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O Segundo Livro de Moisés Chamado


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EXODO
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Autor No Novo Testamento, Jesus chama Êxodo
de "o livro de Moisés" (Me 12.26; cf. 7.1 O) e não há
razõ.es imperativa~ para a rejeição da autoria mosaica
do livro (lntroduçao ao Pentateuco: Autor e Data).
A aliança do Sinai (19.1-20.21; cap. 24) assemelha-se, tan-
to na forma como no conteúdo, à forma dos tratados entre estados
do segundo milênio a.C., especialmente os tratados entre os esta-
dos hititas. Esses tratados incluíam um preâmbulo (20.2), estipula-
O título do livro, "Êxodo," deriva-se da palavra grega exodos ções (20.3-17). ratificação (24.1-11 ), além de bênçãos e maldições.
(Lc 9.31). que significa "saída" ou "partida". O livro recebe o seu Uma cópia do tratado era muitas vezes guardada nos santuários de
nome a partir do evento central da saída do Egito, registrada nos ambas as partes (p. ex., as duas tábuas de 31.18). Igualmente a
primeiros quinze capítulos da obra. semelhança do conteúdo das leis casuísticas dos caps. 21-23
em relação aos códigos do antigo Oriente Próximo (particularmente
~ Data e Ocasião A""m'"' ''"""' m,,,.;. o Código de Hamurábi da Babilônia, em torno de 1750 a.C.) tem
, ·" · ~ ca de Êxodo, devemos datar o livro após o aconteci- sido freqüentemente observada.
1
~-""""'" mento do êxodo (e. 1450-1440 a.C.) e antes da morte
~=-- de Moisés, próxima a 1406 a.C. De acordo com a da- Dificulda~es de Interpretação A
tação abaixo, o nascimento de Moisés teria ocorrido durante o reina- data e a rota do Exodo têm sido tópicos de considerá-
do de Tutmés 1. Hatsepsute, a rainha viúva de Tutmés li, usou títulos vel debate. A cronologia bíblica data o acontecimen-
masculinos e até mesmo uma barba quando reinou a partir de to do êxodo em 480 anos antes do reino de Salomão
1504-1483 a.C. Talvez fosse ela então o Faraó que já havia falecido (1Rs 6.1 ). Isto colocaria o evento próximo a 1440 a.C. Esta data é
quando Moisés retornou de Midiã ao Egito. coerente com Jz 11.26, que declara haver decorrido trezentos anos
Êxodo prossegue com o relato do cumprimento da promessa desde a entrada de Israel em Canaã. A data próxima de 1440 a.C. é
de Deus a Abraão no sentido de abençoá-lo e dele fazer uma gran- também apoiada por 12.40-41, onde a duração da permanência de
de nação (Gn 12.2). Olivro começa com a descida de Israel ao Egi- Israel no Egito é de 430 anos. OFaraó do Êxodo seria então Tutmés Ili
to (1.1-7). o que, em conexão com Gn 46.8-27, vincula o livro às ou Amenotepe li.
narrativas de Gênesis. A obra termina com Israel no Sinai onde o Os defensores duma data bem mais tardia apelam para o
tabernáculo é concluído. Os acontecimentos registrados no livro nome "Ramsés" (ou "Ramessés," Gn 47.11) como uma das cida-
podem ser situados no seu contexto histórico, como veremos. des-celeiros construídas com o trabalho israelita (1.11 ). Ramsés li
A ascensão de José ao poder (1.5) vincula-se melhor às con- (1304-1236 a.C.) é considerado o Faraó do Êxodo, e a data aproxi-
dições favoráveis para a família de Jacó criadas pelo domínio do mada é fixada em 1270 a.e. Afirma-se que essa interpretação é
Egito pelos hicsos, que também eram semitas (e. 1700-1550 a.C.). mais coerente com a arqueologia das cidades destruídas na Pales-
A referência em 1.8 a um novo rei "que não conheceu José" refere- tina e com a ausência de um assentamento mais antigo na Trans-
se, provavelmente, à expulsão dos hicsos pelo fundador qa décima jordânia (a região oriental do rio Jordão e do mar Morto). Contudo,
oitava dinastia, Ahmose 1(1570-1546 a.C.). Datando o Exodo em descobertas mais recentes na Transjordânia e uma nova avaliação
torno de 1450-1440 a.C. (Dificuldades de Interpretação. abaixo). o da destruição de Jericó têm enfraquecido o argumento em favor de
Faraó da opressão provavelmente foi Tutmés 1(1526-1512 a.C.). uma data tardia.
enquanto o Faraó do Êxodo teria sido Tutmés Ili (1504-1450 a.C.) A rota do Êxodo começou em Ramessés. A sua localização
ou Amenotepe li (1450-1425 a.C.). Esta datação permitiria uma exata é objeto de considerável debate, embora a moderna Oantir
possível identificação dos imigrantes israelitas com os habiru. um seja a localidade mais provável (Tel el-Dabá). Dali, os hebreus pere-
grupo mencionado nas cartas de Tell el-Amarna (correspondência grinaram para o sul até Sucote (13.20). Aqui, aparentemente sem
entre o Egito e os seus vassalos sim-palestinos durante o século condições de continuar em frente, os hebreus desviaram-se para o
XIV a.C.). Os habiru eram uma classe social ou ocupacional comu- norte (14.2). Três lugares são mencionados: Baal-Zefom, Migdol e
mente atestada em textos a partir de 2000 a.C. Eles tornaram-se Pi-Hairote. Baal-Zefom é associada com Tafnes, às margens do
párias políticos na Palestina (Gn 14.13. nota). lago Menzaleh, um dos lagos de água salgada entre o Mediterrâ-
A preservação por escrito das palavras da aliança de Deus tem neo e o Golfo de Suez. Havia três possíveis rotas de fuga para os is-
importância central para a teologia de Êxodo. Deus não apenas ver- raelitas. O "caminho da terra dos filisteus" (13.17) ligava o Egito a
baliza as suas palavras ao seu povo reunido no Sinai. Ele também Canaã através de uma rota litorânea bastante fortificada. Um se-
lhes dá os seus Dez Mandamentos por escrito, "escritas pelo dedo gundo itinerário, o caminho de Sur, começava próximo ao Wadi
de Deus" em tábuas de pedra (31.18; cf. 32.15-16; 34.1.28). Os Tumilat, na região do Delta, indo em direção a Cades-Barnéia, e dali
termos da aliança foram apresentados de forma mais detalhada para Canaã. A muralha de Sur na fronteira do Egito pode ter sido
pelo assim chamado "Livro da Aliança" (20.22-23.19). as pala- um obstáculo real a essa alternativa. Ao conduzir o povo em direção
vras de Deus registradas por Moisés, o mediador da aliança de sul. para a região da península do Sinai, o Senhor não somente os
Deus (24.4,7; 34.27). trouxe para a montanha que havia indicado a Moisés mas também
ÊXODO 78
os afastou de possíveis contatos com os egípcios. O livramento entre Deus e o homem. Como servo escolhido de Deus, Moisés é o
através do mar pode tm acontecido numa extensão sul do lago mediador do juízo contra o Egito e aquele por meio de quem Deus
Menzaleh. liberta Israel. Através de Mo·1sés, Deus dá a sua revelação no Sinai.
A península do Sinai é um triângulo de terra medindo aproxi- Como um pastor, Moisés também guia o povo através do deserto
madamente 240 km de leste a oeste no extremo norte e 420 km ao até a Terra Prometida. Ele intercede em favor do povo e, pm meio
longo dos outros dpis lados. Dois braços do mar Vermelho, os gol- dele, Deus provê alimento e água. Mas o papel de Moisés na histó-
fos de Suez e de Acaba, são os seus limites longitudinais. Os he- ria da redenção aponta diretamente para Cristo, o Mediador da
breus dirigiram-se ao sul ao longo da costa ocidental do Sinai. As nova aliança (Dt 18.15). A revelação que Moisés recebe do nome
águas amargas de Mara (15.22-25) são, normalmente, identifica- de Deus que é grande "em misericórdia e fidelidade" (34.6) justifica
das com Ain Hawarah (em torno de 70 km ao sul da extremidade a construção do tabernáculo, porém esta descrição do Senhor
do golfo de Suez), porém Ain Musa pode ser a localidade correta. aponta para a frente, para a vinda do verdadeiro tabernáculo, o
Elim, com as suas diversas fontes e árvores, tem sido identificada Cristo encarnado, o grande Servo do Senhor (Jo 1.14, 17; Hb
com Wadi Gharandel. o acampamento junto ao mar Vermelho (Nm 3.1-6).
33.1 O), cerca de 11 km ao sul de Ain Hawarah. O deserto de Sim A lei de Deus revela a sua natureza santa e requer santidade
seria melhor identificado com Debet er-Ramleh, uma planície are- · do povo entre o qual Deus irá habitar. As regulamentações cerimo-
nosa ao longo do limite do planalto do Sinai. Se a localização tradi- niais para a vida e culto de Israel (caps. 25-31; 35-----40) assina-
cional do Monte Sinai como o atual Jebel Musa estiver correta, lam a separação de Israel como povo em cujo meio Deus vive e
Israel teria então se afastado da costa por uma série da vales até o governa, demonstrando o seu reino perante as nações.
Jebel Musa, viajando através do deserto de Refidim, onde eles lu- Além da descrição dos acontecimentos históricos por meio
taram contra os Amalequitas (17.8-16). Refidim foi o último local dos quais Israel foi libertado para tornar-se o povo de Deus, Êxodo
de acampamento no deserto do Sinai antes de chegarem à monta- também traz uma grande ilustração da obra salvífica de Deus atra-
nha sagrada. Depois, prosseguiram até o Monte Sinai (cap. 19) vés da história. O Deus salvador redime o seu povo escolhido dos
onde receberam a lei. poderes do mal, julga esses poderes e reivindica o seu povo como
o seu primogênito, uma nação santa de sacerdotes em meio a qual
Características e Temas Diversos te- ele habita pelo seu Espírito. Opadrão da vitória divina sobre os ini-
mas importantes destacam-se em Êxodo. Primeiro, o migos, seguido pelo estabelecimento do lugar da habitação divina,
livro conta como o Senhor libertou Israel do Egito para é repetido na primeira e segunda vindas de Cristo (p. ex., Ef 2.14-22
cumprir a sua aliança com os pais. Um segundo ele- e Ap 20.11-22.5).
mento importante do livro é a revelação da aliança no Sinai, que es- O simbolismo encontrado em Êxodo torna-se realidade na
pecificou os termos do relacionamento entre o Deus santo e o seu nova aliança (Jr 31.31-34; CI 2.17; Hb 10.1). O sangue aspergido
povo. Oterceiro tema deriva dos dois primeiros e é sua consuma- do sacrifício de animais é agora substituído pelo sangue de Cristo
ção: trata-se do restabelecimento da morada de Deus com o ser (24 8; Mt 26.27-28; Hb 12.24; 1Pe 1.2). A substituição simbólica
humano. Cada um desses temas envolve um triunfo da graça divi- do cordeiro da Páscoa é cumprida em Cristo, o Cordeiro de Deus, o
na: Deus resgatou o seu povo de forma poderosa da escravidão no nosso sacrifício pascal (Jo 1.29; 1Co 5.7). Oseu "êxodo" em Jeru-
Egito, revelou-se de forma estrondosa no Sinai, e manifestou a sua salém (Lc 9.31) realiza a salvação do verdadeiro povo de Deus. O
graciosa condescendência ao habitar no tabernáculo em meio ao povo de Deus da nova aliança é unido a Jesus Cristo, em quem os
seu povo pecador. Odesdobramento desses temas também revela gentios tornam-se o povo de Deus, membros da comunidade de
a santidade e a graça do Senhor na sua lei da aliança e no simbolis- Israel e concidadãos dos santos do Antigo Testamento (19.5-6; Ef
mo cerimonial da vida e do culto de Israel. 2.11-19). Osignificado pleno da descrição de Israel no Êxodo pode
Crucial para a narrativa é o papel de Moisés como o mediador agora, pois, ser aplicado às igrejas dos gentios (1 Pe 2.9-10).

Esboço de Êxodo
1. Deus liberta o seu povo: o êxodo (1.1-15.21) Ili. Deus e Israel fazem aliança (caps. 19-24)
A. Deus lembra-se e~ fidelidade de Israel (caps. 1-2) A. Os preparativos para a aliança (cap. 19)
B. Deus chama Moisés para libertar Israel (3.1-4.26) B. Deus proclama a aliança (caps. 20--23)
C. O Faráo rejeita a e\ôgência de Deus (4.27-7.13) C. Israel ratifica a aliança (cap. 24)
D. Ojulgamento de Deus contra o Egito (7 .14-10.29) IV. Deus revela o modelo do tabernáculo e seu ministério
E. Deus livra Israel do Egito (11.1-13.16) (caps. 25-31)
F. Deus salva Israel no mar Vermelho (13.17-15.21) A. Otabernáculo, os átrios e os utensílios (caps.
li. Deus guia o seu povo: a provação no deserto 25-27)
(15.22-18.27) B. O ministério sacerdotal (caps. 28-30)
A. De Mara até Elim: Deus trcJz cura (15.22-27) C. Artesãos para a construção do tabernáculo (31.1-11)
B. Deserto de Sim: Deus provê alimento (cap. 16) D. O sinal da aliança e as tábuas (31.12-18)
C. Refidirn: Deus provê água (17.1-7) V. Rebelião, julgamento e restauração de Israel
D. Refidirn: Deus provê proteção ( 17 .8-16) (32.1-34.35)
E. A montanha de Deus: Deus provê organização (cap. 18) A. Culto idólatra de Israel (32.1-6)
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B. Israel é punido por idolatria (32.7-29) E. Os utensílios são confeccionados (37.1-38.8)


C. Deus ameaça retirar a sua presença de Israel F. Faz-se o átrio da congregação (38.9-20) ·
(32.30-34.9) G. Sumário: relatório do tesoureiro (38.21-31)
D. Deus renova a sua aliança (34.10-35) H. As vestes sacerdotais são tecidas (39.1-31)
VI. Os artesãos de Israel preparam o tabernáculo 1. A obra é concluída (39.32-43)
(caps. 35-39) VII. Os artesãos de Israel levantam o tabernáculo
A. Israel é admoestado a lembrar o sábado (35.1-3) (cap. 40)
B. Ofertas voluntárias para o tabernáculo (35.4-29) A. Instruções para levantar o tabernáculo (40.1-16)
C. Artífices são chamados para iniciar a obra B. Moisés supervisiona a montagem do tabernáculo
(35.30-36.17) (40.17-33)
D. As cortinas, as tábuas e o véu são feitos (36.8-38) C. A glória de Deus enche o tabernáculo (40.34-38)

Os descendentes de facó no Egito nfaziam servir os filhos de Israel 14 e lhes ºfizeram amargar
São ªestes os nomes dos filhos de Israel que entraram a vida com dura servidão, Pem barro, e em tijolos, e com
1 com Jacó no Egito; cada um entrou com sua família:
2 Rúben, Simeão, Levi e Judá, 3 lssacar, Zebulom e Benja-
todo o trabalho no campo; com todo o serviço em que na ti-
rania os serviam.
mim, 4 Dã, Naftali, Gade e Aser. s Todas as pessoas, pois,
1 que descenderam de Jacó foram bsetenta;2 José, porém, es- As parteiras desobedecem a Faraó
tava no Egito. 6 Faleceu e José, e todos os seus irmãos, e toda 15 O rei do Egito ordenou às qparteiras hebréias, das quais
aquela geração. 7 dMas os filhos de Israel foram fecundos, e uma se chamava Sifrá, e outra, Puá, 16 dizendo: Quando ser-
aumentaram muito, e se multiplicaram, e 3 grandemente se virdes de parteira às hebréias, examinai: se for 'filho, matai-o;
fortaleceram, de maneira que a terra se encheu deles. mas, se for filha, que viva. 17 As parteiras, porém, 5 temeram a
8 Entrementes, se levantou novo rei sobre o Egito, e que Deus e não fizeram t como lhes ordenara o rei do Egito; antes,
não conhecera a José. 9 Ele disse ao seu povo: Eis que o deixaram viver os meninos. 18 Então, o rei do Egito chamou
povo dos filhos de Israel é mais numeroso e !mais forte do as parteiras e lhes disse: Por que fizestes isso e deixastes viver
que nós. to gEia, husemos de astúcia para com ele, para que os meninos? 19 uResponderam as parteiras a Faraó: É que as
não se multiplique, e seja o caso que, vindo guerra, ele se mulheres hebréias não são como as egípcias; são vigorosas e,
ajunte com os nossos inimigos, peleje contra nós e saia da antes que lhes chegue a parteira, já deram à luz os seus fi-
terra. 11 E os egípcios puseram sobre eles feitores de obras, lhos. 20 vE Deus fez bem às parteiras; e o povo aumentou e
ipara os afligirem com suas j cargas. E os israelitas edificaram 5 se tornou muito forte. 21 E, porque as parteiras temeram a

a Faraó as 1cidades-celeiros, Pitom me Ramessés. 12 Mas, Deus, xele lhes constituiu família.22 Então, ordenou Faraó a
quanto mais os afligiam, tanto mais se multiplicavam e tanto todo o seu povo, dizendo: z A todos os filhos que nascerem
mais se espalhavam; de maneira que se inquietavam por cau- 6 aos hebreus lançareis no Nilo, mas a todas as filhas deixareis

sa dos filhos de Israel; 13 então, os egípcios, 4 com tirania, viver.

• CAPÍTULO 1 1 a Gn 46.8-27 5 b Gn 46.26-27 1 Lit. os quais saíram dos lombos de 2 MMM, LXX setenta e cinco. cf. At 7.14 6 e Gn
50.26 7dAt7.173tornaram-semuitonumerosos seAt7.18-19 9/Gn26.16 10gSl83.3-4hAt7.19 11iÊx3.7;5-6iÊx 1.14;
°
211, 5.4-9; 6.6 i1Rs 9.19 m Gn 47.11 13 n Gn 15.13 4com dureza 14 Nm 20.15 PSI 81.6 15 q Êx 2 6 16 r At 7.19 17 s Pv
16.6 tDn 3.16, 18 19 u Js 2.4 20 v [Pv 1118] 5tornaram-se muito numerosos 21 x 1Sm 2.35 22 z At 7.19 óTR omite aos hebreus
•1.1-4 Os livros de Êxodo e Gênesis estão ligados entre si por esta introdução IGn XVIII dinastia, que expulsou os hicsos, os governantes semitas do Egito, de 1700
46.8-27) A promessa de Deus a Abraão foi cumprida pela frutificação de Israel a 1550 a.C. llntrodução: Data e Ocasião, At 7 18, nota).
IGn 12.2). •1.11 Pitom e Ramessés. Essas cidades para guardar provisões agrícolas e su-
•1.5 setenta. Ver notas em Gn 46.15-27. O número daqueles que entraram no primentos militares estavam localizadas na estratégica região do delta do Nilo. Pi-
Egito. às vezes. é dado como 75 lnota textual; At 7.14). e essa diferença depende lam estava localizada. provavelmente, no moderno Tell er-Ratabah ou Tell el
de quem é contado. Otexto da Septuaginta lo Antigo Testamento traduzido para Maskutah, ao passo que a cidade de Ramessés é identificada com a moderna
o grego) adiciona mais cinco descendentes masculinos de José, dando assim um Oantir. Esse item aparece demasiadamente cedo no ciclo da opressão para ser
total de setenta e cinco. Contando-se as mulheres e as crianças, o número total identificado como obra de Ramessés 1111304-1236 a.C.). que é geralmente iden-
era de mais de cento e cinqüenta. tificado como sendo o Faraó do Êxodo lver Introdução: Dificuldades de Interpreta-
ção: Gn 47.11, nota). O único outro rei com um reinado de quarenta anos foi
•1.7 aumentaram muito, e se multiplicaram. Os termos "fecundos", "au- Tutmés 11111504-1450 a.C ). Na dinastia XXIX, o termo "Faraó" !egípcio para
mentaram muito" e "a terra se encheu deles" nos fazem lembrar Gn 1.26-28. "casa grande") tornou-se um título real no Egito. Antes disso. o nome era sinôni-
Dessa maneira, Israel cumpriu o mandato dado à humanidade em Gn 1. A terra mo de autoridade governamental.
era, provavelmente. a terra de Gósen, no Noroeste do Egito, no Wadi Tumilat, no
•1.14 lhes fizeram amargar a vida. A amarga opressão egípcia foi mais tarde
delta, um vale que tinha entre 50 e 60 km de extensão lcf. Gn 47.4).
lembrada através das ervas amargosas da refeição da Páscoa (12.8).
•1.8-22 A multiplicação de Israel levou-os a serem oprimidos por parte dos egíp- •1.15 parteiras. Duas parteiras para servirem tão numerosa população parece
cios. muito pouco; elas podem ter sido líderes das parteiras. Seus nomes são de ori-
•1.8 novo rei. O começo de uma nova era foi assinalada pelo advento de um gem semita, e o v. 15 identifica-as como israelitas.
novo Faraó. Esse novo rei do Egito pode ter sido Amosis 111570-1546 a.C.). da hebréias. Ver nota em Gn 14.13.

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