1) A colocação de andaimes no terreno vizinho não requer o consentimento do proprietário, de acordo com a lei.
2) O vizinho é responsável por qualquer dano causado ao proprietário pela colocação de andaimes.
3) Se o vizinho não tiver acesso suficiente à via pública, ele pode estabelecer uma servidão de passagem através de contrato ou decisão judicial.
1) A colocação de andaimes no terreno vizinho não requer o consentimento do proprietário, de acordo com a lei.
2) O vizinho é responsável por qualquer dano causado ao proprietário pela colocação de andaimes.
3) Se o vizinho não tiver acesso suficiente à via pública, ele pode estabelecer uma servidão de passagem através de contrato ou decisão judicial.
1) A colocação de andaimes no terreno vizinho não requer o consentimento do proprietário, de acordo com a lei.
2) O vizinho é responsável por qualquer dano causado ao proprietário pela colocação de andaimes.
3) Se o vizinho não tiver acesso suficiente à via pública, ele pode estabelecer uma servidão de passagem através de contrato ou decisão judicial.
a) A colocação de andaimes no terreno vizinho não depende do consentimento
de Paulo por força do disposto no artigo 1349º. Está aqui prevista uma limitação legal ao direito de propriedade estabelecida a favor daquele vizinho que necessita de utilizar provisoriamente o prédio alheio para algum dos efeitos aí identificados; não se trata de uma servidão (caso em que o consentimento do afectado seria indispensável) na medida em que deriva automaticamente da lei e não requer um específico acto constitutivo.
b) De qualquer modo, pelos danos de que Paulo venha eventualmente
a padecer,Ian é objectivamente responsável (artigo 483º, n.º 2). Das duas, uma: ou Ian tem comunicação suficiente com a via pública ou não tem. Em caso afirmativo, para poder constituir uma servidão de passagem, não sendo estalegal (artigo 1550º, a contrario), depende de contrato a celebrar com Paulo, a menos que (em função das circunstâncias do caso concreto) pudessem estar reunidos os pressupostos da usucapião ou da destinação do pai de família (artigo 1547º, n.º 1). Deveria, assim, tentar chegar a acordo com Paulo, formalizá-lo por escritura pública ou documento autenticado, e registá-lo. O efeito do registo tanto poderia ser o consolidativo (artigo 5º, n.º 1, Cód.Reg.Predial) como o enunciativo [artigo 5º, n.º 2, b), Cód.Reg.Predial em função, respectivamente, do carácter não aparente ou aparente da servidão.
Em caso negativo, poderia constituir a servidão legal de passagem a que se
refere o artigo 1550º CC, pelo que, na falta de algum dos títulos constitutivos enumerados no n.º 1 do artigo 1547º CC, poderia obtê-la através de decisão judicial (artigo 1547º, n.º). O efeito do respectivo registo variaria igualmente em função do carácter aparente ou não aparente da servidão.