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Filosofia

Filosofia

Capítulo
Capítulo 1.13, parte 1

Aldenir
Aldenir Costa
Costa

1ª série
1ª série Manhã Manhã
A/B/MED
A/B/MED

Parquelândia / Sul
Parquelândia Jan 2022Mar 2024
A descoberta do suprassensível
➢ Os primeiros filósofos eram investigadores
da physis e do domínio do sensível;

➢ Sócrates e os sofistas trouxeram a reflexão


filosófica para as questões ético-políticas e
humanísticas;

➢ Platão se destaca por ter proposto a


investigação de uma realidade para além do
domínio do sensível. Essa foi realmente
uma mudança radical, e que motivou alguns
estudiosos a chamar essa descoberta de
“Segunda navegação”.
Entre Sócrates e Platão
➢ Nascido em uma família aristocrática, Platão (428 –
348 a.C) estava destinado a participar da vida
política. Ele precisava, portanto, encontrar um
mestre que lhe ensinasse retórica, a arte da
argumentação, e o iniciasse nos assuntos políticos;

➢ Embora os sofistas fossem os principais


responsáveis por esse ensino, Platão procurou
Sócrates;

➢ O interesse inicial do aprendiz pela formação


política logo se transformou em um genuíno
entusiasmo pelos ensinamentos filosóficos,
levando-o a destacar em seus escritos que Sócrates
era muito diferente dos sofistas, pois era um
verdadeiro filósofo.
Sócrates histórico ou platônico?
➢ Platão admirava muito seu mestre e o tinha
como referência de um homem ideal. Por esse
motivo, não se pode considerar que o
Sócrates histórico tenha vivido exatamente
como a figura proposta por Platão;

➢ Os diálogos da juventude de Platão retratam a


postura questionadora de Sócrates, pois não
terminam em respostas definitivas;

➢ Nos diálogos de maturidade são apresentadas


teses e ideias, isto é, conclusões e afirmações
filosóficas claras do pensamento de Platão.
A Academia de Platão
➢ Aos 40 anos de idade fundou uma escola de
ensino de Filosofia chamada Academia, cujo
nome fazia referência ao herói Academos;

➢ O ensino era dividido em exotérico,


direcionado ao público externo, e esotérico,
direcionado para os alunos já iniciados na
Filosofia;

➢ Ao longos dos séculos, cada vez mais textos


platônicos produzidos na Academia foram
encontrados e contribuíram para a
sistematização do pensamento de Platão.
A doutrina das ideias
➢ Platão se deparou com o empasse gerado a
partir das ideias de Parmênides e Heráclito e
procurou desenvolver uma resposta;

➢ O filósofo reconhecia que tanto Parmênides


como Heráclito estavam corretos. Se ambos
parecem ter razão, como solucionar esse
problema?

➢ Para superar essa oposição, Platão afirmou


que existem dois planos distintos que
constituem a realidade: o sensível e o
inteligível.
Plano Inteligível
➢ Nível da realidade constituído pelas ideias e
formas (eidos) perfeitas de todas as coisas. É
nesse plano onde encontramos o ser e as
essências daquilo que existe;

➢ Tudo está em constante repouso, pois essas


ideias são imutáveis e indivisíveis, uma vez que
são perfeitas e eternas. Aqui temos a influência
de Parmênides;

➢ Por se tratar de uma plano de perfeição e de


essências, apenas nele conseguimos desenvolver
a episteme (conhecimento verdadeiro).
Plano sensível
➢ Nível da realidade constituído pelas cópias
imperfeitas e corrompidas das ideias perfeitas
do plano inteligível;

➢ Tudo está em constante movimento, nascendo


e se corrompendo a todo instante, assim como
afirmado por Heráclito;

➢ Por se tratar de uma plano de aparências e


imperfeição, não podemos por meio dele e de
nossos sentidos alcançar o conhecimento
verdadeiro sobre as coisas. Temos acesso
apenas à doxa (opinião).
A alegoria da caverna
A alegoria da caverna
➢ Na história, Platão conta que pessoas viviam encarceradas em uma caverna desde a infância. As
pernas acorrentadas as impediam de fugir e o pescoço preso as forçava a olhar apenas para uma
parede. Como estavam de costas para a entrada, de onde provinha toda a luz, esses seres humanos
só conseguiam ver as sombras do que acontecia do lado de fora;

➢ Certo dia, um dos prisioneiros consegui se libertar. Ao virar a cabeça, percebeu que todos estavam
olhando para a parede no fundo da caverna e tudo o que viam nela eram projeções. Ele concluiu
então que os homens pensavam ver a realidade, mas viam apenas as sombras de objetos
iluminados por uma fogueira;

➢ O prisioneiro liberto dos grilhões saiu da caverna e a luz do sol ofuscou seus olhos. Mas aos poucos
seus olhos conseguiram se habituar à luz e o homem se acostumou ao mundo externo;

➢ O conhecimento da realidade e o contato com o que sustenta essa realidade impôs ao antigo
prisioneiro uma responsabilidade: contar aos outros tudo o que ele vira e agora sabia. Ao voltar
para a caverna, entretanto, suas novidades pareciam, aos outros prisioneiros, fruto de um devaneio.
Revoltados com a insistência do homem em relatar o que sabia sobre a realidade fora da caverna os
cativos acabaram por matá-lo.
O conhecimento do bem
➢ O conhecimento ilusório que adquirimos no
plano sensível só é possível através dos nossos
sentidos;

➢ O conhecimento verdadeiro e exclusivo do


plano inteligível somente pode ser alcançado
através do exercício da razão;

➢ O mais importante conhecimento no plano


inteligível é sobre o Bem, concebido por Platão
como a ideia perfeita mais superior entre
todas que existem nesse plano. Ela é
responsável por nos mover ao conhecimento.
A teoria da Reminiscência
➢ Para Platão, conhecer é lembrar;

➢ A alma, antes de encarnar em um corpo,


conheceu as ideias, mas, na passagem para o
corpo, ela as esquece, pois o indivíduo acaba
por beber as águas do rio do esquecimento
(lethé);

➢ Portanto, a verdade não será uma novidade,


mas uma lembrança. Conhecer é lembrar
porque é reconhecer a realidade verdadeira
com a qual já entramos em contato antes de
estarmos presos ao nosso corpo.
O Demiurgo
➢ Para explicar a origem do cosmos, Platão
elaborou a noção a noção de demiurgo,
entendido como a inteligência construtora e
bondosa do universo;

➢ O papel do demiurgo não foi criar, mas ordenar


a matéria e o cosmos que se encontravam
desarmônicos e possibilitar que houvesse alma
nos corpos sensíveis inteligentes;

➢ O demiurgo então deu forma e harmonia ao


mundo sensível a partir das ideias perfeitas por
ele contempladas, movido sobretudo pelo Bem.
Tarefa de casa
➢ Exercício da página 55

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