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Não evidencia como se agrega valor aos produtos ou serviços destinados aos
clientes;
As funções são muito mais importantes que os clientes e os fornecedores;
As principais responsabilidades se perdem na lacuna entre os departamentos
funcionais
Lembrete: você só deve dar atenção a essa distinção numa questão de prova se
ela estiver falando desses elementos que diferenciam os dois conceitos!!!! Se o foco
for outro (como as técnicas, por exemplo), tanto faz falar em gestão de processos
ou por processos!
O gestor de processos, no âmbito da administração pública, deve dar
atenção especial àqueles que ultrapassam as fronteiras da instituição, como
ocorre geralmente na execução de políticas públicas. A gestão por processos é
utilizada nas organizações públicas como uma solução de integração organizacional
capaz de melhorar a qualidade dos serviços públicos prestados.
Tipos de Processos (Visão de Gonçalves Dias e Cury)
Processos de negócio (ou Processos Processos gerenciais (ou de
de clientes, ou ainda organizacionais (ou gerenciamento)
finalísticos) administrativos)
Além de entender a classificação dos tipos de processos, você deve entender ainda
a decomposição do processo em diferentes níveis de detalhamento. Assim como
nos casos anteriores, as definições são as mais diversas. Os níveis de
detalhamento, do maior para o menor são: macroprocessos, processos,
subprocessos, atividades e tarefas.
1. Planejamento;
2. Análise;
3. Desenho e modelagem;
4. Implementação;
5. Monitoramento e controle;
6. Refinamento;
Planejamento
É a primeira etapa do ciclo de gerenciamento de processos. Aqui que o plano e a
estratégia dirigida aos processos da organização são elaborados, estabelecendo a
estratégia e o direcionamento do gerenciamento de processos.
O planejamento deve assegurar que a abordagem de gestão dos processos integre
a estratégia, as pessoas, processos e sistemas ao longo dos limites funcionais.
É aqui também que são identificados os papéis e responsabilidades organizacionais
de gerenciamento de processos, o patrocínio executivo, metas, expectativas quanto
à medição do desempenho e as metodologias a serem utilizadas.
Análise
Após considerar as metas e objetivos desejados, a análise dos processos busca
entender os processos atuais, também chamados de AS IS será), no contexto das
metas e objetivos desejados.
Segundo o Guia de Gestão de Processos de Governo do GesPública, a análise reúne
informações oriundas de planos estratégicos, modelos de processo, medições de
desempenho, mudanças no ambiente externo e outros fatores, a fim de
compreender os processos no escopo da organização como um todo. Nessa etapa
são vistos alguns pontos como: objetivos da modelagem de negócio, ambiente do
negócio que será modelado, principais stakeholders e escopo da modelagem de
processos relacionados com o objetivo geral.
O mapeamento e a análise dos processos visam promover a mudança cultural,
em última instância, para que as organizações possam lidar de maneira mais
adequada com as pressões do ambiente.
No mapeamento de processos, uma das ferramentas mais utilizadas é o
fluxograma, que possibilita uma visão geral, demonstra a forma de
relacionamento dos elementos, mostra as entradas e as saídas e favorece a
comparação do processo gráfico com o processo real. O fluxograma é a principal
ferramenta de mapeamento e desenho de processos. A ferramenta consiste em um
conjunto de notações gráficas, ou seja, um conjunto de símbolos padronizados que
servem para que possamos descrever e redesenhar um processo.
Assim, essa é a ferramenta utilizada para efetuar o mapeamento e a modelagem
dos processos. Dessa forma, ele é utilizado para descrever, de modo gráfico, um
processo através do uso de símbolos e linhas. Com ele fica mais fácil visualizar e
conhecer melhor um processo, de forma que possamos propor melhorias e
mudanças. O objetivo, portanto, da utilização dessa ferramenta é simplificar o
trabalho de mapeamento e facilitar o entendimento de como os processos de
trabalho funcionam. Desta forma, o Mapeamento dos Processos é feito para
compreender e analisar os processos atuais da organização, ou seja, é a fase de
levantamentos de dados dos processos existentes com foco na compreensão dos
processos atuais ( as-is). É um processo organizacional (administrativo) e invisível
aos clientes externos. É "questionar" quais são os passos ou atividades de um
Processo, para conhecer seu funcionamento. Por meio do mapeamento realiza-se o
desenho de fluxogramas das tarefas e, pelos mapas, é possível promover a
medição de custos, resultados e produtividade. O mapeamento de processos, que
antecede a modelagem de processos, é que faz a organização perceber a estrutura
de seus processos, seus pontos fortes e fracos.
Desenho e modelagem
Essa etapa está voltada para o desenho intencional e cuidadoso dos processos de
negócio para entrega de valor ao cliente. É no desenho que se definem as
especificações dos processos de negócio, de modo que fique claro o quê, quando,
onde, quem e como o trabalho será realizado.
Conforme consta no Guia CBOK V3, o desenho dos processos trata da:
criação de especificações para processos de negócio novos ou modificados no contexto dos objetivos de
negócio, objetivos de desempenho de processos, aplicações de negócio, plataformas tecnológicas,
recursos de dados, controles financeiros e operacionais, e integração com outros processos. Tanto o
desenho lógico (quais atividades são executadas no fluxo do processo) quanto o desenho físico (em
quais funções e como as atividades são executadas) estão incluídos nos entregáveis.
O desenho é a concepção de novos processos de negócio e a especificação de
como esses funcionarão, serão medidos, controlados e gerenciados. Desenhar é
criar.
Monitoramento e controle
Esta etapa busca fornecer informações-chave de desempenho de processos através
de métricas ligadas às metas estabelecidas e ao valor para a organização. A análise
do desempenho realizada nesta etapa pode fazer com que se desenvolvam
atividades de melhoria, redesenho ou reengenharia, por exemplo, ou seja, o
monitoramento da execução de um processo redesenhado tem por finalidade
identificar novas oportunidades de melhoria.
A medição do desempenho de um processo é o monitoramento formal e planejado
da execução de processos e o acompanhamento do desempenho com o objetivo de
apurar a eficiência e a eficácia dos processos.
Os indicadores são elaboradores PRIMARIAMENTE e alimentados
POSTERIORMENTE. Assim será possível fazer a analise da informação que se
deseja monitorar, através da comparação entre o que se desejava saber e o
que realmente aconteceu.
Refinamento
O refinamento se refere aos ajustes e melhorias pós-implementação de processos,
tendo como base os indicadores e informações-chave de desempenho.
Estes ajustes são feitos com base nas informações obtidas por meio da medição e
do monitoramento de processos de negócio.
O Guia de Gestão de Processos de Governo afirma que esta etapa também pode ser
chamada de “encenação”, revendo o modelo de processo e implantando as
mudanças propostas após o estudo de variados cenários.
6 – Identificação das causas dos problemas: Definir quais são os pontos (causas dos
problemas) que devem ser corrigidos.
1. Pesquisa; *
2. Entrevista; *
3. Workshop estruturado; *
4. Conferência via web; *
5. Observação direta; *
6. Fazer em vez de observar; *
7. Análise de vídeo; *
8. Simulação de atividades. *
Alguns autores (Rotondaro, 2005; Cury, 2012) afirmam que é fundamental que o
levantamento das atividades seja feito no local de trabalho e que as pessoas
envolvidas sejam entrevistadas, se possível, onde trabalham. Se a prova disser
isso, aceite!
Vejamos mais detalhes sobre as técnicas de levantamento de informações nos
próximos tópicos.
Pesquisa
Trata-se de um levantamento de qualquer documentação existente sobre o
processo, incluindo registros iniciais, registros de transações, auditorias, etc.
Caso a documentação não esteja disponível ou esteja desatualizada, é possível a
solicitação de descrições dos criadores do processo e outros stakeholders. É
possível ainda o levantamento de dados por meio de feedback escrito dos
stakeholders. O Guia CBOK V3. 0 aponta que o levantamento de informações dessa
maneira está sujeito a problemas ligados às entrevistas individuais, como maior
tempo de coleta do que o previsto, falta de informações, tempo gasto para conciliar
diferenças de opinião ou descrições diferentes do mesmo trabalho por pessoas
diferentes.
Entrevistas
É uma forma comum de se levantar informações para análise dos processos,
através da realização de entrevistas (pessoais ou remotas) com diferentes partes
interessadas do processo, como seu proprietário, clientes, fornecedores, etc. O
formato presencial costuma ser preferível, pois permite uma conversa mais fluida
sobre o processo.
No processo de modelagem e documentação de processos de negócio, as
entrevistas podem criar um sentimento de propriedade e participação nas pessoas.
Apesar disso, elas podem tomar mais tempo do que os outros métodos para
levantar informações. Por conta das informações levantadas, pode ser difícil de
construir um fluxo de processos coeso e de mapear as várias visões sobre um
processo em uma só. O uso desta técnica costuma requerer acompanhamento e, às
vezes, não identifica todas as atividades para descrever um processo por completo.
Workshops estruturados
São reuniões onde um número suficiente de profissionais com conhecimento e
pessoas impactadas pelo assunto são reunidas com o objetivo de desenvolver o
modelo do processo por meio de suas interações.
Esta técnica tem a vantagem de ser mais rápida, por reunir várias pessoas de uma
só vez, além de criar um maior senso de propriedade por parte dos participantes do
workshop em relação às outras técnicas. O workshop pode ainda contar com a
participação de um profissional habilitado em técnicas de modelagem, que os
participantes normalmente não conhecem.
Apesar de suas vantagens, o guia BPM CBOK destaca que:
devido à possibilidade de ocorrência de viagens e despesas, às vezes necessárias,
workshops podem ser mais caros do que outros métodos. Em geral, os modelos
produzidos em workshops demandam menos acompanhamento e geram uma descrição
de entendimento comum de um processo mais rapidamente e com maior qualidade do
que outras técnicas.
Observação direta
Trata-se da simples observação da realidade do processo, sendo uma boa maneira
para documentar os procedimentos atuais. Ela possibilita a descoberta de
atividades e tarefas, podendo ser efetiva ainda para identificar variações e desvios
no trabalho diário em relação ao previsto. Apesar disso, esta técnica pode não
capturar as variações entre grupos e localizações, dado que ela só pode ser
utilizada em uma pequena amostragem observável.
O uso da observação direta para coletar informações para o mapeamento do
processo e sua análise incorre no risco de a simples presença de um observador
mudar o comportamento das pessoas (efeito Hawthorne) e, como consequência,
dos processos, de modo que o que se observa não é o processo natural, mas sim
uma versão modificada.
Análise de vídeo
Trata-se de outra variante da observação direta. Neste caso, é feito um registro em
vídeo das ações do executor para que possa ser analisado depois.
Como vantagens, essa técnica costuma ser mais fácil para que o executor dos
trabalhos possa se adaptar ao equipamento de gravação do que a presença física
de um observador, além de possibilitar uma narração de informações adicionais
pelo próprio executor, posteriormente. Como principais problemas, têm-se a
necessidade de adquirir autorizações apropriadas para gravações e a perda de
informações que acontecem fora do campo de visão da câmera.
Simulações
É possível simular como as atividades são feitas durante a entrevista, observando
com cuidado os comportamentos adotados, as entradas e saídas.
Num workshop, é possível que as partes interessadas realizem uma representação
do processo realizado, para que se assegure o correto levantamento dos insumos
necessários em cada etapa e dos detalhes sobre a transferência de propriedade do
processo.
Brainstorming
O brainstorming é uma técnica de auxílio à tomada de decisão e à solução de
problemas, sendo utilizada também como ferramenta de qualidade, à medida que
possibilita um amplo levantamento de ideias sobre determinado tema.
Na aplicação específica ao mapeamento, análise e melhoria de processos, a
técnica se relaciona essencialmente à geração de ideias.
Podendo ser traduzida como tempestade cerebral, esta técnica consiste na reunião
de grupos de pessoas que expõem seu pensamento livremente, de modo a
incentivar o surgimento de novas ideias.
Os seus princípios básicos são os seguintes (Chinelato Filho, 2008):
1. Inexistência de críticas - ninguém pode ser depreciado pelo que sugeriu.
2. Incentivo à ideia absurda - tal ideia pode trazer a chave da originalidade; por
meio da analogia, pode-se chegar à grande solução.
3. Estímulo à quantidade - a quantidade acaba por gerar qualidade.
4. Os melhoramentos e analogias - combinando-se elementos, dando-se uma feição
lógica e real às “ideias absurdas” chega-se a grandes descobertas.
5W1H
Difere da técnica 5W2H porque não busca informações sobre o custo daquilo que
está sendo estudado, concentrando-se apenas em realizar perguntas-chave (e
obter as devidas respostas) no que diz respeito aos processos organizacionais
analisados.
Neste sentido, o 5W1H também é uma ferramenta muito utilizada no planejamento
operacional. As perguntas a serem resolvidas sobre o problema que está sendo
investigado ou sobre o processo atual ou a ser planejado são:
What – O que deve ser executado?
Who – Quem irá executar a tarefa?
Where – Onde será executada a ação?
When – Quando será executada a ação?
Why – Por que será executada a tarefa?
How – Como será executada a tarefa?