BERBERINA

POTENTE ATIVADOR DE AMPK

EFEITO ANTIDIABÉTICO
MELHORA A RESISTÊNCIA À INSULINA
REDUZ COLESTEROL E TRIGLICERÍDEOS
ADJUVANTE NA SÍNDROME METABÓLICA E ANTIENVELHECIMENTO

O QUE É BERBERINA? regulação de genes responsáveis pela ativação da Akt (proteí-

Berberina é um alcaloide de isoquinolina amplamente
existente em plantas. Cloridrato de berberina é a forma mais
popular de berberina e é extraída de plantas como as das
espécies Berberis vulgaris, Phellodendron amurense,
Coptis chinensis e Hydrastis canadensis. As extensas
propriedades farmacológicas exibidas pela berberina, como
atividades antibacteriana, anti-inflamatória, antiangiogênica,
antitumoral, hipoglicemiante e antioxidante, indicam que este
alcaloide tem um potencial como fármaco em um amplo
espectro de aplicações clínicas. Berberina tem sido utilizada
na medicina tradicional chinesa como terapêutico contra
várias doenças, incluindo hiperlipidemia, diabetes, síndrome
metabólica, obesidade, doença hepática gordurosa e doença
arterial coronariana.
COMO FUNCIONA?
Berberina ativa uma enzima do interior das células do nosso
corpo chamada AMPK (proteína quinase ativada por adenosi-
na monofosfato). Essa enzima desempenha um papel impor-
tante na regulação do metabolismo, agindo como um
interruptor metabólico, ativada indiretamente através da
inibição do complexo I da cadeia respiratória mitocondrial.1 A
AMPK induz uma cascata de eventos no interior das células
que estão envolvidos na manutenção da homeostase energé-
tica. AMPK foi originalmente identificada como serina/treoni-
na quinase que fosforila e inativa as principais enzimas
responsáveis pela síntese de ácidos graxos e colesterol, a
acetil-CoA carboxilase e 3-hidroxi-3-metilglutaril-CoA reduta-
se (HMG-CoA redutase), respectivamente.2 Após sua ativação
há uma alteração metabólica celular da lipogênese para a
lipólise e da síntese de glicose hepática para a utilização de
glicose muscular. Ambos mecanismos estão associados à
resistência à insulina, tornando-se um alvo terapêutico impor-
tante para doenças metabólicas, como diabetes tipo 2.3 Outro
efeito importante da AMPK é a sua capacidade em promover
a captação de glicose e ácidos graxos no músculo esquelético
e cardíaco a partir da circulação, tendo importante papel na
produção de ATP para contração muscular. Isso ocorre princi-
palmente de forma aguda via translocação da GLUT4 e CD36
de vesículas de armazenamento intracelular para a membrana
plasmática, respectivamente.3–5
Estudo publicado na revista Diabetes avaliou outros mecanis-
mos que sustentam a ativação do AMPK, mostrando também
na que age regulando crescimento celular, síntese de glicogê-
nio e outras respostas celulares) e outras vias responsáveis
pela diminuição de lipídeos no fígado através do catabolismo
lipídico com melhora da sensibilidade à insulina e regenera-
ção hepática.6
É interessante ressaltar que à medida que envelhecemos, a
ativação da AMPK celular diminui e os efeitos externos se
manifestam sob a forma de ganho de peso indesejado, diabe-
tes, doenças degenerativas e os fatores destrutivos do
envelhecimento como acúmulo de resíduos celulares. Os
estudos das funções de AMPK trazem a sua ativação como
um grande avanço na forma como entendemos e combate-
mos o envelhecimento. Quando ativada, a AMPK além de
desencadear a utilização da energia acumulada a partir de
gorduras e remoção de glicose do sangue, pode também
ativar vários percursos de sobrevivência, tal como FOXO,
NRF2, SIRT1, e vias ULK1, os quais melhoram a manutenção
da homeostase celular, reduzindo a inflamação e o resíduo
celular que se acumula no interior das células durante o
processo de envelhecimento. A ativação de AMPK gera
efeitos antienvelhecimentos pois apresenta mecanismo de
ativação celular semelhante ao jejum: aumenta a síntese de
mitocôndrias, melhora o metabolismo lipídico e normaliza o
metabolismo dos carboidratos.7–9
EXISTEM ESTUDOS CIENTÍFICOS QUE
COMPROVEM A SUA UTILIZAÇÃO?
Inúmeras pesquisas têm sido conduzidas no intuito de elucidar
a ação benéfica em várias áreas do corpo. Podemos destacar os
principais focos de sua utilização, em 2008, Yin e colaborado-
res10 relataram os resultados de 2 ensaios humanos na revista
Metabolism em pacientes recém diagnosticados com diabetes
tipo 2 que foram aleatoriamente tratados com berberina ou
metformina (medicamento padrão no tratamento da diabetes
mellitus tipo 2), 500 mg, 3 vezes ao dia durante 3 meses. O
efeito hipoglicemiante da berberina foi semelhante ao da
metformina na mesma dose. No primeiro estudo (n = 36), o
efeito hipoglicêmico de berberina foi semelhante à metformina
com uma diminuição de 2% na hemoglobina glicada (p<0,01),
-3,7 mmol / L na glicose sanguínea em jejum e também diminui-
ção da glicose pós-prandial (-8,7 mmol / L, p<0,01). No segundo
estudo (n = 48), pacientes com diabetes tipo 2 descontrolado
tomaram berberina por 3 meses. A hemoglobina glicada
diminuiu de 8,1% para 7,3% (p<0.001).10

Tratamento com metformina Colesterol Triglicerídeos

Concentração de glicose (mmol/L)

25
Diminuição dos parâmetros

0%
Glicemia pós-prandial
20 -5%
Glicemia de jejum
15 -10%
10
-15%
5
-20%
0 Semanas
0 2 4 6 8 10 12 14 -25%
Figura 2: Percentual de diminuição de fatores bioquímicos importantes na dislipidemia.
Além disso, AMPK é capaz de atenuar a hipertrofia de cardio-
Concentração de glicose (mmol/L)

25 Tratamento com berberina

Glicemia pós-prandial miócitos sugerindo que a berberina seja uma possível
20
Glicemia de jejum ferramenta terapêutica em doenças cardiovasculares como a
15 hipertrofia cardíaca.12 Estudo publicado na revista American
10 Journal of Cardiology examinou o uso de berberina na
5 insuficiência cardíaca congestiva. O estudo foi dividido em 2
0 Semanas grupos, onde 76 pacientes formaram o grupo controle, sendo
0 2 4 6 8 10 12 14
tratados com terapia convencional e outro grupo de 79
Figura 1: Resultados da concentração da glicemia sérica pacientes além da terapia convencional também foi dada
após 3 meses de consumo de metformina e berberina.
berberina em uma dose de 1,2 a 2,0 gramas ao dia. Após 8
semanas de tratamento com berberina em relação ao grupo
À medida que a ativação de AMPK pode ajudar a reverter a controle houve um aumento significativamente maior na
síndrome metabólica, estudos vêm mostrando o potencial da fração de ejeção do ventrículo esquerdo (p<0,02), capacida-
berberina em aspectos como dislipidemia e parâmetros de de exercício (p<0,001), melhora do índice de dispneia-fa-
relacionados a doenças cardiovasculares. Um artigo publica- diga (p<0,02) e diminuição da contração ventricular prema-
do por pesquisadores americanos descreveu a berberina tura (p<0,001). Houve também uma diminuição maior e
como um potente composto hipolipemiante com um efeito de significativa na pressão sistólica de repouso (p<0,01) e
perda de peso moderado. Os autores deram a pacientes diastólica (p<0,01) no grupo tratado com berberina, sem a
obesos 500 mg de berberina por via oral três vezes ao dia observação de pro arritmia e efeitos secundários aparentes.13
durante doze semanas. O tratamento reduziu o colesterol
sérico em 12,2% e os triglicerídeos em 23% (Figura 2). Os
resultados demonstram ainda que o tratamento com berberi-
QUAL A SUGESTÃO DE DOSAGEM?
na produziu uma perda ligeira de peso (2,3%), IMC (2,9%), Sugere-se a utilização de 900 a 1.500 mg ao dia. Esta dose
relação cintura/quadril (1,1%) e % de gordura (3,6%) em pode ser fracionada em até 3 vezes, antes das refeições.
indivíduos obesos.11 Quando associado, pode-se reduzir a dose.

SUGESTÕES DE FÓRMULAS
1) FÓRMULA FITOTERÁPICA MODULADORA DA
GLICEMIA
Auxilia na manutenção de níveis saudáveis de glice-
mia, através de múltiplos sistemas envolvidos no
metabolismo da glicose.
BERBERINA (HCL)...........................................250 mg
Gymnema sylvestre....................................100 mg
Holy basil (extrato 20:1)..............................200 mg
Sugestão posológica: Tomar 1 dose 3x ao dia.
2) FÓRMULA ATIVADORA DE AMPK
Associação de fitoterápicos que tem conhecida ação ativado-
ra de AMPK, podendo auxiliar no antienvelhecimento.
BERBERINA (HCL)........................................400 mg
Gynostemma pentaphylium.......................150 mg
Sugestão posológica: Tomar 1 dose 2 vezes ao
dia, ou 2 doses pela manhã.
3) FÓRMULA PARA HIPERTROFIA MIOCÁRDICA
COM BERBERINA
Formulação indicada para tratar hipertrofia miocárdica.
BERBERINA (HCL)........................................400 mg
Coenzima Q 10 Lipofílica...............................50 mg
Sugestão posológica: Tomar 1 dose 2 vezes ao dia.
4) FITOTERÁPICOS MODULADORES DE
COLESTEROL COM BERBERINA
Associação de fitoterápicos com comprovada ação
redutora de colesterol e triglicerídeos.
BERBERINA (HCL)........................................250 mg
Ginger (5% gingerols)..................................250 mg
Holy basil (extrato 20:1)..............................150 mg
Sugestão posológica: Tomar 1 dose 2 vezes ao dia.

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