Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
→ Para que a reação aconteça, é necessário haver um SUBSTRATO (um carbono sp³
contendo um grupo retirador de elétrons, como um halogênio) e um NUCLEÓFILO (átomo
ou grupo de átomos com par de elétrons livres).
+ +
2
Reações de Substituição Nucleofílica Alifática (SN)
SN
SN2 SN1
Substituição nucleofílica Substituição nucleofílica
BIMOLECULAR UNIMOLECULAR
3
Existem ainda as reações de Eliminação
→O mesmos substratos que sofrem substituição, também podem sofrer reações de
eliminação, gerando alcenos.
→Em geral, as reações podem ser competitivas, porém, a quimiosseletividade pode ser
controlada de acordo com as condições reacionais.
4
Por que as SN2 acontecem preferencialmente em carbono sp³?
carbono hibridizado sp2
C C X
carbono hibridizado sp3 X
C
X
➢ Os elétrons da ligação C:X ficam mais próximos do
núcleo do carbono, dificultando a saída do X-
d+ d-
6
O MECANISMO SN2
7
O mecanismo de Substituição Nucleofílica Bimolecular (SN2)
8
Mecanismo da reação de Substituição Nucleofílica Bimolecular
9
Ataque do nucleófilo por trás da
ligação Carbono-GA 1) A velocidade da reação depende de ambos
os reagentes;
2) O aumento do impedimento estérico em
torno do halogênio torna a reação
sucessivamente mais lenta;
3) A reação de um haleto quiral leva a
formação do produto com inversão de
configuração
10
Estereoquímica de uma SN2
11
Por que se chama BIMOLECULAR?
v = k.[Nucleófilo].[haleto]
12
• Se a concentração do brometo de metila na mistura da reação for duplicada, a
velocidade da reação de substituição nucleofílica dobrará.
13
Exercícios
2. Qual brometo de alquila abaixo você esperaria que reagisse mais rapidamente
com o ânion etóxido?
14
Fatores que influenciam na velocidade da reação
15
1. estrutura do haleto de alquila
Os haletos do tipo
“secundário” reagem pouco
por SN2 e “terciário” reage
pelo mecanismo SN1
16
Diagrama da coordenada de reação para
Diagrama da coordenada de reação para a a reação SN2 de um brometo de alquila
reação SN2 do brometo de metila com íon secundário impedido estericamente com
hidróxido – haleto pouco impedido e pouco íon hidróxido – Requer mais energia
estabilizado – reage mais rapidamente para ocorrer – reação mais lenta!
17
Quanto maior o número de átomos de carbono em torno do carbono que contém o grupo
abandonador, MENOR a reatividade, pois a dificuldade dos elétrons do nucleófilo
alcançarem o orbital antiligante do carbono C-X é maior!
18
19
A ramificação da cadeia também afeta a velocidade de reação de diferentes haletos de
alquilas primários. Quanto mais ramificada for a cadeia carbônica na região próxima do
carbono que contém o grupo abandonador, mais lenta será a reação
20
2. reatividade e concentração do nucleófilo
• Basicidade é uma medida da facilidade com que uma espécie compartilha seu par não
ligante com um próton – grandeza termodinâmica.
• A nucleofilicidade é uma medida da rapidez com que uma espécie é capaz de atacar um
átomo deficiente de elétrons – grandeza cinética.
21
Em um mesmo período da tabela periódica, a nucleofilicidade acompanha a
basicidade. Ou seja, a Amônia (NH3) é mais básica e nucleofílica que a água
(H2O).
O íon amideto (NH2-) é mais básico e nucleofílico que o íon hidróxido (OH-)
Um carbânion (CH3-, por exemplo) é mais básico e nucleofílico que um íon
amideto (NH2-)
22
22
Em um mesma família da tabela periódica, a nucleofilicidade é o contrário da
basicidade o melhor nucleófilo será aquele que possuir a nuvem eletrônica mais
polarizável.
23
23
Efeito da polarizabilidade do
nucleófilo:
24
Quando consideramos um MESMO ÁTOMO ATACANTE: a nucleofilicidade acompanha
a basicidade – mais básico, mais nucleofílico
25
25
Nucleófilos poliatômicos volumosos não reagem por SN2 devido ao efeito estérico (dificulta
a aproximação ao carbono eletrofílico C-X)
26
3. natureza do grupo abandonador
Bases mais fracas são melhores grupos de saída – tornam a reação mais rápida. Um bom
grupo abandonador se caracteriza pela sua estabilidade ao “sair” do substrato. Átomos
grandes como o iodo são bases fracas e estáveis e portanto são bons grupos de saída.
27
Quanto MAIS FRACA a ligação Carbono-Halogênio, mais fácil ela será rompida e mais
facilmente a reação deverá ocorrer
28
Velocidades relativas de reação com a modificação do grupo
abandonador
Quanto mais estável for a base conjugada, mais rapidamente ocorrerá a reação
29
4. Efeito do solvente A reação do tipo SN2 necessita de solventes POLARES para
que os cátions e ânions que participam da reação sejam
melhores solubilizados, aumentando a velocidade da reação. Além disso, solventes
APRÓTICOS, ou seja, que não contem H ligado a O, são mais efetivos porque não formam
ligações de hidrogênio com os nucleófilos nem interações do tipo dipolo-dipolo muito fortes
com os intermediários carregados, favorecendo a reação.
30
31
Efeito do solvente prótico no nucleófilo
32
Exercício
33
Reversibilidade de uma SN2
Para que uma reação SN2 seja reversível, é necessário que a basicidade do nucleófilo e do grupo
abandonador seja semelhante.
35
Reações de substituição na síntese de
fármacos
Síntese do propranolol
36
Gás mostarda
• Gás mostarda foi utilizado como arma química na 1º guerra mundial. É um gás incolor e
inodoro e bastante lipossolúvel.
• No organismo, o gás mostarda reage com a água, gerando ácido clorídrico e 1,4-tioxano,
que são substâncias irritantes e causam bolhas na pele.
• A reação acontece por um mecanismo do tipo SN2 com “participação do grupo vizinho”.
37
37
Alquilação do DNA por nitrosaminas
38
38
Síntese da adrenalina
39
39
O MECANISMO SN1
40
REAÇÃO DE SUBSTITUIÇÃO
NUCLEOFÍLICA
UNIMOLECULAR (SN1)
• Ao contrário de uma reação SN2, onde o grupo de saída afasta-se e o nucleófilo aproxima-
se ao mesmo tempo, o grupo de saída em uma reação de SN1 parte antes de o nucleófilo se
aproximar.
41
A reação é do tipo UNIMOLECULAR, ou seja, a velocidade da reação só irá
depender da concentração do HALETO DE ALQUILA
v = k.[haleto de alquila]
42
Dois fatores afetam a velocidade da reação:
Grupos alquila
“doam” densidade
eletrônica para o
carbono carregado
positivamente!
43
A velocidade de uma reação do tipo SN1 é exatamente a oposta de uma reação do tipo
SN2. A reação SN2 ocorre em substratos TERCIÁRIOS que podem estabilizar o
carbocátion formado pelo efeito de doação de elétrons pelos grupos alquila!
44
Estereoquímica da reação SN1: Forma mistura racêmica
Como no mecanismo SN1 ocorre a formação de um carbocátion planar (sp2) ocorre a
formação de um orbital p puro (vazio) sendo assim, o nucleófilo pode atacar este orbital
vazio por ambos os lados do plano, sem seletividade, formando uma mistura racêmica
(isômero R e S)
45
Efeito do solvente na velocidade da reação SN1
46
Rearranjos de carbocátions
Quando for possível, um carbocátions podem se rearranjar para formar espécies mais
estáveis. Os tipos de rearranjo mais comum são:
c) Expansão do anel
47
Rearranjos de carbocátions
48
Mecanismos “intermediários” – efeito do par iônico
Grande parte dos mecanismos de substituição acontecem por mecanismos “intermediários”
entre os dois mecanismos extremos (SN2 e SN1). Winstein foi o primeiro pesquisador a
explicar evidências experimentais de que a maioria das reações SN1 não formam uma
mistura racêmica, mas sim uma maior proporção do produto de inversão de configuração.
Esse resultado é devido às etapas de dissociação da ligação C-X. Inicialmente é formado
um par iônico íntimo, onde, embora já dissociados, o carbocátion e o ânion X- estão muito
próximos. Nesta fase da dissociação, a face frontal do carbocátion está bloqueada pelo
contra-íon que repele a aproximação do nucleófilo pela frente, forçando o ataque pela
traseira, favorecendo o produto de inversão.
49
O efeito do par iônico
Na segunda fase da dissociação, algumas moléculas de solvente estão separando os íons
(par iônico separado pelo solvente). Nesta fase a face frontal do carbocátion está
parcialmente bloqueada pelo contra-íon, favorecendo o produto de inversão como produto
majoritário. Na ultima etapa de dissociação, o carbocátion e o contra-íon já estão
completamente solvatados e separados, favorecendo a formação da mistura racêmica.
50
Substratos alílicos e benzílicos também sofrem SN
52
SN2 X SN1
53
SN2 X SN1
54
Efeito do solvente
“se a polaridade do solvente aumenta, quando houver espécies carregadas na etapa lenta da reação,
a velocidade de reação diminui”
“se a polaridade do solvente aumenta e não houver espécies carregadas na etapa lenta, a velocidade
da reação aumenta”
Quanto maior a carga da molécula, mais forte será a sua interação com o solvente e
mais estabilizada será esta carga.
Para observarmos como a polaridade do solvente afeta a velocidade das reações, precisamos
comparar as cargas das moléculas nos reagentes e no estado de transição.
55
Se a carga dos reagentes for maior que a carga do estado de transição, como em uma
SN2, a polaridade do solvente irá estabilizar mais os reagentes do que o estado de
transição, aumentando a diferença de energia livre, tornando a reação mais lenta.
56
Se a carga dos reagentes for menor que a carga do estado de transição, como em uma
SN1, a polaridade do solvente estabiliza o estado de transição melhor do que estabiliza os
reagentes, diminuindo a diferença de energia e aumentando a velocidade de reação.
57
Efeito da polaridade do solvente na SN1
58
Exercícios
Qual reação em cada um dos pares acontecerá mais rapidamente?
59
Álcoois também sofrem reações de Substituição Nucleofílica
60
Álcoois também sofrem reações de Substituição Nucleofílica
O mecanismo pela qual a substituição vai ocorrer, depende da estrutura do álcool. Álcoois
primários formam haletos de alquila pelo mecanismo SN2, álcoois secundários e terciários
formam os haletos correspondentes pelo mecanismo SN1.
61
Álcoois também sofrem reações de Substituição Nucleofílica
62
Álcoois também sofrem reações de Substituição Nucleofílica
Quanto é utilizado HCl em reações com álcoois primários, a reação é bastante lenta,
devido o ânion cloreto ser um nucleófilo fraco. A utilização de cloreto de zinco (II) (ZnCl2)
como catalisador. O ZnCl2 é um ácido de Lewis que se complexa fortemente ao par de
elétrons livres do Oxigênio, enfraquecendo a ligação C-O.
63
A substituição via SN1 pode acontecer com rearranjo de carbocátion
64
Aminas não sofrem reações de substituição
65
Outros métodos de tornar o OH um bom grupo abandonador
66
Conversão de álcoois em ésteres sulfonatos: os melhores grupos
abandonadores em reação de substituição
Os ésteres sulfonatos são bases fracas e bastante estabilizadas por ressonância, sendo
excelentes grupos abandonadores. Eles podem ser sintetizados a partir da reação de
álcoois com cloretos de sulfonila. Os mais comuns são o cloreto de tosila (TsCl), cloreto de
mesila (MsCl) e o cloreto de fluorometanossulfonila (TfCl). Nestas reações, piridina é usada
para neutralização, pois a reação libera HCl
67
Mecanismo da reação de formação do ésterssulfotanto
68
69
70