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PORTUGUÊS IV

2. Restrições à publicidade, redução nos teores de açúcar e sal nos alimentos, rotulagem mais clara,
distribuição de fruta nas escolas, nutricionistas nos centros de saúde, cidades “amigas” da atividade
física, informação sobre alimentação saudável acessível para todos. Será o tudo ou nada no combate
a uma doença cada vez mais comum nas sociedades modernas, a obesidade? João Breda,
nutricionista e coordenador da Plataforma contra a Obesidade, acredita que sim e explica porquê.

Um estudo recente indica que mais de te têm acesso aos alimentos saudáveis,
metade da população portuguesa tem menos calóricos, porque são mais caros.
excesso de peso e evidencia que o Estes saciam mais por serem possuidores
problema afeta sobretudo pessoas de de uma elevada densidade nutricional e
estratos sociais mais desfavorecidos. O que baixa densidade energética, que é o mesmo
mudou no paradigma da obesidade? que dizer que nos dão muitos nutrientes e
Essa é uma tendência europeia, é poucas calorias. Por tudo isto, combater a
global, e resulta essencialmente de duas obesidade também é atacar as
razões: os pobres têm menos condições desigualdades sociais.
para praticar atividade física e para aceder a
alimentos considerados mais saudáveis e Que avaliação faz da alimentação
“protetores” face ao excesso de peso e a servida em meio escolar?
outros problemas de saúde, como é o caso Melhorou muito nos últimos anos. É
das hortofrutícolas. À volta das grandes mais difícil intervir ao nível do ensino
cidades, encontram-se zonas de exclusão secundário. Fizemos um estudo que
social, onde o receio de sair e brincar na rua confirmou que os jovens não vão ao
coabita com a ausência de infraestruturas refeitório escolar mesmo quando
desportivas e de minimercados ou consideram que as refeições servidas são
mercearias, nas quais as pessoas se boas porque entendem que aquele lugar é
poderiam abastecer dos produtos desinteressante. É preciso envolver os
considerados mais saudáveis. Nesta malha alunos adolescentes em todas as dinâmicas
vivem pessoas menos escolarizadas, com da escola, incluindo a alimentação e o
menos excesso a informação e com um refeitório, desde a decoração à escolha das
poder de compra baixo. ementas.

No passado a gordura era apanágio A Carta Europeia fala da adoção de


dos riscos e as populações maios pobres medidas “repressivas” contra a obesidade.
enfrentavam a subnutrição e a fome. Hoje já Quais são as que foram adotadas por
não é assim? Portugal?
Os hábitos alimentares mudaram Restrições à publicidade e
muito. Assistimos a uma perda dos valores reformulação nutricional que poderá mexer
da dieta mediterrânica e longe está o tempo com a composição em termos de gorduras,
em que a obesidade era uma doença dos açúcar, sal e calorias. Existem iniciativas em
ricos, da abundância. Atualmente, o todas estas áreas em Portugal.
excesso de peso e a obesidade decorrem de
novas dinâmicas. Os mais pobres dificilmen- Notícias Magazine, 22 de março de 2009
(adaptado)

2.1 Segundo o nutricionista João Breda, quais são as mudanças que se têm verificado em relação ao
problema da obesidade?
2.1.1 Que razões justificam essas mudanças?

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2.2 Concorda com a perspetiva de João Breda? No seu país/ região, a obesidade é considerada um
problema grave? A nível etário, social e geográfico, que grupos são mais afetados por esta situação?
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2.3 A OMS (Organização Mundial de Saúde) estima que, em 2050, mais de metade da população mundial
será obesa!
2.3.1 Preocupado com este tema, e conscientes da importância de alertar os jovens em relação à
importância de, desde cedo se optar por estilos de vida saudáveis, o Ministério da Saúde português
disponibilizou a seguinte informação no seu portal oficial - https://www.sns24.gov.pt/tema/saude-
da-crianca/obesidade-infantil/.
2.3.1.1 Leia a informação disponibilizada e tome nota das informações que considera relevantes.
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2.3.2 Agora, observe os cartazes sobre a obesidade infantil em Portugal.


a.

Acedido em https://www.insa.min-saude.pt/infografico-insa-obesidade-infantil/ a 22 defevereiro de 2024.

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b.

Acedido em http://repositorio.insa.pt/bitstream/10400.18/5557/2/INSA-info-obesidade-infantil-PT.jpg a 22 de
fevereiro de 2024.

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