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Curso de Psicologia

Disciplina de Psicodiagnóstico – 2016/2


*Não é uma técnica única
* Os objetivos determinam suas estratégias, seus
alcances e seus limites
*É um recurso para o trabalho do psicólogo

* *Utilizada em diferentes áreas da psicologia


*Mesmo dentro da área clínica, pode ser
utilizada de diferentes formas
*Requer habilidade, aptidão, atualização e
treinamento

Profa. Dra. Gabriela Peretti Wagner


*
* Material elaborado com contribuições da Profa. Dra. Adriana Jung Serafini

*A entrevista é imprevisível, mesmo em * Estar presente, no sentido de estar inteiramente


referenciais que possuem padronização de disponível para o outro naquele momento, e poder
etapas ouvi-lo sem a interferência de questões pessoais
*A entrevista é um campo no qual muitos * Ajudar o paciente a se sentir à vontade e a
fenômenos ocorrem desenvolver uma aliança de trabalho
* Observa-se uma série de aspectos formais e não * Facilitar a expressão dos motivos que levaram a
formais: atrasos, esquecimentos, mudanças bruscas
de assunto, posição do corpo, gestos, silêncio pessoa a ser encaminhada ou a buscar ajuda
* Buscar esclarecimentos para colocações vagas ou
incompletas
*É a teoria e a técnica que fornecem condições
ao entrevistador * Gentilmente confrontar esquivas e contradições

* *

* Tolerar a ansiedade relacionada aos temas evocados *Tempo contratado com o paciente
na entrevista
*Início, meio e fim
* Reconhecer defesas e modo de estruturação do
paciente, especialmente quando elas atuam *Foco de investigação que leva ao
diretamente na relação com o entrevistador esclarecimento da origem da queixa, demanda
(transferência) ou do sintoma (razões de busca pelo
* Compreender seus processos contra-transferenciais atendimento)
* Assumir a iniciativa em momentos de impasse *Observar motivo manifesto e motivo latente
* Dominar as técnicas que utiliza

* *

1
*O que é a História do 1) História Pessoal ou Anamnese
*Reconstituição global da vida do
examinado? paciente – enquadramento e
significação do problema
* Deve ser enfocada conforme os
objetivos do exame e dependendo do
*História pessoal /anamnese (1) tipo e da idade do paciente

*História clínica ou história da *Fontes secundárias?


doença atual (2)

*Avaliação psicodinâmica (3)

1) História Pessoal ou Anamnese


*Contexto familiar 2) A História Clínica
*História pré-natal e peri-natal - história e exame mental do paciente – recursos básicos
*Primeira infância (até 3 anos) do diagnóstico
*Infância intermediária (dos 3 aos 11 anos)
*Pré-puberdade, puberdade e adolescência - emergência de sintomas ou mudança comportamentais
*Idade adulta e sua evolução

- importante ter a versão do próprio paciente em


relação ao problema

-queixas como ponto de partida

*Tarefa restrita à história e exame do paciente quando:


3) Avaliação Psicodinâmica
Pacientes com alto grau de comprometimento – funções
do ego ou cognitivas – dificuldades de comunicação, de - integração com a história do examinando
seguir instruções e/ou colaborar
- colocação da problemática em uma perspectiva histórica, o
que permite compreender o transtorno dentro de um
dificuldades na utilização de testes processo vital, em um contexto temporal, afetivo e
social, com base em um referencial teórico
Outros casos: falta de instrumentos, recusa do
paciente - identificação de mecanismos de defesa e da estrutura
psíquica, bem como estabelecimento de relações de
eventos traumáticos no desenvolvimento potencialmente
relacionados com o conflito atual

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* *Avaliação Psicológica de
Crianças
Importante: estabelecimento de objetivos, - Aspectos Neuropsicológicos e
contrato, sigilo, escolha das técnicas e Comportamentais -
testes, motivo da busca
“Participantes”: paciente, pais ou
responsáveis
Objetivo: coleta de informações e análise
do contexto social, cultural e econômico
dos envolvidos
A história dos pais (crianças)

* *

Observação do comportamento (5 campos)


Comportamento adaptativo Observação do comportamento (5 campos)
Organização de estímulos, percepção de relações entre Comportamento motor grosseiro
objetos/elementos, decomposição de todos em partes e a Reações posturais, equilíbrio da cabeça, sentar, ficar de pé,
reintegração de partes de forma significativa engatinhar, andar
Ajustes sensório-motores: coordenação de olhos e mãos para Comportamento motor fino/delicado
alcançar objetos e manuseá-los, capacidade de usar o
equipamento motor para resolver problemas práticos, etc. Uso das mãos e dedos na aproximação preensória do objeto e
nos gestos de pegá-lo e manipulá-lo
Linguagem
Expressões faciais, gestos, movimentos posturais, vocalizações,
uso de palavras, expressões ou frases
Imitação e compreensão das comunicações de outras pessoas

* *

Observar / Questionar
Observação do comportamento (5 campos) 1º trimestre do 1º ano: controle dos músculos oculomotores
Comportamento pessoal-social 2º trimestre (16 a 28 semanas): comando dos músculos que
Reações pessoais da criança à cultura social em que vive sustentam a cabeça e a parte superior do tronco e que
Aptidões para alimentar-se, autodependência nas brincadeiras, movem braços e mãos; o bebê estende a mão, agarra,
a cooperação e a receptividade ao treinamento e às convenções desloca e manipula objetos; cabeça se mantém ereta e
sociais, etc. firme
3º trimestre (28 a 40 semanas): comando do tronco e dos
dedos; remexe e apanha objetos com os dedos; senta-se e
engatinha
As cinco áreas interagem entre si!
4º trimestre (40 a 52 semanas): amplia comando de pernas e
pés e dispensa o apoio secundário para mãos e dedos;
sustenta-se de pé e caminha com apoio

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*Exemplos – sinais desenvolvimentais
* * Dificuldades em contrução com blocos
* Imaturidade na destreza manual (lápis)
* Inabilidade para pegar uma bola
Observar / Questionar * Atrasos (sentar, falar, caminhar)
2º ano: anda e corre; articula palavras e enunciados verbais
curtos, adquire controle das fezes e urina e chega a um * Problemas de articulação da fala
senso rudimentar de identidade pessoal * Lentificação de movimentos
Entre o 2º e o 3º anos: criança fala através de frases, usando
palavras como instrumentos de pensamento; mostra uma
propensão positiva a compreender seu ambiente e a atender
à exigências da cultura
4º ano: formula inúmeras perguntas, percebe analogias e
manifesta uma tendência ativa a conceituar e generalizar; é
*
quase autodependente nas atividades da rotina doméstica
5º ano: controle motor amadurecido; pula e salta; fala sem
articulação infantilizada e narra histórias longas; prefere
brincadeiras em grupo

*Exemplos – sinais de anormalidade * Cunha, J. A. (2000). Psicodiagnóstico V. Porto


* Assimetria de movimentos Alegre: Artmed.
* Dificuldades de integração auditivo-visual * Cap. 05 – A Entrevista Clínica
* Movimentos coréicos * Cap. 06 – A História do Examinando
* Disartria
* Disdiadococinesia (dificuldades de realização de * Knoblock, H. & Passamanick, B. (2002). Gesell e
movimentos por incoordenação cerebelar) Amatruda. Psicologia do desenvolvimento do
* Hipocinesia lactente e da criança pequena. Bases
* Labilidade afetiva neuropsicológicas e comportamentais. São Paulo:
* Tremores Atheneu.
* Hipotonia * Cap. 01 – O Desenvolvimento do Comportamento

* *

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