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ENFERMAGEM NEONATAL

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SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO NOSSA HISTÓRIA ................................................................... 2
INTRODUÇÃO ......................................................................................................... 4
CAPÍTULO 1 – CONCEITOS ................................................................................... 5
CAPÍTULO 2 – CLASSIFICAÇÃO DO RECÉM-NASCIDO ..................................... 7
2.1 CONFORME PESO ........................................................................................... 7
2.2 CONFORME A IDADE GESTACIONAL ............................................................. 7
CAPÍTULO 3 – ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM EM SALA DE PARTO ........... 9
3.1 CUIDADOS ........................................................................................................ 9
3.2 CUIDADOS COM ATENÇÃO ESPECIAL .......................................................... 9
3.3 CUIDADOS COM O RN – RECOMENDAÇÕES DA OMS (2018) ................... 11
3.4 OBJETIVOS ESPECÍFICOS ............................................................................ 12
CAPÍTULO 4 – ADMINISTRAÇÃO DE VITAMINA K ............................................ 13
CAPÍTULO 5 – AVALIAÇÃO DA VITALIDADE DO RECÉM-NASCIDO .............. 14
CAPÍTULO 6 – ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NA UNIDADE DE
INTERNAÇÃO NEONATOLÓGICA ....................................................................... 15
6.1 ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NA INTERNAÇÃO ................................... 15
6.2 ASSISTÊNCIA NA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA NEONATAL ............ 16
CAPÍTULO 7 – MEDIDAS ANTROPOMÉTRICAS ................................................ 17
7.1 PESO ............................................................................................................... 17
7.2 ALTURA ........................................................................................................... 18
7.3 PERÍMETRO CEFÁLICO (PC) ......................................................................... 18
7.4 PERÍMETRO ABDOMINAL (PA) ...................................................................... 19
7.5 PERÍMETRO TORÁCICO (PT) ........................................................................ 20
CAPÍTULO 8 – ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NA MATERNIDADE ............ 21
8.1 HIGIENE .......................................................................................................... 21
8.2 HIDRATAÇÃO E ALIMENTAÇÃO .................................................................... 22
CAPÍTULO 9 – AVALIAÇÃO DOS ASPECTOS ESSENCIAIS DO RN ................ 24
9.1 PRINCIPAIS CATEGORIAS DE DADOS COLETADOS .................................. 24
9.2 AVALIAÇÃO GERAL ........................................................................................ 24
9.3 AVALIAÇÃO DOS SINAIS VITAIS ................................................................... 26
9.3.1 FREQUÊNCIA RESPIRATÓRIA ................................................................... 26
9.3.2 FREQUÊNCIA CARDÍACA ........................................................................... 26
9.3.3 TEMPERATURA ........................................................................................... 27
9.3.4 PRESSÃO ARTERIAL .................................................................................. 27
CAPÍTULO 10 – ALTA HOSPITALAR .................................................................. 27
CAPÍTULO 11 – ATENDIMENTO EM UTI NEONATAL ........................................ 28
11.1 INTERVENÇÃO NO AMBIENTE FÍSICO ....................................................... 28
11.2 ORIENTAÇÕES AOS FAMILIARES .............................................................. 28
11.3 BIOSSEGURANÇA ........................................................................................ 28
11.4 EQUIPAMENTOS DE UTI .............................................................................. 29
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ...................................................................... 32

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NOSSA HISTÓRIA

A nossa história inicia com a realização do sonho de um grupo de empresários,


em atender à crescente demanda de alunos para cursos de Graduação e Pós-
Graduação. Com isso foi criado a nossa instituição, como entidade oferecendo
serviços educacionais em nível superior.

A instituição tem por objetivo formar diplomados nas diferentes áreas de


conhecimento, aptos para a inserção em setores profissionais e para a participação
no desenvolvimento da sociedade brasileira, e colaborar na sua formação contínua.
Além de promover a divulgação de conhecimentos culturais, científicos e técnicos que
constituem patrimônio da humanidade e comunicar o saber através do ensino, de
publicação ou outras normas de comunicação.

A nossa missão é oferecer qualidade em conhecimento e cultura de forma


confiável e eficiente para que o aluno tenha oportunidade de construir uma base
profissional e ética. Dessa forma, conquistando o espaço de uma das instituições
modelo no país na oferta de cursos, primando sempre pela inovação tecnológica,
excelência no atendimento e valor do serviço oferecido.

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Introdução

Na década de 70, o avanço da ciência associado à tecnologia de exames e


diagnósticos possibilitou a formação da especialidade pediatria. Dentro dessa
especialidade a neonatologia atende o recém-nascido (RN) nas 4 primeiras semanas
de vida (até 28 dias de vida).

Com as inovações, a presença de um médico neonatologista na sala de parto


favorece a redução das estatísticas de óbitos pós-parto, principalmente em situações
de risco.

O nascimento de um bebê é um momento de grande importância para os pais, para


sociedade e também para os profissionais envolvidos na assistência. Durante o
nascimento, o feto pode sofrer influência de vários fatores alterando assim sua
situação, particularmente no uso de analgesia e a anestesia obstétrica. Na sala de
parto, ao receber o recém-nascido, o profissional que assiste o parto deve atentar-se
para sinais de depressão e complicações respiratórias, especialmente ao RN de parto
de risco.

O profissional da equipe de enfermagem ao receber o bebê das mãos do obstetra ou


do enfermeiro obstetra deve ser hábil e saber identificar anormalidades. Em caso de
sofrimento, o RN pode evoluir para uma PCR, havendo a necessidade de reanimação,
devendo fazê-la imediatamente. Todo hospital com sala de parto deve ter uma equipe
capacitada em reanimação e o equipamento necessário a disposição para prestar um
atendimento eficaz.

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CAPÍTULO 1
CONCEITOS

Nascido vivo: é a expulsão ou extração completa do corpo da mãe,


independentemente da duração da gravidez, de um produto de concepção
que, depois da separação, respire ou apresente qualquer outro sinal de vida,
tal como batimentos do coração, pulsações do cordão umbilical ou
movimentos efetivos dos músculos de contração volun tária, estando ou não
cortado o cordão umbilical e estando ou não desprendida da placenta. Cada
produto de um nascimento que reúna essas condições se considera como
uma criança viva.

Aborto: É a expulsão ou extração de um embrião ou feto pesando menos de


500g (aproximadamente 20-22 semanas de gestação), independentemente
ou não da presença de sinais vitais.

Óbito fetal: É a morte do produto da concepção, ocorrida antes da sua


completa expulsão ou extração do organismo materno, independentemente
do tempo de gestação. A morte é indicada pelo fato de que, depois da
separação, o feto não respira nem mostra qualquer outro sinal de vida, como
batimentos cardíacos, pulsações do cordão umbilical ou movimentos de
músculos voluntários.

A mortalidade fetal se divide em precoce, intermediária e tardia:

 Precoce: refere-se aos abortos e está compreendida no período entre


a concepção e a vigésima semana de gestação, no qual o feto tem um
peso aproximado de 500g.

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 Intermediária: ocorre entre a 20ª e a 28ª semana de gestação (com
pesos fetais entre 500 e 1000g) e a fetal tardia entre a 28ª (1000 g) e
o parto.

 Tardia: óbito fetal após a 28ª semana de gestação.

Natimorto: É o produto do nascimento de um feto morto. Considera -se feto


morto àquele que nasce pesando mais de 500g e que não tem evidência de
vida depois de nascer. Para fins de cálculos estatísticos de taxa de
mortalidade perinatal para comparação internacional, somente se incluirão
fetos mortos que pesam 1000g ou mais ao nascer.

Período Neonatal: compreende as quatro primeiras semanas de vida (0 a 28


dias incompletos). Denomina-se período neonatal precoce a primeira semana
completa ou os sete primeiros dias de vida, e período neonatal tardio, as três
semanas seguintes.

Morte Neonatal: é a ocorrida no período neonatal, ou seja, nas quatro


primeiras semanas, isto é, entre 0 e 28 dias incompletos após o nascimento.
À criança morta dentro deste período, dá-se o nome de neomorto.

Período Perinatal: o período perinatal começa em 22 semanas completas


(154 dias) de gestação (época em que o peso de nascimento é normalmente
de 500g) e termina com sete dias.

Mortalidade Infantil: é a ocorrida no primeiro ano de vida. Divide-se em


neonatal (primeiros 28 dias incompletos) e pós-neonatal (nos meses
seguintes).

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CAPÍTULO 2

2 - CLASSIFICAÇÃO DO RECÉM-NASCIDO

2.1 - CONFORME O PESO

 RN pequeno para a idade gestacional (PIG): pesa menos de 2.500g,


abaixo do 10º percentil ou 2 desvios-padrão abaixo da média, como
resultado de crescimento intrauterino retardado (CIUR).

 RN com peso apropriado para a idade gestacional (AIG): pesa entre


2.500g e 4.000g.

 RN grande para a idade gestacional (GIG): pesa mais de 4.000g, está


no 90º percentil ou 2 desvios-padrão acima da média.

Peso ao nascer: qualquer criança nascida viva pesando 2.500g ou menos é


classificada como baixo peso. São chamadas de muito baixo peso as
nascidas com menos de 1.000g.

2.2 - CONFORME A IDADE GESTACIONAL

RN pré-termo (RNPT): é o RN que pode ser viável e nasce até completar 37


semanas e pode ser:

 RNPT limítrofe: entre 35 e 36 semanas (está próximo de atingir o


termo) muitas vezes não apresenta intercorrências e não necessita de
cuidados especiais; ficará em alojamento conjunto com sua mãe;

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 RNPT moderado: entre 30 e 34 semanas;

 RNPT extremo: abaixo de 30 semanas (apresenta grande imaturidade


dos seus órgãos e necessita de cuidados altamente especializados).

 RN a termo: RN que nasce entre 37 semanas completas até 42


semanas. A criança nascida com essa idade gestacional possui
características anatômicas e fisiológicas que permitem sua adaptação
perfeita ao meio externo.

 RN pós-termo: nascido após 42 semanas de gestação pode ter sinais


de perda de peso com insuficiência placentária.

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CAPÍTULO 3
3 - ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM EM SALA DE PARTO

No período que compreende o pós-parto, o recém-nascido apresenta


alterações biofisiológicas e comportamentais complexas, resultantes da
transição para a vida extrauterina.

Vale a pena ler mais sobre: a TEORIA DA EXTEROGESTAÇÃO


Formulada pelo antropólogo Ashley Montagu, mas viralizada pelo pediatra Harvey
Karp, a teoria da exterogestação diz, basicamente, que a gravidez não dura apenas 9
meses e sim 12 – ainda que último trimestre aconteça fora da barriga da mãe. A ideia
é fazer uma transição lenta do bebê para a vida extrauterina.

3.1 - CUIDADOS
Os cuidados de enfermagem ao RN devem ser prestados observando s empre
as alterações e o impacto do mesmo na unidade familiar. As primeiras horas
pós-parto exigem uma atenção especial pois apresentam um período de
ajustamento fundamental para o recém-nascido. Os cuidados imediatos
devem-se centrar na atenção ao estado do RN.

O ideal é que o RN receba os cuidados imediatos de um profissional treinado,


preferencialmente médico ou enfermeiro devidamente capacitado em
reanimação neonatal, porque em parto de risco pode ser necessária a
intubação traqueal do neonato.

3.2 - CUIDADOS COM ATENÇÃO ESPECIAL

A desobstrução das vias aéreas deverá ser realizada com a cabeça em nível
inferior ao restante do corpo (Trendelenburg a 20°), virada para o lado, pois
esta posição favorece a drenagem e impede a aspiração de muco, líquidos,
coágulos ou mecônio pelo neonato.

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Na avaliação do RN, deve-se observar e anotar o instante em que o RN chora
e respira.

Entregar o RN imediatamente a mãe, a fim de fortalecer o vínculo entre a


mãe e o filho e favorecer o contato pele a pele, facilitando a amament ação
na primeira hora de vida (golden hour).

Ao clampear e laquear o cordão umbilical deve-se deixar um coto com cerca


de 3 cm de comprimento. A secção do cordão umbilical é feita (aguardar 1 a
3 minutos, para que o cordão pare de pulsar e o sangue contid o na placenta
retorne ao neonato) pelo obstetra ou enfermeiro obstetra que assistiu o parto.

Manter o RN aquecido e prevenindo hipotermia.

Verificar e anotar o Apgar do 1° e do 5° minuto, estabelecidos pelo médico


ou pela enfermeira obstetra.

Certifique-se de que foram coletadas amostras de sangue do cordão para


determinar o grupo sanguíneo e fator Rh, além de todas as determinações
que o pediatra julgue necessárias. Pese e meça o RN.

Identificar o RN e a mãe, usando pulseiras (conforme protocolo padrão da


instituição) no pulso ou tornozelo (colocado na mãe e no filho, coleta -se a
impressão digital dos dedos da mãe e plantar do filho). Deve cons tar na
identificação:
 Nome da mãe (“filho de” ou “RN de”)
 Sexo do RN
 Número do quarto, do leito materno
 Data

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Administração de vitamina K para prevenção da doença hemorrágica do RN (2 mg
por via oral ou 1 mg por via IM no vasto lateral/coxa).

Observação: O profissional deve usar equipamento de proteção individual,


pois o bebê estará envolto em líquido amniótico e sangue, que podem estar
contaminados. Utilizar um campo aquecido, segurar o bebê pelos pés e pelo
dorso.

3.3 - CUIDADOS COM O RN – RECOMENDAÇÕES OMS (2018)

Recomendações da Organização Mundial de saúde (OMS) na atenção ao


parto normal.
 Não se deve aspirar boca e nariz de neonatos que tem líquido
amniótico claro e que começam a respirar espontaneamente após o
nascimento – não recomendado.
 Recém-nascidos sem complicações devem ser mantidos em contato
pele a pele com suas mães, durante a primeira hora após o nascimento,
para prevenir hipotermia e promover a amamentação – recomendado.
 Todos os recém-nascidos, incluindo bebês com baixo peso ao nascer
(BPN) que são capazes de amamentar, devem ser colocados no peito
o mais rápido possível após o nascimento, quando estão clinicamente
estáveis e a mãe e o bebê estão prontos – recomendado.
 Todos os recém-nascidos devem receber 01 mg de vitamina K por via
intramuscular após o nascimento (ou seja, após a primeira hora em que
o bebê deve estar em contato pele a pele). O contato com a mãe e a
amamentação devem ser iniciados o mais breve possível -
recomendado
 O banho do recém-nascido deve ser retardado a 24 horas após o
nascimento. Se isto não for possível devido a razões culturais, o banho
deve ser atrasado por, pelo menos, seis horas.

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 Roupas apropriadas para a temperatura ambiente são recomendadas.
Isso significa de uma a duas camadas de roupas no bebê a mais do
que os adultos, e o uso de chapéus / bonés.
 A mãe e o bebê não devem ficar separados e devem permanecer no
mesmo quarto 24 horas por dia – recomendado
 A profilaxia antibiótica de rotina não é recomendada para mulheres com
parto vaginal não complicado – não recomendado.
 Após um parto vaginal descomplicado em uma Unidade de Saúde,
mães e recém-nascidos saudáveis devem receber cuidados nas
instalações por pelo menos 24 horas após o nascimento. Antes da alta,
o sangramento da mãe deve estar controlado, a mã e e o bebê não
devem ter sinais de infecção e o bebê deve estar amamentando bem –
recomendado.

3.4 - OBJETIVOS ESPECÍFICOS

 Oferecer a todos os recém-nascidos condições para adaptação


imediata à vida extrauterina

 Proteger a criança contra os riscos do meio ambiente.

 Efetuar procedimentos e prestar cuidados ao RN.

 Atentar para os problemas que ocorrem e solucioná -los.

 Priorizar uma assistência humanizada ao binômio mãe/filho, mantendo


a parturiente informada e consciente de suas opções.

 Prezar por condutas baseadas em evidências científicas e atentar para


possíveis violências obstétricas (caso houver, relatar ao chefe
imediato).

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CAPÍTULO 4
APLICAÇÃO DE VITAMINA K – (Kanakion®)

A função da vitamina K é catalisar a síntese de protrombina no fígado,


necessária para a coagulação sanguínea.

A administração de vitamina K ajuda na prevenção da doença hemorrágica


do RN, causada por uma deficiência dos fatores de coagulação (dependentes
da vitamina K) que se instala geralmente entre o primeiro e o quinto dia d e
vida.

Normalmente, a vitamina K é sintetizada pela flora intestinal. No entanto, o


intestino do RN é estéril ao nascimento, e só será colonizado após a
amamentação (o leite materno, porém, contém níveis baixos de vitamina K).
Logo, o suprimento é inadequado nos primeiros 3 ou 4 dias. Também há
imaturidade hepática, com pouca produção de fatores sanguíneos.
Orientações:
 Administra-se uma única dose (0,5 mg para RN pré-termo e 1 mg para
RN a termo) na primeira hora de vida, por via intramuscular.
 Normalmente aplica-se no músculo vasto lateral da coxa.
(Motivo: ausência de outra massa muscular bem desenvolvida. A
aplicação em outros sítios poderá ocasionar necrose, por não haver
tecido para absorver o medicamento).
 Padronizar o lado – por exemplo, sempre no esquerdo.
(Motivo: para posterior controle em caso de intercorrências, uma vez
que poderá haver outra injeção intramuscular).
 Quanto à armazenagem, a vitamina K deve ficar ao abrigo da luz e calor.
Conservar as ampolas na caixa até o momento do uso; depois de aberta, a
medicação pode ser utilizada em até 12 horas se protegida da luz.
(Motivo: a medicação é fotossensível: após 12 horas, a vitamina K oxida.)

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CAPÍTULO 5
5 - AVALIAÇÃO DA VITALIDADE DO RECÉM-NASCIDO

O método utilizado para avaliar o RN foi criado em 1952 por Virgínia Apgar.
Realiza-se a avaliação aos primeiros 60 segundos de vida e aos 5 minutos,
atribuindo-se, para cada sinal avaliado, notas de zero a dois e no final faz -se
o somatório, que dará um total de zero a dez.

Aqueles que, no quinto minuto de vida, estiverem com baixas notas


(considerados deprimidos), receberão assistência específica (oxigenação,
reanimação etc.).

Significado das notas obtidas na Avaliação de Apgar:


 0 a 3: asfixia grave;
 4 a 6: asfixia moderada;
 7 a 10: boa vitalidade, boa adaptação à vida extrauterina

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CAPÍTULO 6

ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NA UNIDADE DE


INTERNAÇÃO NEONATOLÓGICA

6.1 - ASSISTÊNCIA NA INTERNAÇÃO

O RN vai se acomodando mediante um processo de adaptação,


experimentando alterações físicas e estabilizando funções importantes para
seu futuro. Técnicas de enfermagem garantem que esse processo decorra
de forma segura e adequada.

Ao receber o RN, o técnico de enfermagem ou enfermeiro deve:

 Conferir os papéis com o RN.


 Encaminhar para a sala apropriada.
 Colocá-lo em berço aquecido sem roupas.
 Observar e anotar sinais vitais e características (temperatura,
coloração, respiração e etc).
 Administrar vitamina K, caso não tenha sido feito em sala de parto
 Pesar, medir estatura e perímetros (PC, PT, PA).
 Fazer exame físico do bebê – exclusivo para enfermeiros.
 Fazer a primeira limpeza – banho.
 Iniciar a hidratação (SG a 5%), geralmente após 4 horas de nascimento
ou conforme conduta/protocolo institucional.
 Fazer as devidas anotações (choro, eliminações, respiraçã o, sucção,
deglutição).
 Verificar temperatura e pulso periodicamente (seguir protocolo da
instituição).
 Realizar exame corporal (clínico). O médico e o enfermeiro farão este
exame detalhado entre 10 e 12 horas de vida, para não resfriar o bebê.
Observam-se sinais vitais, coloração da pele, condições do coto

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umbilical, a presença de traumatismo e malformações do coto e se há
outras malformações etc.
 Anotações: as anotações variam de acordo com os impressos de cada
instituição. Os dados referentes à mãe e à c riança deverão ser
preenchidos antes da transferência.

6.2 - ASSISTÊNCIA NA UTI-NEO

Orientações para assistência de enfermagem na UTI-Neo (Unidade de terapia


intensiva neonatal):

 Cumprir as normas e a hierarquia da UTI-Neo e do hospital.


 Colaborar com o ensino e a pesquisa conforme as atribuições
profissionais.
 Cientificar atribuições, rotinas e escalas a serem cumpridas.
 Prestar cuidado ao RN de acordo com a prescrição e checar sempre
no prontuário.
 Administrar medicamentos ou realizar procedimentos some nte quando
houver delegação do enfermeiro.
 Comunicar ao enfermeiro alterações e situações de emergência.
 Registros e passagem de plantões conforme rotina.
 Zelar e cuidar dos equipamentos.
 Dar atenção aos pais e fornecer somente informações autorizadas pelo
enfermeiro.
 Participar de cursos e reuniões de serviço.

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CAPÍTULO 7

MEDIDAS ANTROPOMÉTRICAS

Com a aferição das medidas antropométricas objetiva -se avaliar crescimento


pondo-estatural. As medidas utilizadas são: Peso, Comprimento, Perímetro
cefálico (PC), torácico (PT) e circunferência abdominal (CA).

7.1 - PESO

O peso é a medida mais importante para a avaliação do crescimento e estado


nutricional. A criança está em constante processo de crescimento e sempre
deve estar ganhando peso. A criança dobra o peso de nascimento até os 6
meses, triplica-o aos 12 meses e quadruplica-o entre 2 e 3 anos.

Técnica de Pesagem:

 Lavar as mãos.
 Despir a criança.
 Colocar toalha de papel sobre a bandeja da balança ou sobre o
assoalho, em caso de crianças maiores.
 Colocar delicadamente a criança deitada ou sentada na cesta da
balança: Manter uma das mãos sobre seu corpo sem tocá -lo, em caso
de crianças maiores, solicite que suba na balança e fique em eu
centro.
 Fazer a leitura do peso e registrar no prontuário.
 Vestir a criança.
 Lavar as mãos após o procedimento.

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7.2 ALTURA

A altura é a medida fiel do crescimento muscular e esquelético da criança. É


influenciada pelas condições de nascimento e gestação, hereditariedade,
alimentação, doenças crônicas, mentais e hormonais e tende a ser constante,
aproximadamente até os 18 anos.

A alteração do posicionamento corporal da criança pode alterar o resultado.


Até os 2 anos, a criança é medida na posição deitada, utilizando -se régua
antropométrica, que tem uma extremid ade fixa no zero e um cursor. Após
essa idade, a criança é medida na posição vertical, com régua tipo mural.

Deve medir de 48 a 52 cm de altura (e atinge ± 75 cm com 1 ano).


Técnica de mensuração:
 Lavar as mãos.
 Despir a criança.
 Colocá-la em decúbito dorsal, com as pernas estendidas e a cabeça
em linha reta.
 Colocar a régua com a parte fixa em contato com a cabeça e mover a
outra parte até a planta dos pés.
 Manter os joelhos juntos e pressionados delicadamente para baixo,
para que as pernas fiquem completa mente estendidas.
 Fazer a leitura do valor obtido.
 Vestir a criança.

7.3 - PERÍMETRO CEFÁLICO (PC)

O perímetro cefálico (PC) é a medida da circunferência do crânio. Esta


aumenta rapidamente no primeiro ano de vida, para se adaptar ao
crescimento do cérebro. Quando o PC está muito abaixo ou muito acima do
esperado, é indicativo da presença de alguma alteração, como microcefalia
ou hidrocefalia, respectivamente.

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O formato da cabeça varia conforme o tipo de parto e duração. A medida da
circunferência occipitofrontal varia de 33 a 37 cm no bebê a termo. O PC é
igual ou excede em 2 cm o tórax. Se for 4 cm maior que o tórax, avaliar a
existência de macrocefalia.

Técnica de mensuração:

 Lavar as mãos.
 Posicionar a criança deitada no berço ou sentada no colo da mãe.
 Colocar a fita métrica passando pelas partes mais salientes da região
frontal (acima das sobrancelhas) e occipital (a fita deverá estar
ligeiramente folgada).
 Anotar o valor obtido em centímetros.

7.4 - PERÍMETRO ABDOMINAL (PA)

O perímetro abdominal (PA) é o valor da circunferência abdominal,


conferindo parâmetros sobre o crescimento abdominal anormal. Não é
medido rotineiramente, só no momento do nascimento e em situações
especialmente prescritas.

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Média de 35 cm.

Técnica de mensuração:
 Mede-se o PA colocando-se a fita métrica em volta do abdome, na
altura da cicatriz umbilical.

7.5 - PERÍMETRO TORÁCICO (PT)

O perímetro torácico (PT) é a medida da circunferência torácica e confere


parâmetros sobre o crescimento anormal do tórax, indicando anomali as
pulmonares e cardíacas, entre outras. Também não faz parte da rotina de
mensurações, sendo verificado apenas no momento do nascimento ou
quando prescrito.

Média de 35 cm, comumente 2 a 3 cm menor que o da cabeça.

Técnica de mensuração:

 Mede-se o PT colocando-se a fita métrica em volta do tórax, na altura


dos mamilos.

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CAPÍTULO 8
ASSISTÊNCIA NA MATERNIDADE

Desde o primeiro momento em que é recebido, o RN é submetido a


procedimentos e cuidados que deverão ser repetidos durante os dias em que
permanecer no hospital, a fim de facilitar e comprovar sua adaptação à vida
extrauterina.

Algumas dessas técnicas são exclusivas à equipe de enfermagem, como a


higiene, aspiração, verificação da permeabilidade anal, a administração de
vacina contra hepatite B e BCG, punção de capilar para coleta de sangue
para glicemia capilar e bilirrubinemia, TSH e PKU entre outras tantas
atividades.

8.1 - HIGIENE
Material necessário para o banho:
 Banheira
 Termômetro de banho
 Mesa auxiliar
 Toalha de banho suave
 Sabonete neutro
 Luva
 Gaze regal ou bolas de algodão
 Água morna
 Roupa de berço
 Fraldas
 Avental para proteção para o profissional, saco de lixo, etc.
Para o curativo do coto umbilical:
 Cotonete
 Gaze
 Álcool a 70%
Técnica:

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 Verificar a temperatura axilar do RN (temperatura do ambiente deve
ser de 24 a 27 °C).
 Despir o RN e pesá-lo, em seguida, cobri-lo com lençol.
 A água deve estar entre 37 e 38 °C.
 Usar bolas de algodão ou lenços descartáveis macios para secar os
olhos, a face e a parte externa dos ouvidos.
 Os olhos são limpos e secos do canto interno para fora.
 Usar sabão neutro.
 Lavar a cabeça do bebê usando movimentos circulares delicados e
após lavar, secar e em seguida descobrir o corpo.
 Inclinar a cabeça para trás, a fim de limpar o pescoço.
 Depois coloque-o na banheira segurando com firmeza (não demore
muito no banho).
 Enxugue o bebê com movimentos delicados, coloque a fralda e faça
curativo do coto umbilical com álcool a 70% e termine de vestir o bebê.

8.2 - HIDRATAÇÃO E ALIMENTAÇÃO

Para que o RN esteja devidamente hidratado e alimentado, é importante que


nas primeiras horas de vida tenha sido estimulado no seio materno. Vale
ressaltar que as condutas utilizadas variam de acordo com os p rotocolos
adotados em cada instituição.

Deve-se colocar a criança ao peito, mesmo na sala de parto. Quanto mais


cedo se fizer, melhores serão os resultados na instauração do aleitamento.

A melhor posição para amamentar é sempre a que for mais confortável para
a mãe e para o bebê.

Para aleitamento artificial ou complementar, com a criança na mesma


posição, coloca-se o copinho (podendo utilizar o descartável de café) na sua

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boca apoiando as bordas nas laterais da boca, depois de verificar a
temperatura do leite. O bebê terá o reflexo de ma mada naturalmente.

Na metade da mamada e no final, faz-se um descanso para facilitar a


eructação. Após as mamadas o bebê deve ser colocado em posição para
eructação.

IMPORTANTE

Perda ponderal: todos os bebês perdem até 10% de seu peso, desde o
nascimento até por volta do 3º ou 4º dia de vida. Essa perda é causada pela
diminuição do edema, pela eliminação de mecônio e urina e pela pequena
ingestão fisiológica de alimentos nos primeiros dias de vida.

A criança apresenta 3 reflexos que facilitam a amamentação:


 Reflexo da rotação
 Reflexo da sucção
 Reflexo da deglutição

Nos 3 primeiros dias, a produção do leite é endócrina. Após 3 dias, a


produção é exócrina.

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Prazos e validade do leite materno: Temperatura ambiente (8 horas),
geladeira (2 a 8 °C por 24 horas), freezer (-18 a -15°C por até um mês) e
pasteurizado (freezer por até 6 meses).

CAPÍTULO 9
AVALIAÇÃO DOS ASPECTOS ESSENCIAIS DO RN

9.1 - PRINCIPAIS CATEGORIAS DE DADOS COLETADOS


 História e cuidado materno pré-natal;
 Tipo sanguíneo materno e fator RH, história de isoimunização;
 Resultados dos exames de investigação materna (por exemplo, pesquisa do
HIV, titulação para rubéola, ect.);
 História do trabalho de parto: início, duração, complicações;
 Rompimentos de membranas: quantidade de líquido, presença de mecônio,
relação com a hora do parto;
 Registro de monitoração fetal (evidência de sofrimento fetal);
 História do parto: duração, medicações e anestésicos (quantidade e quando
administrados).

9.2 - AVALIAÇÃO GERAL

Na avaliação deve-se dar ênfase para os aspectos normais e anormalidades que


possivelmente estejam presentes no RN. A avaliação detalhada do RN deve ser feita
dentro de 24 horas após o nascimento.

SUGESTÃO: LER SOBRE MALFORMAÇÕES CONGÊNITAS

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APARÊNCIA GERAL
 Postura: no RN a termo, a postura deve ser aquela de flexão completa como
consequência da posição intrauterina, chamada de posição fetal (a cabeça
flexionada e o queixo repousando sobre a porção superior do tórax, os braços
fletidos com as mãos fechadas, as pernas flexionadas nos joelhos e nos
quadris). Observar sonolência e irritabilidade.
 Pele: coloração, vérnix caseosa, marcas de nascença. Lesões cutâneas
extensas (equimoses, hematomas).
 Esforço respiratório.
 Cabeça: observar o formato geral.
◦ Face: verificar anomalias
◦ Nariz: observar se há batimento de asas de nariz, se houver pode indicar
sofrimento respiratório. Presença de coriza pode indicar sífilis congênita.
◦ Boca: observar lesões, ulcerações, coloração e presença de dentes.
◦ Olhos: observar cor e secreções.
 Abdome: defeitos genéticos e alterações.
◦ Umbigo: normalmente tem duas artérias e uma veia, envoltos na geleia de
Wharton. A presença de apenas uma veia e uma artéria pode indicar
problemas renais ou genéticos. Observar se há secreção, edema e etc.
◦ Genitália: qualquer anormalidade deve ser anotada e informada ao
enfermeiro.
◦ Ânus e reto: verificar imperfuração anal, posição e eliminação de mecônio
ate 48 horas após nascimento.
 Extremidades: observar braços, mãos, pernas e pés. Contar dedos.
 Tronco e coluna: verificar manchas pilosas sobre a parte inferior das costas.
 Sistema nervoso central: observar na criança a presença de qualquer
movimento anormal (convulsão) ou irritabilidade excessiva e, em seguida, o
tônus.

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9.3 - AVALIAÇÃO DOS SINAIS VITAIS

Esta avaliação deve ser realizada quando a criança estiver calma e quieta.

9.3.1 - FREQUÊNCIA RESPIRATÓRIA

A respiração é abdominal, e a média é de 40 nos RNT e até 60 nos RNPT


(contagem das respirações por 1 minuto, antes de dete rminar a FC apical).
É importante observar também o movimento do tórax, bem como os
movimentos abdominais.

Anotar com exatidão a profundidade e a qualidade da respiração (costal ou


abdominal) e se há suspeita de dispnéia quando o RN apresenta respiração
costal.

9.3.2 - FREQUÊNCIA CARDÍACA

Pulso apical é aferido com o auxílio de um estetoscópio e auscultando o


batimento apical na região precordial, dois dedos abaixo do mamilo
esquerdo.

Contar por 60 segundos, a FC normal varia entre 120 -160 bpm e 70-80 bpm
durante o sono.

9.3.3 - TEMPERATURA

A temperatura do corpo representa equilíbrio entre o calor produzido pelo


corpo e o calor perdido por ele.

Deve-se registrar a temperatura e o método empregado. Indicar se a


temperatura é retal (usualmente 1°C a mais do que a temperatura oral) ou
axilar (usualmente 1°C a menos). Normalmente a temperatura do RN normal
varia de 36,5 a 37 °C. É preciso informar sobre qualquer elevação ou redução

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anormal e prestar cuidados de enfermagem indicados para a condição do
bebê.

9.3.4 - PRESSÃO ARTERIAL

Embora não seja uma medida de rotina verificada ao nascimento, a PA


avaliada pelo ultra-som Doppler é o método mais preciso no RN. Mede a
pressão sistólica, diastólica e média; a pressão arterial ao nascimento é em
média 80/46 mmHg (PA é mais comumente verificada em RN na UTI).

CAPÍTULO 10
ALTA HOSPITALAR

A alta hospitalar é um dos momentos mais importantes para os pais, pois a


responsabilidade não mais será dividida entre a equipe de saúde e as dúvidas
e inseguranças aumentam. Daí a importância da ori entação adequada pela
equipe de enfermagem. Na alta hospitalar é preciso:
 Certificar a alta médica no prontuário do bebê.
 Dar ciência à mãe a alta do recém-nascido.
 Vestir o RN, orientando a mãe nos cuidados gerais em casa.
 Transmitir com clareza a receita médica e demais tratamentos.
 Perguntar se a criança já foi registrada, caso não tenha sido, orientar
os pais quanto à importância do registro de nascimento no tempo hábil;
 Esclarecer a necessidade do acompanhamento no PSF, nas consultas
de puericultura.
 Explicar a importância das imunizações, os benefícios da vacina para
a criança e orientar como ela deverá proceder.
 Explicar-lhe do exame do pezinho.
 Anotar horário e data da saída no Relatório de Enfermagem e no
relatório geral.

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 Conduzir ambos até a recepção.
 Realizar desinfecção, limpeza geral e terminal da incubadora (se
utilizou).
 Organizar o prontuário.
 Encaminhar o prontuário para secretária da unidade e daí para o
arquivo médico.

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CAPÍTULO 11
ATENDIMENTO EM UTI NEONATAL

11.1 - INTERVENÇÃO NO AMBIENTE FÍSICO

Os berços e/ou incubadoras devem estar distantes de pias, fones, rádios,


janelas e locais de grandes atividades ou passagem. É importante que haja
espaços entre os berços para evitar que se esbarre neles, pr ovocando
mudança no estado comportamental do RN.

11.2 - ORIENTAÇÕES AOS FAMILIARES

Personalizar o bebê colocando etiqueta com seu próprio nome e os nomes


de seus pais. Incentivar o toque leve e carinhoso quando estiverem próximos
do RN. Favorecer o vínculo dos familiares com o bebê. Incentivar os pais a
falarem sobre a saúde de seu filho. Fornecer informações sobre aleitamento
materno, lavagem das mãos antes e após sair da UTI e os horários de visitas.

11.3 - BIOSSEGURANÇA

Prevenção de transmissão de microrganismos multirresistentes em recém-


internados, que tem como objetivo, prevenir disseminação de patógenos
multirresistentes aos antibióticos.

Entende-se por multirresistentes: estafilococos resistentes à oxacilina,


bactérias G-resistentes aos aminoglicosídeos, enterococos resistentes à
vancomicina e teicoplanina.

População-alvo: recém-nascidos admitidos nas UTIs, provenientes de outra


instituição de saúde, com passagem pela UTI da mesma instituição ou que
tenham sido submetidos a quaisquer procedi mentos invasivos, como
cirurgias, inserção de cateteres, intubação orotraqueal, entre outros,
independente de diagnóstico infeccioso. RN nascido na mesma instituição
deve também receber cuidados especiais que visem à prevenção de infecção.

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Recém-nascido com suspeita de infecção deverão ser instalados em quarto
privativo com banheiro e sob precauções de contato, conforme normas de
isolamento n° 363. Atentar para o protocolo da instituição quanto às medidas
contra infecção, principalmente em caso de doença i nfectocontagiosa.
Manter o RN sob precaução de contato até avaliação do Centro de Controle
de Infecção Hospitalar (CCIH). Notificar o CCIH sobre internação desses RN.

11.4 - EQUIPAMENTOS DE UTI


 INCUBADORA
Indicada para internação do RN que precisa de cond ições clínicas
especiais como: suporte de O2, manutenção da temperatura, pós -
operatório e isolamento. O equipamento possui uma câmara interna
protegida por uma cúpula de acrílico transparente com portinholas
laterais para acesso, tendo ainda uma pressão interna maior que a do
ambiente para evitar a entrada de ar externo em seu interior. Sua
manutenção requer higienização com água e sabão neutro a cada 5
as onde todas as peças móveis são removidas e lavadas. Poderá se
realizada a troca do filtro quando necessário, por exemplo, após alta
do RN.
 INCUBADORA DE TRANSPORTE
Utilizada em remoção mantendo as características da incubadora
estacionária, mas com adaptações para encaixe do trilho da
ambulância e cilindro de O2, iluminação interna e bateria para 3 horas.
 BILIBERÇO
Equipamento utilizado para fototerapia. Possui colchão de silicone, e
as lâmpadas são instaladas por baixo. Na parte superior há um refletor
em forma de arco para ação na parte superior do corpo. Este
equipamento tem demonstrado eficiência superior no tratamento da
icterícia neonatal por meio da fototerapia.
 BILISPOT
Também utilizado em fototerapia, porém com proteção elíptica sobre
a superfície corpórea do RN; a vantagem é a mobilidade que o

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equipamento fornece podendo ser utilizado em uma enfermaria de
maternidade ou PSI.
 OXÍMETRO E CAPNÓGRAFO
Utilizado para medir percentual de oxigênio (oxímetro) e de dióxido de
carbono (capnógrafo) presente na circulação periférica. Esses
equipamentos são indispensáveis na observação da capacidade
espiratória e cardiovascular do RN.
 ÓXIDO NÍTRICO
Trata-se de um gás cada vez mais utilizado no tratamento de
hipertensão pulmonar provocada por cardiopatias congênitas e
aspiração de fluidos, como mecônio. Apesar de poder gerar toxicidade,
quando instalado por um profissional habilitado, pode oferecer grandes
benefícios devido a melhora na circulação sangüínea pela
vasodilatação em capilares alveolares pulmonares. A dosagem e a
prescrição são feitas pelo médico especialista em UTI -Neo. Em casos
de prematuridade também melhora o fluxo sanguíneo nos capilares
evitando o aparecimento da enterocolite necrosante. Sua instalação é
feita por meio de uma adaptação no circuito do aparelho ventilador.
 APARELHO RESPIRADOR
A atenção dada ao respirador deve ser voltada à sua montagem uma
vez que os parâmetros são regulados pelo médico assistente conforme
a evolução do diagnóstico. Alguns parâmetros devem ser mantidos
quando o parelho ficar de sobreaviso:
◦ Blender (FiO2) = 60%
◦ Peep (pressão expiratória final) = 5 mmH2O
◦ Pinsp (pressão inspiratória final) = 12 mmH2O
◦ Tinsp (tempo inspiratório) = 0,4 s
◦ FR (frequência respiratória) = 20/min
◦ Modo SIMV (ventilação mandatória intermitente sincronizada).

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Referências Bibliográficas

FIGUEIREDO, Nébia Maria de Almeida, et al. Tratado prático de enfermagem


neonatal. YENDIS, 2ª Edição; São Paulo, 2008.

MANUAL DE ROTINAS DE ENFERMAGEM DA INTERNAÇÃO NEONATAL.


Hospital municipal e maternidade escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder
Silva. 4ª Edição. São Paulo, Junho, 2012.

WHO recommendations: intrapartum care for a positive childbirth experience.


Geneva: World Health Organization; 2018. Licence: CC BYNC – SA 3.0 IGO.
Traduzido por Míriam Rêgo de Castro – Enfermeira Obstetra – Equipe Bom
Parto

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