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INDICE
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Uma gravidez saudável durante 40 semanas
Por diversos motivos surgem desconfortos durante toda a gravidez. É importante reconhecê-los como tal, trabalhar na sua
prevenção e intervir para os atenuar/melhorar. Referindo, em primeiro lugar, os aspetos referentes à prevenção:
1) Utilizar roupa adequada à estação do ano, não muito apertada (nas pernas, por exemplo) e idealmente com suporte
para o abdómen. Os sapatos devem ter cerca de 3/4cm de salto, idealmente em formato “cunha”. No que diz respeito
ao soutien, deve permitir uma boa sustentação da mama (alça mais larga)
2) Para a higiene deve ser privilegiado o duche em detrimento do banho de imersão. A grávida pode e deve ir ao dentista,
mantendo todos os cuidados com a higiene oral. Aconselha-se a manutenção da pele bem hidratada, com aplicação de
creme hidratante, pelo menos na barriga e mamas.
3) Se não existir indicação médica no sentido contrário, é aconselhável a prática de caminhadas e ginástica / hidroginástica
ou yoga. A prática de desportos mais ativos que exijam esforço intenso ou possibilidade de queda (ex: desportos de
combate, escalada) está desaconselhada.
4) Poderá manter durante toda a gravidez atividade sexual, exceto se receber, por parte do médico assistente, indicação
em contrário. No final da gravidez é benéfico para acelerar o parto, pelo que é mesmo recomendável.
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5) A atividade laboral está recomendada até a sua prática começar a ser desconfortável / prejudicial para a gravidez.
6) Mulheres fumadoras que engravidem devem reduzir ao máximo o consumo de tabaco, durante o período em que estão
grávidas. Ter atenção que o facto de estar num ambiente em que se torna fumadora passiva também tem influência no
desenvolvimento do seu bebé, pelo que deve evitar locais com muito fumo.
7) O consumo de álcool, apesar de não estar proibido, deverá ser bastante racionado, evitando excesso do seu consumo.
8) A ingestão de bebidas com cafeína, como o café, deve ser reduzida (não ultrapasse os 2 cafés por dia). Prefira o
descafeinado e tenha atenção que bebidas gaseificadas como a coca-cola também contêm cafeína (para além de muito
açúcar).
9) Durante a gravidez apenas pode tomar os medicamentos que lhe são recomendados pelo seu médico assistente. Muitos
fármacos estão contraindicados durante a gravidez e são mesmo prejudiciais à mamã e bebé. Não os tome sem
autorização do médico, mesmo que conheça alguém que os fez para o mesmo fim
É muito importante, logo desde o início, distinguir os motivos que nos obrigam a deslocar ao hospital:
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Hemorragia vaginal (semelhante ou em maior quantidade que a menstruação, de cor castanha ou vermelho vivo)
Diminuição / ausência de movimentos fetais
O pavimento pélvico
O Pavimento Pélvico é o conjunto de músculos, ligamentos e fáscias que formam a estrutura de suporte dos órgãos pélvicos:
bexiga, útero e reto.
Durante a gravidez o papel de suporte do pavimento pélvico é extremamente exigente. Esta exigência pode conduzir ao seu
enfraquecimento, que pode ter diversas consequências desagradáveis. Destacam-se a incontinência urinária durante a
gravidez e/ou no pós-parto, alterações a nível sexual e alterações anatómicas do corpo feminino.
Os exercícios do pavimento pélvico podem ajudar a evitar/minimizar estas consequências pelo que devem ser executados
antes e após o parto, sendo importantes ao longo de toda a vida da Mulher.
Para iniciar estes exercícios é muito importante descobrir quais são os músculos certos. Para isso podem ser utilizados um
dos seguintes métodos:
1) Imagine que está a tentar impedir a saída de gases. Contraia a musculatura que usaria nesta situação. Se sentir uma
sensação de “puxão” significa que esta a contrair os músculos certos;
2) Deite-se e introduza o dedo na vagina, contraia a musculatura como se quisesse interromper o fluxo de urina. Se sentir o
aperto no dedo significa que está a contrair os músculos certos.
Após o reconhecimento da musculatura correta poderá começar a exercitar! Recomendamos que associe o realizar destes
exercícios a algo que habitualmente faz no dia a dia: lavar os dentes, subir/descer no elevador, tomar o pequeno almoço,
beber café, parar no sinal vermelho…
Se sentir dificuldade poderá contactar-nos e agendar uma avaliação para que a possamos ajudar a identificar o local a
contrair.
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Exercícios Pélvicos
Contrair os músculos do pavimento pélvico “puxando para cima e para dentro” e manter durante 6 segundos.
De seguida relaxar durante 6 segundos. (Repetir)
Lembre-se que deverá adequar a quantidade e duração dos exercícios, consoante a sua capacidade, aumentando
gradualmente o grau de dificuldade. Poderá executá-los em qualquer posição!
Em associação com os exercícios de Kegel, não para fortalecer a região perineal mas para ajudar a que se torne mais flexível,
recomenda-se a realização de uma técnica chamada de massagem perineal, numa gravidez sem risco em qualquer altura,
numa gravidez de risco após as 30/32 semanas, como forma de promover a elasticidade natural do canal vaginal e ajudar a
que um parto vaginal tenha uma probabilidade menor de episiotomia:
A gravidez é um momento da vida crítico, mas normal para a mulher, que implica uma maior labilidade emocional, com uma
maior apetência para a fragilização.
Com a aproximação do momento “parto” em que finalmente vamos conhecer o bebé, entramos num momento de “viragem”
de uma vida a dois, uma relação a dois, para iniciar uma relação triangular, em que o terceiro elemento é um bebé muito
dependente e que muito exigirá dos papás.
É por isto que se diz, que no dia do parto, não nasce apenas um bebé, mas também um pai e uma mãe!
Esta nova etapa da vida, com todas as suas exigências, com o assumir na família e sociedade de novos papéis, o deixar de ser
apenas filho ou filha para também ser pai e mãe leva a que o casal se sinta perante uma “vida nova”, com novas
responsabilidades. Todas estas exigências são carregadas com alguma “pressão social” e induzem alguma ansiedade, receios
e incertezas (especialmente quando se fala do primeiro bebé). Ao mesmo tempo, o corpo da mulher está a ser alvo de uma
“luta hormonal” que a tornam mais suscetível: falamos nestes primeiros tempos em casa de blues pós-parto.
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O blues pós-parto é uma situação benigna que afeta mais de 50% das mulheres nos primeiros tempos em casa. É
caracterizada por choro fácil, sentimentos de incerteza e dúvidas, questionar-se repetidamente sobre as suas capacidades
enquanto mamã e mesmo enquanto mulher. É muito frequente nesta fase sentir vontade de chorar…sem encontrar qualquer
motivo para o fazer! Apenas porque sim.
Esta situação de blues pós-parto em nada se compara com a conhecida depressão pós-parto nem é, efetivamente, a mesma
situação. Depressão pós-parto implica uma série de sintomas que poderão inclusivamente ir até à “vontade” de suicídio e
surgem pelo menos, pela primeira vez, cerca de dois meses após o nascimento do bebé. Esta patologia requer observação
por um profissional de saúde qualificado e é vivenciada por cerca de 10% das mamãs.
Durante todas estas novas “etapas” da vossa vida enquanto casal é importante que se mantenham mais unidos do que
nunca. O sentimento e atitude de ajuda e apoio são fundamentais para que tudo se processe de forma harmoniosa e feliz.
Após tudo estar mais calmo e organizado em casa e uma vez que já “aprenderam” a viver com o novo membro da família,
dediquem algum tempo para vós, aproveitem para “namorar”.
(deverá adequar esta lista à maternidade em que vai ter o seu bebé)
2/3 camisas de dormir ou pijamas abertos à frente 5/6 mudas de roupa completas (interior e exterior)
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2 soutiens de amamentação 1 gorro
5/6 cuecas descartáveis 1 casaco malha/lã
pensos higiénicos muito absorventes 1 manta
roupão 2/3 fraldas de pano
chinelos de quarto fraldas
chinelos de banho objetos/produtos de higiene
toalha de banho toalha de banho
objetos/ produtos de higiene pessoal
(discos protetores e creme protetor de mamilos)
roupa para sair da maternidade
Alguns bebés são apressados e querem conhecer os pais mais cedo. É importante reconhecer os sinais que nos levam a
pensar que isto vai acontecer. Se tem menos de 37 semanas e começar com contrações (a barriga fica muito dura e ao
mesmo tempo é sentida dor em todo o útero) deverá consultar imediatamente o médico pois há medicação que pode ser
dada à mamã para preparar a chegada do bebé, de forma mais segura, mesmo antes do tempo.
Atenção que há contrações em que a barriga fica muito dura mas este processo não é acompanhado de dor. Estas contrações
designam-se de “Contrações de Braxton-Hicks” e destinam-se apenas a preparar os músculos para o grande momento. Não
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são um sinal de parto! As contrações que constituem sinal de parto são sempre acompanhadas de dor (mais ou menos
intensa – considere a dor como um sintoma muito individual).
Se tem mais de 37 semanas de gestação, então o vosso bebé pode nascer em segurança e já não ser considerado nascimento
prematuro. Saberão que o vosso bebé quer nascer se:
Sentir contrações regulares (inicialmente de hora a hora…depois 30/30 minutos…20/20 minutos…cada vez com uma
frequência menor). Neste caso não deverá ir imediatamente para o hospital: deve esperar que as contrações fiquem
mais próximas (10/10 minutos se estiver longe do hospital, 5/5 minutos se estiver perto). Poderá utilizar ainda outro
critério: considerar que a dor que sente não está a ser suportável (deverá também deslocar-se ao hospital nesta
situação). Para chegar ao hospital na “hora certa” ou muito próximo, recomendamos que se desloquem ao hospital
no 511: contrações de 5/5 minutos, contrações que demoram 1minuto, durante 1hora.
Sentir que rompeu a “bolsa das águas”: neste caso deverá ir imediatamente para o hospital (não espere que o
marido regresse a casa dentro de algumas horas…não espere que as contrações comecem…dirija-se ao hospital
rapidamente pois o seu bebé terá, a partir desta data, maior risco de poder contrair uma infeção pois não está
protegido pela bolsa intacta).
Deverá ter em atenção que o líquido amniótico é incolor e sem cheiro, no entanto poderá facilmente ser confundido com as
perdas involuntárias de urina. Caso tenha dúvida recomendamos que se lave e seque muito bem, coloque roupa interior
nova, branca/clara; caminhe na sala, sente-se/deite-se e levante-se: controle passado alguns minutos se consegue distinguir
a roupa interior molhada, se cheira a urina e despiste. Caso a dúvida permaneça é preferível deslocarem-se ao hospital pois
através de exame físico/ecografia é possível o médico se certificar. Se notar que a saída de líquido é esverdeada então isso é
indicador de que deve ir imediatamente ao hospital pois não existe dúvida de que é a bolsa, com mecónio e é importante
estar no hospital cedo para avaliar o bem-estar do bebé.
A saída do rolhão mucoso (substância gelatinosa esbranquiçada com vestígios de sangue, tipo “ranhoca”) acontece, por
vezes, até 3 semanas antes do parto. Não deverá correr para o hospital pois não é sinal de parto. Significa apenas que a data
se aproxima… (não sabemos é exatamente quando!) Recomendaria apenas que se deslocasse ao serviço de urgência se notar
que tem menos de 35 semanas e o rolhão mucoso saiu. Poderá exigir outro tipo de vigilância.
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Quando se deslocarem ao hospital deverão levar o “livro da grávida”, vosso “bilhete de identidade” temporário, exames e
análises.
Se chegarem na “hora certa” para ficar no hospital, deverá estar em início de trabalho de parto ou já em trabalho de parto.
No serviço de urgência vão:
Fornecer-lhe uma camisa do hospital pelo que terá que “enviar” para casa os seus pertences (roupa, valores –
carteira, telemóvel, pulseiras, anéis, brincos.);
Questioná-la sobre quando foi a última vez que comeu e o quê (importante para controlar as horas de jejum caso
seja necessário realizar cesariana);
Se usar lentes de contacto poderá optar por retirá-las em casa e optar por levar óculos. Se não tem óculos poderá
sempre levar as lentes de contacto, contudo deverá avisar a enfermeira do serviço de urgência pois poderá ser
necessário retirá-las em caso de cesariana;
O mesmo se aplica a próteses dentárias móveis: deverá avisar a enfermeira da urgência pois poderá ser necessário
retirá-la em caso de cesariana;
Certificar-se de que não tem verniz nas unhas.
Agora que já estão no hospital, o acompanhante continua a ser um elemento importantíssimo. É-lhe permitido estar sempre
presente junto à mamã, contudo no serviço de urgência é frequente pedirem para aguardar um pouco assim como, no bloco
de partos, quando se está a realizar algumas técnicas como “epidural”.
Estes detalhes poderão ser ligeiramente diferentes caso tenham optado por um hospital privado para o nascimento do vosso
bebé!
Porque será um grande dia, é importante estarem preparados e assim, para que nada falte recomendamos que preparem a
“mala do acompanhante”.
Inclua:
Máquina fotográfica/câmara de vídeo e telemóvel. Assegurem-se que tem bateria suficiente ou que têm os
carregadores por perto;
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Porque a desejável “hora pequenina” pode ser demorada e se devem alimentar, poderão levar alguns snacks:
barritas, bolachas, …
Mesmo que não tenham a possibilidade de dormir no hospital, deverão levar roupa confortável assim como um
casaco ou camisola mais quente, para quando o dia arrefece;
Se usa lentes de contacto não se esqueça de levar uma alternativa: óculos ou caixa/produtos para cuidar das lentes;
Produtos de higiene: mesmo sem dormir no hospital, nada invalida que não utilize as instalações sanitárias para se
colocar mais confortável;
Carteira/documentos (não raras vezes, com a ansiedade de sair de casa, todos os documentos importantes ficam
esquecidos). Isto também se aplica a medicamentos que habitualmente tome (caso faça terapêutica para doença
crónica, não os deixe em casa);
Moedas/dinheiro trocado para utilizar nas máquinas de venda automática. Durante a noite, esta poderá ser a única
fonte de alimentos;
Mp3, dvd, portátil, revistas, revistas com jogos, para entretenimento;
Durante todo este período de trabalho de parto será o importante elo de ligação com a restante família, o veículo de
transmissão de informação e boas notícias!
Durante o período em que o organismo se está a preparar para a grande hora, podemos distinguir duas fases distintas: fase
latente (período em que ainda existe pouca dilatação e as dores são menos intensas) e fase ativa (período em que a dilatação
aumenta mais rapidamente, com dor mais forte associada).
Fase latente
Nesta fase, para maior conforto, pode inclinar-se para a frente, tomar um banho morno ou pedir ao papá para fazer algumas
massagens na região lombar.
Deve ainda respirar corretamente pois ajuda a descontrair, relaxar e oxigenar bem o bebé.
Deve inspirar pelo nariz e expirar pela boca: quando começar a sentir a contração a instalar-se, inspire fundo, expire e realize,
durante toda a contração, movimentos respiratórios ritmados e semi-profundos. No final da contração, faça nova inspiração
profunda e retome o ritmo habitual.
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Fase ativa
Na cama do hospital, conseguirá optar por diversas posições de conforto que a ajudarão neste período de contrações mais
intensas. Mude de posição a cada 20 / 30 minutos ou sempre que já não estiver confortável na posição anterior. Alguns
exemplos de posições confortáveis:
1. Decúbito lateral esquerdo (virada completamente para o lado esquerdo)
2. Semi-ventral esquerdo (semi-virada para o lado esquerdo)
3. De gatas ou ajoelhada sobre uma bola de pilatos (há hospitais que disponibilizam)
4. Semi-ventral direito (semi-virada para o lado direito)
5. Decúbito lateral direito (virada completamente para o lado direito)
6. Semi-sentada (as marquesas de parto são elétricas e permitem fazer uma posição muito aproximada ao sentada)
A equipa de saúde poderá recomendar um dos decúbitos face à apresentação fetal, encontrada com o toque. É importante
colaborar com estas recomendações, pois irão facilitar todo o trabalho de parto.
Poderá também levantar-se, caminhar junto à cama ou no próprio serviço, tomar banho, movimentar-se da forma que se
sinta mais confortável. Comunique os seus desejos à equipa do hospital que escolheram.
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No hospital poderão não ter muitas almofadas para ajudar a estes posicionamentos, contudo é possível “improvisar” uma
almofada com um lençol bem dobradinho! Se ninguém se lembrar disto, sugira.
Peça uma bola de pilatos ou, previamente, solicite autorização para levar a sua. Sente-se na bola e faça alguns movimentos e
“saltos”, tome um banho morno para ajudar no alívio da dor.
Durante este período é provável que esteja já no hospital e que lhe tenha sido colocado um CTG (cardiotocografia). O CTG
consiste na colocação de dois sensores (um no fundo do útero para registo de contrações e outro no “foco”, local onde
melhor se ouve o coração do bebé) que vão deixar registado, na fase ativa do trabalho de parto, um registo semelhante a
este:
De seguida, entrará numa fase com uma intensidade de dor superior, pelo que a respiração continua a ser de extrema
importância. Poderá inclusivamente ter vontade de fazer força e ainda não ter “autorização” para o fazer. Para gerir udo isto
da melhor forma deve respirar corretamente durante a contração:
Ao começar a sentir a contração a instalar-se, inspirar profundamente e deixar sair o ar lentamente (poderá realizar
este passo uma ou duas vezes, consoante sentir a contração a “ficar forte”); ao sentir a contração instalada faça a
respiração “cão cansado”, com ciclos respiratórios curtos, sem pressas! Lentamente... Com o término da contração,
volte a inspirar e expirar profundamente.
Aproveite o intervalo de tempo entre cada contração para repousar e recuperar para a seguinte
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Durante esta fase o bebé está a trabalhar arduamente: terá que se posicionar e descer…de forma a encontrar a posição
perfeita para passar no canal vaginal e nascer
Antes do período expulsivo, o bebé faz os últimos movimentos para se posicionar da forma mais correta:
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Período expulsivo
Durante a expulsão, a respiração correta vai ser decisiva para o nascimento do bebé!
A partir do momento em que tem autorização para fazer força, sinta a contração a instalar-se. Quando esta começa a
instalar-se deve inspirar fundo, manter os pulmões cheios de ar e fazer força em baixo como se estivesse a “fazer cocó”. Esta
força, para ser realizada corretamente, deverá ser realizada com os pulmões cheios de ar e ser contínua: escute as
recomendações de quem lhe está a fazer o parto pois será a pessoa mais indicada para a ajudar a fazer tudo bem.
Se durante a gravidez praticou os exercícios de Kegel para o pavimento pélvico esta será a melhor altura para os utilizar:
deverá com o controle dos músculos perineais realizar os exercícios de Kegel “ao contrário”, concentrando a força não na
contração, mas na expulsão: “para fora”.
Dequitadura
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Relaxamento para controlo da dor
Para além de poder optar por métodos mais “naturais” (banho quente, relaxamento), assim como de cumprir e se concentrar
na respiração, poderá optar pela epidural.
A epidural poderá ser realizada para analgesia (alívio da dor – trabalho de parto vaginal) ou anestesia (cesariana). A técnica
realizada é a mesma, contudo o fármaco que se utiliza é ligeiramente diferente pelo que um apenas permite aliviar a dor e o
outro funciona como anestésico).
A epidural poderá ser administrada consigo na posição de sentada ou deitada e consiste na introdução de um fármaco
analgésico num local muito específico, nas suas costas. Isto permitir-lhe-á reduzir a dor ao ponto de se conseguir sentir
confortável durante o restante trabalho de parto.
Como atenção especial à realização de epidural durante o trabalho de parto realçamos que deverá ser uma decisão pensada
o quanto antes para que, ao chegar à maternidade perto da hora “h”, saiba se realmente a quer realizar ou não. Isto é
importante pois para que a epidural tenha o efeito desejado deve idealmente ser realizada entre os 3/4cm e os 6/7cm de
dilatação. Se for realizada depois disso não terá tempo suficiente para fazer efeito e, por este motivo, o anestesista muito
provavelmente não a realizará.
A grande vantagem de realizar epidural (há várias técnicas, mas vasos chamar-lhe apenas epidural) é o alívio da sensação de
dor durante a contração. Sentimos a barriga a ficar muito dura, mas não sentimos dor.
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A sensação de dor, quente, frio e pressão são sentidos através de impulsos enviados ao cérebro pelos nervos.Os nervos,
antes de chegarem ao cérebro passam pela medula espinhal (spinalcord acima na imagem). Ao realizar qualquer uma das
técnicas que aqui chamamos de epidural, estamos a colocar um fármaco, líquido, na zona que rodeia esta espinal medula.
Este líquido irá bloquear o sinal de dor, quente, frio e pressão que está a ser enviado ao cérebro e desta forma não o
sentimos.
Tendo a vantagem de um trabalho de parto mais tranquilo e sem dor esta técnica poderá provocar:
Poderá aumentar a duração da fase expulsiva do trabalho de parto (contudo, sem dor)
Podemos fazer alergia a algum dos fármacos utilizados (estando no local certo para resolver essa alergia), pode
acontecer uma diminuição da tensão arterial (transitória e resolvida com a administração de soroterapia)
Podemos fazer retenção urinária (não ter vontade nem sentir vontade de urinar) – o que poderá exigir que a urina
seja retirada com uma algália ou sonda própria
1% das epidurais poderão provocar uma dor de cabeça intensa, que desaparece entre 2/3 dias a 1 semana pós-
parto.
0,0001% pode acontecer lesão dos nervos com diminuição da sensibilidade ou força (maioritariamente estas lesões
são transitórias)
Para o bebé esta técnica não terá repercussões não existindo evidencia de repercussões no aumento da incidência de
qualquer tipo de complicação no recém-nascido.
Existem alternativas à epidural: fármacos administrados através do soro ou mesmo analgesia inalatória (que alguns hospitais
dispõem).
As alternativas não farmacológicas incluem, em primeiro lugar a respiração: muita concentração, foco, pensamento positivo
(a cada contração que passa, falta menos uma para terminar esta etapa!).
Estar acompanhado, no nosso ambiente, num local que nos transmita calma e segurança e que nos faça sentir bem, é
igualmente meio passo para que estejamos confortáveis e otimistas.
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Há mulheres que nesta etapa preferem ouvir música, que as tranquilize, outras preferem ficar em silêncio. Há quem prefira
estar sozinha e há quem prefira estar rodeada de companhia.
Para além da música, do som, podemos usar cheiros, velas, menos luz e ambientes mais escuros. Isso poderá potenciar o
relaxamento. Para ajudar ao relaxamento e ainda a acelerar o trabalho de parto temos o uso da água (banho de imersão –
desde que a bolsa não esteja rota – ou chuveiro com água morna) e alguns movimentos.
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Tudo isto juntamente com uma massagem na região lombar (muitas vezes o local onde mais se sentem as contrações).
No que diz respeito ao movimento, algumas posições ajudam a que se as contrações se sintam com mais intensidade. Há
também posições que muitas gravidas na fase ativa do trabalho de parto sentem que devem adotar. Estas posições são
facilitadoras da descida e posicionamento do bebé, assim como potenciadoras do conforto durante as contrações. Muitas
vezes são sensações variáveis de pessoa para pessoa, mas deixamos alguns exemplos:
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Exemplo de uma técnica de relaxamento (para gestão da dor)
Durante a gravidez e o parto poderão surgir alguns momentos de stress e ansiedade. Esta técnica de relaxamento poderá
ajudar a controlar esses momentos. Poderá por isso ser executada e treinada antes do parto, ganhando experiência e
confiança na técnica para que seja executada durante o mesmo:
Ordens:Podem ser decoradas para o relaxamento ser autoinduzido ou serem ditas pelo parceiro:
1. Mova para a posição que deseja;
2. Pare;
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3. Sinta as mudanças que o movimento induziu.
Exemplos:
Cabeça:
1. Mova a sua cabeça colando-a no apoio
2. Pare…
3. Sinta o peso da sua cabeça no apoio
Queixo:
1. Mova o seu queixo, puxando-o para baixo
2. Pare…
3. Sinta os dentes separados, o queixo pesado e os lábios frouxos
Língua:
1. Mova a língua pressionando-a para baixo
2. Pare…
3. Sinta a sua língua solta e a garganta livre
Ombros:
1. Mova os ombros para baixo em direção dos pés
2. Pare…
3. Sinta que os ombros se afastaram das orelhas e o seu pescoço se alongou
Mãos:
1. Mova os dedos esticando-os
2. Pare…
3. Sinta os seus dedos bem separados, sinta as pontas dos dedos repousadas no apoio, sinta o seu polegar repousado no
apoio
Coxas:
1. Mova as suas coxas virando-as para fora
2. Pare…
3. Sinta as coxas viradas para fora, sinta as rótulas viradas para fora
Respiração:
Escolha o ritmo, procure mantê-lo lento
Inspire suavemente
Solte o ar suavemente
Sinta o movimento nas suas costelas
Repita 1 vez (no máximo 2)
Para retornar à atividade, não tenha pressa. Espreguice-se, boceje e aguarde 1 minuto ou 2 antes de se colocar de pé.
Esta técnica pode também ser utilizada após o seu bebé nascer sempre que sinta necessidade de relaxar por uns momentos!
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Parto eutócico vs Parto distócico
Considera-se um parto eutócico aquele que, sendo por via vaginal, acontece sem qualquer tipo de ajuda.
Contudo, por diversos motivos relacionados quer com o bebé, cordão ou até com a anatomia da mãe um parto eutócico
poderá passar a distócico. São exemplos de partos distócicos:
Forceps
Ventosa
Cesariana
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Após o parto
Imediatamente após o período expulsivo e dequitadura (saída da placenta), os papás aguardam, em conjunto, a transferência
do bloco de partos para o internamento (puerpério).
O puerpério – período que decorre desde o nascimento até cerca de 6/8 semanas após o parto. Durante esta nova fase é
necessário ter atenção a alguns aspetos:
Perda hemática (lóquios), inicialmente vermelho vivo e, com o decorrer dos dias, em menor quantidade e menos
vivo. É fundamental utilizar penso higiénico e nunca tampões;
Episiotomia (se parto vaginal). Deverá lavar e secar muito bem a zona após cada ida ao wc. Estes pontos começam
gradualmente a ficar mais rígidos, poderão fazer comichão e “picar” e caiem espontaneamente durante os primeiros
cerca de 10 dias;
Se o parto foi cesariana, terá uma sutura longitudinal, junto à linha do bikini. Sairá do hospital com um penso que
deverá evitar molhar durante a higiene. Esta sutura também tem pontos, contudo estes terão que ser retirados,
após o 7º dia após o parto;
Deverá iniciar contraceção – ao 21º dia – pois por estar a amamentar não está protegida contra nova gravidez;
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Os primeiros dias após o parto serão dias “sem descanso”! Aproveite todos os minutos mais livres para poder
dormir, descansar e recuperar energias;
Este é também um período de adaptação para o casal. A chegada de um novo elemento à família, exige um conjunto de
adaptações simultâneas, nem sempre vividas com serenidade. É de esperar que estes primeiros dias sejam mais difíceis, que
sintam insegurança e por vezes até alguma vontade de chorar. Contudo, não entendam estes sentimentos como se algo
estivesse a correr mal, mas sim como a exteriorização de muitos sentimentos, em simultâneo.
Vocês estão, nesta etapa, a aprender a ser pais!
Do segundo ao quarto dia após o parto, ocorre o designado por “descida do leite”, pelo que entraremos na temática da
amamentação.
Amamentação
O primeiro passo que contribui para o sucesso da amamentação começa imediatamente após o parto, nos primeiros
segundos de vida do bebé, com o primeiro contato pele com pele.
Após esta etapa, entramos num período em que tanto o bebé como a mamã vão aprender a lidar com este novo
acontecimento!
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Sabe-se que o bebé demora cerca de 1 hora a “despertar” para a amamentação. É importante que nesta primeira hora
estejam os dois juntinhos, pele com pele, converse com o bebé, o toque e olhe nos olhos. Gradualmente o bebé vai estando
mais alerta para a necessidade de comer e vai demonstrar alguns sinais: lamber os lábios, abrir a boca, tentar sugar o dedo,
mover a boca como quem procura algo, torcer o corpo para os lados e começar a reclamar baixinho (tudo antes de chorar).
Estas são as vossas primeiras desconfianças de que o bebé está preparado para agarrar na mama e começar a mamar.
Ofereça-lhe a mama e deixe que seja ele a descobrir o novo sabor do colostro.
Para que a amamentação seja eficaz, é necessário ter em atenção algumas dicas:
- A mãe deve amamentar em horário livre (o leite materno tem uma excelente digestibilidade pelo que o bebé pode ter
necessidade de mamar com bastante frequência);
- Não fique condicionada a um determinado tempo de duração da mamada (90% do que o bebé necessita, mama nos
primeiros 4 min da mamada, sendo o tempo total da mamada muito variável para o mesmo bebé e ao longo do mesmo dia);
- Começar por oferecer uma mama na totalidade ao bebé e só depois a outra (se necessário), isto porque a constituição do
leite materno no início da mamada começa por ser mais rica em água e lactose e ao longo da mamada, vai sendo cada vez
mais rica em gordura (esta regra é menos importante nos primeiros 15 dias de vida, em que o que se pretende é
essencialmente que exista estimulo e que ambos aprendam – o bebé a mamar e a mamã a amamentar);
- Reiniciar pela mama onde terminou (numa fase inicial pode acontecer que o bebé fique satisfeito apenas com uma mama
pois as suas necessidades são ainda pequenas). Se o bebé apenas mamou uma mama, deve, na mamada seguinte, começar
pela mama oposta.
É também de extrema importância que o bebé, quando se encontra à mama, faça uma sucção nutritiva, mame leite
efetivamente e não faça apenas uma sucção não nutritiva, estando apenas a chuchar no mamilo da mãe (sucção não
nutritiva são movimentos rápidos, semelhantes aos da Maggie dos Simpsons ao chuchar a chupeta). Para isso é necessário
que a mãe verifique os sinais de que o bebé está de facto a mamar, ou seja, a sucção é mais lenta do com a chupeta, o bebé
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enche as bochechas de leite e é audível a deglutição do leite pelo bebé (nos primeiros dias poderá ser difícil perceber todos
estes sinais mas com o passar do tempo tornar-se-á uma profissional!).
Um bebé que não mame efetivamente, não é bem alimentado. Para que se possa perceber se o bebé está a ser bem
alimentado ou não, um dos primeiros sinais observáveis é o bebé fazer xixi e cocó. Outro indicador é a sua progressão de
peso (bebés alimentados com amamentação em exclusivo devem ser pesados semanalmente).
Um bebé, após os 4 dias de vida, deve fazer 6 a 8 xixis por dia. Estes xixis poderão ser maiores ou menores, contudo a fralda
terá que ter sempre alguma urina. Poderá ainda fazer um ou mais cocós diariamente, contudo o cocó do bebé é semelhante
a um “pum líquido” em pequena quantidade – aparece uma zona amarelada ou acastanhada que fica totalmente absorvida
pela fralda. Por vezes poderá ter alguns farrapos, contudo é sempre líquido…e não é diarreia.
Para que a mamada seja de sucesso, ou seja, o leite passe convenientemente da mama para o bebé, é também necessário,
que o bebé faça uma boa pega na mama.
Uma boa pega pressupõe que a boca do bebé apanhe a maior parte da aréola e dos tecidos que estão sob ela, o queixo do
bebé toque a mama, a boca do bebé esteja bem aberta, o seu lábio inferior esteja virado para fora e pode-se ver mais aréola
acima do que abaixo da boca do bebé. Para que o bebé aprenda a fazer uma boa pega (e não se confunda) é importante que
não se ofereça chucha e/ou biberão até aos 15 dias de vida, altura em que a amamentação está completamente
estabelecida, pois isso poderá levar a que o bebé fique “confuso” na forma como deve pegar na mama.
Nota importante: Ao longo do período em que o bebé é amamentado existem, pelo menos, três datas que são decisivas
para todo o sucesso e que correspondem aos chamados “picos de crescimento”. Em alturas específicas como, cerca dos 3
dias, 3 semanas e 3 meses, os bebés passam pelos chamados picos de crescimento e parecem estar … sempre com fome!
Exigem da mãe muito mais nesta fase e, principalmente aos 3 dias e 3 semanas, parecem querer mamar a cada meia hora (ou
a cada hora), com uma frequência diferente da que já estavam habituados.
Estes períodos são saudáveis e é importante sabermos que, por o bebé pedir para mamar com mais frequência, não quer
dizer que estejamos a ficar sem leite!
Pensamento positivo, muita paciência e insistência conseguirão passar por esta fase com harmonia e sucesso. A imagem
abaixo mostra o tamanho do estômago do bebé evolutivamente:
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Questões frequentes
Quer esteja a ser amamentado ou mesmo com leite artificial, o bebé não necessita que lhe dê água pois a quantidade de
água no leite materno ou no biberão é suficiente para satisfazer as suas necessidades hídricas. No entanto, em dias de mais
calor o bebé pode sentir necessidade de mamar com mais frequência exatamente por ter necessidade de ingerir mais
líquidos.
Após cada mamada deve colocar o bebé a eructar, vulgar “arrotar”. Poderá colocá-lo ao seu ombro, na posição vertical e dar
umas leves pancadas nas costas do bebé ou então sentá-lo ao seu colo, virá-lo para si e dar-lhe umas leves pancadas nas suas
costas, ajudando assim a mobilizar o ar deglutido. Se ao fim de algum tempo o bebé ainda não tiver arrotado, não se
preocupe, deite-o e aguarde. Provavelmente não precisará, contudo, se precisar, ele próprio vai reclamar e pedir para que o
retire do berço.
Pode acontecer que após a mamada, o bebé bolse. Isto significa que expele pelo canto da boca uma pequena quantidade de
leite, na maioria das vezes leite meio digerido, com aspeto de estar “coalhado” ou até mesmo quase água. Desde que ocorra
em pequena quantidade não é motivo para preocupação. O músculo no topo superior do estomago, cárdia, é muito imaturo
e deixa, habitualmente sempre, sair algum líquido.
É recomendado que todos os bebés façam um suplemento de vitamina D diário pela sua importância na fixação do cálcio nos
ossos e dentes e nas funções metabólicas, musculares, cardíacas e neurológicas. Normalmente, é recomendado até aos 12
meses de vida do bebé. As únicas vitaminas que não são facultadas ao bebé por intermédio da amamentação é a vitamina D
(daí este suplemento) e vitamina K (realizada como profilaxia a todos os bebés, imediatamente após o parto).
Mamas ingurgitadas
Esta situação ocorre muitas vezes logo ao 3º dia pós-parto quando se dá a chamada descida/subida de leite. Está relacionada
com uma grande quantidade de leite nas mamas o que as torna tensas, brilhantes e dolorosas. Deste modo, a aréola fica
tensa sendo difícil para o bebé agarrar uma quantidade suficiente da mama para poder sugar, por outro lado, a própria mãe
pode amamentar menos porque tem dor o que levará a uma diminuição da produção de leite podendo levar ao abandono da
amamentação.
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Para prevenir uma situação de ingurgitamento mamário, a mãe deverá dar de mamar sempre que o bebé quiser, verificando
se o bebé está bem posicionado e faz uma boa pega. Caso no final da mamada a mama ainda tenha muito leite, deve retirá-lo
com bomba ou manualmente e conservá-lo.
Para resolver uma situação de ingurgitamento mamário, a mãe deverá retirar um pouco de leite antes de oferecer a mama
ao bebé para que ele consiga mamar. Se mesmo deste modo o bebé não conseguir mamar, a mãe deve retirar o leite com
bomba ou manualmente e assim dá-lo ao bebé. Todo o leite que reste após a mamada é importante que seja retirado.
Para a mãe ter mais facilidade em retirar o leite deve estar calma e junto do bebe pois o fator psicológico contribui bastante
para a produção e drenagem do leite; beber um líquido quente pois os líquidos promovem a produção de leite e o facto de
ser quente permite uma dilatação dos ductos mamários sendo mais fácil a saída do leite; poderá ainda aplicar toalhas
embebidas em água quente ou passar com o chuveiro com água quente nas mamas e em seguida massajar toda a mama com
a ponta dos dedos na direção dos mamilos.
Caso após a retirada do leite as mamas se mantenham inchadas, a mãe poderá aplicar toalhas embebidas em água fria para
aliviar o desconforto.
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Outro dos problemas frequentes na amamentação é o bloqueio dos ductos mamários que consiste no aparecimento de um
ou mais nódulos mamários, podendo a zona ficar avermelhada devido ao facto de haver leite em determinada zona da mama
que não saiu por qualquer motivo como um soutien apertado que não permitiu essa saída ou o facto de o bebé não mamar
todas as áreas da mama. Nesta situação a mãe não tem febre e sente-se bem, contudo sente algumas zonas com durões.
Para resolver/prevenir esta situação, é importante que a mãe amamente em diferentes posições (posição tradicional, posição
invertida e posição deitada) para promover a saída de leite de todas as áreas da mama, faça uma leve pressão, com os dedos,
no sentido do mamilo para ajudar a esvaziar aquela parte da mama e use roupas largas e um soutien que apoie, mas não
comprima.
A mastite é outro dos problemas possíveis, mais raro, e consiste numa infeção do tecido mamário, sendo que uma parte da
mama se apresenta avermelhada, quente, inchada e dolorosa. Pode acontecer no caso da ingurgitação mamária ou bloqueio
dos ductos se o leite não sair ou no caso de existirem fissuras pois estas servirão de porta de entrada para as bactérias, que
infetarão o tecido mamário. Este é um dos motivos pelo qual a mãe deve lavar sempre muito bem as mãos antes de
manipular as mamas.
Numa situação de mastite, normalmente a mulher tem febre e sente grande mal-estar devendo ser observada pelo médico
pois deverá ser medicada. A resolução da mastite passa pela toma da medicação prescrita e o repouso da mulher. A mãe
deve também retirar o leite manualmente ou com bomba e se permitido, continuar a amamentar e, habitualmente, a
situação melhora, em alguns dias. Apenas está contraindicada a amamentação numa situação semelhante à da imagem
(muito rara) em que há pus a sair pela zona do mamilo.
Outro problema frequente na amamentação são os mamilos dolorosos ou com fissuras cuja causa mais frequente é uma má
adaptação do bebé à mama. Para prevenir é importante que o bebé seja posicionado corretamente durante a mamada
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(cabeça em linha reta com o corpo, face de frente para o mamilo), faça uma pega correta, deixe a mama espontaneamente,
ou caso seja necessário a interrupção da sucção, deve ser colocado o dedo suavemente na boca do bebé até à interrupção da
sucção. A mãe também deve lavar os mamilos com sabão apenas uma vez por dia pois o sabão é abrasivo para o mamilo.
Para resolver uma situação de mamilos gretados, a mãe deve aplicar umas gotas de leite no mamilo e aréola, após o banho e
após cada mamada, deixar secar e aplicar em seguida creme protetor para mamilos. Antes da mamada apenas deve retirar o
excesso de creme, não sendo necessário lavar o mamilo. Poderá também expor os mamilos ao ar e ao sol, sempre que
possível, no intervalo das mamadas ou utilizar conchas, permitindo a circulação de ar que ajuda à cicatrização e recolhe as
gotas de leite que saem no intervalo das mamadas, mantendo o mamilo seco. Poderá também optar pelo uso de discos de
hidrogel nos intervalos das mamadas que vão ajudar à cicatrização e usar mamilos de silicone durante a mamada até à
completa cicatrização do mamilo.
O leite materno poderá ser retirado, conservado e armazenado de forma a permitir dá-lo ao bebé noutras ocasiões.
Deve fazer a extração de preferência para o recipiente em que irá guardar o leite, para evitar as manipulações. Após a
extração, poderá optar por conservar o leite de acordo com as seguintes indicações da Direção Geral de Saúde:
LEITE RECÉM EXTRAÍDO (fresco)
Temperatura ambiente (se <25ºC) 6/8 horas
LEITE REFRIGERADO
Prateleira do frigorífico (0/4º C) - 8 dias
Prateleira do frigorífico (4/10º C) - 3/5 dias
LEITE CONGELADO
No congelador (dentro do frigorifico) - 2 semanas
No congelador (separado -Tipo Combi) - 3/6 meses
Na arca frigorífica (-19ºC ou + baixo) - mais 6 meses
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Poderá extrair o seu leite, conservando as pequenas porções no frigorífico, em diferentes recipientes. Devendo registar
sempre a data e hora da extração em cada recipiente. Logo que obtenha a quantidade de leite desejada, congele-o. O leite
poderá ser congelado mesmo se permaneceu 48h no frigorífico. Não deverá juntar leite recém-extraído, ainda morno ao leite
já frio ou congelado.
Para descongelar, opte por oferecer ao bebé em primeiro lugar o leite guardado há mais tempo. O ideal será realizar a
descongelação lenta dentro do frigorífico. Se pretender uma descongelação mais rápida poderá colocar o recipiente sob água
corrente, primeiro fria e depois morna, água esta que nunca atinga mais de 37º de temperatura.
O micro-ondas não está indicado para descongelar nem aquecer o leite materno.
O leite descongelado deve ser consumido nas 24h seguintes e nunca deverá ser congelado novamente.
Finalmente, é importante abordar um dos problemas que mais frequentemente leva ao abandono do aleitamento materno:
pouco leite/choro do bebé. De facto, algumas mães pensam que o seu leite é insuficiente porque o bebé chora mais do que o
habitual, quer sugar mais frequentemente, demora muito a mamar ou adormece a mamar.
No entanto, todas as mulheres possuem um número semelhante de células produtoras de leite pelo que todas serão capazes
de amamentar de igual forma. Na maioria das vezes, os principais erros da mulher são a sua falta de confiança em como o
seu leite é suficiente, o facto de amamentar em horário bem determinado (rígido), deixando o bebé esperar muito tempo
para mamar e o facto de trocar de mama, quando o bebé não esvaziou totalmente a primeira (a criança não ingere
quantidade suficiente da gordura que está no final da mamada e fica insatisfeita).
Para resolver este problema, é importante que a mãe amamente em horário livre, que o bebé esvazie a mama até ao fim (até
que ele pare espontaneamente), só depois oferecer a outra, alternando na mamada seguinte e acordar o bebé, não o
deixando muito agasalhado, dado que isso favorece o adormecimento.
Para o aumento da produção de leite, a mãe pode amamentar com mais frequência durante alguns dias, amamentar
também de noite, pois a libertação de prolactina é superior durante a noite e retirar sempre o leite, sempre que não esteja
com o bebé.
Não esquecer que se o vosso bebéfaz 6 a 8 xixis (mudas de fralda com xixi) por dia e está a aumentar de peso, está
certamente a alimentar-se em quantidade e qualidade suficiente
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Enxoval do bebé – O que ter para o receber?
Para dormir:
- Alcofa, berço ou cama de grades
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- Rolos de posicionamento ou ninho (opcional pois podem ser feitos com lençóis ou toalhas e são sobretudo indicados para
os bebés que não têm alcofa ou berço pois na cama de grades sentem-se menos aconchegados)
- Almofada de desnivelamento da cabeceira (são aquelas almofadas em cunha para elevar a cabeceira do bebé - é opcional
pois pode ser feito com toalhas, mantas ou outros)
- Intercomunicador (opcional)
Para amamentação:
- Soutiens de amamentação
- Bomba para extração de leite (é opcional já que a mamã não consegue prever se vai ou não precisar. As elétricas são muito
mais eficazes que as manuais)
- Esterilizador (os sacos de micro-ondas são os mais práticos e económicos)
- Chucha / Porta-chupeta / Corrente de chucha (oferecer preferencialmente chuchas de formato anatómico ou ortodôntico,
em relação ao material, poderão ser de silicone ou látex)
Para passear:
- Cadeira de transporte 0+ (ovo), Alcofa (opcional) e carrinho de passeio
- Saco de mudas (com uma divisória para alimentação e outra para vestuário/muda fraldas)
- Sling, pano ou marsúpio
O Recém-nascido
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Características físicas do recém-nascido
O recém-nascido apresenta a cabeça proporcionalmente
maior ao resto do corpo e os ossos do crânio não se
encontram totalmente unidos formando as chamadas
moleirinhas (fontanela anterior e posterior). A cabeça poderá
apresentar-se assimétrica ou com ligeira deformação pela
passagem no canal de parto.
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mamilos. Este facto deve-se à passagem de hormonas maternas para o bebé durante a gestação.
Competências do recém-nascido
O recém-nascido tem a capacidade de ver a uma
distância de 20 a 25 cm, aproximadamente a distância
entre os seus olhos e o rosto da mãe quando está a
mamar. Tem preferência por cores contrastantes tal
como o preto e o branco, objetos brilhantes e
sobretudo pelo rosto humano.
Relativamente ao olfato, o recém-nascido reconhece o cheiro da mãe e do seu leite e consegue aperceber-se de cheiros
intensos.
Ele tem o sentido da audição completamente desenvolvido tendo preferência pela voz da mãe que lhe é bastante familiar. A
voz do pai, por ser mais grave tem normalmente um efeito calmante.
O recém-nascido reconhece o sabor doce, salgado, amargo e azedo.
Ele é particularmente sensível ao toque em todo o corpo, mas em especial em redor da boca, nas mãos e nos pés. Ser tocado
e acariciado fortalece a relação pais/bebé.
A aventura ser bebé começa na maternidade, logo após o primeiro segundo de vida! Imediatamente após o primeiro contato
com os papás, contato pele com pele e momento em que a nova família se conhece, é a vez dos profissionais de saúde
“olharem” para o bebé e avaliarem de que forma se está a adaptar à sua nova casa, a viver fora do útero.
Nesta avaliação, chamada de índice de Apgar, são avaliados alguns parâmetros: choro do bebé, cor da pele, tónus muscular,
batimentos cardíacos e frequência respiratória.
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A cada um destes parâmetros é dado um valor variável entre 0 e 2, sendo que a soma total dará um valor entre 0 e 10. O
índice de Apgar é avaliado ao 1º, 5º e 10º minuto e dará valores, idealmente, semelhantes a 7/8ou 9 ao 1º minuto e 10 nos
restantes.
Ainda durante este período de intensa avaliação por parte do profissional de saúde, o bebé é pesado (ficamos com o peso ao
nascer, peso de referência para a perda de peso fisiológica pela qual todos os bebés passam – poderão perder até 10% do
peso ao nascer durante os primeiros dias de vida) e é administrada por via intramuscular, uma vitamina – a vitamina K (como
o fígado do bebé ainda não trabalha a 100% esta vitamina interfere na cascata da coagulação, tornando-a eficaz e reduzindo
assim o risco de hemorragia no bebé nas primeiras semanas de vida). É ainda uma vitamina importante por não ser
transmitida pelo leite materno (como referido anteriormente).
Ainda na maternidade o bebé deverá fazer um rastreio auditivo para perceber a sua capacidade auditiva (alguns privados
agendam com o casal passado uns dias da alta).
Deve ainda ser vacinado com a VHB (1ª dose da vacina contra a hepatite B
administrada na coxa direita do bebé). Esta vacina não tem qualquer reação no
bebé.
Há uns anos atrás também era dada a BCG contudo, neste
momento, esta vacina apenas é dada a bebés cujos pais
preencham determinados critérios.
Na maternidade o bebé é observado pelo pediatra que lhe dará alta hospitalar, no entanto nos
primeiros 15 dias de vida, o recém-nascido deve ser novamente reavaliado pelo médico, neste caso aquele que passará a
seguir o bebé futuramente.
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ajudar a reverter a situação, deverão expor o bebé à luz indireta do sol, não devem vestir roupas amarelas para melhor
vigilância e caso o bebé esteja menos ativo e ocorrer aumento ou expansão da cor amarela deve ser observado pelo médico.
O choro do bebé
O choro é a forma que o bebé tem para comunicar e expressar as suas
necessidades.
Através do choro o bebé pode manifestar que tem frio e nesse caso apresenta
as extremidades (mãos e/ou pés) mais frias ao toque; calor, podendo apresentar
as faces muito vermelhas, a região da nuca muito quente e a região da cabeça ou
a pele transpirada. O bebé poderá também manifestar ter a fralda suja ou estar desconfortável com uma peça de roupa mais
apertada por exemplo. Através do choro poderá também manifestar que tem fome ou sede e que deseja mamar.
Por vezes o bebé chora porque tem cólicas. Deve-se ao fato de ter um intestino imaturo levando a que as fezes e o ar se
acumulem no intestino do bebé causando dor. A Cólica é traduzida por um choro intenso, face ruborizada, abdómen duro e
flexão dos membros inferiores sobre o abdómen. Normalmente, ocorre com mais frequência ao fim da tarde e afeta
sobretudo os bebés entre os 15 dias e os 3-4 meses.
Para alívio das cólicas poderá pegar no bebé virado para a frente, passando o braço sobre o abdómen do bebé fazendo
pressão; dar um banho morno ao bebé para permitir que relaxe a nível abdominal e liberte gases; colocar o bebé de barriga
para baixo, sobre o fraldário ou as pernas do adulto e exercer alguma pressão sobre o abdómen, sem nunca abandonar o
bebé nessa posição sem vigilância.
Se o bebé está a ser amamentado, a mãe deve ainda evitar ingerir alimentos que provoquem a formação de gases como o
feijão, grão, favas, lentilhas, ervilhas, milho, chocolate e bebidas gaseificadas, entre outros. Contudo, poderá ingerir estes
alimentos em pequena quantidade para avaliar a reação do bebé e de seguida perceber se deve suspender a sua ingestão ou
não.
É importante que os pais coloquem o bebé a arrotar sempre, após as mamadas e se necessário a meio para que o bebé
liberte todo o ar que deglutiu.
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Ainda para alívio das cólicas, pode ser realizada uma massagem abdominal ao bebé, untando as suas mãos com óleo e
efetuando movimentos circulares, no sentido dos ponteiros do relógio (sentido em que se efetua o trânsito intestinal)
alternando com a colocação dos joelhos do bebé fletidos sobre o seu abdómen durante alguns segundos.
Por fim, apenas se necessário, caso todas as atitudes anteriores não tenham surtido efeito, poderá
fazer-se uma estimulação rectal com cânula de bebegelou cotonete lubrificado, efetuando movimentos
circulares e para dentro e para fora no ânus do bebé.
Por último, o bebé pode ainda chorar porque está a adaptar-se ao meio envolvente que é novo em relação ao ventre
materno. De fato, o bebé que até ao nascimento apenas conhecia o espaço acolhedor da barriguinha da mamã, de repente
vê-se num meio com muita luz, ruido, cheio de estímulos e em muito diferente do anterior.
Sofre assim nos primeiros tempos, uma fase de adaptação ao ambiente extrauterino e por isso chora para libertar o seu
stress e ansiedade. Para ajudar o bebé a ficar mais calmo e tranquilo com a mudança, é importante que os pais tentem criar
um ambiente semelhante ao do ventre materno, através de um ambiente calmo; música suave, sobretudo músicas que a
mãe colocava durante a gravidez, ruído ritmado, que relembre o bater do coração, como o som da máquina de lavar roupa a
funcionar, o aspirador, o secador de cabelo ou fazer “sch” “sch” ao ouvido do bebé como o sangue que corria nas veias da
mamã; deitar o bebé sobre o peito da mãe/pai sem roupa de modo a que ouça o seu coração e sinta o seu odor; pegar no
bebé ao colo e embalá-lo suavemente com movimentos para cima e para baixo.
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Poderá ainda fazer a contenção do bebé, com uma manta de modo a que o mesmo se sinta aconchegado como no ventre
materno ou usar um pano porta bebés ou sling que permita transportar o bebé, junto ao corpo da mãe/pai, sentindo-se
assim mais seguro.
O banho nas banheiras do género da imagem, pretende dar a sensação ao bebé de que
voltou ao ambiente intrauterino pois as suas paredes recriam as paredes do útero
materno e a água morna relembra o líquido amniótico em que o bebé esteve durante
toda a gravidez. Poderá ser uma forma de acalmar o bebé, mas os pais devem assegurar
que estão sempre a suportar a sua cabeça para que o mesmo não mergulhe a face
totalmente, comprometendo a respiração.
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Necessidades do Recém-nascido
Sono e Repouso
O bebé deverá dormir num berço, alcofa ou cama de grades. Por questões de segurança deve evitar-se que durma com os
pais.
Deve ser posicionado de barriga para cima, mas com a cabeça lateralizada, devendo elevar-se a cabeceira ligeiramente.
Para que o bebé se sinta mais seguro e consiga adormecer com mais facilidade, poderá fazer-se a contenção do bebé, usar
um ninho para que o bebe se sinta mais aconchegado, colocar algo com o cheiro da mãe/pai junto ao bebé e a chucha.
Idealmente o bebé deverá dormir no mesmo local quer de dia como de noite sendo que de dia não devem escurecer na
totalidade o quarto e nem restringir os ruídos habituais da casa. Há noite o quarto não deve ter qualquer luz e ruído. Assim o
bebé aprenderá a diferenciar a noite e o dia.
Por motivos de segurança deve retirar-se a corrente da chucha durante o sono, não deve usar-se almofada e garantir que
nada obstrói as vias áreas do bebé como a roupa da cama, peluches ou outros.
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Eliminação vesical e intestinal
A urina do bebé poderá ter uma cor alaranjada ou cor de tijolo na fralda
devido à eliminação de uratos. Nas crianças do sexo feminino pode
ocorrer presença de hemorragia vaginal devido à passagem de
hormonas maternas para o bebé durante a gravidez.
As fezes do bebé, inicialmente têm uma cor verde escura ou mesmo
preta (mecónio) passando depois a ser esverdeadas ou amarelas.
Normalmente, as fezes sãoliquidas ou semilíquidas.
Muda da fralda
Começar por preparar o material:
- Fralda
- Compressas de não tecido embebidas em água/toalhitas para as saídas
- Creme barreira (opcional) ou pomada para assaduras (apenas em caso de assadura)
Como proceder:
Retirar a fralda suja higienizando os genitais da frente para trás
com as compressas embebidas em água passando cada
compressa apenas uma vez
Caso necessário colocar creme barreira e se a região estiver
macerada colocar pomada para assaduras
Ao fechar a fralda colocar um dedo entre a pele do bebé e a
fralda para verificar se está demasiado apertada ou alarga e se
é necessário ajustar
Higiene
O momento do banho é a altura do dia privilegiada para o contacto da mãe ou pai com o bebé. É um momento de partilha e
troca de carícias insubstituível e único.
Se o bebé faz aleitamento materno exclusivo será também um momento único em que o pai poderá ser o cuidador exclusivo
do bebé fazendo-o sentir-se integrado no cuidado ao bebé promovendo a vinculação.
O banho deve ser dado de preferência na mesma altura do dia pois a rotina é muito importante para o bebé dando-lhe mais
segurança. Poderá ser dado antes da mamada, no entanto, caso o bebé acorde muito inquieto para mamar e não seja um
bebé que bolse em demasia, poderá efetuar-se o banho logo após a mamada. Este facto permitirá que o bebé esteja mais
disponível para o banho.
Poderá ser dado em qualquer local da casa desde que seja um local com uma temperatura agradável (variável entre 22ºC e
24ºC), um ambiente calmo e sem correntes de ar.
Começar por preparar o material:
- Banheira
- Toalha com capuz
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- Termómetro de banho
- Manápula, esponja de banho ou compressas para dar o banho (opcional, pois podem usar a mão)
- Gel de banho corpo e cabelo e creme hidratante (ambos da mesma marca para perceber se o bebé tem alergia)
- Compressas de não tecido
- Ampolas de soro fisiológico
- Cotonetes de cabeça larga
- Tesoura, corta unhas ou limas de unhas para bebé
- Pente ou escova de cabelo
- Roupa interior e exterior para vestir após o banho
- Fralda
Como proceder:
Retirar todos os anéis, pulseiras ou relógios que possam magoar o bebé, lavando sempre as mãos antes de dar o
banho
Reunir todo o material necessário antes de iniciar
Colocar uma pequena quantidade de água na banheira (cerca de 5 cm), começando por colocar a água fria e só
depois a quente
Verificar a temperatura da água antes de colocar o bebé na banheira, utilizando o cotovelo, a parte interna do pulso
ou o termómetro de água (água idealmente a 37ºC)
Despir o bebé na totalidade envolvendo-o na toalha de banho para que não perca calor
Segurar o bebé passando o braço esquerdo pelas suas costas de modo a que a sua mão esquerda se prenda
firmemente debaixo do braço esquerdo do bebé, apoiando assim a sua cabeça. Com a mão direita segurar as pernas
e as nádegas do bebé mergulhando-o na água (pressupomos um cuidador dextro se não for o caso, precisará de
alterar a mão direita com a esquerda)
Começar o banho pela face, usando apenas água
Lavar em seguida a cabeça, retirando o sabão, depois os membros
superiores, tronco, membros inferiores e genitais (sempre da frente
para trás)
Lavar as costas do bebé e região do rabinho virando-o de bruços
ficando seguro no pulso direito do cuidador
O banho não deverá demorar tempo excessivo pois a água arrefece
Retirar o bebé da banheira e limpá-lo com toalha suave, sem
esfregar e sem esquecer as pregas cutâneas nomeadamente das
coxas e pescoço
Limpar coto umbilical com soro fisiológico ou álcool a 70º sem
cetrimida (o que deverão fazer também 3 a 4 vezes por dia até à sua queda – há maternidades que já não dão
indicação para fazer esta limpeza, contudo, a nossa equipa considera que este procedimento promove a cicatrização
e evita complicações)
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Após a queda do cordão deve manter-se este cuidado pelo menos 2 a 3 vezes dia por mais 2 a 3 dias
Aplicar creme hidratante em todo o corpo, incluindo os genitais, aproveitando para fazer uma massagem
Poderá aplicar creme na face, tendo particular cuidado em aplicá-lo de forma a não afetar os olhos do bebé e não o
introduzir na boca
Caso o bebé coloque as mãos na boca deverá restringir a aplicação de creme nesse local
Colocar a fralda sem que cubra o cordão umbilical (se necessário fazer dobra)
Vestir o bebé mantendo cobertas as partes do corpo que não está a vestir
Limpar os olhos com soro fisiológico e compressas esterilizadas.
Passar pelas pálpebras de fora para dentro com uma compressa
para cada olho e aplicação.
Limpar o pavilhão auricular com cotonetes próprios não esquecendo a parte de trás
Pentear o bebé
Partilhamos convosco o site https://tenhoumacrianca.gov.pt/ onde podem consultar todos os direitos e deveres antes e após
o nascimento do vosso bebé!
Soluços
Os solução são contrações involuntárias e repetidas do diafragma. Normalmente
acontecem depois do bebé mamar muito ou demasiado depressa.
Eritema da fralda
Consiste na inflamação da pele que está em contacto com a fralda devido ao contacto com as fezes e urina .
Como proceder?
- Exposição ao ar
Eritema da baba
Consiste na inflamação da pele das bochechas e queixo, devido ao contacto com a saliva ou conteúdo gástrico.
Como proceder?
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Crosta lactea
São crostas amareladas maioritariamente no couro cabeludo, sobrancelhas e
atrás das orelhas que surgem devido ao aumento da produção de sebo naquelas
regiões.
Não tem qualquer consequência para o bebé mas por questões estéticas os pais
poderão tomar algumas medidas para resolver.
Como proceder?
- Aplicar substância oleosa alguns minutos e em seguida tentar remover crostas com um pente
fino antes do banho do bebé
Moniliase/Candidiase oral/Sapinhos
Consiste no aparecimento de placas brancas na língua, bochechas, lábios e céu da boca.
É provocada por um fungo - Candida albicans e deve ser tratado para evitar que alastre.
Como proceder?
- Lavar com água a ferver todos os objectos que entrem em contacto com a boca do bebé (chupetas e brinquedo)
diariamente
Sinais de alerta: Bebé recusa mamar, sinais de desidratação ou aparenta estar doente
Bolçar
Ocorre por imaturidade da válvula que separa o esófago do estômago.
Como proceder?
- Colocar o bebé a arrotar após mamar e entre cada uma das mamas
- Lavar as mãos antes de cada mamada e efectuar a higiene diária dos mamilos,
chuchas e brinquedos.
Diarreia
Aumento da frequência das dejeções e diminuição da consistência das fezes
Como proceder?
- Mãe deverá evitar citrinos e alimentos com muita fibra preferindo alimentos
como cozidos e grelhados (massas, batatas, arroz e banana, em caso de
aleitamento materno)
- Lavar as mãos antes de cada mamada e efectuar a higiene diária dos mamilos, chuchas e brinquedos
Sinais de alerta: Sinais de desidratação; fezes com sangue ou pretas; vómitos persistentes ou em jacto
Febre
A temperatura auricular, com recurso a termómetros específicos só deve ser utilizada em crianças a partir dos 3 anos e a
temperatura oral, avaliada na boca da criança só em crianças com mais de 5 anos.
Como proceder?
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- Manter a criança/bebé confortável
Medir a temperatura com termómetro antes do antipirético (paracetamol) e 1 a 2 horas após (deve baixar 1 a 1,5°C).
A dosagem do paracetamol deve ser adequada ao peso e idade da criança. Nos bebés, poderemos administrar o paracetamol
supositório de 75mg, desde os 3kg aos 6kg do bebé, após o que de seguida, passará ao supositório de 125mg, até
aproximadamente aos 10Kg.
Sinais de alerta:
- Rigidez da nuca (bebé que deitado de barriga para cima numa superfície
tipo muda fraldas, o adulto ao colocar a mão atrás da cabeça do bebé não
consegue que o bebé incline a cabeça para a frente aproximando o queixo
do peito, ou seja há rigidez da nuca que impede este movimento)
- Sinais de desidratação, como: olhos encovados, fontanela deprimida (moleirinha mais funda do que
habitualmente), pele com perda de elasticidade, sede intensa, boca seca, urinar pouco)
- Febre ›40⁰
- Prostração
- Choro inconsolável
Obstrução nasal
É considerado que o bebé tem obstrução nasal quando apresenta o nariz
entupido e saída de expectoração incolor.
Como proceder?
- Realização de aerossois
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Sinais de alerta: Dificuldade respiratória, febre se bebé com menos de 3 meses, expectoração esverdeada (normalmente
indicativa de infecção bacteriana), ausência de melhoras em 10 dias.
Tosse
Normalmente está associada a uma constipação. Pode ser benéfica para expelir secreções
mas também pode ser seca ou irritativa
Como proceder?
- Realização de aerossois
Sinais de alerta: Dificuldade respiratória, febre alta associada, tosse que impede a criança de comer ou dormir, ausência de
melhoras em 14 dias
- Convulsões
- Dificuldade em respirar
- Recusa alimentar
- Vómitos repetidos
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Prevenção de acidentes no primeiro ano do bebé
EM TODA A CASA:
- Espreitar com regularidade para baixo dos móveis evitando que a criança tenha acesso a botões,
moedas, tampas de caneta, etc
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- Proteger escadas com cancelas no topo e em baixo, não devem ser escaláveis
- As grades de proteção das varandas não devem ser horizontais e devem ter no min. 110cm de altura. Não deve ser possível
que a criança passe por baixo ou através da grade.
- Nunca deixe o bebé sozinho em cima de qualquer superfície como muda fraldas, cama, sofá mesmo
que na sua cadeirinha
- Mantenha os sacos de plástico, balões, pilhas, caixa de costura e ferramentas fora do alcance da
criança
- Evitar o uso de anéis, fios e pulseiras pelas crianças sobretudo se largos por risco de estrangulamento, torsão, fratura e/ou
lesão muscular
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Produtos tóxicos e medicamentos:
No quarto:
- Grades com altura mínima, pelo interior, de 60 cm e sem espaço entre grades >
6 cm
- Quando o bebé começar a trepar as grades, passá-lo para uma cama com grade de protecção e ensiná-lo a sair pelo
fundo
- Nos beliches, a cama de cima só deve ser usada por crianças com mais de 6 anos
Na casa de banho:
- O móvel para mudar o bebé deve ser estável e ter o rebordo elevado
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- Colocar um tapete anti-derrapante na banheira
Na cozinha:
- Mantenha os fósforos, isqueiros, facas, latas, copos de vidro, fora do alcance da criança
- Evitar cozinhar com o bebé ao colo e quando junto a líquidos quentes como café, chá, sopa, etc
- Verificar temperatura dos alimentos aquecidos no microondas - recipiente pode estar morno e os alimentos muito
quentes
- Evitar oferecer alimentos duros e lisos, como amendoins, tremoços ou rebuçados e estar vigilante quando a criança
ingere pão, biscoitos ou bolachas
Na cozinha:
- Verificar estabilidade da cadeira da papa, encoste-a à parede e aperte o cinto, utilizando de preferência correntes
que passem sobre os ombros da criança
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Na Sala:
- Evitar toalhas de mesa com pontas caídas e ter atenção aos objetos
que se encontram em cima da mesa
No exterior:
O carrinho de passeio do bebé deve ser estável, com cinto de segurança, adequado ao
tamanho da criança e com sistema de travagem eficaz
Se necessário contactem:
Enf Anabela Schinck – 96 366 17 31 93 836 56 00 (WhatsApp)
geral@instituto4life.com ou instituto4life@gmail.com
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