Você está na página 1de 12

Universidade Estadual Vale do Acaraú – UVA

Centro de Ciências Sociais Aplicadas – CCSA


Curso de Administração da UVA – CAU
Disciplina de Ciências Sociais Aplicada à Administração

ALUNA: LUANA DA SILVA GOMES

Introdução:
O trabalho apresentado tem o objetivo de fazer a análise critica através
dos formulários dos filmes: Estou me guardando para quando o carnaval chegar
(2019); Pacarrete (2019); e Ford vs. Ferrari (2019). Além da apresentação dos
filme será discorrido em forma de resumo os três resumos referente as três aulas
do Minicurso: Mézáros e a “Teoria da alienação em Marx”, diálogos para o tempo
histórico.
1° FORMULÁRIO PARA ANÁLISE DE FILMES

1.Título da crítica: Crítica do filme “Estou me guardando para quando o carnaval


chegar” e a análise de temas sociais.
2.Nome do filme :Estou me guardando para quando o carnaval chegar.
3.Ano do filme: 2019.
4.Origem do filme: Origem brasileira.
A obra de Marcelo Gomes retrata um simples documentário na qual em uma
viagem pelo agreste Pernambucano, se impressiona com proeminentes
outdoors anunciando marcas de jeans na cidade de Toritama, em que relembra
pois na infância essa locação foi destino de incontáveis viagens de seu pai
quando era fiscal. Nessas recordações de infância Marcelo aborda em sua obra
as antigas memórias e expõe a comparação de Toritama do passado na qual era
um interior fleumático instigado pela agricultura e que agora o mesmo está
modificado por autônomos em seus ofícios.
5. Aspectos observados relacionados à forma do filme:
• 5.1 atuação e direção:
A atuação é feita pelo próprio roteirista Marcelo Gomes, atua em primeira pessoa
como entrevistador das pessoas das fábricas de jeans, A presença de uma voz
narrativa é marcante na obra em que permite “acessar” as lembranças de
Marcelo Gomes e mostra consciência através da linguagem audiovisual em que
qualquer mudança pode alterar o sentido que está sendo exposto.
• 5.2 fotografia:
Pedro Andrade, demonstra que a imagem do documentário traz a sensação de
realidade por empenhar as características que existem de verdade e que
compõem a assinatura da cidade e dos habitantes, através das vestimentas
informal, a linguagem e etc.
• 5.3 locação:
O filme foi gravado na cidade de Toritama, a locação cautelosa e evidente das
fábricas como também retratando com fatos as características do interior, com a
produção massiva de jeans que move a economia local e causa o estranhamento
de Marcelo sobre as peculiaridades dos costumes dos moradores dessa cidade
com a indústria do jeans.
• 5.4 edição:
A edição foi feita por Karen Harley e a mesma também aborda uma interessante
troca de perspectiva pelo aparato técnico no momento em que a produção
colabora com a viagem de carnaval dos entrevistados e em troca eles
repassariam as filmagens da experiência e tradição do carnaval na praia através
da subjetividade dos personagens, mas ainda com a predominância da voz de
Marcelo, a narração verbalmente das cenas e seleção das imagens.
• 5.5 efeitos digitais:
Os efeitos digitais com a transparência do barulho ensurdecedor das máquinas
que causa um sintoma de desencontro de outra perspectiva como desconforto
através da atividade incessante é resolvida por um momento na montagem,
substituindo por uma trilha musical suavizando a relação do trabalho.
• 5.6 trilha sonora :
Foi desenvolvida por Nicolau Domingues, deixando esse sentimento e
envolvendo a música com os movimentos repetitivos para quem está do lado da
produção, abordando também efeitos musicais que se encontram com o
ambiente. No ambiente de trabalho trouxeram músicas mais “melancólicas” e no
feriado carnavalesco utilizou música alegres representando o sentimento dos
entrevistadores de aproveitar esse feriado.
• 5.7 roteiro:
Elaborado por Marcelo Gomes e na longa metragem é utilizada uma espécie de
entrevista, também, através do roteiro e a linguagem fílmica pode desencadear
ideias e pensamentos sobre uma realidade social. É presumível examinar
durante o dia a dia nas ruas de Toritama o barulho típico do interior, o som de
fundo de pessoas conversando, os barulhos de animais e de músicas trazendo
a perspectiva de realidade.

6. Aspectos observados relacionados ao conteúdo do filme:


• 6.1 Qual o contexto histórico a que o filme se refere?
O filme não retrata um contexto histórico específico mas relaciona bem o
intervalo do período carnavalesco em que a cidade de Toritama fica vazia, na
qual relembra a Toritama em que na sua infância visitou, o único momento em
que a cidade fica calma e livre do trabalho. Enquanto Marcelo entrevista, o
mesmo é bem crítico diante dessa vida mecanizada e trata como uma ilusão de
manipulação econômica apenas de lucrar cada vez mais, a vida dessas pessoas
vivem em torno do trabalho, todos os cômodos da casa foi invadido pelo trabalho.
Marcelo, enquanto percebe essa ilusão ao acúmulo de bens e posse de
produção por parte da maioria das pessoas analisa também alguns indivíduos
que não trabalham nos ofícios de jeans, são os personagens João e Adalgisa
que escapam dessa temática de trabalho, João surge em cena explicando os
movimentos da chuva através de gesto e é apresentado como a única pessoa
na cidade que tem tempo de olhar para o céu e esperar a chegada da chuva.
• 6.2 Como e quais fenômenos e fatos são retratados no filme?
Realidade das facções têxteis: Trata também com uma visão bem realista
através do seus entrevistados em que são os moradores de Toritama, a
realidade do cotidiano deles e o trabalho de autônomo nas fábricas de jeans,
mostrando os aspectos do dia a dia mediante a forma como trabalha, a
linguagem regional, a forma e quantia do ganho de dinheiro através da produção.
Consequências do capitalismo: a forma que o capitalismo transformou a
realidade da cidade, em que o interior fleumático foi substituído por ofícios de
jeans e a visão de lucrar cada vez mais através do trabalho e a prática de vender
os bens para ter o proveito de curtir o feriado carnavalesco como forma de
felicidade efêmera, após esse período recomeçam todo o processo de atividades
nas fábricas.
Percepção de trabalho: Ao longo do documentário é abordado essa reflexão
em torno do capitalismo em que os entrevistados trabalham arduamente por
longas jornadas de trabalho, sem folgas, sem lazer e sem entretenimento
durante todo o ano em prol do acúmulo de dinheiro. O trabalho autônomo é
bastante enfatizado como forma de lucrar mais e é relacionado com a percepção
de felicidade da atividade produzida relacionando a alienação dos autônomos.
• 6.3 A partir de qual ponto de vista a trama do filme se desenvolve?
Qual é a mensagem do filme?
A trama é desenvolvida a partir da exposição do trabalho nas facções têxteis,
que é a atividade econômica que predomina na cidade de Toritama, e mostra
como essa atividade modificou o estilo de vida desses moradores através das
intensas jornadas de trabalho e as relações do sujeito com seu espaço e tempo.
Os trabalhadores dizem que ao contrário do que muitos acreditam eles se
mostram felizes e realizados com esse trabalho, pois eles mesmos podem ditar
a forma do próprio trabalho com maior autonomia e liberdade em seus horários
sem precisar de um patrão, é possível também perceber que esse trabalho dito
“autônomo” é uma forma de auto escravidão. A mensagem que o filme nos
mostra é essa exploração do trabalho com a contradição de serem donos do
próprio tempo mas chegarem a trabalhar 16 horas por dia e sem descanso,
concebidos como empreendedores que tiveram a subjevidade aprisionada e
colonizada pela visão ilusória do capital.
• 6.4 Relacionando o filme com a Administração:
Relacionando a longa metragem a partir do ponto de vista administrativo e com
os objetivos do administrador, o atributo de direção está presente em todos os
entrevistados e donos das facções de jeans, pois eles coordenam e controlam o
próprio trabalho, as horas, como deve ser feito e ao mesmo a caraterísticas de
liderança de satisfação com o trabalho que se faz, fato muito importante e
ressaltado pelos personagens ao longo da obra. Também, a organização ao
longo de todo o ano nas fábricas, o trabalho sem parar e o planejamento rotineiro
para a aproximação do período carnavalesco.

7. Data e autoria: 09 de novembro de 2023, Luana da Silva Gomes.

2° FORMULÁRIO PARA ANÁLISE DE FILMES

1. Título da crítica: Crítica do filme “Pacarrete” e a análise de temas sociais.


2. Nome do filme: Pacarrete.
3. Ano do filme: 2019.
4. Origem do filme: Origem brasileira.
Pacarrete é uma dançarina de balé idosa e ranzinza, ao longo dos anos
trabalhou como professora de balé e dança clássica em Fortaleza, após a
aposentadoria retorna a cidade natal localizada em Russas para morar com sua
irmã Chiquinha. Mesmo com sua idade, tem um grande desejo de dar uma
apresentação de dança para a população local durante a grande festa de 200
anos da cidade, mas o desinteresse do público se torna um grande oponente.
5. Aspectos observados relacionados à forma do filme:
• 5.1 atuação:
A personagem principal Pacarrete, foi representada pela atriz Marcélia Cartaxo
representando a realidade dessa personagem representando a paixão pela
dança, o meio artístico e cultural e os dilemas que enfrenta para levar essa arte
para a população de Russas.
• 5.2 fotografia:
A fotografia proposta por Beto Martins relaciona na longa metragem mostrando
em muitas cenas os objetos que trazem o aspecto sensorial de lembrança a
personagem, fixando bem os objetos que demonstra esse sentimento, como a
cena do espelho representa uma visão e lembrança da sua intimidade com o
passado sobre a importância do balé em muitos momentos vividos, relacionando
o seu desejo ardente de mostrar para o público a arte e o sentimento em que ela
proporciona.
• 5.3 locação:
O filme foi gravado na cidade de Russas, mas para além da locação de cidade
é perceptível o panorama do cenário da moradia da personagem Pacarrete,
mostra que a direção de planos e design de produção é realiza uma visão pública
e íntima contraditória através da locação, em que se percebe que para o externo
da sua moradia a personagem é vista como uma mulher louca e ranzinza, mas
no interno da sua casa é notório contemplar a sua particularidade, as fragilidades
e intimidade e a aproximação que ela tem com o balé e a arte em que é um
contraponto da visão pública.
• 5.4 edição:
A edição de imagem e som foi produzida por Joana Collier, Cauê Custódio e
Rodrigo Ferrante em que alguns recursos e artifícios foram utilizados para
externalizar o progresso emocional da Pacarrete ao longo da narrativa, alguns
acontecimentos vão apagando seu desejo de viver e isso se externaliza também
na iluminação, figurino e trilha sonora, tudo se inicia alegre e vibrante mas com
os acontecimentos a obra vai se tornando mais triste e sombria assim como a
personagem.
• 5.5 efeitos digitais:
O filme não utiliza muitos efeitos digitais através da proposta e do tema em que
se propõe em passar para o público mais os aspectos de cunho social enfrentado
no meio artístico e cultural.
• 5.6 trilha sonora:
A trilha sonora proposta por Fred Silveira propõe em que as músicas em muitos
momentos da obra se envolve com a arte de dançar da Pacarrete, a música traz
para a personagem o desejo de expressar para o público e ser reconhecida
através dança e o sentimento de alegria que proporciona para a sua vida.
• 5.7 roteiro
Allan Deberton, André Araújo, Samuel Brasileiro e Natália Maia desenvolveram
a história da protagonista Pacarrete, em que o roteirista Allan já conhecia bem a
personagem real e através do processo de pesquisa a criação foi desenvolvida
para representar as dualidades e externalizar a existência interior e exterior
dessa mulher para relacionar com a dramática da personagem existente no filme.
• 5.8 direção:
A direção foi produzida por Allan Deberton mostrando essa temática sobre a
dificuldade do enfrentamento do desejo de progresso desses artistas do interior
em mostrar para o público a importância de enaltecer a arte.

6. Aspectos observados relacionados ao conteúdo do filme


• 6.1 Qual o contexto histórico a que o filme se refere?
Sem um contexto histórico específico, a longa metragem traz a história baseada
na história verídica de Pacarrete, interpretada pela atriz Marcélia Cartaxo, e sua
fascinação por a arte, em que depois de aposentada o desejo continuo de dançar
e ser reconhecida permanecia, enfrentou a prefeitura local para que seu desejo
fosse realizado mas nunca ocorreu, trazendo para si o sentimento de
incompreensão, Allan, o diretor se identificou com a história pois partilhou da
mesma experiência após tentar implantar atividades culturais em Russas e não
teve reconhecimento, posteriormente essa história tornou-se objetivo de
pesquisa para a elaboração do roteiro da obra.
• 6.2 Como e quais fenômenos e fatos são retratados no filme?
Arte e cultura: ao longo do filme é expressado o fato que acontece
repetidamente na realidade do meio artístico e cultural sobre a vontade desses
artistas levar apresentações para o público por meio da dança, música e entre
outras habilidades, e em decorrência disso trazer através do meio artístico a
valorização dessa arte e o desejo dessas pessoas de serem reconhecidas.
Desafios pessoais e profissionais: em um meio social que não é tida como
padrão essa cultura artística e a ausência de incentivo para trazer para a
população essas obras cheios de valores sociais, tem como resultado um
desrespeito a arte. Tendo em vista, é essa a questão que desenvolve a
personagem Pacarrete, em que toda a longa clama a vontade do
reconhecimento da população e como isso interfere na personalidade e na
intimidade da personagem.
Aspectos emocionais: retratando a mudança emocional depois de várias
tentativas em vão do desejo de Pacarrete apresentar para o público da cidade
de Russas seu balé, mas o sucesso não foi obtido, posteriormente a personagem
alegre e cheia de expectativa se torna triste e melancólica demonstrando o
cansaço emocional e a frustração.
Indiferença social: mostra como os demais personagens se referiram a
protagonista atribuindo a característica de louca, também, como esse aspecto
se relaciona com a ausência de apoio para satisfazer suas vontades e o desejo
de ser “ouvida” e a proporção de como isso se expandia causava na intimidade
de Pacarrete.
• 6.3 A partir de qual ponto de vista a trama do filme se desenvolve?
Qual é a mensagem do filme?
A trama e a mensagem do filme se desenvolve a partir do significado e sentido
que a dança e o balé é vivenciado por Pacarrete e a afirmação em que ela
visualizava em toda sua rotina essa arte, isso é retratado logo ao se iniciar a
obra, em que a cena é exposta com o cenário da personagem cantando e
dançando em sua calçada com uma vassoura e os comentários baixo astral que
recebe por exprimir seu sentimento. Cheia de cultura e eloquência, em certa
cena Pacarrete explica o significado do seu nome em francês para a funcionária
da casa, é de se admirar a desenvoltura e os valores que a personagem traz
consigo e o anseio eminente que as pessoas reconheçam suas habilidades, que
ao longo do filme o seu brilho vai ficando em segundo plano devido o público não
enxerga, valorizar e conceder o reconhecimento merecido.
• 6.4 Relacionando o filme com a Administração:
Relacionando a longa metragem a partir do ponto de vista administrativo e com
os objetivos do administrador, Pacarrete carrega em sua personalidade
planejamento e organização em que ao longo das cenas é exemplificado esses
atributos através do planejamento e organização dos seus ensaios de balé sendo
perfeccionista nos passos da dança reconhecendo os erros e fazendo alterações
da mesma. Também, envolvendo para si e externalizando de forma constante
sua tomada de decisão através da vontade de se apresentar para o público no
dia da festa, na qual enfrenta e vai várias vezes a prefeitura para que isso se
torne possível, mas não obtém sucesso.

7.Data e autoria: 12 de Novembro de 2023, Luana da Silva Gomes

3° FORMULÁRIO PARA ANÁLISE DE FILMES

1. Título da crítica: Análise do filme “Ford vs Ferrari”.

2. Nome do filme: Ford vs Ferrari.

3. Ano do filme:2019

4. Origem do filme: Origem estadunidense.


5. Aspectos observados relacionados à forma do filme
• 5.1 Atuação:
A atuação do filme tem o foco principal no ator Christian Bale interpretando o
personagem Ken Miles e no ator Matt Damon como Carroll Shelby, no filme é
mostrado a parceria de ambos e os desafios sob a interferência empresarial para
a projeção de um carro e conjuntamente um piloto qualificado, para que a
empresa Ford ganhe o prestígio nas corridas automobilística da concorrente
Ferrari.
• 5.2 Fotografia:
A fotografia proposta por Phedon Papamichael é envolvente com a trama, pois
transmite para o público a sensação de perigo e intensidade em “tempo real” nas
corridas, principalmente na corrida de 24 horas de Le Mans, apesar da imagem
transmitir a sensação de nostalgia demonstrando o tempo em que ocorreu o
filme, é possível notar a alta resolução na mudança de cenário dos rostos dos
pilotos da corrida de Ford e Ferrari através da apreensão para a empresa
campeã.
• 5.3 Locação:
Com as gravações feitas no Estado da Califórnia, para além das pistas de corrida
vale ressaltar os ambientes de fábrica das duas empresas, em uma as peças
são produzidas de maneira artesanal e na outra o modelo fordista com a linha
de produção se destaca. É possível notar que no cenário da casa do personagem
Ken Miles mostra sua intimidade e a parte mais vulnerável do mesmo, os
problemas pessoais e sua relação com a família, como também, no ambiente de
trabalho é adquirida outra proposta de personalidade: mais sério e centrado nos
objetivos profissionais.
• 5.4 Edição e efeitos digitais:
A edição foi responsável por Michael MCCusker e Andrew Buckland e é possível
observar a excelência no aparato técnico ao transmitir nas corridas enérgicas e
entusiasmantes, os efeitos digitais nos momentos das corridas expõe com
perfeição como por exemplo as cenas perigosas que os carros saem de controle
ocasionando (acidentes e explosões), demonstrando a sensação de realidade
do cenário de corrida esportivas automobilística.
• 5.5 Trilha sonora:
A trilha sonora de Ford vs. Ferrari ficou em comando de Marco Beltrami, mas
para além dos aspectos musicais é perceptível a maneira técnica da produção
externalizar o aspecto sensorial dos sons transmitidos durante a disputa dos
carros.
• 5.6 Roteiro:
Apesar da competição empresarial automobilística, Jez Butterworth, John-Henry
Butterworth e Jason Keller desenvolveram o roteiro e transformaram a história
com foco no lado da empresa Ford, sem evidenciar os aspectos que manteve a
excelência e referência da Ferrari nesse setor, e sim os desafios e a produção
que levou o destaque da Ford. Também, apesar da excelência de Shelby o filme
não entra em detalhes em suas experiências de sucesso antes dele trabalhar na
produção do projeto de um carro veloz de destaque na pista de Le Mans.
• 5.7 Direção:
A direção foi produzida por James Mangold em que propõe e se inspira em uma
história real durante a corrida de 24 horas de Le Mans, na qual a ideia central
enfatiza os paradigmas em que a empresa Ford foi desafiada após momentos
de crise na busca por excelência de sua empresa, descrevendo os conflitos
durante a construção de um carro mais rápido em Le Mans capaz de vencer a
Ferrari.
6. Aspectos observados relacionados ao conteúdo do filme:
• 6.1 Qual o contexto histórico a que o filme se refere?
O contexto histórico do filme gira em torno da tentativa da empresa Ford
conquistar a liderança no início da década de 1960 em que o progresso das
disputas automobilísticas estavam no ápice e a Ferrari dominava e ganhava
todas corridas anteriores. Além de explorar o mundo das corridas nessa década
pela visão de Ken Miles e Carroll Shelby mostra a rivalidade entre a Ford e a
Ferrari e os desafios em que esses personagens enfrentaram com a diretoria da
Ford que estava mais voltada para a imagem da empresa do que para a disputa
esportiva.
• 6.2 Como e quais fenômenos e fatos são retratados no filme?
Conflitos internos de gestão: Os conflitos empresarial interno são
demonstrados através de Ford II que apesar de ansiar por mudanças vislumbra
a imagem de um líder instável pois precisa de provas e mais provas para ser
convencido, Beebe demonstra métodos que não se alinham com a cultura
empresarial e se mostra perdido em relação as mudanças e não se mostra
compatível com o piloto Miles, que apesar de sua personalidade se mostra
perfeccionista em relação ao trabalho e Shelby, o projetista, transparece domínio
profissional e precisa do constante equilíbrio com os demais colaboradores.
Inovação empresarial: Esse fenômeno foi evidenciado a partir do momento em
que Henry Ford II enfatizou que queria uma ideia que impulsionasse o
desenvolvimento empresarial, posteriormente foi exposta a ideia de quebrar com
os paradigmas anteriores e buscar a inovação a partir do contexto da época em
que as disputas automobilísticas estavam no ápice, buscando a produção de um
carro eficaz que impulsionasse esse objetivo de superar a concorrente Ferrari.
Persistência profissional: Shelby se demonstra persistente quando Ford II o
chama para uma reunião e precisa ser convencido se a ideia que Shelby trouxera
iria alavancar a empresa, Shelby o garante que sim e demonstra com talento
confiança e domínio no designer do carro Ford que iria liderar a disputa, para
isso precisou também de credibilidade para convencer os demais membros que
Ken Miles seria o piloto ideal do carro projetado e persistiu na sua ideia.
Trabalho em equipe: Além da amizade de Shelby e Ken Miles os dois
conseguem transmitir com transparência e domínio a maneira que conseguiam
trabalhar conjuntamente e como essa parceria influenciava na credibilidade e
confiança do profissionalismo de ambos, Ken Miles sempre sugeria através do
seu perfeccionismo o que poderia melhorar no projeto do carro, e apesar dos
demais funcionários não acreditarem após debates em equipe se alinhavam e a
tese de Ken Miles era aprovada.
• 6.3 A partir de qual ponto de vista a trama do filme se desenvolve?
Qual é a mensagem do filme?
A trama se desenvolve a partir do momento em que Henry Ford II, sucessor da
empresa, revelar aos seus funcionários para trazerem uma ideia boa para
alavancar a empresa ou não vivessem nem trabalhar no dia seguinte, até que
um dos colaboradores propõe a ideia da Ford entrar em cenário nas disputas
esportivas e produzir um carro referência que superasse a Ferrari, pois os
modelos produzidos até o exato momento estariam ultrapassados. Além disso,
apesar do destaque de dualidade e rivalidade presente nas empresas
concorrentes, é válido ressaltar que ambas estão buscando a liderança, o que
destaca a excelência no cenário automobilístico até os dias atuais. Em
contrapartida, a longa metragem com base no roteiro evidencia em cenas o foco
na história da Ford, mas vislumbra o meio interno da empresa com os
colaboradores de se reerguer durante um período de crise e o sucesso obtido, e
também, a persistência do projetista Carroll Shelby em desenvolver um carro de
excelência que apesar das dificuldades de gestão mostra a persistência em
confiar no seu amigo e piloto Ken Miles.
• 6.4 Relacionando o filme com a Administração:
Relacionado o filme a partir do ponto de vista administrativo após o momento de
crise da empresa Ford e a busca por atingir a liderança, é notório contemplar o
planejamento, a organização, a direção e controle por parte de Henry Ford II em
estabelecer as metas, o trabalho em equipe do designer Carroll Shelby e o piloto
Ken Miles em que ambos se planejaram e se preparam para as 24 horas em Le
Mans, as escolhas que iriam impactar diretamente com a excelência da disputa
com a Ferrari. Além disso, a influência da cultura organizacional juntamente com
a tomada de decisões em busca por inovação.

7. Data e autoria: 15 de Novembro de 2023, Luana da Silva Gomes.

RESUMOS: AULAS REFERENTE AO MINICURSO

Mézáros e a “Teoria da alienação em Marx”, diálogos para o tempo


histórico.

Resumo Aula 01- dia 17/10/2023

Para uma iniciar o debate sobre alienação de acordo com o palestrante


e professor Ubiracy: uma segunda questão diz respeito a importância ao
passado de Marx, em toda realidade humana existe um tempo com três
dimensões, o presente é imediato e instável como a chama de um palito de
fósforo, o futuro é inevitavelmente vago e nebuloso só conseguimos prevê-lo, o
passado é a dimensão mais compacta do nosso tempo, a partir daí é possível
trazer para nós o progresso da humanidade e a exploração da classe
trabalhadora, e trazer uma nova perspectiva histórica através da luta de classes.
Marx deixa o legado da formação do pensamento e prática que são um
produto de seu tempo e espaço, profetizou uma sociedade que vive da aparência
e não dá essência, aparência nas relações, ideologias, interferências e tornar o
homem proletariado, a abordagem de Marx é positiva e resgata a questão da
dignidade do trabalho e pensa na totalidade.
Na abstração mais simples pensa no trabalho pretérito nas relações
estavam em processo de amadurecimento para desabrochar na sociedade de
exploração do trabalho humano/capitalista, a sociedade no estado superior
parece com uma relação simples de uma sociedade desenvolvida o dinheiro que
antes não tinha tanta importância, agora se transforma em uma categoria mais
concreta da relações de trabalho e capital. Marx foi o primeiro a dizer que o
indivíduo é o ser social, pensa a questão humana como uma consciência
genérica pois o homem confirma sua vida social como um ser pensante, sua
particularidade de torna um indivíduo efetivo e a totalidade real.
Marx percebeu que a alienação é um conceito eminentemente histórico,
numa sociedade que tem uma ascensão de um grupo de intelectuais ligado a
religião que pensam que essas relações são de alienações e que se manifestam
em um contexto histórico. A concepção dialética de Marx está ligado a
produtividade humana, a centralidade do trabalho mobiliza corações e a mente
em relação ao capital e relações sociais capitalista.
Todo esse debate econômico culmina um novo conceito de homem, essa
questão da natureza humana está ligada a atividade humana produtiva, a
incorporação da atividade privada no próprio homem levou a colocá-lo na
atividade da alienação. A questão da alienação não se resolve negando as
relações de propriedade capitalista, toda produção tem que ser regulada no
quadro de relações de produção específica, as relações do homem com a
natureza se modifica mas questiona como as propriedades impõe limitações na
liberdade humana.

Resumo Aula 02- dia 26/10/2023

Para uma melhor compreensão, o palestrante Luís Távora iniciou a


conceituação do tema alienação com o significado de ficar alheio “por fora”, na
filosofia, Hegel, diz quando o sujeito perde sua condição do sujeito se tornando
objeto, chamando de alienação, que não é no mundo espírito e sim no mundo
de produção material. Marx, diz que alienação é no mundo da produção da vida
do operário, em que o mesmo vive uma peça da engrenagem, perdendo a
dimensão da compreensão das coisas e do mundo da produção, se perde do
contato da natureza, da produção, do gênero humano e de si mesmo que não
sabia de onde vinha a produção e nem a destinação do produto.
Mézáros diz que a alienação é a perda de controle sobre tudo, o sistema
capitalista nos leva a nós perder de nós mesmo e é o sinônimo da alienação e
diz que nos tornamos objetos quando perdemos o controle sobre nossa vida,
perde a consciência de si mesmo com as múltiplas funções que faz na vida. O
capitalismo deixa de lado as grandes dimensões da vida humana e deixando as
pessoas imersas nos materiais, perdemos também a importância das relações
sociais, a compreensão da realidade e a dimensão da totalidade.
Nessa realidade de insignificâncias ninguém quer mudança pois o que
satisfaz o ser humano é a tecnologia, o dinheiro e as compras que torna um
mundo materialista e alienado, mézáros diz que para mudar essa realidade é
difícil e distante.
Mézáros decide 2 caminhos para a solução, uma educação estética e
redescobrir o belo uma nova visão, a segunda solução seria uma mudança de
cultura e ver o mundo com outra ótica, a escola seria a extensão dessa mudança
e esperança com as artes, ciências e esportes para mudar e estimular a visão
de mudança.

Resumo Aula 03- dia 09/11/2023

Nessa aula o professor Sérgio Feitosa inicia o debate sobre a economia


política liberal que transcendeu a ideia de fetichismo em que está preso na ideia
de fábrica e indústria, essa economia política omite a dialética entre devir e ser
em que há uma profunda diferença, esse fetichismo gera um estranhamento do
trabalho, o mesmo é uma parte específica da natureza mas não dá pra entender
sem uma perspectiva histórica, o homem começa a perder e se acha jogado no
sistema.
A economia política em que critica está no sentido de que não está no
papel das instituições estabelecer mediação entre sociedade e produção, pois
as instituições políticas atua no papel voltado aos interesses da elite, enquanto
houver propriedade privada irá existir alienação. O sistema começa na fábrica,
objetivando o homem e posteriormente a economia política liberal irá
universalizar a alienação, essa concorrência subjetiva é o produto intenso da
alienação que tirou do ser humano a capacidade do entendimento do ser
humano como parte de um meio social e a consciência de classe.
O trabalho tem uma dimensão natural e justifica a existência humana para
o sentimento de utilidade mas na perspectiva de Mézáros, provocou com a
divisão do trabalho a incapacidade do homem se enxergar como membro de
uma sociedade, são alienados com o produto do próprio trabalho, os
trabalhadores não tem o controle do meio de produção e enquanto a existência
de propriedade e difícil discutir e solucionar a ideia de alienação.
A lógica capitalista atinge várias esferas, se entendendo por exemplo no
âmbito cultural e vida social, compromete até mesmo nossa própria liberdade
com a ideia de tempo perdido pelo capitalismo e as circunstâncias da vida, por
isso a universalização da alienação. Isso é mais um indicativo de uma crise da
sociabilidade em que a alienação universalizada leva uma crise nas relações
sociais, criando uma crise que só será resolvida nos parâmetros do capitalismo
em consequência da propriedade privada.

Você também pode gostar