POLÍCIA CIVIL DO ESTADO DO PARÁ

CONCURSO PÚBLICO - EDITAL Nº 01/2020 – SEPLAD/PCPA

SIMULADO 4 - PROVA OBJETIVA

Nome do(a) candidato(a):

CADERNO DE PROVA – DELEGADO(A) DE POLÍCIA

INSTRUÇÕES
1. Confira acima o seu nome. Assine no local indicado.
2. Aguarde autorização para abrir o caderno de prova. Antes de iniciar a prova, confira a numeração de todas
as páginas.
3. Este caderno de provas contém um total de 01 peça prático-profissional. Confira-o.
4. A Peça Processual ocorrerá no turno vespertino e terá duração de 3 (três) horas, incluído o tempo de
preenchimento da Folha Versão Definitiva.
5. As respostas das questões discursivas deverão ser transcritas para a versão definitiva com caneta
esferográfica transparente de tinta azul ou preta, não sendo permitida a interferência e/ou a participação de
outras, devendo o candidato se utilizar somente do espaço reservado para a resposta. Para fins de correção,
não serão consideradas, em hipótese alguma, anotações feitas no caderno de provas.
6. Nenhuma das folhas de textos definitivos da Peça Processual poderá ser assinada, rubricada ou conter, em
outro local que não o apropriado, qualquer palavra ou marca que possibilite a identificação do candidato.
7. Quando da realização da Peça Processual, caso a peça processual exija assinatura, o candidato deverá
utilizar apenas o termo “Delegado”. Ao texto que contenha outra assinatura será atribuída nota 0 (zero), por
se tratar de identificação do candidato em local indevido.
8. A Versão Definitiva será o único documento válido para a avaliação da Peça Processual. O rascunho, no
caderno da Peça Processual, será de preenchimento facultativo e não valerá para a finalidade de avaliação da
Peça Processual.
9. O candidato disporá de, no mínimo 50 (cinquenta) e, no máximo 150 (cento e cinquenta) linhas para
elaborar a peça processual. Será desconsiderado, para efeito de avaliação, qualquer fragmento de texto que
for escrito fora do local apropriado ou que ultrapassar a extensão máxima permitida para elaboração.
10. Será eliminado do Concurso Público o candidato que for surpreendido, durante a realização das provas,
utilizando e/ou portando indevidamente ou diferentemente das orientações deste Edital: a) equipamentos
eletrônicos mesmo que desligados, como máquinas calculadoras, MP3, MP4, telefone celular, tablets,
notebook, gravador, máquina fotográfica, controle de alarme de carro e/ou qualquer aparelho similar; b)
livros, anotações, réguas de cálculo, dicionários, códigos e/ou legislação e impressos que não estejam
expressamente permitidos ou qualquer outro material de consulta; c) bolsa, relógio de qualquer espécie,
óculos escuros ou quaisquer acessórios de chapelaria, tais como chapéu, boné, gorro, etc.
 PEÇA PROFISSIONAL

O Inquérito Policial n.° 111/2020 foi instaurado para apurar a prática criminosa de falsificação de documento
público na cidade de Belém/PA. Segundo Denúncia Anônima direcionada ao Núcleo de Combate ao Crime
Organizado da Polícia Civil, nas imediações da Praça da Liberdade, no centro da capital, dois indivíduos
desconhecidos costumam oferecer à venda Carteira Nacional de Habilitação (CNH) falsa. Inicialmente,
foram realizadas campanas no local informado, sendo averiguada a veracidade da notícia. Durante as
diligências, os agentes da polícia civil visualizaram o comércio ilegal e foram realizar a abordagem de duas
pessoas cujas características físicas e vestimentas estavam descritas na Denúncia Anônima. Os dois
desconhecidos, ao perceberem a aproximação dos policiais, empreenderam fuga entre os populares e não
foram localizados. Contudo, durante a fuga, um deles deixou cair uma mochila contendo diversas CNH’s
sem as respectivas fotografias, e um documento de identidade pertencente a Tício Mévio.
As CNH’s e o documento foram apreendidos e encaminhados para exame pericial. O laudo pericial atestou a
falsidade de todas as Carteiras Nacionais de Habilitação e sua idoneidade para enganar. Também, verificou-
se a autenticidade da Carteira de Identidade encontrada em nome de Tício Mévio.
Foram ouvidas formalmente duas testemunhas, João e Manoel, proprietários de restaurantes na Praça da
Liberdade, os quais reconheceram por fotografia Tício Mévio como sendo um dos indivíduos que
empreenderam fuga, e que costuma frequentar região oferecendo à venda CNH e outros documentos falsos.
Em consulta aos sistemas policias, verifica-se que Tício Mévio possui diversos registros policiais pela prática
de roubo, extorsão, associação criminosa e condenação pelo mesmo crime de falsificação de documento
público, com sentença transitada em julgado no corrente ano, mas ele encontra-se foragido. As referidas
testemunhas, ainda, informaram o nome do outro comparsa que fugiu, Beltrano de Tal, velho conhecido da
Polícia Civil e indiciado em outros inquéritos policiais pelos crimes de Lavagem de Capitais, Organização
Criminosa e Roubo com emprego de arma de fogo.
Beltrano de Tal foi intimado para ser ouvido na Delegacia de Polícia na condição de suspeito, oportunidade
na qual compareceu desacompanhado de advogado. Durante sua Declaração, após ser advertido dos seus
direitos constitucionais, Beltrano confessou que fugiu dos investigadores para livrar-se do flagrante, e
afirmou que estava realizando a venda de CNH e RG’s falsos juntamente com Tício Mévio. Segundo a
versão apresentada, ambos falsificam e comercializam documentos falsos no mesmo local há mais de 3 anos.
Posteriormente, Beltrano de Tal constituiu advogado nos autos do Inquérito Policial através de procuração
anexada aos autos.
Os agentes de polícia tentaram localizar Tício Mévio nos endereços constantes nos sistemas policiais e nos
autos do processo em que foi condenado por falsificação de documento público com sentença transitada em
julgado, mas não o encontraram, estando em local incerto e não sabido.
A vizinha de Tício, Sicrana de Tal, foi intimada para ser ouvida na condição de testemunha, mas, nos dias
marcados não compareceu, sendo determinado pela Autoridade Policial sua condução coercitiva. De acordo
com o depoimento de Sicrana, Tício Mévio e Beltrano sempre andam juntos e já chegaram a lhe oferecer
uma CNH falsa já que ela não possui habilitação, e que Tício mudou-se do endereço após fugir da polícia.
Antes de mudar-se, Tício mostrou à depoente dois passaportes falsos em nome dele e do comparsa Beltrano
de Tal, além das passagens compradas para ambos irem para o Equador.
O advogado de Beltrano de Tal apresentou petição endereçada ao Delegado de Polícia Civil alegando
supostas nulidades e arbitrariedades que teriam sido cometidas durante a investigação. Alegou, em apertada
síntese, que o seu cliente não poderia ter sido ouvido sem a presença de advogado ou Defensor Público, que
o advogado deveria ter sido intimado previamente para acompanhar a tomada de depoimentos na fase do
inquérito policial, especialmente, de Sicrana, e que a condução coercitiva desta testemunha foi ilegal,
requerendo a nulidade do Termo de Declaração do cliente e do Termo de Depoimento da testemunha
Sicrana. Por fim, requereu a cópia dos documentos juntados aos autos.
Todas as diligências determinadas na Portaria foram cumpridas e os autos foram conclusos à Autoridade
Policial que preside Inquérito.
Tendo em vista os fatos relatados na situação hipotética apresentada, na qualidade de Delegado de Polícia
que tenha presidido o Inquérito Policial, adote a(s) medida(s) porventura cabível(is) esclarecendo os
fundamentos jurídicos do pedido. Não acrescente fatos novos.
[Máximo: 150 linhas, Valor 10 pontos]
PEÇA PROFISSIONAL - RASCUNHO
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PEÇA PROFISSIONAL – FOLHA DE RESPOSTA DEFINITIVA
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