de cálculo, ou seja, verificação das normas
dimensionais, cálculo de diâmetros e escolha de diâmetros comerciais, deverá
ser idêntico ao que vamos apresentar para o material considerado “exemplo”.

Material utilizado como exemplo: Tubo de aço

Tubos de Aço Carbono (para condução de fluidos): será utilizado como exemplo,
referência, pois é o que apresenta a menor relação custo/resistência mecânica e ainda
é um dos mais utilizados nas instalações hidráulicas industriais.

• podem ser encontrados com ou sem costura (costura  solda na fabricação do tubo);
• pretos ou galvanizados:
• galvanizados: recebem uma camada de zinco depositada a quente para
aumentar a resistência contra a corrosão;
• pretos: sem proteção. 5
Tubos de Aço – Normas Dimensionais

Normas Dimensionais:
Antiga (mas ainda em uso):
• Peso Normal – Standard – S
• Extra-Pesado – Extra-Strong – XS
• Duplo Extra-Pesado – Double Extra-Strong - XXS

Nova: Tubos de Aço para condução de fluidos: Norma ANSI B 36.10


• Esta norma adotou a “Numeração Schedule” para determinar a espessura de parede;

• O tubo é apresentado com um “diâmetro nominal”, comercial, expresso em polegadas,


que não representa nem o diâmetro interno nem o externo;

• Para cada diâmetro nominal existe um só “diâmetro externo”, mas com espessuras de
paredes diferentes, designadas por um número que acompanha a sigla “SCH”,
modificando portanto o diâmetro interno;

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Tubos de Aço – Normas Dimensionais
• A “Numeração Schedule” determinou a seguinte série:

SCH: 10 - 20 - 30 - 40 - 60 - 80 - 100 - 120 - 140 - 160

• Existe uma correspondência entre a antiga e a atual:

• SCH 40  corresponde ao antigo  Standard – S  (mais utilizada);


• SCH 80  corresponde ao antigo  Extra-Pesado – XS;
• SCH 160  além de não ter correspondência com a antiga, tem uma espessura
de parede menor do que a do Duplo Extra-Pesado – XXS.

Portanto, para saber o


diâmetro interno de um
tubo devemos consultar
as normas dimensionais
dos tubos feitos com o
material selecionado.

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Tubos de Aço – Normas Dimensionais

Página 184 – Livro Texto – TG 2

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Cálculo do Diâmetro
Num projeto, após escolher o material dos tubos, vamos precisar consultar as normas
dimensionais referentes ao material escolhido (seja qual for) e determinar o diâmetro
da linha, para selecionar o diâmetro comercial normalizado;
Definindo:
• CB = custo do conjunto moto-bomba (custo de aquisição do conjunto moto-
bomba, instalação, operação e manutenção);
• CL = custo da linha (custo de aquisição dos tubos, válvulas, conexões, mão de
obra de assentamento dos tubos)
• CT = custo total da instalação  CT = CL + CB

Verifica-se (veja dedução no Livro Texto) que a variação dos custos parciais em função
do diâmetro pode ser representada por: ( CB ; CL ) = f ( D )

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Cálculo do Diâmetro

Como o custo total é a soma dos custos parciais: CT = CB + CL

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Cálculo do Diâmetro

Verifica-se que existe uma equação que pode determinar o diâmetro ótimo
(veja dedução no Cap. 1 do Livro Texto):

Entretanto esta fórmula não é muito confiável em função de K = cte de Brésse que é
função de muitas variáveis e no Brasil a variação de K é muito grande.

Para resolver o problema vamos utilizar um método simples que segue recomendações
da vida prática (profissional).

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Cálculo do Diâmetro
Página 183 – Livro Texto – TG 1
nota: valores testados e consagrados na prática e que geram diâmetros econômicos

Procedimento de cálculo:
Utilizando equações conhecidas da Mecânica dos
- Vazão conhecida;
Fluidos:
- Adotar uma velocidade de acordo com a
tabela acima (V’);
- Calcular um diâmetro provisório (D’);
- Consultando as normas dimensionais do
material escolhido, selecionar um
diâmetro nominal comercial (Dnom);
- Com o diâmetro interno (Di) do nominal
escolhido recalcular a velocidade. 12
Cálculo do Diâmetro

Supondo uma instalação com água, para a tubulação de recalque da bomba = redes
em instalações industriais  2 a 4 m/s (faixa recomendada):
Supondo que a vazão seja de 6 L/s, vamos adotar 4 m/s (limite superior da faixa)
(é melhor sempre começar com o limite superior e depois diminuí-lo na normalização, muito embora uma avaliação
do valor das perdas deve ser efetuada, em função do número de singularidades utilizadas):

Supondo que o material escolhido seja AÇO, consultamos as normas dimensionais (ANSI B.36.10)

Devemos escolher 52,5mm – 2” – SCH 40


para que a velocidade seja menor do que 4

... recalculando a velocidade:

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