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Autos n…
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2. CONSIDERAÇÕES INICIAIS
3. PRELIMINARES
O Requerido por sua vez, realizou um negócio jurídico válido: a venda de uma
área aos fundos do suposto loteamento para o Sr…, o qual reconheceu a PMA
ser o legítimo proprietário da área, a exemplo das fls. 443, 448, 450, 456, 461 e
493.
Ocorre que o Requerido não é e nem nunca foi o poluidor, pois à época da
constatação dos fatos, já não era mais o dono do terreno, e por isso, não pode
responder pelos danos causados por terceiros ou pelo novo proprietário
após a alienação de um bem que um dia foi seu. Assim, não cabe ao
Requerido responder pela presente ação, devendo ser declarado parte
ilegítima para figurar no presente feito, nos termos do art. 330, II, 337, XI e 485,
VI, todos do CPC/2015.
I – for inepta;
[…]
No caso em tela, a exposição dos fatos não traz em momento nenhum, quais
são os supostos danos ou então, qual foi a conduta praticada pelo Requerido
no suposto loteamento. Como dito, seu nome aparece uma única vez em toda
a inicial, apenas como “lindeiro” do imóvel de Sr…, sem ao menos estabelecer
sua relação com os demais envolvidos.
4. MÉRITO
Pois bem. Como dito, o Requerido não faz e nem nunca fez parte do aludido
loteamento, tão pouco se beneficiou com sua implantação ou se beneficiará.
Ademais, nunca cometeu nenhuma infração ambiental ou constou como
causador de dano ambiental a fim de ser compelido a reparar um dano que não
dera causa.
[…]
[…]
In casu, não há na exordial, nem em qualquer outra folha dos autos, prova
qualquer de que o Requerido corroborou para o episódio. Pelo contrário, há
nos autos, prova cabal que à época dos fatos já não era mais o possuidor
da área.
1.
1. A ação foi inicialmente proposta em face de Demivaldo dos
Santos e Maria Aparecida Clarindo dos Santos sendo que, após a
concessão da liminar em 03/04/2012, o MPF peticionou juntando
documentação comprovando que Priscila Ribeiro dos Santos,
atual ocupante do lote realizou nova construção no local,
impedindo e dificultando a regeneração natural da vegetação
nativa do imóvel.
2. Em face da notícia da alienação do lote à Priscila Ribeiro dos
Santos e Luciano Olímpio da Silva, o MPF aditou à inicial para a
inclusão destes no polo passivo da ação, o que foi deferido,
sendo os novos réus devidamente citados em 25/06/2014,
quedando-se inertes, com decreto de revelia.
3. Foi juntado o contrato de compra e venda do imóvel em
questão firmado entre Maria Aparecida Clarindo dos Santos e
Luciano Olímpio da Silva, em 08/08/2012 (f. 166), comprovando
que à época da citação dos réus Demivaldo dos Santos e
Maria Aparecida Clarindo dos Santos, em 2014, os mesmos já
não residiam no imóvel não possuindo, portanto,
legitimidade passiva ad causam, uma vez que a obrigação de
reparar o dano ambiental é propter rem, transmitindo-se ao atual
proprietário ou possuidor do imóvel, motivo pelo qual a presente
ação em relação à Demivaldo dos Santos e Maria Aparecida
Clarindo dos Santos, merecer ser extinta sem exame do mérito,
nos termos do art. 485, VI, CPC/2015, sem condenação em
honorários advocatícios.
4. […]
5. Provimento da apelação de Demivaldo dos Santos e Maria
Aparecida Clarindo dos Santos. Provimento parcial da apelação
do Ministério Público Federal, da apelação da União e da
remessa oficial, tida por submetida.
Cumpre reiterar que o Requerido não é mais o possuidor da área desde 2017,
quando a vendeu para o Sr…, conforme faz prova o contrato de compra e
venda de terreno à vista, datado de antes mesmo da PMA constatar supostas
irregularidade no local.
O Requerido não tem qualquer ingerência sobre a área onde está inserido o
suposto loteamento, vez que já transferiu naquela ocasião todos os direitos de
posse ao comprador, e portanto, é parte ilegítima para responder à ação civil
pública em tela, restando impugnado pedido de obrigação de não fazer e o
valor excessivo da multa.
Pois bem. Como dito, o Requerido vendeu uma área na localidade, e conforme
depreende-se da figura 3 (fl. 46), em meados de 2016, quando da venda, não
havia qualquer alteração na área em que estava inserido o imóvel objeto do
contrato de compra e venda realizado com o Sr…
Assim, em relação ao Requerido, não há que se falar que seja este o causador
do dano ao meio ambiente. Até porque, o Requerente, além de sequer
mencionar o Requerido na exordial, deixa de tipificar sua conduta, não
podendo este ser responsabilizado, portanto, pela conduta do adquirente e
atual proprietário do imóvel.
5. DA LIMINAR PRETENDIDA
Conforme demonstrado nos itens anteriores, o Requerido não é mais o
possuidor da área desde meados de 2017, não existindo qualquer prova nos
autos de que continuasse na tentativa da implementação do suposto
loteamento como aludido. Ao contrário, há robusta prova de que vendeu a
área, razão pela qual, não restou comprovado pelo Requerente o periculum in
mora e o fumus boni iuris para embasar o deferimento da liminar em relação ao
Requerido.
7. REQUERIMENTO
Pede deferimento.
Advogado