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02-Guerra (Série The Four Horseman) Laura Thalassa - 220427 - 003616
02-Guerra (Série The Four Horseman) Laura Thalassa - 220427 - 003616
Sumário ....................................................................................................................................13
Capítulo Um ............................................................................................................................14
Capítulo Dois ...........................................................................................................................32
Capítulo Três ...........................................................................................................................48
Capítulo Quatro.......................................................................................................................66
Capítulo Cinco .........................................................................................................................79
Capítulo Seis ............................................................................................................................88
Capítulo Sete ..........................................................................................................................113
Capítulo Oito .........................................................................................................................132
Capítulo Nove .......................................................................................................................144
Capítulo Dez ..........................................................................................................................158
Capítulo Onze ........................................................................................................................165
Capítulo Doze ........................................................................................................................176
Capítulo Treze .......................................................................................................................180
Capítulo Catorze ...................................................................................................................200
Capítulo Quinze ....................................................................................................................206
Capítulo Dezesseis ................................................................................................................219
Capítulo Dezessete ................................................................................................................231
Capítulo Dezoito ...................................................................................................................239
Capítulo Dezenove ................................................................................................................256
Capítulo Vinte........................................................................................................................278
Capítulo Vinte e Um .............................................................................................................288
Capítulo Vinte e Dois ............................................................................................................304
Capítulo Vinte e Três ............................................................................................................313
Capítulo Vinte e Quatro .......................................................................................................332
Capítulo Vinte e Cinco..........................................................................................................339
Capítulo Vinte e Seis .............................................................................................................350
Capítulo Vinte e Sete.............................................................................................................364
Capítulo Vinte e oito .............................................................................................................374
Capítulo Vinte e Nove ..........................................................................................................391
Capítulo Trinta ......................................................................................................................399
Capítulo Trinta e Um ............................................................................................................412
Capítulo Trinta e Dois...........................................................................................................418
Capítulo Trinta e Três ...........................................................................................................429
Capítulo Trinta e Quatro ......................................................................................................444
Capítulo Trinta e Cinco ........................................................................................................460
Capítulo Trinta e Seis ............................................................................................................473
Capítulo Trinta e Sete ...........................................................................................................485
Capítulo Trinta e Oito ...........................................................................................................504
Capítulo Trinta e Nove .........................................................................................................526
Capítulo Quarenta.................................................................................................................539
Capítulo Quarenta e Um ......................................................................................................553
Capítulo Quarenta e Dois .....................................................................................................567
Capítulo Quarenta e Quatro ................................................................................................605
Capítulo Quarenta e Cinco...................................................................................................623
Capítulo Quarenta e Seis ......................................................................................................636
Capítulo Quarenta e Sete......................................................................................................652
Capítulo Quarenta e Oito .....................................................................................................670
Capítulo Quarenta e Nove ...................................................................................................682
Capítulo Cinquenta ...............................................................................................................688
Capítulo Cinquenta e Um ....................................................................................................706
Capítulo Cinquenta e Dois ...................................................................................................719
Capítulo Cinquenta e Três ...................................................................................................733
Capítulo Cinquenta e Quatro...............................................................................................742
Capítulo Cinquenta e Cinco .................................................................................................749
Capítulo Cinquenta e Seis ....................................................................................................757
Capítulo Cinquenta e Sete ....................................................................................................766
Capítulo Cinquenta e Oito ...................................................................................................787
Capítulo Cinquenta e Nove .................................................................................................794
Capítulo Sessenta ..................................................................................................................800
Capítulo Sessenta e Um ........................................................................................................806
Capítulo Sessenta e Dois ......................................................................................................812
Capítulo Sessenta e Três .......................................................................................................820
Epílogo....................................................................................................................................828
Fim...Por enquanto. ...............................................................................................................829
Nota do Autor........................................................................................................................830
Quando abriu o segundo selo, ouvi o segundo ser vivente,
assentado sobre ele, foi concedido que tirasse a paz da terra e que os
espada.
– Shakespeare
Ano 13 dos Cavaleiros
Solto um suspiro. Há água e fogo e... e... Deus a dor... dor, dor, dor. A
— Mamãe, mamãe!
— Mamãe!
O céu balança sobre mim. Eu tusso com a fumaça. Minha bolsa está
enrolada no tornozelo e está me arrastando para baixo, para baixo, para baixo.
Não. Eu preciso chutar e voltar à superfície, mas apesar dos meus esforços,
Meus pulmões ardem. A luz do sol acima fica fraca, mesmo enquanto luto.
03:18.
Está escuro demais para ver as fotos penduradas ao lado delas, mas
É muito devastador.
orgulho de antes.
Ninguém mais está fora, a não ser pelo ocasional guarda palestino.
Mas essa vida é menos real para mim do que o sonho com o qual
Não, a vida nem sempre foi assim, mas esta tem sido a minha
quando se apagaram, uma após a outra. Meus ouvidos ainda soam com
1
É um objeto da cultura árabe que foi incorporado pelos judeus. É um escudo contra o mau. É uma mão
que representa os cinco níveis da alma, o órgão ou canal através da qual uma pessoa abençoa outra,
simbolizando, portanto, bênçãos e proteção.
Tive a infelicidade de me sentar perto de uma janela, então vi em
colidindo com o que quer que fosse ou quem quer que estivesse mais
próximo deles.
seu corpo mutilado. Apenas ouvi que foi atropelado por um ônibus,
aviário, os pássaros quietos a esta hora. Uma vez, você poderia obter
A noite está quieta. Tem sido assim no último mês. Não que seja
especialmente aterrorizante.
suficiente para chegar onde queria ir. Mas não tenho, então permaneço
em Jerusalém.
para noite.
3. Evite conformidade.
seguir, me mantiveram viva nos últimos sete anos. Eu pego meu ritmo,
Solto um suspiro.
minhas descobertas.
— Eu não sou uma prostituta. — Respondo.
Irmandade.
Um atacante então?
a gás, então é difícil entender o que está fazendo, mas acho que irá se
de começar um dia.
confiança de que não atirarei. Ele não sabe que fiz isso antes.
Perdoe-me.
Eu solto a flecha.
Não vejo exatamente onde ela cai na escuridão, mas ouço o suspiro
fico onde estou. Com relutância abaixo meu arco e caminho até ele,
homem, seu sangue escurecendo sua pele e o chão abaixo dele. Sua
alívio. Meus olhos vão para a bolsa que ele está carregando.
Uma vez que tenho certeza de que ele se foi, retiro a flecha do corpo
e me afasto.
Saio da cidade e entro nas colinas que ficam a oeste, tentando não
pensar no homem que matei e no que ele queria. Ou que mal fiz uma
o projeto.
redor.
Eu paro, meus olhos indo para estrada. Forço meus ouvidos, mas
Provavelmente um viajante.
conseguimos recuperá-los.
depois do meu primeiro encontro hoje, melhor ser covarde do que uma
mulher morta.
Sempre tão devagar o som fica mais alto, até que consigo distingui-
lo distintamente.
Clop. Clop. Clop.
Um viajante montado.
Respiro fundo.
seus cabelos escuros e linhas de kohl grossas em seus olhos. Suas maçãs
petrificante.
Porque o que estou vendo está errado. Nenhum cavalo é tão vermelho
sela.
Eu começo a tremer.
Não.
Querido Deus, não.
significa que o homem para o qual estou olhando pode ser realmente
Guerra.
Um pequeno ruído sai dos meus lábios e Guerra, se for de fato ele
Eu me abaixo.
direção.
barulhentas do cavalo.
Eu não sei o quão perto o cavaleiro está antes dele parar. Parece
levantam.
Mas por que não seria ele? Jerusalém tem sido o epicentro de várias
foi até predito que será aqui que o mundo termina no Dia do Juízo Final.
Oh meu Deus.
Eu não me movo. Não até que tenha certeza de que Guerra seguiu
em frente.
Mas quando penso que ele se foi, ouço mais batidas de casco.
trovão.
Meu coração está cada vez mais rápido e ainda assim continuo
Quanto mais olho, mais os homens passam por mim, até ficar claro
seguindo Guerra.
juntos.
esconderijo. Saio do prédio com os pés trêmulos, sem saber o que fazer.
exército se dirige.
Minha casa.
Saia, a voz da minha mãe diz na minha cabeça, saia com as roupas
Jerusalém.
Seja corajosa.
Seja sempre corajosa.
Claro, estas são as regras para se manter vivo. Não preciso das
abnegação de mim.
coisa em si.
Meu aperto no arco agora fica mais forte. Pego uma flecha e coloco.
ouvir a voz do meu pai como um eco do passado. Somos todos iguais.
Eu ando mais e mais rápido pelas ruas, minha arma pronta. O lugar
para o povo.
que estão fugindo. Uma mulher corre com o filho nos braços. Dez
Pelo menos estão seguros. Mas há tantos outros que estão lutando
por suas vidas. Eu pego uma flecha, coloco e atiro. Agarre, arrume,
dispare. Novamente. Alguns dos meus disparos erram, mas sinto uma
invasores.
que sou uma ameaça. Um deles aponta o seu próprio arco e flecha para
Acertei seu ombro. Agarre, arrume, dispare. Desta vez minha flecha
distância, sussurrando uma prece sob a minha respiração para que não
fique sem flechas antes de chegar lá. Carrego uma adaga, mas não sou
Uma vez que estou dentro, corro pela escada até o meu
Filho da puta. Alguém já deve ter tido a mesma ideia que eu. As
foram removidos.
adaga sobressalente.
dos apartamentos que sei que está abandonado e entro. As janelas aqui
vez.
Não é até que estou fora da Cidade Velha que vejo Guerra.
primeira vez, mas agora, banhado pelo sangue de suas vítimas, seus
olhos brilhando como ônix, não há como ele ser qualquer outra pessoa.
Ele está montado em seu cavalo no meio da estrada, seu corcel
prometidas seriam.
erre completamente.
Merda.
Ele olha minha arma, depois meu rosto. Guerra chuta o cavalo para
frente.
minhas costas.
Olho por cima do meu ombro. Guerra está dirigindo seu cavalo
desconsidera todas elas. Eu sou a única para quem ele parece ter olhos.
lágrimas.
Velha, mas agora, o lugar está totalmente abandonado. Por que pensei
em vir aqui? Deus não pode me salvar. Não quando seu cavaleiro está
seria.
outro, para que o cavaleiro não possa me cortar por trás. A mesquita
está tão perto que consigo distinguir os detalhes mais finos ao longo de
Não.
Trancada.
posso ver o pequeno buraco que leva ao Poço das Almas abaixo. E se
antebraços se erguem.
Eu giro.
Meus olhos vão para a lâmina maciça. Ela brilha prateada à luz do sol.
Mas então outra visão chama minha atenção. Meu olhar vai da
arma de Guerra para sua mão. Em cada junta há um estranho grifo que
brilha em vermelho.
armadura dele.
Eu pego atrás de mim outra flecha, encaixo e deixo voar. Esta não
coletadas agora se espalham pelo chão. Minha mão vai para uma das
minhas adagas.
Não é páreo para aquela fera com uma espada. Eu dou outra
ganhar isso.
Engulo.
Morrerei.
Minha mão aperta a lâmina. Eu tenho que pelo menos tentar pará-
lo.
É neste momento em que percebo que isso não será uma luta. Este
Uma linha de sangue sai da ferida. Por um instante, olho para ele
de maneira estúpida.
Corra, a voz de minha mãe comanda, mas estou com medo de virar
as costas para esse homem. Gostaria de olhar a morte nos olhos quando
for entregue.
Guerra avança e balança sua espada novamente e eu levanto minha
adaga para enfrentar o golpe. Mesmo sabendo o que está por vir, a
arma jogada mais uma vez da minha mão. Ela bate no chão a um metro
de distância.
Mas ele não a abaixa imediatamente. Ele olha para o meu rosto por
um longo tempo, tempo suficiente para me perguntar por que ele está
vacila.
nova.
— Netet wā neterwej.
Eu começo pela voz dele. Suas palavras não são hebraicas, árabes,
iídiche ou inglês. Ele não fala nenhuma língua que reconheço... e ainda
assim o entendo.
entendê-lo.
corro de volta.
corro.
Cidade Velha. Não ouço o cavaleiro atrás e acho que talvez ele me
deixará ir.
pedra.
Oh cara, o primeiro passo é um idiota alegando que você é sua
O casco bate perto em mim como antes. Apenas que desta vez não
O cavalo de Guerra está quase sobre mim e juro que posso sentir
sua respiração quente contra a minha pele. Apenas quando acho que
O ar deixa meus pulmões quando pulo para frente. Mas não caio
Por vários segundos fico ali, me orientando. Então olho para trás,
temido.
Seja o que for, ele se recupera com rapidez suficiente, sua surpresa
Eu luto um pouco mais contra ele, mas é inútil. Seu braço é como
como uma pilha fumegante de selvageria humana. Olho para tudo isso,
Guerra. Seu medo é claro — ninguém espera ficar cara a cara com um
desses míticos e mortais cavaleiros — mas também sinto um terror
caminho a percorrer.
punição. Sua espada ainda está no alto e ele leva sua montaria em
giro.
Preciso fechar meus olhos contra a visão, mas ainda assim, às vezes
Ali, você nunca saberia que uma cidade inteira estava sendo abatida.
Nós dois passamos pela casa na qual me escondi, indo cada vez mais
Guerra me segura.
Sem resposta.
encontrá-los. Ele segura meu olhar por vários segundos, depois volta
Okaaaay.
montanha.
de tendas. Agora que estamos nos movendo pelo lugar, percebo que
vira e me tira de seu cavalo. Não tenho ideia do que está acontecendo,
Você ficará segura aqui até eu voltar. Tudo o que precisa fazer é jurar
Guerra se inclina para ele e diz algo tão baixo que não consigo ouvir.
seu cavalo.
Eu não sei se isso é o que Guerra imaginou para sua esposa quando
E o restante dela...
para os abutres. Por muito tempo a fila fica apenas ali. Um homem
diferença nos dias de hoje é quem todo mundo inclui. Uma esposa?
nós. Há algumas. Muito poucas para o meu gosto. E todas são jovens e
apegam às crianças, isso é outro choque. Não sei o que me deixa mais
lâmina para mim, sua mão livre se movendo para sua virilha. É preciso
Conosco?
recuados.
oportunidade se apresentar.
acampamento.
Há uma agonia peculiar em esperar quando você sabe que algo ruim
está chegando.
Não é até que viro em uma curva na linha que tenho uma visão do
ávidos e famintos.
gritos e a náusea.
enchendo o ar.
a distância.
ter escolhido lealdade. Mesmo que possam ter visto o cavaleiro matar
É horrível.
julgamento.
Tudo o que você precisa fazer é jurar fidelidade aos outros. Então nós
mesmo sabendo que pelo menos uma das minhas flechas atingiu seu
Ele não carrega mais sua espada gigante. Na verdade, a única arma
Deve ser uma resposta fácil, mas não posso me forçar a dizer as
palavras.
Apesar de tudo, não quero morrer. Realmente não quero morrer e
seu trono.
esposa? Ele me observa agora com olhos cativados. Eu sei qual resposta
Morte ou fidelidade?
momentos antes.
— Morte.
O carrasco força a minha cabeça para baixo, de modo que a parte
Eu mordo meu lábio com a sensação. Não foi assim que imaginei
Seu lábio superior se curva um pouco e isso me faz pensar que ele
Não há dúvidas sobre isso agora. Seus ombros são largos demais,
seus músculos são muito grossos; seus membros são longos demais,
— San suni ötümdön satnap tulgun, virot ezır unı itdep? Sanin
minha vida apenas para que você possa me fazer matar os outros. —
Nas minhas costas, sinto o cavaleiro parar. Ele está mais uma vez
Antes que possa me virar, ele pega uma das minhas mãos. É apenas
Você acha que o Sakdun não é bom? É isso que pensa que quero de você?
Fazê-la um soldado?
pulsos.
Guerra volta para minha frente. Ele ainda está fazendo uma careta
Ele joga sua adaga aos meus pés, a lâmina fina afundando na terra,
então se afasta.
ri.
Hora de dar o fora daqui.
consigo andar a uma curta distância antes que uma mulher agarra meu
braço.
do acampamento.
e olhos verde-oliva.
Ela suspira. — Sabe, a maioria das pessoas que saúdo aqui dizem
isso para mim. Estou cansada de ter que lhe contar toda a verdade
brutal.
tendas.
— Todo mundo que sai morre.
chama outra mulher quatro tendas para baixo. — Esta é uma das que
agora.
intenções.
Ela puxa as abas da tenda para trás e gesticula para eu olhar para
pergunto.
mulher fosse, nunca mais pegaria aquele livro. Nunca dormiria nesta
estou decidida a descobrir como deixar este lugar, mas já posso dizer
pergunta.
de qualquer maneira.
da tenda. — Diz ela para as mulheres, que então colocam uma bacia
Antes que eu possa dizer qualquer outra coisa, Tamar e o resto das
avermelhada e escura. Junto a ela, uma das mulheres deixou uma barra
Atrevo-me a entrar?
Quase não sei. Não é que isso seja algo estranho. Temos que
imundo.
nas minhas roupas, usando a água do banho para lavar o sangue delas.
Meu estômago ruge ao ver isso. Eu não comi a maior parte do dia.
Até agora, estava muito agitada para sentir fome, mas agora que tive
Diz ela.
O cavaleiro?
Suas mulheres?
Porra.
cavaleiro.
pessoa e usar esses itens não muda isso. Mas o interesse do cavaleiro
Há coisas que ele quer de mim, coisas que não têm nada a ver com
de esposa.
depravação agora.
sensação.
uma em que não posso colocar o dedo, apenas que me faz sentir
vagamente envergonhada.
com alguma coisa — quem sabe o que? Ele puxou sua espada e se
aproximou do cavaleiro.
através de seu torso — bem entre essas tatuagens. E então ele riu.
Um calafrio involuntário desliza pela minha espinha.
do homem como se fosse cinza. Foi horrível. — Fatimah não parece tão
mim. Pela segunda vez hoje, ele gesticula, as marcas escarlates nas
multidão, parando apenas uma vez que estou a uma curta distância do
cavaleiro.
acampamento.
frente.
Ele observa minhas feições por vários segundos e seu olhar é tão
e interesse.
Ele não diz nada por tanto tempo que finalmente rompo o silêncio
baixinho.
Veremos.
Mas é esse olhar que ainda posso sentir nas minhas costas como
desafiante.
É tudo o que preciso para fazer a única coisa que mais odeio: fugir.
mostrar meu rosto. Já é ruim o suficiente ter fugido, mas pelo menos
não pularei uma refeição apenas para salvar a cara. Então ignoro o
Depois de tudo o que Guerra disse, espero ser levada para sua
desfrutar de um corpo quente esta noite. Ele não precisa que seja você.
assunto.
cedo. — Diz ela, suas palavras baixas. Ela se inclina para perto. —
abafada.
Balanço a cabeça.
porque ele falou comigo. Sinto muito, mas é o melhor que eu tenho.
para apertar a minha. — Guerra passa por mulheres. — Ela diz isso
Guerra.
solicitados?
precisará dela.
Aceito o último conselho de Tamar — durmo com a adaga de
sobre os joelhos, está Guerra. Minha mão vai para a faca e me sento,
levantando-a.
percebo.
Ele resmunga.
— Quer dizer, eu entendo você. — Estou acostumada a ouvi-lo
O que significa que esse tempo todo ele foi capaz de me entender.
Eu mantenho minha lâmina apontada para ele. — Por que você fala
em línguas? — Pergunto.
arma.
garganta.
pergunto.
meu rosto.
diversão.
Sim.
— Você pode? — P.
Ele pega uma lamparina a óleo que não notei e fica de pé. — Você
minha tenda.
Acho que não deveria ficar tão surpresa. A mesma coisa era
botas, eu saio.
delas têm suas cabeças cobertas. Eu assumi que a Guerra nos faríamos
em que consigo pensar são nos cadáveres que cobriram o chão quando
parece ser onde o café da manhã é servido. Meus olhos se movem sobre
as ovelhas sendo viradas em um espeto, as bandejas de frutas e nozes
Caminho até a fila para o café da manhã e tento não pensar de onde
curta enquanto conversa com os homens ao seu redor. Mas seus olhos
estão em mim e não importa quanto tempo eu olhe, ele não desviar o
olhar.
deixando a clareira.
vejo nenhum.
Foi apenas quando passei por meia dúzia de árvores que exalo meu
alívio.
Consegui.
Merda.
Eu paro, há uma flecha apontada para minhas costas.
O soldado olha para mim. — Que porra isso tem a ver com alguma
coisa?
para armas?
Para ser justa, ele tem razão. Eu não tenho bolsa para coletar galhos
Lamento de imediato.
janela.
importo com quem usa suas atividades, se quiser viver, é melhor voltar
execuções que não têm causa declarada. Acho que isso realmente não
para ajudar, mas há pessoas para cozinhar, limpar, vigiar, cuidar dos
permanece.
Eu entendo tudo.
então talvez preciso ser paciente. No entanto, até agora não houve
religião que vejo, são os poucos artigos religiosos que as pessoas usam
volta para fora. Até então o sol está afundando no céu, o calor do dia
montaria.
lado.
O que significa que são seus melhores assassinos. Eu olho para eles
Eu não tenho ideia do que está acontecendo até que a poeira abaixa.
Ele parece morto, pela forma como fica ali, mas depois de um
minuto, se levanta.
Guerra não fala, apenas observa-o levantar-se. Uma vez que o
a ele.
Nosso senhor o alimentou, deu-lhe abrigo, confiou nele. E o que ele fez
para pagar essa gentileza? — Ele faz uma pausa, seu olhar percorrendo
guerreiros!
hoje.
dele.
— Sunu uk. San suni, adas Susturu tıtuu üçüt huniştüü nunıtnuu
Elijah está tremendo, seja por medo ou por exaustão, mas não
seu aperto.
Meu coração aperta. Aqui está um homem que decidiu matar os
assassinos. Quero que ele mate o cavaleiro de uma vez por todas. A
estão ferozes. Ele tem outra lâmina, mas mesmo quando seu oponente
ıtuuzı vokgon.
Você se contentou em fazer isso nas últimas dezessete cidades pelas quais
passamos.
Dezessete? Dezessete?
Ele tropeça para frente, seu aperto trêmulo, seu corpo obviamente
esgotado. Ele deve saber que lutar é uma causa perdida, mas isso não
Elijah luta para levantar a espada o suficiente para atacar. Guerra ainda
não se move.
uma vez.
movimento força Elijah a perder o aperto de duas mãos que ele tinha
— Sani övütün urtin nüşütügö süstün és, vurok San senin öç nüşünön.
Você pode não entender Sua vontade, mas entenderá minha vingança.
resto, para outro. É preciso tudo em mim para não vomitar com a visão.
Ao meu redor, um grito se eleva da multidão. O mundo
enlouqueceu.
tochas acesas.
A cerca de um metro de distância das abas da tenda, os Cavaleiros
tenho tolerância para isso agora. Mas não sei. Ainda estou com medo.
Tenho medo desse lugar e do que isso faz com as pessoas. Tenho medo
piedade um homem.
Eu engulo.
A tenda da Guerra tem uma mesa e cadeiras, uma cama e vários
pontiagudos.
para os meus.
Guerra em mim.
Deus, ele é bonito — bonito como as coisas são mortais. Ele não
Eu tenho que lutar contra mim mesma para não dar um passo para
— Ouvi dizer que você foi aventureira esta manhã. — Diz ele.
Engulo delicadamente. — E?
pego.
perto demais. — Nunca mais me use em uma mentira. — Diz ele com
a voz baixa.
Ou então a punirei.
poderia imaginar.
couro roçando meu peito. Ele está perto o suficiente para ver as
Lindos e aterrorizantes.
— Você está errada, se acha que isso me irrita. — Seu sorriso é
Esse bastardo arrogante. Aposto que ele acha que todos os seres
matar.
— E assim, eu tomei.
O toque de Guerra faz uma pausa na minha pele. — Pensar que
você quase escapou. — Ele se afasta então, continuando com sua tarefa,
muitos dias — uma vez pela morte e outra pela deserção. E se é tão
consequências.
momento.
Relutantemente, aceno.
e mentir. Porque agora tenho o trabalho que disse ter algumas horas.
Morava. Pretérito.
Eu olho para o cavaleiro enquanto isso afunda. Até onde ele sabe,
minha casa é uma coisa do passado; esta cidade de tendas é minha casa
agora.
estou sendo observada muito de perto para escapar desse lugar tão
cedo.
— Posso ir agora?
pergunta?
direi.
Mais uma vez, aquele sorriso, mas desta vez parece um pouco
longe dele.
Seu olhar escuro esta fixo no meu. — Então prove isso. Seja
corajosa.
Eu, de maneira hesitante, diminuo a distância entre nós, até sentir
quando eu existo.
nelas.
armadura e exalo bruscamente pela perda daquele olhar. Não sei por
que parece uma perda; toda vez que seus olhos caem em mim, tremo
seu Deus. Minha mãe era judia, meu pai era muçulmano. Cresci
tenda.
termino, passo as mãos pelo meu cabelo castanho escuro. Agora durmo
movendo.
Movendo.
Mesmo agora, quando minha tenda é nada mais do que uma pilha
— Miriam.
Eu quase pulo com a voz atrás de mim. Quando giro, dois homens
de Guerra.
falei com o cavaleiro pela última vez e não consigo decidir se estou
vestindo calça e uma camisa preta, uma faca amarrada à cintura. Ele
acompanhantes.
pela tampa.
subindo. Quero dizer que é porque estou assustada, mas há uma nota
e assustador, tudo de uma vez. A ameaça que sai dele em ondas não
pergunto.
Guerra se move para o canto de sua tenda, pegando uma sacola ali. Ele
passa para mim, sua camisa preta ficando mais justa enquanto ele faz
lona.
Meus olhos pousam primeiro no meu rolo de couro. Puxo para fora
Eu vejo uma lixa e alguns grampos; parece que ele pode ter até
que o fizesse.
Ainda não consigo acreditar que ele viu minha casa. Isso me faz
temperamentais.
Olho para Thunder, o cavalo que monto. Mal consegui evitar ser
punida por essa fera e agora tenho que montá-lo. Tenho certeza que o
Ele está vestido mais uma vez com sua armadura de couro, sua espada
— Siga-me.
Ele cavalga, seu cavalo indo à frente da linha que está formada. As
pessoas aplaudem quando ele passa, como se ele fosse seu salvador,
e questionadores olhares.
Quem é ela?
completamente.
Não oi, não como você está? Apenas uma tranquila confiança de
por seu ritmo que eles não nos alcançarão. Nunca quis que uma massa
O silêncio entra em cena. Espero que Guerra acabe com ele — com
ele me trata. Eu penso um pouco mais, dos cabelos escuros até os lábios
— Bem, se sou sua esposa, por que não durmo na mesma tenda
que você? — Eu digo. — E por que não... — Paro antes de poder dizer
mais.
Não.
Guerra olha para meu rosto e ri. — Isso não é o que os maridos
apropriados fazem?
Bolas do caralho.
— Quem disse que não estou casada? — Eu não sei porque digo
Por um momento, Guerra não reage. Então, com calma, ele olha de
relance.
Miriam?
quisesse.
Outro arrepio.
apartamento — ou pelo menos acho que ele foi quem esteve lá para
pegar minhas ferramentas. Com certeza viu as fotos dos meus pais, da
ensurdecedor. Nós três corremos para fora da cidade com nada mais
do que uma mochila cada. Tivemos sorte. Mas então, aquele barco,
termine, mas não posso falar sobre o restante. Essa perda é mais recente
do que a outra.
viaja atrás de nós, mas nos últimos vinte minutos não consegui ver
provavelmente os dois.
a verdade em breve.
Nós não passamos uma única alma enquanto andamos pela
alarmante.
acabar com uma região inteira? Não apenas cidades, mas também tudo
E seja qual for a fera que Guerra realmente seja, tenho o prazer de
que apenas passar por isso seja bom o suficiente. Simplesmente não sei
da Nova Palestina durante nossa guerra civil, mas esta é a primeira vez
foi poupada.
vencedores.
— Em direção ao oceano.
Há água e fogo e... e... e Deus a dor — dor, dor, dor. A mordida
sua mente.
até ficar crocante. Meu rosto parece apertado e posso ver o vermelho
Olho para o cavaleiro, para a armadura marrom que ele usa sobre
sua roupa.
assunto.
lugares que você usa para reabastecer e descansar. Parece que estamos
abandonadas que vejo o que chamou a atenção das aves. Perto de uma
humano.
para cobrir a boca enquanto olho para o cadáver. Não consigo entender
exatamente o que estou vendo e não tento. O indivíduo está morto. Isso
manchada de sangue.
— Miriam.
Olho para aquele corpo novamente, o corpo que uma vez foi uma
percorrer.
cavaleiro. Não quero passar mais baias de cavalos com mais cadáveres
frescos.
pensamentos.
Seja corajosa, Miriam.
mais fácil. Eu dou outro passo e outro e outro até que pego as rédeas
Ele não tenta oferecer uma explicação, não lhe digo meus
que possa fazer sobre isso no momento. Não tenho chapéu ou lenço de
O cavaleiro olha para mim e franze a testa. — Você não parece bem,
esposa.
— Eles ficarão bem. Nós não acamparemos com eles. — Diz ele.
— Nós não... — Isso leva um minuto para filtrar. Meu olhar se volta
Oh meu Deus
Uma coisa é andar sozinha com Guerra, outra é para passar a noite
ao lado dele e apenas ele. E agora que me lembro do que pode fazer,
uma pilha de feno. Paramos por tempo suficiente para que o Thunder
beba e coma um pouco do feno antes que Guerra nos conduza a uma
isso dói.
Eu dou um passo instável, depois outro, me encolhendo com todas
pouco tonta.
carne que alguém preparou para mim; talvez a água que tomei antes
estivesse contaminada.
mas se agacha na minha frente, sua testa franzida. Acho que é tão
Eu vou para o punhal, mas minha mão mal segura o punho quando
é ele irritantemente atraente. E quanto mais olho para ele, mais percebo
Diz ele.
sinto melhor.
Realmente me sinto. Agora que me sentei, não me sinto mais tão
febril e juro que minha pele não lateja tanto quanto há alguns minutos
atrás.
Eu aceito sua forma. Ele tem sido estranhamente gentil comigo hoje
atacado de inocentes.
camas. Uma é apenas uma esteira com uma colcha fina, mas a que ele
Qual delas é dele e qual a minha? Eu odeio o fato de que ele os fez
Pelo menos ele fez duas camas. Acho que deveria ficar feliz por não
sentada perto do fogo que fizemos há pouco. Ele tira sua armadura
peitoral de couro.
usar?
deveria ter.
— Embalado com o resto da minha tenda, infelizmente. — Guerra
diz isso com tanta calma que acho que ele pode não está brincando —
Definitivamente um demônio.
— Mais cedo. — Ele diz. — Você queria saber por que não falo as
hebraico comigo.
entendem as assusta.
monstro.
— O que você quer comigo? — Eu pergunto, virando uma pedra
próxima.
E das poucas histórias que ouvi, esse homem se ficou com quase
não fez mais do que tocar minha bochecha e afirmar que sou sua
esposa.
enganosamente suave.
Eu não tenho ideia do que isso realmente significa, mas noto que
para trás, porque isso lhe convinha. E se isso não se render, então não
sei o que é.
Não quero você como marido, não o aceito e o que quer que seu deus
na parte de trás do meu pescoço. — Lute com tudo o que você quiser,
esposa. Batalha é no que sou melhor e garanto a você, não ganhará está.
menos, porque Thunder apenas tentou me derrubar uma vez até agora,
coxas doloridas na sela não doem tanto quanto esperava. Não sei que
Não que esta parte da Nova Palestina seja muito para olhar. Não é
vazia, talvez ainda haja pessoas morando ali. Não parece que a guerra
Como é possível que Guerra amplie seu alcance até ali? As cidades
que assedia, isso eu entendo, mas as casas que salpicam esses lugares
Ele não diz mais nada, fico com uma preocupação horrível e
Mas podem ser parados, certo? Afinal, outro cavaleiro veio antes
que ele desapareceu, quero dizer. Nós fomos enganados por essa
primeira vez.
Mas Peste não retornou depois de tudo; Guerra veio em vez disso.
— O Conquistador foi derrotado. — Diz Guerra.
com kohl muito conscientes. — Você quer saber como Peste foi
derrotado?
registram.
Acho que eu deveria sentir medo das palavras de Guerra, mas tudo
em que posso pensar é que Peste falhou. Ele falhou em qualquer coisa
mas das poucas palavras que Guerra disse sobre o assunto, está
O que significa que apenas tenho que aguentar mais uma noite de
foi no dia anterior. Além de segurar meu rosto, ele não tentou me tocar.
No entanto, está noite, Guerra coloca os paletes visivelmente
ainda me sinto culpada por isso. Não deveria me sentir culpada. Ficar
frio por uma noite é o mínimo do que esse filho da puta merece.
frio.
Não lhe ofereça um cobertor, Miriam. Não faça isso. Você estende esse
ramo de oliveira e abre a porta para ser algo mais do que companheiros de
viagem distantes.
nos tornozelos enquanto olha para as estrelas. Mais uma vez eu invejo
Uh... — Onde?
— Aqui na terra.
Sua resposta não faz muito sentido para mim, mas também não faz
muito mais sentido sobre ele — até agora, o que aprendi sobre ele é que
não pode ser morto, não precisa de comida ou água. Não caga ou mija
Eu olho para ele por mais. — Amanhã meu exército chegará aqui.
poder colocar distância entre nós mais uma vez. Em vez disso meu
acordava em silêncio.
destino.
Esposa.
O cavaleiro sabe exatamente como me atrair. Eu não quero estar
com ele, mas agora me lembro do que é estar com alguém. Ter
Perto dele, tudo que posso ver é o brilho carmesim de suas marcas e a
Olho para baixo entre nós e porra, estamos em sua cama, não na
grossos.
Meus olhos vão para cima, passando pela coluna de sua garganta,
um pouco. Ele quase parece... em paz. Sua mandíbula não é tão firme,
mesma.
consigo deslizar uma perna, depois a outra, por baixo da sua. Quando
operativa.
Meu Deus, seu braço pesa cinco bilhões de quilos e não está
desistindo de mim.
— Esposa.
Eu respiro fundo, encarando seu peito. Isso é realmente o que eu
não queria.
tão perto que posso ver essas partículas de ouro neles. Há uma
onde está sobre mim. Em vez disso, a mão dele desliza das minhas
dizer que ele está mapeando os contornos do meu corpo. Deve gostar
Seus olhos são como mel quando ele diz: — Fique comigo, Miriam.
— Sua mão flexiona contra o meu lado. — Durma na minha tenda. Faça
palavras são para uma garota solitária como eu. E pergunta como estou
me aquecendo em seus braços. O toque é um luxo que passei muito
tempo sem.
frágeis e rompem com a idade. Eu não tenho medo do seu, mas você
deveria ter medo do meu, pois lhe direi: você é minha esposa, se
dia anterior. Ele foi arrastado para conversas com seus cavaleiros
Phobos, sem dúvida, pensando em melhores estratégias para matar a
próxima cidade.
neste momento.
até o esfarrapado romance e café que herdei da última pobre alma que
morava aqui.
Enquanto faço isso, minha mão toca em algo que não me pertence.
familiar.
Dentro dela está uma foto da minha mãe, meu pai, minha irmã e
eu.
irmã Lia. Ela e minha mãe estão mais novas aqui do que eu me lembro
— como eu. Mas esta foi a última foto de família de todos nós quatro.
Nela, minha mãe está viva, meu pai está vivo, minha irmã está viva e
Não percebo que estou chorando até que uma gota cai sobre o
vidro.
Por que a Guerra o pegou? Foi um acidente? Ele não parece o tipo
estrado improvisado para que possa ser visto. Minha respiração para
com a visão dele. Não sei o que sinto, apenas sinto algo quando o olho.
Ele recuperou a foto da minha família. Isso não poderia ter sido
nós e o olhar temível em seu rosto o faz parecer mais distante do que
nunca.
boca e fala naquela sua língua gutural. — Etso, peo aduno vle vegki.
agora o jogo não é mais apenas sobre sobrevivência. Não pode ser. É
Guerra quer que nós lutemos — bem, para ser justa, ele não dá a
matar, assim como sua família e amigos foram mortos. Eu não sei
quantas pessoas aqui podem tolerar isso, mas eu não posso. Não posso
queimar.
cavaleiro.
que agarrou sua virilha e apontou sua adaga para mim. Ele conversa
com alguns outros homens, mas seus olhos me seguem quando passo.
Essa é uma das razões pelas quais a Regra Três está em minha lista
muitas vezes é pelas razões erradas. Muito bonita, muito rica, muito
primeira vez que nós dois conversamos desde que viajamos juntos e
era uma pessoa normal. Guerra que administra esse campo é um ser
carnificina.
Assim que nos aproximamos da abertura da tenda de Guerra, o
Por medo, não por lisonja. Pelo menos é o que digo a mim mesma.
sempre. Ele estende a mão para me tocar, mas eu recuo antes que
possa.
ferido.
— Estou fazendo o que devo, assim como você. — Diz ele. — Pode
— E isso?
— Não se importa com o fato de que está nos matando, em tal dor
isso. Ele está ignorando o fato de que vale a pena a própria vida.
Ah, então ele está feliz em matar pessoas, mas quando se trata de
— E se eu quiser ir junto?
— Poderia morrer.
certeza sabe que Ele vai me poupar — ou está inseguro depois de tudo?
assassinos.
Quando ele não responde, meu olhar se move para seus lábios.
pensamento. Eu sei que o cavaleiro quer me beijar. Ele quer isso e sem
dúvida, mais.
olhos vão para os meus lábios, olhando para a minha boca da mesma
atrás.
Antes que eu possa pensar duas vezes sobre isso, envolvo minha
meu toque.
Levantando-me na ponta dos pés, pressiono meus lábios nos dele.
tão breve possa ser chamado de beijo. Não obstante, o cavaleiro parece
longe e passa a mão pelo queixo. — Isso me deixa duas vezes relutante
manter segura.
consideração calculada?
rosto para cima. Antes que eu saiba o que está fazendo, sua boca está
de volta na minha.
Seu beijo não é nada parecido com o que dei a ele. Eu sei disso no
de pé.
O cavaleiro sorri contra a minha boca, mais do que ciente de seu
acho que não poderia fazer nada além de beijá-lo de volta neste
momento.
Eu pagarei por isso mais tarde... mas agora realmente não dou a
está pressionando contra a minha. Seu corpo parece pecado, mas ele
Minhas mãos voltam para o cabelo macio dele e meu núcleo está
se separam.
beijo.
vagina pode encenar um golpe e dominar meu cérebro — mas esse dia
você ainda sairá com seu exército e isso partirá meu coração.
Nós nos reunimos antes do amanhecer.
que estão cuidando dos carros gigantes que levarão para a cidade,
mercadorias roubadas.
ameaçador.
criatura.
Guerra para quando se aproxima de mim.
— Fique segura. — Diz ele, sua voz tão séria quanto já ouvi.
Um sorriso curva seus lábios. — Não existe tal coisa como muitos.
Ugh.
batalha.
Idiotas.
junto com o resto deles, meus nervos tensos. Muitos de nós estamos
e do outro lado está uma espada que levantei antes. É um pouco pesada
entrarei na briga.
arrepiam.
Presumo que Guerra se reuniu com seus homens para falar sobre
estratégia seria.
Um pássaro solitário voa pelo ar, sua forma parcialmente
alguém conseguiu rabiscar antes que fosse tarde demais. Espero que
esteja indo para algum lugar que não tenha sido atingido pela guerra.
Não haverá avisos para repassar, assim como não fomos avisados.
sobreviveremos a ela.
É horrível as coisas que vejo.
absoluto, são os rostos dos civis que perderam tudo de uma vez.
ao apocalipse?
Eu vejo uma mãe e os dois filhos que ela pressiona perto dela, não
punho.
— Você precisa sair da cidade. — Digo a ela. Quando ela não reage,
a um pouco.
— Leve seus filhos, pegue este cavalo e ande o mais longe possível
suficiente para mantê-la por um tempo. Não pare, não até que esteja
para o cavalo, que está ficando cada vez mais agitado com a violência
Guerra.
quer que seja esse cavalo — decola. Olho para eles por vários segundos,
não estarão melhores do que aquele pássaro que escapou dos aviários.
Seja corajosa.
não irei...
do dono.
náusea.
É por isso que as pessoas pararam de usar armas. Nos dias de hoje,
luta.
para um homem alto — e o aperto não será familiar, mas aí está. Sou
muito melhor com um arco e flecha do que com uma lâmina. E uma
encoberta.
como um rio de uma ferida na cabeça. Tento não olhar para ele mais
pela rua e tenho que sair do caminho para que seu corcel não me
Consegui!
Eu corro para uma deles, uma estrutura de três andares que deve
respiro o ar esfumaçado.
No terceiro andar vou para uma das salas, que não são escritórios
Porra.
Aponto minha flecha para uma mulher que conduz sua faca através da
vejo a flecha espetar. É uma ferida que ela pode sobreviver, mas não
Eu poderia acertar...
cambaleia para frente, para a mulher que grita. Ela empurra seu corpo
para longe e corre, sem olhar para trás para ver de onde veio a
libertação.
olhando Guerra quando o tiro explode nele. Seu corpo vai para trás, a
luz nebulosa.
em seu rosto.
Agora me viro para olhar para mulher que segura a arma. Sua mão
mais velha do que eu, o hijab que ela usa ondula na brisa enquanto
Seu sangue escorre em grossos riachos das feridas, deslizando por seu
corpo.
A mulher atira até que sua arma clica. Guerra solta uma risada
baixa e seus olhos estão selvagens. Sem pensar, atravesso a rua, ficando
se estreitam.
— Não fique entre nós, mulher. — Diz ele, sem se incomodar em
se.
Seja corajosa.
— Não.
Guerra chega até mim e me lembro de por que ele é tão assustador.
Tem mais de dois metros de altura e quase todo centímetro dele está
coberto de sangue.
— Você está jogando um jogo perigoso, esposa. — Diz ele, sua voz
baixa.
Acho que é para ser uma ameaça, mas sinto aquela voz baixa no
loucura, mulher.
Quando ele diz isso, ouço um tinido surdo. Olho para baixo a
Bolas sagradas.
Talvez.
— Ela é corajosa.
Ele olha por cima do meu ombro para mulher, uma careta no rosto.
que passa as chances dessa mulher sobreviver aumenta cada vez mais.
Guerra olha para ela por um tempo incrivelmente longo. Seu lábio
superior se curva.
afasta.
Por que você não correu quando teve a chance? Quero perguntar a ela.
cavalo próximo. O que quer que o soldado esteja lhe dizendo, está
— Tem certeza de que ele não vai apenas cortar sua garganta no
enquanto olho para os dois. Eu nem sei porque estou tão envolvida
Não há mais batalha, não mais morte e violência, não há mais céu
Ele tem gosto de fumaça e aço, meus lábios respondem aos dele,
assim como na noite anterior. Parece que não posso não o beijar,
Guerra não diz mais nada. Com um olhar final, ele volta para a
batalha.
cidade.
Não pode ser algo sagrado. Não pode. Nada puro pode ser
respiração me deixa de uma vez quando sou arrastada para seu cavalo.
Ofego por ar enquanto Guerra coloca minhas costas contra sua frente.
Improvável.
Eu faço uma careta para ele por cima do meu ombro enquanto me
leva para fora da cidade, odiando que esteja pressionada contra ele.
me fez matar hoje. — Eles eram seus soldados, mas ainda assim eu não
era.
último exército, que se reuniu nos limites de Ashdod. Não sei por que
anúncio.
Os Cavaleiros Phobos de Guerra se espalham ao redor dele, o
Guerra, muitos deles passaram a usar kohl para escurecer seus olhos.
da mão virada para cima. Seu braço começa a tremer, seus músculos
tensos sob sua armadura. Lentamente, ele levanta o braço, cada vez
plácidas.
E depois...
vivo e não consigo entender o que estou vendo — até que uma mão
dezenas deles. O chão debaixo dos meus pés estava cheio de sepulturas
Alguns não são nada além de esqueletos; outros ainda têm pedaços
começarem.
Deixe-a passar.
dele.
Não.
— Pare com isso. — Eu digo mais alto. — Por favor. Isso não é
guerra.
Isso é erradicação.
desaparece.
Não posso dizer exatamente o que é, apenas que o ar parece mais fácil
de respirar. Talvez seja a tensão coletiva de todos. A multidão parece
o para mim. Ele para ao meu lado, estendendo a mão. É a mesma mão
Esposa.
incerto.
mão. Ele permanece por vários segundos a mais e novamente, sinto sua
cavalo para a frente da multidão. Acho que ele imaginou que o seguiria
Não.
coração dói ao vê-lo. Era assim que Jerusalém estava? Bem, se pudesse
ficar no Monte das Oliveiras neste exato momento e olhar para minha
arrepios.
Esta pode ser minha chance de escapar. Há, sem dúvida, motos,
certeza de que nenhum soldado está voltando por mim. Mas nenhum
Ashdod novamente.
ira.
cidade.
A cinza roda ao longo das estradas de Ashdod e o ar cheira a
estava na estrada.
perdida em minha própria missão que quase não ouço os passos suaves
Puta merda
Mas o pior de tudo, não há nada por trás deles. Nenhuma inteligência,
segundos preciosos. Agora que dou uma boa olhada nele, seus olhos
não são a única coisa errada sobre ele. Seu torso está encharcado de
cor cinza.
Ele pode estar se movendo e lutando, mas não há dúvida em minha
Consigo soltar meu arco antes que ele ataque novamente. Minhas
outro.
Sinto-me como uma idiota. Fui até ali assumindo que qualquer que
trás.
Em um ataque de pânico, desembainho minha adaga e o apunha-
Eu tento lembrar que o homem se foi, que essa coisa é apenas uma
marionete que não pode sentir dor. E tenho certeza que a criatura
E agora meu atacante cego não precisa me ver para matar minha
bunda idiota. Ele pode espremer a vida de mim perfeitamente bem sem
seus olhos.
e quando isso não faz uma diferença notável, coloco um dos meus pés
Sufocando.
Minha espada corta sua carne e ela não é tão afiada quanto precisa
dele e tenho vergonha de dizer que o tempo todo mordo meu lábio
para não gritar — apenas para o caso de haver mais mortos por aí.
ombros, seu corpo ainda se move. Seus braços ainda se agitam, suas
E então corro.
Não sei como o próximo zumbi me encontra, apenas sei que não
estou fora da cidade antes que outro venha em minha direção com uma
espada na mão.
Porra.
intocado.
Balança sua espada uma e outra vez, a cada golpe que bloqueio, sinto-
então corre para mim. — O que em nome de Deus você está fazendo?
Eu entro e saio, ofegando por ar. Olho para o homem morto a meus
patrulhando essas ruas por sobreviventes. Claro que não teria vindo se
soubesse.
Eu quase morri.
mandíbula.
Mas a criatura não ataca. Não que precise. Tudo o que precisa fazer
por ele, mas um olhar nos olhos do cavaleiro e ele sabe. Eu não sei se
responde.
de empurrá-lo.
contra seu ombro e ele me deixa, de alguma forma isso torna toda essa
anteriores.
Silenciosamente, Guerra me coloca em Deimos, montando um
momento depois.
— Diz ele, como se eu fosse aquele cuja perspectiva precisa ser alterada.
Eu não sei.
Odiaria que o céu visse todas as coisas horríveis que fizemos um com
o outro.
Assim que Guerra parar seu cavalo, eu pulo de Deimos.
Por um momento, quando segurei aquela foto, quis voltar àquelas duas
Melhor.
afasto, mas aqui não há nenhum morto para me parar. Ou talvez ele
repetidamente em Guerra.
Ela está na frente de uma das tendas, cercada pelos mesmos rostos
agora.
viver.
Ela suspira. — Sim. — Ela chuta a terra com a ponta da bota.
Quando olha para mim novamente, vejo todas aquelas mortes que
suas costas.
— Não é minha.
veemência.
Eu não a culpo.
— Você não precisa ficar com nada.
Você quer que lhe diga o que gostaria de ouvir ou quer que diga a
verdade?
Que esta é a sua vida. Depende de você o que faz dela. Mas a dor não
contraindo.
Entro na fila por comida e enquanto espero, observo a multidão.
Está noite, vejo algo que não percebi antes. Tantos rostos estão
assombrado em seus olhos que não tive tempo para perceber antes.
Foi uma merda assumir que essas pessoas não são estavam
com ele.
soldado, seus olhos com kohl parecendo tão escuros quanto buracos.
ali.
— Toc, toc. — Eu digo quando chego na tenda da Zara.
deveria e também sei que ficaríamos ainda mais infelizes por isso.
Ela não diz nada a isso. Não há nada a dizer. É tudo muito
complicado.
parece intrigada.
ainda. Porque é inevitável que algo de ruim aconteça com todos nós.
uma arma?
naquele idiota.
Família.
Oh Deus. Eu sinto meu horror se espalhar. Claro que ela tinha
É uma pergunta razoável, mas há muito para essa questão que não
quero responder.
Há uma pausa Então Zara diz: — Isso não foi realmente o que
perguntei.
gosto.
Mais silêncio.
sentido. Você é casado ou não, faz sexo ou não. Qualquer outra coisa
Uma que não estou realmente pronta para dar, porque não entendo
muito a situação.
Influência?
poupar sua vida, mas não, ele é bem inflexível quando se trata de matar
todos nós.
Eu dou a Zara um olhar que tenho certeza que ela não pode ver na
surpresa.
pergunto.
errados.
Alcançando sob o meu estrado, pego o punhal de Guerra. Meus
limpa.
bebendo.
Mordo minha bochecha com tanta força que sinto gosto de sangue.
soltando meu tornozelo. Eu luto mais uma vez pela abertura que fiz,
mais alto.
estômago.
forte base militar. Deve haver pelo menos uma outra pessoa sóbria e
perto para pegar meu pulso. Com uma última explosão de energia,
Alguém me chuta nas costelas com tanta força que meu grito é
orelha.
ela.
Guerra.
Eu tento abrir meus olhos para ver o que está acontecendo, mas
corpo. Eu tento gritar, lutar contra essas mãos, mas minha boca está
ofuscante.
comigo.
Ainda não consigo ver e mal consigo me mexer. Estou com medo
Estou desamparada
Quer dizer, para onde estou indo... indo... o que estava pensando?
rápido...
indesejável.
toque retorna.
Essas mãos não são como as outras. Elas me seguram rápido e nada
quieta.
minha visão. Ele se inclina sobre mim, sua testa franzida e seus olhos
pele.
Ele franze a testa, seu corpo perto. Muito perto. Estendo a mão para
bochecha.
— Durma, Miriam.
— Não. — Eu digo quase petulante enquanto a forma de Guerra
Você tem espírito de luta, esposa e estou contente além da medida, mas
e continuam fechando.
desaparecem.
momento.
Em resposta ao meu suspiro, sua mão faz uma pausa, seus dedos
Ainda não abro meus olhos. Não estou pronta para lidar com as
se sentindo?
começando a bater atrás de um dos meus olhos, meu torso dói de forma
estupradores.
ruins são? — Droga, dói falar. Meus dentes estão moles e minha
mandíbula dói.
significativos.
Eram?
— Você pode me dizer mais do que isso? — Eu pergunto a ele
corpo.
de sua tenda.
devo dizer mais — há uma pergunta que precisa sair, mas não consigo
expressar.
ruim que me encontro com o cavaleiro, mas tudo em que posso pensar
boca.
que ele pode responder, mas em vez disso, seu olhar se move sobre o
meu rosto, parando aqui e ali, seus olhos ficando cada vez mais
violentos.
Eu devo parecer uma merda para seu humor escurecer com a
minha visão.
minha camisa sobre o peito. — Ficarei bem enquanto você estiver fora.
levanta, caminhando até um baú onde uma adaga no coldre está. Meus
olhos observam o jeito que seu corpo maciço se flexiona a cada passo
dele.
arma no meu colo. — Qualquer um, menos eu, entra nesta tenda. —
assassinato.
piedosa.
— Dez minutos. — Ele promete se levantando.
Vai para as abas da tenda. Quase está fora quando faz uma pausa,
— Dez minutos.
Com isso, o cavaleiro sai e pela primeira vez desde a noite anterior,
tudo dói, mas estou sozinha e não sei quão bem realmente seria capaz
ruim estou. Junto com um lábio cortado, meu nariz está macio e a pele
ao redor dos meus olhos está inchada. Nunca estive mais agradecida
por não haver nenhum espelho à vista. Realmente não quero ver os
que a dor acabaria com todos os outros desejos humanos, mas isso não
acontece.
qualquer maneira.
Guerra agora e isso não tem nada do apelo que teria um dia atrás.
empurrando meu cabelo castanho escuro para longe dos meus olhos.
mesa.
Acho que não deveria ter me levantado. As coisas parecem...
pães. Próximo a tudo isso, há uma cafeteira e uma xícara com café turco
grosso.
O café há muito que ficou frio, o pão ficou duro e o queijo secou
ver melhor. Ugh. Agora, minha carne parece mais com a dos zumbis
que lutei no dia anterior do que com a pele humana saudável. Tudo
Acho que gosto do som do meu nome nos lábios dele. Ele me faz
esmagada.
Guerra levanta seu braço, seu cabelo ondulado se move com a ação.
Eu fico tensa quando o vejo pegar a adaga embainhada ali.
Eu olho para a arma — sua arma. A que tirei dele quando cheguei.
Tudo bem, quer dizer, eu não lutarei contra esse demônio por
deu.
Ele sorri.
parece cansada.
Eu estou cansada. E realmente não quero lutar com ele, não quando
Você não precisa de ninguém para cuidar de você, Miriam, muito menos
do cavaleiro.
Guerra sai de sua cadeira, seus olhos doem quando ele me acolhe.
Eu não posso dizer exatamente o que ele está pensando, mas se tivesse
que adivinhar, diria que ele percebeu que subestimou o quanto estou
machucada.
Ele vem para o meu lado e sem palavras, me pega e leva de volta
Mas o cavaleiro não olha para baixo e quero chorar mais uma vez,
em mim.
tatuagens brilhantes contra os nós dos dedos. Sob seu toque, minha
me atinge.
É por isso que ele está com as mãos em mim quase constantemente
lo sobre isso. E não quero que ele de repente decida que é um filho da
cabeça inclinada sobre mim. Seu cabelo foi reunido — adornos de ouro
cidade sem paredes reais. Meus gritos foram ouvidos, apenas foram
ignorados.
Morta e contaminada.
diferente.
Agora seus olhos encontram os meus. — Bem, da mesma forma
É uma resposta ridícula e não sei se acredito nisso. Eu sei que não
quero.
quer dizer.
— Apenas faço. É simples assim. — Ele faz uma pausa e acho que
cultivá-las. Morte pode dar e tirar a vida à vontade. — Guerra faz uma
para os meus lábios. Desta vez, posso sentir o beijo prestes a acontecer.
provando isso agora enquanto seu toque ainda aquece minha pele.
Não posso.
Perdão é uma coisa. Isso é outra. Não posso cruzar essa linha.
Eu não posso.
vai querer sua cama de volta, mas isso não vem. Não naquela tarde,
quando entro e saio do sono, não naquela noite, quando o sol se põe e
o acampamento se acalma.
Guerra vem a mim várias vezes, seja para tranquilamente colocar
brilhando na escuridão.
suas mãos em mim no que deve ser a quinta vez esta noite.
Depois de uma pausa, ele acrescenta. — Meu corpo não exige isso.
meses.
Ponto justo.
ou beber, embora goste. Meu corpo pode se curar. Posso falar todos os
trabalhar. Mas não posso voltar a dormir. Não quando as mãos dele
notei isso antes. Estava muito presa em como ele era assustador. Mas
agora sua expressão não parece tão faminta por batalhas e isso muda
admite.
Eu não discordo. Odeio os cavaleiros — sim — mas agora acho que
posso odiar minha própria espécie mais. Nós sempre fomos assim? Isso
assim?
se preocupe com esses homens ou seus motivos. Você terá sua justiça.
inquieto.
funciona.
Claro, isso não é tão perturbador quanto o fato de que agora estou
Há também uma pilha de roupas novas entre meus itens, junto com
uma nota.
Há um banho esperando por você. Pode estar frio agora. Aproveite mesmo
assim.
Guerra. Assim como tudo mais sobre ele, há uma certeza imponente
Uma das coisas que aprendi sobre mim desde que entrei para o
dois dias —o que não é muito longe da verdade. Então, apesar das
Isto é estranho.
Muito estranho.
preocupação minha.
Sim. Um pouco tarde demais, a julgar pelo fato de que ele já voltou.
— Você ainda não deveria estar fora... — Eu não posso dizer isso.
Meus olhos caem para sua armadura. A última vez que o vi usando
Logo, ele solta a armadura no peito, deixando tudo cair no chão. Por
entrarem em sua carne e espadas cortarem, mas sua carne não carrega
nenhum traço dessas feridas. Ele me disse que pode se curar, mas
rangendo com seu peso. Inclinando-se para trás, ele cruza os braços
— Não.
exagero.
Melhor.
pele e eu sei que ele está checando para ver como minhas lesões estão
— Porque estou nua e eu quero sair e não quero que você continue
eventualmente, esposa.
redor. O mais rápido que posso, pego as novas roupas que Guerra
moderada. Para ser justo, uma camiseta e calça cargo padrão são
difíceis de confundir.
Ainda.
— Uh, sim. — Eu digo, puxando minha camisa para evitar que ela
Guerra termina de tirar sua armadura, então fica de pé. Eu não sei
o que espero que ele faça em seguida, mas definitivamente não espero
Além disso, duas palavras: sem roupa interior. E agora eu sei com
se incomodar com isso. Ele sequer olha para mim enquanto caminha
desconfortável.
sujo sobre o fato de que está reutilizando minha água. E isso está me
ser ofensivo.
nuas e as esposas não veem seus maridos nus? Eles de alguma forma
Quero passar minhas mãos pelo meu cabelo. — Nós não somos
casados.
e toma banho.
— Você deveria ficar sempre na minha tenda comigo. Eu a deixei
ter seu próprio espaço, porque lhe agradava e gosto de agradá-la e seus
Meus ridículos...
diferente.
Quase.
Isso é novo.
lâmina e folheia algum livro que parece muito menos divertido do que
Falando sério, o que farei sobre essa situação? Não posso ficar ali
para sempre. E quanto mais tempo ficar, mais nos acostumaremos com
essas acomodações.
seu próprio bem e agora sei que ele é capaz de ser gentil. Não tenho
está noite, quando meus ossos se sentem como pernas de pau bambas
relativamente lisa.
Guerra está em mim — que seu olhar pode esteve mim por um tempo.
— Temos tempo.
Maldito seja ele e sua voz profunda. Não posso deixar de pensar
— Levou muito tempo até mesmo dar sentido aos livros e ainda
mais tempo para acertar algo. Mas acabei conseguindo. Então uma se
tornou duas e assim por diante. Uma vez que perdi minha mãe e minha
apodrecida e pode ser muito mole, quebradiça. Mas uma vez que
entendi um pouco mais sobre a natureza e as formas de temperar e
mudei para outras armas. Fiz arcos e flechas, testando madeira mais
Eu concordo.
dos israelenses se juntaram ao exército por pelo menos dois anos. Mas
quando fiquei mais velha, havia um novo regime político, que não
incrédulo.
pergunto, autoconsciente.
curada.
está ausente.
sangue no dia seguinte. Acho que no final do dia, Deus lava todos os
pecados.
— É leve, não é?
ombro, ele está na porta de sua tenda, olhando para mim, sua
expressão inescrutável.
viro para enfrentar Guerra. Ele veste uma camisa preta, o cabo de sua
e sai.
Sem pensar, levanto a mão apenas para ter Guerra segurando meu
pulso.
sua.
— Não. — Apenas pelo tom de sua voz, posso dizer que não é
negociável. Ugh.
para Guerra adquirir. Minha humilde lâmina não é páreo para isso.
boca?
segundos, seus olhos caindo para minha boca. — Eu curei você por
diferente.
minha.
uma profunda tensão com minhas palavras. — Para onde? — Sua boca
— À minha tenda.
núcleo.
terrível.
Ele se inclina para frente e essa única ação me faz querer recuar.
Seu rosto brilha e por um momento, acho que ele está lembrando
— E se a deixar voltar para sua tenda, quem garantirá que não seja
queimando.
— Tudo bem. — Ele grita depois de um momento, seus olhos ainda
cheios de violência. — Você pode ter sua tenda de volta, por um tempo.
tenda mais tarde naquele mesmo dia... mas simplesmente coloca-a bem
ao lado da sua.
dele.
arrastá-lo de sua tenda para me ouvir e tenho certeza que ele estava
sentindo?
muito a contragosto.
Eu sei que é ele desde o momento em que seu toque quente e firme
O dia chegou.
Guerra está vários metros à frente e está andando de forma que possa
nós.
É apenas quando passamos por eles que tenho uma visão clara dos
Meus atacantes.
Olhar para seus rostos em plena luz do dia os torna muito menos
não poderem ser muito mais velhos que eu. Em um mundo diferente,
homens. — Wedaw.
Justiça.
cavaleiro.
Em resposta, Guerra cruza os braços, sem dizer nada. Seja qual for
a gentileza que ele mostrou nos últimos dias, se foi. Este é o violento
fará justiça?
sekānevi.
Guerra me encara por um longo tempo. Logo ele faz um som baixo
— Abi abutiva eṭu naterennē nek, keki evi abi saukuven genneki,
aššatu.
Meus atacantes recuam, mas não há para onde ir. Estão cercados
intensidade.
desonrosas.
aterrorizante.
queríamos isso.
parece irritado. — O que quer que essa cadela tenha dito, é mentira.
Ela queria.
Guerra se aproxima do homem e agarra sua mandíbula. — Ela
queria aquilo? — Desta vez, quando ele fala, não se incomoda em falar
afastar.
ela.
gritam de surpresa.
homem.
Querido Deus.
estrangulado.
restantes. Assim que seu olhar feroz se fixa neles, ambos visivelmente
murcham.
retira sua espada e se move para o próximo, repetindo a ação até que
próprio sangue.
Eu olho para eles com horror enquanto se contorcem e gemem no
Talvez seja essa a razão pela qual o mundo está queimando. Afinal,
se isso é Guerra sendo justo, então a justiça de seu Deus também faz
sentido.
Cerca de dez metros da minha tenda, noto que algo está errado. As
desapareceram.
fracas. Assim que vejo essas manchas, a noite mais uma vez volta em
batendo.
arrepio. As pessoas que uma vez viveram ao meu redor agora se foram.
aproximando de alguém.
— Deixe-me passar!
que agora tem a mão na arma. Além dos dois homens está Zara.
suas mãos.
embora.
garganta.
— Como você está? — Ela pergunta, seus olhos se movendo sobre
mim. A maioria dos meus ferimentos visíveis se curou; não sei se ela
Ela ouviu aqueles gritos e achou que fosse algum tipo de justiça
perversa.
Zara pega sua comida. — Eu não descobri que era você até que
chegou a notícia de que uma mulher foi ferida, uma das quais o
— Foi a sua primeira noite. Eu não teria. — Sem mencionar que ela
trouxe.
— O que é isso? — Ela pergunta, acenando para a faca e o pedaço
ou temor em sua voz. Ela pega o pedaço de madeira e olha para ele. —
lâminas curtas, mas essa habilidade não me ajuda muito desde que
que ela não tem. Zara foi despida de suas armas quando chegou e não
provavelmente é o melhor.
para ela.
— Coloque-a.
muito maior. Ela enlaça o cinto ao redor dela, fazendo o melhor que
Zara olha para baixo. — Guerra vai me matar por isso? — Ela
olham. Eles vão, sem dúvida, relatar que entreguei uma adaga da
coleção do cavaleiro.
Ela levanta as sobrancelhas. — Você falará com ele? — Ela diz com
horizontal?
normal de conversa.
Zara está certa. Nada nos dias de hoje vem sem preço, favores
Evite conformidade.
o cercam. Não há mais nada para Guerra matar, então é hora de irmos.
distância suficiente entre nós, tanto que posso esquecer por um tempo
demais para eu ver o oceano, mas juro que posso sentir o cheiro. São
meros quilômetros da estrada. E pelas conversas no acampamento,
Seja qual for o motivo, agora não posso deixar de notar o corte
poderosas coxas.
para Guerra e quanto mais eu olho, mais tenho certeza de que quero
kohl que reveste seus olhos. Quero provar esses lábios novamente.
não é. Apenas estou curiosa. Quer dizer, todo mundo não quer saber
Merda.
Guerra olha de lado. — Quem disse que não estive com outras
mulheres?
— As pessoas falam.
você.
suficiente.
disso.
— Você, por outro lado. — Continua ele. — Sempre foi humana e
está ligada à sua natureza mais básica. Veremos quanto tempo você
dura, esposa.
momento terrível. O sinal mais óbvio disso são os corpos. Assim como
na primeira vez que viajei com Guerra, passamos por vários deles.
humana.
Mesmo quando passamos pela cidade, ainda há visões estranhas
que nunca teria visto uma década atrás. Aqui, entre cidades, nossos
longo dos anos, mas mesmo depois de visitar centenas de vezes, ainda
se erguem.
coração acelerar. — Onde ele está, não é da minha conta. Seu propósito
foi cumprido.
Eu acho que... acho que é a forma evasiva de Guerra dizer que seus
Levanto as sobrancelhas.
Sim, humanos.
— Por que você acha que estamos aqui? — Pergunta Guerra.
Eu olho de volta para ele. — Por que você não me conta? — Ele é o
— Seu tipo não tem nada errado. — Diz Guerra de forma crítica.
no julgamento, mas realmente não sei o que ele está tentando dizer.
O que ele quer dizer é que a humanidade está sendo arrastada para
aniquilando.
— Miriam, não tenho que fazer qualquer coisa. Os homens são
longo do caminho.
Passo a mão pelo meu cabelo castanho escuro. — Como você pode
perguntas.
Talvez.
Peste surgiu cinco anos depois disso. Cinco anos. E agora faz mais
Mortas.
destruir tudo.
Eu olho para longe. Pensar que estive fantasiando sobre ele apenas
um dia atrás...
Mas quanto mais olho para a carnificina e quanto mais penso nisso,
mais acredito que o exército de Guerra não se moveu tão para o sul.
Não converso com Guerra depois disso. Não por horas e horas.
posso sentir o seu olhar em mim. — Estou com raiva de mim mesma.
água escura.
mudar para melhor, ficaria tentada a manchar seu bom nome aqui e
agora.
rosto naquele dia em Jerusalém. Assim como eu sabia que você era
minha também. — Seu olhar cai para minha garganta, onde está a
cicatriz.
Acho que ele pode me beijar. Ele tem aquele olhar intenso em seu
rosto e deixou perfeitamente claro que ele acredita que eu sou dele em
Olho para suas costas enquanto ele trabalha. Por que não apenas
o meu propósito?
parado.
Depois de...
anos depois.
lembranças.
amaria nada mais do que segurar o mundo inteiro em seu abraço frio.
indulgência.
Meu coração bate mais e mais forte. Tem algo ali. Algo para este
para a fogueira.
— Não preciso. — Diz ele, apagando o fosforo. — Você e eu
Estreito meus olhos em Guerra, com certeza que ele está sendo
inteligente com suas palavras. — Seja o que for que você está
cavaleiro sobre o fogo que está morrendo. Ele tem a espada no colo e
o silêncio.
Egito.
longe do que nunca. Por anos quis viajar; vai entender que quando
será o fim de nossas viagens. Não que isso signifique alguma coisa. O
estrada é mais fácil gostar de um homem como Guerra. Ele não está
moderno agora.
— Mas o que.
espalhei pelas antigas praias de Tróia; provei a maioria das partes desta
mim no solo.
Arrepios percorrem minha pele. Metade do que ele diz não faz
única e fundamental. — Ele faz uma pausa, seu olhar pesado no meu.
saber a resposta.
homens. — Guerra olha as chamas. Agora que o abri, parece que toda
Enquanto olho para ele, seu rosto na maior parte eclipsado pela
sombra, eu entendo.
— É por isso que você julga os corações dos homens. — Eu digo.
tempo, esposa.
intenso demais e o que ele está dizendo faz-me sentir que a realidade e
Ele não conhece nada além de guerra. Essa foi a totalidade de sua
estou fazendo, apenas que o brilho de suas tatuagens nos dedos parece
se curvam.
— E se conhece o coração dos homens. — Eu digo, entrelaçando
meus dedos com os dele. O que estou fazendo? — Então você também
Passo meu dedo sobre os nós dos dedos, traçando cada grifo. —
Sim.
Ainda não tenho ideia do que estou fazendo, mas sei que Guerra
não impedirá.
Ele olha para a ação, seus olhos profundos, seu corpo incomum
ainda.
Meu dedo desliza sobre as costas de sua mão e até seu antebraço
bronzeado, tocando toda a pele que eu disse a mim mesma para não
tocar. Sob a ponta do meu dedo, posso sentir as grossas faixas de seus
uma década.
— Esposa. — A voz de Guerra está rouca com desejo e há mil
Porra, acho que quero descobrir como é, assim como quero saber
Solto a mão dele. Ele é bonito e gentil, salvou minha vida, mas
como ele disse: não sou como você e nunca deve esquecer isso.
Sua idiota, Miriam. Pensar que você quase iniciou algo com o cavaleiro.
Quando tiro minhas botas, Guerra apaga o fogo. Espero que ele
que, por mais brutal que Guerra seja, é um estrategista. E acho que ele
humanos. Para ser sincera, não considerei que ele fosse capaz de se
Ele está bem aí. Não é tarde demais para ficar um pouco menos
— Mm? — Eu digo.
cama, olhando para as estrelas. Deve sentir meu olhar sobre ele, mas
doutorado. Meu pai me disse que ouviu a risada da minha mãe antes
israelense.
Sabiam que o amor era amor. Isso pode preencher todas as lacunas.
Eu exalo. Agora meus pais se foram e essa grande história de amor
final.
— Não o amor em si. — Tudo o que sempre amei perdi. Não há beleza
Assim como da última vez que isso aconteceu, deixei meu catre,
manhã, Guerra deixou sua própria cama também, nós dois nos
para ele.
ciente de que ele é feito de músculo e talvez nada mais, que todo esse
músculo parece tão bom contra mim. Há também uma parte perversa
que gosta de se sentir pequena e protegida no casulo de seus braços.
Meu olhar se move para seu peito, onde seus peitorais estão
brilham.
os meus braços.
Um hábito que, a julgar pelo seu rosto, ele não fará nada para
impedir.
restrição.
Ele ainda não me deixou ir e não tentei sair de seus braços. Acho
água.
Suspiro forte. Há água e fogo e... e... e Deus a dor. Dor, dor, dor.
cuidadosamente.
Importa.
em outros lugares.
Isso, obviamente, é a coisa errada a dizer. Os olhos de Guerra ficam
ávidos; parece que ele quer tirar minhas roupas e ler minha pele como
se fosse um roteiro.
Passando minha boca e nariz. Fixo os olhos nele e nenhum de nós olha
para o outro lado. Eu posso ver essas manchas de ouro em sua íris.
quero, o quero, o quero. Pensei que dormir fora mudaria as coisas, mas
não mudou.
batalha.
Ele nos rola de modo que fico deitada de costas e ele sobre mim,
me prendendo no chão. Ele mantém seu peso longe, mas mesmo assim,
engolindo um gemido.
não vivi até este momento. Você deve fazer esse som novamente.
cavaleiro.
situação.
seu corcel.
bochecha e pescoço.
Sempre achei que o cavalo de Guerra, com sua estrutura maciça e
pelo vermelho sangue, fosse uma criatura assustadora, mas agora ele
ouço um som baixo. Olho para a estrada e vejo formas indistintas bem
alarme.
funcionar.
garganta.
reconfortantes.
vozes.
vindo rápido demais. Agora pode ser um mau momento para isso.
Seja corajosa.
Eu puxo a aba da lona para o lado apenas um pouco.
aparentemente.
deixando apenas os civis fugirem para o oeste. Pode ser melhor dividir
como rubis.
o sul
mim.
Eu me viro e vejo outro dos Cavaleiros Phobos. Uzair, acho que é
homem. — Vá.
seus esforços.
mandíbula cortante e a vasta extensão de seu torso nu. Tudo nele foi
Seja corajosa.
Assim que me viro para ir, Guerra pega meu braço e me viro para
Eu tenho um olhar?
— Uma proposta. — Ele repete. Sua voz está tensa, aquece minhas
bochechas.
pela manhã.
propõe?
Concordo.
Ou pensar que meu corpo tem esse preço alto. E também há a pequena
ameaçadoramente.
ele.
Não dias.
digo. — Talvez você me consiga, talvez não. Mas não será esta noite e
Que pena.
ele. — O que?
truque? Você não está apenas pensando em me dar sua palavra apenas
estratégica goste de ser testada. Enquanto isso, aqui estou eu, achando
primeira contraproposta.
— Agora, venha para mim. — Diz ele. Sua voz está mais áspera,
Deus, eu não esperava que isso acontecesse tão rápido. Talvez não
tivesse realmente esperado que isso acontecesse. Acho que ainda posso
estar em choque.
sensação. Agora que sei o que nós dois faremos — o que eu aceitei fazer
meus olhos.
Um arrepio me percorre.
Guerra se inclina, sua boca a perto da minha. Apenas quando eu
acho que seus lábios vão se fechar sobre os meus, ele diz: — Toque-me.
Eu engulo.
Eu não acho que isso é o que Guerra tinha em mente quando me deu a
ordem, mas não está objetando. Continua olhando para mim, seu olhar
ardendo.
Que tipo de mente está por baixo desse rosto bonito? Eu o chamaria
crueldade e tortura. Não acho que Guerra seja depravado, mesmo que
mão para baixo e para baixo até que volto ao ponto logo abaixo de seu
peitoral.
— e não é nada que já não tenha visto. Mas esta noite, quando sei que
brilhantes. Por que estou tão nervosa? E por que estou deixando tudo
Aceno, não encontrando seu olhar. Eu não digo a ele que não fiz
— Mmm. — Ele diz, o que eu acho que é sua maneira de dizer sim.
Antes que ele possa fazer qualquer outra coisa e antes que eu tenha
Movo minhas mãos para baixo, tocando sua calça, pronta para
fazer tudo isso acontecer, mas logos Guerra pega um dos meus pulsos.
— Espere.
Esperar?
Meus joelhos estão quase batendo com os nervos. Eu não acho que
posso esperar.
mesmo.
entorpecidos.
sua cadeira, seu olhar nunca me deixando. Acho que ele dirá que
martelando no peito.
lados, levantando minha camisa junto com eles. Seu toque é elétrico.
lado.
para a minha.
no colo de Guerra para não cair no chão. A pele do meu peito pressiona
ao céu— e ele sabia tudo sobre o lugar. Em uma nota mais pessoal,
ninguém nunca teve qualquer parte minha como Guerra tem agora. E
quase risível, quão grandes são as mãos dele. Eles engolem meu peito.
Ele levanta a outra mão, de modo que segura os dois. Seu polegar
raspa um mamilo.
Seus lábios são como o pecado, posso me sentir molhada com cada
Aquele som.
Eu preciso de mais.
agrade.
começam a roçar meu peito, ficando mais exigentes, suas mãos estão
cabelo escuro.
Ele se ajoelha ao meu lado, seu olhar fixo no meu. Suas mãos vão
move para cima da cama, seus dedos indo para o cós da calça.
para fora dos meus pés. Parece hipnotizado pela visão em sua cama.
então não há muito para tirar, uma vez que as botas estão fora. Suas
mãos se movem para a calça preta. Ele não olha para longe enquanto
puxa — e o que quer que use por baixo — para baixo, para baixo, para
baixo.
ajoelha no catre e então seu corpo se acomoda sobre mim. Seus quadris
doentias.
Sua boca encontra a minha e parece que estou sendo levada à vida.
selvagem e imprudente.
Deslizo minhas mãos ao redor de seu peito, minhas palmas se
movendo pelas costas. Não preciso ouvi-lo falar para sentir o quão
satisfeito está. Talvez por ter minhas mãos em sua pele, talvez pela
natureza do toque. Tudo que sei é que ele aprofunda o beijo, sua língua
tocando a minha.
Seu pênis está preso entre nós e tê-lo dentro de mim é uma
necessidade física.
respiração ficando cada vez mais rápida. Minhas mãos deslizam para
meus pensamentos.
— Por milênios ansiei por isso. — Sua voz baixa parece vibrar
Não?
tenho ideia do que ele está falando, apensa que mencionou deveria me
render.
O que? Coloco uma mão na minha cabeça. Afinal, o que isso quer
dizer?
Por vários segundos, o único som na tenda é a minha respiração
— O que você está fazendo? — Minha voz soa sem fôlego, mas
coxa.
Minha boca fica seca. Eu nunca fiz isso, nunca fiz isso e acho que
mercê.
núcleo.
Por que ele está fazendo isso? Os favores sexuais deveriam ser em
Então sua boca encontra minha buceta e não é nada como senti
antes. Reflexivamente, empurro seu beijo e não acho que gosto disso.
melhor parte.
A melhor parte?
sua boca.
lá.
de aprovação.
desesperados, não estou bem. Eu me movo contra ele mais e mais, sua
sentir meu gosto no beijo, estou envergonhada e excitada, não sei o que
fazer com o fato de que isso é muito mais do que pretendia que fosse.
Merda. Uma garota solitária como eu não tem defesa contra isso,
Não acho que Guerra pedirá, mas também quero esses aviários
tenciona.
compõe sua pélvis, até que estou ajoelhada entre suas coxas, minha
brilham.
— Um acordo é um acordo. — Eu digo. Movo minha mão para
cima e para baixo em seu eixo para enfatizar o ponto. Em resposta, seus
quadris se movem.
mas ele está gemendo e estremecendo, então devo fazer pelo menos
realmente gostando.
Uma vez que ganho confiança suficiente, minha mão se move para
suas bolas.
— Miriam...
engolir? Mas então não importa, porque estou engolindo, ele soltando
minha boca.
perturbadora de pensamentos.
Não muda quem ele é, a parte cínica diz. E então a culpa se infiltra
sabendo disso.
brilhantes de Guerra.
aliviar minha culpa. Quero fingir que o tenho e a uma vida decente,
O devaneio dura apenas alguns minutos. Uma vez que não consigo
minha tenda.
Meu rosto aquece. Eu não sei o que dizer sobre isso. Realmente não
monstro.
Ele se inclina sobre mim e começa a deixar beijos pelo meu torso.
pele.
pronta...
Ele se afasta tempo suficiente para olhar meu corpo. — Minha esposa.
Eu paro, olhando para trás para ver o cavaleiro uma última vez.
meu polegar pressionado contra meus lábios enquanto penso. Hoje não
Toda vez que fecho os olhos, juro que sinto o deslizar das mãos de
passos se aproxima da minha tenda, fico tensa, pensando ser ele. Mas
Porra. Ela é a última pessoa que quero ver agora. E a única vez que
passar.
Estou me escondendo.
— Não importa sobre isso. — Ela aperta minha mão entre as dela.
voz.
perspectiva.
Apenas porque me acostumei com este lugar não significa que não
você tem que matar sua própria espécie... e isso significa que pode
pescador.
Um pescador...
mim e Zara.
poucas outras vezes que interagi com ele, não foi tão hostil quanto
O cavaleiro quer mais. Eu posso sentir isso. Meu corpo se agita com
o pensamento.
águas.
a mesa enquanto passo por ela. Olho para ele, mas o que vejo me chama
a atenção.
Um mapa de Arish está aberto, várias notas e flechas rabiscadas
Guerra se aproxima.
— Batalha. Matar.
Guerra me dá um olhar estranho, como se estivesse perguntando
por que os pássaros voam ou os corações batem. Algo que não precisa
de resposta.
— Por que não o faria? É por isso que estou aqui. É o que sou.
É o que eu sou.
entidade, mas eu acho que é isso que ele é — guerra. Apenas tem um
rosto humano.
— Eu não o farei.
Bem, claro, se ele quisesse. Isso torna tudo um pouco pior; não
estava certa até agora de que o cavaleiro poderia ter uma escolha no
assunto.
Eu não respondo a isso. Temo que qualquer outra coisa que diga
possa fazer Guerra decidir que me manter fora da luta é a opção mais
Mas duvido que a mente de Guerra vá até lá. Não desde que o
problema. — Seu olhar cai para os meus lábios. — Mas não importa.
mãos no meu cabelo, sua língua insistente contra meus lábios até que
Ele solta uma risada baixa. — Oh, eu não planejo apressar isso.
— Guerra...
Mas então minhas palavras cedem aos suspiros.
Ele passa os dedos pela minha espinha. — Sua pele é mais macia
cativante.
maneira.
se não soubesse melhor, acho que gosta de me olhar tanto quanto gosto
minha boca, beijando suas tatuagens uma por uma. — E gosto de tocar.
seus olhos. Ele envolve um braço ao meu redor e vira os dois para que
Isso faz com que suas sobrancelhas se ergam. — Eu não sei o que devo
humana que não entendo, mas se realmente quer saber, fiz isso
faz meu rosto aquecer. Quer dizer, vamos lá, eu sei que esse homem
não é humano, mas está na terra tempo suficiente para dormir com
Ele pergunta.
Claro que sim. Estou curiosa sobre essa merda. E também tenho
vergonha disso.
Eu nem preciso responder; tudo o que ele vê no meu rosto deve ser
o suficiente.
Guerra olha para mim e é alarmante como é bonito com seu cabelo
farpada.
— Sim.
Ick. Eu faço uma careta. Por alguma razão, isso faz com que ele se
— Fazer sexo com você apenas para vê-lo com outra mulher?
É a minha vez de dar a ele um olhar estranho. Mas é claro, por que
Ele não diz mais nada. Acho que é toda a resposta que conseguirei.
trazer esse assunto, mas agora ele quer saber minha história sexual...
Respiro fundo e forço as palavras para fora. — Fiz sexo com um deles.
— E mesmo isso foi apenas uma coisa de duas vezes. Sair é um negócio
mais sanguinária.
— Mas no final. — Continua ele. — Foi tudo o que elas eram, uma
agora.
eu teria começado então. Nunca foi o quando, mas o que impediu meu
coração de se envolver.
Eu estava pronta para ser odiada por Guerra, mas acho que não
estou pronta para isso. Suas palavras sem remorso ficam sob minha
guerra.
queria acordar para a batalha comigo ao seu lado, mas... isso não
por mim, junto com uma nota: Para o seu coração mole.
Muito antes do sol nascer, encontro Zara em sua tenda. Embora a
acordada.
— Eu não poderia. — Digo. Não quando ela tem sua família para
vantagem inicial.
Ela ainda entraria na cidade atrás dos Cavaleiros Phobos, mas pelo
estarei.
— Uma vez que encontrar sua irmã e sua família, não lhes dê mais
recrutadas.
para Zara. E se este fosse um exército normal, nunca seria capaz de sair
lado.
Ela hesita, tenho certeza que é porque não quer pensar em coisas
que não vão de acordo com o planejado. Mas então concorda. — Minha
dizer que ela mesma está tendo dificuldade em lembrar como é o lugar.
— Guerra está procurando por você; não estava em sua tenda hoje
luz da tocha ilumina Guerra enquanto ele verifica o freio de seu corcel.
livremente.
esperava exibições públicas, mas é claro que sim. O cavaleiro está bem
com as pessoas sabendo o que eu significo para ele. Sou eu que tem
problemas.
Depois que ele se afasta, toca meu arco. — Eu vejo que você
ombro.
Ele me dá outro beijo rápido, então volta para seu cavalo vermelho
sangue.
subindo para o céu. A luta se moveu para dentro, as ruas que atravesso
vivo também.
demais.
repetitivo.
la. Toda aquela roupa modesta, toda sua piedade — não a salvou disso.
Encontre Zara.
Eu pisco várias vezes. Certo. Coloco meu arco por cima do ombro
e corro.
Demora muito mais tempo para atravessar a cidade do que
que alguns soldados saírem atrás deles. Há barcos que salpicam a água,
— Miriam! Miriam!
Eu me viro ao som de pânico do meu nome e vejo Zara.
Ah não.
deve ser o sobrinho dela. Alguém fez isso com um garotinho. Atiraram
lados.
fizesse diferença. Tenho certeza de que ela cavalgou o mais rápido que
pode para chegar a sua família. E se era tarde demais. Nunca teve uma
chance.
Sinto lágrimas nos olhos quando olho para criança. Dormi com o
cavaleiro, e para que? Não salvou a irmã de Zara, nem seu cunhado,
Olho para ele e vejo seu peito subir e descer apenas o mínimo.
Zara pisca para mim, posso dizer que ela não acredita — que ela
afastando.
É mais que arriscado, Miriam.
de sangue.
impossível —encontrá-lo.
— Guerra! — Eu grito.
Sua cabeça vira para mim. Não sei dizer qual expressão o cavaleiro
tem, apenas que depois de um momento ele embainha sua espada nas
meu lado.
E você terá.
Veremos...
Ele estende a mão para a minha. Eu agarro sua palma e deixo ele
parte complicada.
braços. Mesmo dali posso ver que ela está murmurando coisas suaves
para ele.
corpo endurece.
esperança de que ele sinta o suficiente para ajudar. Mas não tenho
Guerra é mais lento para se juntar a nós, embora tenho que dar
ele faria.
— Você me puxa da batalha para salvar um deles? — Ele diz atrás
tristeza ou ambos. Seu sobrinho ficou ainda mais pálido, embora seus
Acho que pela primeira vez ele se arrepende de mim. Sua esposa
humana.
suas emoções estão sob controle. Mas vê-lo com raiva me faz sentir
por você?
Eu subo para minha altura total, apesar do meu terror. Eu vi outro
Ele está com raiva, a violência não está mais em seus olhos. Está
dilatadas. Mas ele olha para mim quando me aproximo, como se nunca
ouvir.
pergunto.
Ele faz uma careta. — Eu não farei outra barganha com você.
você me disse que queria mais do que apenas meu corpo. Você ainda
quer isso?
pergunta. Eu acho que agora, ele gostaria nada mais do que anular
baixinho.
absolutamente?
prometer ao cavaleiro coisas que não pretendo dar. E talvez ele saiba
dentro do meu?
careta.
Seu olhar se volta para o meu, me dá um olhar final e longo, o lábio
Guerra sai do meu lado, indo para Zara e seu sobrinho. Quando
Estendendo a mão, ele rasga a camisa da criança, fazendo com que Zara
estremeça.
estremecer.
sobrinho.
da criança.
debater. Em um sentido muito real, ele está lutando por sua vida.
meus.
Com isso, Guerra passa por mim. Ele monta em Deimos e depois
desaparece.
Eu me ajoelho ao lado de Zara, que está segurando seu sobrinho
Suas mãos vão para a ferida. Ainda há sangue cobrindo a área, mas
uma vez que o toca, está claro que não há nada abaixo, exceto uma
fez isso? E como você sabia que ele poderia fazer isso?
Eu me sento ao lado dela. — Ele salvou minha vida uma vez antes.
puxo o lenço de Zara para trás sobre o cabelo dela. — Você e seu
andando por aí. Eles não são ótimos para o transporte, mas pelo menos
Muito ruim para aquele soldado, seus bens roubados estão prestes
criatura.
casa.
corcel.
Ela hesita, não querendo ficar longe dele nem por um momento.
Mas logo ela levanta, levantando seu sobrinho exausto em seus braços.
Guerra o poupou.
flecha da aljava.
arrependerá.
vou atirar.
Um Cavaleiro Phobos.
Antes que ele possa fazer muito mais, eu disparo mais duas flechas,
impacto. Agora seus olhos não são tão largos quanto estão fora de foco.
— A única razão pela qual você não está morta, menina. — Diz a
Bem, merda.
E de volta ao acampamento, sob os raios do sol poente, os soldados
mim; seu ódio é palpável. Eles fazem isso com todos os traidores, ainda
normal.
Ao entrar na clareira, mantenho meu queixo erguido, apesar do
Ele olha para todos nós, seu olhar entediado passando de traidor a
traidor até que seus olhos pousam em mim. Por um instante, há uma
cavaleiros lhe contou meu paradeiro. Acho que eles queriam adotar
Guerra se levanta e a multidão fica quieta. Eu não sei o que ele está
fica imune.
mandíbula dura.
— Por que você a mantém por perto? — Exige este novo Cavaleiro
de Guerra para me libertar, mas suas expressões são duras. É claro que
Eles vêm para o meu lado e me levam pelos braços, para longe.
nunca é uma boa ideia quando se lida com um homem que gosta de
derramamento de sangue.
quanto o cavaleiro que matei mais cedo, com a morte vindo de surpresa
para ele.
chão, morto.
Atrás de nós, a multidão está quieta, mas uma vez que estamos
pessoas com quem estava minutos atrás. Eles ousaram parar o exército,
dentro que ele me coloca para baixo. Ele puxa uma de suas lâminas e
corda grossa.
— Guerra. — Eu começo.
— Não
Um olhar para a expressão dele e está claro que devo ficar quieta.
Eu fico ali, esfregando meus pulsos, sem saber onde estão meus
é responsável por tudo isso. Por outro lado, salvou uma criança e
agora, seu rosto inflamado de raiva. — Eu salvei uma vida para você,
Seu rosto aguça. — Não minta e finja que foi apenas um homem
novamente.
O cavaleiro faz uma pausa, olhando para mim. Seus olhos ainda
estão furiosos.
Eu aperto seu braço um pouco mais forte. — Sério. Você não pode
nunca salvou alguém fora de seu próprio interesse. Não até hoje.
pescoço, o puxo para baixo em minha direção. Quando ele está ao meu
Ele não cai nisso — não imediatamente. Mas uma vez que se
Não há nada tão satisfatório quanto uma briga seguida por uma
Começo a puxá-la.
ordens? — Ele diz isso mesmo quando começa a nos despir. — Está
Ainda estamos sangrando da batalha, mas isso não impede que nós
dois nos unamos. Eu o puxo para o chão coberto de carpete, seu corpo
grande me cobrindo.
O pau de guerra está quente e duro contra mim, posso sentir aquele
acontecerá. Mas então ele geme e se afasta de mim, seu corpo inteiro
tremendo com sua restrição. — Criatura celestial, você foi criada para
serve.
Enquanto o restante do acampamento — incluindo Guerra — está
nas festas mais tarde naquela noite, vou para a tenda de Zara, com
comida na mão. Tornou-se nossa coisa, levar comida uma para a outra
cabelos.
quando me vê.
chora no meu ombro. Hoje foi um dia terrível para ela. Perdeu a irmã
dor. Isso continua por um longo tempo e seus soluços são em sua
maioria silenciosos, provavelmente devido ao fato de que está
enxugando os olhos.
— Tudo bem. — Diz ela, sua voz trêmula. — Quer dizer, ele está
Acho que eles tentaram fugir, encontrei seus corpos caídos na rua...
aconteceu pela primeira vez. — Você fez muito pelo meu sobrinho,
então foi pega por isso, sinto muito. — Ela começa a chorar novamente
— Ei, ei, ei. — Eu digo. — Eu entrei nessa bagunça. Você não. Não
se desculpe por isso. Além disso, Guerra não me deixa morrer, então...
então sou a idiota que destrói seus planos. Mais ou menos. Então tenho
deveria.
— Eu não quero que você sofra pela minha situação. — Diz Zara.
ele fez hoje... está mais do que apenas apaixonado por você.
porque acreditava que seu deus me fez para ele. Pensar que poderia
mais.
A essa altura, há muito que voltei de ver Zara e seu sobrinho. Até
consegui terminar de fazer duas flechas. Coloco o livro que estou lendo
Miriam.
está passando.
com isso.
outra hora. Tenho assuntos mais imediatos para lidar. Puxo as abas da
Pânico.
Esta era uma armadilha. Seja lá o que Hussain tivesse dito, isso não
agora.
Puxo minha adaga da bainha assim que as abas da tenda são
bêbado.
digo.
Deite-se comigo.
Meu estômago aperta com sua voz. É baixa e certa, ele parece um
Ele puxa meu rosto para longe de seu ombro, seus olhos turvos,
mas inteligentes.
Não posso dizer por sua expressão se ele está ouvindo ou não.
Talvez eu tenha entendido tudo errado. Talvez Guerra não possa ter
matei meu filho junto com sua mãe? Ou você acredita que ambos estão
Eu não sei. Não pensei muito a respeito, mas ele parece ofendido.
festim sexual que teve desde que veio à Terra, não tem filhos.
é uma má ideia. Brincar com ele é divertido quando não preciso pensar
muito nisso.
direção à saída.
Ele pega meu braço e me gira para encará-lo. — Isso não foi um
erro.
— Durma, Guerra. — Eu digo. — Você se sentirá melhor quando o
fizer.
imprudente fazê-lo.
ressaca.
Parte de mim fica tardiamente surpresa que ele saiba o que é uma
ressaca, mas ele viveu entre soldados por um ano agora. Estava
última noite?
— Tudo.
Impressionante.
— Onde vamos?
Ele responde. — Você verá.
ataque matinal.
— Como você o faz fazer isso? — Eu pergunto. Ele não precisa estar
por perto, mas sempre ouve o chamado de seu mestre. Não conheci
sou um homem.
Certo.
hesito, não tenho certeza se quero passar mais tempo com Guerra do
Guerra vai para a sela atrás de mim, tão perto que suas coxas que
não é a primeira vez que compartilho uma sela com o cavaleiro, mas é
boca.
— Esposa, não a comerei se o fizer, bem, comerei, mas sei que você
Viro a cabeça para ele. — Você não pode dizer coisas assim.
Miriam.
vazias. Ele nunca o fez antes de mim. Quando você quer que o mundo
O cavaleiro nos leva para o sul, para o deserto. Não há nada ali,
de Deimos.
— Oh, há uma razão. — Diz ele. — Não tem nada a ver com o que
nos rodeia.
Eu dou alguns passos para longe dele, mas agora olho para trás. —
— Quero ouvir como você grita quando ninguém além de mim está
ouvindo.
Quando se trata de intimidade, Guerra dá mais do que leva. O que
lado.
— Não apenas assim, esposa. — Diz ele, soltando uma risada baixa.
Pergunto.
Ele esta mais do que apenas apaixonado por você. As palavras de Zara
— O que foi? — Guerra pergunta, sua voz aguda. Seu olhar segue
o meu.
fora?
— Miriam, meus mortos-vivos ficam em todos os lugares onde
Arrepios.
Cada lugar que Guerra esteve, seus mortos-vivos ainda estão lá,
incomoda?
querer tocá-lo.
O rosto de Guerra... essa violência está de volta aos seus olhos, mas
seja capaz de se sentir magoado. Mas talvez eu não seja a única que fica
machucada, usada e suja. Esqueço que esta situação foi ideia minha ou
falar sobre isso como se fosse uma transação fria e sem emoção.
que Guerra vê. — Fico feliz por ambos entenderem como é isso tudo.
Consigo não gritar, mas não mentirei, quase faço xixi ao ver a criatura
minha direção.
caminhada, esposa.
Desgraçado.
Demora quase uma hora para voltar ao acampamento e todo o
pouco.
Guerra.
Não vejo o cavaleiro novamente por dias. Ele não me chama e fico
sobrinho assustado.
voltei.
para ficar irritada com ele, ansiosa para ouvir sua voz profunda e olhar
para aquele rosto. E talvez até para tocá-lo. Posso não gostar do
segundos.
— Esposa. — Diz ele. Não posso dizer o que ele está pensando.
— Guerra.
então estão atrás, ficando apenas eu e Guerra, além da estrada sem fim
à nossa frente.
— Somos.
Homem exasperante!
— Não, foi você quem não quis ouvir! — Eu digo, minha voz
subindo. Oh sim, estou tão pronta para pular de volta para a arena e
as duas regras mais óbvias do casamento e ainda assim Guerra não tem
consciência delas.
Como minha esposa, você deve ser obediente nas poucas vezes que
exijo.
Obediente?
Vejo vermelho.
— Não.
obediente. Eu sei que não. — Ele claramente tem estado por aí com
muitos misóginos.
Guerra passa a mão pelo rosto, um dos anéis que ele usa captando
minha vontade.
— Eu ouvirei. — Respondo.
antes de abandoná-las.
Cada segundo do meu dia consiste em tentar ser corajosa, quando tudo
acima deles.
las. A visão revira meu estômago. Parece muito com todos aqueles
fazê-lo? — Ele responde, seus olhos brilhando. — Por que não correr
Então ele não quer nos matar com eficiência? Eu não sei se isso é
pegar uma garrafa de vinho que embalou. Ele volta com dois copos.
Sentando-se novamente, ele diz: — Eu sou nascido de homens e estou
mortos?
assustador.
maneira possível.
fugir. Mas droga, enfrentei pior. Então fico ali sentada e o deixo se
aproximar.
Esta é a primeira vez que viajo com o cavaleiro desde nosso acordo
e ali fora, sem um exército ao nosso redor, meu universo parece muito
é tontura e uma emoção que vem por ceder ao cavaleiro. Nós somos
Eu pego a mão de Guerra e deixo que ele me leve até o catre que
nos fez. Há apenas uma cama esta noite. Meu estomago aperta com a
visão.
O cavaleiro me puxa para perto, suas mãos vão para meu cabelo
para me abrir.
Ignorei todo o meu desejo por ele durante o longo dia, mas agora
suspiro quando sua mão pesada se move por meu pescoço e ao longo
querida e perfeita.
Não deveria ser assim. Não deveria.
Mas é.
Que seu corpo ridículo de alguma forma se encaixa no meu como uma
peça de quebra-cabeça.
— Diz ele.
— O que faz você amar ser humana? Quais são suas coisas
— O que mais?
— Minha irmã Lia queria ser cantora. — Eu sei que Guerra está me
ela tirou sua voz. — Continuo. — O restante de nós não pode cantar,
mas ela sim. Costumava cantar quando não conseguia dormir à noite e
suas canções.
Essa foi a pior parte de tudo quando voltei. O silêncio. Havia tantas
pudesse de algum modo sugar sua essência de seus lençóis velhos. Isso
pergunto.
— Quero saber tudo sobre você, esposa. — Diz ele, assim como fez
anteriormente.
Eu respiro fundo. — Eu desenho hamsas. — Eu não posso nem
— Explico. — Toda vez que meu pai via uma peça de joalheria com um
hamsa, ele comprava para mim, porque era meu nome. — A hamsa
que uso é a última peça de joalheria que tenho dele. Tudo o mais perdi
O cavaleiro fica em silêncio. Ele não lida muito bem com emoções
muito tempo, observei como era ser humano, mas nunca senti isso. Não
ou sentir o sol na minha pele. Sabia disso, mas não entendi até me
tornar homem.
mesmo.
Guerra pode não saber, mas é cativante quando fala assim, como
isso.
Perda é uma ferida que nunca cura. Nunca, nunca, nunca. Ela se
espalha e por um tempo você quase pode esquecer que está lá, mas
palavras saem.
— Meu pai era o homem mais sábio que conheci. — Digo. — Mas
muito sábios. — Olho para o céu, tentando lembrar mais. — Meu pai
Ele podia fazê-lo rir, geralmente às suas próprias custas. Tudo bem,
Com algumas pessoas, você nunca pode ficar sob a superfície, sabe? —
— Minha mãe era tranquila, mas forte. Descobri depois que meu
Fico em silêncio.
Eu já contei a ele sobre como meu pai morreu. Quanto a minha mãe
e irmã...
— Houve um acidente.
meu ganho.
se dizer.
perto. — O dia em que você recebeu essa cicatriz, foi o dia em que se
tornou minha.
agricultores ainda tem seu rebanho de gado pelas ruas e os cães são
mil anos.
Essas cidades parecem não ter sentido o impacto do apocalipse e
Não está aldeia. As pessoas ali estão aproveitando este dia assim
subitamente desconfortável.
chegamos. Percebi quem era Guerra logo depois que o vi pela primeira
mesma percepção.
Pode ser simplesmente que hoje em dia, ninguém confie em
às costas.
pessoas?
Continuo esperando Guerra puxar sua espada, para me dizer que tudo
isso.
a minha não está ali, juntamente com o resto das minhas coisas.
sobre outro mapa de outra cidade que devastarão. Eles olham para
mim.
expressão. Qualquer outra coisa que eu diga agora apenas servirá para
Por isso que não queria viver com o cavaleiro. Como uma mulher
Ele geme, uma mão segurando meu quadril. Por um momento, ele
contra mim.
de que me forçou a viver ali, agora estou mais chateada por se afastar.
batalha.
parece que atacaremos Port Said. Esfrego meu rosto, não pronta para
Pego minha própria camisa e calça, que não estão tão limpas e
casamento.
Ele me forçou a dormir em sua tenda — quer dizer, porra, porra — mas
Cada pessoa que mato é uma pessoa a menos que vive na terra.
dia de luta.
suspeita horrível de que está levando sua mente para aquele lugar
o aperto dele se torna inflexível. Poderia muito estar presa por uma
faixa de aço.
escuridão.
Militares egípcios.
Um deles encaixa uma flecha no arco, apontando para nós. — Pare
levanta o arco.
Ele me ignora.
atingirem.
O outro soldado egípcio se vira e corre, gritando a pleno pulmões:
Começo a lutar com ele com mais força, mesmo quando ouço o
nossa direção.
— Miriam.
— Deixe-me ir.
Ele não quer, posso sentir isso em seu aperto teimoso.
enquanto descem.
afasto, na escuridão.
Não olho para trás, mas posso ouvir o barulho das flechas e depois
— Miriam!
flecha voar. Erra o alvo, mas perfura a carne de sua montaria. Enquanto
Minha mão coça para pegar outra flecha e acabar com o soldado.
E se puder chegar lá, talvez possa pelo menos fazer algum bem.
arder. Não há nada tão obviamente inflamável sobre eles. Mas agora
que esta cidade está pegando fogo, noto que há toldos de lona, linhas
esperança.
barulho e tudo nas ruas está abafando quaisquer sons. Corro para
machado.
Eu recuo bem a tempo de evitar a lâmina, por pouco.
Ele agarra sua arma com mais força. — Você parece comigo.
uma mensagem.
— Aposto que sim, sua imunda mentirosa. Saia do meu prédio. Agora.
sabia disso?
— Ele tem um exército, mas usa seus mortos para matar todo
mundo. — Eu saio correndo. — É por isso que ninguém soube que ele
viria.
há muito tempo.
— Porque eu já vi isso.
Ouça a garota.
— Ele objetou.
descontente.
Uma pedra cai pela janela, errando por pouco o dono do aviário.
invadidas, outras famílias gritando por suas vidas. O pior de tudo são
espada na mão.
queira morrer.
agora, tive sorte, mas é apenas uma questão de tempo até que minha
sorte acabe.
Sua esposa grita, deixando a caneta e o papel para correr até ele.
Eu levanto meu arco e flecha, mas antes que possa dar um tiro
ele. Guerra pensa que os seres humanos são o flagelo da terra, mas há
Ela grita, meio de dor e meio com raiva. — Que porra você está
Morrerei hoje.
todas as batalhas, mas hoje isso se instala em mim com uma certeza
fria. Uma parte macabra quer saber o que Guerra pensaria sobre isso.
Ele parece se importar muito com o meu bem-estar, mas não me ama,
não se importa com a morte e me trouxe para a batalha mais uma vez,
Lamentaria?
Sim, eu acho.
enquanto trabalha.
pontas de flecha.
demoro o suficiente para ver se saem ou não da cidade. Acho que isso
onde isso me coloca na escala do bem ao mal. Sempre assumi que bom
era sinônimo de Deus. Eu não sei agora. Mas isso parece certo. Preciso
mim.
Meu arco está descansando sobre meu ombro e minha adaga ainda
está no coldre. Antes que possa alcançar, Uzair me agarra pelo cabelo
cabelo se solta. Minhas mãos vão para a cabeça, meus olhos picam pela
percebi que era tão ruim assim. Afinal, são implacavelmente devotados
ao seu líder.
Hussain avisou para vigiar minhas costas. Apenas não ouvi com
atenção suficiente.
Por favor, deixe que seja uma das minhas flechas. Qualquer coisa, menos
uma tábua.
Guerra.
importo.
de cabelo.
inteligente o suficiente para ficar longe da luta. É tão fácil morrer aqui.
Porra.
longe, vejo Guerra. Ele é difícil de perder em seu corcel vermelho. Mas
tão longe que pode não me reconhecer com a roupa empoeirada. Sou
mim novamente.
Corra!
É bom demais esperar que Uzair me deixe ir. Quer dizer, espero
isso, mas não fico surpresa quando ouço seus passos pesados atrás de
mim.
Se ele me pegar, o jogo acaba. É um lutador melhor e tem uma arma
melhor e um alcance mais longo. E sem dúvida, tem muito mais prática
do que eu em matar.
decisão rápida, corro para o mais próximo, passando pela porta aberta.
— Você não fugirá! — Uzair diz atrás de mim. — Hoje não. Nosso
Porra.
Eu fujo pelo corredor, onde o fogo é pior. Não sei o que estou
trás do meu pescoço quando ele balança, a lâmina cortando minha pele
quente ao toque.
Presa.
medo crescente. Ainda tenho minha adaga na mão, mas é quase inútil
neste momento.
primeira vez que reconheço abertamente o que acho que significo para
o cavaleiro.
pensamento faz meu pulso acelerar. Não sei por que isso me incomoda,
mas o faz.
Respiro fundo e olho para o Cavaleiro Phobos, meus antebraços
Ele balança para baixo, apontando para meu pescoço, seu ataque
Há coisas que não disse a Guerra, coisas que não fiz e coisas que
lâmina abre meu braço e percorre meu peito. Porra, dói como uma
cadela.
fazendo uma careta quando o sangue dele jorra como uma fonte.
Ele olha para mim furioso, como se isso não devesse acontecer. Eu
Uzair cai para frente, ao meu lado. No momento em que seu corpo
atinge o chão, está quase morto. Eu puxo minha adaga de sua garganta
e me levanto.
minhas botas.
prédio.
As chamas escorrem pelas paredes como um rio laranja selvagem.
esfumaçada.
fumaça.
Este é o fim.
Boom!
rugido do fogo.
Ele assola minha boca como se fosse uma cidade que está prestes a
destruir. Seus lábios se separam dos meus, então o gosto dele enche
minha boca.
Isso não parece com todos nossos outros toques, aqueles em que
deve ser o culpado pelos pontos negros que obscurecem minha visão.
Mas então sinto minhas pernas cederem, logo não sinto absolutamente
nada.
Não me lembro de Guerra me pegando, não me lembro de
montarmos seu corcel. Mas acordei a tempo de nos ver passar pelo
prédio em chamas.
em sua crina escura. Eu as afasto, embora até mesmo essa pequena ação
fôlego.
fora, com a luz do dia brilhando ao nosso redor. Eu mal posso ver o sol
certeza disso.
Guerra olha para mim com seus olhos terríveis. — Não hoje,
em seu peito.
Não tenho certeza do que fazer com a situação, apenas que algo
mudou entre nós. Meu corpo ainda está tremendo da batalha e estou
muito cansada.
tusso e tusso. Meu corpo inteiro treme com o esforço e minha visão de
nuvens.
em sua voz que forço meus olhos a se abrirem. Eu não percebi que os
fechei...
Outro ataque de tosse aperta meu peito. O ar está seco e minha
Sinto mais do que vejo os olhos de Guerra em mim desta vez. Ele
tudo. Ter uma mão em sua garganta deve significar que será sufocado.
Mas este é Guerra, Guerra, que insistiu apenas alguns momentos atrás
Seja qual for o poder que o cavaleiro exerça, é tão sutil que não
sinto a princípio. Mas quanto mais andamos e quanto mais tempo sua
tenda.
Guerra pula de seu corcel e me agarra pela cintura. Ele me puxa
Ele vem até mim e agora é a minha vez. Suas mãos são hábeis
quando tira minha camisa, depois a calça. Fico ali parada. Nós nos
Quando estou nua, ele nos abaixa para cama. Estou suja e
Mas quando ele pressiona meu corpo ao dele, não há nada sobre
estamos fazendo?
feições do cavaleiro. Ele levanta uma mão trêmula e coloca uma mecha
um beijo nos meus lábios, como se para ter certeza de que ainda estou
realmente viva.
ossos podem quebrar, sua pele sangrar, seu coração parar. E pela
A fala é tão crua, tão cortante, que me afasto dele um pouco, apenas
Estava tão perto da morte então. Mas mesmo com toda a preocupação
de Guerra, ele não agiu assim. Seja qual for o coração gelado que
baixo.
sono.
Acordo com a pressão das pontas dos dedos. Eles percorrem
Amada.
Guerra.
Mas mesmo com ele, isso é novo. Quando fui atacada na minha
assustadora — e impossível.
costas.
É demais. Meu coração parece explodir.
profundos.
Ele acaricia meu cabelo. — Por milênios ansiei por isso. — Conexão
Até agora.
Meu pulso está acelerando. Ainda estou nua debaixo dos lençóis
de Guerra e com o cavaleiro tão perto, estou tão ciente desse fato.
tentou me matar.
Guerra?
Passo meus dedos pelo seu cabelo preto. — Isso é uma coisa muito
Eu sinto esse sorriso em todo lugar. Arqueio para ele, meu coração
doendo.
— Toque-me. — Sussurro.
ganhar vida.
Eu preciso soletrar?
minha...
tenho em mente.
— Você acha que não quero? — Guerra pega minha mão e coloca
sobre sua virilha. Desde que adormeci, vestiu uma calça; essa é a única
razão pela qual eu não estou segurando seu pau na minha mão neste
errou o alvo.
homem de ação. Não quero nada além de senti-la viva e ao meu redor.
Estou tentando resistir, então gentilmente peço para você não tentar
cavaleiro ao limite, apenas para ver como seria quebrá-lo, mas uma
Ele pode mudar. Está tentando mudar. Para mim e por minha
causa. Não tinha certeza antes, mas tenho agora. Esta é uma semente
Então recuo, apesar dos meus hormônios furiosos (quer dizer, ei,
salvou.
Muito longe para acreditar que ele pudesse me ver, mas aparentemente
o fez.
Com a entrada delas vem outra rajada daquele cheiro pútrido. Aperto
Seus olhos parecem assustados, olham para trás, para algo fora da
tenda.
voltando sua atenção das abas da tenda para mim e Guerra. Seus olhos
e me pegue.
— Deixe-me fazer isso, esposa. — Diz ele, seus lábios perto do meu
ouvido.
Eu me derreto.
pernas e viro minha cabeça para que possa descansar a bochecha contra
— Ok. — Eu digo.
Guerra não responde a isso, mas o sinto mover o tecido para cima
banheira e começa a lavar meus braços, mais uma vez tendo o cuidado
— Você não lutará mais em batalhas, Miriam. — Diz ele. Não era
uma pergunta.
com veemência.
começa.
que tem coração e compaixão. Não estou pronta para perdê-lo tão cedo.
— Por favor, não faça isso. — Sai como um sussurro. — Por favor,
Guerra. Todas aquelas pessoas que sobreviveram, por favor, não mate.
Guerra não tem razão para me ouvir agora. Não tenho nada de
novo e convincente para dizer a ele que ainda não tentei, não tenho
que a misericórdia era a chave do meu amor. Eu não percebi que havia
seus olhos famintos. Ele ainda está se controlando, mas estava certo
corpo molhado contra o dele. Imediatamente, sua mão vai para minha
Ele ainda está ajoelhado e pela primeira vez sou mais alta que ele.
Suas mãos roçam cada lado da minha cintura e ele abaixa a cabeça,
que é que você fez? Esposa, esposa, esposa. — Ele murmura contra
minha pele, seus lábios se movendo para baixo. Pela minha garganta e
clavícula. Ele move a boca sobre o meu ferimento no peito, que agora
seios.
Você me intoxica.
para ele.
— Guerra. — Suspiro.
minha voz. Afasta do meu mamilo, seu olhar subindo para o meu.
Mas então ele sorri, parecendo distante, bonito demais para seu
novamente, sinto sua luxúria e excitação e... — e outra coisa. Algo com
está diminuindo.
— Eu quis dizer o que disse antes. — Diz ele. — Seu corpo precisa
se curar.
Mas Guerra não se afasta. Ele pode querer fazer a coisa certa, mas
dentro de mim, apenas para que ele possa ter certeza de que estou
realmente viva.
— Quase morri hoje. — Digo finalmente a ele. — E quando pensei
geme em minha boca e então seus braços me apertam. Seus lábios vão
toque que não existia antes e parece que estou caindo de cabeça em
águas inexploradas.
e sofrimentos. Não sei se isso tem a ver com suas habilidades de cura
Seus olhos estão calorosos e posso sentir sua ereção contra a calça.
E de repente seus dedos me deixam, ele me pega, levando-me de
volta para sua cama. Ainda está suja de quando deitei mais cedo, o
Ele me deita, apenas parando para tirar a calça. Seu pau se solta e
suficiente para fazer meu maxilar doer quando minha boca está ao
pernas enquanto observa meu corpo. Ele se inclina para frente, até que
mim.
bater cada vez mais rápido. Isso não parece uma pequena
bebida. Isso nem parece sexo regular (não que eu tenha muita
experiência nesse departamento.) Talvez seja o modo como Guerra está
— Esposa, como antecipei este dia. Ver o seu doce corpo dolorido
pelo meu. Acho que estou mais ansioso por isso do que pela batalha.
abertura.
minha mão e na minha língua, achei que entendia o tamanho dele. Mas
a entrar.
mesmo.
incrível.
presente.
ser gentil. Posso dizer que uma força motriz quer empurrar seu pau
esperava isso. Deveria ser apenas sexo. Mas pela forma como Guerra
está me olhando, parece que tudo o que trabalhei tanto para derrotar
ponto.
segundo plano.
Isso é... não como minhas outras experiências com sexo. É o tipo de
natureza do cavaleiro. Ele não pode ser outra coisa senão batalha. Toda
seus quadris. E ainda assim, quando suas mãos deslizam pelo meu
entrando e saindo.
você.
E de repente explodo.
Estou dolorida em todo lugar; o tipo de dor que faz suas bochechas
ficarem vermelhas.
— Sentir que uma parte minha ainda está dentro de você, esposa,
ardentes. — Não tão rápido, minha esposa. — Ele afasta meu cabelo
Eu engulo. Uh oh.
O que eu fiz?
Apesar das minhas dúvidas, passamos o resto da tarde e da noite
Eu não sei se ele está ciente do meu desconforto, mas se está, não
move para o meu clitóris pela milionésima vez. Ele acaricia, eu gemo
baixinho em protesto. Meu corpo parece que foi espremido por todo
orgasmo de antes.
O cavaleiro fica sobre mim. Inclino minha pélvis para cima e pela
milésima vez nas últimas vinte e quatro horas meu cavaleiro desliza
para dentro.
neles.
Impressionante.
cadáveres.
que não posso confiar em meus próprios homens para mantê-la segura.
se foram.
lados.
— Isso realmente não é necessário. — Afirmo, cobrindo meu nariz
conosco.
anos de guerras. Tantas vidas e tantas mortes. São momentos como que
Sinto que todos esses anos de batalha desgastaram Guerra. Que sob
sua violência, ele se agarra a uma centelha de algo que não parece
olhos.
pena se preocupar.
alguns dias para ficar na cama e nada mais. E não há mais menção de
Mesmo quando acampamos, isso não acaba. Ele parece mais voraz
do que nunca.
masculina crua. Ele me possui como se fosse a única coisa para a qual
foi feito, como se fosse a última vez que estaria em mim. Como se
não acho que poderia. Não neste momento. Então, em vez disso, agora
tenho que lidar com o fato de que estou apaixonada por um homem
apertado.
na estrada e muitas das recentes adições que o Egito fez a suas cidades
vandalizadas.
E de tudo que vi dessas partes, diria que as pessoas ali estavam
Vendo meu rosto, Guerra diz: — Mansoura deve cair e estarei lá.
Ele me puxa para perto e rouba um beijo antes que possa afastá-lo.
Quase.
que não percebi é que de repente não estou bem com isso.
consigo ver o futuro, Miriam, nem posso ler a mente dos homens.
Apenas posso entender sua essência básica. E até isso pode mudar com
o tempo e a intenção.
— É bom?
qualquer maneira.
na água.
Eu suspiro. Há água e fogo e... e... e Deus a dor, dor, dor, dor. A
— Mamãe, mamãe!
— Mamãe!
— Miriam!
Guerra olha para mim, seus olhos como ônix. Uma linha se forma
Um pesadelo. Certo.
Molho meus lábios, sento e o cavaleiro recua um pouco, me dando
espaço. Minha pele está úmida de suor e mechas do meu cabelo estão
assombrava meus sonhos com muita frequência. Não sei por que
diz me faz pensar que o cavaleiro não sonha — ou que, se o faz, é uma
Eu engulo.
Isso foi há sete anos atrás. Desde então, todos os motores pararam
de funcionar.
— Minha mãe sabia que era perigoso, que algo poderia dar errado,
mas era a nossa única opção. A Europa fechou suas fronteiras. Não
enquanto falo.
Palestina, como estava começando a ser chamado. Foi onde meu pai
precisávamos sair, mas não queria. Parecia cruel que tivesse que
Eu paro.
nunca esqueceria.
para baixo.
Meus pulmões ardem. A luz do sol acima de mim fica fraca mesmo
quando eu luto.
— Não sei o que aconteceu com minha mãe ou irmã. Eu nem sei se
Meu olhar vai para seus lábios. Eu me inclino para frente e o beijo.
— Obrigada.
da minha hesitação tem tentado explicar a ela que estou agora com o
cavaleiro que destruiu sua cidade natal e a maior parte de sua família.
Não posso imaginar essa conversa indo muito bem. Mas adiei essa
pelo sol da manhã. Uma xícara de café está em sua mão e um sorriso
no rosto, os dentes brancos contra a pele morena. É nojento como ele é
lindo.
enquanto e toma um pequeno gole. Ele não está falando sobre o café
da manhã.
minha e não dou a mínima. Mas conhecendo Guerra, esse tipo de lógica
Preciso de amigos.
Ele me olha por um longo tempo, depois volta sua atenção para os
eu vi lidando com armas agora gritam e fogem com a visão dos mortos
ambulantes.
— Por que é que sempre ouço sobre você antes de chegar? — Ela
diz, cumprimentando.
Eu olho para eles, de repente, sem saber como devo fazer eles
uma mulher próxima gritar e soltar a roupa que estava lavando. O resto
conversamos lá dentro?
um ursinho de pelúcia.
— Está?
que a maioria das pessoas aqui, então estou contando minhas bênçãos.
— Ela respira fundo. — Mas não é sobre isso que quero falar agora. —
semana? Desapareceu.
Eu não quero dizer, realmente não.
aquela fera a salvar... — Sua voz estremece. Zara acena para o sobrinho.
— Guerra matou todos que eu amava, exceto por uma pessoa e foi
apenas porque você chegou até ele. Então não, não a culpo por se
— Ele viu seus pais serem mortos, viu as execuções e agora homens
Ponto justo.
Então faça o que precisa fazer e não pense que a julgarei ou me afastarei
da nossa amizade. Eu lhe devo muito, algo que nunca poderei pagar.
companhia.
Eu poderia sentar e conversar com ela o dia todo, mas logo minha
proteger.
criança.
O círculo de mulheres fica sob um abrigo de lona que alguém
tecem cestas e fazem outros trabalhos estranhos que não exigem muita
concentração.
Quando avistam nosso grupo, vejo uma mulher abaixar uma xícara
incomoda em me olhar.
rígida. Seu rosto aquece quando ela vê Mamoon. — David está jogando
futebol com Omar, se quiser participar. — Ela aponta para trás, para o
final das tendas, onde dois meninos pequenos estão chutando uma
bola ao redor.
Mamoon olha para a tia e quando ela dá um aceno de cabeça, o
Zara mantém os olhos nele por vários segundos depois disso, seu
mulheres.
— Então, foi isso que a fez encontrar deus enquanto o resto de nós
sobre mim.
mulheres virarem seus olhares para mim que percebo que todos
deus?
Alguém mais entra em cena. — Claro que sim. Caso contrário, não
que jogaram em mim. Posso ter vindo como esposa de Guerra, mas
suficiente.
Eu poderia fingir que os horrores não existem, mas logo eles aparecem
de volta.
de que era a única que lutava para impedir o cavaleiro. Mas agora está
Eu sim.
morte.
para ajudar o mundo, terei que trabalhar com meu marido violento.
constantemente.
que consigo, me visto e calço as botas. Por fim, cubro minhas armas e
aproximam.
Preciso agitá-los.
Deimos
como esta noite, ele o prende — separado dos outros cavalos, é claro.
parece afetuoso. Talvez esteja apenas imaginando coisas, mas acho que
Respiro fundo. Eu não sei muito sobre cavalos, apenas que podem
próximos minutos...
parede do estabulo.
lo? — Eu sussurro.
exatamente isso.
para fora.
O cavalo joga sua cabeça até eu soltar suas rédeas. Então começa a
Outra flecha zumbe, abaixo meu corpo para que fique grudada em
Deimos.
cresce como uma erva daninha do chão, a periferia nada mais do que o
religião estivesse na raiz, como no meu país ou talvez fosse outra coisa.
algumas das cidades que nós invadimos até agora. E dois, apesar de
relacionamento.
fizeram em Port Said. E assim como em Port Said, suas armas no alto.
imploro para ter uma chance de evacuar o que puder da sua cidade.
minha.
cidades a leste?
Palestina
suavemente entre si. O arqueiro ainda tem sua arma apontada para
— O que então?
Por um momento as palavras não são processadas. Acho que não
imediatamente.
várias versões da mesma coisa várias vezes até minha voz ficar rouca.
Essa foi a ideia que se formou quando me sentei com Zara e aquelas
seus pertences.
aproximam de mim.
— Ousado e imprudente.
outra pessoa, olhando para as casas com seus moradores em fuga. Ele
sobreviventes em Port Said, tudo pelo seu coração mole. — Ele diz. —
Ele vira seu olhar impiedoso para mim. — E é assim que você me
paga?
explicações. Não sinto muito pelo que fiz e nada nesta terra arrancará
Ele observa meu rosto. O que ele vê lá faz com que o canto da boca
se curve.
minhas pernas.
— Não
Eu quero dizer que não vejo os velhos e os jovens e tudo mais, mas
estão todos entre as massas que saem de suas casas. Alguns deles
olham para nós, mas ninguém parece ter a menor ideia de que um
terra rola sob meus pés. Ao meu redor, ouço as pessoas gritarem
quando se agarram.
Eu olho por cima do meu ombro para Guerra, mas seus olhos
ficaram desfocados. Ele não está aqui, mas em outro lugar. E não
natural.
Nada.
terra. Quaisquer que sejam os seus poderes, eles não serão impedidos
se render.
o meu mundo.
segundos antes.
destruídos em um instante.
surreal e por um instante, lembro como foi assistir televisão. Era uma
Você assistiu, como um espectro, mas nunca foi tocada por isso.
quando choro. Atiro até que não haja mais flechas. E ainda os mortos
continuam matando.
carne.
Quero gritar.
atrás de mim.
sobre sua roupa preta. — Como minha esposa escapou no meu cavalo,
não menos.
Há apenas uma coisa neste mundo que ele poupará, uma coisa que
O medo me atravessa.
Seja corajosa.
Guerra para, ainda longe demais para agarrar a minha arma, mas
— Miriam. — Guerra usa sua voz ameaçadora, aquela que faz você
um.
Eu aperto a faca um pouco mais, até que sinto uma picada aguda e
Mas sou aquela que está ficando sem tempo. Os gritos estão se
mais tempo.
por Guerra.
Sinto minhas lágrimas vindo mais rápido agora, cada uma escorrendo
nós.
com ela, tropeçando no corpo de Guerra, de modo que agora ele está
Agora ele usa a sua força desumana. Guerra arranca seu antigo
faria. — Está tão certo de sua causa e ainda assim não pode me matar.
— Claro que não posso, Miriam. Deus a entregou para mim! — Ele
grita. — Não desperdice sua vida para fazer um ponto! Juro a você, não
a conseguirá de volta!
tem vagado por perto e Guerra vai até a criatura, carregando-me junto.
dos seus olhos nos meus; olhou para mim como se eu fosse algum
milagre estranho.
Ele ainda não se juntou a mim em seu cavalo, olho para ele
— Você apenas está disposto a seguir o seu deus quando não tem
tentou tocar meu pescoço duas vezes, apenas para eu bater na mão
Eu não sei o que fazer com isso. Mas pelo menos as linhas de
chance.
há uma parte minha, uma parte crescente, que discorda dessas táticas.
mas qual é o ponto? Prefiro não perder o fôlego discutindo com Guerra
jornada assim.
sepulturas.
Guerra pula de seu corcel, a luz das tochas próxima o faz brilhar.
pessoa, esposa. — Ele diz, com a voz baixa. — Eu mesmo a mataria por
suas ações.
Seu aperto fica mais intenso. — Droga, mulher. — Diz ele, dando-
me uma sacudida. — Você não sente um pouco do que sinto por você?
Estou dizendo isso, porque não poderia, eu... não poderia matá-la
nunca. Posso destruir uma civilização inteira, mas não você, Miriam.
Não por mil coisas diferentes. Eu preferiria cortar minha própria mão
do que machucá-la.
Estou piscando novamente as lágrimas e estou com raiva, triste,
Eu sei que estou sendo cruel. Agora eu gosto disso. É bom ferir os
— Você ficará comigo esta noite, assim como fez todas as outras
noites. — Sua voz é profunda, controlada. Agora, ele é cem por cento
mas é Guerra quem diminuiu a distância entre nós, chegando tão perto
algo me diz que ainda tem muita dignidade. Não force meus mortos a
os braços do cadáver.
inteira apenas com sua vontade. E foi a visão mais horrível que já vi.
Tudo porque tentei salvá-los primeiro.
para um banho.
matarei?
Mais uma vez, volta para o meu lado e oferece para mim. Eu hesito,
Vou até a mesa e me sento. Eu não sei porque estou fazendo isso.
Guerra acabou de fazer a coisa mais maravilhosa que já vi. Mas então
acontecendo.
parte de trás da tenda, depois sai, parando apenas para pegar mais das
outras criaturas neste planeta que merecem ser salvas, criaturas que os
humanos sistematicamente eliminaram. Você já considerou o fato de
engraçado, mas ainda estou com tanta raiva que quero jogar minha
Então estamos sendo mortos para proteger tudo o que vive nessa
muito egoísta. E muito brutal. Muito brutal. Mas não, Miriam, não
reconheço quem sou para ele. Eu sei que ele acha que isso significa que
pensando na possibilidade. Mas agora apenas digo isso porque sei que
fica sob sua pele de uma forma que poucas outras coisas podem fazer.
mas também posso dizer pelo olhar penetrante nos olhos de Guerra
que esta noite, minhas palavras cairão em ouvidos surdos. Estou muito
ser influenciado.
instalar.
não existo?
roupas que alguém lavou, secou e dobrou. Roupas que não são minhas
chamas.
Mas não derrubo uma lâmpada nem ateado fogo nas paredes. Não
ele. Meu corpo está cansado, meu coração está cansado e logo depois
emocionalmente.
Nós dois ficamos assim pelo que parecem horas. Não acho que
entre nós — ou talvez estivesse sempre ali, mas agora não pode ser
ignorado.
suspirar.
hoje. Nenhum deles sabe que Mansoura já foi expurgada de sua vida.
Estou curiosa sobre como Guerra lidará com isso. Tão curiosa, de
fato, que uma vez que o cavaleiro se levanta da cama, paro de fingir
Ele vai até a sua armadura de couro, que está perto da cama. Sua
bainha carmesim. Estou meio surpresa que ele levou a lâmina para a
tenda depois do grande show sobre a remoção de todas as armas deste
lugar.
peito, com os olhos fixos em mim. Ele removeu todas, exceto uma arma
agora estão levantando suas cabeças feias, mas ele não pega a lâmina.
que decora as juntas e o peito de Guerra. Essas não brilham, mas posso
— Miriam. — É um aviso.
quando sinto o aço cortar minha pele. A filho da puta está afiada.
meu aperto.
considero isso...
perceber que não darei a ele uma espécie de feliz despedida. Com um
pretendia fazer. Olho para o corte no meu polegar. Uma gota de sangue
sangue.
Não vejo Guerra novamente até aquela noite. A essa altura, a
Não importa que o ataque foi inútil. Toda pessoa esta noite parece
através da multidão.
Meus olhos vão para Guerra, que se senta em seu trono, uma
Olho para ele. Eu não posso não olhar. E meu coração, meu coração
comitiva grotesca abre o caminho. Guerra deixa seu estrado, nós dois
Antes que possa dizer ou fazer qualquer coisa, ele me beija. É tão,
super aparente.
todo; Guerra deve ter alguma ideia de onde estavam, portanto, onde
meus. Ele é tão severamente bonito. Sua mão vai para a junção onde
— Ama? — Pergunto.
— Você realmente não sabe dizer? — Ele diz, tão baixinho que
Ele é batalha encarnada. Estou pedindo para ele fazer mais do que
de si mesmo.
— Por favor...
Eu sabia que ele não capitularia. Sabia disso, no entanto, isso parte
Muitas.
Seja corajosa.
Não há para onde ir. Nenhum lugar para escapar desses horrores.
funcione, mas ainda considero. Olho para o meu polegar, onde o corte
se curou. Sair seria tolo de qualquer maneira; já fiz planos para esta
noite.
— Você quer estar comigo, mas não está disposto a fazer qualquer
paramos.
tomar. Quaisquer que sejam as noções humanas que você tenha sobre
Minha raiva da noite anterior volta, queima tanto que estou quase
Então eu saio. Saio e passo o resto do que será, sem dúvida, uma vida
Engulo as palavras.
lábios. É difícil beijá-lo, difícil traçar essa linha entre desejo e raiva.
Ele é intenso — sua boca quente na minha, seus dedos hábeis
o suficiente para doer. Inclino a cabeça para trás. — Eu não quero ver
o que você pode me dar. — Digo, ainda com raiva — muito, muito
mulher como eu. Mas ainda não aprendeu. Para ser justa, fiz tudo ao
Miriam, não faça isso... não posso dizer o quão estúpida é essa ideia.
sono o distraíram.
Bolas sagradas, está arma é muito pesada. Não posso acreditar que
sai.
mim.
praticamente posso ver onde meus dedos passaram por ele e agora
Muito humano.
Claro que não posso. Uma coisa é lutar com alguém em batalha ou
Porra.
Sua espada está na minha mão e estou pairando sobre ele. É tarde
demais para desistir dos meus planos como estava prestes a fazer.
confuso.
cavaleiro.
noite.
posso dizer que está procurando por algum motivo — qualquer motivo
para o peito dele, mesmo que meus pulsos estejam se esforçando pelo
esforço.
Sim.
isso leve a lâmina perigosamente perto de sua pele. Ele não está
preocupado. Em absoluto. Esqueci disso desde a última vez que o
insaciável.
que passa.
redobrando em si mesma.
Não.
Meu olhar vai para sua pele, onde a ponta de sua lâmina pressiona
sobre ele. Terei que perfurar essa pele, causar dor ao cavaleiro.
Não posso.
minha garganta. Nós dois estamos nos encarando e posso dizer que
Não posso
Seus olhos se estreitam, mas ele relaxa. — Essa foi uma boa decisão.
sua garganta.
sangue jorra sob seus dedos, escorregando pelos pulsos e ao longo das
bordas da arma.
— É isso que acha? Você me beija e me fode, respira o meu nome como
posso sentir o sopro daquela ira da qual ele falou. Ficou irado antes,
mas agora realmente o feri de uma forma que ninguém mais pode.
É aqui que o cavaleiro agarra minha cabeça e torce até que meu
escolha para ele, não importa quão intrínseca seja a sua natureza.
— Eu lhe darei uma última chance de soltar minha arma, esposa.
isso.
— Renda-se. — Repito.
de lado. E então nós dois somos deixados para olhar um para o outro.
realmente achava que seria assim, assim como não sabia se advertir
pode me machucar.
deixou.
tinta de guerra.
Meus joelhos ficam fracos com meu medo. Fui idiota por não temer
— Aqui é onde você se entrega, esposa. — Diz ele, sua voz abafada.
Há tantas coisas que Guerra pode tirar de mim, mas minha palavra
Ele cobre meu queixo. — A terra está cheia de tantos ossos. — Ele
sussurra.
Eu não sei o que fazer com essas palavras, apenas que deveria
sentir medo delas. Guerra solta meu queixo. Posso sentir minha pele
Sua mão se move para a base da minha garganta. Ele traça minha
espinha.
Balanço a cabeça.
los fora da tenda, mas são os que estão dentro —os que Guerra enviou
propósito. Prova de que Guerra pode ser tão mesquinho quanto o resto
de nós.
pele.
menos, Guerra teve a mesma surpresa ferida em seus olhos que muitos
da tenda, sou arrastada junto com eles. Juntos, o grupo deixa a tenda
som fazendo minha pele arrepiar. Quanto mais caminhamos, mais alto
ficam, até que fica claro que a bateria está batendo para mim.
para apodrecer.
O tambor ainda bate cada vez mais rápido e está deixando a plateia
em frenesi.
Cavaleiros Phobos.
Oh Deus.
A terra está cheia de tantos ossos, ele disse ontem à noite. Eu não
As pessoas não sabem o que fazer com isso. Nem mesmo quando
seu próprio exército. Olho de volta para Guerra. Seus olhos são
castigo.
Minha punição.
— Pare.
mossoun yevu.
Ele tem razão; fiz da minha missão derrubar seu exército. Mas
agora que ele está se voltando contra eles assim como fez nas outras
final.
Zara e Mamoon.
Minha amiga, o sobrinho dela; não poderia viver com suas mortes na
minha consciência.
— Guerra!
me agarram, me segurando.
Sou forçada a assistir a coisa toda e desta vez, leva muito mais
da minha casa, a perda de tantas pessoas. Pensei que a dor fosse algum
tipo de armadura; se o pior acontecer com você, não haverá mais nada
para machucá-lo.
Talvez seja verdade. Mas esse vazio tem sua própria dor
assustadora.
eles podem descansar mais uma vez. Meus olhos percorrem a clareira,
com suas pilhas de corpos sangrentos e quebrados. Em uma onda
Essa dor oca ainda está lá. Pulsa ao longo da minha pele e fica como
Zara e Mamoon.
desta fera.
ele pretendia partir meu coração como fiz com o dele, então entre a
morrer agora?
uma vez. Mas o que quer que tenha trazido essa centelha de vida aos
seus olhos, agora está ausente. Aquela mulher nunca mais fumará
outro cigarro e esse homem nunca jogará cartas com seus amigos. As
Meu olhar se move para ele. Estou tão distante que sinto que sou
juntam. Não quero acreditar. Esta deve ser outra parte do meu castigo,
mortes recentes. Eles se movem pelo corredor, indo até onde meus
Mamoon.
seus passos. Ele vem até mim, pressiona seus lábios no meu ouvido.
do dia.
mundo.
merda.
realmente me dou bem, embora não tenha falado com ele há algum
no final.
poderia chegar até ele; era uma língua que Guerra entendia.
— Você veio aqui para me fazer sentir mal? Porque estou assim.
de sua ira.
tenha terminado sua missão antes de matar todos. Como deveria saber
esposa e filhos se foram, meus amigos foram mortos diante dos meus
pensei nos Cavaleiros Phobos como vítimas. Não quando são tão bons
em matar.
— Por que você luta por Guerra se ele fez tanto para machucá-lo?
— Eu pergunto.
por ele? — Porque o que conseguiu para mim foi pensar que os
coragem.
tentei destruí-lo com sua espada e ele matou a maior parte do campo
pela ofensa, parece que nós dois finalmente cruzamos alguma linha
dura.
É fácil o suficiente para sair; simplesmente escolho uma das
da minha família, meu romance e o jogo de café que nunca uso. Até
nos conhecermos.
sobre por que eu deveria dormir com ele. Não há sexo irritado.
que o vi, ele estava voltando de um ataque com seus Phobos. Seu
ele quem decidiu manter distância. Por mais louco que seja, na verdade
me ressinto que ele ainda esteja irritado, apesar de entender sua raiva
— afinal, tentei matá-lo. Mas ainda assim, houve tantas vezes quando
ele cruzou uma linha comigo, assumi que era em ambos os sentidos.
Então novamente, ele deixou claro que não devo morrer, enquanto
horrivelmente normalizado.
simplesmente normal. Pensei por tanto tempo que ele fosse incapaz de
sentir — que sua mente não funcionava assim — mas estava errada.
Ele pode ser uma criatura celestial, mas parece amar, lutar e se
cansaço é uma coisa física, nada que eu faça parece abalar. Eu vou para
Ficarei doente.
Eu não caminho mais do que vários metros antes de vomitar. Meus
nariz.
forte.
Zara não fica longe. Ela vem e me traz água, pão, frutas e iogurte
embora.
voltarei mais tarde. — Diz ela. — Espero que você termine toda a água
que deixei. — Ela soa como minha mãe. — E tente comer. Você não...
— Suas sobrancelhas franzem e pela primeira vez, vejo que ela está
preocupada comigo.
dormir.
Guerra se inclina para dentro e tenho que respirar com a visão dele.
rosto.
fecho meus olhos. Pensei ter perdido o que quer que tivéssemos. Mas
tatuagens nos nós dos dedos brilhando em vermelho, ele acaricia meus
em seus olhos.
pouco mais.
pensar.
Não quero nenhum de seus irmãos perto de mim. Mas do jeito que
Guerra diz, é mais um desejo do que qualquer outra coisa. Onde quer
Esse título! Eu não percebi o quanto senti falta de ouvi-lo até agora.
— Foi você. — Continua Guerra. — Que nunca se importou. — Há
Ele acha que fui eu quem ficou longe? Quer dizer, fiquei, mas
Ao meu lado, Guerra se move. Ele pega meu queixo e vira meu
rosto, me forçando a encará-lo nos olhos. — O que você quer dizer com
Realmente farei isso? Merda, acho que sim. Estou exausta demais
parece alcançar todo seu rosto. Ainda é um olhar feroz com seus
para expressar.
possa me impedir de beijar este homem. Ele é a única coisa que ainda
consegue ter um gosto bom. Seus lábios devoram os meus e seus braços
com fome. Com muita fome. Assim que vejo o prato de frutas, nozes,
queijos e pães dispostos, vou para ele. Há uma tigela de homus por
perto e não tenho certeza se alguma vez provei algo tão bom na minha
vida.
um copo de água.
Ops.
em seu braço. Seus olhos se erguem para os meus e ele parece suspeito.
estômago. Algo não está certo, mas realmente não quero saber o que é
homus.
ter ficado mais vigilante, porque está claro que você não está comendo
ultimamente.
pouco.
algum tempo, esposa, mas não se engane, não a deixarei morrer. Não
seu mundo.
— Estou. — Insisto.
— Você está de volta com ele então? — A voz de Zara vem de fora
da minha tenda.
da tenda de Guerra logo depois dele para que eu pudesse pegar meus
Guerra?
dela, onde Mamoon está jogando futebol com vários outros meninos.
pensamentos.
Abro minha boca, mas não sei o que dizer. Há muito para não amar
em Guerra.
Zara me observa. Antes que possa dar algum tipo de resposta, ela
saudável.
Meu coração acelera um pouco com isso. Então foi assim que ele
informou.
pareça triste.
que estou ferida, mas... não posso dizer o que estou sentindo, sabendo
Guerra.
muito fatigada e minha náusea voltou. Preciso de toda ajuda que puder
conseguir.
Zara!
Não vejo Guerra até mais tarde naquela noite. Ele entra na tenda,
aquecem. — Não posso dizer o que isso faz comigo, vê-la em nossa
distância e segura meu rosto, tomando minha boca. Ele me beija com
Suas mãos roçam meus lados e sim, sim, sim. Quis sentir Guerra
contra mim todos os dias desde que nos separamos. Mesmo quando
Minhas mãos vão para a camisa dele, tateando para tirá-la. Suas
profundo que tem uma presença própria. O amor é uma esperança que
leva os homens através das noites escuras, mas não é nada mais do que
isso.
isso?
sensação tão familiar para mim quanto balançar minha espada. — Diz
ele. — Odiava minha cama vazia e minha tenda solitária, mas é o que
sempre conheci. Estar com você traz algo novo, algo que quero, mas
não entendo.
que ele ficou longe, embora não possa ter certeza. As palavras de
Espero que ele continue, ainda não tenho certeza onde ele está indo
com isso.
— E se quiser que acredite em você, então me mostre.
Oh.
Bem, merda.
Como é que mostrarei a Guerra o que é amor quando nem sei o que
lembro de todos os casos em que ele salvou minha própria vida e como
E agora passo as mãos por seu rosto, meus polegares sob seus olhos
mais.
Eu não sei se estou fazendo certo. Realmente não sei como mostrar
o amor quando o amor não é realmente sexo. Mas é o melhor que tenho
no momento.
extasiado.
em seus olhos. Ele nos vira e tira o resto de nossas roupas antes de se
Ele se inclina sobre mim, seus olhos intensos, toco sua bochecha,
vem a seguir?
— Não desvie o olhar. — Eu digo, olhando para ele. Acho que isso
Guerra não desvia o olhar. Não quando agarra meus quadris, seus
Seu pau lateja dentro de mim, tão grosso que posso sentir cada
— Minha esposa, você é tudo que nunca soube que queria. — Diz
Mais uma vez essa agitação vertiginosa. Mais uma vez esse
Miriam.
O Senhor da Guerra é dolorosamente gentil, cada golpe de seus
quadris um apelo. Está fazendo amor comigo e sequer sabe disso, tão
muito real de sentir algo que não tinha intenção de sentir esta noite.
suaves e amorosas. Seus olhos são fixos nos meus, assim como o
Meu coração ainda está acelerado e meu estômago ainda faz coisas
engraçadas.
Mas estou presa sob esse olhar, estou sendo atraída por aqueles
Eu te amo.
uma adoração, todo impulso parece uma promessa. Isso tudo está
— Guerra...
Isso é algo novo, algo mais do sexo. Não posso negar, mesmo que
isso me assuste.
só vez.
que Guerra ainda está me encarando, seu olhar preso em algum lugar
fazendo.
Você estava certa. O amor é muito mais que anseio. É muito mais do
visto uma camisa e calça. Não há tempo para sutiãs, roupas íntimas e
testemunhar isso, exceto por talvez um guarda à distância, mas ele está
acelerar.
Tento contar as semanas desde a última vez que sangrei e acho que
chego até seis antes de ficar insegura. Nós fizemos muito sexo. É difícil
acompanhar os dias aqui... mas não, acho que, mesmo supondo que
fora.
explicação simples.
Talvez seja o estresse de toda essa viagem com Guerra. Talvez meu
minha menstruação.
Eu tento calá-lo. Tento ignorar, mas está bem ali, sentado na minha
disso é normal.
vezes.
náusea.
Bolas sagradas.
— Miriam. — Diz ele, vindo para minha frente, sua voz cheia de
preocupação.
Ele se ajoelha ao meu lado e afasta as minhas mãos do rosto. Seu
Estou grávida.
Abro minha boca para dizer a ele, quando paro. Eu não sei como
Acabamos de voltar.
descendência de um cavaleiro.
Porra e as minhas escolhas de vida pobres.
Olho para Guerra, depois para a boca dele. Ele mata todos. Todos.
E a última vez que cheguei perto de discutir se ele teve filhos com
ofendido. Assumi na época que feri seu orgulho, mas talvez houvesse
Pedirei a alguém que lhe traga uma bacia de água. Ninguém além de
fico grato por isso. Eles saberiam em um instante o que levou todo o
longe da morte.
Talvez, mas há uma parte minha que não tem certeza e isso é razão
Guerra se estende e me ajuda, finjo que tudo está bem quando não
de mim.
mapear novamente. Aperto meus olhos fechados contra seu toque. Foi
difícil o suficiente fingir alto astral hoje. É tudo que posso fazer para
Grávida...
Dizer a Guerra ou não, mas se não... não poderia ficar ali, onde ele
logo descobrirá.
Solto um suspiro.
Guerra?
poderia perder.
uma com um pequeno trailer atrelado a ela. Poderia ter uma chance
então.
Os pelos dos meus braços se erguem ao ver todos imóveis. Não sei
dizer de que lado eles estão, mas parece que todos estão me
ainda posso sentir a podridão fétida de todos eles, é tão espessa no ar.
deles vira a cabeça para me ver passar. E então estou bem na frente
se, mas ainda espero que alguém me pegue. Espero agora, depois de
estrada. Apenas então olho sobre o meu ombro. Para meu horror, cerca
me seguir.
mundo através deles. Talvez o elo deles seja forte o suficiente para
não sei como o avisam, apenas que é inevitável que ele seja avisado —
isso. Com cada passo que dou, grito que sou uma tola por fugir, uma
tola por sair. Acredito no melhor de Guerra e é por isso que o ignoro.
levaram até aqui. Correndo, dormindo com Guerra, permitindo que ele
passo.
Seja corajosa.
Meu mantra cai sobre mim e pela primeira vez, penso sobre isso de
uma maneira totalmente nova. Assumi o tempo todo que estive com o
cavaleiro que fui corajosa, mas não fui. Eu tenho negado e fugido dessa
isso signifique o pior. Não há mais ações no escuro da noite. O que quer
agora.
O cavaleiro se abaixa.
Ele olha para mim, seus olhos selvagens. — Onde você está indo?
Seja corajosa.
Seu rosto fica tenso. É uma expressão que nunca vi nele antes.
odiar, amaldiçoar, apenas por favor, volte, Miriam. — Diz ele. Sua voz
Eu não respiro.
noite o que essa estranha felicidade que sinto ao seu redor era. Mas
entendo agora. Estar com você me faz sentir como se tivesse engolido
o sol. Tudo é mais brilhante, mais cheio, melhor por sua causa.
Eu respiro fundo.
implorei para que ele mudasse, ameacei e traí, mas não cheguei quase
Até agora. Porque agora o voto dele está mudando. E não sei
Tenha fé. Foi o que eu disse a Guerra antes. E isso é tudo que a
religião realmente foi para mim. Fé. Que as coisas melhorarão neste
mundo e no próximo.
bem.
momento, ele coloca uma das suas grandes mãos no meu abdômen. —
petrificada.
assustadores brilham.
primeira vez desde que descobri que estou grávida, sinto uma centelha
— Não mais, Miriam. — Diz Guerra. — Não mais brigas, não mais
— Apenas diga que você será minha. Não apenas no nome, mas de
Olho para o rosto do Senhor da Guerra, certo de que ouvi mal. Mas
isso não é truque. Tudo o que tenho que fazer é me entregar a ele. Para
em guerras.
satisfeito. — Meu filho esteve em você o tempo todo. Não admira que
Oh Deus.
— Eu não sei. — Este nunca foi um tópico que olhei com muito
Olho nos olhos dele. — Eu posso morrer. E seu filho pode morrer.
minha barriga. Pela primeira vez desde que começamos essa conversa,
ele sorri um pouco. — Você se esquece esposa, posso curar todo tipo
Eu e o bebê.
doméstica com este cavaleiro. Parece tão absurdo. No entanto, ele está
acho que estou imaginando. Ele prometeu — não, jurou a mim — que
se renderia. Ainda não tenho certeza se deveria acreditar nele até que
vivos para a batalha com ele, essas máquinas mortíferas não deixam
providenciou.
mim, tão perto que sinto o ar mudar. Olho para Guerra, com um olhar
instintivamente, eu o obedeço.
cavalo.
de mim.
dor está ali, mas enterrada sob o meu choque. Alguém atirou em mim.
maioria fica aquém ou erra, mas várias vêm direto para nós.
Eu tenho que me abaixar para evitar outra.
cavalo.
retirada, nunca.
realização, apesar de estar no lado errado dessa luta. Isso é por minha
Guerra coloca sua mão sob a gola da minha camisa, perto da ferida,
tentando curá-la.
— Eu não posso remover a flecha até que esteja seguro. — Diz ele
se desculpando.
de nós.
— Guerra...
— Eu sei.
atirar, mas perto o suficiente para ver que esses homens estão usando
uniformes.
Eles não são apenas civis, o que significa que o mundo exterior sabe
completamente.
Eu puxo minha camisa rasgada e ensanguentada para o lado para
real. Bem, para Guerra sempre foi real, mas para mim isso tudo é novo.
O bebê. Porra.
outra coisa.
Com isso, o cavaleiro desmonta. Assim que faz isso, vejo as flechas
costas. Minha própria ferida pulsa apenas olhando para todos eles.
Inofensivas?
inofensivas.
Ainda assim.
descer de Deimos.
quando Guerra me pega. Seus olhos se movem para todo o sangue que
Aqui está ele, se importando com a minha dor mais uma vez.
Eu digo.
Não sei por que demorei tanto tempo para reunir as palavras, mas
— Pelo que?
Eu toco seu peito. — Por quase matar você com sua própria espada.
Guerra me encara, então ele leva meus dedos aos lábios, seus olhos
esposa.
direção às feridas.
Começo com a que está perto do seu ombro, agarrando-a pela base. —
Acho que o ouço soltar uma risada, mas talvez seja apenas minha
Desta vez, jogo meu peso na ação e com um ruído úmido, a flecha
se solta.
olhar estranho.
ouro.
machuque. Nunca.
estranho quando parte do que eu sou é dor. Mas não posso dizer o quão
passamos está repleta de corpos mortos dos combates que devem ter
semanas atrás.
Mas...
Mas o cavaleiro não está atacando essas cidades pelas quais nos
deles ainda pingando de suas feridas. Acho que é assim que as coisas
serão.
para avistar antigas ruínas egípcias, mas a pragmática sabe que isso
uma cesta.
poucas tendas de cor creme no caminho, mas quanto mais ouço, mais
capturadas.
salvasse uma única criança. Agora ele tem quase a quantidade de uma
cidade deles.
Meu cavaleiro assobia para Zara. — Eu tenho mais filhos para você
nas últimas duas cidades que acampamos por perto. Agora, sua mente
e suas palavras são tão abertas quanto sempre foram — para o choque
preparado.
Vamos esperar que seja comida suficiente.
atrás dele.
Ele olha para mim por um longo momento, depois olha para longe.
— Não... não é tão fácil destruí-los, sabendo que poderiam ser meus.
Meu filho, ele quer dizer. Ele vê seu próprio filho neles.
Por um momento, não respiro. Esta pode ser a primeira vez que
Ele olha para mim. — Eu fiz isso pelo seu coração mole. — Diz ele.
todas elas. Tivemos que recrutar as crianças mais velhas para ajudar os
crianças junto com seus outros prêmios de guerra. Hoje ele também
O pior com o que terão que lidar é o choque cultural que vem com
a vida no acampamento.
— Você quer dizer as pessoas que salvei? — Guerra diz. Ele puxa
chorando. Este é o dia mais terrível de suas vidas, mas eles não têm
são inocentes. Julguei seus corações e os achei puros ou pelo menos tão
os inocentes? — Pergunto.
As crianças eu entendo; ele viu seu próprio filho neles. O que viu
nessas pessoas?
ou um pouco triste.
disser que é para você, achará que meu coração mudará. E se disser
que é porque de repente tenho uma consciência, me arrisco a
— Meu mundo inteiro está bem aqui. — Diz ele, olhando para
para os meus. — E isso não quer dizer sua própria vulnerabilidade. Sou
filho. É difícil estar ciente desse fato e não pensar em todos os outros
pais cujas famílias eu matei. Cujos amores matei. Tenho vergonha do
sua guerra. Mas não quero morrer, não quero que meu bebê morra e
mais retorcido que tudo, não quero que Guerra sinta dor como ele fez
nem sabia que era uma questão em minha mente até as palavras saírem
Guerra é.
a vida quando estava tão consumida pela morte. Mas então me deram
primeira vez. Mais do que isso, senti como era viver fora do campo de
batalha.
O rosto de Guerra está nu e por uma vez, ele parece muito jovem.
natureza humana que não conhecia até que vivi e andei entre todos
vocês, senti agitações dessa natureza dentro de mim. Pensei que ceder
sucumbiam.
nunca imaginei querer, coisas que uma vez rejeitei. No início, pensei
que estes novos sentimentos que tinha por você, eram porque eu
como minha esposa porque ele a entregou a mim. Não era errado. Em
Ansiava sua companhia, seus sorrisos, sua raiva feroz e sua língua
Eu não fazia ideia. Não fazia ideia de que em algum lugar ao longo
humano.
para ela.
Ao lado da lâmpada há um jarro de água, um copo e um prato de
Embaixo do prato está uma nota que diz: Para minha esposa e filho
nota antes, mas agora me pergunto se houve outras noites com outras
Eu amava o cavaleiro.
Amava seus olhos violentos e como ele me via. Amava sua força e
sorriso que eu esperava sempre. Amava sua voz e sua mente. Amava
como roubou minha adaga todo esse tempo atrás, porque era minha.
sua alteridade.
Eu o amava.
Porra.
Eu o amava.
Passo a mão pelo meu rosto. Quero pegar de volta. Quero desfazer
qualquer feitiçaria que ele fez em mim. Olho para a forma adormecida
Esta é uma história familiar para mim. Amar o que você não
Não está claro o que distingue as pessoas que Guerra salva daquelas
que ele não salva. Há tantos civis poupados que logo o cavaleiro deixa
conseguem manter não apenas suas vidas, mas também suas casas e
posses.
passou ou de que ele é o responsável por essa mudança, mas sei que
sinto uma leveza dentro de mim toda vez que vejo como as coisas
melhoraram.
Quando Guerra e eu chegamos à periferia do acampamento, ele se
entender.
entre nós, Miriam. Quero que isso seja realmente sua escolha. — Ele
de dizer sim.
Ele sorri tão brilhante que enruga os cantos dos olhos, os dentes
olhar dele. Ele me extasiou. Mas então minha curiosidade me faz olhar
Guerra, seus grifos e seu corcel — bem e sangue também, mas ignoro
isso.
O anel está muito solto para o meu dedo anelar, então o cavaleiro
desliza no meu dedo médio, mas o anel também fica solto, então
confortavelmente.
Isso também não é muito humano, adoro ainda mais por esse fato.
Nós dois, afinal, não somos um casal normal — mas estamos perto o
suficiente.
— Eu adorei. — Digo.
Minha adaga ficou bem em você também, mas isso... isso pode ser
ainda melhor.
— Conte-me sobre Deus. — Digo naquela noite depois de deitar
dedo.
Eu nunca perguntei.
geirferav.
furados porque ouvi-los, sinto que acabei de tocar Deus, o que quer que seja e
Eu serei a lâmina de Deus e Seu julgamento também. Sob meu braço guia,
sobrancelhas.
definir.
Ele volta. — Eu quis dar a você antes, mas depois que propus...
perdido no momento.
Eu toco a pedra.
Fecho no meu punho. Faz uma década desde que meu pai
Eu te amo.
no futuro.
iminente.
sou.
— Significa. — Insisto.
Tenho vinte e dois anos agora, mas nem sempre terei. Minha
fosse idoso e meu marido ainda fosse essa força masculina e crua da
E mesmo se estivéssemos...
Um calafrio passa por mim. O cavaleiro partiu cedo antes, mas isso
foi quando ele conspirou com seus homens. Não faz muito mais isso.
Eu me visto e forço um pouco de comida — minha doença matinal
parece estar indo embora — então deixo a tenda. Os sons dos vivos já
no vento do deserto.
vê, sorri. Sua expressão é tão livre de violência que quase poderia
Você arranca pedaços de sua alteridade e então ele se torna como o restante
de nós.
Eu não sei se quero que ele se torne como o restante de nós. Gosto
da sua estranheza.
derramamento de sangue.
vai dizer algo sobre mim e Deimos formando um casal fofo (nós
trás.
Olho para Guerra. — O que quer dizer que deixaremos todos para
trás?
desmontando o acampamento.
que os deixarei.
— Então, eles viverão? — Pergunto.
libertará seu exército cativo. Eles podem estar longe de suas casas —
afinal, estamos no Sudão — mas pelo menos não estarão mais sob o
jugo de Guerra.
dentro de mim. Dor, que terei que deixar minha amiga ir;
Esta é uma parte de Guerra que eu vi apenas uma vez antes. O fim.
A parte em que você retira suas tropas, desativa suas armas, diminui
terminou.
Zara e Mamoon viverão uma vida real —em algum lugar não cheio
aparência de vida normal. Não será o mesmo que antes, nada pode
voltar a ser como era, mas terão outra chance de vida, que é mais do
realmente me atingindo.
amiga feliz.
desconfiados. O acordo que Guerra fez com eles foi que não
prejudicaria uma única alma, desde que eles pudessem incorporar o
os culpo, Dongola não parece estar totalmente equipado para lidar com
É por isso que Guerra deixará um ou dois zumbis para trás, apenas
para ficar de olho neles. Afinal, nós humanos fazemos votos frágeis.
suas vidas. Eu sinto meu coração doer os vendo irem embora. Todos
Concordo.
Ela olha para a minha barriga, que está começando a se projetar. —
Tem certeza?
meses.
que você sabe. — Nós duas estamos juntas há meses, vimos e fizemos
coisas que ninguém mais o fez. Nos aproximou. Tentar imaginar a vida
Miriam. Obrigada por ser minha amiga desde o primeiro dia e por
lealdade a ele?
— Posso fazer uma exceção para uma irmã. — Diz ela, com os olhos
brilhando.
Zara acena uma última vez, então ela se vira e vai embora, a cidade
a engolindo.
frente, deixando Dongola para trás. Sinto que deixei uma parte de mim
naquela cidade.
estava.
Como é isso para ironia? Anseio o acúmulo de tendas e da
Para ser justo, o cavaleiro tentou recrutar alguns dos seus mortos
mim.
Phobos saem de uma delas, com o peito nu, exceto pela faixa vermelha
A parte de trás do meu pescoço está doendo. O que quer que eles
Eles são todos, obviamente, amigos e a visão deles juntos traz uma
que tivemos.
os arredores do acampamento.
posso ver sua pele verde-oliva ondular com seus músculos. E de pé ali
é todo amarelo, solo arenoso e céu azul pálido. — Onde você desenha
a linha entre aqueles que são inocentes e aqueles que não são? —
mim.
mal. E quem pode dizer que até os piores homens não podem mudar?
Ele olha para os meus lábios. — Pensei que poderia ter tudo: minha
— Passei tanto tempo julgando os corações dos homens que não julguei
com emoção. — Mais que minha espada, mais que minha tarefa. Eu te
— Sinto muito, Miriam. Estou tão triste por tudo. Por não ouvir. Por
O rosto de Guerra fica borrado quando olho para ele. Há ali muito
sofrimento.
— Por que você está me dizendo isso agora? — Minha voz está
rouca.
Ele acaricia minha bochecha. — Porque estou tomando a decisão
Eu te amo, mas isso tem nos destruído, o cavaleiro disse uma vez. Eu
não percebi que ele poderia querer dizer isso literalmente quando se
embora não tivesse nome para o que sentia; foi o ardor da traição que
destruição.
Está além da minha mais louca esperança, não sei porque sinto
Não suporto dizer: O que Deus fará com você? Mas estou imaginando
preocupada comigo?
que estou. Eu não quero que você morra. — Minha voz estremece.
línguas mortas? Impossível não significa mais a mesma coisa que uma
vez.
morrerei?
Eu não respiro.
— Ele e sua esposa vivem, eles também têm filhos. — Diz Guerra.
morreu. Ele pode deixar a luta para trás e podemos ter uma boa vida
Ele deve vê-lo porque diz: — Miriam, você acredita que posso ser
redimido?
erros?
trouxe a morte com ele. Mas o que fez é uma questão diferente da que
está perguntando.
Renda-se.
Guerra.
Na manhã seguinte, acordo com as mãos de Guerra no meu
estômago.
na cama.
Sinto o cabelo do cavaleiro roçar minha pele nua antes que ele dê
Eu pisco meus olhos abertos e passo uma das minhas mãos através
Quer dizer, ele sabe muitas outras coisas... talvez saiba o sexo do
bebê.
que ele quis dizer isso como uma piada. — Você sabe que gênero é a
criança?
Ele olha para mim com carinho. — Até meu conhecimento tem seus
Ele segura meu rosto. — Eu não sabia que era capaz de me sentir
interrompendo.
Guerra, durmo nua. Então atire em mim, minhas roupas estão ficando
muito apertadas.
pele exposta. — Saia. — Ele soa como seu antigo eu. Cheio de confiança
e violência reprimida.
O Cavaleiro, um homem corpulento e careca de barba espessa,
viveram ali.
meu romance tantas vezes que poderia citar seções inteiras do livro até
agora. Olhei para a foto da minha família até meus olhos quase
sangrarem. E a ideia de trabalhar em outra flecha me faz querer
acampamento.
mim.
vou até lá, parando por apenas uma fração de segundo nas abas da
tenda se abrirem.
luta tão louca para conhecer seus inimigos, não teria pensado que
você não saber disso olhando para as coisas dela. Minha única pista é
posso evitar. Uma vez ela teve uma família, assim como o resto de nós
mais?
Eu deixo a tenda da mulher então, saindo como um fantasma.
mão da área em que estamos atualmente, até o Rio Nilo que estamos
O que significa que o mapa está errado. Tem que estar. Minha testa
estranha me sinto.
de Guerra.
Mas... devo estar errada sobre o que vi. Não porque tenha fé nos
eu tenha lido tudo de trás para frente. Talvez não matem o cavaleiro —
por que minha mente continua indo para lá? O homem não pode
morrer.
estômago.
Tudo de uma vez, a terra ganha vida sob meus pés e está irritada.
cabras, gado e algo que pode ser um cão ou um chacal. Eles se levantam
Guerra.
apertados.
subindo.
Passo por um dos cadáveres, este nada mais que um esqueleto.
quatro...
redobrado.
Porra.
seus instintos.
me forçaram a desconsiderar essa regra pela qual vivi, mas hoje não o
farei.
Merda. Eles podem estar voltando para mim neste exato momento.
enferrujado que fica perto da estrada. Vou para ele, agachado atrás de
montado. Eles estão muito longe para ver suas feições, mas já posso
corda do arco.
fazendo?
É estranho ouvir meu nome em seus lábios quando não sei quem é
pula fora dele. Apenas agora vejo que é o homem corpulento e barbado
que entrou na minha tenda hoje de manhã. Ele agora tem uma espada
lado.
se fosse algum tipo de maldita rainha. — Sua mão toca o topo de seu
machado de batalha.
sua mão caindo para o lado. — Você é apenas uma prostituta barata
arma agora e lhe darei uma morte rápida e limpa. Caso contrário, estou
de fodê-la algumas...
com um estrangulamento.
Ando até ele, preparando outra flecha. — Onde está meu marido?
qualquer maneira.
machado da mão dele. Uso a calça dele para limpar o sangue da arma,
seja por isso que seus zumbis caíram de uma só vez. Talvez ele não os
tenha libertado, talvez seu poder sobre eles tenha morrido com ele.
decidiu acabar com a luta? E se Ele decidiu que desta vez morto
significa morto?
aterrorizante.
momento em que toco a tela, minha mão fica molhada. Olho para os
meus dedos.
Vermelho.
Guerra se foi.
dele. É uma ironia tão cruel que agora que quero meu cavaleiro,
do coelho novamente.
me matar.
Seguro meu arco nas mãos, uma flecha ajustada contra ele. Demora
muito que tudo aconteça, não quero olhar para a sela, que atualmente
arma na estrada.
E então espero.
Parece que horas se passaram quando os Cavaleiros Phobos vêm
galopando pela estrada. A essa altura minha mente está quieta e meu
objetivo é firme.
Bastante estável.
costumava haver quase vinte. O que significa que, além desse grupo e
Respire e solte.
A próxima flecha acerta outro cavaleiro bem no peito. Ele cai em
Meus olhos encontram Hussain assim que ele olha para mim.
miro. Lanço.
Hussain se abaixa, a flecha passa por onde sua cabeça estaria. Ele
chuta seu cavalo em ação, galopando direto para o prédio. Claro que
estavam nela.
seu cavalo, suas armas tilintando contra ele. Coloco outra flecha
Há um silêncio.
está o único cavaleiro que foi gentil comigo. Espada na mão, ele entra.
Atinge Hussain no lado. Não pode ser mais do que uma ferida na
Ele olha para baixo, então de volta para mim. — Eu nunca pensei
Eu vejo o sangue escorrer de sua ferida, mas ele não parece nem
jogando-a de lado.
batalha, recuando. Seu olhar vai para o machado na minha mão. Ele
levanta as sobrancelhas.
além de mim. Ele deve ver o alforje ensopado de sangue, o que significa
ataques. E se ele não lhe contou tanto, deve pelo menos ter visto.
Continua Hussain. — Mas não seus assassinos treinados. Por que você
acha?
inocentes do mundo, ele pode até poupar o homem comum, mas seus
agora.
la. Mas nós dois sabemos que, se o fizer, você tentará salvá-lo.
Olho de volta para Hussain. Não adianta negar isso. Ele já me viu
conheço as dele.
Ele balança novamente para mim e desta vez estou mais devagar.
braço.
igualmente profundo.
Olho para ele, meu próprio ataque se parando e sei que ele me
matará. Matará sem pensar duas vezes sobre isso. Fez isso centenas de
vezes antes. O que é outra morte? É tão fácil quanto respirar para ele.
O olhar de Hussain fica um pouco excitado, como se apreciasse
as coisas podem acabar bem? — Ele diz quase com pena. — Ele é um
a única vantagem que tenho neste momento é que sua arma é pesada e
um pouco lenta.
instinto grita para fugir, mas a única chance que tenho de impedi-lo é
atrás.
volta.
Eu também não.
— Ele suspira.
Nem eu posso.
disso.
Hussain agora mesmo. Não tenho certeza se isso seria a coisa mais
misericordiosa a se fazer.
dia de julgamento?
fugir, mas deve ter escorregado de seu cavalo, porque o vejo de lado
metros de distância.
Cavaleiro olha por cima do ombro para mim, os olhos cheios de raiva.
A segunda flecha passa por seu peito. Ele grita, caindo no chão.
— Sua cadela! — Ele grita quando passo até ele.
para ele.
minha bota, mas é claro que qualquer que seja a vida que possuía se
foi.
olhando fixamente para alguma coisa no chão. Algo dentro de mim dói
não foi menor do que ele merecia. Ainda assim, foi gentil comigo
quando não tinha razão para ser. Espero que o que quer que esteja para
além desta vida, pese o seu bem junto com o seu mal.
Pego as rédeas do meu cavalo e conduzo a criatura de volta para
fora. Eu não posso ficar ali e esperar por mais Phobos. E se houver
enfrentá-los de frente.
ralado. Eles estão no chão em todos os lugares. Pelo que parece, Guerra
enfeites.
Não é até que chego a uma colina rasa que vejo o restante dos
Cavaleiros Phobos.
Conto nove deles entre o resto dos cadáveres, seus corpos rasgados
comida zumbi pela aparência. Ainda mais perverso, alguns têm bocas
ensanguentadas, como se no momento em que morreram, se voltaram
desaparecidos.
Tudo isso muda quando, a pouca distância, vejo uma parte da terra
ou o que causou isso, apenas que — com base nos respingos de sangue
densos que estão quase em cima uns dos outros. Parecem chegar a um
para o local a pé. Escolho meu caminho através dos corpos e bem no
centro de todos eles, há mais Cavaleiros Phobos mortos e muito sangue
sangrentos e mutilados.
Engulo.
Preciso ver.
pressiono meu rosto contra o dele. — O que eles fizeram com você e
Guerra?
choro por esse homem que todos temem. Choro pelo homem que todo
mundo quer morto. Choro pelo homem que amo. O homem a quem
Eu disse e fiz tantas coisas feias para ele, mas não disse que ele era
a melhor parte do meu dia. Não disse a ele que se tornou um homem
melhor, não queria, mas me apaixonei. Que tudo o que quero é ele e
agora se foi.
Ele disse que não ficava morto. Ele prometeu para mim.
Eu passo por ele e é tão difícil olhar para o corpo de Guerra agora,
como foi na primeira vez. Mas desta vez, me forço a parar e realmente
olhar.
Nem a morte diminuiu seu brilho. Foi assim que soube pela primeira
mataram.
Guerra. Há outro do outro lado do corpo dele. Mas agora que olho
mutilados espalhados...
decapitação.
Não chore, não chore, não chore. Você não pode desmoronar, ainda não.
feio e quebrado.
Nunca deveria me apaixonar por ele. Não era apenas sobre o fato
Tenha fé.
Meus olhos voltam para o corpo dele, olho para o sangue em seu
abruptamente. Nem uma única gota mancha a pele além desse ponto.
Eu não deveria ousar esperar por algo assim, mas posso senti-lo
em Deus.
Assim que meus pés estão prestes a tocar o fundo, noto uma
Por que ele precisa ter a maior espada de todas? Tão burro.
tenho o suor escorrendo pelo meu peito e costas, mas finalmente, tiro
a arma do túmulo.
Minha atenção retorna à Guerra. Agora que sua espada está fora,
tudo o que resta é tirar esse gigante do buraco sem explodir a nós dois.
Respiro fundo.
apenas uma outra opção: tirar Guerra e a mim mesma do poço, ilesos.
mãos.
Nada ainda.
Maldito cavalo.
— Deimos! — Eu grito.
para mim. Suas rédeas deslizam para frente, no túmulo, a fina tira de
explosivos.
Droga.
Seja corajosa.
de terra.
couro.
também.
Inclino minha perna contra o corpo de Guerra quando começo a
Estou deitado em algum tipo de buraco e minha pele parece nova. Essa
com pele e ossos, sangue e músculo. Não podem se reparar tão mesmo,
só vez.
Incontáveis.
hamsa. Tudo dentro de mim para. Tudo menos o medo. Frio medo.
Solto um gemido.
Não.
— Miriam? — Minhas mãos vão para o corpo, mas os membros —
Não é ela. Ela não seria tão tola. Ela não faria. Por favor, Deus, ela
não o faria.
maior parte do corpo foi levada, mas ainda resta pele ao redor do
pescoço.
sua base.
Renda-se.
Não espero que minha garganta aperte e meu interior revire ao ver
humano.
para o lado.
Mas agora...
Ela não está morta. Não pode estar morta. Não ela e não...
se curem. Mas a carne não se curará novamente. Não vai nem tentar.
Por quê?
presença deles. Foi suicídio? Ela tinha uma inclinação insalubre para
não agora.
— Por que você está aqui? — Ele pergunta, suas asas escuras
dever.
quero de volta.
Ele inclina a cabeça, seu cabelo preto deslizando por trás de uma
Morte não entende o amor, não como ele é atualmente. Ele não
vagou pela terra como eu. É uma sensação que se deve viver para
experimentar.
Minha voz fica mais baixa. — Ela está marcada. — Eu digo em seu
Sinto uma parte minha se romper com as palavras. Eu sou sua casa.
Ele parece surpreso com isso. — Meu irmão vingativo de pés seguros,
você toma.
Ainda não posso aceitar isso.
— Por favor.
sabemos que ela não pode viver. — Diz Morte. — Essa não é a nossa
tarefa.
está a criança.
lutei — todo esse tempo pensei que não tivesse nada a perder. Pensei
que o fim exigisse os meios. Humanos — todos os humanos — estavam
agora.
Eu não respiro.
Eu respiro fundo.
minha total confiança de que Miriam era minha por direito divino e
Renda-se.
Nada vem sem sacrifício — este é o menor de todos. Miriam estava
certa, amor e guerra não podem coexistir. Posso ter um ou outro, mas
não os dois.
Minha espada não estava comigo quando deixei a terra, mas está
falíveis e complicados.
aproxima.
como um peso dos meus ombros. Não sou mais o orgulhoso Guerra,
bem.
chorando.
pelos cabelos da cabeça dele. Temia que essa morte fosse a última dele.
Mas como...?
— Você não deveria ter vindo para mim. — Diz ele com a voz
rouca.
Eu me afasto um pouco para olhar e toco uma de suas lágrimas. Eu
— e lembro de tentar salvar Guerra. Estava tão perto, mas então a mão
carbonizados. Apenas ver o estado em que estão... deve ter havido uma
dizer que não fez isso? E se o tivesse feito, haveria feridas e eu estaria
com dor.
— Livre de que?
— Meu propósito.
Ele balança a cabeça. — Não a menos que seja para proteger você
— ou nossa filha.
Ele sorri para mim e esse sorriso parece se estender para todos os
surpresa.
Nossa filha.
— Morte.
Com essa palavra, meu humor desaparece.
Oh Deus... eu morri.
— Eu me certifiquei disso.
agora.
Eu não entendo. Fui de morrer para viver. Como fez Guerra. Assim
Quando ele disse que estava livre de seu propósito, quis dizer
literalmente.
— E Deimos? — Pergunto.
Estou viva, Guerra está vivo e minha filha viva. Ah e não haverá
mais mortes.
sentido.
ele.
— Eu não me importo, esposa, contanto que faça isso com você.
Dois anos depois
infelizmente.
de passos se aproximando.
Por um momento, minha mãe fica parada ali, com o rosto vazio.
Ela me olha, como se isso pudesse ser uma piada, então... aí está.
os olhos se fechando.
— Miriam?
abraço.
Seu corpo inteiro está tremendo. — Meu bebê. Minha filha. — Ela
através das minhas próprias lágrimas. Ela afasta meu cabelo enquanto
me segura. — Durante anos rezei para qualquer deus que quisesse
me vê.
de segurá-la novamente.
para sempre.
Mas não perdi minha mãe nem minha irmã. E de alguma forma
apocalipse.
Falando de cavaleiros...
Estendo a mão para ele. — Este é... — Eu paro. Ainda chamo meu
Mas ela pergunta como se fosse algo que não é verdade. É muito
Ouvimos dizer que você desapareceu. — Ela diz para ele. — Nós não
Surpresa. Ele casou com sua filha. E agora está à sua porta.
novamente. — É ela...?
— Está é sua neta, Maya. — Eu digo.
— Você tem uma filha. — Minha mãe diz, olhando para mim e
Eu olho para o meu marido. Guerra hesita, seus olhos indo para
nossa filha. Ele leva a proteção a um nível totalmente novo com sua
Minha mãe toma minha filha em seus braços e olha para o rosto
um café?
Aceno, presa entre a felicidade e essa dor dolorosa no meu peito.
Lia volta para a casa, indo para o que imagino ser a cozinha.
gentil, que me faz esquecer que foi alguma coisa além da minha alma
gêmea. — Isso é o que você faz para aqueles que ama. — Diz ele. —
mais violento que o anterior, até parecer que a própria terra estava
terremoto passar.
acontecendo novamente.
se agita.
Seus dedos flexionam ao redor de sua foice. Sua armadura de
E então sorri.
Espere, o livro está terminado? Pensei que este dia nunca chegaria!
para todos vocês (ele é um bruto mandão!) Espero tê-lo feito por ele e
por vocês. Um agradecimento extra vai para todos os leitores que estão
no último minuto! Você desistiu de tão grande parte de seu tempo para
polir este livro, sou muito grata por isso. Suas edições foram
entusiasmo por este livro, vocês são a razão pela qual minha cabeça
significa muito.
merece um grito. Eles são meus maiores líderes de torcida, tenho muita
Laura Thalassa