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A educação inclusiva é, atualmente, um conceito abrangente que assenta na
resposta às necessidades educativas de todos os alunos através de diferentes
ofertas de educação e formação. No entanto, neste artigo, vamos focar-nos
no ensino especial.
A QUEM SE DESTINA?
Ainda que, no atual quadro legislativo, a educação inclusiva seja para todos os
alunos, em termos de matrícula ou renovação de matrícula, são definidos
como grupos alvos prioritários os alunos:
Outra relativa ao apoio direto prestado aos alunos que terá, sempre, um
carácter complementar ao trabalho desenvolvido em sala de aula ou em
outros contextos educativos.
Esta prestação em dinheiro é paga mensalmente aos pais ou à pessoa que tem
a criança ou jovem a cargo e que assume a responsabilidade da sua educação.
Quem são os alunos com necessidades educativas
especiais?
Os alunos com necessidades educativas especiais (ou NEE) são alunos com algum tipo
de dificuldade na aprendizagem ou no acompanhamento do currículo escolar. Não se
trata apenas de alunos com deficiência. O conceito abrange também problemas
como autismo, dislexia, hiperatividade, entre outras. Estas situações carecem de
avaliação precoce e especializada, tendo em conta as características de cada aluno.
O conceito de escola inclusiva prevê uma abordagem universal, de acordo com a qual os
alunos devem cumprir a escolaridade obrigatória num patamar tão elevado quanto
possível, mesmo que, para tal, tenha de haver um acompanhamento técnico e educativo
personalizado e diferenciado.
Quando uma criança acompanhada pela intervenção precoce transita para o ensino
básico, os profissionais e a família devem garantir a transição em conjunto. No ato de
matrícula, deve ser apresentada à escola toda a documentação relevante, que varia
consoante os casos.
a diferenciação pedagógica;
a adaptação do material e o enriquecimento curricular;
a promoção da sociabilização;
promoção do foco académico ou comportamental.
Para cada aluno que revele precisar de um acompanhamento mais individual são
delineados:
As medidas específicas (chamadas seletivas) podem ser postas em prática com a ajuda
de docentes de educação especial, técnicos especializados ou até assistentes
operacionais e ainda recorrendo a materiais da própria escola. Em caso de necessidade,
o diretor da escola pode requerer mais recursos ao Ministério da Educação.
Em casos excecionais, pode haver lugar a medidas adicionais, tais como:
Uma das soluções que podem ser propostas é o ingresso antecipado em determinado ano
ou o adiamento da matrícula. Cabe à equipa multidisciplinar que acompanha o aluno,
com a concordância do encarregado de educação, propô-lo ao diretor da escola.
Como pedir?
O pedido do subsídio de educação especial deve ser feito no mês anterior ao início do
ano letivo, no caso de o visado frequentar a escola, ou posteriormente, quando a
circunstância elegível for detetada.
O pedido pode ser feito nos serviços de atendimento da Segurança Social ou nas Lojas
de Cidadão, mediante a apresentação do respetivo formulário, devidamente preenchido
e assinado. Nele consta a documentação necessária para a abertura do processo.
A quem se destina?
O subsídio pode ser acumulado com o abono de família para crianças e jovens, a
bonificação por deficiência, a prestação social para a inclusão ou a pensão de
sobrevivência ou de orfandade. Termina, porém, se o jovem:
atingir os 24 anos;
deixar de ter deficiência;
deixar de frequentar o estabelecimento de ensino ou de receber o apoio do
técnico especializado.
O valor do subsídio mensal tem em conta o custo real da educação especial por criança
ou jovem com deficiência e pode variar consoante os rendimentos do agregado familiar:
corresponde à mensalidade dos estabelecimentos de educação especial fixada
por portaria, deduzido o valor da comparticipação familiar, no caso de
frequência de estabelecimento de educação especial;
é igual à diferença entre a mensalidade da escola e a comparticipação
familiar, mas não pode exceder o valor máximo da mensalidade correspondente
à modalidade de externato, no caso de apoio individual por técnico
especializado. Em casos excecionais, o subsídio pode atingir este valor, se a
situação da criança ou jovem exigir simultaneamente a frequência de
estabelecimento de educação especial e normal, ou a frequência deste com apoio
individual.
O papel da família passa por garantir o acesso à escola e aos recursos necessários para
a frequentar, por estar presente e manter-se informada, bem como acompanhar o aluno
no seu percurso escolar, tendo em conta a sua individualidade e a abordagem técnica e
educativa escolhida. Compete também aos encarregados de educação transmitir aos
professores e demais profissionais as necessidades do aluno, para que, em conjunto, se
possa encontrar a melhor resposta.
O apoio aos alunos com necessidades de saúde especiais visa assegurar o cumprimento
do direito de acesso à educação. Pode, por exemplo, traduzir-se na atribuição de
tecnologias de apoio (as chamadas ajudas técnicas), auxílio na alimentação escolar,
adaptação dos espaços, transporte escolar, entre outros tipos de auxílio.
Não é possível falar do papel do Professor de Educação Especial, sem que o relacionemos
diretamente com o próprio conceito de Educação Especial, que na verdade tem vindo a sofrer
algumas alterações bastante significativas nas últimas décadas e com ele, também a forma de
atuação do Professor de Educação Especial.
O Professor de Educação Especial tem ainda a seu cargo o apoio educativo à instituição
escolar no seu conjunto, isto é, ao professor, ao aluno e à família. É também esperada a sua
colaboração na organização e gestão dos recursos e medidas diferenciadas, nomeadamente
no que concerne à flexibilidade dos currículos e a sua adequação às capacidades e aos
interesses dos alunos, ou à elaboração de planos e programas educativos, adequados às
necessidades individuais e específicas de cada criança, colocando deste modo em prática as
medidas previstas no Decreto Lei nº 3/2008 de 7 de Janeiro, relativas a alunos com
necessidades educativas especiais.