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Código: 708190790
1. Introdução .................................................................................................................5
1.1.1. Problematização........................................................................................................7
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3.4. Participantes............................................................................................................21
Apêndice ...................................................................................................................................29
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CAPÍTULO I: INTRODUÇÃO
1. Introdução
Garimpo é a actividade de extrair metais e pedras preciosas da natureza. Em outro aspecto,
chama-se por garimpo o lugar em que ocorre a exploração de ouro e diamante. A extração pode
ocorrer de forma industrial ou manual, respectivamente realizada por mineradoras e garimpeiros.
A extração mineral por meio do garimpo tem longa história no país e confunde-se com o período
de colonização. Eram os escravos que, por meio desta prática, retiravam do solo o ouro e outros
metais preciosos.
Em Namuno as áreas de maior ocorrência de jazidas estão localizadas na região Norte do Distrito
na aldeia de Cororine. O garimpo praticado na aldeia de Cororine, agrega muitos garimpeiros
locais, outros são oriundos de outras zonas, alguns são Tanzanianos, a maior parte pratica o
garimpo como forma de autoemprego a nível local.
O presente trabalho com o tema "O contributo da Extração do Ouro: Um Estudo de Caso na
Aldeia de Cororine, Distrito de Namuno Província de Cabo Delgado, 2019 - 2022", pretende-se
avaliar o contributo da extração do ouro praticado na aldeia de Cororine no Distrito de Namuno,
Província de Cabo Delgado.
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1.1. Estrutura do Projecto
O trabalho apresenta a seguinte estrutura:
CapítuloI: É a introdução que se refere os seguintes aspectos:
1.1.1. Problematização;
1.1.2. Justificativa;
1.1.3. Delimitação do tema;
1.1.4. Objectivos do Projecto; e
1.1.5. Perguntas de Investigação.
Capítulo II: Referencial teórico;
Capítulo III: Metodologia.
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1.1.1. Problematização
O garimpo praticado na aldeia de Cororine, foi descoberto nos finais do mês de Novembro do
ano 2011, até então é a considerada a mina mais de qualidade da província de Cabo Delgado, em
Cororine agrega muitas pessoas, locais e estrangeiros, e é o epicentro da prostituição. Através
das várias actividades realizadas pelos garimpeiros, neste trabalho de pesquisa sugere-se como
problema o seguinte:
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1.1.2. Justificativa
Por meio da prática do garimpo, muitos que praticam esse processo, desenvolvem actividades,
conhecimentos e defendem interesses da colectividade com vista a um objectivo comum e criar
um bem-estar. Foi assim que surgiu em Namuno em particular a aldeia de Cororine, a prática do
garimpo dedicada na extração de ouro.
Para além de melhorar a vida dos garimpeiros, o Distrito tem arrecadado taxa de pagamento
diário para os que formaram-se em associações ou vendem outros produtos variados dentro da
mineração. Fora do garimpo os garimpeiros desenvolvem outras actividades como a venda de
produtos alimentícios e vestuários, diversificando assim as actividades e trazendo maior
rentabilidade como uma forma de procura de melhores condições de vida.
É neste contexto que surgiu a necessidade de desenvolver o tema "O contributo da Extração do
Ouro: Um Estudo de Caso na Aldeia de Cororine, Distrito de Namuno Província de Cabo
Delgado, 2019 - 2022".
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1.1.3. Delimitação do tema
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1.1.4. Objectivos do Projecto
Os objectivos de investigação deste trabalho, estão subdivididos em duas (2) categorias, Geral e
Específicos.
✓ Apresentar propostas a ser implementadas pelo governo do distrito no sentido de haver boa
prática do garimpo.
✓ Que propostas devem ser implementadas pelo governo do distrito no sentido de haver boa
prática do garimpo?
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CAPÍTULO II: REFERENCIAL TEÓRICO
De acordo Almeida e Oliveira (2005), " o ouro é um elemento químico metálico, considerado
nobre por ser um dos únicos metais que sofre pouca ou nenhuma oxidação"(p.39). Ainda
percebe-se que, o ouro pode ser encontrado em rochas (em pequenas quantidades), rios e riachos,
ou em grandes depósitos em lugares específicos ao redor do mundo.
A palavra Ouro vem do latim Aurum, que significa "brilhante" e o seu símbolo na tabela
periódica é o Au, sendo o seu número atômico 79 e a sua massa atômica 197.
Ouro é um excelente condutor de energia elétrica. Não oxida, corrói ou mancha. De fácil
manuseio, pois é maleável e dúctil, faz liga com muitos metais e pode ser fundido.
Barbosa e Emmanuel (2000), compreendem, "o ouro é um metal conhecido por sua inércia
química, ou seja, sua pequena reatividade: não é atacado por O2 e nem por ácidos não
oxidantes"(p.108). O ouro dificilmente é dissolvido, sendo necessárias condições extremamente
oxidantes e temperatura intensa, como, por exemplo, uma mistura de ácido clorídrico e ácido
nítrico altamente concentrados, conhecida como aqua regia. O ouro também é capaz de reagir
com halogênios e ser dissolvido por BrF3 líquido.
Percebe-se portanto que, dentre os metais, o ouro é considerado o mais maleável e dúctil,
podendo um grama ser laminado em uma extensão de, aproximadamente, um metro quadrado.
Outro destaque é sua alta condutividade elétrica, sendo o terceiro metal com maior condutividade
da Tabela Periódica, ficando atrás apenas de outros dois metais de seu grupo: a prata, a maior
condutora de todos eles, e o cobre, o segundo maior condutor de eletricidade.
Apresenta elevada densidade, além de possuir uma coloração amarela e brilho característicos.
Em altas temperaturas, emite vapores violetas até atingir seu ponto de ebulição.
Usado como referência monetária desde os primórdios da civilização humana, mais da metade do
ouro do mundo está na propriedade de governos e bancos. Seu preço varia diariamente, com
cotação associada ao dólar americano. Comercialmente, considera-se uma onça troy (oz t) como
unidade de medida, usada para medir a massa de ouro. Uma onça troy é igual a 31,1034768 g.
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É raramente usado na forma praticamente pura (24 quilates, ou ouro 9999), por ser
demasiadamente macio. Para fins de joalheria, o ouro é geralmente ligado a metais como cobre,
prata ou níquel.
Para Abreu (2008), "o ouro surgiu no espaço, há mais de 5 bilhões de anos atrás, antes mesmo do
planeta Terra existir"(p.58). Esse fenômeno ocorreu através de violentas explosões estelares,
denominadas supernovas,que transportaram não só o ouro, como outros tipos de metais
importantes.
Tal como afirma Granato (2002), "o ouro é encontrando em seu estado mais básico e natural nos
riachos e no solo do mundo antigo, o ouro foi um dos primeiros metais preciosos conhecidos
pela humanidade"(p.65). Por volta de 1400 a.C. teve grande aparição no Egito, utilizado como
demonstração de riqueza e poder nos sarcófagos das múmias dos faraós.
Não se sabe ao certo qual é a origem exacta desse precioso item, no entanto, existem hieróglifos
egípcios de 2600 a.C que descrevem o metal, também citado inúmeras vezes no antigo
testamento da bíblia sagrada.
Por outra, o ouro pode ser encontrado em diversos locais do planeta, majoritariamente na forma
pura. Actualmente, é obtido por meio do processo de cianetação e, após isso, via precipitação
com zinco ou adsorção com carvão ativado.
A pureza do ouro é expressa por meio da unidade quilate (k). O ouro é utilizado na fabricação de
joias, moedas, catalisadores, dispositivos eletrônicos, pigmento, película reflectora de radiação
infravermelha, entre outros usos.
Os utensílios mais antigos feitos de ouro datam de 4600–4200 a.C. Esse metal talvez tenha sido o
primeiro a ser manipulado pela humanidade, junto do cobre.
Holanda (2003) refere que, "inicialmente, as técnicas de extração do ouro eram constituídas pela
separação gravítica (ou gravimétrica) e técnicas complementares, como a cominuição (quebra em
partículas menores) e a amalgamação"(p.29). Isso se baseava em algumas características do ouro,
tais como:
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✓ Elevada densidade, o que facilitava na separação gravítica;
✓ Hidrofobicidade natural;
Contudo, tais técnicas só serviam para amostras de ouro de fácil lavra e extração, não sendo
adequadas para a extração de ouro fino (puro) e ouro associado a sulfetos, por exemplo. Com
isso, desenvolveu-se a técnica hidrometalúrgica de cianetação, em 1887, pelo químico escocês
John S. MacArthur e pelos irmãos e médicos, também escoceses, Robert e William Forrest.
Nessa técnica, após o ouro ser moído e concentrado, ele pode ser dissolvido (lixiviado) em uma
solução de íons cianeto em meio básico, conforme mostra a reação a seguir:
O processo deve ocorrer em meio básico, a fim de se evitar a hidrólise do íon cianeto, a qual
forma o ácido cianídrico, HCN, conforme mostra a reação a seguir.
A formação de HCN, de alta pressão de vapor (muito volátil), traz implicações econômicas
(perda de reagente) e ambientais (elevada toxicidade). O ouro pode, então, ser coletado via
precipitação com zinco ou por adsorção com carvão activado.
O ouro não é tudo igual, a começar pelo seu teor em cada amostra,
ou seja, o grau de pureza do metal. Isso porque, pelo seu custo,
escassez e forma (é maleável demais para ser comercializado em
estado puro), é normal que o metal dourado seja misturado a outros
metais, o que explica os referenciais em quilates, bem como sua
coloração (p.204).
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Quilates
Conforme Pires (2005), o " ouro pode ser classificado como fino, quando é puro, ou baixo,
quando a liga metálica apresenta pouco teor de ouro"(p.16). Esse teor em uma liga metálica é
tradicionalmente expresso em quilates (k), que indica a quantidade de partes de ouro em um total
de 24 partes de metal. Cada quilate representa cerca de 4,16% em ouro. Por exemplo, quando
falamos em uma joia de 18k, queremos dizer que ela possui 18/24 em partes de ouro, ou seja,
75% em ouro.
Na “escala” de pureza medida em quilates, 24K indica o máximo de pureza possível. Contudo,
como o ouro não é encontrado 100% puro na natureza, dizemos que esse parâmetro se refere a
um produto com 99% de ouro. Da mesma forma, se uma joia é vendida sob o anúncio de ter 16K,
significa que possui cerca de 66% do metal amarelo.
24K: chamado “ouro mil”, é o ouro mais puro passível de extração na natureza (99,99%). Não
pode ser comercializado sem fusões com outros materiais, dada sua maleabilidade;
18K: um dos tipos de ouro mais comercializado nas joalherias em muitos países (75%);
16K: ouro que possui 16 partes puras para 8 partes de outros metais (66%);
14K: indica ter 14 partes de ouro para 10 partes de outros metais (58,3%);
12K: é o chamado “ouro 50%”: são 12 partes de ouro para 12 de outros metais.
Romeiro e Botelho (2004), apresentam alguns principais tipos de ouro, os tais são:
Ouro amarelo: é o metal em seu estado natural. Pela associação de sua cor a poder e riqueza, é a
tonalidade mais buscada no mercado, o que faz com que, em uma peça de 18K, por exemplo,
seja necessário misturar os 75% de ouro puro a 25% de prata, no intuito de manter a tonalidade
dourada;
Ouro rosé: material mais raro, e que pelo seu aspecto de delicadeza, é também bastante
procurado pelas mulheres nas joalherias. Para se atingir essa coloração, é preciso misturar 75%
de ouro com 22,5% de cobre e 2,75% de prata;
Ouro Champagne: muito encontrado em alianças, o chamado “ouro nobre” é obtido pela
mistura de 75% de ouro puro + 25% de prata e níquel;
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2.5. Características principais do Ouro
O ouro puro é demasiadamente mole para ser utilizado. Por essa razão, geralmente é endurecido
formando liga metálica com prata e cobre. O ouro e as suas diversas ligas metálicas são muito
empregados em joalherias, fabricação de moedas e como padrão monetário em muitos países.
Devido à sua boa conductividade eléctrica, resistência à corrosão e uma boa combinação de
propriedades físicas e químicas, apresenta diversas aplicações industriais.
Cor
Enquanto a maioria dos metais é cinza ou branco prateado, o ouro é ligeiramente amarelo-
avermelhado. Esta cor é determinada pela frequência das oscilações do plasma entre os elétrons
de valência do metal, na faixa ultravioleta para a maioria dos metais, mas na faixa visível para o
ouro devido aos efeitos relativísticos que afetam os orbitais em torno dos átomos de ouro.
Rodrigues (1998), argumenta que, "efeitos semelhantes conferem uma tonalidade dourada ao
césio metálico"(p.16). Mas se o ouro é misturado a outros metais, é natural que seu aspecto
visual, sobretudo sua tonalidade, seja alterado. É a partir dessa mistura que passa a ser possível
encontrar ligas de ouro em cores como amarelo, branco, rosé, negro, vermelho e até verde.
Estrutura
O ouro está entre os menos reactivos, e sua estrutura cristalina está prevista para ser estável a
pressões incrivelmente altas. Mas a estrutura do ouro começa a mudar a uma pressão de 220 GPa
e começa a derreter quando comprimida para além de 250 GPa. Comprimido rapidamente em
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nanossegundos, o aumento da pressão e da temperatura altera a estrutura cristalina para uma
nova fase do ouro. Esta estrutura cúbica centrada no corpo se transforma em uma estrutura
cristalina mais aberta do que a estrutura cúbica centrada na face. Ouro se torna estrutura líquida
em 330 GPa.
Aplicações
As principais aplicações do ouro são em joalheria, finanças e investimento, eletrônica e
computadores, medicina e odontologia, indústria aeroespacial e na fabricação de medalhas e
prêmios. Em joalheria, o ouro é geralmente empregado em liga com a prata e cobre (ouro
amarelo), com níquel (ouro branco), paládio ou platina.
Por causa de suas propriedades de beleza e duração, uma joia é a maneira mais comum em que o
ouro chega aos consumidores, e tem sido um uso primário para o metal em várias culturas e
civilizações. Fios com ouro têm aplicação na indústria de computadores, rádios digitais, sistemas
de micro-ondas, sistemas de telefonia, lançadores de foguetes, e em equipamentos de difícil
reparo, como sob a água e no espaço.
Por favorecer a proteção contra os raios solares, pode ser adicionado a filmes transparentes de
janelas e na fabricação de vidros especiais. Película de ouro pode ser usada na superfície interna
e externa de prédios por sua resistência à corrosão. Ainda é aplicado sobre roupas e naves
espaciais para reduzir calor e brilho. Na medicina é utilizado no tratamento de dentes, artrite e
outras doenças. Equipamentos com tecnologia Laser, na indústria em geral e na medicina, fazem
uso de refletores com película de ouro.
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A associação mineralógica mais comum é com quartzo, mas também ocorrem carbonatos,
feldspatos, sulfetos e óxidos de ferro, sulfetos de metais base, arsenetos de Fe ± Co ± Ni,
silicatos de Fe ± Mg ± Ca ± V ± Cr, além de carbono em matéria carbonosa ou grafita.
De forma muito genérica, há três classes principais de depósitos, sendo as mesmas em: veios
e/ou brechas hidrotermais, comumente com quartzo, alojados em rochas metamórficas, ígneas e
sedimentares; sulfetos maciços vulcano-exalativos; e concentrações do tipo placer, consolidados
ou não. Ouro ainda está presente em depósitos metamórficos de contato (e.g., skarns), e em
sistemas epitermais rasos. Ouro em geral ocorre disseminado em minerais de ganga
(principalmente quartzo) e sulfetos (pirita especialmente), em grãos redondos, plaquetas ou
pepitas em placeres. Nesses últimos, como está na forma de ouro livre, é facilmente separado
com uso de bateia, em função de sua alta densidade. Ouro também ocorre na forma de electrum,
liga natural ouro-prata. Ouro paladiado ainda está presente em alguns tipos de jazidas.
Por conta das suas diferentes características e qualidades, o ouro é implementado em diversos
usos, como:
Joias: são famosas não só pela procura, mas como também pela qualidade e design que esse
metal proporciona na produção das peças;
Moeda: na antiguidade o ouro foi utilizado como única moeda em diversos países, hoje sendo
substituído pelo dinheiro. Porém, em alguns bancos, o ouro ainda é usado como garantia de valor;
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Aparelhos eletrônicos: o ouro também é um excelente condutor de corrente elétrica, por isso é
recorrentemente utilizado em aparelhos eletrônicos, como os smartphones;
Satélites: películas finas de ouro podem refletir um grande volume de radiação solar, por isso
são usadas nos satélites, para controlar a temperatura.
Em síntese, a mineração de ouro é uma atividade com grande relevância para a economia, sendo
uma boa opção para quem deseja ampliar ou diversificar os investimentos. Ademais,
historicamente, o ouro é um instrumento de reserva de valor, especialmente em cenários de
incerteza e crise financeira dos países. Logo, vale a pena conhecer as diversas alternativas desse
minério para o investidor.
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CAPÍTULO III: METODOLOGIA
A pesquisa com o tema: "O contributo da Extração do Ouro: Um Estudo de Caso na Aldeia de
Cororine, Distrito de Namuno Província de Cabo Delgado, 2019 - 2022", será exploratória
quanto aos objectivos, com a finalidade de desenvolver, esclarecer e modificar conceitos e ideias
tendo em vista a formulação de problemas mais precisos para estudos posteriores. Assumida
como uma pesquisa de carácter qualitativo.
Na última edição do livro, Denzin e Lincoln (2005) apresentaram uma definição inicial e
genérica sobre a pesquisa qualitativa como sendo:
Gil (2009) entende que, "a pesquisa qualitativa é traduzida por aquilo que não pode ser
mensurável, pois a realidade e o sujeito são elementos indissociáveis"(p.103). Assim sendo,
quando se trata do sujeito, levam-se em consideração seus traços subjectivos e suas
particularidades. Tais pormenores não podem ser traduzidos em números quantificáveis. A
pesquisa qualitativa é uma metodologia de carácter exploratório. Seu foco está no carácter
subjectivo do objecto analisado. Na pesquisa qualitativa, a colecta dos dados pode ser feita de
maneiras diversas. Por exemplo, através de grupos de discussão e entrevistas qualitativas
individuais.
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estudo é entender o porquê de determinados comportamentos"(p.56). Com base nesses princípios,
afirma-se que a pesquisa qualitativa tem um carácter exploratório, uma vez que estimula o
entrevistado a pensar e a se expressar livremente sobre o assunto em questão. Na pesquisa
qualitativa, os dados, em vez de serem tabulados, de forma a apresentar um resultado preciso,
são retratados por meio de relatórios, levando-se em conta aspectos tidos como relevantes, como
as opiniões e comentários do público entrevistado.
A presente pesquisa será do tipo exploratório. Porém, de todos os tipos de pesquisa, estas são as
que apresentam menor rigidez no planeamento, porque elas envolvem levantamento
bibliográfico e documental, entrevistas não padronizadas e estudos de caso. Gil (2017)
compreende que, "as pesquisas exploratórias são desenvolvidas com o objectivo de proporcionar
visão geral, de tipo aproximativo, acerca de determinado facto"(p.88).
Gil (2019) refere que, "as pesquisas exploratórias têm como propósito proporcionar maior
familiaridade com o problema, com vista a torná-lo mais explícito"(p.15). O autor, ainda refere
que, o planeamento tende a ser bastante flexível, pois interessa considerar os mais variados
aspectos relativos ao facto ou fenómeno estudado. Percebe-se que, a pesquisa exploratória é
realizada especialmente quando o tema escolhido é pouco explorado e torna-se difícil sobre ele
formular hipóteses precisas e operacionalizáveis para esclarecimento dos factos.
Trata-se de um fenômeno que acontece e a ser desenvolvido na aldeia de Cororine por meio de
entrevistas semi-estruturadas que serão feitas aos garimpeiros, compradores de ouro, chefe do
posto sede do Distrito de Namuno e secretário da aldeia, havendo assim a necessidade de se
apoiar na pesquisa exploratória para perceber de forma profunda como a extração de ouro
contribui significativamente para o autoemprego e rentabilidade para a vida e o bem-estar das
populações.
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3.3. Estudo de Caso
O método de estudo de caso será usado nesta pesquisa que tem como o tema: "O contributo da
Extração do Ouro: Um Estudo de Caso na Aldeia de Cororine, Distrito de Namuno Província de
Cabo Delgado, 2019 - 2022",
De acordo com Yin (2005) "o estudo de caso é um estudo empírico que investiga um fenómeno
actual dentro do seu contexto de realidade, quando as fronteiras entre o fenómeno e o contexto
não são claramente definidas, e no qual são utilizadas várias fontes de evidência"(p.35). O estudo
de caso vem sendo utilizado com frequência cada vez maior pelos pesquisadores sociais, visto
servir a pesquisas com diferentes propósitos, tais como:
✓ Explorar situações da vida real cujos limites não estão claramente definidos;
3.4. Participantes
Para determinação dos participantes nesta pesquisa sobre "O contributo da Extração do Ouro:
Um Estudo de Caso na Aldeia de Cororine, Distrito de Namuno Província de Cabo Delgado,
2019 - 2022", serão usados os critérios de diversidade e saturação. Guerra (2006), diz existirem
dois (2) conceitos básicos nas metodologias qualitativas para a identificação dos participantes na
pesquisa qualitativa: os conceitos de diversidade e de saturação para a “medição” (compreensão
dos significados) dos participantes.
Segundo Guerra (2006) "a diversidade relaciona-se com a garantia de que a utilização das
entrevistas faz-se tendo em conta a heterogeneidade dos sujeitos ou fenómenos que estamos a
estudar"(p.33). Na pesquisa qualitativa procura-se a diversidade e não a homogeneidade usando
para o efeito diversos sujeitos para assegurar a veracidade dos factos.
A saturação é também um outro critério descrito por Guerra (2006) sobre a constituição de
amostra do que um critério de avaliação metodológica. Cumpre duas (2) funções essenciais:
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✓ Do ponto de vista operacional, indica em que momento o investigador deve parar a recolha de
(população).
No entanto Gil (2008) "para a determinação dos participantes a amostragem por acessibilidade
ou por conveniência constitui o menos rigoroso de todos os tipos de amostragem"(p.18). Por isso
mesmo é destituída de qualquer rigor estatístico. O pesquisador selecciona os elementos a que
tem acesso, admitindo que estes possam, de alguma forma, representar o universo. Aplica-se este
tipo de amostragem em estudos exploratórios ou qualitativos, onde não é requerido elevado nível
de precisão.
Os participantes nesta pesquisa, serão num total de quinze (15) seleccionados a partir dos
critérios aqui enunciados. Eles são: Um (1) chefe do posto, um (1) secretário da aldeia, onze (11)
garimpeiros e dois (2) compradores de ouro. Os entrevistados serão entrevistados no seu local de
serviço.
Para a recolha de dados nesta pesquisa serão usadas as seguintes técnicas: 1) Pesquisa
bibliográfica; 2) pesquisa documental; 3) entrevistas semi-estruturadas; e 4) observação directa.
Fonseca (2002), nos seus estudos, entende que, "a pesquisa bibliográfica é feita a partir do
levantamento de referências teóricas já analisadas, e publicadas por meios escritos e electrónicos,
como livros, artigos científicos, páginas de web sites"(p.11). Por isso, qualquer trabalho
científico deve ser iniciado com uma pesquisa bibliográfica. Entretanto, existem pesquisas
científicas que se baseiam unicamente na pesquisa bibliográfica, procurando referências teóricas
publicadas com o objectivo de recolher informações ou conhecimentos prévios sobre o problema
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a respeito do qual se procura a resposta. A pesquisa bibliográfica, tem como principais exemplos
as investigações sobre ideologias ou aquelas que se propõem à análise das diversas posições
acerca de um problema. Para este estudo, a pesquisa bibliográfica constitui uma das formas
relacionas com o tema em estudo, para perceber de vários autores em torno do tema a ser
desenvolvido.
Tal como afirma Fonseca (2002) "a pesquisa documental recorre a fontes mais diversificadas e
dispersas, sem tratamento analítico"(p.54), tais como: Tabelas estatísticas, jornais, revistas,
relatórios, documentos oficiais, cartas, filmes, fotografias, pinturas, tapeçarias, relatórios de
empresas, vídeos de programas de televisão, etc.
A pesquisa documental é um tipo de pesquisa que utiliza fontes primárias, isto é, dados e
informações que ainda não foram tratados científica ou analiticamente. A pesquisa documental
tem objectivos específicos e pode ser um rico complemento à pesquisa bibliográfica.
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3.1.3. Entrevistas semi-estruturadas
Para Manzini (1990), "a entrevista semiestruturada está focalizada em um assunto sobre o qual
confeccionamos um roteiro com perguntas principais, complementadas por outras questões
inerentes às circunstâncias momentâneas à entrevista"(p.72). Para o autor, esse tipo de entrevista
pode fazer emergir informações de forma mais livre e as respostas que não estão condicionadas a
uma padronização de alternativas.
Gil (1999) explica que "na entrevista semiestruturada, o entrevistador permite ao entrevistado
falar livremente sobre o assunto em pesquisa, mas, quando este se desvia do tema original,
esforça-se para trazê-lo de volta"(p.38).
Para esta pesquisa com o tema "O contributo da Extração do Ouro: Um Estudo de Caso na
Aldeia de Cororine, Distrito de Namuno Província de Cabo Delgado, 2019 - 2022", as entrevistas
semi-estruturadas permitirão que os entrevistados falem livremente com relação como tem sido o
trabalho e qual è a renda.
Segundo Gil (1999) "a observação consiste na visualização e registo sistemático de padrões de
comportamento das pessoas ou outros objectos de forma obter informações sobre o objecto da
Pesquisa"(p.125).
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3.1.5. Análise de dados
Para o tratamento de dados será usada como técnica a análise de conteúdo que consiste na
redução de um grande volume de material num conjunto de categorias de conteúdo.
3.1.6. Codificação
Codificação é o processo pelo qual os dados brutos são transformados em símbolos que possam
ser tabulados. A codificação pode ser feita anterior ou posteriormente à colecta dos dados.
Gil (2008) compreende que, "a codificação também ocorre em pesquisas desenvolvidas com o
auxílio da técnica da observação sistemática, em que os códigos já aparecem na folha de
registo"(p.58).
Nesta pesquisa sobre "O contributo da Extração do Ouro: Um Estudo de Caso na Aldeia de
Cororine, Distrito de Namuno Província de Cabo Delgado, 2019 - 2022", a codificação será
usada para facilitar a interpretação de dados, daí que os entrevistados serão codificados da
seguinte maneira: Chefe do posto (CP); Secretário da aldeia (SA); (GP) Garimpeiro e (CO)
comprador de ouro.
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3.1.7. Cronograma de actividades a ser desenvolvidas na pesquisa
Actividades previstas
Mêses 2022/2023
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Referências bibliográficas
Abreu, S. F. (2008). O diamante. In: A riqueza mineral do Brasil. São Paulo, Brasil:
Companhia Editora.
António, J. (2009). A mineração de ouro em Minas (8ª.ed.). São Paulo, Brasil: Altas
Editora.
Denzin, N.K & Lincoln, Y.S. (2005). Handbook of qualitative research Thousand Oaks:
Fonseca, A. (2002). Pesquisa bibliográfica (4ª.ed.). São Paulo, Brasil: Ática Editora.
Gil, A. C. (1999). Métodos e técnicas de pesquisa social (8ª.ed.). São Paulo, Brasil: Atlas
Editora.
sul sobre tecnologia mineral (3ª.ed.). Rio de Janeiro, Brasil: Anais Editora.
Guerra, C. I. (2006). Pesquisa Qualitativa e Análise de Conteúdo- Sentido e formas de
27
Holanda, S. B. (2003). Metais e pedras preciosas. In: História Geral da Civilização
Manzini, E.J. (1990). Considerações sobre a elaboração de roteiro para entrevista semi-
estruturada. São Paulo, Brasil: Ática Editora.
Minayo, M. C. S. (2003). Pesquisa Social: teoria, método e criatividade. Rio de Janeiro,
Brasil: Atlas Editora.
Pires, P. F. R. (2005). Gênese dos depósitos auríferos em metaconglomerados da
28
Apêndice
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Apêndice 1ː GUIÃO DE ENTREVISTA SEMI-ESTRUTURADA DIRIGIDA AO CHEFE
DO POSTO, SECRETÁRIO DA ALDEIA, COMPRADORES DO OURO E
GARIMPEIROS DA EXTRAÇÃO DE OURO NA ALDEIA DE CORORINE, DISTRITO
DE NAMUNO
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Categoria B: Visão das 1.Como é vista o processo de ✓ Chefe do Posto
comunidades no processo de extração do ouro pelas
extração do ouro comunidades?
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