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Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Educação à Distância

O contributo da Extração do Ouro: Um Estudo de Caso na Aldeia de


Cororine, Distrito de Namuno Província de Cabo Delgado, 2019 - 2022

Estudante: Luísa Fernando

Código: 708190790

Pemba, Janeiro de 2023


Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Educação à Distância

O contributo da Extração do Ouro: Um Estudo de Caso na Aldeia de Cororine, Distrito


de Namuno Província de Cabo Delgado, 2019 - 2022

Estudante: Luísa Fernando

Projecto de Pesquisa a ser apresentado no Instituto


de Educação à Distância da Universidade Católica
de Moçambique, para aprovação e obtenção do
grau Académico de Licenciatura em Ensino de
Geografia

Supervisor: MA. Gabriel

Pemba, Janeiro de 2023


Índice

CAPÍTULO 1. INTRODUÇÃO ...............................................................................................5

1. Introdução .................................................................................................................5

1.1. Estrutura do projecto ................................................................................................6

1.1.1. Problematização........................................................................................................7

1.1.2. Justificativa ...............................................................................................................8

1.1.3. Delimitação do tema .................................................................................................9

1.1.4 Objectivos do Projecto............................................................................................10

1.1.4.1. Objectivos Geral ...................................................................................................10

1.1.4.2. Objectivos específicos ..........................................................................................10

1.1.5. Perguntas de Investigação .......................................................................................10

CAPÍTULO II: REFERENCIAL TEÓRICO ......................................................................11

2.1. Conceito do Ouro....................................................................................................11

2.2. Origem do Ouro ......................................................................................................12

2.3. Obtenção do Ouro ...................................................................................................12

2.4. Principais tipos de Ouro .........................................................................................13

2.5. Características principais do Ouro ..........................................................................15

2.1.1. Tipos de depósito de Ouro ......................................................................................16

2.1.2. Propriedades do Ouro .............................................................................................17

2.1.3. Diferentes usos do Ouro .........................................................................................17

CAPÍTULO III: METODOLOGIA ......................................................................................19

3.1. Opção Metodológica...............................................................................................19

3.2. Pesquisa Exploratória .............................................................................................20

3.3. Estudo de Caso .......................................................................................................21

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3.4. Participantes............................................................................................................21

3.5. Técnicas de Recolha de Dados ...............................................................................22

3.1.1. Pesquisa bibliográfica .............................................................................................22

3.1.2. Pesquisa documental...............................................................................................23

3.1.3. Entrevistas semi-estruturadas .................................................................................23

3.1.4. Observação directa .................................................................................................24

3.1.5. Análise de dados .....................................................................................................25

3.1.6. Codificação .............................................................................................................25

3.1.7. Cronograma de actividades a ser desenvolvidas na pesquisa .................................26

Referências Bibliográficas .................................................................................................27

Apêndice ...................................................................................................................................29

Apêndice 1: GUIÃO DE ENTREVISTA SEMI-ESTRUTURADA DIRIGIDA AO CHEFE DO


POSTO, SECRETÁRIO DA ALDEIA, COMPRADORES DO OURO E GARIMPEIROS DA
EXTRAÇÃO DE OURO NA ALDEIA DE CORORINE, DISTRITO DE NAMUNO .........30

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CAPÍTULO I: INTRODUÇÃO
1. Introdução
Garimpo é a actividade de extrair metais e pedras preciosas da natureza. Em outro aspecto,
chama-se por garimpo o lugar em que ocorre a exploração de ouro e diamante. A extração pode
ocorrer de forma industrial ou manual, respectivamente realizada por mineradoras e garimpeiros.
A extração mineral por meio do garimpo tem longa história no país e confunde-se com o período
de colonização. Eram os escravos que, por meio desta prática, retiravam do solo o ouro e outros
metais preciosos.
Em Namuno as áreas de maior ocorrência de jazidas estão localizadas na região Norte do Distrito
na aldeia de Cororine. O garimpo praticado na aldeia de Cororine, agrega muitos garimpeiros
locais, outros são oriundos de outras zonas, alguns são Tanzanianos, a maior parte pratica o
garimpo como forma de autoemprego a nível local.
O presente trabalho com o tema "O contributo da Extração do Ouro: Um Estudo de Caso na
Aldeia de Cororine, Distrito de Namuno Província de Cabo Delgado, 2019 - 2022", pretende-se
avaliar o contributo da extração do ouro praticado na aldeia de Cororine no Distrito de Namuno,
Província de Cabo Delgado.

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1.1. Estrutura do Projecto
O trabalho apresenta a seguinte estrutura:
CapítuloI: É a introdução que se refere os seguintes aspectos:
1.1.1. Problematização;
1.1.2. Justificativa;
1.1.3. Delimitação do tema;
1.1.4. Objectivos do Projecto; e
1.1.5. Perguntas de Investigação.
Capítulo II: Referencial teórico;
Capítulo III: Metodologia.

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1.1.1. Problematização
O garimpo praticado na aldeia de Cororine, foi descoberto nos finais do mês de Novembro do
ano 2011, até então é a considerada a mina mais de qualidade da província de Cabo Delgado, em
Cororine agrega muitas pessoas, locais e estrangeiros, e é o epicentro da prostituição. Através
das várias actividades realizadas pelos garimpeiros, neste trabalho de pesquisa sugere-se como
problema o seguinte:

✓ Qual é o contributo da Extração do Ouro Praticado na Aldeia de Cororine no Distrito de

Namuno, Província de Cabo Delgado?

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1.1.2. Justificativa
Por meio da prática do garimpo, muitos que praticam esse processo, desenvolvem actividades,
conhecimentos e defendem interesses da colectividade com vista a um objectivo comum e criar
um bem-estar. Foi assim que surgiu em Namuno em particular a aldeia de Cororine, a prática do
garimpo dedicada na extração de ouro.
Para além de melhorar a vida dos garimpeiros, o Distrito tem arrecadado taxa de pagamento
diário para os que formaram-se em associações ou vendem outros produtos variados dentro da
mineração. Fora do garimpo os garimpeiros desenvolvem outras actividades como a venda de
produtos alimentícios e vestuários, diversificando assim as actividades e trazendo maior
rentabilidade como uma forma de procura de melhores condições de vida.

É neste contexto que surgiu a necessidade de desenvolver o tema "O contributo da Extração do
Ouro: Um Estudo de Caso na Aldeia de Cororine, Distrito de Namuno Província de Cabo
Delgado, 2019 - 2022".

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1.1.3. Delimitação do tema

A delimitação de um tema assume-se de grande importância em pesquisas científicas, pois


possibilitam a circunscrição de um determinado assunto a um âmbito mais específico que oferece
maiores possibilidades de observação e compreensão dos fenómenos em estudo. Neste contexto
a delimitação da pesquisa circunscreve-se a um estudo de caso na aldeia de Cororine localizada
no distrito de Namuno, sendo a delimitação espacial que consiste na clara identificação do local
onde o fenómeno em estudo ocorre. A delimitação temporal, que se refere a identificação do
período a ser abrangido pelo estudo, geralmente bastante influenciado pelos objectivos que o
investigador pretende alcançar para este caso 2019 - 2022, período em que se fez este

Para a delimitação temática, o estudo se enquadra na cadeira de Geologia Geral leccionada no


curso de Licenciatura em Ensino de Geografia.

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1.1.4. Objectivos do Projecto

Os objectivos de investigação deste trabalho, estão subdivididos em duas (2) categorias, Geral e
Específicos.

1.1.4.1. Objectivo Geral

✓ Analisar o contributo da extração do ouro praticado na aldeia de Cororine no Distrito de

Namuno, Província de Cabo Delgado.

1.1.4.2. Objectivos especificos

✓ Identificar as vantagens trazidas para as comunidades através da prática do garimpo;

✓ Descrever como é vista o processo de extração do ouro pelas comunidades;

✓ Explicar de quê forma o governo do distrito intervê na extração do ouro;

✓ Apresentar propostas a ser implementadas pelo governo do distrito no sentido de haver boa

prática do garimpo.

1.1.5. Perguntas de Investigação

✓ Será que a extração do ouro nas comunidades trás alguma vantagem?

✓ Como é vista o processo de extração do ouro pelas comunidades?

✓ Será que o governo incentiva a extração do ouro?

✓ Que propostas devem ser implementadas pelo governo do distrito no sentido de haver boa

prática do garimpo?

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CAPÍTULO II: REFERENCIAL TEÓRICO

2.1. Conceito do Ouro

De acordo Almeida e Oliveira (2005), " o ouro é um elemento químico metálico, considerado
nobre por ser um dos únicos metais que sofre pouca ou nenhuma oxidação"(p.39). Ainda
percebe-se que, o ouro pode ser encontrado em rochas (em pequenas quantidades), rios e riachos,
ou em grandes depósitos em lugares específicos ao redor do mundo.

A palavra Ouro vem do latim Aurum, que significa "brilhante" e o seu símbolo na tabela
periódica é o Au, sendo o seu número atômico 79 e a sua massa atômica 197.

Ouro é um excelente condutor de energia elétrica. Não oxida, corrói ou mancha. De fácil
manuseio, pois é maleável e dúctil, faz liga com muitos metais e pode ser fundido.

Barbosa e Emmanuel (2000), compreendem, "o ouro é um metal conhecido por sua inércia
química, ou seja, sua pequena reatividade: não é atacado por O2 e nem por ácidos não
oxidantes"(p.108). O ouro dificilmente é dissolvido, sendo necessárias condições extremamente
oxidantes e temperatura intensa, como, por exemplo, uma mistura de ácido clorídrico e ácido
nítrico altamente concentrados, conhecida como aqua regia. O ouro também é capaz de reagir
com halogênios e ser dissolvido por BrF3 líquido.

Percebe-se portanto que, dentre os metais, o ouro é considerado o mais maleável e dúctil,
podendo um grama ser laminado em uma extensão de, aproximadamente, um metro quadrado.
Outro destaque é sua alta condutividade elétrica, sendo o terceiro metal com maior condutividade
da Tabela Periódica, ficando atrás apenas de outros dois metais de seu grupo: a prata, a maior
condutora de todos eles, e o cobre, o segundo maior condutor de eletricidade.

Apresenta elevada densidade, além de possuir uma coloração amarela e brilho característicos.
Em altas temperaturas, emite vapores violetas até atingir seu ponto de ebulição.
Usado como referência monetária desde os primórdios da civilização humana, mais da metade do
ouro do mundo está na propriedade de governos e bancos. Seu preço varia diariamente, com
cotação associada ao dólar americano. Comercialmente, considera-se uma onça troy (oz t) como
unidade de medida, usada para medir a massa de ouro. Uma onça troy é igual a 31,1034768 g.

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É raramente usado na forma praticamente pura (24 quilates, ou ouro 9999), por ser
demasiadamente macio. Para fins de joalheria, o ouro é geralmente ligado a metais como cobre,
prata ou níquel.

2.2. Origem do Ouro

Para Abreu (2008), "o ouro surgiu no espaço, há mais de 5 bilhões de anos atrás, antes mesmo do
planeta Terra existir"(p.58). Esse fenômeno ocorreu através de violentas explosões estelares,
denominadas supernovas,que transportaram não só o ouro, como outros tipos de metais
importantes.

Tal como afirma Granato (2002), "o ouro é encontrando em seu estado mais básico e natural nos
riachos e no solo do mundo antigo, o ouro foi um dos primeiros metais preciosos conhecidos
pela humanidade"(p.65). Por volta de 1400 a.C. teve grande aparição no Egito, utilizado como
demonstração de riqueza e poder nos sarcófagos das múmias dos faraós.

Não se sabe ao certo qual é a origem exacta desse precioso item, no entanto, existem hieróglifos
egípcios de 2600 a.C que descrevem o metal, também citado inúmeras vezes no antigo
testamento da bíblia sagrada.

Por outra, o ouro pode ser encontrado em diversos locais do planeta, majoritariamente na forma
pura. Actualmente, é obtido por meio do processo de cianetação e, após isso, via precipitação
com zinco ou adsorção com carvão ativado.

A pureza do ouro é expressa por meio da unidade quilate (k). O ouro é utilizado na fabricação de
joias, moedas, catalisadores, dispositivos eletrônicos, pigmento, película reflectora de radiação
infravermelha, entre outros usos.

Os utensílios mais antigos feitos de ouro datam de 4600–4200 a.C. Esse metal talvez tenha sido o
primeiro a ser manipulado pela humanidade, junto do cobre.

2.3. Obtenção do ouro

Holanda (2003) refere que, "inicialmente, as técnicas de extração do ouro eram constituídas pela
separação gravítica (ou gravimétrica) e técnicas complementares, como a cominuição (quebra em
partículas menores) e a amalgamação"(p.29). Isso se baseava em algumas características do ouro,
tais como:

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✓ Elevada densidade, o que facilitava na separação gravítica;

✓ Hidrofobicidade natural;

✓ Capacidade de ser incorporado ao mercúrio, formando uma amálgama.

Contudo, tais técnicas só serviam para amostras de ouro de fácil lavra e extração, não sendo
adequadas para a extração de ouro fino (puro) e ouro associado a sulfetos, por exemplo. Com
isso, desenvolveu-se a técnica hidrometalúrgica de cianetação, em 1887, pelo químico escocês
John S. MacArthur e pelos irmãos e médicos, também escoceses, Robert e William Forrest.
Nessa técnica, após o ouro ser moído e concentrado, ele pode ser dissolvido (lixiviado) em uma
solução de íons cianeto em meio básico, conforme mostra a reação a seguir:

4 Au + 8 CN- + 2 H2O + O2 → 4 Au(CN)2- + 4OH-

O processo deve ocorrer em meio básico, a fim de se evitar a hidrólise do íon cianeto, a qual
forma o ácido cianídrico, HCN, conforme mostra a reação a seguir.

CN- + H2O ⇌ HCN + OH-

A formação de HCN, de alta pressão de vapor (muito volátil), traz implicações econômicas
(perda de reagente) e ambientais (elevada toxicidade). O ouro pode, então, ser coletado via
precipitação com zinco ou por adsorção com carvão activado.

2.4. Principais tipos de Ouro

Com relação os principais tipos de ouro, Silvia (2003) refere que:

O ouro não é tudo igual, a começar pelo seu teor em cada amostra,
ou seja, o grau de pureza do metal. Isso porque, pelo seu custo,
escassez e forma (é maleável demais para ser comercializado em
estado puro), é normal que o metal dourado seja misturado a outros
metais, o que explica os referenciais em quilates, bem como sua
coloração (p.204).

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Quilates

Conforme Pires (2005), o " ouro pode ser classificado como fino, quando é puro, ou baixo,
quando a liga metálica apresenta pouco teor de ouro"(p.16). Esse teor em uma liga metálica é
tradicionalmente expresso em quilates (k), que indica a quantidade de partes de ouro em um total
de 24 partes de metal. Cada quilate representa cerca de 4,16% em ouro. Por exemplo, quando
falamos em uma joia de 18k, queremos dizer que ela possui 18/24 em partes de ouro, ou seja,
75% em ouro.

Na “escala” de pureza medida em quilates, 24K indica o máximo de pureza possível. Contudo,
como o ouro não é encontrado 100% puro na natureza, dizemos que esse parâmetro se refere a
um produto com 99% de ouro. Da mesma forma, se uma joia é vendida sob o anúncio de ter 16K,
significa que possui cerca de 66% do metal amarelo.

24K: chamado “ouro mil”, é o ouro mais puro passível de extração na natureza (99,99%). Não
pode ser comercializado sem fusões com outros materiais, dada sua maleabilidade;

18K: um dos tipos de ouro mais comercializado nas joalherias em muitos países (75%);

16K: ouro que possui 16 partes puras para 8 partes de outros metais (66%);

14K: indica ter 14 partes de ouro para 10 partes de outros metais (58,3%);

12K: é o chamado “ouro 50%”: são 12 partes de ouro para 12 de outros metais.

Romeiro e Botelho (2004), apresentam alguns principais tipos de ouro, os tais são:

Ouro amarelo: é o metal em seu estado natural. Pela associação de sua cor a poder e riqueza, é a
tonalidade mais buscada no mercado, o que faz com que, em uma peça de 18K, por exemplo,
seja necessário misturar os 75% de ouro puro a 25% de prata, no intuito de manter a tonalidade
dourada;

Ouro rosé: material mais raro, e que pelo seu aspecto de delicadeza, é também bastante
procurado pelas mulheres nas joalherias. Para se atingir essa coloração, é preciso misturar 75%
de ouro com 22,5% de cobre e 2,75% de prata;

Ouro Champagne: muito encontrado em alianças, o chamado “ouro nobre” é obtido pela
mistura de 75% de ouro puro + 25% de prata e níquel;

Ouro azul: 75% de ouro puro + 25% de prata e zinco.

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2.5. Características principais do Ouro

De acordo Santos (1999):

O ouro é um metal de transição brilhante, amarelo, denso, maleável,


dúctil (trivalente e univalente) que não reage com a maioria dos produtos
químicos, mas é sensível ao cloro e ao bromo. À temperatura ambiente,
apresenta-se no estado sólido. Este metal encontra-se normalmente em
estado puro, em forma de pepitas e depósitos aluviais, sendo um dos
metais tradicionalmente usados para cunhar moeda. É tão facilmente
manuseável e maleável que, com apenas um grama de ouro, é possível
obter um fio de 3 quilômetros de extensão e 0,005 milímetros de
diâmetro, ou uma lâmina quadrada de 70 centímetros de largura e
espessura de 0,1 micrômetro (p.316).

O ouro puro é demasiadamente mole para ser utilizado. Por essa razão, geralmente é endurecido
formando liga metálica com prata e cobre. O ouro e as suas diversas ligas metálicas são muito
empregados em joalherias, fabricação de moedas e como padrão monetário em muitos países.
Devido à sua boa conductividade eléctrica, resistência à corrosão e uma boa combinação de
propriedades físicas e químicas, apresenta diversas aplicações industriais.

Cor

Enquanto a maioria dos metais é cinza ou branco prateado, o ouro é ligeiramente amarelo-
avermelhado. Esta cor é determinada pela frequência das oscilações do plasma entre os elétrons
de valência do metal, na faixa ultravioleta para a maioria dos metais, mas na faixa visível para o
ouro devido aos efeitos relativísticos que afetam os orbitais em torno dos átomos de ouro.

Rodrigues (1998), argumenta que, "efeitos semelhantes conferem uma tonalidade dourada ao
césio metálico"(p.16). Mas se o ouro é misturado a outros metais, é natural que seu aspecto
visual, sobretudo sua tonalidade, seja alterado. É a partir dessa mistura que passa a ser possível
encontrar ligas de ouro em cores como amarelo, branco, rosé, negro, vermelho e até verde.

Estrutura

O ouro está entre os menos reactivos, e sua estrutura cristalina está prevista para ser estável a
pressões incrivelmente altas. Mas a estrutura do ouro começa a mudar a uma pressão de 220 GPa
e começa a derreter quando comprimida para além de 250 GPa. Comprimido rapidamente em

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nanossegundos, o aumento da pressão e da temperatura altera a estrutura cristalina para uma
nova fase do ouro. Esta estrutura cúbica centrada no corpo se transforma em uma estrutura
cristalina mais aberta do que a estrutura cúbica centrada na face. Ouro se torna estrutura líquida
em 330 GPa.

Aplicações
As principais aplicações do ouro são em joalheria, finanças e investimento, eletrônica e
computadores, medicina e odontologia, indústria aeroespacial e na fabricação de medalhas e
prêmios. Em joalheria, o ouro é geralmente empregado em liga com a prata e cobre (ouro
amarelo), com níquel (ouro branco), paládio ou platina.

Por causa de suas propriedades de beleza e duração, uma joia é a maneira mais comum em que o
ouro chega aos consumidores, e tem sido um uso primário para o metal em várias culturas e
civilizações. Fios com ouro têm aplicação na indústria de computadores, rádios digitais, sistemas
de micro-ondas, sistemas de telefonia, lançadores de foguetes, e em equipamentos de difícil
reparo, como sob a água e no espaço.
Por favorecer a proteção contra os raios solares, pode ser adicionado a filmes transparentes de
janelas e na fabricação de vidros especiais. Película de ouro pode ser usada na superfície interna
e externa de prédios por sua resistência à corrosão. Ainda é aplicado sobre roupas e naves
espaciais para reduzir calor e brilho. Na medicina é utilizado no tratamento de dentes, artrite e
outras doenças. Equipamentos com tecnologia Laser, na indústria em geral e na medicina, fazem
uso de refletores com película de ouro.

2.1.1. Tipos de Depósitos de Ouro


No contexto dos tipos de depósito de ouro, Santos (1999) compreende:

Ouro é produzido em todas as regiões do mundo, excepto na


Antártica. Em depósitos econômicos, sua concentração varia de 1 à
100 ppm, ou acima disso nos tipos bonanza (epitermais de ouro-
prata), em comparação com a média crustal de 1,3 ppb. Grande
variedade de elementos pode estar associada, incluindo La, Ce, U,
V, Cr, Mo, W, Fe, Co, Ni, Pd, Pt, Cu, Ag, Zn, Hg, B, Tl, C, Si, Pb,
As, Sb, Bi, S, Se, Te (p.23).

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A associação mineralógica mais comum é com quartzo, mas também ocorrem carbonatos,
feldspatos, sulfetos e óxidos de ferro, sulfetos de metais base, arsenetos de Fe ± Co ± Ni,
silicatos de Fe ± Mg ± Ca ± V ± Cr, além de carbono em matéria carbonosa ou grafita.
De forma muito genérica, há três classes principais de depósitos, sendo as mesmas em: veios
e/ou brechas hidrotermais, comumente com quartzo, alojados em rochas metamórficas, ígneas e
sedimentares; sulfetos maciços vulcano-exalativos; e concentrações do tipo placer, consolidados
ou não. Ouro ainda está presente em depósitos metamórficos de contato (e.g., skarns), e em
sistemas epitermais rasos. Ouro em geral ocorre disseminado em minerais de ganga
(principalmente quartzo) e sulfetos (pirita especialmente), em grãos redondos, plaquetas ou
pepitas em placeres. Nesses últimos, como está na forma de ouro livre, é facilmente separado
com uso de bateia, em função de sua alta densidade. Ouro também ocorre na forma de electrum,
liga natural ouro-prata. Ouro paladiado ainda está presente em alguns tipos de jazidas.

2.1.2. Propriedades do ouro

Símbol Nº Massa Ponto Ponto Densidad Isótopo Estados Configuraçã


o atômic atômic de de e s de o eletrônica
o a fusão ebuliçã naturai oxidaçã
o s o

Au 79 196,97 1064 ° 2856 ° 19,32 197Au +1, +3. [Xe] 4f14


u.m.a C C g/cm³ (100%). 5d10 6s1
(20 °C)

2.1.3. Os diferentes usos do ouro

Por conta das suas diferentes características e qualidades, o ouro é implementado em diversos
usos, como:

Joias: são famosas não só pela procura, mas como também pela qualidade e design que esse
metal proporciona na produção das peças;

Moeda: na antiguidade o ouro foi utilizado como única moeda em diversos países, hoje sendo
substituído pelo dinheiro. Porém, em alguns bancos, o ouro ainda é usado como garantia de valor;

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Aparelhos eletrônicos: o ouro também é um excelente condutor de corrente elétrica, por isso é
recorrentemente utilizado em aparelhos eletrônicos, como os smartphones;

Satélites: películas finas de ouro podem refletir um grande volume de radiação solar, por isso
são usadas nos satélites, para controlar a temperatura.

Gastronomia: actualmente, na gastronomia de luxo, é comum comer ouro em pó ou em flocos,


que aparecem como detalhes decorativos (e comestíveis) em sobremesas e

Em síntese, a mineração de ouro é uma atividade com grande relevância para a economia, sendo
uma boa opção para quem deseja ampliar ou diversificar os investimentos. Ademais,
historicamente, o ouro é um instrumento de reserva de valor, especialmente em cenários de
incerteza e crise financeira dos países. Logo, vale a pena conhecer as diversas alternativas desse
minério para o investidor.

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CAPÍTULO III: METODOLOGIA

3.1. Opção Metodológica

A pesquisa com o tema: "O contributo da Extração do Ouro: Um Estudo de Caso na Aldeia de
Cororine, Distrito de Namuno Província de Cabo Delgado, 2019 - 2022", será exploratória
quanto aos objectivos, com a finalidade de desenvolver, esclarecer e modificar conceitos e ideias
tendo em vista a formulação de problemas mais precisos para estudos posteriores. Assumida
como uma pesquisa de carácter qualitativo.

Na última edição do livro, Denzin e Lincoln (2005) apresentaram uma definição inicial e
genérica sobre a pesquisa qualitativa como sendo:

A pesquisa qualitativa é uma actividade situada que posiciona o observador no


mundo. Ela consiste em um conjunto de práticas interpretativas e materiais que
tornam o mundo visível. Essas práticas transformam o Mundo, fazendo dele uma
série de representações, incluindo notas campo, entrevistas, conversas,
fotografias, gravações e anotações pessoais. Nesse nível, a pesquisa qualitativa
envolve uma postura interpretativa e Naturalística diante do mundo. Isso
significa que os pesquisadores desse campo estudam as coisas em seus contextos
naturais, tentando entender ou interpretar os fenómenos em termos dos sentidos
que as pessoas lhes atribuem (p.83).

Gil (2009) entende que, "a pesquisa qualitativa é traduzida por aquilo que não pode ser
mensurável, pois a realidade e o sujeito são elementos indissociáveis"(p.103). Assim sendo,
quando se trata do sujeito, levam-se em consideração seus traços subjectivos e suas
particularidades. Tais pormenores não podem ser traduzidos em números quantificáveis. A
pesquisa qualitativa é uma metodologia de carácter exploratório. Seu foco está no carácter
subjectivo do objecto analisado. Na pesquisa qualitativa, a colecta dos dados pode ser feita de
maneiras diversas. Por exemplo, através de grupos de discussão e entrevistas qualitativas
individuais.

Normalmente, a amostra é pequena e os entrevistados são estimulados a se sentirem à vontade


para dar sua opinião sobre assuntos que relacionados com o objecto de estudo. Na visão de
Denzin e Lincoln (2006) "a pesquisa qualitativa costuma ser realizada quando o objectivo do

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estudo é entender o porquê de determinados comportamentos"(p.56). Com base nesses princípios,
afirma-se que a pesquisa qualitativa tem um carácter exploratório, uma vez que estimula o
entrevistado a pensar e a se expressar livremente sobre o assunto em questão. Na pesquisa
qualitativa, os dados, em vez de serem tabulados, de forma a apresentar um resultado preciso,
são retratados por meio de relatórios, levando-se em conta aspectos tidos como relevantes, como
as opiniões e comentários do público entrevistado.

3.2. Pesquisa Exploratória

A presente pesquisa será do tipo exploratório. Porém, de todos os tipos de pesquisa, estas são as
que apresentam menor rigidez no planeamento, porque elas envolvem levantamento
bibliográfico e documental, entrevistas não padronizadas e estudos de caso. Gil (2017)
compreende que, "as pesquisas exploratórias são desenvolvidas com o objectivo de proporcionar
visão geral, de tipo aproximativo, acerca de determinado facto"(p.88).

Gil (2019) refere que, "as pesquisas exploratórias têm como propósito proporcionar maior
familiaridade com o problema, com vista a torná-lo mais explícito"(p.15). O autor, ainda refere
que, o planeamento tende a ser bastante flexível, pois interessa considerar os mais variados
aspectos relativos ao facto ou fenómeno estudado. Percebe-se que, a pesquisa exploratória é
realizada especialmente quando o tema escolhido é pouco explorado e torna-se difícil sobre ele
formular hipóteses precisas e operacionalizáveis para esclarecimento dos factos.

Trata-se de um fenômeno que acontece e a ser desenvolvido na aldeia de Cororine por meio de
entrevistas semi-estruturadas que serão feitas aos garimpeiros, compradores de ouro, chefe do
posto sede do Distrito de Namuno e secretário da aldeia, havendo assim a necessidade de se
apoiar na pesquisa exploratória para perceber de forma profunda como a extração de ouro
contribui significativamente para o autoemprego e rentabilidade para a vida e o bem-estar das
populações.

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3.3. Estudo de Caso

O método de estudo de caso será usado nesta pesquisa que tem como o tema: "O contributo da
Extração do Ouro: Um Estudo de Caso na Aldeia de Cororine, Distrito de Namuno Província de
Cabo Delgado, 2019 - 2022",

De acordo com Yin (2005) "o estudo de caso é um estudo empírico que investiga um fenómeno
actual dentro do seu contexto de realidade, quando as fronteiras entre o fenómeno e o contexto
não são claramente definidas, e no qual são utilizadas várias fontes de evidência"(p.35). O estudo
de caso vem sendo utilizado com frequência cada vez maior pelos pesquisadores sociais, visto
servir a pesquisas com diferentes propósitos, tais como:

✓ Explorar situações da vida real cujos limites não estão claramente definidos;

✓ Descrever a situação do contexto em que está sendo feita determinada investigação;

✓ Explicar as variáveis causais de determinado fenómeno em situações muito complexas.

3.4. Participantes

Para determinação dos participantes nesta pesquisa sobre "O contributo da Extração do Ouro:
Um Estudo de Caso na Aldeia de Cororine, Distrito de Namuno Província de Cabo Delgado,
2019 - 2022", serão usados os critérios de diversidade e saturação. Guerra (2006), diz existirem
dois (2) conceitos básicos nas metodologias qualitativas para a identificação dos participantes na
pesquisa qualitativa: os conceitos de diversidade e de saturação para a “medição” (compreensão
dos significados) dos participantes.

Segundo Guerra (2006) "a diversidade relaciona-se com a garantia de que a utilização das
entrevistas faz-se tendo em conta a heterogeneidade dos sujeitos ou fenómenos que estamos a
estudar"(p.33). Na pesquisa qualitativa procura-se a diversidade e não a homogeneidade usando
para o efeito diversos sujeitos para assegurar a veracidade dos factos.

A saturação é também um outro critério descrito por Guerra (2006) sobre a constituição de
amostra do que um critério de avaliação metodológica. Cumpre duas (2) funções essenciais:

21
✓ Do ponto de vista operacional, indica em que momento o investigador deve parar a recolha de

dados, evitando um desperdício inútil de provas, de tempo e dinheiro;

✓ Do ponto de vista metodológico, permite generalizar os resultados ao universo de trabalho

(população).

No entanto Gil (2008) "para a determinação dos participantes a amostragem por acessibilidade
ou por conveniência constitui o menos rigoroso de todos os tipos de amostragem"(p.18). Por isso
mesmo é destituída de qualquer rigor estatístico. O pesquisador selecciona os elementos a que
tem acesso, admitindo que estes possam, de alguma forma, representar o universo. Aplica-se este
tipo de amostragem em estudos exploratórios ou qualitativos, onde não é requerido elevado nível
de precisão.

Os participantes nesta pesquisa, serão num total de quinze (15) seleccionados a partir dos
critérios aqui enunciados. Eles são: Um (1) chefe do posto, um (1) secretário da aldeia, onze (11)
garimpeiros e dois (2) compradores de ouro. Os entrevistados serão entrevistados no seu local de
serviço.

3.5. Técnicas de recolha de dados

Para a recolha de dados nesta pesquisa serão usadas as seguintes técnicas: 1) Pesquisa
bibliográfica; 2) pesquisa documental; 3) entrevistas semi-estruturadas; e 4) observação directa.

3.1.1. Pesquisa bibliográfica

A pesquisa bibliográfica é um procedimento exclusivamente teórico, compreendida como a


junção, ou reunião, do que se tem falado sobre determinado tema.

Fonseca (2002), nos seus estudos, entende que, "a pesquisa bibliográfica é feita a partir do
levantamento de referências teóricas já analisadas, e publicadas por meios escritos e electrónicos,
como livros, artigos científicos, páginas de web sites"(p.11). Por isso, qualquer trabalho
científico deve ser iniciado com uma pesquisa bibliográfica. Entretanto, existem pesquisas
científicas que se baseiam unicamente na pesquisa bibliográfica, procurando referências teóricas
publicadas com o objectivo de recolher informações ou conhecimentos prévios sobre o problema

22
a respeito do qual se procura a resposta. A pesquisa bibliográfica, tem como principais exemplos
as investigações sobre ideologias ou aquelas que se propõem à análise das diversas posições
acerca de um problema. Para este estudo, a pesquisa bibliográfica constitui uma das formas
relacionas com o tema em estudo, para perceber de vários autores em torno do tema a ser
desenvolvido.

Para Fonseca (2002), os procedimentos da pesquisa bibliográfica se definem mediante os


seguintes passos: 1) determinar os objectivos; 2) elaborar um plano de trabalho; 3) identificar as
fontes; 4) localizar as fontes e obter o material; 5) ler o material; 6) fazer apontamentos; 7)
confeccionar fichas; e 8) redigir o trabalho.

3.1.2. Pesquisa documental

A pesquisa documental assemelha-se muito à pesquisa bibliográfica. A única diferença entre


ambas está na natureza das fontes. Enquanto a pesquisa bibliográfica se utiliza
fundamentalmente das contribuições dos diversos autores sobre determinado assunto, a pesquisa
documental vale-se de materiais que não receberam ainda um tratamento analítico, ou que ainda
podem ser reelaborados de acordo com os objectivos da pesquisa. O desenvolvimento da
pesquisa documental segue os mesmos passos da pesquisa bibliográfica. Apenas há que se
considerar que o primeiro passo consiste na exploração das fontes documentais, que são em
grande número.

Tal como afirma Fonseca (2002) "a pesquisa documental recorre a fontes mais diversificadas e
dispersas, sem tratamento analítico"(p.54), tais como: Tabelas estatísticas, jornais, revistas,
relatórios, documentos oficiais, cartas, filmes, fotografias, pinturas, tapeçarias, relatórios de
empresas, vídeos de programas de televisão, etc.

A pesquisa documental é um tipo de pesquisa que utiliza fontes primárias, isto é, dados e
informações que ainda não foram tratados científica ou analiticamente. A pesquisa documental
tem objectivos específicos e pode ser um rico complemento à pesquisa bibliográfica.

23
3.1.3. Entrevistas semi-estruturadas

Para Manzini (1990), "a entrevista semiestruturada está focalizada em um assunto sobre o qual
confeccionamos um roteiro com perguntas principais, complementadas por outras questões
inerentes às circunstâncias momentâneas à entrevista"(p.72). Para o autor, esse tipo de entrevista
pode fazer emergir informações de forma mais livre e as respostas que não estão condicionadas a
uma padronização de alternativas.

Gil (1999) explica que "na entrevista semiestruturada, o entrevistador permite ao entrevistado
falar livremente sobre o assunto em pesquisa, mas, quando este se desvia do tema original,
esforça-se para trazê-lo de volta"(p.38).

Entretanto, a entrevista semiestruturada tem o seu carácter aberto, ou seja, o entrevistado


responde as perguntas dentro de sua concepção, mas não se trata de deixá-lo falar livremente. O
pesquisador não deve perder de vista o seu foco de pesquisa.

Para esta pesquisa com o tema "O contributo da Extração do Ouro: Um Estudo de Caso na
Aldeia de Cororine, Distrito de Namuno Província de Cabo Delgado, 2019 - 2022", as entrevistas
semi-estruturadas permitirão que os entrevistados falem livremente com relação como tem sido o
trabalho e qual è a renda.

3.1.4. Observação directa

Segundo Gil (1999) "a observação consiste na visualização e registo sistemático de padrões de
comportamento das pessoas ou outros objectos de forma obter informações sobre o objecto da
Pesquisa"(p.125).

A observação directa constitui um tipo de pesquisa qualitativa baseada na observação, na


descrição e na indução. É caracterizada por uma forma simples e directa de investigação, na qual
o pesquisador observa situações que acontecem num determinado meio e traça as decisões finais
sobre o fenómeno em estudo. Nesta pesquisa, a observação directa permitirá a captação das
respostas que nos serão fornecidas pelos entrevistados sem mediação de nenhum documento para
medir em torno do assunto a ser desenvolvido.

24
3.1.5. Análise de dados

Bardim (2005) explica que:

A análise de dados propõe que o material seja examinado e que a informação


nele contido seja fragmentada em termos de ocorrência de conteúdos ou
categorias, frequentemente pré-especificadas. Análise de conteúdo recomenda
que todo o material seja classificado de acordo com essas categorias e sejam
feitos testes sistemáticos da propriedade do sistema de classificação, em termos
de sua objectividade e confiabilidade (p.32).

Para o tratamento de dados será usada como técnica a análise de conteúdo que consiste na
redução de um grande volume de material num conjunto de categorias de conteúdo.

3.1.6. Codificação

Codificação é o processo pelo qual os dados brutos são transformados em símbolos que possam
ser tabulados. A codificação pode ser feita anterior ou posteriormente à colecta dos dados.

Gil (2008) compreende que, "a codificação também ocorre em pesquisas desenvolvidas com o
auxílio da técnica da observação sistemática, em que os códigos já aparecem na folha de
registo"(p.58).

Nesta pesquisa sobre "O contributo da Extração do Ouro: Um Estudo de Caso na Aldeia de
Cororine, Distrito de Namuno Província de Cabo Delgado, 2019 - 2022", a codificação será
usada para facilitar a interpretação de dados, daí que os entrevistados serão codificados da
seguinte maneira: Chefe do posto (CP); Secretário da aldeia (SA); (GP) Garimpeiro e (CO)
comprador de ouro.

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3.1.7. Cronograma de actividades a ser desenvolvidas na pesquisa

Actividades previstas
Mêses 2022/2023

Dez. Jan. Fev. Março Abril Maio


Formatação do problema X
Selecção dos objectivos X
Verificação da metodologia X
Apresentação do Projecto ao Supervisor X
Correção e devolução do projecto X
Entrega da 1ª versão da monografia X
Correção da 1ª versão da monografia X
Entrega da 2ª versão da monografia X
Correção da 2ª versão da monografia X
Submissão do TCC ao IED X
Defesa X

26
Referências bibliográficas

Abreu, S. F. (2008). O diamante. In: A riqueza mineral do Brasil. São Paulo, Brasil:

Companhia Editora.

Almeida, C. M. C. & Oliveira, M. R. (2005). Extração do Ouro na Província de Manica.

Chimoio, Moçambique: Porto Editora.

António, J. (2009). A mineração de ouro em Minas (8ª.ed.). São Paulo, Brasil: Altas

Editora.

Barbosa, J. P & Emmanuel, B. G. (2000). Projecto refino de ouro. Centro de Tecnologia

Mineral, Rio de Janeiro, Brasil: Atlas Editora.

Bardin, L. (2005). Análise de dados (6ª.ed.). Lisboa, Portugal: Porto Editora

Denzin, N.K & Lincoln, Y.S. (2005). Handbook of qualitative research Thousand Oaks:

São Paulo, Brasil: Cortez Editora.

Fonseca, A. (2002). Pesquisa bibliográfica (4ª.ed.). São Paulo, Brasil: Ática Editora.

Gil, A. C. (1999). Métodos e técnicas de pesquisa social (8ª.ed.). São Paulo, Brasil: Atlas

Editora.

Granato, M. (2002). Processamento de minérios de ouro - estudo em escala de

laboratório. In: Encontro nacional de hidrome, metalurgia e tratamento de minérios

(11ª.ed.). Porto Alegre, Brasil: Ática Editora.

Granato, M. & Sobral, L. G. S. (1983). Refino Químico de Metais preciosos. Centro de

Tecnologia Mineral, Rio de Janeiro, Brasil: Cortez Editora.

Granato, M. (1982). Preparo electrolítico de solução de ouro. In: Encontro do hemisfério

sul sobre tecnologia mineral (3ª.ed.). Rio de Janeiro, Brasil: Anais Editora.
Guerra, C. I. (2006). Pesquisa Qualitativa e Análise de Conteúdo- Sentido e formas de

uso, Principio. São Paulo, Brasil: Cortez Editora.

27
Holanda, S. B. (2003). Metais e pedras preciosas. In: História Geral da Civilização

Brasileira (10ª.ed.). Rio de Janeiro, Brasil: Cortez Editora.

Manzini, E.J. (1990). Considerações sobre a elaboração de roteiro para entrevista semi-
estruturada. São Paulo, Brasil: Ática Editora.
Minayo, M. C. S. (2003). Pesquisa Social: teoria, método e criatividade. Rio de Janeiro,
Brasil: Atlas Editora.
Pires, P. F. R. (2005). Gênese dos depósitos auríferos em metaconglomerados da

Formação da Moeda, Quadrilátero Ferrífero, MG: o papel do metamorfismo e

associação com a matéria carbonosa. São Paulo, Brasil: Campinas Editora.

Quivy, R. (1998). Manual de Investigação em Ciências Sociais (2ª.ed.). Lisboa, Portugal:


GD Editora.
Rodrigues, C. M. (1998). Os mapas das pedras brilhantes (11ª.ed.). São Paulo, Brasil:
Ática Editora.
Romeiro, A & Botelho, A. (2004). Dicionário Histórico das Minas (2ª.ed.). Belo Horizonte,
Brasil: Autêntica Editora.
Santos, J. J. (1999). Extração do Ouro (5ª.ed.). Rio de Janeiro, Brasil: Atlas Editora.
Silvia, C. P. (2003). O caminho das pedras (6ª.ed.). Belo Horizonte, Brasil: EPU Editora.
Yin, R. K. (2005). Estudo de caso: planejamento e métodos (3ª.ed.). Porto Alegre,

Brasil: Bookman Editora.

28
Apêndice

29
Apêndice 1ː GUIÃO DE ENTREVISTA SEMI-ESTRUTURADA DIRIGIDA AO CHEFE
DO POSTO, SECRETÁRIO DA ALDEIA, COMPRADORES DO OURO E
GARIMPEIROS DA EXTRAÇÃO DE OURO NA ALDEIA DE CORORINE, DISTRITO
DE NAMUNO

TEMAː O contributo da Extração do Ouro: Um Estudo de Caso na Aldeia de Cororine,


Distrito de Namuno Província de Cabo Delgado, 2019 - 2022.

Categorias Subcategorias Pessoas que


respondem

Categoria A: Vantagens 1.Que ano foi descoberto a mina ✓Secretário da aldeia


trazidas para as comunidades de ouro na aldeia de Cororine?
através da prática do garimpo
2.Será que a extração do ouro nas
comunidades trás alguma
✓ Garimpeiros
vantagem?

3.Quais são as outras actividades


que estão a ser desenvolvidas pela
✓Secretário da aldeia
comunidade fora do extração do
Ouro?

4.Quais são os problemas


enfrentados pela estrutura da
aldeia através da prática do ✓Secretário da aldeia
garimpo?

30
Categoria B: Visão das 1.Como é vista o processo de ✓ Chefe do Posto
comunidades no processo de extração do ouro pelas
extração do ouro comunidades?

2.Na mina de Cororine, os


✓ Chefe do Posto
garimpeiros têm se formado em
associações?

3.Quais são as acções


✓Secretário da aldeia
desenvolvidas pelos garimpeiros
para a melhoria das condições de
vida e bem-estar?

Categoria C: Intervenção do 1.Será que o governo incentiva a ✓Secretário da aldeia


governo do distrito na extração do ouro?
extração do Ouro
2.Como é feita a venda do ouro no ✓ Garimpeiros
mercado local e inter-regional?

3.Como é feita a aplicação de


compra do ouro para trazer ✓Comprador de ouro
rentabilidade aos garimpeiros?

Categoria D: Propostas a ser 1.Que actividades estão a ser ✓ Chefe do posto


implementadas pelo governo planejadas pela parte do governo,
do distrito no sentido de haver no sentido de haver uma boa
boa prática do garimpo prática do garimpo?

Fonte: Estudante (2022)

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