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Medicina Veterinária

Interpretação de exames em animais: hemograma e bioquímica sérica


Professora: Maíra Lima (@mairalimavet)

TECNOLOGIA LABORATORIAL EM MEDICINA VETERINÁRIA

apropriada em um tubo com ácido


1. Técnicas hematológicas etilenodiaminotetracético (EDTA). Quando se realiza
qualquer procedimento hematológico, é importante
➢ Técnicas básicas aplicáveis em qualquer que o sangue esteja completamente homogêneo. Os
hospital veterinário componentes celulares podem decantar
rapidamente quando se coloca o tubo sobre um
Homogeneização sanguínea – para todas as balcão ou na estante para tubos (Figura 1.1). O tubo
mensurações hematológicas pode ser colocado na estante giratória ou um rack de
inclinação projetado especificamente para
Assume-se que a amostra sanguínea tenha homogeneizar sangue (Figura 1.2).
sido coletada recentemente e de maneira

Figura 1.1 Esquerda: sedimentação de sangue. Figura 1.2 Exemplo de mesa mecânica de
Direita: homogeneização do sangue manualmente homogeneização sanguínea.
antes de coletar uma alíquota.

Volume globular ou hematócrito (Htc) por ou levemente inclinado para baixo e encostando-se
centrifugação a extremidade superior no sangue do tubo com
EDTA (Figura 1.3).
O valor do volume globular (ou hematócrito) b. Na sequência, possibilite que o tubo seja
é a porcentagem do sangue total composta pelos preenchido 2/3 de sua extensão.
eritrócitos. É mensurado a partir de uma coluna de c. Segure o tubo horizontalmente para evitar que o
sangue que, após a centrifugação, resulta na sangue escorra para fora e, então, sele uma das
compactação máxima dos eritrócitos. Os materiais extremidades pressionando o tubo contra o material
necessários para obter o volume globular incluem selante por uma ou duas vezes (Figura 1.4). Mesmo
tubos de micro-hematócrito), material selante para se existir ar entre o sangue e o selante não é um
os tubos, centrífuga de micro-hematócrito e um problema, pois o ar preso é removido durante a
dispositivo para a leitura do tubo. centrifugação.
d. O tubo é então colocado na centrífuga de micro-
a. Inicialmente, o tubo de microhematócrito é hematócrito de acordo com as instruções do
preenchido por capilaridade, segurando-o horizontal fabricante (Figuras 1.5 e 1.6).
Figura 1.3 Técnica adequada para o Figura 1.4 O tubo de micro-hematócrito é selado
preenchimento de um tubo de micro-hematócrito. pressionando-o de duas a três vezes no material
selante (seta).

Figura 1.5 Exemplo de uma centrífuga de Figura 1.6 Colocação dos tubos de micro-
micro-hematócrito. hematócrito no rotor da centrífuga. Observe a
orientação adequada de dois tubos (seta dupla).

Podem ser observadas três camadas distintas carotenoides normais associados à sua dieta
no tubo após sua remoção da centrífuga: a coluna de herbívora.
plasma no topo, os eritrócitos compactados na base A lipidemia é a coloração branca e opaca da
e uma pequena banda branca ao meio, conhecida coluna de plasma que ocorre devido à presença de
como capa flogística ou camada branca (Figura 1.7). quilomícrons. A lipidemia está associada mais
A capa flogística é constituída de células nucleadas comumente à coleta de sangue pós-prandial, mas
(predominantemente leucócitos) e de plaquetas. também pode estar associada a distúrbios que
A observação de quaisquer anormalidades na envolvam o metabolismo de lipídios.
coluna de plasma sobre os eritrócitos deve ser A hemólise é a coloração vermelha da coluna
registrada. Anormalidades comuns como icterícia, de plasma que geralmente é resultante da lise de
lipidemia e hemólise são mostradas na Figura 1.7. eritrócitos induzida por artefatos durante a coleta de
A observação da coloração ictérica do plasma sangue. Uma pequena quantidade de eritrócitos
é útil ao diagnóstico em pequenos animais. No rompidos é suficiente para conferir um aspecto
entanto, não é confiável em grandes animais, pelo visual de hemólise. Portanto, caso o hematócrito
fato de o soro dessas espécies geralmente ter uma esteja normal, pode-se assumir que seja apenas um
coloração mais amarelada devido aos pigmentos artefato.
seja lido mesmo com diferenças consideráveis no
preenchimento. Inicialmente, alinha-se o limite
entre o selante e a coluna de eritrócitos com a linha
0 (zero) e, posteriormente, a extremidade superior
da coluna de plasma com a linha 100; a partir de
então, a leitura é feita no topo da coluna de
eritrócitos na escala. As posições desses passos
estão indicadas pelas setas. Observe nesse exemplo
que o volume globular é 46%.
Figura 1.7 Observe os 4 tubos na foto central. O tubo
da esquerda está normal. Observe os eritrócitos
compactados na base, a camada plasmática no topo Estimativa de proteínas plasmáticas por
e a capa flogística no meio (seta; ampliado à refratometria
esquerda). O segundo tubo demonstra lipidemia, o
terceiro hemólise e o quarto, icterícia. Observe Após a observação e a mensuração do
também que o hematócrito está consideravelmente hematócrito, a coluna de plasma pode ser utilizada
menor no quarto tubo. Os dois tubos adicionais para estimar a concentração de proteínas
demonstram anormalidades na capa flogística plasmáticas por meio do uso do refratômetro (Figura
(ampliados à direita). O primeiro desses tubos tem 1.9). A escala para um soluto específico pode ser
uma capa flogística aumentada que se correlaciona desenvolvida pela mensuração do índice refratário,
a elevação na concentração de leucócitos. O calibrado para soluções com concentrações de
segundo (direita) é de uma ovelha com leucemia e soluto conhecida. No diagnóstico clínico, a
tem uma capa flogística dramaticamente refratometria é utilizada para estimar a
aumentada. Existe anemia grave. Com tais concentração de proteínas plasmáticas e a
anormalidades na concentração celular, a separação densidade específica da urina.
entre leucócitos e eritrócitos não se completa e a
divisão pode não estar bem nítida. O que está sendo
interpretado como o “topo” da coluna de eritrócitos
está indicado pela ponta de seta.

O volume globular é mensurado em um


dispositivo de leitura, tal como um cartão leitor para
micro-hematócrito (Figura 1.8). O procedimento é
realizado posicionando-se a base da coluna de
eritrócitos na linha 0 e o topo da coluna de plasma
Figura 1.9 Refratômetros. Refratômetro veterinário,
na linha 100. Faz-se então a leitura, na escala,
apresenta uma escala de densidade específica da
correspondente à posição do topo da coluna de
urina para cães e gatos que pode ser calibrada para
eritrócitos, obtendo-se o valor do volume globular.
pequenas diferenças entre as espécies durante a
mensuração.

A concentração de proteínas plasmáticas é


mensurada utilizando-se a coluna de plasma do tubo
de micro-hematócrito. O tubo é quebrado no nível
da capa flogística (Figura 1.10) e a porção do tubo
contendo o plasma é utilizada para preencher o
refratômetro (Figura 1.11). O aparelho é então
empunhado de maneira que uma fonte de luz
Figura 1.8 Determinação do volume globular em um ambiente possa passar através do prisma embebido
cartão de leitura para micro-hematócrito, utilizando com o plasma e então se lê o grau de refração da luz
dois tubos com amostras de sangue do mesmo em uma escala visível por meio da ocular (Figura
paciente. Observe que a escala possibilita que o tubo 1.12).
Figura 1.10 Preparação do tubo de micro-hematócrito para Figura 1.11 Preenchimento do refratômetro
a mensuração da concentração de proteínas plasmáticas. com plasma do tubo de micro-hematócrito.

Figura 1.12 Representação da escala de um refratômetro vista


através da ocular. A refração da luz cria uma interface brilhante-
sombreada, possibilitando a leitura na escala apropriada.

Determinação da concentração total de leucócitos A preparação de um esfregaço sanguíneo de


boa qualidade necessita do domínio de uma técnica
Duas abordagens gerais estão disponíveis em específico (Figuras 1.13 a 1.15).
para determinar a concentração de
leucócitos.Historicamente, a concentração celular a. Uma gota de sangue é colocada próximo à
era mensurada manualmente utilizando uma extremidade da primeira lâmina apoiada sobre um
diluição sanguínea colocada em um hemocitômetro balcão.
(câmara de Neubauer), sendo as células contadas b. A segunda lâmina é posicionada sobre a primeira,
durante a observação microscópica. Esse à frente da gota de sangue, de maneira que forme
procedimento, assim como o material utilizado, é uma “cunha” consistindo em um ângulo de 30 a 45°.
considerado obsoleto na prática veterinária. c. A segunda lâmina, chamada agora de lâmina
deslizadora, é então trazida para trás até encostar na
gota de sangue e, em seguida, impelida até o final da
Preparação de esfregaços sanguíneos primeira lâmina.
d. Deve ser realizado em um movimento único e
O esfregaço sanguíneo é uma ferramenta rápido. A pressão sobre a lâmina deslizadora deve
essencial para a determinação das concentrações ser mínima.
individuais dos tipos de leucócitos (ou seja,
contagem diferencial) e para a avaliação de Geralmente, uma técnica ruim consiste em
importantes anormalidades patológicas envolvendo impelir a lâmina deslizadora muito devagar, criando
leucócitos, eritrócitos e plaquetas. assim uma camada muito fina. Isso resulta na
distribuição escassa dos leucócitos no final do
esfregaço e em artefatos na avaliação dos
eritrócitos. Em sangue com viscosidade diminuída, aumentar o ângulo da cunha para evitar uma
como nos pacientes com anemia grave, pode ser útil camada muito fina.

Figura 1.13 Preparação do esfregaço sanguíneo. Figura 1.14 Preparação do esfregaço sanguíneo.

Figura 1.15 Preparação do esfregaço sanguíneo. A


lâmina deslizadora é impelida para frente com um
movimento direcional rápido (seta). É importante que
o movimento mostrado entre as Figuras 1.13 e 1.15
seja um procedimento único e rápido envolvendo a
movimentação no punho.

Coloração disponíveis e, por conveniência, são os mais


utilizados na prática veterinária.
Depois da preparação, o esfregaço sanguíneo O kit de coloração mais conhecido é o
é geralmente corado dentro de minutos. Contudo, panótico rápido “Diff-Quick” (Dade Behring Inc,
pode ser corado dentro de horas ou dias se for Newark, DE) (Figura 1.16). Essas técnicas de
enviado a um laboratório diagnóstico. O sistema de coloração rápida podem resultar em núcleos
coloração utilizado para a avaliação microscópica excessivamente corados e em pouca definição dos
dos elementos celulares é a coloração de Wright ou detalhes da cromatina, mas podem fornecer
a de Wright modificada pela adição de Giemsa. Esse qualidade suficiente para a contagem diferencial de
é um procedimento relativamente complexo, no leucócitos e uma varredura para anormalidades
entanto, procedimentos de coloração rápida que morfológicas.
mimetizam a coloração clássica de Wright estão

Figura 1.16 Aparatos para a coloração de esfregaços


sanguíneos e citologia. Frascos para coloração
manual contendo os corantes rápidos. As lâminas
são manualmente transferidas de um frasco para o
outro de acordo com as instruções do fabricante.

Habilidade para examinar esfregaços sanguíneos oriente a lâmina de maneira correta para a
observação microscópica (Figura 1.17). A parte mais
Uma vez corado, a anatomia de um esfregaço larga do esfregaço é a área mais espessa, ou corpo,
sanguíneo deve ser conhecida a fim de que se na qual as células estão sobrepostas e os leucócitos
estão arredondados tornando, por isso, difícil a artefatos. Preparações inadequadas podem ser
avaliação microscópica de todos os componentes. reconhecidas, alertando, dessa maneira, o avaliador
A parte final do esfregaço é chamada de quanto a artefatos que podem ser evitados e
cauda ou franja. Artefatos nessa área incluem prevenindo quanto a qualquer interpretação
leucócitos rompidos e pode-se verificar a inabilidade errônea associada a eles. As anormalidades mais
em se avaliar a palidez central dos eritrócitos. comuns que podem ser reconhecidas
A área de contagem é uma pequena área macroscopicamente são demonstradas na Figura
entre o corpo e a cauda e consiste em uma 1.18. A anormalidade mais importante e comum é a
monocamada de células na qual a microscopia é preparação de um esfregaço muito fino, que pode
ideal. Os leucócitos estão achatados de modo que os ser reconhecido por estrias que progridem em
detalhes internos estão mais evidentes. direção à região da cauda. Isso resulta em uma
É importante examinar o aspecto distribuição leucocitária que induz a erros
macroscópico do esfregaço, reconhecendo importantes na contagem diferencial.

Figura 1.17 Anatomia de um esfregaço corado. Observe a Figura 1.18 Aparência macros-cópica de
cauda (seta fina) e a área espessa ou corpo da lâmina (seta esfregaços sanguíneos. Todos os três
espessa). A área de contagem, está presente em uma área esfregaços estão dispostos na mesma
relativamente pequena, que está delineada direção.
aproximadamente pelas linhas através da lâmina.

Observando a figura 1.18 vemos que deslizamento muito lento, é o problema técnico
esfregaço da esquerda está muito pálido; essa é a mais comumente encontrado nos laboratórios
aparência em quadros de anemia grave. Nessa veterinários.
situação, a viscosidade do sangue está reduzida, O avaliador deve localizar a área de
resultando em um esfregaço muito mais fino. O contagem utilizando a objetiva de 10×. A cauda é
esfregaço da direita foi preparado de maneira reconhecida pela perda da palidez central dos
inadequada e não possibilita a obtenção de eritrócitos e por um padrão reticulado na
informações precisas. A lâmina deslizadora foi distribuição eritrocitária no esfregaço (Figura 1.19).
empurrada muito lentamente, produzindo um Um exame rápido e em baixa magnificação da cauda
esfregaço fino e com estrias. Observe as estrias e a é útil na detecção e identificação de anormalidades,
irregularidade sobre a maior parte da lâmina. tais como as microfilárias, aglomerações de
Também existe sangue no final da lâmina, plaquetas e células grandes e incomuns que se
resultando em uma linha de células densamente depositam preferencialmente ali (Figura 1.20). O
concentradas (ponta de seta). Não é possível corpo do esfregaço é reconhecido por uma
encontrar uma boa monocamada para a avaliação superposição progressiva dos eritrócitos à medida
morfológica dos eritrócitos nessa lâmina. Além que o avaliador move a objetiva em direção à área
disso, os leucócitos estão concentrados espessa. Em áreas muito espessas, a avaliação das
desproporcionalmente no final da lâmina, na qual células fica gravemente comprometida (Figura 1.21).
normalmente está a cauda. Nesse caso, será difícil – A área de contagem é reconhecida por uma
e provavelmente impreciso – realizar a contagem monocamada de células dispersas uniformemente
diferencial. Uma lâmina muito fina, resultante de (Figuras 1.22 e 1.23).
Figura 1.19 Aparência da região da cauda em baixa Figura 1.20 Itens grandes impelidos para a cauda. À
magnificação. É mais fácil que ocorra nessa área esquerda, microfilária (seta) em um animal com
falsa interpretação de anormalidades patológicas. dirofilariose. À direita, grande aglomeração de
plaquetas com leucócitos aprisionados.

Figura 1.21 Aparência, em alta magnificação, das Figura 1.22 Aparência, em alta magnificação, das
células na área do corpo da lâmina. Observe a células na área de contagem ou monocamada.
sobreposição dos eritrócitos, a identificação de Observe a sobreposição mínima dos eritrócitos,
leucócitos específicos (setas) é difícil ou impossível. facilitando a avaliação de sua morfologia (ponta de
Nessa área, os leucócitos são esféricos ou seta). Os leucócitos (seta) estão achatados nessa
arredondados em vez de achatados. Não é possível área, o que torna possível enxergar detalhes do
observar detalhes intracelulares, nem mesmo citoplasma e do núcleo. Observe que as bordas
diferenciar o citoplasma do núcleo. nucleares estão finamente delineadas pelo
citoplasma circundante.

Uma vez que a área de contagem seja densidade leucocitária em esfregaços bem
localizada, um avaliador experiente consegue preparados e a contagem total de leucócitos
estimar a concentração de leucócitos em um realizada em um contador celular. A aparência, em
esfregaço sanguíneo bem preparado. Isso é útil baixa magnificação, de contagem leucocitária dentro
como um tipo de mensuração qualitativa grosseira e da faixa normal, leucopenia e leucocitose
recomenda-se que o avaliador adquira experiência acentuadas são mostradas nas Figuras 1.23,1.24 e
no processo por meio de comparações repetitivas da 1.25, respectivamente.
Figura 1.23 Aparência, em baixa magnificação, da área de contagem.
Observe as células uniformemente dispersas e a capacidade de visualizar
a palidez central dos eritrócitos. A densidade dos leucócitos (seta) é a
esperada para uma concentração leucocitária dentro dos limites
normais.

Figura 1.24 Aparência, em baixa magnificação, da área de contagem,


apresentando diminuição acentuada da concentração leucocitária.
Raros leucócitos estão presentes por campo (seta).

Figura 1.25 Aparência, em baixa magnificação, da área de contagem com


acentuado aumento na concentração leucocitária. A densidade de
leucócitos é consideravelmente maior do que a observada na Figura
1.23.

Procedimentos utilizando a objetiva de 100× com a contagem diferencial de leucócitos pela


óleo de imersão classificação de, no mínimo, 100 células encontradas
consecutivamente. As células são classificadas em,
Uma vez que a área de contagem seja no mínimo, cinco a seis categorias, sendo que as
localizada e essas avaliações estejam completas, o células anormais devem ser classificadas na
microscópio deve ser ajustado para a observação em categoria “outras”, em que uma especificação é feita
alta magnificação com óleo de imersão. O avaliador de uma amostra individual.
irá, então, realizar uma avaliação sistemática das As seis categorias de células normais –
três principais linhagens celulares. Isso inclui a neutrófilos, bastonetes (neutrófilos não
contagem diferencial de leucócitos, com anotações segmentados), linfócitos, monócitos, eosinófilos e
sobre quaisquer células anormais, avaliação da basófilos – são mostrados na Figura 1.26. Iremos ver
morfologia dos eritrócitos e avaliação das plaquetas. detalhes visuais adicionais em relação à identificação
Dentro da área de contagem, o avaliador irá leucocitária que podem ser úteis na contagem
movimentar a lâmina por meio dos campos e obter diferencial mais à frente.
Figura 1.26 Leucócitos básicos encontrados na contagem diferencial.
Canto esquerdo superior. Neutrófilos. Observe o neutrófilo
segmentado (seta) e a constrição no contorno nuclear. O bastonete
(B) tem contorno nuclear suave e paralelo. Acima no meio. Monócito
(Mono). O núcleo pode ter qualquer forma, de redondo à forma de
feijão e de ameboide a bastão, como nesse exemplo. O citoplasma é
azul-acinzentado e pode variavelmente conter vacúolos. Canto
superior direito. Dois linfócitos (L). Canto inferior esquerdo. Um
eosinófilo (Eo). Observe que os grânulos se coram de maneira
semelhante aos eritrócitos circundantes. Ocasionalmente, grânulos
podem ser “lavados” durante o procedimento de coloração, deixando
vacúolos. Canto inferior direito. Basófilo (Baso) com grânulos negros
que coram de maneira semelhante à cromatina nuclear. Observe o
neutrófilo adjacente (ponta de seta) e que essas células podem
apresentar grânulos pequenos, fracamente corados e muito menores
do que os dos eosinófilos ou basófilos.

Após a contagem das 100 células, o número de interpretação. Isso é feito multiplicando-se a
de cada tipo de leucócito é relativo a uma fração de concentração total de leucócitos pela porcentagem
100, ou seja, uma porcentagem da população de cada tipo de leucócito, o que resulta no número
leucocitária. Uma vez que as células tenham sido absoluto ou na concentração de cada leucócito na
categorizadas em porcentagens, elas devem ser amostra sanguínea. O exemplo a seguir ilustra a
convertidas em números absolutos para propósitos conversão das porcentagens em números absolutos:

A presença da adequação das plaquetas pode diminuídas, deve-se procurar por aglomerados
ser interpretada em um esfregaço bem preparado. plaquetários na cauda do esfregaço utilizando baixa
Um mínimo de 8 a 12 plaquetas por campo em alta magnificação.
magnificação (1.000×) e óleo de imersão deve ser A capacidade de procurar por aglomerados
interpretado como adequado. No entanto, o número de plaquetas também é importante se o contador
visualizado pode ser consideravelmente maior do celular fornecer valores baixos da concentração
que o descrito devido à grande faixa de plaquetária; esse é um problema frequente em
concentração normal de plaquetas. gatos. A morfologia das plaquetas também deve ser
Esse número é apenas uma diretriz para a observada. Plaquetas que se aproximem do
maioria dos microscópios com um amplo campo de diâmetro dos eritrócitos, ou que sejam maiores do
visão. Ele deve ser ajustado para baixo, quando for que eles, são referidas como macroplaquetas ou
utilizado um microscópio com campo de visão plaquetas gigantes. Em cães, isso sugere acelerada
estreito, e para cima, quando for utilizado um regeneração de plaquetas, porém essa interpretação
microscópio com campo de visão extremamente geralmente não se aplica às macroplaquetas em
amplo. Caso as plaquetas aparentem estar gatos.

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