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Plano Curricular do Ensino Básico

Plano Curricular do Ensino Básico

Índice
1.Introdução.......................................................................................................................2

1.1.Objectivos....................................................................................................................2

1.2.Geral............................................................................................................................2

1.3.Específicos...................................................................................................................2

2.Metodologia....................................................................................................................2

3.Plano Curricular do Ensino Básico.................................................................................3

3.1.Currículo local.............................................................................................................3

3.2.Objectivos....................................................................................................................4

3.3.Carga Horária..............................................................................................................5

3.4.Estratégias de Implementação do Currículo Local......................................................6


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3.5.Relação Plano Curricular do ensino Básico/UP..........................................................8

6.Conclusão.......................................................................................................................8

7.Bibliografia.....................................................................................................................9

1.Introdução
O presente trabalho da cadeira de Temas Transversais versa acerca do “Plano Curricular do
Ensino Básico”, como podemos ver, o plano curricular apresenta a estrutura pelo qual
desenrola os conteúdos abordados no ensino dos saberes locais quer no ensino básico e nos
cursos de licenciatura. Nesta vertente importa frisar que, o currículo local é um processo de
ensino-aprendizagem que consiste numa intervenção educativa que elege o desenvolvimento
pessoal e social dos alunos como sua principal finalidade. Surge da necessidade de criar uma
nova identidade educativa que possa contribuir para modificar a consciência social do papel da
escola na formação do cidadão útil ao país, e que tem como principais objectivos formar
cidadãos capazes de contribuir para a melhoria da sua vida, a vida da sua família e da
comunidade do país, partindo da consideração dos saberes locais das comunidades onde a
escola se situa. Portanto, a compreensão da profundidade da articulação do currículo local
possibilitara com que possamos de forma estrutural e intencional contribuir no
desenvolvimento das capacidades dos alunos e da educacao do país em geral.
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1.1.Objectivos
1.2.Geral
 Conhecer os Princípios Norteadores do Plano Curricular do Ensino Básico.
1.3.Específicos
 Discernir em torno do Currículo local;
 Mencionar os Objectivos;
 Falar da Carga Horária do Currículo Local;
 Identificar as Estratégias de Implementação do Currículo Local;
 Explicar a Relação do Plano Curricular do ensino Básico/UP.

2.Metodologia
Para a realização do presente trabalho o grupo cingiu-se na consulta de certas obras literárias
que abordam acerca do tema em destaque.

3.Plano Curricular do Ensino Básico


3.1.Currículo local
De acordo com PACHECO (1996:17) considera o currículo como “um plano que apresenta
um conjunto de experiências educativas vividas pelos alunos dentro do contexto escolar, como
um propósito bastante flexível que permanece aberto e dependente das condições da sua
aplicação”.

Segundo DIAS & DUARTE (2016: 90), O currículo local é um processo de ensino-
aprendizagem que consiste numa intervenção educativa que elege o desenvolvimento pessoal
e social dos alunos como sua principal finalidade. Surge da necessidade de criar uma nova
identidade educativa que possa contribuir para modificar a consciência social do papel da
escola na formação do cidadão útil ao país.
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Daí que responda aos desafios socioeconómicos da sociedade a nível local, uma vez que é
notória a necessidade de cada indivíduo contribuir para o desenvolvimento da comunidade
onde ele está inserido.

Para MINED (2006:4), o “Currículo Local é a componente do Currículo Nacional que integra
conteúdos relevantes a nível local, com vista a responder às necessidades de aprendizagem
local”. A mesma instituição conceptualiza o Currículo Local como uma componente que
define novos conteúdos, visando o desenvolvimento de conhecimentos, atitudes e práticas
relevantes, nos alunos, de e para a comunidade em que a escola se insere.

3.2.Objectivos
Segundo MINED (2003), os objectivos do currículo local consistem em formar cidadãos
capazes de contribuir para a melhoria da sua vida, a vida da sua família e da comunidade do
país, partindo da consideração dos saberes locais das comunidades onde a escola se situa.

MINED (2003: 21), mostra que o currículo local visa:

 Educar a criança, o jovem e o adulto para o respeito pelos órgãos e símbolos de


soberania nacional;
 Educar o cidadão a ter amor à Pátria, orgulho e respeito pela tradição e cultura
moçambicanas;
 Educar a criança, o jovem e o adulto para o espírito da unidade nacional, paz,
tolerância, democracia, solidariedade e respeito pelos direitos humanos, em particular
os direitos da mulher e da criança;
 Assegurar o conhecimento e o respeito pela Constituição da República de
Moçambique;
 Educar a criança, o jovem e o adulto no espírito de cooperação internacional, de
integração regional, continental e mundial.

Para DIAS e DUARTE (2016: 92), O currículo local permite, em geral:

 Criar ambientes educativos intencionalmente organizados que favorecem quer a


discussão, a reflexão e a produção de consensos sobre projectos a desenvolver e os
diversos tipos de acontecimentos na escola;
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 Desenvolver aprendizagens significativas que correspondem o mais possível às


necessidades, desejos e interesses dos alunos;
 Construir progressivamente a autonomia individual e desenvolver competências de
cooperação;
 Utilizar métodos e estratégias de ensino-aprendizagem que possibilitem aos alunos
confrontarem-se com informações relevantes, desenvolver competências e atitudes,
construir saberes e utilizá-los em situações reais e concretas;
 Explorar adequadamente os efeitos positivos da cooperação entre os diversos
intervenientes do acto educativo;
 Ter em conta os conhecimentos e representações prévias dos alunos;
 Criar a cooperação e colaboração entre todos, bem como desenvolver comportamentos
auto-reguladores.

Para INDE (2007: 31) o currículo local visa:

 A Valorização de experiências locais no processo de ensino e aprendizagem,


articulando os conteúdos propostos nos programas de ensino com a realidade local.
 Círculos de interesse orientados pelo professor integrando, para além de alunos,
pessoas da comunidade visando o desenvolvimento de actividades de carácter social,
como debates, palestras e sensibilização em relação a diferentes assuntos de relevância
social.
 Desenvolvimento de projectos específicos de interesse comunitário orientados pelo
professor integrando, para além de alunos e pessoas da comunidade com o objectivo de
desenvolver.

3.3.Carga Horária
A carga horária é a estimativa de tempo que vai ser necessário para a realização das
actividades da aula, tema ou unidade didáctica. A distribuição da carga horária dependerá da
extensão, profundidade e complexidade dos conteúdos curriculares. Na definição da Carga
Horária, deve-se ter em conta o tempo estabelecido no Plano de Estudos e nos calendários
escolar e geral.
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INDE (2011: 10) define o currículo local como uma componente do currículo nacional
correspondente a 20% do total do tempo lectivo previsto para a leccionação das diversas
disciplinas do plano de estudo”. Esta componente é constituída por conteúdos definidos
localmente como sendo relevantes para a integração da criança na sua comunidade.

Segundo MINED (2003:37) define o currículo local como um complemento do currículo


oficial, definido centralmente e que incorpora matéria diversa da vida ou de interesse da
comunidade local, nas diferentes disciplinas do plano de estudos. Este currículo, corresponde a
20% do tempo lectivo total, isto é, no quadro legal moçambicano, encontra-se estipulado que a
carga horária do currículo nacional é de 80% e do currículo local é de 20% do total do tempo
previsto para a leccionação em cada disciplina.

Este currículo é definido assim pelo Ministério da Educação ao nível central com o objectivo
de permitir que os alunos adquiram conhecimentos, habilidades, competências, valores e
atitudes que lhes permitam ter uma participação plena no desenvolvimento social, cultural e
económico na sua comunidade. (INDE /MINED, 2003).

3.4.Estratégias de Implementação do Currículo Local


Segundo INDE /MINED, (2003), o sucesso de qualquer plano curricular está,
indiscutivelmente, associado à concepção de estratégias adequadas para a sua implementação.
Essas estratégias, por sua vez, prendem-se com inúmeros factores, tais como os psico-
pedagógicos, linguísticos, sócios económicos e políticos. Propõem-se, entre outras, as
estratégias que a seguir se discriminam.
 Formação de Professores;
 Capacitação de professores;
 Preparação de formadores nacionais;
 Formação de formadores provinciais;
 Formação de formadores distritais ou zonais;
 Capacitação de professores.

De maneira geral, a Universidade sempre explicita ou implicitamente os temas do currículo


local de forma marginal, episódica, com frequência inicialmente restrita a determinadas
campanhas ou efemérides relacionadas com alguns dos seguintes temas:
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a) A valorização de experiencias locais no processo de ensino – aprendizagem, articulando os


conteúdos propostos nos programas de ensino com a realidade local.

b) Círculos de interesse orientados pelo professor integrando, para além de alunos


pessoas da comunidade visando o desenvolvimento de carácter social, como debates,
palestra e sensibilização em relação a diferentes assuntos de relevância social,
(INDE /MINED, 2003).

c) Desenvolvimento de projectos específicos de interesses comunitários orientados pelo


professor integrado, para além de alunos e pessoas da comunidade com o objectivo
de desenvolver actividades de carácter pratica que tenham relevância sócio –
económica.

No entanto no ensino superior, pretende-se que a transversalidade não seja interpretada de


forma erróneos pólos aplicadores do currículo, ou seja, como:

a) Um conjunto de directrizes de carácter moral e, portanto, atribuível a disciplinas


específicas, preparadas academicamente para isso;
b) Temas que o docente pode incluir opcionalmente no currículo, a medida que seja
compatível ou reforce o restante do currículo académico.
c) Um conjunto de temas para distribuir igualmente em cada uma das disciplinas
forçando os temas académicos a permitir a entrada de temas transversais;
d) Um conjunto de temas que não mantém relação alguma entre si, o que só se justifica a
partir de uma dimensão reducionista e localista da problemática transversal, limitando
extremamente o potencial explicativo dos problemas que afligem actualmente a
humanidade, (Ibidem, 2003).

Para levar avante a transversalidade é necessário ir construindo uma nova cultura universitária,
o que levaria consigo uma nova estrutura de acordo com as exigências da implementação e
mudança de currículo na forma de entender a função e a tarefa da universidade. Embora pelo
menos a luz da escassa ênfase que se dá, os temas sejam uma espécie de adorno inovado do
Sistema nacional de Educação (SNE), uma forma de responder com áreas de modernidade a
um novo sistema educativo diante das exigências da globalização, o facto é um desafio muito
mais importante do que em princípio se pretende propor, (PACHECO, 1996).
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A transversalidade remete inexoravelmente a globalização do currículo. Neste contexto sugere


– se que os temas transversais digam respeito a temas de carácter social, que devem ser
incluídos no currículo no ensino formal superior de forma transversal, ou seja: não como uma
área de conhecimento específica, mas como conteúdo a ser ministrado no interior das várias
áreas estabelecidas. A reflexão sobre a viabilidade dos temas transversais pode ser iniciada
pelas condições do professor para colocar em prática o que determinam as directrizes
curriculares da SNE, (Ibidem, 1996).

3.5.Relação Plano Curricular do ensino Básico/UP


Segundo PACHECO (1996), A relação que se pode estabelecer entre o plano curricular da
ensino Básico e da UP, consiste na medida em que, a EstruturaCurricular é baseadanas
disciplinas agrupadas em três áreas curriculares (Comunicação e Ciências Sociais; Matemática
e Ciências Naturais; Actividades Práticas e Tecnológicas) e o Ensino Básico organizado em
dois graus e em três ciclos de aprendizagem.

No entanto, o outro aspecto é referente a carga horária que corresponde a 20% do tempo
lectivo total, isto é, no quadro legal moçambicano, encontra-se estipulado que a carga horária
do currículo nacional é de 80% e do currículo local é de 20% do total do tempo previsto para a
leccionação em cada disciplina.

6.Conclusão

Conclui-se que, o currículo local constitui uma matéria de extrema relevância no processo de
ensino e aprendizagem, pelo facto de que esta procura abordar o contexto sociopolítico e
económico dos indivíduos no contexto em que estão inseridos, e possibilitando com que estes
possam melhor compreender o seu contexto social e contribuir de certa forma para o seu
desenvolvimento. Portanto, o currículo local é um processo de ensino-aprendizagem que
consiste numa intervenção educativa que elege o desenvolvimento pessoal e social dos alunos
como sua principal finalidade. Surge da necessidade de criar uma nova identidade educativa
que possa contribuir para modificar a consciência social do papel da escola na formação do
cidadão útil ao país. Daí que responda aos desafios socioeconómicos da sociedade a nível
local, uma vez que é notória a necessidade de cada indivíduo contribuir para o
desenvolvimento da comunidade onde ele está inserido. Porém, devemos tê-la em
consideração em todas as vertentes do processo de ensino e aprendizagem como forma de
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contribuir para o desenvolvimento das competências sociopolíticas e económicas dos nossos


indivíduos no meio social em que estão inseridos.

7.Bibliografia
INDE. Currículo Local: Estratégias de Implementação no Ensino Básico. Maputo:

INDE. 2006.

INDE/MINED. Plano Curricular do Ensino Básico: objectivos, política, estrutura,

Plano deestudos e estratégias de implementação. Maputo: INDE/MINED, 2003.

MINED (1996). Educação Básica em Moçambique: Situaçãoactual e Perspectivas.


Maputo.
MINED (1997). Plano Estratégico da Educação, 1997-2001:Combater a Exclusão,
Renovar a Escola. Maputo.
MINED (1998). Plano Estratégico da Educação: Projecto dePromoção da
Transformação Curricular. Maputo.
PACHECO, José A. Componentes do Processo do Desenvolvimento do Currículo.
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Porto, porto Editora, 1996.

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