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A duração da fase juvenil - que é a que antecede à primeira floração - depende das características
genéticas da planta e das condições do ambiente onde ela se desenvolve. O cajueiro anão precoce inicia
o florescimento no 1º ou 2º ano e ocajueiro comum no 2º ou 3º ano. Atingida a idade reprodutiva, a
atividade passa a ser anual, dependendo também das características da planta e do ambiente,
principalmente o regime de chuvas, razão pela qual as informações disponíveis nem sempre são as
mesmas.
Antese: As flores masculinas iniciam a abertura por volta das 6h e continuam por todo
o dia, até aproximadamente 16h. A abertura das flores hermafroditas concentra-se
entre 10h e meio-dia, com pouca variação.
O Fruto: Quando ocorre a fertilização, a haste que sustenta a flor apresenta-se avermelhada e, após
uma semana aproximadamente, o fruto torna-se visível. Por volta da quinta semana, o fruto para de
crescer e começa a diminuir até completada a maturação, quando atinge de 73% a 77% do tamanho
máximo. Inversamente, o pseudofruto tem um crescimento inicial bem mais lento, atingindo o tamanho
máximo apenas próximo de completada a maturação. Até a quarta semana aproximadamente, o fruto
torna-se maior que o pseudofruto.
Após a maturação, não obstante a grande variação da relação peso do fruto/peso do falso fruto, o fruto
representa de 8% a 12% do peso total.Do surgimento até a completa maturação do fruto, decorre um
período variável de tempo, entre 56 e 60 dias, sendo 52 dias para o cajueiro do tipo anão precoce. O
fruto consiste em epicarpo, mesocarpo, endocarpo e amêndoa, que é coberta por uma panícula. O
mesocarpo constitui-se de uma camada de células esponjosas, na qual se localiza o líquido da casca da
castanha (LCC).armazenamento
É importante seguir algumas recomendações com relação ao transporte para o galpão de embalagem,
bem como conhecer as operações que devem ser feitas no galpão.
Os cajus devem ser transportados para o galpão nas próprias caixas de colheita, revestidas com espuma.
As caixas devem ser colocadas no veículo com cuidado. O empilhamento deve permitir a ventilação
entre as caixas e o fundo de uma caixa nunca deve tocar os pedúnculos da caixa abaixo dela. Deve-se
orientar o motorista do veículo para evitar velocidade alta e solavancos.
O galpão de embalagem deve estar localizado no meio da propriedade e as vias de acesso devem ser
mantidas em boas condições, devendo ser um local ventilado e claro e apresentar, entre outras, as
seguintes características: portas, janelas e acessórios fáceis de serem limpos; facilidade para limpeza do
piso, equipamentos e drenagem da água; proteção contra animais domésticos, pássaros etc.; superfícies
de trabalho lisas e de fácil limpeza; água potável para as operações de lavagem; proteção contra
possibilidades de contaminação do produto e roupas de proteção adequadas e limpas..
Clima
Suporta, no entanto, temperaturas médias mais elevadas (33o a 35o C), sendo porém
sensível a períodos prolongados sob temperaturas abaixo de 22o C, uma vez que as
plantas jovens são fortemente prejudicadas pelo frio. As adultas apesar de suportarem
melhor as temperaturas baixas, por curto período, têm a produção afectada quando
ocorrem no período de floração ou frutificação, (BARROS et al., 1984).
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS AKAIKE, H. A. (1994).
Solos
Para novos plantios, o terreno deve ser desmatado, destocado e livre de raízes,
principalmente, na área ao redor do local onde vai ser preparada a cova, assegurando,
dessa maneira, a não concorrência com outras plantas.
No preparo do solo, é recomendável diminuir a utilização de máquinas pesadas, para evitar os riscos de
compactação do solo.A correção do solo com calcário, quando necessária, deve ser realizada em duas
etapas: a primeira antes da aração e a segunda, por ocasião da gradagem e em quantidades suficientes
para elevar a saturação por bases a 60% e os teores de cálcio e magnésio trocáveis para o mínimo 16 e
3 mmolc dm-3, respectivamente.1.
Taxonomia
O cajueiro divide-se em dois grupos de plantas, classificadas quanto ao porte: o comum e o anão. O
tipo comum, também conhecido como gigante, é o mais difundido, apresentando porte elevado, altura
entre 8 e 15 m e envergadura (medida da expansão da copa) que pode atingir geralmente até 20 m
(CRISÓSTOMO et al., 2001)
. O tipo anão caracteriza-se pelo porte baixo, altura inferior a 4 m, copa homogénea, diâmetro do caule
e envergadura de copa inferiores ao do tipo comum, precocidade etária, iniciando a produção entre 6 e
18 meses (BARROS et al., 1998).
O cajueiro anão apresenta algumas vantagens sobre o cajueiro comum, sobretudo na colheita dos frutos
e pseudofrutos, pois as plantas de porte inferior facilitam a realização de tratos culturais durante as
etapas de produção, sendo recomendada sua utilização na formação de pomares comerciais (GIRÃO
PARENTE, 1991).
Armazenamento
Armazenamento Refrigerado
PRAGAS E DOENCAS
Originário da América Tropical, o cajueiro pertence à família Anacardiaceae, que inclui árvores e
arbustos tropicais e subtropicais, encontrando-se disperso numa extensa faixa compreendida entre os
paralelos de 27º N, no sudeste da Flórida, e 28º S, na África do Sul.
Considerada uma das mais importantes espécies cultivadas das regiões tropicais, o cajueiro ocupa, no
mundo, uma área estimada em 3,39 milhões de hectares, apresentando como principais produtos de
expressão econômica a amêndoa comestível e o líquido da casca da castanha (LCC).
Broca-das-pontas
Traça-da-castanha
Anacampsis phytomiella Busck (Lepidoptera: Gelechiidae) é considerada a principal
praga dos frutos do cajueiro, por causa dos graves danos econômicos que causa, visto
que sua ação resulta na destruição da amêndoa.O inseto mede aproximadamente
13mm de envergadura, apresenta coloração escura, com pequenas áreas claras nas
asas. Próximo à fase de pupa, a lagarta apresenta 12mm de comprimento e coloração
rosa-claro com a cabeça preta. A colocação dos ovos é feita nos frutos e a pequena
lagarta penetra na fase de maturi pela castanha, próximo da inserção com o
pedúnculo, destruindo totalmente a amêndoa e tornando-a imprestável para a
comercialização. Geralmente, encontra-se apenas uma lagarta por fruto.
Pulgão-das-inflorescências
O inseto, ao mesmo tempo em que suga a seiva da planta, solta uma substância
açucarada denominada “mela”, que recobre, principalmente, as inflorescências e
folhas, servindo de nutriente para o crescimento da fumagina, que é um fungo de
coloração negra. As inflorescências atacadas murcham e podem secar. A presença de
colônias de pulgões, o aparecimento de inúmeras películas brancas, o surgimento de
"mela" e fumagina sobre as folhas, panículas e maturis revelam o ataque da praga.
O controle natural deste inseto é feito pelo Scymnus sp., que é comumente encontrado
em colônias dessa praga. O controle químico deverá ser feito quando o grau de
infestação aumentar, utilizando apenas inseticidas registrados para o cajueiro.
Tripes-da-cinta-vermelha
todas as regiões produtoras de caju. Contudo, seu ataque se inicia a partir de pequenos focos de
infestação, em número reduzido de plantas, os quais podem se estender para todo o
pomar.
A forma adulta deste inseto assemelha-se muito a uma pequena borboleta, de cor
branca. São insetos com quatro asas, medindo 2mm de comprimento e 4mm de
envergadura. As ninfas são achatadas, ficam presas às folhas e medem 1mm de
comprimento; possuem coloração amarelada, semelhante a cochonilhas e encontram-
se envolvidas e rodeadas por uma espécie de cera branca, que pode recobrir toda a
folha atacada.
Presença de colônias de insetos envolvidos por uma secreção branca (cera) na face
inferior da folha e ocorrência de fumagina na face superior da folha. O ataque inicial é
marcado pela cera em forma de círculos aproximadamente regulares, feitos pela
fêmea na parte inferior da folha. Os ovos são depositados nestes círculos, que ficam
recobertos pela cera.
O controle deverá ser feito utilizando apenas inseticidas registrados para o cajueiro,
tendo o cuidado de dirigir o jato para as partes inferiores da folha.
das folhas, diminuindo a área foliar da planta, ocorrendo também secamento da
inflorescência.
O controle deverá ser feito utilizando apenas inseticidas registrados para o cajueiro,
Percevejos dos frutos
Sphictyrtus chryseis Lichtensteinard (Hemiptera: Coreidae), quando adulto mede cerca de 16mm de
comprimento, possui cabeça avermelhada e olhos pretos interligados por uma faixa preta na
extremidade posterior da cabeça. A parte inicial do tórax do inseto é verde brilhante, delimitado por
duas faixas avermelhadas nas extremidades anterior e posterior. Um outro percevejo,
o Crinocerus sanctus Fabricius, (Hemiptera: Coreidae), quando adulto mede 17mm de
comprimento e apresenta uma coloração amarelo-terra. Os fêmures do último par de
pernas são robustos e salpicados de tubérculos pretos, saindo de cada um deles um
espinho da mesma coloração.tendo o cuidado de dirigir o jato para as partes inferiores
da folha.
Larva-do-broto-terminal
As larvas deste inseto, cujo nome é Stenodiplosis sp. = Contarinia sp. (Díptera:
Cecidomyidae), atacam as gemas terminais; com a morte do broto, a planta emite
novas brotações laterais que são atacadas imediatamente.
Desfolhadores
Existem muitos insetos que se alimentam das folhas do cajueiro causando sérios prejuízos aos
produtores.:A Lagarta Véu-de-noiva, Thagona postropaea (Lepidoptera: Lymantriidae), por exemplo, é
uma mariposa branca que mede 22mm de envergadura e possui o corpo coberto de escamas, que se
desprendem facilmente. A postura dos ovos realiza-se diretamente na folha, em fileiras. As lagartas, de
coloração verde-clara, apresentam o corpo recoberto de pelos longos e esverdeados.
Díptero-das-galhas ou Verruga-das-folhas
Conclusão