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Nos últimos dez anos, o Ensino Superior tem experienciado uma mudança notável no seu compromisso
com a ação social, especialmente no que concerne ao apoio a estudantes economicamente carenciados. Esta
transformação reflete não apenas uma evolução nas políticas educativas, mas também uma resposta sensível às
crescentes desigualdades socioeconómicas que afetam o acesso e a permanência dos estudantes nas instituições
de ensino superior.
A ação social no Ensino Superior tornou-se uma prioridade evidente nas agendas académicas. Ao longo
da última década, observou-se um aumento na consciencialização sobre a importância de garantir que o Ensino
tornaram-se fundamentais, pois a ação social abraça uma missão mais ampla de equidade e inclusão,
reconhecendo o impacto direto que pode ter na trajetória educativa e profissional dos estudantes.
Ao explorar essa evolução, torna-se claro que desempenha um papel vital na promoção da igualdade de
têm procurado, ativamente, implementar medidas concretas para assegurar que nenhum estudante seja impedido
A falta de acesso a cuidados de saúde primários entre estudantes deslocados ou com necessidades
educativas específicas é uma preocupação premente que destaca as lacunas significativas na ação social.
Estudantes deslocados, muitas vezes longe dos seus lares de origem, enfrentam desafios adicionais ao procurar
cuidados médicos regulares. A mobilidade geográfica pode resultar na desconexão com os serviços de saúde
específicas. Da mesma forma, estudantes com necessidades educativas específicas podem encontrar barreiras
adicionais ao acesso aos cuidados de saúde, devido à necessidade de serviços especializados e adaptados. Esta
falta de acesso não só compromete o bem-estar físico e mental desses estudantes, mas também pode impactar
negativamente o seu desempenho académico. Torna-se crucial abordar essas disparidades, implementando
estratégias que garantam a disponibilidade de cuidados de saúde acessíveis e culturalmente sensíveis para todos
Por tudo isto, as Federações, Associações Académicas e de Estudantes reunidas no Encontro Nacional
1. Garantir o acesso primário aos cuidados de saúde para estudantes deslocados e estudantes com
2. Aumentar o valor da bolsa mínima para 200% do valor da propina, permitindo que os custos primários
sejam suportados;
3. Aumentar o limiar de elegibilidade para acesso a bolsa de estudo, para 25x IAS, no rendimento 'per
capita' anual;
4. Alterar o tipo de rendimentos dos agregados familiares que são contabilizados – consideração dos
5. Criar uma majoração para os agregados monoparentais e unipessoais no RABEEES, alterando por isso o
“Artigo 4.º
Agregado familiar do estudante
(...)
4 - São considerados como agregados familiares unipessoais os estudantes que, comprovando não auferir rendimentos:
a) Se encontrem em situação de acolhimento institucional, entregues aos cuidados de uma instituição particular de
solidariedade social ou de outras entidades financiadas pela segurança social, e cuja situação social seja confirmada pela
instituição de acolhimento em que se encontra;
b) Sejam membros de ordens religiosas;
c) Estejam internados em centros de acolhimento, centros tutelares educativos ou de detenção.
5 - Podem constituir agregados familiares monoparentais os constituídos por um único parente ou afim em
linha reta ascendente e em linha colateral, até ao 2.º grau, ou equiparado, a viver com o estudante;
6 - Sem prejuízo do disposto no artigo 32.º, a composição do agregado familiar relevante para efeitos do disposto no
presente regulamento é aquela que se verifica à data da apresentação do requerimento.”
6. Assegurar o cumprimento do disposto na Resolução da Assembleia da República n.º 60/2013, a
propósito da apresentação anual de um relatório sobre o abandono no ensino superior, que inclua a
divulgação dos resultados da monitorização deste fenómeno com base nos indicadores definidos no
Proponente: FNAEESP