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Insuficiência

congestiva e
neoplasias
cardíacas
Profa. Ana Flávia Prévide Raymundo
Profa. Ana Flávia Prévide Raymundo

Graduada em Medicina Veterinária pelo Centro


Universitário Barão de Mauá (RP), em 2017

Pós-graduanda em Clínica Médica e Cirúrgica de


Pequenos Animais pela Faculdade Qualittas

Professora no curso de Auxiliar de Veterinário da


Universidade Corporativa (RP)
Sistema cardiovascular
Síndrome resultante de
• Função: Manter pressão arterial e fluxo sanguíneo doenças cardíacas

Comprometimento Congestão, edema pulmonar e/ou ascite,


estrutural do coração baixa perfusão periférica e hipotensão

Redução de função, mecanismos


Ritmo não é mantido
compensatórios são ativados  ICC

Coração funciona apenas Sangue não pode ser bombeado com


com função elevada a demanda normal do organismo  IC
Neoplasias cardíacas
• Cães: raras. Não possuem frequente ocorrência
• Gatos: incomuns. Espécie menos afetada

• Prevalência:
• Entre 0,12% - 4,33%
• Cães: meia idade a idosos (7 a 15 anos)
• Gatos: entre 7 a 16 anos

• Maior incidência:
• Fêmeas (cães e gatos)
• Animais castrados
• Predisposição racial: poucos estudos
• Gatos: sem grande perspectiva
Classificação das Tipos neoplásicos

neoplasias cardíacas • Hemangiossarcoma (HSA)


• Mesotelioma
• Primárias: originadas no próprio coração • Quimiodectoma
• Mais raras em cães e gatos • Linfoma  Maioria no átrio
direito
• Gatos: mesotelioma,
quimiodectoma e tumores
ectópicos de tireoide

• Secundárias: originadas por metástases de • Linfoma e HSA de outros sítios


neoplasias em outros órgãos • Adenocarcinoma
• Mais comuns em cães e gatos • Osteossarcoma
• Mastocitoma
Manifestações clínicas
Não necessariamente associadas com o tipo histológico da neoplasia

Localização anatômica;
Danos na função cardíaca Alteração hemodinâmica
Tamanho da massa

• Paciente assintomático  Massa pequena ou em local que não comprometa a


função cardíaca
Neoplasias (HSA, quimiodectoma, Se pressão
mesotelioma e linfoma): intrapericárdica
Principais causas de efusão pericárdica; mais elevada:
Sopro e arritmias progressão  tamponamento cardíaco ICCE
Sugerem doenças Efusão pericárdica + Massas intracardíacas
cardíacas, mas não tamponamento cardíaco: que bloqueiam o fluxo
especificamente Clínica de ICC e baixo débito cardíaco sanguíneo: ICC
neoplasia
Manifestações clínicas
• Complicação hemodinâmica (lado direito) • Complicação hemodinâmica
(lado esquerdo)
• Quadro de ICCD
• Quadro de ICCE
• Disfunção do miocárdio + Compressão pelo
crescimento tumoral • Edema pulmonar
• Sinais indicativos: ascite e distensão jugular • Dificuldade respiratória,
taquipneia, dispneia, tosse
• Casos crônicos:
crônica e seca, arritmias
• Fraqueza, intolerância ao exercício,
• Fraqueza, intolerância ao
• Edema subcutâneo exercício
• Mucosas pálidas e síncope • Mucosas pálidas e sincope
• Outros indícios (comuns e inespecíficos)
• Anorexia com emagrecimento progressivo, hepatomegalia e/ou esplenomegalia
• Compressão da traqueia ou brônquio (neoplasia de base do coração):
• Dispneia e tosse sem ICCE
• Compressão esofágica  disfagia, regurgitação ou vômito
Diagnóstico de neoplasia cardíaca
• No início  Sintomatologia inespecífica ou ausente  Diagnóstico precoce difícil

• Anamnese Alterações associadas com ICC

• Sinais clínicos
Diminuição da perfusão renal ↑ ureia e creatinina

• Hemograma e bioquímico Radiografia: aumento na silhueta cardíaca (coração


globoso)  efusão pericárdica + tamponamento cardíaco
Tumor de base cardíaca: aumento das estruturas
• Exames complementares
na base do coração e deslocamento traqueal

Ecocardiograma (ECO): diagnóstico definitivo + estabelecimento de um prognóstico


ECO + Doppler: localização da massa, tamanho, formato, inserção e avaliação da
função cardíaca, fluxo sanguíneo, efusão pericárdica e tamponamento cardíaco
Diagnóstico de neoplasia cardíaca
Eletrocardiograma (ECG):
• Detecção de arritmias devido ao tamponamento cardíaco
• Em muitos casos pode estar normal
• Possui baixa sensibilidade para derrame pericárdico
• Se houver derrame pericárdico: baixa amplitude do complexo QRS

• Outros métodos que podem auxiliar o diagnóstico:


• Tomografia computadorizada (TC)
• Ressonância magnética (RM)
• Análise citológica
• Histopatológico por meio de biopsia  Pouco solicitado por ser invasivo
Manobras de tratamento
• Efusão pericárdica:
• Pericardiocentese diagnóstica e terapêutica com guia do ecocardiograma
• Alivio dos sintomas e estabilização do paciente Manobra paliativa
• Enviar o aspirado para análise histológica
• Se efusão recidivante: pericardiectomia

• Neoplasia:
• Intervenção cirúrgica para retirada do tumor
• Massas pequenas e de fácil acesso
• Quando a cirurgia não for uma opção
• Quimioterapia de acordo com o tipo histológico do tumor
• Radioterapia: pode ser associada para complementar o tratamento de eleição
Manobras de tratamento
Doxorrubicina
• Protocolos para HSA: Doxorrubicina + ciclofosfamida
Eficácia limitada
Doxorrubicina + ciclofosfamida + vincristina
Protocolos apresentam eficácia moderada
* Protocolos que não incluem a doxorrubicina
• Protocolo para linfoma:
• Quimioterapia  Eleição  Apresenta boa resposta
• CHOP: ciclofosfamida, doxorrubicina, vincristina e prednisolona
• CHOP + L-asperginase (L-CHOP)  dose inicial
Boa resposta inicial
Remissão mais longa
Manobras de tratamento e prognóstico
• Objetivo do tratamento da ICC  Minimizar efeitos, promovendo melhora da
qualidade de vida e maior sobrevida

• Terapia: Prognóstico
• Controle das arritmias
• Medicamentos inotrópicos positivos • Reservado à desfavorável
• Diuréticos • Maioria dos tumores
• Inibidores da enzima conversora da cardíacos
angiotensina (iECA)/vasodilatadores • HSA cardíaco primário
• Diminuição da quantidade de sódio na
alimentação
• Exercícios físicos leves Evolução rápida
Muito invasivo

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