Você está na página 1de 112

ITA 2024

AULA 06
Morfologia III

Prof. Celina Gil


Prof. Celina Gil

Sumário

1- Flexão 4
1.1- Flexão Nominal 4
1.2- Flexão verbal 6

2- Correlação de tempos e modos 15

3 - Regência 16
3.1- Regência Nominal 17
3.2- Regência verbal 23

4 - Concordância nominal e verbal 30


4.1- Concordância nominal 30

CASOS ESPECIAIS 33
4.2- Concordância verbal 35

CASOS ESPECIAIS 39

5- Exercícios 39

5.1- Lista de Exercícios 39

5.2- Gabarito 66

5.3- Exercícios comentados 67

6 - Considerações Finais 112

AULA 06 – Morfologia III 2


Prof. Celina Gil

Apresentação
Caro aluno,

Na aula de hoje vamos nos dedicar a esses pontos:

- Flexão verbal (número, pessoa, modo, tempo,


voz), classificação (regulares, irregulares,
defectivos, abundantes, auxiliares e principais) e
AULA 06 – Morfologia III conjugação dos tempos simples
- Concordâncias verbal e nominal; Regências
verbal e nominal; Colocação Pronominal.

Antes de começar a aula em si, veja uma breve revisão do que já vimos de verbos:

REVISÃO RELÂMPAGO
Verbos
- Palavra que representa a ação praticada, indicando quem a realizou e o momento em que foi realizada.
- Além de uma ação, pode expressar estado e fenômeno da natureza.
- Eles podem ser regulares ou irregulares.
- Quando estão na sua forma verbal pura, aparecem no infinitivo e terminam na letra r, precedidas de a
(1ª conjugação -ar), e (2ª conjugação -er) ou i (3ª conjugação -ir).

Verbo transitivo direto: precisa de complemento.


Verbo transitivo indireto: precisa de complemento com preposição.
Verbo intransitivo: não precisa de complemento.
Verbo de ligação: indica um estado, não uma ação.

ATENÇÃO: Apesar do verbo ser um dos focos principais dessa aula, veremos alguns assuntos
ligados às formas nominais para que você compreenda melhor os conceitos como um todo.
Vamos lá?

AULA 06 – Morfologia III 3


Prof. Celina Gil

1- Flexão
A flexão é uma modificação na palavra para expressar diferentes significados. Tanto verbos como
formas nominais podem ser flexionados.

A flexão das formas nominais é a declinação.

A flexão das formas verbais é a conjugação.

Vamos ver melhor cada uma delas.

1.1- Flexão Nominal


As formas nominais (substantivos, adjetivos, pronomes e numerais) admitem apenas duas
variações: gênero e número. Em compensação, cada uma dessas variações possui uma série de regrinhas.
Muitas delas já estamos acostumados e, por isso, fazemos automaticamente. Outras usamos mesmo e,
por isso, exigem maior atenção.

Gênero
A maioria dos nomes têm duas formas: masculino e feminino. Normalmente, é fácil saber o gênero
da palavra: masculino é precedido do artigo o, e feminino é precedido do artigo a.

Aqui temos algumas regrinhas de formação do masculino e feminino:

Regra: Masculino para Feminino Exemplo

Terminados em “o” mudam para “a” O gato – A gata

Terminados em “ão” mudam para “ã”, “oa” ou O capitão – A capitã / O leão – A leoa / O chorão
“ona” – A chorona

Terminados em “or” acrescentam um “a” ou “eira” O senhor – A senhora / Homem trabalhador –


(em caso de qualidade) Mulher trabalhadeira

Terminados em “ês” e “z” acrescentam um “a” O burguês – A burguesa / O juiz – A juíza

Terminados em “e” podem mudar para “a” O governante – A governanta

Alguns títulos de nobresa mudam para “esa”, O barão – A baronesa / O conde – A condessa /
“essa”, “isa” O papa – A papisa

AULA 06 – Morfologia III 4


Prof. Celina Gil

Lembre-se que nem sempre palavras masculinas e femininas terminam em o e a, respectivamente.


Ex.: o tapa; a alface.
O artigo é sempre mais confiável na hora de definir o gênero da palavra.

Alguns substantivos podem ser masculinos ou femininos dependendo do artigo que os precedem.
EX.: A cabeça do homem (parte do corpo)
O cabeça de equipe (líder ou chefe).

Número
Em geral, os nomes admitem duas flexões de número: singular e plural. Vamos ver algumas
regrinhas de transformação:

Regra: Singular para Plural Exemplo

Terminados em vogal, ditongo e “n” acrescentam “s” Gato – Gatos / Herói – Heróis / Hífen - Hifens

Terminados em “m” mudam para “ns” Montagem - Montagens

Terminados em “r” e “z” acrescentam “es” Senhor – Senhores / Sagaz - Sagazes

Terminados em “al”, “el”, “ol”, “ul” trocam o “l” pelo Canal – Canais / Anel – Anéis / Girassol –
“is” Girassóis / Azul - Azuis

Terminados em “il” trocam por “is” (oxítonas) ou


Juvenil – Juvenis / Inútil – Inúteis
“eis” (paroxítonas)*

Terminados em “ão” trocam por “ões”, “ães” ou Doação – Doações / Cão – Cães / Cidadão –
“ãos (paroxítonas)” Cidadãos

OBS: Substantivos terminados em “s” ou “x” são invariáveis. Ex.: Férias, córtex.

AULA 06 – Morfologia III 5


Prof. Celina Gil

Há ainda outros casos importantes de formação do plural que precisam ser considerados: a dos
substantivos compostos.

Substantivos compostos Exemplo

Não separados por hífen: acrescenta-se o “s” Pontapé - pontapés

Separados por hífen: variam conforme o caso. substantivo + substantivo: couve-flor – couves-flores.

Variam ambos substantivo + adjetivo: obras-primas

adjetivo + substantivo: más-línguas

numeral + adjetivo: sexta-feira

Separados por hífen: variam conforme o caso. segundo termo é determinante do primeiro:
banana-prata - bananas-prata
Varia o primeiro
segundo termo é ligado por preposição: pé-de-cabra
– pés de cabra

Separados por hífen: variam conforme o caso. primeiro termo é verbo ou palavra invariável:
guarda-chuva – guarda-chuvas; vice-presidente-
Varia o segundo
vice-presidentes.

1.2- Flexão verbal


O verbo é a palavra com maior número de variações possíveis numa oração. Ele se divide entre
radical e desinência. O radical é a parte invariável, onde está o significado do verbo, e a desinência, onde
ocorrem as variações dependendo do contexto.

Ex.: Amarei
Desinência
Radical

Há cinco possibilidades de variação que um verbo pode apresentar: modo, tempo, número,
pessoa e voz.

AULA 06 – Morfologia III 6


Prof. Celina Gil

Modo
Maneira que o verbo é flexionado e quais significados possui. Distinguem-se três modos verbais +
três formas nominais:

- Indicativo: denota ação real, mais certa e precisa. (Você vai bem nas provas, pois
estuda português)
Modos verbais - Subjuntivo: denota ação possível, porém incerta ou dependente de outra para
ocorrer. (Você iria bem nas provas, se estudasse português)
- Imperativo: denota ordem ou pedido. (Estude português para ir bem na prova

- Infinitivo: às vezes chamado de forma puramente verbal, muitas vezes coincide


com o radical do verbo. Pode aparecer como substantivo. Termina em -ar, -er, -ir
(como visto no item 1.)
Formas - Gerúndio: indica uma continuidade na ação do verbo. Pode aparecer na função de
nominais um advérbio, pois exprime circunstâncias de igual maneira. Termina em -ando, -
endo, -indo.
- Particípio: indica ação já finalizada, concluída. Pode funcionar como adjetivo – e
nestes casos será flexionado em gênero e número. Termina em -ado, -edo, -ido.

Locuções verbais
Construções verbais a partir de um verbo auxiliar e um principal. A ação está no verbo principal;
a conjugação está no verbo auxiliar.
Ex.: Nós estávamos andando na praia. (verbo auxiliar + gerúndio)
Eu quero descansar um pouco. (verbo auxiliar + infinitivo)
Ela tem estudado para o vestibular. (verbo auxiliar + particípio)

DICA:
- Quando não está funcionando como substantivo, o infinitivo pode flexionar em gênero e número. Assim:
Ex.: Melhor eu ir primeiro.
Melhor nós irmos primeiro.
- No subjuntivo, cada tempo vem acompanhado de um conectivo. Frequentemente:
Presente – Que eu estude
Passado – Se eu estudasse
Futuro – Quando eu estudar

AULA 06 – Morfologia III 7


Prof. Celina Gil

Pessoa
A pessoa diz respeito a quem está na ação. Há três pessoas possíveis: 1ª pessoa, 2ª pessoa, 3ª
pessoa, sendo:

1ª pessoa – Eu sou ou faço parte do grupo que realiza a ação.

Ex.: Eu cheguei em casa.

Nós chegamos em casa.

2ª pessoa – A pessoa com quem converso ou a quem me refiro realiza a ação ou faz parte do grupo que
o faz.

Ex.: Tu chegaste em casa.

Vós chegastes em casa.

3ª pessoa – Alguém externo – nem eu e nem a pessoa a quem me refiro – realiza a ação ou faz parte do
grupo que o faz.

Ex.: Ele chegou em casa.

Eles chegaram em casa.

Número
Como palavra variável, o verbo apresenta possibilidade dois números: singular e plural. Quando
se refere a uma só pessoa, diz-se que está no singular; quando a duas ou mais pessoas, no plural. Assim:

Ex.: Eu estudo português. (singular)

Nós estudamos português (plural)

Conjugando número e pessoa, chegamos nesta divisão:

EU 1ª pessoa do singular
TU 2ª pessoa do singular
ELE 3ª pessoa do singular

NÓS 1ª pessoa do plural


VÓS 2ª pessoa do plural
ELES 3ª pessoa do plural

AULA 06 – Morfologia III 8


Prof. Celina Gil

Tempo
O tempo informa em que momento ocorreu uma ação. Ao todo são seis tempos verbais:

Ação, durativa ou finalizada, que ocorre no momento atual.


Presente
Ex.: Eu estudo.

Pretérito Ação finalizada no passado.

Perfeito Ex.: Eu estudei.

Pretérito Ação durativa no passado.

Imperfeito Ex.: Eu estudava.

Ação que no passado você sabia estar finalizada, ou seja, uma ação que já acabou
Pretérito mais
num passado muito distante.
que perfeito
Ex.: Eu estudara.

Ação, durativa ou finalizada, no futuro.


Futuro
Ex.: Eu estudarei.

Ação que no passado você planejara, durativa ou finalizada, ou seja, algo que no

Futuro do passado eu projetava para o futuro. Pode também significar algo que, no passado,

pretérito era tido como consequência óbvia de uma ação.

Ex.: Eu estudaria.

O modo indicativo possui os seis tempos, o subjuntivo, três tempos e o imperativo um tempo só:

Presente Perfeito Presente

Pretérito Imperfeito Pretérito


Subjuntivo
Imperfeito
Indicativo Mais que Futuro do
perfeito presente

Do Presente
Futuro Imperativo Presente
Do Pretérito

AULA 06 – Morfologia III 9


Prof. Celina Gil

Assim, reunindo todas as informações que tivemos até agora, teríamos este possível quadro,
mesclando conjugação, modo, tempo, número e pessoa:

Verbo ESTUDAR

1ªconjugação: - AR

Infinitivo: Estudar

Gerúndio: Estudando

Particípio: Estudado

INDICATIVO SUBJUNTIVO

Presente Imperfeito Futuro* Presente Imperfeito Futuro**

EU estudo estudava estudarei estude estudasse estudar

TU estudas estudavas estudarás estudes estudasses estudares

ELE estuda estudava estudará estude estudasse estudar

NÓS estudamos estudávamos estudaremos estudemos estudássemos estudarmos

VÓS estudais estudáveis estudareis estudeis estudásseis estudardes

ELES estudam estudavam estudarão estudem estudassem estudarem

Pretérito IMPERATIVO
Pretérito Futuro do
mais-que-
Perfeito Pretérito
perfeito Afirmativo Negativo

EU estudei estudara estudaria --- ---

TU estudaste estudaras estudarias estuda não estudes

ELE estudou estudara estudaria (você) estude não estude

NÓS estudamos estudáramos estudaríamos estudemos não estudemos

VÓS estudastes estudáreis estudaríeis estudai não estudeis

ELES estudaram estudaram estudariam (vocês) estudem não estudem

* o futuro do infinitivo pode aparecer composto (verbo ser conjugado + infinitivo): eu vou estudar.
**o infinitivo pessoal se conjuga da mesma maneira que o futuro do subjuntivo.

AULA 06 – Morfologia III 10


Prof. Celina Gil

Esta é a conjugação simples dos verbos. Muitas vezes, porém, os verbos se encontram conjugados
no modo composto. Quando isso ocorre, o tempo verbal aparece formado por verbo auxiliar ter ou haver
+ particípio do verbo principal. O tempo verbal dos verbos auxiliares varia em cada caso. Observe:

INDICATIVO (simples composto)

Pretérito perfeito: verbo auxiliar no presente do estudei tenho estudado


indicativo

Pretérito mais-que-perfeito: verbo auxiliar no estudara tinha estudado


imperfeito do indicativo

Futuro do presente: verbo auxiliar no futuro do estudarei terei estudado


presente do indicativo

Futuro do pretérito: verbo auxiliar no futuro do estudaria teria estudado


pretérito do indicativo

Atenção para os tempos compostos no subjuntivo! Pode-se formar tempos compostos que não
entram no quadro de conjugação:

SUBJUNTIVO (simples composto)

Pretérito perfeito: verbo auxiliar no presente do não tem tenha estudado


subjuntivo

Pretérito mais-que-perfeito: verbo auxiliar no não tem tivesse estudado


imperfeito do subjuntivo

Futuro: verbo auxiliar no futuro do subjuntivo estudar tiver estudado

Voz
Última possível variação verbal, a voz caracteriza a relação entre o verbo e a pessoa.

Para entender melhor a voz, você precisa lembrar de duas denominações:

AULA 06 – Morfologia III 11


Prof. Celina Gil

Em sintaxe, chamamos de sujeito a pessoa a quem se refere toda a oração e objeto o termo que
complementa o sentido do verbo. Assim:

Eu amo você.

Objeto

Sujeito

Vamos ver esse assunto em mais detalhes futuramente, mas por enquanto lembre-se dessa
informação:

O sujeito é o termo da oração com o qual o verbo concorda, ou seja, que está no mesmo número
(singular ou plural) e pessoa (1ª, 2ª ou 3ª) que o verbo.

Há três vozes verbais possíveis: ativa, passiva e reflexiva.

Voz ativa: o sujeito é o agente da ação verbal, ou seja, o fato foi praticado pelo sujeito.

Ex.: José feriu João.

Objeto (João recebeu a ação)

Sujeito (José fez a ação de ferir)

Quem feriu? José, portanto, José é o sujeito.

Voz passiva: o sujeito sofre a ação verbal, ou seja, o fato foi praticado no sujeito.

Ex.: João foi ferido por José.

Agente da passiva (NÃO HÁ OBJETO EM VOZ PASSIVA)

Sujeito (João recebeu a ação de ferir)

Quem foi ferido? João, portanto, João é o sujeito.

Perceba que o sujeito faz a ação expressa na flexão do verbo, portanto, não precisa necessariamente ser
quem a pratica.

AULA 06 – Morfologia III 12


Prof. Celina Gil

Na voz passiva, a ação se expressa numa locução verbal, ou seja, uma construção de verbo auxiliar
+ verbo principal no particípio.

Para transformar um verbo de uma voz para a outra você deve:

 Inverter a ordem em que os termos aparecem

 Manter o tempo verbal no verbo auxiliar; e

 Adicionar uma preposição.

Ex.:

Voz Ativa – Santos Dumont inventou o avião. (verbo no pretérito perfeito)

Voz Passiva – O avião foi inventado por Santos Dumont. (verbo auxiliar no pretérito perfeito)

Mudança de posição dos termos

Preposição

Mesmo tempo verbal no verbo auxiliar

A esta construção passiva se dá o nome de Voz Passiva Analítica

Outra maneira de construir a voz passiva é através da Voz Passiva Sintética ou Pronominal: uma
oração formada por um verbo na 3ª pessoa (plural ou singular) + pronome se + sujeito da passiva.

Ex.: Viu-se a peça.

Agente da passiva

Verbo na 3ª pessoa do singular + partícula “se”

Realizaram-se testes.

Agente da passiva

Verbo na 3ª pessoa do plural + partícula “se”

ATENÇÃO: o verbo concorda com o sujeito da passiva.

Na voz reflexiva, o sujeito e objeto a ação são a mesma pessoa, ou seja, quando alguém faz uma
ação sobe si mesmo, há voz reflexiva. Forma-se a voz reflexiva por um verbo que concorda com o sujeito
+ pronome oblíquo correspondente à pessoa (me, te, se, nos, vos, se):

AULA 06 – Morfologia III 13


Prof. Celina Gil

Ex.: O menino feriu-se

Objeto (O menino foi ferido. se = a si mesmo)

Sujeito (O menino feriu)

ATENÇÃO: o verbo e o pronome devem concordar com o sujeito.

Cuidado para não confundir Voz Passiva Pronominal com Voz Reflexiva:
- Vende-se casas (Voz passiva pronominal)
- Ele mudou-se para outra casa. (Voz reflexiva)

- O verbo da voz passiva está sempre na 3ª pessoa; o da voz reflexiva concorda com o sujeito.
- O pronome oblíquo concorda com o sujeito (“se” concorda com “ele”).
- Deve-se poder substituir o pronome por “a mim mesmo” e outros (“a si mesmo” etc.)

Voz Ativa Sujeito da Ativa Verbo Objeto

Voz Passiva Analítica Sujeito da Passiva Locução Verbal Agente da passiva

Voz Passiva Sintética Sujeito da Passiva Verbo na 3ª pessoa Partícula “se”


(Pronominal)

Voz Reflexiva Sujeito da ativa Verbo Pronome oblíquo


concordando com sujeito.

AULA 06 – Morfologia III 14


Prof. Celina Gil

Voz Ativa: Nós fizemos a prova.

Voz Passiva Analítica: A prova foi feita por nós.

Voz Passiva Sintética: Fez-se a prova.

Voz Reflexiva: Ele se dedicou para a prova.

2- Correlação de tempos e modos


Chama-se correlação de tempos e modos verbais a maneira de se redigir um texto com coerência
temporal. Por exemplo: algo que aconteceu no passado, deve vir conjugado em algum dos tempos
passados. Porém se estamos tratando de períodos com duas ou mais orações, os tempos verbais de cada
uma delas precisa se relacionar corretamente com o contexto.

Observe o seguinte período:

Eu estudei até que ficasse cansada.

Oração II: verbo “ficar” no imperfeito do subjuntivo

Oração I: verbo “estudar” no pretérito perfeito do indicativo.

O que se pode compreender desse período?

Que no passado eu fiz uma ação (estudar) que se estendeu até um determinado ponto, também
no passado (ficar cansada). Para que haja no período essa noção de ação finalizada no passado + ação
durativa no passado, é preciso relacionar os verbos a partir de tempo e modo.

Apesar de haver regras para quais tempos verbais se relacionam com quais, o mais importante é
você compreender a lógica por trás do período. Se você compreender o que o período quer dizer, será
mais fácil relacionar tempos e modos verbais.

Presente do indicativo + presente do subjuntivo


•Quero que você escreva o livro.

Presente do inicativo + pretérito perfeito composto do subjuntivo

•Espero que ele tenha escrito o livro.

Pretérito perfeito do indicativo + pretérito imperfeito do subjuntivo

•Esperei que ele escrevesse o livro.

Pretério imperfeito do indicativo + pretérito mais-que-perfeito composto do subjuntivo

•Queria que ele tivesse escrito o livro.

AULA 06 – Morfologia III 15


Prof. Celina Gil

Préterito imperfeito do subjuntivo + futuro do pretérito do indicativo

•Se ele escrevesse o livro, eu leria.

Pretérito mais-que-perfeito composto do subjuntivo + futuro do pretérito composto do


indicativo
•Se ele tivesse escrito o livro, eu teria lido.

Futuro do subjuntivo + futuro do presente do indicativo

•Quando você escrever o livro, eu lerei.

Futuro do subjuntivo + futuro do presente composto do indicativo

•Quando você escrever o livro, eu já terei lido.

3 - Regência
Regência é o modo como as palavras de uma frase se relacionam. Geralmente, numa frase, uma
palavra depende a outra para formar um todo de sentido. À relação necessária entre duas ou mais
palavras, ou seja, o modo exigido da construção da frase segundo a norma culta, dá-se o nome de
regência. Nessa relação há dois tipos de palavras:

 Palavras regentes – Palavra central, que estabelece a subordinação.


 Palavras regidas – Palavra complementar, dependente da regente.

Comumente, a palavra regente vem em primeiro lugar na frase e a palavra regida vem em segundo
lugar. A regência pode se dar através:

 Posição das palavras na frase: palavra regente antes da regida;


 Preposição: a palavra regente e a regida se ligam pela presença de uma preposição entre
elas. Nesse caso, a regente aparece antes da preposição e a regida depois.
 Conjunção: quando uma oração se liga a outra através de uma conjunção que as divide e
explicita sua relação de sentido.

Nesse capítulo, vamos nos dedicar a entender os processos de Regência Nominal e Regência
Verbal.

ATENÇÃO:
Infelizmente, esse assunto exige que você decore alguns casos e informações. Parece um assunto chato,
mas ele vem sendo muito cobrado nos vestibulares.
Então, leia atentamente esse capítulo e, se for preciso, mantenha a lista das palavras mais importantes
perto de você sempre. Assim, você pode consultá-la quantas vezes for necessário”

AULA 06 – Morfologia III 16


Prof. Celina Gil

3.1- Regência Nominal


A Regência Nominal é o modo como um nome – um substantivo, adjetivo ou advérbio – se
relaciona com os termos ligados a ele. A relação de regência nominal é majoritariamente intermediada
por preposição.

O ideal é que você memorize pelo menos algumas das palavras mais importantes. Vamos ver nos
quadros a seguir as principais palavras de cada classe gramatical.

Substantivos

Regência Exemplo

Acesso a - O acesso à sala era restrito.

de - O acesso de pedestres estava fechado


para - O atalho de acesso para o rio estava fechado.

Admiração a - Sinto admiração à distância.

por - Sinto admiração por ele.

Alusão a - Ela fez alusão a um livro.

de - A alusão do professor ao tema da prova agradou os alunos.

Amor a - O amor à vida.

de - O amor de mãe é muito profundo.

para com - O amor para com os animais é frequente.

por - Ela sentia muito amor por ele.

Analogia com - Fez uma analogia com o governo anterior.

entre - O público não entendeu a analogia entre a vida e o jogo.

Atenção a - Atenção às palavras do professor.

com - Tenha atenção com relação ao prazo!

AULA 06 – Morfologia III 17


Prof. Celina Gil

para com - É preciso atenção para com isso.

Atentado a - Sofreu um atentado a sua vida.

contra - O atentado contra os imigrantes foi grave.

Capacidade de - Ele não tem capacidade de fazer isso.

para - Falta-lhe capacidade para compreender isso.

Conforme a - Ela agiu conforme a sua natureza.

com - Opinião conforme com a filosofia.

Desprezo a - Há muito desprezo à vida.

de - O desprezo deles pelo mundo é enorme.

por - Sinto desprezo por ele.

Dúvida acerca de - Tenho dúvida acerca desse assunto.

em - Tenho dúvida em relação a isso.

sobre - Tenho dúvida sobre isso.

Medo a - Não tenha medo a ficar sozinha.

de - Eu tenho medo de aranha.

Obediência a - Devo obediência a ela.

Respeito a - Tenha respeito às diferenças.

com - Falta respeito com o próximo.

de - A respeito de minha família, não faço comentários.

para com - É preciso respeito para com os mais velhos.

por - Tenha respeito por ele.

AULA 06 – Morfologia III 18


Prof. Celina Gil

Tendência a - Tenho tendência a emagrecer.

para - Veja as tendências para decoração em 2019.

União com - A união com a mãe é forte.

de - A união de sindicatos é tendência no mundo.

entre - O casamento é a união entre duas pessoas.

Com preposição Com preposição Com preposição


Com preposição "a"
“de”: “em”: “entre”:

• Admiração • Abuso • Bacharel • Convênio


• Devoção • Impossibilidade • Doutor
• Horror • Justificativa • Habilidade
• Ida • Obrigação • Harmonia
• Inclinação • Teoria • Interesse
• Tendência

Com a preposição Com preposição Com preposição


“para”: “para com”: “por”:

• Jeito • Simpatia • Admiração


• Utilidade • Piedade • Afeição
• Respeito • Amizade
• Busca
• Gosto
• Interesse
• Respeito

Adjetivos

Regência Exemplo

Acostumado a - Está acostumado a estudar muito.

com - Ele está acostumado com a solidão.

AULA 06 – Morfologia III 19


Prof. Celina Gil

Alheio a - Ele estava alheio a tudo.

de - Ele é alheio de carinho materno.

Ansioso de - Ansioso de vencer, ele estava nervoso.

por - Estou ansiosa para começar os estudos.

para - Estou ansiosa por o abraçar.

Apto a - Em quanto tempo estarei apto a começar?

para - Ele está apto para o trabalho.

Capaz de - Não sou capaz de opinar.

para - Ela se tornou capaz para esse trabalho.

Contemporâneo a - Ele é contemporâneo a Virginia Woolf.

de - Fato contemporâneo da Independência do Brasil.

Contente com - Fiquei contente com a notícia.

de - Fiquei contente de ver você.

em - Fiquei contente em saber de você.

por - Fiquei contente por terminar o exercício.

Construído com - O lar foi construído com amor.

de - A casa foi construída de tijolos.

por A casa foi construída por meus pais.

Curioso a - Você está curioso a conhecer o vencedor?

de - Era curioso de tudo a seu redor.

por - Era curioso por livros.

AULA 06 – Morfologia III 20


Prof. Celina Gil

Essencial a - A água é essencial à vida.

para - Lembrar é essencial para viver.

Fácil a - Acesso fácil à informação ajuda estudantes.

de - É um tema fácil de entender.

para -É mais fácil para ele do que para ela.

Feliz com - Fiquei feliz com a notícia.

de - Fiquei feliz de conseguir passar de ano.

em - Fiquei feliz em te ver.

por - Fiquei feliz por terminar o livro.

Hostil a - O professor é hostil aos alunos.

contra - A torcida foi hostil contra os jogadores.

para com - Ele é hostil para com o pai.

Imbuído em - Estou imbuído em solucionar o problema.

de - Estou imbuído de boas energias.

Junto a - O livro está junto à televisão.

com - Ele saiu junto com o pai.

de - Foi até junto da esposa.

Satisfeito com - Estou satisfeito com o trabalho.

de - Fiquei satisfeito de sair daqui.

em - Fiquei satisfeito em lhe ver.

por - Fiquei satisfeito por terminar esse trabalho.

AULA 06 – Morfologia III 21


Prof. Celina Gil

Situado a - Estamos situados a dois quilômetros daqui.

de - A casa fica situada de frente para o museu.

por - O estômago encontra-se situado por debaixo do diafragma.

Unido a - Ele é unido à mãe.

com - Estamos unidos com o chefe.

por - Unidos pelo cordão umbilical.

Último a - Ele foi o último a chegar.

de - Ele foi o último de nós a chegar.

em - Ficamos em último em ranking mundial.

Útil a - Esse assunto é útil a todos.

para - Esse manual é útil para estudar português.

Com Com Com Com a Com


preposição preposição preposição preposição preposição
“a”: “com”: “de”: “em”: “por”:
• Adequado • Aflito • Certo • Baseado • Aflito
• Análogo • Coerente • Consciente • Entendido • Fanático
• Anterior • Compatível • Diferente • Sábio • Sedento
• Avesso • Condizente • Livre
• Contrário • Contraditório • Natural
• Desatento • Cuidadoso • Sedento
• Disposto • Descontente • Seguro
• Equivalente • Feliz • Suspeito
• Favorável • Severo
• Idêntico
• Oposto
• Prestes
• Sensível
• Superior
• Único

Advérbios

AULA 06 – Morfologia III 22


Prof. Celina Gil

Regência Exemplo

Longe de - Estamos longe de casa.

Perto de - Ele está perto de acabar.

Advérbios em Seguem o regime da - Essencial a / Essencialmente a

-mente palavra que os - Respeitoso a / Respeitosamente a


forma.

3.2- Regência verbal


Antes de falar sobre os exemplos de Regência Verbal em si, precisamos recordar a noção de
transitividade dos verbos. Como vimos anteriormente , os verbos se dividem em intransitivos e
transitivos.

Verbos intransitivos (VI)


Verbos intransitivos não possuem complemento. Seu sentido é dado por si só. São verbos que
podem apenas ser acompanhados de advérbios para caracterizá-los.

Ex.: Ele dormiu.

Choveu muito.

Verbos transitivos (VT)


Já os verbos transitivos, dividem-se em três tipos dependendo da relação que estabelecem com a
preposição.

 Transitivo Direto (VTD)

O complemento aparece diretamente ligado ao verbo, sem a mediação de uma preposição.

Ex.: O menino estudou matemática.

Nenhuma preposição separa o verbo “estudar” de seu complemento (o


que o menino estudou).

AULA 06 – Morfologia III 23


Prof. Celina Gil

 Transitivo Indireto (VTI)

O complemento aparece ligado ao verbo a partir da mediação de uma preposição.

Ex.: Ele gostava de matemática.

A preposição “de” é necessária para formar o sentido da frase. Sem ela, não é
possível compreender o que se quer dizer (“Ele gostava matemática” é uma grafia incorreta.

 Transitivo Direto e Indireto (VTDI)

O verbo apresenta dois complementos: um com preposição e outro sem.

Ex.: Eu dei um presente a ele.

Complemento “a ele”, com preposição “a”.

Complemento “dei um presente”, sem preposição.

A transitividade dos verbos não é fixa. Dependendo do contexto, alguns verbos podem ser transitivos
ou intransitivos. Portanto, nem sempre decorar os verbos bastará pra responder à questão. É preciso
compreender a estrutura.
Ex.: O menino viajou. (VI)
O menino viajou para estudar. (VTI)

Isso posto, a regência verbal determina os casos em que se usa ou não preposição. Muitos verbos
admitem dupla regência, ou seja, podem vir ou não acompanhados de preposição. Isso costuma ocorrer
quando um mesmo verbo pode ser entendido com significados diferentes. Vamos ver os principais verbos
a lembrar da regência. Estarão indicados antes de cada caso a sigla correspondente à transitividade
assumida. As preposições estão em negrito e os complementos sem preposição estão grifados.
Legenda:
VI – Verbo intransitivo
VTD – Verbo transitivo direto
VTI – Verbo transitivo indireto
VTDI – Verbo transitivo direto e indireto

AULA 06 – Morfologia III 24


Prof. Celina Gil

Regência Exemplo

Aspirar VTD – Quando significa “cheirar”.


Ex.: Aspirou o perfume.

VTI – Quando significa “desejar”, “almejar”.


Ex.: Ele aspirava a uma posição melhor.

Assistir VTD – Quando significa “ajudar”.


Ex.: A enfermeira assistiu o paciente.

VTI – Quando significa “ver”.


Ex.: Assisti a uma peça maravilhosa.

Atender VTD – Quando se refere a pessoas.


Ex.: O médico atendeu o paciente.

VTI – Quando se refere a coisas.


Ex.: O médico atendeu ao chamado.

Chamar VTD – Quando significa “convocar”.


Ex.: Eu chamei o padre.

VTI – Quando significa “pedir ajuda”.


Ex.: Ele chamou pela mãe.

VTDI – Quando significa “denominar” ou “convidar” ou “assumir


responsabilidade”
Ex.: Eu o chamei de Pedro.

AULA 06 – Morfologia III 25


Prof. Celina Gil

Eu o chamei para a festa.


Ele chamou a responsabilidade para si.

VI – Quando significa “fazer sinal de voz”.


Ex.: Você me chamou?

Ensinar VTD – Quando não expressa o assunto ensinado


Ex.: Eu chamei o padre.

VTDI – Quando significa “transmitir conhecimento”


Ex.: Ensinamos português aos meninos.
Vou ensiná-lo a pescar.

Esquecer VTD – Quando sem pronome reflexivo.


Ex.: Eu esqueci o seu nome.

VTI – Quando com pronome reflexivo.


Ex.: Eu me esqueci do seu nome.

VI – Quando significa “não pensar em coisas ruins”.


Ex.: Eu só quero esquecer.

Implicar VTD – Quando significa “causar”, “acarretar”.


Ex.: Não seguir os termos de uso implica o cancelamento da assinatura.

VTI – Quando significa “importunar” ou “envolver”.


Ex.: Eles implicam com meu filho.
O político implicou empresários em corrupção.

AULA 06 – Morfologia III 26


Prof. Celina Gil

Lembrar VTD – Quando significa “sugerir”, “trazer à memória”.


Ex.: O perfume lembra minha avó.

VTDI – Quando significa “advertir”.


Ex.: O chefe lembrou a ele o combinado.

VTI – Quando significa “recordar” + pronome reflexivo.


Ex.: Lembro-me de você.

Obedecer (e VTI – Podendo significar obedecer a algo ou alguém.


desobedecer) Ex.: Obedeci às regras.
Obedeço a ela.

Perdoar VTDI – Quando há a coisa a se perdoar (sem preposição) e a pessoa a quem se


pede perdão (com preposição).
Ex.: Perdoem-lhe o mau comportamento.

* o mesmo ocorre com os verbos agradecer e pagar:

Agradeço a vocês o presente.


Paguei minha dívida com eles.

Preferir VTD – Quando há pluralidade de elementos não preferidos, portanto, não


vale a pena mencioná-los.
Ex.: Prefiro Paris.

VTDI – Quando compara dois ou mais elementos, acompanhado sempre de


preposição “a”.
Ex.: Prefiro praia a piscina.

ATENÇÃO: Não se usa “preferir ... do que ...”. Essa construção só é permitida
na oralidade. No texto escrito é considerada errada.

AULA 06 – Morfologia III 27


Prof. Celina Gil

Querer VTD – Quando significar “desejar”.


Ex.: Eu quero amigos novos.

VTI – Quando significar “gostar”.


Ex.: Quero bem a meu irmão.

Responder VTD – Quando se referir à própria resposta.


Ex.: Respondeu que chegaria logo.

VTI – Quando o complemento se refere à outra pessoa.


Ex.: Respondeu ao professor.

VTDI – Quando há a coisa respondida (sem preposição) e a pessoa a quem se


respondeu (com preposição).
Ex.: Eu respondi o exercício à professora.

VI – Quando significa “ato de ser grosseiro” ou “a ação de responder em si”.


Ex.: Não responda!
Chamei mas ele não respondeu.

Visar VTD – Quando significa “olhar” ou “apontar”.


Ex.: Visou o amigo de longe.
Visou o alvo, mas errou.

VTI – Quando significa “ter em vista” ou “pretender”.


Ex.: O projeto visa à inclusão social.

AULA 06 – Morfologia III 28


Prof. Celina Gil

Com preposição Com preposição Com a preposição


Com preposição “a”
“com” “de” “em”

• habituar-se a; • encontrar-se com; • excluir de; • apoiar-se em;


• imputar a; • indignar-se com; • libertar de; • concentrar em;
• obrigar a; • parecer com; • morrer de; • continuar em;
• pertencer a; • sonhar com; • precaver-se de; • incorrer em;
• referir-se a; • zangar-se com. • tremer de; • teimar em;
• sobreviver a; • vangloriar-se de; • transformar em;
• sujeitar-se a. • vingar-se de. • viciar-se em.

Com preposição Com preposição Com preposição


“para”: “por”: “sobre”:

• convidar para; • ansiar por; • alertar sobre;


• convocar para; • apaixonar-se por; • meditar sobre;
• desafiar para; • chorar por; • prevalecer sobre;
• esforçar-se para; • interessar-se por; • recair sobre.
• habilitar para. • rogar por;
• trocar por.

ATENÇÃO
Muitas vezes, os nomes e os verbos de que derivam apresentam a mesma regência.
Ex.:
Obedeço a ela.
Sou obediente a ela.
Procure fazer associações assim para facilitar seu estudo. Assim, você não precisa decorar tantas
palavras e suas regências.

AULA 06 – Morfologia III 29


Prof. Celina Gil

4 - Concordância nominal e verbal

Dá-se o nome concordância o modo de organização da frase que explicita a relação entre
termos e significado total da frase. Estabelecemos concordância entre as palavras nominais e as
verbais. Vamos olhar mais detalhadamente cada uma delas.

4.1- Concordância nominal


A concordância nominal é o ajuste de gênero e número com o substantivo central da frase. Veja
a frase a seguir, por exemplo:

Ex.: Os dois meninos mais bonitos estudam juntos.

“meninos” é o substantivo central dessa frase. É a ele que se referem todas as


informações:

 São dois meninos

 Os meninos são os mais bonitos; e

 Os meninos estudam juntos.

Portanto, os outros termos devem concordar com “meninos”, ou seja, devem estar no masculino
plural.

As classes de palavra que devem concordar com o substantivo são:

Artigo

Pronome Adjetivo

Numeral

Algumas vezes, a concordância não será tão simples como a do exemplo que vimos anteriormente.
Mas e se ao invés de:

“Os dois meninos mais bonitos estudam juntos.”

AULA 06 – Morfologia III 30


Prof. Celina Gil

... a construção fosse:

“O menino e a menina mais bonitos estudam juntos.”

Aparecem aqui dois substantivos de gêneros diferentes: “menino” no masculino singular e


“menina” no feminino singular. A concordância que se estabelece, portanto, deve acompanhar algumas
determinações.

Há duas questões elementares a serem observadas quanto à concordância nominal:

 A posição do adjetivo na frase; e

 O gênero e número dos substantivos centrais.

Posição, gênero e número.


A regra de concordância depende se o adjetivo está antes ou depois dos substantivos.

Adjetivo anteposto

 Concorda em gênero e número com o substantivo mais próximo (o primeiro).

Ex.: Apreciava boas peças e filmes .

“boas” é feminino plural e concorda com “peças”.

Apreciava bons filmes e peças.

“bons” é masculino plural e concorda com “filmes”.

 Em se tratando de nomes próprios e parentesco, o adjetivo vai sempre no plural.

Ex.: Encontrei as belas Maria e Alice.

“belas” é feminino plural.

Encontrei os bem-sucedidos tio e primos.

“bem-sucedidos” é masculino plural.

ATENÇÃO: Se os substantivos forem de gênero diferentes, nesse caso, o padrão é que se use o masculino
plural.

Ex.: A meus queridos mãe e pai.

“queridos” é masculino plural.

AULA 06 – Morfologia III 31


Prof. Celina Gil

Adjetivo posposto

 Mesmo gênero + singular = adjetivo no mesmo gênero plural OU concorda com mais próximo.

Ex.: Estudo filosofia e sociologia alemãs.

“alemãs” é feminino plural.

OU

Estudo filosofia e sociologia alemã.

“alemã” é feminino singular, como “sociologia”.

 Gênero diferente + singular = adjetivo no masculino plural OU concorda com mais próximo.

Ex.: Eu comprei uma bolsa e um sapato lindos.

“lindos” é masculino plural.

OU

Eu comprei uma bolsa e um sapato lindo.

“lindo” é masculino singular, como “sapato”.

 Mesmo gênero + número diferente = adjetivo no mesmo gênero plural OU número mais próximo.

Ex.: As tias e a prima bonitas chegaram.

“bonitas” é feminino plural.

OU

As tias e a prima bonita chegaram.

“bonita” é feminino singular, como “prima”.

 Gênero diferente + plural = adjetivo no gênero do mais próximo plural OU masculino plural.

Ex.: Os meninos e as meninas brasileiras brincavam na rua.

“brasileiras” é feminino plural, como “meninas”.

OU

AULA 06 – Morfologia III 32


Prof. Celina Gil

Os meninos e os meninas brasileiros brincavam na rua.

“brasileiros” é masculino plural.

 Gênero diferente + número diferente = masculino plural OU concorda com mais próximo.

Ex.: O menino e as meninas sinceros conversavam na sala.

“sinceros” é masculino plural.

OU

O menino e as meninas sinceras conversavam na sala.

“sinceras” é feminino plural, como “sinceras”.

Algumas vezes, a opção de concordância deve priorizar eliminar possíveis ambiguidades.


Ex.: Tenho irmão e irmãs bonitas.
Fica muito difícil, nesse exemplo, compreender que o adjetivo “bonitas” se refere a ambos os
substantivos. Por isso, aqui seria melhor utilizar o “bonitos”, pra que não haja confusão.

CASOS ESPECIAIS
Anexo e incluso
Concordam com o substantivo a que se referem, sem preposição.

Ex.: Os documentos estão anexos.

A sobremesa está inclusa.

É necessário
Não varia, a menos que o substantivo tenha palavra determinante.

AULA 06 – Morfologia III 33


Prof. Celina Gil

Ex.: Cautela é necessário.

A cautela é necessária.

ATENÇÃO: O mesmo ocorre com “é bom” e “é proibido”.

Sopa é bom. / A sopa é boa.

Bebida é proibido. / A bebida é proibida.

Meio

Quando tem valor de advérbio, é invariável.

Ex.: Ela estava meio nervosa.

Ele estava meio nervoso.

Quando tem valor de numeral, concorda pelas regras gerais.

Ex.: Comeu meio limão. / Comeu meia laranja.

Muito e pouco

Quando tem valor de advérbio, é invariável.

Ex.: Ela estava muito nervosa. / Ela estava pouco confortável.

Ele estava muito nervoso. / Ele estava pouco confortável.

Quando tem valor de adjetivo, concorda pelas regras gerais.

Ex.: Dormiu poucas horas.

Comprou muitos sapatos.

AULA 06 – Morfologia III 34


Prof. Celina Gil

Pronomes de tratamento
Concordam sempre com a 3ª pessoa.

Ex.: Vossa Excelência cumpriu sua palavra.

ATENÇÃO: esse assunto será retomado a seguir, em concordância verbal.

Tal qual
“Tal” concorda com o termo anteposto e “qual” com o termo posposto.

Ex.: A menina é bonita tal quais as avós.

Os pais eram loiros tais qual o filho.

Um e outro
O substantivo fica no singular e o adjetivo no plural.

Ex.: Ela resolveu um e outro exercício fáceis.

4.2- Concordância verbal


A concordância verbal se dá a partir da flexão do verbo em número e pessoa, de modo a concordar
com o termo central da frase, normalmente um substantivo ou um pronome. Veja o exemplo a seguir:

Ex.: Eu estou ocupada.

“estou” está flexionado na 1ª pessoa do singular, concordando com “eu”.

Nós estamos ocupadas.

“estamos” está flexionado na 1ª pessoa do plural, concordando com “nós”.

Essa é a regra básica da concordância verbal. A partir dela, é preciso pensar em dois grandes
campos: quando há apenas um termo central e quando há mais de um termo central.

Um termo central
O verbo, nesse caso, concorda em pessoa e número com o termo central.

AULA 06 – Morfologia III 35


Prof. Celina Gil

Ex.: A menina estudou ontem.

“estudou” está flexionado na 3ª pessoa do singular.

Há alguns casos específicos que costumam aparecer em provas ou que são frequentes nas
redações que vale a pena observar:

 Cerca de / Mais de / menos de: concorda com o substantivo.

Ex.: Cerca de cinco pessoas foram à praia.

Mais de um menino passou de ano.

Menos de dez mulheres foram selecionadas.

 “A maioria” e semelhantes: verbo no singular.

Ex.: A maioria das meninas estava feliz.

 Porcentagem: concorda com o substantivo que a acompanha.

ATENÇÃO: caso não haja substantivo acompanhando, deve concordar com o numeral.

Ex.: Apenas 1% respondeu.

Apenas 3% responderam.

 Pronome relativo “que”: concorda com o termo antecedente, a que ele se refere.

Ex.: Fui eu que escrevi o livro.

Eram elas que deviam nos contar.

 Pronome relativo “quem”: concorda com o termo antecedente, a que ele se refere OU
3ª pessoa do singular.

Ex.: Fomos nós quem organizamos o evento.

OU

Fomos nós quem organizou o evento.

AULA 06 – Morfologia III 36


Prof. Celina Gil

 Pronomes de tratamento: 3ª pessoa, concordando em número.

Ex.: Vossa Excelência estará presente.

Vossas Excelências estarão presentes.

 Substantivos coletivos: verbo no singular.

Ex.: A multidão estava irada.

 Substantivos próprios plurais: com artigo, verbo no plural e sem artigo, verbo no
singular.

Ex.: Os Estados Unidos comemoraram o evento.

Minas Gerais é um estado grande.

 Um dos que: verbo no plural.

Ex.: Minha filha foi uma das que passou na prova.

Dois ou mais termos centrais


O verbo, nesse caso, é apresentado no plural.

Ex.: A menina e o menino estudaram ontem.

“estudou” está flexionado na 3ª pessoa do singular.

Quando uma das pessoas verbais é da 1ª pessoa (tanto do plural quanto do singular), deve-se
utilizar o verbo na 1ª pessoa do plural.

Ex.: Meu namorado e eu iremos jantar fora.

“iremos” está flexionado na 1ª pessoa do plural.

Quando uma das pessoas verbais é da 2ª pessoa (tanto do plural quanto do singular), é preferível
conjugar na 3ª pessoa do plural.

Ex.: Tu e ele foram viajar?

AULA 06 – Morfologia III 37


Prof. Celina Gil

Há alguns casos específicos que costumam aparecer em provas ou que são frequentes nas
redações que vale a pena observar:

 Conjunções “ou” e “nem”: com ideia de inclusão, verbo no plural e com ideia de
exclusão, verbo no singular.

Ex.: Frutas ou vegetais são ambos bons para a saúde. (inclusão)

Par ou ímpar será o modo de decisão. (exclusão)

 Não só ... mas também (e semelhantes): verbo no plural

Ex.: Não só o professora mas também a diretora chamaram a atenção do aluno.

 Nem um nem outro: preferencialmente no singular.

Ex.: Nem um nem outro foi à escola hoje.

 Palavras sinônimas ou parecidas: verbo pode aparecer tanto no plural quanto no


singular.

Ex.: Amor e afeto são importantes.

Amor e afeto é importante.

 Preposição com: quando com valor de adição, o verbo vem no plural.

Ex.: O político com o empresário cometeram um crime.

Orações que expressam reciprocidade são sempre no plural:


Ex.: Nem um nem outro se falaram no trabalho.

AULA 06 – Morfologia III 38


Prof. Celina Gil

CASOS ESPECIAIS
Haja vista
Apesar de pouco usado, é possível flexionar “haja vista” de acordo com o número do substantivo
a que se refere.

Ex.: É preciso lutar, haja vista as dificuldades que estão por vir.

OU

É preciso lutar, haja vistas as dificuldades que estão por vir.

Verbo dar
Esse verbo causa dúvidas principalmente quando relacionado a horários. Quando a ênfase está no
substantivo, o verbo concorda com este último. Quando a ênfase é no numeral, concorda com este. O
mesmo ocorre para outros verbos relacionados a horas, como bater e soar.

Ex.: O relógio da cozinha deu nove horas (concorda com relógio).

Deram nove horas no relógio da cozinha (concorda com nove).

Verbos impessoais
São verbos impessoais aqueles que não tem sujeito, ou seja, em que não é possível atribuir a ação
a nenhum termo expresso na frase.

Nesses casos, a concordância verbal deve ser na 3ª pessoa do singular.

Ex.: Faz cinco anos que nós namoramos.

Choveu ontem.

5- Exercícios

5.1- Lista de Exercícios


(ITA – 2019)

Em frente da minha casa existe um muro enorme, todo branco. No Facebook, uma postagem
me chama atenção: é um muro virtual e a brincadeira é pichá-lo com qualquer frase que vier à
cabeça. Não quero pichar o mundo virtual, quero um muro de verdade, igual a este de frente para

AULA 06 – Morfologia III 39


Prof. Celina Gil

a minha casa. Pelas ruas e avenidas, vou trombando nos muros espalhados pelos quarteirões,
repletos de frases tolas, xingamentos e erros de português. Eu bem poderia modificar isso.

“O caminho se faz caminhando”, essa frase genial, tão forte e certeira do poeta espanhol
Antonio Machado, merece aparecer em diversos muros. Basta pensar um pouco e imaginar; de fato,
não há caminho, o caminho se faz ao caminhar.

De repente, vejo um prédio inteiro marcado por riscos sem sentido e me calo. Fui tentar
entender e não me faltaram explicações: é grafite, é tribal, coisas de difícil compreensão. As
explicações prosseguem: grafite é arte, pichar é vandalismo. O pequeno vândalo escondido dentro
de mim busca frases na memória e, então, sinto até o cheiro da lama de Woodstock em letras
garrafais: “Não importam os motivos da guerra, a paz é muito mais importante”.

Feito uma folha deslizando pelas águas correntes do rio me surge a imagem de John Lennon;
junto dela, outra frase: “O sonho não acabou”, um tanto modificada pela minha mão, tornando-se:
o sonho nunca acaba. E minha cabeça já se transforma num muro todo branco.
Desde os primórdios dos tempos, usamos a escrita como forma de expressão, os homens das
cavernas deixaram pichados nas rochas diversos sinais. Num ato impulsivo, comprei uma tinta
spray, atravessei a rua chacoalhando a lata e assim prossegui até chegar à minha sala, abraçado pela
ansiedade aumentada a cada passo. Coloquei o dedo no gatilho do spray e fiquei respirando fundo,
juntando coragem e na mente desenhando a primeira frase para pichar, um tipo de lema, aquela do
Lô Borges: “Os sonhos não envelhecem” – percebo, num sorrir de canto de boca, o quanto os sonhos
marcam a minha existência.

Depois arriscaria uma frase que criei e gosto: “A lagarta nunca pensou em voar, mas daí, no
espanto da metamorfose, lhe nasceram asas...”. Ou outra, completamente tola, me ocorreu depois
de assistir a um documentário, convencido de que o panda é um bicho cativante, mas vive distante
daqui e sua agonia não é menor das dos nossos bichos. Assim pensando, as letras duma nova
pichação se formaram num estalo: “Esqueçam os pandas, salvem as jaguatiricas!”.

No muro do cemitério, escreveria outra frase que gosto: “Em longo prazo estaremos todos
mortos”, do John Keynes, que trago comigo desde os tempos da faculdade. Frases de túmulos
ganhariam os muros; no de Salvador Allende está consagrado, de autoria desconhecida: “Alguns
anos de sombras não nos tornarão cegos.” Sempre apegado aos sonhos, picharia também uma do
Charles Chaplin: “Nunca abandone os seus sonhos, porque se um dia eles se forem, você continuará
vivendo, mas terá deixado de existir”.

Claro, eu poderia escrever essas frases num livro, num caderno ou no papel amassado que
embrulha o pão da manhã, mas o muro me cativa, porque está ao alcance das vistas de todos e
quero gritar para o mundo as frases que gosto; são tantas, até temo que me faltem os muros.
Poderia passar o dia todo pichando frases, as linhas vão se acabando e ainda tenho tanto a pichar...
“É preciso muito tempo para se tornar jovem”, de Picasso, “Há um certo prazer na loucura que só

AULA 06 – Morfologia III 40


Prof. Celina Gil

um louco conhece”, de Neruda, “Se me esqueceres, só uma coisa, esquece-me bem devagarzinho”,
cravada por Mário Quintana...

Encerro com Nietzsche: “Isto é um sonho, bem sei, mas quero continuar a sonhar”, que serve
para exemplificar o que sinto neste momento, aqui na minha sala, escrevendo no computador o que
gostaria de jogar nos muros lá fora, a custo me mantendo calmo, um olho na tela, outro voltado
para o lado oposto da rua. Lá tem aquele muro enorme, branco e virgem, clamando por frases. Não
sei quanto tempo resistirei até puxar o gatilho do spray.

Adaptado de: ALVEZ, A. L. Um muro para pichar. Correio do Estado, fev 2018. Disponível em
Acesso em: ago. 2018.

Por ser uma crônica, o texto apresenta formas coloquiais, que por vezes distanciam o texto da
norma padrão da língua portuguesa. Assinale a alternativa em que ocorre desvio da norma culta.

a) Fui tentar entender e não me faltaram explicações: é grafite, é tribal, coisas de difícil
compreensão.
b) O pequeno vândalo escondido dentro de mim busca frases na memória e, então, sinto até o cheiro
........da lama de Woodstock [...]

c) Depois arriscaria uma frase que criei e gosto [...]

d) Desde os primórdios dos tempos, usamos a escrita como forma de expressão [...]

e) Poderia passar o dia todo pichando frases, as linhas vão se acabando e ainda tenho tanto a
........pichar...

(IME - 2009)

De acordo com a norma culta da nossa língua, que período pode ser considerado correto?

a) A imigração obedece a regras restritas em todos os países.

b) Não conseguindo salvar minha família, preferia à morte.

c) Informei-lhe de todas as opiniões.

d) Muitos japoneses preferiam mais o trabalho em terras estrangeiras do que a pobreza em seu
país.

e) Esquecia sempre dos compromissos de campanha.

(IME - 2006)

O sobrevivente
Carlos Drummond de Andrade

AULA 06 – Morfologia III 41


Prof. Celina Gil

Impossível compor um poema a essa altura da evolução da humanidade.

Impossível escrever um poema - uma linha que seja - de verdadeira poesia.

O último trovador morreu em 1914.

Tinha um nome de que ninguém se lembra mais.

Há máquinas terrivelmente complicadas para as necessidades mais simples.

Se quer fumar um charuto aperte um botão.

Paletós abotoam-se por eletricidade.

Amor se faz pelo sem-fio.

Não precisa estômago para digestão.

Um sábio declarou a O Jornal que ainda falta

muito para atingirmos um nível razoável de

cultura. Mas até lá, felizmente, estarei morto.

Os homens não melhoram

e matam-se como percevejos.

Os percevejos heroicos renascem.

Inabitável, o mundo é cada vez mais habitado.

E se os olhos reaprendessem a chorar seria um segundo dilúvio.

(Desconfio que escrevi um poema.)

SECCHIN, Antônio Carlos. Antologia temática da poesia brasileira. Rio de Janeiro: Faculdade de Letras,
UFRJ, 2004.

Observe o verso:

“Tinha um nome de que ninguém se lembra mais”. (1a estrofe) Assinale a opção que, após a substituição
do segundo verbo, possui incorreção na regência verbal.

AULA 06 – Morfologia III 42


Prof. Celina Gil

a) Tinha um nome em que ninguém acredita mais.

b) Tinha um nome que ninguém ouve mais.

c) Tinha um nome de que ninguém fala mais.

d) Tinha um nome a que ninguém confia mais.

(IME - 1996)

Assinale a opção que completa corretamente as lacunas das frases a seguir:

I- Saíram daqui______ pouco, mas voltarão daqui______ pouco, pois moram apenas______dois
quilômetros de distância.

II- _______foram suas amigas? _______ estarão agora?

a) há - a - a - Aonde - Onde

b) há - há - à - Onde - Onde

c) há - a - a - Aonde - Aonde

d) a - a - à - Para onde - Por onde

e) a - há - há - Por onde – Aonde

(UNESP - 2016)

Art. 6o São direitos básicos do consumidor:


I – a proteção da vida, saúde e segurança contra os riscos provocados por práticas no fornecimento de
produtos e serviços considerados perigosos ou nocivos;

II – a educação e divulgação sobre o consumo adequado dos produtos e serviços, asseguradas a


liberdade de escolha e a igualdade nas contratações;

III – a informação adequada e clara sobre os diferentes produtos e serviços, com especificação correta
de quantidade, características, composição, qualidade, tributos incidentes e preço, bem como sobre os
riscos que apresentem;

IV – a proteção contra a publicidade enganosa e abusiva, métodos comerciais coercitivos ou desleais,


bem como contra práticas e cláusulas abusivas ou impostas no fornecimento de produtos e serviços;

V – a modificação das cláusulas contratuais que estabeleçam prestações desproporcionais ou sua


revisão em razão de fatos supervenientes que as tornem excessivamente onerosas;
VI – a efetiva prevenção e reparação de danos patrimoniais e morais, individuais, coletivos e difusos;

AULA 06 – Morfologia III 43


Prof. Celina Gil

VII – o acesso aos órgãos judiciários e administrativos com vistas à prevenção ou reparação de danos
patrimoniais e morais, individuais, coletivos ou difusos, assegurada a proteção Jurídica, administrativa
e técnica aos necessitados;

VIII – a facilitação da defesa de seus direitos, inclusive com a inversão do ônus da prova, a seu favor, no
processo civil, quando, a critério do juiz, for verossímil a alegação ou quando for ele hipossuficiente,
segundo as regras ordinárias de experiências;

IX – a adequada e eficaz prestação dos serviços públicos em geral.

Art. 7o Os direitos previstos neste código não excluem outros decorrentes de tratados ou convenções
internacionais de que o Brasil seja signatário, da legislação interna ordinária, de regulamentos
expedidos pelas autoridades administrativas competentes, bem como dos que derivem dos princípios
gerais do direito, analogia, costumes e equidade.

Parágrafo único. Tendo mais de um autor a ofensa, todos responderão solidariamente pela reparação
dos danos previstos nas normas de consumo.
(www.planalto.gov.br)

Nos trechos “asseguradas a liberdade de escolha e a igualdade das contratações” (inciso II) e
“assegurada a proteção jurídica, administrativa e técnica aos necessitados” (inciso VII), a análise das
concordâncias dos adjetivos em destaque permite afirmar que

a) apenas a primeira ocorrência está correta.

b) apenas a segunda ocorrência está correta.

c) as duas ocorrências são aceitáveis, mas não corretas.

d) as duas ocorrências estão incorretas.

e) as duas ocorrências estão corretas

(UNESP - 2015)

Assinale a alternativa em que o trecho, extraído de Ciência Hoje (http://cienciahoje.uol.com.br), está


correto quanto à concordância, de acordo com a norma-padrão da língua portuguesa.

a) Segundo a maioria dos cientistas, a agricultura e a própria segurança hídrica do Brasil serão
beneficiados, caso o país faça uma importante lição de casa: cuidar das nascentes e preservar as
florestas, pois elas têm papel essencial na conservação e na purificação das águas.

b) Segundo a maioria dos cientistas, a agricultura e a própria segurança hídrica do Brasil será
beneficiada, caso o país faça uma importante lição de casa: cuidar das nascentes e preservar as
florestas, pois elas tem papel essencial na conservação e na purificação das águas.

AULA 06 – Morfologia III 44


Prof. Celina Gil

c) Segundo a maioria dos cientistas, a agricultura e a própria segurança hídrica do Brasil serão
beneficiadas, caso o país faça uma importante lição de casa: cuidar das nascentes e preservar as
florestas, pois elas têm papel essencial na conservação e na purificação das águas.

d) Segundo a maioria dos cientistas, a agricultura e a própria segurança hídrica do Brasil será
beneficiado, caso o país faça uma importante lição de casa: cuidar das nascentes e preservar as
florestas, pois elas tem papel essencial na conservação e na purificação das águas.

(FGV - 2015)

Texto para as questões 29 e 30:

Pela tarde apareceu o Capitão Vitorino. Vinha numa burra velha, de chapéu de palha muito alvo, com
a fita verde- -amarela na lapela do paletó. O mestre José Amaro estava sentado na tenda, sem trabalhar.
E quando viu o compadre alegrou-se. Agora as visitas de Vitorino faziam-lhe bem. Desde aquele dia em
que vira o compadre sair com a filha para o Recife, fazendo tudo com tão boa vontade, que Vitorino
não lhe era mais o homem infeliz, o pobre bobo, o sem-vergonha, o vagabundo que tanto lhe
desagradava. Vitorino apeou-se para falar do ataque ao Pilar. Não era amigo de Quinca Napoleão,
achava que aquele bicho vivia de roubar o povo, mas não aprovava o que o capitão fizera com a D. Inês.

– Meu compadre, uma mulher como a D. Inês é para ser respeitada.

– E o capitão desrespeitou a velha, compadre?

– Eu não estava lá. Mas me disseram que botou o rifle em cima dela, para fazer medo, para ver se D.
Inês lhe dava a chave do cofre. Ela não deu. José Medeiros, que é homem, borrou-se todo quando lhe
entrou um cangaceiro no estabelecimento. Me disseram que o safado chorava como bezerro
desmamado. Este cachorro anda agora com o fogo da força da polícia fazendo o diabo com o povo.

(José Lins do Rego, Fogo Morto)

Sem que haja alteração de sentido do texto, assinale a alternativa correta quanto à regência verbal.

a) Quando o Capitão Vitorino chegou na sua casa, Mestre José Amaro foi cumprimentar-lhe.

b) Mestre José Amaro lembrou-se que tinha desfeito a imagem de Vitorino como um bobo.

c) A forma solícita como Vitorino tratou a filha vinha de encontro à imagem dele como pobre bobo.

d) Vitorino não se simpatizava de Quinca Napoleão e lhe desaprovava o que fizera a D. Inês.

e) Vitorino não era amigo de Quinca Napoleão, pensava de que ele vivia de roubar o povo.

AULA 06 – Morfologia III 45


Prof. Celina Gil

(UNIFESP - 2013)

O Hatha yoga pradipika, sagrada escritura do hatha yoga, escrita no século 15 da era atual, diz que,
antes de nos aventurarmos na prática de austeridade e códigos morais, devemos nos preparar.
Autocontrole e disciplina sem preparação adequada ____________ criar mais problemas mentais e de
personalidade do que paz de espírito. A beleza dessa escritura é que ela resolve o grande problema que
todo iniciante enfrenta: dominar a mente.

Devido ___________ abordagem corporal, o hatha yoga ficou conhecido – de modo equivocado – como
uma categoria de ioga ___________ trabalha apenas as valências físicas (força, flexibilidade, resistência,
equilíbrio e outras), quase como ginástica oriental. Isso não é verdade.

(Ciência Hoje, julho de 2012. Adaptado.)

De acordo com a norma-padrão da língua portuguesa, as lacunas do texto devem ser preenchidas,
respectivamente, com

a) pode – a essa – aonde.

b) podem – a essa – que.

c) pode – à essa – o qual.

d) podem – essa – com que.

e) pode – essa – onde.

(UNIFESP - 2012)

Mato, grosso até quando?

Em agosto de 2005, quando os astronautas do ônibus espacial Discovery retornaram à Terra, a


comandante Eileen Collins chamou a atenção para o ritmo acelerado do desmatamento no planeta,
facilmente observado do espaço. (...)

O Brasil destaca-se nesse cenário tanto por ter a maior floresta tropical do mundo quanto por ser
líder mundial em desmatamento. O agronegócio, a exploração madeireira irracional e a especulação
fundiária são as causas desse processo. Entre os estados, o Mato Grosso responde por quase 50%
do desmatamento anual na Amazônia brasileira. A julgar pelo que ocorre no presente, as projeções
apontam para um cenário ambientalmente catastrófico para esse estado, que chegará a 2020 com
menos de 23% da sua cobertura florestal original.

AULA 06 – Morfologia III 46


Prof. Celina Gil

(Ciência Hoje, vol. 42, n.º 248, maio de 2008. Adaptado.)

Leia as frases.

I. Antes de o ônibus espacial Discovery chegar na Terra, a comandante Eileen Collins chamou a
atenção para o ritmo acelerado do desmatamento no planeta.

II. O desmatamento no Brasil ocorre devido o agronegócio, a exploração madeireira irracional e a


especulação fundiária.

III. Segundo as projeções, existem possibilidades de que haja um cenário ambientalmente


catastrófico para o estado de Mato Grosso.

Com base nos princípios de regência, está correto o contido em

a) I, apenas.
b) III, apenas.

c) I e II, apenas.

d) II e III, apenas.

e) I, II e III.

(UNIFESP - 2010)

Leia o texto.

(Gazeta do Povo, 13.08.2009.)

No texto, há um erro que se corrige com a substituição de

a) voltam por volta.

b) voltam às aulas por voltam as aulas.

c) Com a decisão por Pela decisão.

d) às aulas de creches por as aulas de creches.


e) próxima semana por semana seguinte.

AULA 06 – Morfologia III 47


Prof. Celina Gil

INÉDITA – Celina Gil

Assinale a alternativa em que a regência verbal está de acordo com a norma culta.
a) Ele prefere mais comer salgado do que doce.
b) Assistimos uma peça ótima ontem.
c) Ele visava seus próprios interesses unicamente.
d) O homem aspirava um salário melhor.
e) Obedeça aos mais velhos.

INÉDITA – Celina Gil

Assinale a alternativa em que a regência nominal está de acordo com a norma culta.
a) O sedentarismo é prejudicial à saúde.
b) Ela tem facilidade em escrever.
c) Tinha amor para com ele.
d) Maria é apegada em filmes.
e) A confiança para com seu pai ficou abalada.

INÉDITA – Celina Gil

Leia os trechos a seguir, retirados de Quincas Borba, de Machado de Assis:

I. Quando Sofia pôde arrancar-se de todo à janela, o relógio de baixo ____ nove horas.

II. E, todavia, esse suposto mal é um benefício, não só porque _____ os organismos fracos, incapazes
de resistência, como porque ____ lugar à observação, à descoberta da droga curativa.

III. A quantas léguas iria? Nem condor nem águia o _____ dizer.

Os termos que completam corretamente as lacunas no texto são, respectivamente:

a) bateram; elimina; dá; poderiam.

b) batia; elimina; dá; poderia.

c) batia; eliminam; dão; poderiam.

d) bateram; eliminam; dão; poderiam.

e) batia; elimina; dão; poderia

AULA 06 – Morfologia III 48


Prof. Celina Gil

INÉDITA – Celina Gil

Leia os trechos a seguir, retirados de São Bernardo, de Graciliano Ramos.

I. Para proceder assim _________ ter independência.

II. Às vezes as ideias não vêm, ou vêm muito numerosas e a folha permanece ____ escrita, como
estava na véspera.

III. Os sinais, a idade, a cor, _____ confere.

Os termos que completam corretamente as lacunas no texto são, respectivamente:

a) é necessário; meia; tudo.

b) é necessária; meio; tudo.

c) é necessário; meio; tudo.

d) é necessária; meia; todos

e) é necessário; meio; todos

INÉDITA – Celina Gil

Era hora do almoço. As duas senhoras puseram-se ___ mesa. Aurélia _________ pela sobriedade,
que era nela a consequência de temperamento e educação. Não quer isto dizer que fosse dessa
espécie de moças papilionáceas que se alimentam do pólen das flores, e para quem o comer é um
ato desgracioso e prosaico.

Bem ao contrário, ela sabia que a nutrição dá ___ seiva de beleza, sem a qual as cores desmaiam
nas faces e os sorrisos nos lábios, como as efêmeras e pálidas florações de uma roseira ética.

Assim não tinha vergonha ___ comer; e sem vaidade acreditava que o esmalte de seus dentes não
era menos gracioso quando eles se triscavam como a crepitação de um colar de pérolas, nem o matiz
de seus lábios menos saboroso quando chupavam uma fruta, ou se entreabriam para receber o
alimento.

Os termos que completam corretamente as lacunas no texto são, respectivamente:


a) à; distinguia-se; a; de.
b) a; distinguia-se; à; de.
c) à; se distinguia; a; em.
d) a; se distinguia; a; em.
e) à; distinguia-se; à; de.

AULA 06 – Morfologia III 49


Prof. Celina Gil

(EsPCEX - 2017)

Assinale a alternativa em que o emprego do verbo “haver” está correto.

a) Haverá nove dias que ela visitou os pais.

b) Brigavam à toa, sem que houvessem motivos.

c) Criaturas infalíveis nunca houve nem haverão.

d) Não ligue, caso hajam desavenças entre vocês.

e) Morávamos ali há quase cinco anos.

(EsPCEX - 2015)

Assinale a alternativa correta quanto ao emprego do verbo haver.

a) Eu não sei, doutor, mas devem haver leis.


b) Também a mim me hão ferido.

c) Haviam tantas folhas pelas calçadas.

d) Faziam oito dias que não via Guma.

e) Não haverão umas sem as outras.

(EsPCEX - 2014)

Assinale a opção que completa corretamente as lacunas das frases a seguir.

I. ____ uma semana que telefono e não consigo contato.

II. ____ muito tempo que a amiga o procurava sem sucesso.

III. Passara no concurso _____ pouco tempo.

IV Iniciou os estudos ______ poucos dias.

V. Estávamos ali _______ quatro horas.

a) havia – há – havia – há – havia.

b) há – havia – há – há – havia.

c) há – há – há – há – há – há.
d) havia – havia – havia – havia – havia.

e) há – havia – havia – há – havia.

AULA 06 – Morfologia III 50


Prof. Celina Gil

(EsPCEX – 2012)

Assinale a alternativa que contém a classificação do modo verbal, dos verbos grifados nas frases
abaixo, respectivamente.

– Esse seu lado perverso, eu o conheço faz tempo.

– Anda logo, senão chegarás só amanhã.

– Se você chegar na hora, ganharemos um tempo precioso.

– Acabaríamos a tarefa hoje, se todos ajudassem.

a) indicativo – imperativo – subjuntivo – subjuntivo – indicativo – subjuntivo – indicativo

b) subjuntivo – indicativo – indicativo – subjuntivo – indicativo – subjuntivo – indicativo

c) subjuntivo – imperativo – indicativo – infinitivo – indicativo – subjuntivo – indicativo


d) indicativo – imperativo – indicativo – subjuntivo – indicativo – indicativo – subjuntivo

e) indicativo – subjuntivo – indicativo – subjuntivo – indicativo – subjuntivo – subjuntivo

(EsPCEX - 2012)

Em “Embarcaremos amanhã, então, vimos dizer-lhe adeus, hoje.”, a alternativa que classifica
corretamente a conjugação modo-temporal do verbo destacado no fragmento é

a) Pretérito Perfeito do Indicativo

b) Futuro do Presente do indicativo

c) Presente do Indicativo

d) Imperativo Afirmativo

e) Pretérito Imperfeito do Indicativo

(EsPCEX - 2011)

Na frase “Se o ______ , avisa-me.” , a alternativa que completa corretamente a frase é:

a) veres

b) vir

c) reverdes
d) vires

AULA 06 – Morfologia III 51


Prof. Celina Gil

e) ver

(EsPCEX - 2011)

“Nunca escreva um anúncio que você não gostaria que sua família lesse. Você não contaria mentiras
para a sua própria esposa. Não conte para minha.” (David Ogilvy)

Assinale a alternativa correta quanto ao emprego das formas verbais.

a) Caso a autor da frase preferisse usar o pronome tu, as formas verbais corretas seriam,
respectivamente, escrevas, gostarias, lesses, contarias, conteis.

b) Os verbos escreva, contaria e conte estão sendo usados no pretérito perfeito do indicativo.

c) Se autor tivesse escolhido o pronome nós, as formas verbais corretas seriam, respectivamente,
escrevemos, gostaríamos, lesses, contaríamos, contamos.
d) Os verbos gostaria e lesse estão sendo usados, respectivamente, no futuro do pretérito do
indicativo e no pretérito imperfeito do subjuntivo.

e) Os verbos escreva e conte, se conjugados no imperativo afirmativo, na terceira pessoa do plural,


teriam, respectivamente, as seguintes formas: escrevais e conteis.

(EsPCEX - 2011)

Assinale a alternativa em que a passagem do imperativo afirmativo para o imperativo negativo está
correta.

a) Sai daqui. / Não saies daqui.

b) Deixai vir a mim as crianças. / Não deixeis vir a mim as crianças.

c) O pão nosso nos dai hoje. / O pão nosso não nos dês hoje.

d) Escreve ao diretor. / Não escreva ao diretor.

e) Apõe a assinatura! / Não aponheis a assinatura!

(EsPCEX - 2011)

Em “Não me leves para o mar.”, quanto ao sentido, a frase é

a) optativa.

b) imprecativa.
c) declarativa.

AULA 06 – Morfologia III 52


Prof. Celina Gil

d) imperativa.

e) exclamativa.

(EsPCEx - 2019)

Em “...estima-se que pelo menos 4,4 bilhões de canudos sejam jogados fora anualmente.”, o verbo
auxiliar está conjugado no

a) futuro do subjuntivo.

b) presente do indicativo.

c) imperativo afirmativo.

d) presente do subjuntivo.

e) futuro do presente do indicativo.

(EsPCEx - 2017)

Assinale a alternativa em que o particípio sublinhado está utilizado de acordo com a norma culta.

a) O policial tinha pego o bandido.

b) O condenado foi prendido por dez anos.

c) A pena fora suspendida pelo juiz.

d) Foi terrível o juiz ter aceitado aquela denúncia.

e) O preso tinha ganho a liberdade.

(EsPCEx - 2017)

No trecho: “Alguns perguntariam "Por quê?". E eu pergunto: "Por que não?"”, os verbos grifados
estão, respectivamente, no

a) Futuro do Pretérito do Indicativo e Presente do Indicativo.

b) Futuro do Presente do Indicativo e Pretérito Perfeito do Indicativo.

c) Presente do Subjuntivo e Pretérito Imperfeito do Indicativo.

d) Pretérito Imperfeito do Indicativo e Presente do Subjuntivo.

e) Pretérito Mais-Que-Perfeito do Indicativo e Pretérito Imperfeito do Subjuntivo.

AULA 06 – Morfologia III 53


Prof. Celina Gil

(EsPCEx - 2017)

Assinale a alternativa em que o particípio sublinhado está utilizado de acordo com a norma culta.

A) O policial tinha pego o bandido.

B) O condenado foi prendido por dez anos.

C) A pena fora suspendida pelo juiz.

D) Foi terrível o juiz ter aceitado aquela denúncia.

E) O preso tinha ganho a liberdade.

(EsPCEx - 2011)

“Nunca escreva um anúncio que você não gostaria que sua família lesse. Você não contaria mentiras
para a sua própria esposa. Não conte para minha.” (David Ogilvy) Assinale a alternativa correta
quanto ao emprego das formas verbais.

a) Caso a autor da frase preferisse usar o pronome tu, as formas verbais corretas seriam,
respectivamente, escrevas, gostarias, lesses, contarias, conteis.

b) Os verbos escreva, contaria e conte estão sendo usados no pretérito perfeito do indicativo.

c) Se autor tivesse escolhido o pronome nós, as formas verbais corretas seriam, respectivamente,
escrevemos, gostaríamos, lesses, contaríamos, contamos.

d) Os verbos gostaria e lesse estão sendo usados, respectivamente, no futuro do pretérito do


indicativo e no pretérito imperfeito do subjuntivo.

e) Os verbos escreva e conte, se conjugados no imperativo afirmativo, na terceira pessoa do plural,


teriam, respectivamente, as seguintes formas: escrevais e conteis.

(EsPCEx - 2011)

Assinale a alternativa em que a passagem do imperativo afirmativo para o imperativo negativo está
correta.

a) Sai daqui. / Não saies daqui.

b) Deixai vir a mim as crianças. / Não deixeis vir a mim as crianças.

c) O pão nosso nos dai hoje. / O pão nosso não nos dês hoje.

d) Escreve ao diretor. / Não escreva ao diretor.


e) Apõe a assinatura! / Não aponheis a assinatura!

AULA 06 – Morfologia III 54


Prof. Celina Gil

(EFOMM - 2016)

É preciso deixar de ser de um jeito para ser de outro. "Morre e transforma-te!" − dizia Goethe. Nessa
passagem, o autor, tratando da transformação, cita a fala de um filósofo alemão, que utiliza a
segunda pessoa do singular. Se Goethe tivesse usado o tratamento de você, teríamos, então:

a) Morre e transforme-se!

b) Morra e transforme-se!

c) Morra e transforma-te!

d) Morrem e transformam-se!

e) Morre e transforma-se!

(EFOMM - 2017)

A falta de certa precisão quanto aos tempos, utilizam-se algumas locuções verbais que traduzem
mais adequadamente o aspecto verbal. Assim, a construção que expressa melhor a noção de início
de uma ação aparece no fragmento da alternativa

a) Mas para navegar não basta sonhar. É preciso saber. São muitos os saberes necessários para se
navegar.

b) Puseram-se então a estudar cada um aquilo que teria de fazer no barco: manutenção do casco,
instrumentos de navegação, astronomia, meteorologia, as velas, as cordas, as polias e roldanas, os
mastros, o leme, os parafusos (...)

c) Os computadores, coitados, chamados a dar o seu palpite, ficaram em silêncio.

d) Naus e navegação têm sido uma das mais poderosas imagens na mente dos poetas.

e) Não posso pensar a missão das escolas, começando com as crianças e continuando com os
cientistas, como outra que não a da realização do dito do poeta (...)

(EEAR – 2020/2)

Assinale a alternativa que apresenta um verbo defectivo.

a) pedir

b) andar

c) matar
d) abolir

AULA 06 – Morfologia III 55


Prof. Celina Gil

(EEAR – 2020/2)

Assinale a alternativa em que a colocação pronominal está inadequada.

a) Calar-me-ei diante de tantos impropérios.

b) Ninguém disse-lhe que eu já havia chegado?

c) Ao ir ao cinema, o shopping pareceu-me vazio.

d) Eu me entristeci com as notícias veiculadas pela televisão.

(EEAR – 2020/2)

Em qual alternativa a concordância verbal está de acordo com o padrão culto da língua portuguesa?

a) Todos sabemos que existe, no passado daquela família tradicional, fatos que ninguém quer
relembrar.

b) Haviam pessoas no teatro que abandonaram o local antes do término do espetáculo.

c) A atitude dos alunos daquelas universidades públicas comoveram os jornalistas.

d) Desconheciam-se os motivos pelos quais o marido havia abandonado a família.

(EEAR – 2020/2)

Assinale a alternativa em que o verbo está corretamente conjugado.

a) Se eu pôr todo o meu dinheiro neste investimento, estarei me arriscando.

b) Embora essa aplicação seje bastante rentável, é um investimento de alto risco.

c) Se ela reavesse o dinheiro que perdeu, iria investi-lo em uma aplicação de baixo risco.

d) Se eles expuserem os riscos do mercado para mim, poderei analisar a situação com mais
segurança.

(EEAR – 2019/2)

Identifique a alternativa em que há erro de concordância verbal.

a) Não conseguiu empréstimo nos bancos o pai e as filhas.

b) O conflito, a luta e a guerra interior aumentava-lhe a vontade de viver.

c) O respeito à Instituição, a carreira, o salário, tudo faziam-no lutar por uma vaga no concurso.
d) Durante a partida de futebol, uma e outra jogada foi determinante para a consolidação do placar.

AULA 06 – Morfologia III 56


Prof. Celina Gil

(EEAR – 2019/2)

Leia: “Os conceitos sobre o papel da mulher no mercado de trabalho precisam ser revistos pelos
políticos e pelos empresários”. Transpondo para a voz ativa a oração acima, obtém-se a forma verbal

a) reveremos.

b) reveríamos.

c) precisam rever.

d) precisavam rever.

(EEAR – 2019/2)

Em qual alternativa a lacuna não pode ser preenchida com o verbo indicado nos parênteses no modo
subjuntivo?

a) Era necessário que outra pessoa ______ a liderança. (assumir)

b) Saiu sorrateiramente, sem que ninguém ______ a sua ausência. (notar)

c) Acordou de madrugada, esperando que alguém lhe ______ um copo d’água. (dar)

d) O encarregado me denunciou para o patrão: disse que eu sempre ______ atrasado. (chegar)

(EEAR - 2019)

Os versos abaixo são composições de Rita Lee. Assinale a alternativa em que todos os verbos em
destaque são regulares.

a) “Um belo dia resolvi mudar

E fazer tudo que eu queria fazer

Me libertei daquela vida vulgar

Que eu levava estando junto a você”

b) “Meu bem você me dá

Água na boca

Vestindo fantasias

Tirando a roupa”

c) “Ando meio desligado


Que eu nem sinto meus pés no chão

AULA 06 – Morfologia III 57


Prof. Celina Gil

Olho e não vejo nada”

d) “Me cansei de escutar opiniões

De como ter um mundo melhor”

(EsFCEx - 2019)

Decidira abandonar tudo e seguir os passos de Cristo. (linha 14)

Assinale a alternativa que apresente forma verbal que possa substituir, sem prejuízo de sentido
quanto à temporalidade, o verbo decidira, no período acima.

a) Tem decidido

b) Houvera decidido

c) Tinha decidido
d) Decidiu

e) Decidia

(EsFCEx - 2014)

Leia o trecho abaixo e, em seguida, escolha a alternativa correta:

“Segundo os cientistas, se quisermos ter qualquer chance de sobreviver a um grande objeto em rota
de colisão, a detecção precoce é essencial, já que a maioria das soluções imaginadas para desviar
um asteroide levaria anos para ser implantada [...]. Quando ele vier, é preciso estar preparado.”

Os verbos em destaque estão, respectivamente, no:

a) imperfeito do subjuntivo - infinitivo - futuro do presente - futuro do pretérito - particípio.

b) futuro do subjuntivo - infinitivo - futuro do pretérito - futuro do subjuntivo - particípio.

c) infinitivo - presente do indicativo - futuro do pretérito - futuro do subjuntivo - particípio.

d) futuro do presente - infinitivo - futuro do pretérito - futuro do subjuntivo - pretérito perfeito.

e) imperfeito do subjuntivo - infinitivo - futuro do presente - futuro do presente - infinitivo.

(EsFCEx - 2014)

O tempo verbal utilizado para indicar uma ação passada em relação a outro momento passado é o:
a) pretérito perfeito

AULA 06 – Morfologia III 58


Prof. Celina Gil

b) pretérito imperfeito

c) pretérito mais-que-perfeito

d) futuro do pretérito

e) subjuntivo

(EAM - 2018)

Fragmento do texto: Pelo mar fomos descobertos e a partir do mar e dos rios consolidamos nossa
independência e fixamos as fronteiras ao norte, sul e a oeste; o que garantiu a integridade do nosso
território, com dimensões continentais. Também pelo mar e rios, ao longo de nossa história, nos
defendemos das mais graves agressões à soberania nacional.

Assim, entender a importância dos mares e rios exige a absorção de conhecimentos e percepções
que, normalmente, deixam de estar à disposição de significativa parte do Povo Brasileiro; porém,
cada vez mais, constatamos que é pela via marítima e hidrovias que trafegamos os produtos e
serviços essenciais à pátria. (...)

A relevância em proteger esse legado tem direcionado a Marinha do Brasil na consecução dos seus
programas estratégicos, entre outros: Programa Nuclear da Marinha, Programa de
Desenvolvimento de Submarinos, Programa de Construção das Corvetas Classe Tamandaré e
Obtenção da Capacidade Operacional Plena. Na atualidade, quando os desafios alcançam crescente
dinâmica e as ameaças ocorrem a partir de cenários sempre complexos e multifacetados, estarmos
preparados para defender a Amazônia Azul caracteriza condição imprescindível para que o País
preserve e amplie a sua prosperidade e exerça a sua soberania, quando for necessário. Vale destacar
que os programas estratégicos da Marinha do Brasil possuem forte sinergia com os setores
acadêmicos, industriais e empresariais. [...] Na ocasião em que comemoramos esta importante data,
plena de envolvimentos com o nosso passado e basilar para um presente e futuro, devemos exaltar
tão valioso patrimônio; entretanto, cônscios das dimensões que envolvem a Amazônia Azul:
soberania nacional, diplomática, econômica, ambiental, científica, tecnológica e de inovação,
relembramos, mais uma vez, as palavras de Rui Barbosa: “...O mar é um curso de força e uma escola
de previdência. Todos os seus espetáculos são lições: não os contemplemos frivolamente...”

Em que opção a forma verbal destacada expressa ideia hipotética?

a) “Na ocasião em que comemoramos esta importante data [...].” (10°§)

b) “[...] o País preserve e amplie a sua prosperidade [...].” (9°§)


c) “[...] a partir do mar e dos rios consolidamos nossa independência [...].” (1°§)

AULA 06 – Morfologia III 59


Prof. Celina Gil

d) “[...] é pela via marítima e hidrovias que trafegamos [...].” (2°§)

e) “Assim, entender a importância do mar e rios exige a absorção [...].” (2°§)

(Colégio Naval - 2017)

Em que opção a forma verbal destacada apresenta os mesmos tempo e modo que a destacada em
"Contudo, não se respira o mesmo ar, ainda que já se possa ver o outro.” (5°§)?

a) "[...] postos nessa situação, talvez acabassem por falar alguma coisa.” (2°§)

b) “[...] pude presenciar, ao vivo, uma cena que já me tinham descrito.” (1°§)

c) “[...] merecedores que nos tornamos da confiança um do outro,[...]. "(7°§)

d) “[...] aquele temor que lhe está roubando o sossego talvez não seja fácil.”(3°§)

e) “[...] compartilhamento do mesmo espaço, diria, é que nos proporciona[...].” (3°§)

(Colégio Naval - 2015)

Assinale a opção em que o verbo está flexionado nos mesmos tempo e modo do destacado em "[...]
elegendo representantes que partilhem desta convicção [...]." ( 5 ° § ) .

a) "[...] que não podem simplesmente terceirizar [ . . .] (4 °§)

b) " [...] que este processo [...] seja sustentável [...] ". (8°§)

c) "[...] que todos precisam contribuir para tanto [...] ". (5°§)

d) "[...] que eles ajudam na sua ascensão social [...] ". (6°§)

e) "[...] que elevam suas habilidades para o bom [...]". (7°§)

(ESA - 2016)

São exemplos de verbos da 2ª conjugação:

a) cantar, ficar, remar e amar

b) compor, depor, dever e temer

c) sorrir, partir, dormir

d) remar, receber, dever e dormir

e) fugir, ir, dormir e sorrir.

AULA 06 – Morfologia III 60


Prof. Celina Gil

(Fuzileiro Naval - 2016)

A leitura do texto permite que se identifiquem referências aos tempos antigo e atual. Em que tempo
verbal se encontra o verbo grifado no trecho: “dos poetas mortos há tanto tempo que parecem de
novo estreantes (…)”.

a) Pretérito perfeito do indicativo.

b) Pretérito mais-que-perfeito do indicativo.

c) Presente do subjuntivo.

d) Pretérito imperfeito do subjuntivo.

e) Presente do indicativo.

(Fuzileiro Naval - 2015)

Em “- Não seria muito confortável, mas em compensação não pagariam diária.” –, o verbo em
destaque indica a

a) 1ª pessoa do plural.

b) 2ª pessoa do singular.

c) 2ª pessoa do plural.

d) 3ª pessoa do plural.

e) 3ª pessoa do singular.

(Fuzileiro Naval - 2014)

Considere os versos abaixo:

“O que é que eu vou fazer agora

Se o teu sol não brilhar por mim?

Num céu de estrelas multicoloridas

Existe uma que eu não colori” (linhas 1-4)

Assinale a opção em que os verbos destacados estão conjugados, respectivamente, no

a) presente do subjuntivo e no pretérito imperfeito do indicativo.

b) presente do indicativo e no pretérito perfeito do indicativo.


c) futuro do presente e no pretérito imperfeito do indicativo.

AULA 06 – Morfologia III 61


Prof. Celina Gil

d) presente do indicativo e no passado do subjuntivo.

e) presente do subjuntivo e no pretérito perfeito do indicativo.

(Colégio Naval - 2015)

Assinale a opção em que o verbo está flexionado nos mesmos tempo e modo do destacado em "[...]
elegendo representantes que partilhem desta convicção [...]." ( 5 ° § ) .

a) "[...] que não podem simplesmente terceirizar [ . . .] (4 °§)

b) " [...] que este processo [...] seja sustentável [...] ". (8°§)

c) "[...] que todos precisam contribuir para tanto [...] ". (5°§)

d) "[...] que eles ajudam na sua ascensão social [...] ". (6°§)

e) "[...] que elevam suas habilidades para o bom [...]". (7°§)

(EPCAR - 2015)

Observe as formas verbais empregadas nos enunciados abaixo e assinale V para as proposições
verdadeiras e F para as falsas. A seguir, marque a sequência correta.

I) “Se não quiser adoecer, fale de seus sentimentos.”

II) “Pessoas negativas não enxergam soluções e aumentam os problemas.”

III) “A rejeição de si próprio, a ausência de autoestima, faz com que sejamos algozes de nós
mesmos.”

IV) “Aceitar-se, aceitar ser aceito, aceitar as críticas, é sabedoria, bom senso e terapia.”

V) “Não viva sempre triste!”

( ) O presente do indicativo aparece nos enunciados II, III e IV com o objetivo de exprimir um fato
verdadeiro e que não pertence a uma época determinada.

( ) No enunciado I, o verbo “falar” encontra-se no presente do subjuntivo e expressa um fato incerto,


mas que apresenta a expectativa do locutor de que venha a se realizar.

( ) Com o objetivo de manter o paralelismo verbal, se colocássemos a primeira forma verbal do


período III no pretérito perfeito do indicativo, teríamos que usar a forma verbal “fôssemos” na
segunda oração.
( ) O particípio do verbo “aceitar”, no enunciado IV, foi utilizado na formação da voz passiva.

AULA 06 – Morfologia III 62


Prof. Celina Gil

( ) O verbo “viver”, na frase V, encontra-se flexionado na 2ª pessoa do singular do imperativo


negativo.

a) F, V, F, F, V

b) V, F, V, V, F

c) V, F, V, F, F

d) F, F, F, V, V

(EEAR - 2015)

Não esqueçais o passado, mas pensai também no futuro.

Os verbos da frase acima estão na segunda pessoa do plural, no modo imperativo. Assinale a opção
incorreta quanto à transposição da frase para outras pessoas gramaticais.

a) 1.ª pessoa do plural: “Não esqueçamos o passado, mas pensemos também no futuro."

b) 2.ª pessoa do singular: “Não esqueças o passado, mas penses também no futuro."

c) 3.ª pessoa do plural: “Não esqueçam o passado, mas pensem também no futuro."

d) 3.ª pessoa do singular: “Não esqueça o passado, mas pense também no futuro."

(EEAR - 2014)

Em qual alternativa o verbo não possui mais de uma forma para o particípio?

a) tingir

b) chegar

c) matar

d) suspender

(EEAR - 2016)

“Talvez pareça excessivo o escrúpulo do Cotrim, a quem não souber que ele possuía um caráter
ferozmente honrado.” (Machado de Assis)

Dentre os verbos presentes na frase acima, não há


a) futuro do subjuntivo.

AULA 06 – Morfologia III 63


Prof. Celina Gil

b) presente do indicativo.

c) presente do subjuntivo.

d) pretérito imperfeito do indicativo.

(Estratégia Militares 2020 – Inédita)

Com relação à regência verbal, assinale a alternativa incorreta.

a) Ele sempre se lembra de pedir a bênção para sua avó querida.

b) Todas as suas ações implicam em problemas severos no futuro.

c) As atitudes do menino corroboram as preocupações dos pais.

d) Ele sempre aspirou a uma vida melhor no trabalho diário.

(Estratégia Militares 2020 – Inédita)

Assinale a alternativa em que o elemento destacado poderia apresentar concordância diferente da


realizada no trecho.

a) O aluno e a professora chegaram apressados naquele belo dia ensolarado.

b) Compramos nova geladeira e fogão durante a queima de estoque da loja.

c) O casal de namorado ficou a sós durante todo o dia de ontem, conversando.

d) Eles procuravam por uma casa e um quintal adorável para se mudar.

(Estratégia Militares 2020 – Inédita)

Assinale, a seguir, a alternativa que encerra uma oração na voz passiva.

a) Sabe-se que todos terão uma boa sorte na prova.

b) Precisa-se de muito estudo e diversão na preparação.

c) Os meninos abraçaram-se longamente no fim da pandemia.

d) Vivia-se muito bem naquele lugar do Brasil.

(Estratégia Militares 2020 – Inédita)

Assinale a alternativa em que, como em “Metade das instituições financeiras dos EUA fechou as
portas”, a concordância verbal em destaque poderia estar no plural.

AULA 06 – Morfologia III 64


Prof. Celina Gil

a) Ficou em casa o menino e a mãe, respeitando o isolamento.

b) Quatro horas é pouco para o que precisamos.

c) Quem é a pessoa que me procurou ontem?

d) Havia mais de dez alunos esperando pela resposta do professor.

c) Deve haver muitas pessoas preocupadas com a pandemia.

(Estratégia Militares 2020 – Inédita)

Pronominais

Dê-me um cigarro

Diz a gramática

Do professor e do aluno
E do mulato sabido

Mas o bom negro e o bom branco

Da Nação Brasileira

Dizem todos os dias

Deixa disso camarada

Me dá um cigarro

(Oswald de Andrade. Pau-brasil, 1925)

Assinale a alternativa em que há erro de colocação pronominal, segundo a Norma Culta, como o
encontrado em “Me dá um cigarro”, último verso do poema de Oswald.

a) Eles me chamaram para dar uma volta pela cidade.

b) Aquilo que me pediram será entregue ainda hoje.

c) Não se consideraram todas as variáveis do caso.

d) Enviaria-te um presente se as lojas estivessem abertas.

e) Eles saíram correndo, visto que se assustaram com o segurança.

AULA 06 – Morfologia III 65


Prof. Celina Gil

5.2- Gabarito
C D C

A D B

D B C

A D B

E D D

C D B

C A B

B D E

B D D

D B B
E B B

A B B

B D B

C B B

A D B

A D B

B C D

E C A

D D A

C A D

AULA 06 – Morfologia III 66


Prof. Celina Gil

5.3- Exercícios comentados


(ITA – 2019)

Em frente da minha casa existe um muro enorme, todo branco. No Facebook, uma postagem
me chama atenção: é um muro virtual e a brincadeira é pichá-lo com qualquer frase que vier à
cabeça. Não quero pichar o mundo virtual, quero um muro de verdade, igual a este de frente para
a minha casa. Pelas ruas e avenidas, vou trombando nos muros espalhados pelos quarteirões,
repletos de frases tolas, xingamentos e erros de português. Eu bem poderia modificar isso.

“O caminho se faz caminhando”, essa frase genial, tão forte e certeira do poeta espanhol
Antonio Machado, merece aparecer em diversos muros. Basta pensar um pouco e imaginar; de fato,
não há caminho, o caminho se faz ao caminhar.

De repente, vejo um prédio inteiro marcado por riscos sem sentido e me calo. Fui tentar
entender e não me faltaram explicações: é grafite, é tribal, coisas de difícil compreensão. As
explicações prosseguem: grafite é arte, pichar é vandalismo. O pequeno vândalo escondido dentro
de mim busca frases na memória e, então, sinto até o cheiro da lama de Woodstock em letras
garrafais: “Não importam os motivos da guerra, a paz é muito mais importante”.

Feito uma folha deslizando pelas águas correntes do rio me surge a imagem de John Lennon;
junto dela, outra frase: “O sonho não acabou”, um tanto modificada pela minha mão, tornando-se:
o sonho nunca acaba. E minha cabeça já se transforma num muro todo branco.

Desde os primórdios dos tempos, usamos a escrita como forma de expressão, os homens das
cavernas deixaram pichados nas rochas diversos sinais. Num ato impulsivo, comprei uma tinta
spray, atravessei a rua chacoalhando a lata e assim prossegui até chegar à minha sala, abraçado pela
ansiedade aumentada a cada passo. Coloquei o dedo no gatilho do spray e fiquei respirando fundo,
juntando coragem e na mente desenhando a primeira frase para pichar, um tipo de lema, aquela do
Lô Borges: “Os sonhos não envelhecem” – percebo, num sorrir de canto de boca, o quanto os sonhos
marcam a minha existência.

Depois arriscaria uma frase que criei e gosto: “A lagarta nunca pensou em voar, mas daí, no
espanto da metamorfose, lhe nasceram asas...”. Ou outra, completamente tola, me ocorreu depois
de assistir a um documentário, convencido de que o panda é um bicho cativante, mas vive distante
daqui e sua agonia não é menor das dos nossos bichos. Assim pensando, as letras duma nova
pichação se formaram num estalo: “Esqueçam os pandas, salvem as jaguatiricas!”.

No muro do cemitério, escreveria outra frase que gosto: “Em longo prazo estaremos todos
mortos”, do John Keynes, que trago comigo desde os tempos da faculdade. Frases de túmulos
ganhariam os muros; no de Salvador Allende está consagrado, de autoria desconhecida: “Alguns
anos de sombras não nos tornarão cegos.” Sempre apegado aos sonhos, picharia também uma do

AULA 06 – Morfologia III 67


Prof. Celina Gil

Charles Chaplin: “Nunca abandone os seus sonhos, porque se um dia eles se forem, você continuará
vivendo, mas terá deixado de existir”.

Claro, eu poderia escrever essas frases num livro, num caderno ou no papel amassado que
embrulha o pão da manhã, mas o muro me cativa, porque está ao alcance das vistas de todos e
quero gritar para o mundo as frases que gosto; são tantas, até temo que me faltem os muros.
Poderia passar o dia todo pichando frases, as linhas vão se acabando e ainda tenho tanto a pichar...
“É preciso muito tempo para se tornar jovem”, de Picasso, “Há um certo prazer na loucura que só
um louco conhece”, de Neruda, “Se me esqueceres, só uma coisa, esquece-me bem devagarzinho”,
cravada por Mário Quintana...

Encerro com Nietzsche: “Isto é um sonho, bem sei, mas quero continuar a sonhar”, que serve
para exemplificar o que sinto neste momento, aqui na minha sala, escrevendo no computador o que
gostaria de jogar nos muros lá fora, a custo me mantendo calmo, um olho na tela, outro voltado
para o lado oposto da rua. Lá tem aquele muro enorme, branco e virgem, clamando por frases. Não
sei quanto tempo resistirei até puxar o gatilho do spray.

Adaptado de: ALVEZ, A. L. Um muro para pichar. Correio do Estado, fev 2018. Disponível em
Acesso em: ago. 2018.

Por ser uma crônica, o texto apresenta formas coloquiais, que por vezes distanciam o texto da
norma padrão da língua portuguesa. Assinale a alternativa em que ocorre desvio da norma culta.

a) Fui tentar entender e não me faltaram explicações: é grafite, é tribal, coisas de difícil
compreensão.

b) O pequeno vândalo escondido dentro de mim busca frases na memória e, então, sinto até o cheiro
........da lama de Woodstock [...]

c) Depois arriscaria uma frase que criei e gosto [...]

d) Desde os primórdios dos tempos, usamos a escrita como forma de expressão [...]

e) Poderia passar o dia todo pichando frases, as linhas vão se acabando e ainda tenho tanto a
........pichar...
Comentários: A incorreção ligada ao uso de formas coloquiais se evidencia na alternativa C: os
verbos “criar” e gostar” possuem regência diferentes. Ao passo que “criar” pode atuar como
verbo transitivo, ou seja, dispensa o uso de preposições, “gostar” se comporta como verbo
transitivo indireto.
Por isso, para que essa oração estivesse alinhada à norma culta, seria preciso adicionar uma
preposição “de” na oração: “Depois arriscaria uma frase que criei e de que gosto (...)”.
Gabarito: C
(IME - 2009)
De acordo com a norma culta da nossa língua, que período pode ser considerado correto?

AULA 06 – Morfologia III 68


Prof. Celina Gil

a) A imigração obedece a regras restritas em todos os países.

b) Não conseguindo salvar minha família, preferia à morte.

c) Informei-lhe de todas as opiniões.

d) Muitos japoneses preferiam mais o trabalho em terras estrangeiras do que a pobreza em seu
país.

e) Esquecia sempre dos compromissos de campanha.


Comentários: A alternativa A é a que respeita a regência prescrita na norma culta. O verbo
obedecer, por ser transitivo indireto, deve ser preposicionado, no caso, a preposição “a”. esse “a”
dispensa crase, pois o termo seguinte está no plural. O termo só seria craseado se a construção
fosse “obedece às regras”.
A alternativa B está incorreta, pois “preferir” dispensa preposição “a” nessa construção. A
construção correta seria “preferia a morte”.
A alternativa C está incorreta, pois “informar” dispensa preposição “de” nessa construção. A
construção correta seria “Informei-lhe todas as opiniões”.
A alternativa D está incorreta, pois não se utiliza “mais” após “preferir”. A construção correta seria
“Muitos japoneses preferiam o trabalho (...)”
A alternativa E está incorreta, pois para que o “esquecer” seja acompanhado da preposição “de”,
é preciso o uso da partícula “se”. A construção correta seria “Esquecia-se sempre dos
compromissos de campanha”.
Gabarito: A
(IME - 2006)
O sobrevivente
Carlos Drummond de Andrade

Impossível compor um poema a essa altura da evolução da humanidade.

Impossível escrever um poema - uma linha que seja - de verdadeira poesia.

O último trovador morreu em 1914.

Tinha um nome de que ninguém se lembra mais.

Há máquinas terrivelmente complicadas para as necessidades mais simples.

Se quer fumar um charuto aperte um botão.


Paletós abotoam-se por eletricidade.

AULA 06 – Morfologia III 69


Prof. Celina Gil

Amor se faz pelo sem-fio.

Não precisa estômago para digestão.

Um sábio declarou a O Jornal que ainda falta

muito para atingirmos um nível razoável de

cultura. Mas até lá, felizmente, estarei morto.

Os homens não melhoram

e matam-se como percevejos.

Os percevejos heroicos renascem.

Inabitável, o mundo é cada vez mais habitado.


E se os olhos reaprendessem a chorar seria um segundo dilúvio.

(Desconfio que escrevi um poema.)

SECCHIN, Antônio Carlos. Antologia temática da poesia brasileira. Rio de Janeiro: Faculdade de Letras,
UFRJ, 2004.

Observe o verso:

“Tinha um nome de que ninguém se lembra mais”. (1a estrofe) Assinale a opção que, após a substituição
do segundo verbo, possui incorreção na regência verbal.

a) Tinha um nome em que ninguém acredita mais.

b) Tinha um nome que ninguém ouve mais.

c) Tinha um nome de que ninguém fala mais.

d) Tinha um nome a que ninguém confia mais.

Comentários: O verbo “confiar”, nesse caso, exige a preposição “em”, pois o verbo atua como VTI:
Ninguém confia mais em um nome. A preposição “a” é utilizada em “confiar” em construções em que o
verbo atua como VTDI: Ninguém confia algo a alguém.

A alternativa A não apresenta incorreções, pois, nesse caso, “acreditar” exige a preposição “em”.

A alternativa B não apresenta incorreções, pois, nesse caso, “ouvir” exige a preposição “de”.
A alternativa C não apresenta incorreções, pois, nesse caso, “falar” exige a preposição “de”.

AULA 06 – Morfologia III 70


Prof. Celina Gil

Gabarito: D
(IME - 1996)

Assinale a opção que completa corretamente as lacunas das frases a seguir:

I- Saíram daqui______ pouco, mas voltarão daqui______ pouco, pois moram apenas______dois
quilômetros de distância.

II- _______foram suas amigas? _______ estarão agora?

a) há - a - a - Aonde - Onde

b) há - há - à - Onde - Onde

c) há - a - a - Aonde - Aonde

d) a - a - à - Para onde - Por onde

e) a - há - há - Por onde - Aonde


Comentários:
No item I., o primeiro espaço deve-se completar com “há”, pois tem sentido de “saíram daqui tem
pouco tempo”; o espaço deve-se completar com “a”, pois completa a expressão “daqui a pouco”;
e o terceiro espaço deve-se completar com “a”, pois o verbo “morar”, neste caso, pede uso de
preposição (sem crase, pois “quilômetros” é palavra masculina.
No item II, o primeiro espaço deve-se completar com “aonde”, pois tem sentido de “para onde
foram”; e o segundo espaço deve-se completar com “onde”, pois neste caso, denota adverbio de
lugar.
Gabarito: A
(UNESP - 2016)
Art. 6o São direitos básicos do consumidor:

I – a proteção da vida, saúde e segurança contra os riscos provocados por práticas no fornecimento de
produtos e serviços considerados perigosos ou nocivos;

II – a educação e divulgação sobre o consumo adequado dos produtos e serviços, asseguradas a


liberdade de escolha e a igualdade nas contratações;

III – a informação adequada e clara sobre os diferentes produtos e serviços, com especificação correta
de quantidade, características, composição, qualidade, tributos incidentes e preço, bem como sobre os
riscos que apresentem;
IV – a proteção contra a publicidade enganosa e abusiva, métodos comerciais coercitivos ou desleais,
bem como contra práticas e cláusulas abusivas ou impostas no fornecimento de produtos e serviços;

AULA 06 – Morfologia III 71


Prof. Celina Gil

V – a modificação das cláusulas contratuais que estabeleçam prestações desproporcionais ou sua


revisão em razão de fatos supervenientes que as tornem excessivamente onerosas;

VI – a efetiva prevenção e reparação de danos patrimoniais e morais, individuais, coletivos e difusos;

VII – o acesso aos órgãos judiciários e administrativos com vistas à prevenção ou reparação de danos
patrimoniais e morais, individuais, coletivos ou difusos, assegurada a proteção Jurídica, administrativa
e técnica aos necessitados;

VIII – a facilitação da defesa de seus direitos, inclusive com a inversão do ônus da prova, a seu favor, no
processo civil, quando, a critério do juiz, for verossímil a alegação ou quando for ele hipossuficiente,
segundo as regras ordinárias de experiências;

IX – a adequada e eficaz prestação dos serviços públicos em geral.

Art. 7o Os direitos previstos neste código não excluem outros decorrentes de tratados ou convenções
internacionais de que o Brasil seja signatário, da legislação interna ordinária, de regulamentos
expedidos pelas autoridades administrativas competentes, bem como dos que derivem dos princípios
gerais do direito, analogia, costumes e equidade.

Parágrafo único. Tendo mais de um autor a ofensa, todos responderão solidariamente pela reparação
dos danos previstos nas normas de consumo.

(www.planalto.gov.br)

Nos trechos “asseguradas a liberdade de escolha e a igualdade das contratações” (inciso II) e
“assegurada a proteção jurídica, administrativa e técnica aos necessitados” (inciso VII), a análise das
concordâncias dos adjetivos em destaque permite afirmar que

a) apenas a primeira ocorrência está correta.

b) apenas a segunda ocorrência está correta.

c) as duas ocorrências são aceitáveis, mas não corretas.

d) as duas ocorrências estão incorretas.

e) as duas ocorrências estão corretas


Comentários: Para responder a essa questão, é preciso analisar os termos centrais da oração para
descobrir se há concordância entre o verbo e eles.
Em “asseguradas a liberdade de escolha e a igualdade das contratações” há dois termos centrais:
“liberdade” e “igualdade”. Portanto, o verbo precisa estar no plural.
Já em “assegurada a proteção jurídica, administrativa e técnica aos necessitados”, o termo central
é “proteção”. Portanto, o verbo precisa estar no singular. Essa segunda oração pode causar
dúvidas, já que há referência a três elementos diferentes: proteção jurídica, proteção
administrativa e proteção técnica. Porém, a palavra “proteção”, que é a informação central, está

AULA 06 – Morfologia III 72


Prof. Celina Gil

no singular. Se a construção fosse a partir de “as proteções jurídica, administrativa e técnica”, o


verbo deveria vir no plural.
Gabarito: E
(UNESP - 2015)

Assinale a alternativa em que o trecho, extraído de Ciência Hoje (http://cienciahoje.uol.com.br), está


correto quanto à concordância, de acordo com a norma-padrão da língua portuguesa.

a) Segundo a maioria dos cientistas, a agricultura e a própria segurança hídrica do Brasil serão
beneficiados, caso o país faça uma importante lição de casa: cuidar das nascentes e preservar as
florestas, pois elas têm papel essencial na conservação e na purificação das águas.

b) Segundo a maioria dos cientistas, a agricultura e a própria segurança hídrica do Brasil será
beneficiada, caso o país faça uma importante lição de casa: cuidar das nascentes e preservar as
florestas, pois elas tem papel essencial na conservação e na purificação das águas.
c) Segundo a maioria dos cientistas, a agricultura e a própria segurança hídrica do Brasil serão
beneficiadas, caso o país faça uma importante lição de casa: cuidar das nascentes e preservar as
florestas, pois elas têm papel essencial na conservação e na purificação das águas.

d) Segundo a maioria dos cientistas, a agricultura e a própria segurança hídrica do Brasil será
beneficiado, caso o país faça uma importante lição de casa: cuidar das nascentes e preservar as
florestas, pois elas tem papel essencial na conservação e na purificação das águas.
Comentários: Apesar de apresentar textos longos, o erro a ser encontrado na questão está na
oração “Segundo a maioria dos cientistas, a agricultura e a própria segurança hídrica do Brasil
serão beneficiadas, caso o país faça uma importante lição de casa (...)”.
A alternativa correta é a alternativa C, pois tanto a concordância verbal quanto a nominal estão
adequadas. Os termos centrais da oração são “agricultura” e “segurança”, portanto, o verbo deve
estar no plural. Para que não haja ambiguidade, o adjetivo está no plural. Assim fica claro que ele
se refere aos dois termos, e não apenas ao mais próximo a ele.
A alternativa A está incorreta, pois o adjetivo “beneficiados” está no masculino, o que é errado
dado que os dois termos centrais estão no feminino.
A alternativa B está incorreta, pois o verbo “será” está no singular, o que faz com que ele aparente
se referir apenas ao termo mais próximo.
A alternativa D está incorreta, pois o verbo “será” está no singular, o que faz com que ele aparente
se referir apenas ao termo mais próximo e o adjetivo “beneficiado” está no masculino singular, o
que é errado dado há dois termos centrais no feminino.
Gabarito: C
(FGV - 2015)

AULA 06 – Morfologia III 73


Prof. Celina Gil

Texto para as questões 29 e 30:

Pela tarde apareceu o Capitão Vitorino. Vinha numa burra velha, de chapéu de palha muito alvo, com
a fita verde- -amarela na lapela do paletó. O mestre José Amaro estava sentado na tenda, sem trabalhar.
E quando viu o compadre alegrou-se. Agora as visitas de Vitorino faziam-lhe bem. Desde aquele dia em
que vira o compadre sair com a filha para o Recife, fazendo tudo com tão boa vontade, que Vitorino
não lhe era mais o homem infeliz, o pobre bobo, o sem-vergonha, o vagabundo que tanto lhe
desagradava. Vitorino apeou-se para falar do ataque ao Pilar. Não era amigo de Quinca Napoleão,
achava que aquele bicho vivia de roubar o povo, mas não aprovava o que o capitão fizera com a D. Inês.

– Meu compadre, uma mulher como a D. Inês é para ser respeitada.

– E o capitão desrespeitou a velha, compadre?

– Eu não estava lá. Mas me disseram que botou o rifle em cima dela, para fazer medo, para ver se D.
Inês lhe dava a chave do cofre. Ela não deu. José Medeiros, que é homem, borrou-se todo quando lhe
entrou um cangaceiro no estabelecimento. Me disseram que o safado chorava como bezerro
desmamado. Este cachorro anda agora com o fogo da força da polícia fazendo o diabo com o povo.

(José Lins do Rego, Fogo Morto)

Sem que haja alteração de sentido do texto, assinale a alternativa correta quanto à regência verbal.

a) Quando o Capitão Vitorino chegou na sua casa, Mestre José Amaro foi cumprimentar-lhe.

b) Mestre José Amaro lembrou-se que tinha desfeito a imagem de Vitorino como um bobo.

c) A forma solícita como Vitorino tratou a filha vinha de encontro à imagem dele como pobre bobo.

d) Vitorino não se simpatizava de Quinca Napoleão e lhe desaprovava o que fizera a D. Inês.

e) Vitorino não era amigo de Quinca Napoleão, pensava de que ele vivia de roubar o povo.
Comentários: “vir de encontro” é uma expressão que significa “ser contrário”. É diferente da
expressão “vir ao encontro” que significa “ir em direção a algo”. Por isso, nesse caso, a regência
está correta, já que há uma quebra de expectativa: a ação de Vitorino foi contrária ao esperado.
Por isso, a alternativa correta é Alternativa C.
A alternativa A está incorreta, pois a regência do verbo “chegar” se faz com preposição “a” nesse
caso, não “em” (na = em + a)
A alternativa B está incorreta, pois a regência do verbo “lembrar” se faz com preposição “de”
nesse caso, e na oração está sem preposição alguma.
A alternativa D está incorreta, pois a regência do verbo “simpatizar” se faz sem preposição nesse
caso.
A alternativa E está incorreta, pois a regência do verbo “pensar” se faz sem preposição nesse caso.
Gabarito: C

AULA 06 – Morfologia III 74


Prof. Celina Gil

(UNIFESP - 2013)
O Hatha yoga pradipika, sagrada escritura do hatha yoga, escrita no século 15 da era atual, diz que,
antes de nos aventurarmos na prática de austeridade e códigos morais, devemos nos preparar.
Autocontrole e disciplina sem preparação adequada ____________ criar mais problemas mentais e de
personalidade do que paz de espírito. A beleza dessa escritura é que ela resolve o grande problema que
todo iniciante enfrenta: dominar a mente.

Devido ___________ abordagem corporal, o hatha yoga ficou conhecido – de modo equivocado – como
uma categoria de ioga ___________ trabalha apenas as valências físicas (força, flexibilidade, resistência,
equilíbrio e outras), quase como ginástica oriental. Isso não é verdade.

(Ciência Hoje, julho de 2012. Adaptado.)

De acordo com a norma-padrão da língua portuguesa, as lacunas do texto devem ser preenchidas,
respectivamente, com

a) pode – a essa – aonde.

b) podem – a essa – que.

c) pode – à essa – o qual.

d) podem – essa – com que.

e) pode – essa – onde.


Comentários:
A primeira lacuna deve ser completada com “podem”, pois há dois termos centrais a que o verbo
se refere: “autocontrole” e “disciplina”. A oração ficaria, então “Autocontrole e disciplina sem
preparação adequada pode criar mais problemas mentais”
A segunda lacuna deve ser completada com “a essa”, pois “devido” exige preposição “a”, mas
como a palavra “essa” não é precedida de artigo, não há uso de crase. A oração ficaria, então
“Devido a essa abordagem corporal (...)”.
A terceira lacuna deve ser completada com “que”. É a única alternativa que compreende um
pronome relativo que pode se referir a um termo feminino (categoria de ioga). A oração ficaria,
então “como uma categoria de ioga que trabalha apenas as valências físicas”.
Gabarito: B
(UNIFESP - 2012)
Mato, grosso até quando?

AULA 06 – Morfologia III 75


Prof. Celina Gil

Em agosto de 2005, quando os astronautas do ônibus espacial Discovery retornaram à Terra, a


comandante Eileen Collins chamou a atenção para o ritmo acelerado do desmatamento no planeta,
facilmente observado do espaço. (...)

O Brasil destaca-se nesse cenário tanto por ter a maior floresta tropical do mundo quanto por ser
líder mundial em desmatamento. O agronegócio, a exploração madeireira irracional e a especulação
fundiária são as causas desse processo. Entre os estados, o Mato Grosso responde por quase 50%
do desmatamento anual na Amazônia brasileira. A julgar pelo que ocorre no presente, as projeções
apontam para um cenário ambientalmente catastrófico para esse estado, que chegará a 2020 com
menos de 23% da sua cobertura florestal original.

(Ciência Hoje, vol. 42, n.º 248, maio de 2008. Adaptado.)

Leia as frases.

I. Antes de o ônibus espacial Discovery chegar na Terra, a comandante Eileen Collins chamou a
atenção para o ritmo acelerado do desmatamento no planeta.

II. O desmatamento no Brasil ocorre devido o agronegócio, a exploração madeireira irracional e a


especulação fundiária.

III. Segundo as projeções, existem possibilidades de que haja um cenário ambientalmente


catastrófico para o estado de Mato Grosso.

Com base nos princípios de regência, está correto o contido em

a) I, apenas.

b) III, apenas.

c) I e II, apenas.

d) II e III, apenas.
e) I, II e III.
Comentários:
A frase I. está incorreta, pois o verbo “chegar”, nesse caso (em que indica destino, ou seja, onde
se chega) é acompanhado de preposição “a”. A frase deveria ser “Antes de o ônibus espacial
Discovery chegar a Terra (...)”.
A frase II. está incorreta, pois “devido” exige preposição “a”. A frase deveria ser A frase deveria
ser “O desmatamento no Brasil ocorre devido ao agronegócio, à exploração madeireira irracional
e à especulação fundiária”.
A frase III. está correta, tanto em regência quanto concordância.

AULA 06 – Morfologia III 76


Prof. Celina Gil

Gabarito: B
(UNIFESP - 2010)

Leia o texto.

(Gazeta do Povo, 13.08.2009.)

No texto, há um erro que se corrige com a substituição de


a) voltam por volta.

b) voltam às aulas por voltam as aulas.

c) Com a decisão por Pela decisão.

d) às aulas de creches por as aulas de creches.

e) próxima semana por semana seguinte.


Comentários: O termo “às aulas” está grafado erroneamente. Nesse caso, apenas o artigo “as”,
sem acento grave, seria a opção correta. Por isso, a alternativa correta é a D.
A alternativa A não apresenta incorreção, pois o verbo está flexionado de maneira correta.
A alternativa B não apresenta incorreção, pois nesse caso, o verbo necessita de preposição, até
para que não haja ambiguidades.
A alternativa C não apresenta incorreção, pois já há noção de causa expressa em “com”.
A alternativa E não apresenta incorreção, pois não há nenhum problema de compreensão com a
construção dada.
Gabarito: D
INÉDITA – Celina Gil

Assinale a alternativa em que a regência verbal está de acordo com a norma culta.
f) Ele prefere mais comer salgado do que doce.
g) Assistimos uma peça ótima ontem.
h) Ele visava seus próprios interesses unicamente.
i) O homem aspirava um salário melhor.
j) Obedeça aos mais velhos.

AULA 06 – Morfologia III 77


Prof. Celina Gil

Comentários: O verbo obedecer, nesse caso, exige preposição “a” a fim de indicar “a quem se obedece”.
Por isso, a única alternativa em que a regência verbal está de acordo com a norma culta é a Alternativa E.

A alternativa A está incorreta, pois não se utiliza “mais” depois de preferir. A frase correta seria “Ele
prefere comer salgado a doce” ou “Ele gosta mais de salgado do que de doce”.

A alternativa B está incorreta, pois “assistir”, nesse caso (com sentido de “ver”), demanda preposição “a”.

A alternativa C está incorreta, pois “visar”, nesse caso, exige preposição “a”. A frase correta seria “Ele
visava a seus próprios interesses unicamente”

A alternativa D está incorreta, pois “aspirar”, nesse caso (com sentido de “almejar”), exige preposição “a”.
A frase correta seria “O homem aspirava a um salário melhor”.
Gabarito: E
INÉDITA – Celina Gil

Assinale a alternativa em que a regência nominal está de acordo com a norma culta.
f) O sedentarismo é prejudicial à saúde.
g) Ela tem facilidade em escrever.
h) Tinha amor para com ele.
i) Maria é apegada em filmes.
j) A confiança para com seu pai ficou abalada.
Comentários: A construção “é prejudicial” demanda uso da preposição “a” para explicitar “a que
algo é prejudicial”. Portanto, a alternativa A está correta.
A alternativa B está incorreta, pois nesse caso, “facilidade” deve vir acompanhado de “para”: “Ela
tem facilidade para escrever.
A alternativa C está incorreta, pois nesse caso, “amor” deve vir acompanhado de “por”: “Tinha
amor por ele”.
A alternativa D está incorreta, pois nesse caso, “apegada” deve vir acompanhado de “a”: “Maria
é apegada em filmes”.
A alternativa E está incorreta, pois “confiança”, nesse caso, deve vir acompanhado de “em”: “A
confiança em seu pai ficou abalada”.
Gabarito: A
INÉDITA – Celina Gil

Leia os trechos a seguir, retirados de Quincas Borba, de Machado de Assis:

I. Quando Sofia pôde arrancar-se de todo à janela, o relógio de baixo ____ nove horas.

II. E, todavia, esse suposto mal é um benefício, não só porque _____ os organismos fracos, incapazes
de resistência, como porque ____ lugar à observação, à descoberta da droga curativa.

AULA 06 – Morfologia III 78


Prof. Celina Gil

III. A quantas léguas iria? Nem condor nem águia o _____ dizer.

Os termos que completam corretamente as lacunas no texto são, respectivamente:

a) bateram; elimina; dá; poderiam.

b) batia; elimina; dá; poderia.

c) batia; eliminam; dão; poderiam.

d) bateram; eliminam; dão; poderiam.

e) batia; elimina; dão; poderia


Comentários:
A lacuna do item I. deve ser completada com “batia”, pois o termo que dita a ação, nesse caso, é “relógio”.
Portanto, o verbo deve ser no singular. A frase fica, então, “o relógio de baixo batia nove horas”.
ATENÇÃO: cuidado para não confundir com “Bateram nove horas”. O verbo vem no plural quando o termo
essencial para a ação for um numeral plural.

As lacunas do item II. devem ser completada com “elimina” e “dá”, pois em expressões “não só ... como...”
deve-se utilizar verbos no singular. A frase fica, então, “não só porque elimina os organismos fracos,
incapazes de resistência, como porque dá lugar à observação”.

A lacuna do item III. deve ser completada com “poderia”, pois a palavra “nem” em sentido de exclusão,
exige verbo no singular. Nesse caso, há sentido de exclusão, pois nenhum dos dois pode dizer. A frase fica,
então, “Nem condor nem águia o poderia dizer.”
Gabarito: B
INÉDITA – Celina Gil

Leia os trechos a seguir, retirados de São Bernardo, de Graciliano Ramos.

I. Para proceder assim _________ ter independência.

II. Às vezes as ideias não vêm, ou vêm muito numerosas e a folha permanece ____ escrita, como
estava na véspera.

III. Os sinais, a idade, a cor, _____ confere.

Os termos que completam corretamente as lacunas no texto são, respectivamente:

a) é necessário; meia; tudo.

b) é necessária; meio; tudo.

c) é necessário; meio; tudo.


d) é necessária; meia; todos

AULA 06 – Morfologia III 79


Prof. Celina Gil

e) é necessário; meio; todos


Comentários:
A primeira lacuna deve ser completada com “é necessário”, pois quando não há uma determinação para
a expressão, ela é invariável. Assim, a frase fica “Para proceder assim é necessário ter independência.”

ATENÇÃO: Só concordaria se fosse “A independência é necessária para proceder assim”.

A segunda lacuna deve ser completada com “meio”, pois quando assume valor de advérbio, a palavra é
invariável. Assim, a frase fica “a folha permanece meio escrita”.

A terceira lacuna deve ser completada com “tudo”, pois é uma palavra que reúne todos os termos
anteriores. O verbo, nesse caso, está no singular, logo a frase deve ser “Os sinais, a idade, a cor, tudo
confere.”
Gabarito: C
INÉDITA – Celina Gil

Era hora do almoço. As duas senhoras puseram-se ___ mesa. Aurélia _________ pela sobriedade,
que era nela a consequência de temperamento e educação. Não quer isto dizer que fosse dessa
espécie de moças papilionáceas que se alimentam do pólen das flores, e para quem o comer é um
ato desgracioso e prosaico.

Bem ao contrário, ela sabia que a nutrição dá ___ seiva de beleza, sem a qual as cores desmaiam
nas faces e os sorrisos nos lábios, como as efêmeras e pálidas florações de uma roseira ética.

Assim não tinha vergonha ___ comer; e sem vaidade acreditava que o esmalte de seus dentes não
era menos gracioso quando eles se triscavam como a crepitação de um colar de pérolas, nem o matiz
de seus lábios menos saboroso quando chupavam uma fruta, ou se entreabriam para receber o
alimento.

Os termos que completam corretamente as lacunas no texto são, respectivamente:


f) à; distinguia-se; a; de.
g) a; distinguia-se; à; de.
h) à; se distinguia; a; em.
i) a; se distinguia; a; em.
j) à; distinguia-se; à; de.

Comentários:

A primeira lacuna deve ser completada com “à”, pois o verbo “por” nesse caso (significando colocar-se
em algum lugar) exige preposição “a”. A oração, assim, fica “As duas senhoras puseram-se à mesa (...)”.

AULA 06 – Morfologia III 80


Prof. Celina Gil

A segunda lacuna deve ser completada com “distinguia-se”, pois o conectivo “pela” atrai o pronome átono
para perto de si. A oração, assim, fica “Aurélia distinguia-se pela sobriedade”.

A terceira lacuna deve ser completada com “a”, pois, nesse caso, “dar” comporta-se como transitivo
direto, ou seja, não exige preposição. Esse “a” é apenas artigo de “seiva”. A oração, assim, fica “(...) ela
sabia que a nutrição dá a seiva de beleza”.

A quarta lacuna deve ser completada com “de”, pois a expressão “sentir vergonha” exige preposição “de”.
A oração, assim, fica “Assim não tinha vergonha de comer”.
Gabarito: A

(EsPCEX - 2017)

Assinale a alternativa em que o emprego do verbo “haver” está correto.

a) Haverá nove dias que ela visitou os pais.

b) Brigavam à toa, sem que houvessem motivos.

c) Criaturas infalíveis nunca houve nem haverão.

d) Não ligue, caso hajam desavenças entre vocês.

e) Morávamos ali há quase cinco anos.

Comentários:

Alternativa A é correta: o verbo “haver” é usado corretamente nessa frase demonstrando


passagem de tempo.

Alternativa B é errada: quando o verbo “haver” está no sentido de existir, ele deve ser usado na 3°
pessoa do singular, diferentemente de como foi usado na frase.

Alternativa C é errada: “houverão” deveria estar na 3° pessoa do singular como “haverá”.

Alternativa D é errada: “hajam” deveria ser “haja”.

Alternativa E é errada: o tempo do verbo deveria ser o pretérito imperfeito como “havia” para ficar
coerente com o outro verbo do discurso (“morávamos”).

Gabarito: A
(EsPCEX - 2015)

Assinale a alternativa correta quanto ao emprego do verbo haver.

a) Eu não sei, doutor, mas devem haver leis.

b) Também a mim me hão ferido.


c) Haviam tantas folhas pelas calçadas.

AULA 06 – Morfologia III 81


Prof. Celina Gil

d) Faziam oito dias que não via Guma.

e) Não haverão umas sem as outras.

Comentários:

Alternativa A é errada: o auxiliar “dever” deveria estar na 3ª pessoa do singular.

Alternativa B é correta: o verbo “ haver” é um auxiliar da locução verbal, desse modo, deve
concordar com o sujeito (nesse caso, indeterminado, 3ª pessoa do plural).

Alternativa C é errada: haver com sentido de existir é um verbo impessoal e deveria estar na
terceira pessoa do singular.

Alternativa D é errada: essa alternativa não possui o verbo “haver” , entretanto, o verbo “fazer”
está flexionado incorretamente, pois, como possui o sentido de tempo decorrido, torna-se um verbo
impessoal também.

Alternativa E é errada: aqui ocorre o mesmo que a alternativa C.

Gabarito: B
(EsPCEX - 2014)

Assinale a opção que completa corretamente as lacunas das frases a seguir.

I. ____ uma semana que telefono e não consigo contato.

II. ____ muito tempo que a amiga o procurava sem sucesso.

III. Passara no concurso _____ pouco tempo.

IV Iniciou os estudos ______ poucos dias.

V. Estávamos ali _______ quatro horas.

a) havia – há – havia – há – havia.

b) há – havia – há – há – havia.

c) há – há – há – há – há – há.

d) havia – havia – havia – havia – havia.

e) há – havia – havia – há – havia.

Comentários:

Frase I: o espaço deve ser ocupado pelo verbo “haver” na terceira pessoa do singular no tempo
presente do indicativo, “há”.

AULA 06 – Morfologia III 82


Prof. Celina Gil

Frase II: deve ser utilizado o “haver” na terceira pessoa do singular no pretérito imperfeito, “havia”.

Frase III: o verbo deve estar no pretérito imperfeito e novamente impessoal, “havia”.

Frase IV: o verbo impessoal deve estar no presente do indicativo, “há”.

Frase V: a conjugação deve ser no pretérito imperfeito com o verbo impessoal “haver”, “havia”.

Alternativa E é correta.

Gabarito: E

(EsPCEX – 2012)

Assinale a alternativa que contém a classificação do modo verbal, dos verbos grifados nas frases
abaixo, respectivamente.

– Esse seu lado perverso, eu o conheço faz tempo.

– Anda logo, senão chegarás só amanhã.

– Se você chegar na hora, ganharemos um tempo precioso.

– Acabaríamos a tarefa hoje, se todos ajudassem.

a) indicativo – imperativo – subjuntivo – subjuntivo – indicativo – subjuntivo – indicativo

b) subjuntivo – indicativo – indicativo – subjuntivo – indicativo – subjuntivo – indicativo

c) subjuntivo – imperativo – indicativo – infinitivo – indicativo – subjuntivo – indicativo

d) indicativo – imperativo – indicativo – subjuntivo – indicativo – indicativo – subjuntivo

e) indicativo – subjuntivo – indicativo – subjuntivo – indicativo – subjuntivo – subjuntivo

Comentários:

Primeira sentença: está no tempo presente do indicativo.

Segunda sentença: imperativo afirmativo e futuro do presente do indicativo, respectivamente.

Terceira sentença: no futuro do subjuntivo e no futuro do presente do indicativo.

Quarta sentença: futuro do pretérito do indicativo e pretérito imperfeito do subjuntivo.

Alternativa D é correta

Gabarito: D

AULA 06 – Morfologia III 83


Prof. Celina Gil

(EsPCEX - 2012)

Em “Embarcaremos amanhã, então, vimos dizer-lhe adeus, hoje.”, a alternativa que classifica
corretamente a conjugação modo-temporal do verbo destacado no fragmento é

a) Pretérito Perfeito do Indicativo

b) Futuro do Presente do indicativo

c) Presente do Indicativo

d) Imperativo Afirmativo

e) Pretérito Imperfeito do Indicativo

Comentários:

Alternativa A é errada: este tempo verbal fala de algo que ocorreu em um determinado momento
do passado e terminou nele, diferente da maneira que a fala ocorre, algo que acontece no momento da
fala.

Alternativa B é errada: o tempo verbal aqui sugerido fala sobre algo que ainda vai acontecer logo
depois da fala, mas a fala ocorre no momento do ato.

Alternativa C é correta: o verbo é usado para contar algo relatado no momento da fala, sendo
então, o presente do indicativo, também conhecido como presente momentâneo.

Alternativa D é errada: o imperativo afirmativo tem a ideia de levar o ouvinte a realizar uma ação,
mas essa não é a ideia transmitida pelo verbo na sentença do enunciado.

Alternativa E é errada: trata sobre um ato que não foi terminado no passado e teve seu começo
no mesmo período, mas a ideia passada pelo verbo é que o ato está ocorrendo no momento da fala

Gabarito: C
(EsPCEX - 2011)

Na frase “Se o ______ , avisa-me.” , a alternativa que completa corretamente a frase é:

a) veres

b) vir

c) reverdes

d) vires

e) ver

Comentários:

AULA 06 – Morfologia III 84


Prof. Celina Gil

Alternativa A está incorreta, pois ‘veres’ é a conjugação na segunda pessoa do infinitivo, que não
é a conjugação certa para essa frase.

Alternativa B está incorreta, pois ‘vir’ está na 3º pessoa do singular e “avisa-me” indica 2ª pessoa
do singular.

Alternativa C está incorreta, pois ‘reverdes’ é do verbo ‘rever’ e nessa frase o verbo correto é ‘ver’.

Alternativa D está correta, pois o verbo ‘ver’ está conjugado no tempo verbal correto e na 2ª
pessoa do singular.

Alternativa E está incorreta, pois o verbo ‘ver’ não está conjugado na 2ª pessoa do singular.

Gabarito: D
(EsPCEX - 2011)

“Nunca escreva um anúncio que você não gostaria que sua família lesse. Você não contaria mentiras
para a sua própria esposa. Não conte para minha.” (David Ogilvy)

Assinale a alternativa correta quanto ao emprego das formas verbais.

a) Caso a autor da frase preferisse usar o pronome tu, as formas verbais corretas seriam,
respectivamente, escrevas, gostarias, lesses, contarias, conteis.

b) Os verbos escreva, contaria e conte estão sendo usados no pretérito perfeito do indicativo.

c) Se autor tivesse escolhido o pronome nós, as formas verbais corretas seriam, respectivamente,
escrevemos, gostaríamos, lesses, contaríamos, contamos.

d) Os verbos gostaria e lesse estão sendo usados, respectivamente, no futuro do pretérito do


indicativo e no pretérito imperfeito do subjuntivo.

e) Os verbos escreva e conte, se conjugados no imperativo afirmativo, na terceira pessoa do plural,


teriam, respectivamente, as seguintes formas: escrevais e conteis.

Comentários:

Alternativa A está incorreta, pois o verbo ‘lesse’ se refere a ‘familia’ e não ao pronome você, por
isso ele não mudaria de conjugação.

Alternativa B está incorreta, pois o verbo ‘contaria’ está no pretérito imperfeito.

Alternativa C está incorreta, pois o verbo ‘ler’ teria de estar conjugado como ‘lesse’ e não ‘lesses’,
como explicado em A.

Alternativa D está correta, pois esses verbos estão corretamente classificados.

Alternativa E está incorreta, pois os verbos ficariam conjugados como ‘escrevam’ e ‘contem’.

AULA 06 – Morfologia III 85


Prof. Celina Gil

Gabarito: D
(EsPCEX - 2011)

Assinale a alternativa em que a passagem do imperativo afirmativo para o imperativo negativo está
correta.

a) Sai daqui. / Não saies daqui.

b) Deixai vir a mim as crianças. / Não deixeis vir a mim as crianças.

c) O pão nosso nos dai hoje. / O pão nosso não nos dês hoje.

d) Escreve ao diretor. / Não escreva ao diretor.

e) Apõe a assinatura! / Não aponheis a assinatura!

Comentários:

Alternativa A está incorreta, pois a forma correta do imperativo negativo seria ‘Não saia daqui.’.

Alternativa B está correta, pois a passagem do imperativo afirmativo para o negativo está certa.

Alternativa C está incorreta, pois o correto seria ‘O pão nosso não nos dê hoje.’

Alternativa D está incorreta, pois a forma correta no afirmativo seria ‘Escreva ao diretor.’.

Alternativa E está incorreta, pois a forma negativa correta seria ‘Não aponha a assinatura.’.

Gabarito: B
(EsPCEX - 2011)

Em “Não me leves para o mar.”, quanto ao sentido, a frase é

a) optativa.

b) imprecativa.

c) declarativa.

d) imperativa.

e) exclamativa.

Comentários:

Alternativa A está incorreta, pois não é uma frase que pede a opinião sobre algum assunto.

Alternativa B está incorreta, pois não há um mal desejo nessa frase.

Alternativa C está incorreta, pois não há uma declaração nessa frase.

AULA 06 – Morfologia III 86


Prof. Celina Gil

Alternativa D está correta, pois o verbo está conjugado no presente do indicativo, o que caracteriza uma
frase imperativa negativa.

Alternativa E está incorreta, pois não apresenta uma exclamação sobre algo e uma exclamação, na maioria
das vezes é caracterizada pela pontuação, o que não ocorre nessa frase.

Gabarito: D
(EsPCEx - 2019)

Em “...estima-se que pelo menos 4,4 bilhões de canudos sejam jogados fora anualmente.”, o verbo
auxiliar está conjugado no

a) futuro do subjuntivo.

b) presente do indicativo.

c) imperativo afirmativo.

d) presente do subjuntivo.
e) futuro do presente do indicativo.

Comentários:

A alternativa A está incorreta, pois a conjugação no futuro do subjuntivo da 3ª pessoa do plural do


verbo ser é forem (hipótese sobre o futuro).

A alternativa B está incorreta, pois a conjugação no presente do indicativo da 3ª pessoa do plural


do verbo ser é são (certeza sobre o presente).

A alternativa C está incorreta, pois, embora a conjugação no imperativo afirmativo da 3ª pessoa


do plural do verbo ser assuma a forma sejam, o termo utilizado no texto não tem sentido de ordem,
comando, determinação ou instrução.

A alternativa D está correta, pois a forma verbal sejam estabelece sentido de hipótese sobre ação
no presente, e corresponde à conjugação no presente do subjuntivo do verbo ser.

A alternativa E está incorreta, pois a conjugação no futuro do presente do indicativo da 3ª pessoa


do plural do verbo ser é serão (certeza sobre o presente).

Gabarito: D

(EsPCEx - 2017)

Assinale a alternativa em que o particípio sublinhado está utilizado de acordo com a norma culta.

a) O policial tinha pego o bandido.

b) O condenado foi prendido por dez anos.


c) A pena fora suspendida pelo juiz.

AULA 06 – Morfologia III 87


Prof. Celina Gil

d) Foi terrível o juiz ter aceitado aquela denúncia.

e) O preso tinha ganho a liberdade.

Comentários:

A alternativa A está incorreta, pois o verbo auxiliar ter requer a forma regular do particípio,
pegado.

A alternativa B está incorreta, pois o verbo auxiliar ser requer a forma irregular do particípio, preso.

A alternativa C está incorreta, pois o verbo auxiliar ser requer a forma irregular do particípio,
suspensa.

A alternativa D está correta, pois está em conformidade com a norma padrão, uma vez que o verbo
auxiliar ter requer a forma regular do particípio (forma com terminação -ado, neste caso).

A alternativa E está incorreta, pois o verbo auxiliar ter requer a forma regular do particípio,
ganhado.

Gabarito: D

(EsPCEx - 2017)

No trecho: “Alguns perguntariam "Por quê?". E eu pergunto: "Por que não?"”, os verbos grifados
estão, respectivamente, no

a) Futuro do Pretérito do Indicativo e Presente do Indicativo.

b) Futuro do Presente do Indicativo e Pretérito Perfeito do Indicativo.

c) Presente do Subjuntivo e Pretérito Imperfeito do Indicativo.

d) Pretérito Imperfeito do Indicativo e Presente do Subjuntivo.

e) Pretérito Mais-Que-Perfeito do Indicativo e Pretérito Imperfeito do Subjuntivo.

Comentários:

A alternativa A está correta, pois indica corretamente a conjugação de cada verbo. No caso de
perguntariam, tem-se a conjugação do verbo perguntar na terceira pessoa do plural, no futuro do
pretérito do indicativo; no caso de pergunto, tem-se a conjugação do verbo perguntar na primeira pessoa
do singular, no presente do indicativo.

A alternativa B está incorreta, pois as escritas dos verbos, seguindo as conjugações indicadas nas
alternativas, seriam: perguntarão, ao invés da forma perguntariam; perguntei, ao invés da forma pergunto
(comparando em relação à pessoa verbal).

A alternativa C está incorreta, pois as escritas dos verbos, seguindo as conjugações indicadas nas
alternativas, seriam: (que nós) perguntemos, ao invés da forma perguntariam; perguntava, ao invés da
forma pergunto (comparando em relação à pessoa verbal).

AULA 06 – Morfologia III 88


Prof. Celina Gil

A alternativa D está incorreta, pois as escritas dos verbos, seguindo as conjugações indicadas nas
alternativas, seriam: perguntávamos, ao invés da forma perguntariam; (que eu) pergunte, ao invés da
forma pergunto (comparando em relação à pessoa verbal).

A alternativa E está incorreta, pois as escritas dos verbos, seguindo as conjugações indicadas nas
alternativas, seriam: perguntaram, ao invés da forma perguntariam; perguntasse, ao invés da forma
pergunto (comparando em relação à pessoa verbal).

Gabarito: A

(EsPCEx - 2017)

Assinale a alternativa em que o particípio sublinhado está utilizado de acordo com a norma culta.

A) O policial tinha pego o bandido.

B) O condenado foi prendido por dez anos.

C) A pena fora suspendida pelo juiz.

D) Foi terrível o juiz ter aceitado aquela denúncia.

E) O preso tinha ganho a liberdade.

Comentários:

A alternativa A está incorreta, pois, ainda que pegar seja um verbo abundante, na construção da
locução verbal com o verbo ter de auxiliar, deve ser usado o particípio regular de pegar. Assim,
gramaticalmente, a expressão adequada é tinha pegado.

A alternativa B está incorreta, pois o verbo prender tem particípio irregular, e sua grafia
gramaticalmente aceita é preso.

A alternativa C está incorreta, pois, ainda que suspender seja um verbo abundante, na construção
da locução verbal com o verbo ser de auxiliar, deve ser usado o particípio irregular de suspender. Assim,
gramaticalmente, a expressão adequada é fora suspensa.

A alternativa D está correta, pois o verbo aceitar é abundante, ou seja, possui tanto forma regular
quanto irregular de particípio. No caso de formação de locução verbal com o verbo ter como auxiliar, usa-
se o particípio regular para o verbo principal. Assim, conforme consta na alternativa, a grafia
gramaticalmente correta é ter aceitado.

A alternativa E está incorreta, pois, ainda que ganhar seja um verbo abundante, na construção da
locução verbal com o verbo ter de auxiliar, deve ser usado o particípio regular de ganhar. Assim,
gramaticalmente, a expressão adequada é tinha ganhado.

Gabarito: D

(EsPCEx - 2011)

AULA 06 – Morfologia III 89


Prof. Celina Gil

“Nunca escreva um anúncio que você não gostaria que sua família lesse. Você não contaria mentiras
para a sua própria esposa. Não conte para minha.” (David Ogilvy) Assinale a alternativa correta
quanto ao emprego das formas verbais.

a) Caso a autor da frase preferisse usar o pronome tu, as formas verbais corretas seriam,
respectivamente, escrevas, gostarias, lesses, contarias, conteis.

b) Os verbos escreva, contaria e conte estão sendo usados no pretérito perfeito do indicativo.

c) Se autor tivesse escolhido o pronome nós, as formas verbais corretas seriam, respectivamente,
escrevemos, gostaríamos, lesses, contaríamos, contamos.

d) Os verbos gostaria e lesse estão sendo usados, respectivamente, no futuro do pretérito do


indicativo e no pretérito imperfeito do subjuntivo.

e) Os verbos escreva e conte, se conjugados no imperativo afirmativo, na terceira pessoa do plural,


teriam, respectivamente, as seguintes formas: escrevais e conteis.

Comentários:

A alternativa A está incorreta, pois a conjugação do verbo contar para a 2ª pessoa do singular do
presente do subjuntivo é contes, e não conteis, como escrito na alternativa.

A alternativa B está incorreta, pois os verbos escreva e conte estão no presente do subjuntivo,
enquanto contaria está no futuro do pretérito do indicativo.

A alternativa C está incorreta, pois a alteração traria as formas verbais: escrevamos, gostaríamos,
lêssemos, contaríamos e contemos. Ou seja, a alternativa falha na adaptação de três verbos.

A alternativa D está correta, pois a conjugação do verbo gostaria é no futuro do pretérito do


indicativo, expressando ação hipotética no passado posterior a outra ação do passado; a conjugação do
verbo lesse é no pretérito imperfeito do subjuntivo, indicando uma hipótese ou possibilidade do passado.

A alternativa E está incorreta, pois as formas corretas desses verbos no imperativo afirmativo na
terceira pessoa do plural são escrevam e contem.

Gabarito: D

(EsPCEx - 2011)

Assinale a alternativa em que a passagem do imperativo afirmativo para o imperativo negativo está
correta.

a) Sai daqui. / Não saies daqui.

b) Deixai vir a mim as crianças. / Não deixeis vir a mim as crianças.

c) O pão nosso nos dai hoje. / O pão nosso não nos dês hoje.
d) Escreve ao diretor. / Não escreva ao diretor.

AULA 06 – Morfologia III 90


Prof. Celina Gil

e) Apõe a assinatura! / Não aponheis a assinatura!

Comentários:

Alternativa A está incorreta, pois a forma correta do imperativo negativo seria ‘Não saia daqui.’.

Alternativa B está correta, pois a passagem do imperativo afirmativo para o negativo está certa.

Alternativa C está incorreta, pois o correto seria ‘O pão nosso não nos dê hoje.’

Alternativa D está incorreta, pois a forma correta no afirmativo seria ‘Escreva ao diretor.’.

Alternativa E está incorreta, pois a forma negativa correta seria ‘Não aponha a assinatura.’.

Gabarito: B
(EFOMM - 2016)

É preciso deixar de ser de um jeito para ser de outro. "Morre e transforma-te!" − dizia Goethe. Nessa
passagem, o autor, tratando da transformação, cita a fala de um filósofo alemão, que utiliza a
segunda pessoa do singular. Se Goethe tivesse usado o tratamento de você, teríamos, então:

a) Morre e transforme-se!

b) Morra e transforme-se!

c) Morra e transforma-te!

d) Morrem e transformam-se!

e) Morre e transforma-se!

Comentários:

A alternativa A está incorreta, pois a forma morre é a conjugação no modo imperativo afirmativo
para a segunda pessoa (tu), não correspondendo ao que foi pedido na alternativa.

A alternativa B está correta, pois ambas as formas correspondem à conjugação dos verbos
requisitados no modo imperativo afirmativo para a pessoa você, estando o pronome oblíquo utilizado em
transforme adequado para a pessoa: morra você; transforme-se.

A alternativa C está incorreta, pois a conjugação transforma-te é inteiramente referente à segunda


pessoa do discurso, tu, para verbo conjugado no modo imperativo com pronome.

A alternativa D está incorreta, pois o pronome pessoal você é singular, e não admite conjugações
no plural. Além disso, as conjugações se referem à segunda pessoa do discurso, e apenas o pronome em
transformam-se é o adequado para o pronome pessoal você.

A alternativa E está incorreta, pois apenas o pronome em transforma-se é referente ao pronome


pessoal você, estando as conjugações verbais feitas para a segunda pessoa do singular.

AULA 06 – Morfologia III 91


Prof. Celina Gil

Gabarito: B

(EFOMM - 2017)

A falta de certa precisão quanto aos tempos, utilizam-se algumas locuções verbais que traduzem
mais adequadamente o aspecto verbal. Assim, a construção que expressa melhor a noção de início
de uma ação aparece no fragmento da alternativa

a) Mas para navegar não basta sonhar. É preciso saber. São muitos os saberes necessários para se
navegar.

b) Puseram-se então a estudar cada um aquilo que teria de fazer no barco: manutenção do casco,
instrumentos de navegação, astronomia, meteorologia, as velas, as cordas, as polias e roldanas, os
mastros, o leme, os parafusos (...)

c) Os computadores, coitados, chamados a dar o seu palpite, ficaram em silêncio.

d) Naus e navegação têm sido uma das mais poderosas imagens na mente dos poetas.

e) Não posso pensar a missão das escolas, começando com as crianças e continuando com os
cientistas, como outra que não a da realização do dito do poeta (...)

Comentários:

A alternativa A está incorreta, pois, no fragmento, tem-se a locução verbal É preciso, que expressa
conselho, e não início de uma ação.

A alternativa B está correta, pois o fragmento apresenta a locução verbal Puseram-se (então) a
estudar, uma expressão que indica início de um processo, de uma ação: o verbo auxiliar Puseram,
conjugado no pretérito do indicativo, expressa que a ação que ele qualifica (o verbo principal estudar)
ocorreu em determinado momento do passado. Uma vez que o evento se passa no passado, entende-se
que a locução indica uma ação iniciada naquele momento.

A alternativa C está incorreta, pois, no fragmento, tem-se a locução verbal chamados a dar, que
expressa uma ação que ocorreu em momento anterior ao contexto descrito.

A alternativa D está incorreta, pois, no fragmento, tem-se a locução verbal têm sido, que expressa
uma ação que se repete temporalmente.

A alternativa E está incorreta, pois, no fragmento, tem-se a locução verbal posso pensar, que
expressa uma ação já iniciada e que ocorre no presente (isto é, não exprime noção de que uma ação
iniciou, mas que é recorrente no presente, é uma postura típica e certa do locutor).

Gabarito: B

(EEAR – 2020/2)

Assinale a alternativa que apresenta um verbo defectivo.

AULA 06 – Morfologia III 92


Prof. Celina Gil

a) pedir

b) andar

c) matar

d) abolir

Comentários:

Alternativa A está incorreta, pois o verbo ‘pedir’ apresenta conjugação em todos os modos,
tempos e pessoas verbais, ou seja, não é defectivo.

Alternativa B está incorreta, pois o verbo ‘andar’ também apresenta conjugação em todos os
modos, tempos e pessoas verbais.

Alternativa C está incorreta, pois o verbo ‘matar’ é mais um que apresenta conjugação em todos
os modos, tempos e pessoas verbais.

Alternativa D está correta, pois não apresenta conjugação na primeira pessoa do presente do
indicativo (eu “abolo” não existe)

Gabarito: D
(EEAR – 2020/2)

Assinale a alternativa em que a colocação pronominal está inadequada.

a) Calar-me-ei diante de tantos impropérios.

b) Ninguém disse-lhe que eu já havia chegado?

c) Ao ir ao cinema, o shopping pareceu-me vazio.

d) Eu me entristeci com as notícias veiculadas pela televisão.

Comentários:

Alternativa A está correta, pois a mesóclise foi usada corretamente nessa frase, junto a um verbo
no futuro do presente.

Alternativa B está incorreta, pois nessa frase devia ser próclise, não ênclise, devido ao pronome
indefinido “ninguém”.

Alternativa C está correta, pois a ênclise está usada corretamente nessa frase, já que não há
palavra exigindo próclise ou mesóclise.

Alternativa D está correta, pois a próclise está usada corretamente nessa frase.

Gabarito: B
(EEAR – 2020/2)

AULA 06 – Morfologia III 93


Prof. Celina Gil

Em qual alternativa a concordância verbal está de acordo com o padrão culto da língua portuguesa?

a) Todos sabemos que existe, no passado daquela família tradicional, fatos que ninguém quer
relembrar.

b) Haviam pessoas no teatro que abandonaram o local antes do término do espetáculo.

c) A atitude dos alunos daquelas universidades públicas comoveram os jornalistas.

d) Desconheciam-se os motivos pelos quais o marido havia abandonado a família.

Comentários:

Alternativa A está incorreta, pois o correto seria “existem fatos”.

Alternativa B está incorreta, pois o correto seria “havia pessoas”. O verbo haver indicando
existência não se flexiona no plural.

Alternativa C está incorreta, pois o núcleo do sujeito é “atitude”, logo o correto seria “a atitude
[...] comoveu”.

Alternativa D está correta, pois está tudo de acordo com o padrão culto da língua portuguesa.

Gabarito: D

(EEAR – 2020/2)

Assinale a alternativa em que o verbo está corretamente conjugado.

a) Se eu pôr todo o meu dinheiro neste investimento, estarei me arriscando.

b) Embora essa aplicação seje bastante rentável, é um investimento de alto risco.

c) Se ela reavesse o dinheiro que perdeu, iria investi-lo em uma aplicação de baixo risco.

d) Se eles expuserem os riscos do mercado para mim, poderei analisar a situação com mais
segurança.

Comentários:

Alternativa A está incorreta, pois o verbo ‘por’ deveria estar conjugado como ‘puser’.

Alternativa B está incorreta, pois o verbo ‘ser’ deveria estar conjugado como ‘seja’, não existe a
forma verbal “seja”.

Alternativa C está incorreta, pois o verbo ‘reaver’ deveria estar conjugado como ‘reouvesse’.

Alternativa D está correta, pois todos os verbos estão conjugados corretamente.

Gabarito: D

AULA 06 – Morfologia III 94


Prof. Celina Gil

(EEAR – 2019/2)

Identifique a alternativa em que há erro de concordância verbal.

a) Não conseguiu empréstimo nos bancos o pai e as filhas.

b) O conflito, a luta e a guerra interior aumentava-lhe a vontade de viver.

c) O respeito à Instituição, a carreira, o salário, tudo faziam-no lutar por uma vaga no concurso.

d) Durante a partida de futebol, uma e outra jogada foi determinante para a consolidação do placar.

Comentários:

Alternativa A está incorreta, pois não há erro de concordância verbal nessa frase.

Alternativa B está incorreta, pois não há erro de concordância verbal nessa frase.

Alternativa C está correta, pois a frase apresenta erro de concordância verbal. O correto seria: ‘O
respeito à Instituição, à carreira, ao salário, tudo faziam-no lutar por uma vaga no concurso.

Alternativa D está incorreta, pois não há erro de concordância verbal nessa frase.

Gabarito: C
(EEAR – 2019/2)

Leia: “Os conceitos sobre o papel da mulher no mercado de trabalho precisam ser revistos pelos
políticos e pelos empresários”. Transpondo para a voz ativa a oração acima, obtém-se a forma verbal

a) reveremos.

b) reveríamos.
c) precisam rever.

d) precisavam rever.

Comentários:

Alternativa A está incorreta, pois a locução verbal da frase (precisam ser revistos) não seria passada
para voz ativa perdendo um desses verbos (que não sejam o verbo “ser”, auxiliar de voz passiva). Portanto,
‘reveremos’ está errado.

Alternativa B está incorreta, pois possui o mesmo erro da alternativa A (a perda de um dos verbos
principais da locução verbal).

Alternativa C está correta, pois passando ‘precisam ser revistos’ para voz passiva nessa frase,
ficaria: ‘precisam rever’ e teríamos a frase: “ Os políticos e os empresários precisam rever os conceitos
sobre o papel da mulher no mercado de trabalho.”

AULA 06 – Morfologia III 95


Prof. Celina Gil

Alternativa D está incorreta, pois ‘precisam ser revistos’ está no presente e quando passarmos
para voz passiva, continuaria presente, não passado.

Gabarito: C
(EEAR – 2019/2)

Em qual alternativa a lacuna não pode ser preenchida com o verbo indicado nos parênteses no modo
subjuntivo?

a) Era necessário que outra pessoa ______ a liderança. (assumir)

b) Saiu sorrateiramente, sem que ninguém ______ a sua ausência. (notar)

c) Acordou de madrugada, esperando que alguém lhe ______ um copo d’água. (dar)

d) O encarregado me denunciou para o patrão: disse que eu sempre ______ atrasado. (chegar)

Comentários:

Alternativa A está incorreta, pois o verbo ‘assumir’ pode preencher esta lacuna na forma de
“assumisse”.

Alternativa B está incorreta, pois o verbo ‘notar’ pode preencher esta lacuna, na forma de
“notasse”.

Alternativa C está incorreta, pois o verbo ‘dar’ pode preencher esta lacuna, na forma “desse”.

Alternativa D está correta, pois o verbo ‘chegar’ no modo subjuntivo não pode preencher essa
lacuna, já que deve estar no indicativo, na forma de ”chego”, indicando ação habitual.

Gabarito: D
(EEAR - 2019)

Os versos abaixo são composições de Rita Lee. Assinale a alternativa em que todos os verbos em
destaque são regulares.
a) “Um belo dia resolvi mudar

E fazer tudo que eu queria fazer

Me libertei daquela vida vulgar

Que eu levava estando junto a você”

b) “Meu bem você me dá

Água na boca

Vestindo fantasias
Tirando a roupa”

AULA 06 – Morfologia III 96


Prof. Celina Gil

c) “Ando meio desligado

Que eu nem sinto meus pés no chão

Olho e não vejo nada”

d) “Me cansei de escutar opiniões

De como ter um mundo melhor”


Comentários:
A alternativa A está correta, pois todos os verbos são regulares, ou seja, não sofrem alteração de
seu radical com a conjugação. A saber: mudar – radical mud; libertei – radical libert; levava –
radical lev;
A alternativa B está incorreta, pois os verbos dar e vestir são irregulares.
A alternativa C está incorreta, pois o verbo sentir é irregular.
A alternativa D está incorreta, pois o verbo ter é irregular.
Gabarito: A

(EsFCEx - 2019)

Decidira abandonar tudo e seguir os passos de Cristo. (linha 14)

Assinale a alternativa que apresente forma verbal que possa substituir, sem prejuízo de sentido
quanto à temporalidade, o verbo decidira, no período acima.

a) Tem decidido

b) Houvera decidido

c) Tinha decidido

d) Decidiu

e) Decidia

Comentários:

A alternativa A está incorreta, pois ocorre alteração no sentido temporal, uma vez que a locução
verbal da alternativa, conjugada no pretérito perfeito composto do indicativo, transmite ideia de fato
recorrente no presente.

A alternativa B está incorreta, pois a gramática prevê que, ao se conjugar uma locução no pretérito
mais-que-perfeito composto do indicativo (verbo auxiliar com verbo principal no particípio), o verbo
auxiliar esteja conjugado no pretérito imperfeito do indicativo. Logo, o termo houvera (pretérito mais-
que-perfeito do indicativo) está em uma conjugação inadequada.

A alternativa C está correta, pois a locução da alternativa preserva o sentido do verbo original
(conjugação temporal no pretérito mais-que-perfeito do indicativo), constituindo uma conjugação

AULA 06 – Morfologia III 97


Prof. Celina Gil

composta feita de maneira correta (verbo auxiliar no pretérito imperfeito do indicativo e verbo principal
no particípio). Essa conjugação é denominada pretérito mais-que-perfeito composto do indicativo.

A alternativa D está incorreta, pois ocorre alteração no sentido temporal, uma vez que a forma
verbal da alternativa, conjugada no pretérito perfeito do indicativo, transmite ideia de ação transcorrida
pontualmente no passado.

A alternativa E está incorreta, pois ocorre alteração no sentido temporal, uma vez que a forma
verbal da alternativa, conjugada no pretérito imperfeito do indicativo, transmite ideia de ação inacabada
no passado.

Gabarito: C

(EsFCEx - 2014)

Leia o trecho abaixo e, em seguida, escolha a alternativa correta:

“Segundo os cientistas, se quisermos ter qualquer chance de sobreviver a um grande objeto em rota
de colisão, a detecção precoce é essencial, já que a maioria das soluções imaginadas para desviar
um asteroide levaria anos para ser implantada [...]. Quando ele vier, é preciso estar preparado.”

Os verbos em destaque estão, respectivamente, no:

a) imperfeito do subjuntivo - infinitivo - futuro do presente - futuro do pretérito - particípio.

b) futuro do subjuntivo - infinitivo - futuro do pretérito - futuro do subjuntivo - particípio.

c) infinitivo - presente do indicativo - futuro do pretérito - futuro do subjuntivo - particípio.

d) futuro do presente - infinitivo - futuro do pretérito - futuro do subjuntivo - pretérito perfeito.

e) imperfeito do subjuntivo - infinitivo - futuro do presente - futuro do presente - infinitivo.

Comentários:

A alternativa A está incorreta, pois as classificações dos primeiro, terceiro e quarto verbos estão
incorretas.

A alternativa B está correta, pois classifica corretamente todos os verbos: quisermos tem sentido
de hipótese futura (um desejo), ou seja, está conjugado no futuro do subjuntivo; sobreviver tem
terminação -ER e não expressa noção de tempo, configurando o modo infinitivo; levaria tem sentido de
ação que poderia ter ocorrido após alguma situação no passado, o que configura conjugação no futuro do
pretérito; vier também indica ação hipotética do futuro, vinculada a desejo, sendo a conjugação do verbo
vir no futuro do subjuntivo; por fim, preparado está conjugado no particípio regular, com terminação -
ADO.

A alternativa C está incorreta, pois as classificações dos primeiro e segundo verbos estão
incorretas.

A alternativa D está incorreta, pois as classificações dos primeiro e quinto verbos estão incorretas.

AULA 06 – Morfologia III 98


Prof. Celina Gil

A alternativa E está incorreta, pois apenas a classificação do segundo verbo está correta.

Gabarito: B

(EsFCEx - 2014)

O tempo verbal utilizado para indicar uma ação passada em relação a outro momento passado é o:

a) pretérito perfeito

b) pretérito imperfeito

c) pretérito mais-que-perfeito

d) futuro do pretérito

e) subjuntivo
Comentários:
A alternativa A está incorreta, pois este tempo indica uma única ação concluída no passado.
A alternativa B está incorreta, pois este tempo indica uma única ação que se iniciou no passado,
mas não foi finalizada.
A alternativa C está correta, pois o pretérito mais-que-perfeito é utilizado para expressar ação
passada anterior a outra ação também no passado.
A alternativa D está incorreta, pois este tempo verbal indica incerteza, indignação ou surpresa,
estabelecendo ideia de uma ação que poderia ter acontecido após algum evento passado.
A alternativa E está incorreta, pois o modo subjuntivo engloba até três tempos verbais, e está
vinculado à ideia de hipótese ou desejo.
Gabarito: C

(EAM - 2018)

Fragmento do texto: Pelo mar fomos descobertos e a partir do mar e dos rios consolidamos nossa
independência e fixamos as fronteiras ao norte, sul e a oeste; o que garantiu a integridade do nosso
território, com dimensões continentais. Também pelo mar e rios, ao longo de nossa história, nos
defendemos das mais graves agressões à soberania nacional.

Assim, entender a importância dos mares e rios exige a absorção de conhecimentos e percepções
que, normalmente, deixam de estar à disposição de significativa parte do Povo Brasileiro; porém,
cada vez mais, constatamos que é pela via marítima e hidrovias que trafegamos os produtos e
serviços essenciais à pátria. (...)

A relevância em proteger esse legado tem direcionado a Marinha do Brasil na consecução dos seus
programas estratégicos, entre outros: Programa Nuclear da Marinha, Programa de
Desenvolvimento de Submarinos, Programa de Construção das Corvetas Classe Tamandaré e

AULA 06 – Morfologia III 99


Prof. Celina Gil

Obtenção da Capacidade Operacional Plena. Na atualidade, quando os desafios alcançam crescente


dinâmica e as ameaças ocorrem a partir de cenários sempre complexos e multifacetados, estarmos
preparados para defender a Amazônia Azul caracteriza condição imprescindível para que o País
preserve e amplie a sua prosperidade e exerça a sua soberania, quando for necessário. Vale destacar
que os programas estratégicos da Marinha do Brasil possuem forte sinergia com os setores
acadêmicos, industriais e empresariais. [...] Na ocasião em que comemoramos esta importante data,
plena de envolvimentos com o nosso passado e basilar para um presente e futuro, devemos exaltar
tão valioso patrimônio; entretanto, cônscios das dimensões que envolvem a Amazônia Azul:
soberania nacional, diplomática, econômica, ambiental, científica, tecnológica e de inovação,
relembramos, mais uma vez, as palavras de Rui Barbosa: “...O mar é um curso de força e uma escola
de previdência. Todos os seus espetáculos são lições: não os contemplemos frivolamente...”

Em que opção a forma verbal destacada expressa ideia hipotética?


a) “Na ocasião em que comemoramos esta importante data [...].” (10°§)

b) “[...] o País preserve e amplie a sua prosperidade [...].” (9°§)

c) “[...] a partir do mar e dos rios consolidamos nossa independência [...].” (1°§)

d) “[...] é pela via marítima e hidrovias que trafegamos [...].” (2°§)

e) “Assim, entender a importância do mar e rios exige a absorção [...].” (2°§)

Comentários:

A alternativa A está incorreta, pois o verbo expressa uma ação que ocorreu no passado e já está
concluída (ideia de certeza), sendo a conjugação no pretérito perfeito do verbo comemorar.

A alternativa B está correta, pois o verbo preserve está conjugado no presente do subjuntivo,
tempo e modo verbais que expressam possibilidade, hipótese no presente.

A alternativa C está incorreta, pois o verbo expressa uma ação que ocorreu no passado e já está
concluída (ideia de certeza), sendo a conjugação no pretérito perfeito do verbo consolidar.

A alternativa D está incorreta, pois o verbo expressa uma ação que ocorreu no passado e já está
concluída (ideia de certeza), sendo a conjugação no pretérito perfeito do verbo trafegar.

A alternativa E está incorreta, pois o verbo expressa uma certeza sobre o presente, sendo a
conjugação no presente do verbo exigir.

Gabarito: B

(Colégio Naval - 2017)

AULA 06 – Morfologia III 100


Prof. Celina Gil

Em que opção a forma verbal destacada apresenta os mesmos tempo e modo que a destacada em
"Contudo, não se respira o mesmo ar, ainda que já se possa ver o outro.” (5°§)?

a) "[...] postos nessa situação, talvez acabassem por falar alguma coisa.” (2°§)

b) “[...] pude presenciar, ao vivo, uma cena que já me tinham descrito.” (1°§)

c) “[...] merecedores que nos tornamos da confiança um do outro,[...]. "(7°§)

d) “[...] aquele temor que lhe está roubando o sossego talvez não seja fácil.”(3°§)

e) “[...] compartilhamento do mesmo espaço, diria, é que nos proporciona[...].” (3°§)

Comentários:

A alternativa A está incorreta, pois, em discordância com o verbo possa (presente do subjuntivo),
o verbo acabassem está conjugado no pretérito imperfeito do subjuntivo.

A alternativa B está incorreta, pois, em discordância com o verbo possa (presente do subjuntivo),
a locução verbal tinham descrito está conjugada no pretérito mais-que-perfeito composto do indicativo.

A alternativa C está incorreta, pois, em discordância com o verbo possa (presente do subjuntivo),
o verbo tornamos está conjugado no pretérito perfeito do subjuntivo.

A alternativa D está correta, pois tanto possa quanto seja são verbos conjugados no presente do
subjuntivo, ou seja, expressam hipóteses no presente.

A alternativa E está incorreta, pois, em discordância com o verbo possa (presente do subjuntivo),
o verbo diria está conjugado no futuro do pretérito do indicativo.

Gabarito: D

(Colégio Naval - 2015)

Assinale a opção em que o verbo está flexionado nos mesmos tempo e modo do destacado em "[...]
elegendo representantes que partilhem desta convicção [...]." ( 5 ° § ) .

a) "[...] que não podem simplesmente terceirizar [ . . .] (4 °§)

b) " [...] que este processo [...] seja sustentável [...] ". (8°§)

c) "[...] que todos precisam contribuir para tanto [...] ". (5°§)

d) "[...] que eles ajudam na sua ascensão social [...] ". (6°§)

e) "[...] que elevam suas habilidades para o bom [...]". (7°§)

Comentários:

A alternativa A está incorreta, pois o verbo podem está no presente do indicativo, diferente do
verbo partilhem.

AULA 06 – Morfologia III 101


Prof. Celina Gil

A alternativa B está correta, pois tanto o verbo seja quanto o verbo partilhem estão conjugados
no presente do subjuntivo, que expressa ideia de hipótese no instante da fala.

A alternativa C está incorreta, pois o verbo precisam está no presente do indicativo, diferente do
verbo partilhem.

A alternativa D está incorreta, pois o verbo ajudam está no presente do indicativo, diferente do
verbo partilhem.

A alternativa E está incorreta, pois o verbo elevam está no presente do indicativo, diferente do
verbo partilhem.

Gabarito: B

(ESA - 2016)

São exemplos de verbos da 2ª conjugação:

a) cantar, ficar, remar e amar

b) compor, depor, dever e temer

c) sorrir, partir, dormir

d) remar, receber, dever e dormir

e) fugir, ir, dormir e sorrir.

Comentários:

A alternativa A está incorreta, pois são todos verbos da 1ª conjugação (terminação -AR).

A alternativa B está correta, pois todos os verbos contidos na alternativa são da 2ª conjugação. É
necessário ressaltar que os verbos compor e depor são anômalos. Isto ocorre por serem derivações do
verbo por, cuja grafia antiga é poer (ou seja, originalmente era um típico verbo de 2ª conjugação), mas
perdeu a letra e.

A alternativa C está incorreta, pois são todos verbos da 3ª conjugação (terminação -IR).

A alternativa D está incorreta, pois remar é verbo da 1ª conjugação, e dormir é verbo da 3ª


conjugação.

A alternativa E está incorreta, pois são todos verbos da 3ª conjugação (terminação -IR).

Gabarito: B

(Fuzileiro Naval - 2016)

AULA 06 – Morfologia III 102


Prof. Celina Gil

A leitura do texto permite que se identifiquem referências aos tempos antigo e atual. Em que tempo
verbal se encontra o verbo grifado no trecho: “dos poetas mortos há tanto tempo que parecem de
novo estreantes (…)”.

a) Pretérito perfeito do indicativo.

b) Pretérito mais-que-perfeito do indicativo.

c) Presente do subjuntivo.

d) Pretérito imperfeito do subjuntivo.

e) Presente do indicativo.

Comentários:

A alternativa A está incorreta, pois a flexão não está no pretérito perfeito do indicativo – houve.

A alternativa B está incorreta, pois a flexão não está no pretérito mais-que-perfeito do indicativo –
houvera.

A alternativa C está incorreta, pois a flexão não está no presente do modo subjuntivo – haja.

A alternativa D está incorreta, pois a flexão não está no pretérito imperfeito do subjuntivo –
houvesse.

A alternativa E está correta, pois o verbo está, de fato, conjugado na terceira pessoa do presente
do indicativo, dado que se trata de verbo impessoal (verbo haver indicando tempo).

Gabarito: E

(Fuzileiro Naval - 2015)

Em “- Não seria muito confortável, mas em compensação não pagariam diária.” –, o verbo em
destaque indica a

a) 1ª pessoa do plural.

b) 2ª pessoa do singular.

c) 2ª pessoa do plural.

d) 3ª pessoa do plural.

e) 3ª pessoa do singular.
Comentários:

A alternativa A está incorreta, pois a forma verbal não está na 1ª pessoa do plural. Tem-se esta
conjugação no futuro do pretérito do indicativo: pagaríamos.

AULA 06 – Morfologia III 103


Prof. Celina Gil

A alternativa B está incorreta, pois a forma verbal não está na 2ª pessoa do singular. Tem-se esta
conjugação no futuro do pretérito do indicativo: pagarias.

A alternativa C está incorreta, pois a forma verbal não está na 2ª pessoa do plural. Tem-se esta
conjugação no futuro do pretérito do modo indicativo: pagaríeis.

A alternativa D está correta, pois o verbo está, de fato, conjugado na 3ª pessoa do plural no futuro
do pretérito do indicativo. O verbo pagar é regular, e a terminação -ariam caracteriza a pessoa verbal
(assim como o modo de conjugação).

A alternativa E está incorreta, pois, embora o verbo esteja conjugado na 3ª pessoa, ele não está
no singular. A conjugação na 3ª pessoa do singular no futuro do pretérito do indicativo é pagaria.

Gabarito: D

(Fuzileiro Naval - 2014)

Considere os versos abaixo:

“O que é que eu vou fazer agora

Se o teu sol não brilhar por mim?

Num céu de estrelas multicoloridas

Existe uma que eu não colori” (linhas 1-4)

Assinale a opção em que os verbos destacados estão conjugados, respectivamente, no

a) presente do subjuntivo e no pretérito imperfeito do indicativo.

b) presente do indicativo e no pretérito perfeito do indicativo.

c) futuro do presente e no pretérito imperfeito do indicativo.

d) presente do indicativo e no passado do subjuntivo.

e) presente do subjuntivo e no pretérito perfeito do indicativo.

Comentários:

A alternativa A está incorreta, pois as escritas dos verbos, seguindo as conjugações indicadas nas
alternativas, seriam: vá, ao invés da forma vou; coloria, ao invés da forma colori (comparando em relação
ao modo e à pessoa verbal).

A alternativa B está correta, pois indica corretamente a conjugação de cada verbo. No caso de vou,
tem-se a conjugação do verbo ir na primeira pessoa do singular, no presente do indicativo; no caso de
colori, tem-se a conjugação do verbo colorir na primeira pessoa do singular, no pretérito perfeito do
indicativo.

AULA 06 – Morfologia III 104


Prof. Celina Gil

A alternativa C está incorreta, pois as escritas dos verbos, seguindo as conjugações indicadas nas
alternativas, seriam: irei, ao invés da forma vou; e coloria, ao invés da forma colori (comparando em
relação ao modo e à pessoa verbal).

A alternativa D está incorreta, pois a escrita do segundo verbo, seguindo a conjugação indicada na
alternativa, seria: colorisse, ao invés da forma colori (comparando em relação ao modo e à pessoa verbal).
A alternativa classificou corretamente o primeiro verbo destacado.

A alternativa E está incorreta, pois a escrita do primeiro verbo, seguindo a conjugação indicada na
alternativa, seria: vá, ao invés da forma vou(comparando em relação ao modo e à pessoa verbal). A
alternativa classificou corretamente o segundo verbo destacado.

Gabarito: B

(Colégio Naval - 2015)

Assinale a opção em que o verbo está flexionado nos mesmos tempo e modo do destacado em "[...]
elegendo representantes que partilhem desta convicção [...]." ( 5 ° § ) .

a) "[...] que não podem simplesmente terceirizar [ . . .] (4 °§)

b) " [...] que este processo [...] seja sustentável [...] ". (8°§)

c) "[...] que todos precisam contribuir para tanto [...] ". (5°§)

d) "[...] que eles ajudam na sua ascensão social [...] ". (6°§)

e) "[...] que elevam suas habilidades para o bom [...]". (7°§)

Comentários:

A alternativa A está incorreta, pois o verbo podem está no presente do indicativo, diferente do
verbo partilhem.

A alternativa B está correta, pois tanto o verbo seja quanto o verbo partilhem estão conjugados
no presente do subjuntivo, que expressa ideia de hipótese no instante da fala.

A alternativa C está incorreta, pois o verbo precisam está no presente do indicativo, diferente do
verbo partilhem.

A alternativa D está incorreta, pois o verbo ajudam está no presente do indicativo, diferente do
verbo partilhem.

A alternativa E está incorreta, pois o verbo elevam está no presente do indicativo, diferente do
verbo partilhem.

Gabarito: B

(EPCAR - 2015)

AULA 06 – Morfologia III 105


Prof. Celina Gil

Observe as formas verbais empregadas nos enunciados abaixo e assinale V para as proposições
verdadeiras e F para as falsas. A seguir, marque a sequência correta.

I) “Se não quiser adoecer, fale de seus sentimentos.”

II) “Pessoas negativas não enxergam soluções e aumentam os problemas.”

III) “A rejeição de si próprio, a ausência de autoestima, faz com que sejamos algozes de nós
mesmos.”

IV) “Aceitar-se, aceitar ser aceito, aceitar as críticas, é sabedoria, bom senso e terapia.”

V) “Não viva sempre triste!”

( ) O presente do indicativo aparece nos enunciados II, III e IV com o objetivo de exprimir um fato
verdadeiro e que não pertence a uma época determinada.
( ) No enunciado I, o verbo “falar” encontra-se no presente do subjuntivo e expressa um fato incerto,
mas que apresenta a expectativa do locutor de que venha a se realizar.

( ) Com o objetivo de manter o paralelismo verbal, se colocássemos a primeira forma verbal do


período III no pretérito perfeito do indicativo, teríamos que usar a forma verbal “fôssemos” na
segunda oração.

( ) O particípio do verbo “aceitar”, no enunciado IV, foi utilizado na formação da voz passiva.

( ) O verbo “viver”, na frase V, encontra-se flexionado na 2ª pessoa do singular do imperativo


negativo.

a) F, V, F, F, V

b) V, F, V, V, F

c) V, F, V, F, F

d) F, F, F, V, V

Comentários:

A alternativa A está incorreta, pois assinala incorretamente todos os enunciados.

A alternativa B está correta, pois assinala corretamente os enunciados. Tem-se a análise de cada
um: o primeiro enunciado está verdadeiro, uma vez que a presença de verbos no presente do indicativo
salientam certeza sobre algum fato, como em uma verdade atemporal – em II, tem-se os verbos enxergam
e aumentam, em III, faz e sejamos, em IV, aceitar e é; o segundo enunciado está falso, dado que fale
exprime uma ordem ou conselho dado pelo interlocutor, estando no modo imperativo afirmativo; o
terceiro enunciado está verdadeiro, posto que a mudança, substituindo a forma faz por fez, demandaria
uma mudança de tempo da forma sejamos para o pretérito imperfeito do subjuntivo, assumindo o

AULA 06 – Morfologia III 106


Prof. Celina Gil

formato fôssemos, com intuito de manter a oração com sentido – preservar o paralelismo temporal; o
quarto enunciado está verdadeiro, uma vez que a forma aceitar-se está na voz passiva sintética, de modo
que em saber ser aceito tem-se uso de voz passiva a partir de verbo no particípio, sendo importante
lembrar que ser aceito corresponde ao particípio irregular do verbo saber; o quinto enunciado é falso,
dado que viva corresponde à flexão de viver na 3ª pessoa do singular do imperativo negativo.

A alternativa C está incorreta, pois assinala incorretamente o quarto enunciado.

A alternativa D está incorreta, pois assinala incorretamente os primeiro, terceiro e quinto


enunciados.

Gabarito: B

(EEAR - 2015)

Não esqueçais o passado, mas pensai também no futuro.

Os verbos da frase acima estão na segunda pessoa do plural, no modo imperativo. Assinale a opção
incorreta quanto à transposição da frase para outras pessoas gramaticais.

a) 1.ª pessoa do plural: “Não esqueçamos o passado, mas pensemos também no futuro."

b) 2.ª pessoa do singular: “Não esqueças o passado, mas penses também no futuro."

c) 3.ª pessoa do plural: “Não esqueçam o passado, mas pensem também no futuro."

d) 3.ª pessoa do singular: “Não esqueça o passado, mas pense também no futuro."

Comentários:

A alternativa A está incorreta, pois os verbos estão na 1ª pessoa do plural do modo imperativo (o
primeiro negativo e o segundo afirmativo), ou seja, a alternativa não comete erro.

A alternativa B está correta, pois a alternativa comete um erro na conjugação do verbo pensar: a
forma utilizada é, de fato, da 2ª pessoa do singular, contudo do modo imperativo negativo, enquanto na
frase original se utiliza o modo imperativo afirmativo. Para que a frase fosse transcrita corretamente,
deveria ser utilizado a forma pensa.

A alternativa C está incorreta, pois os verbos estão na 3ª pessoa do plural do modo imperativo (o
primeiro negativo e o segundo afirmativo), ou seja, a alternativa não comete erro.

A alternativa D está incorreta, pois os verbos estão na 3ª pessoa do singular do modo imperativo
(o primeiro negativo e o segundo afirmativo), ou seja, a alternativa não comete erro.

Gabarito: B

(EEAR - 2014)

Em qual alternativa o verbo não possui mais de uma forma para o particípio?

AULA 06 – Morfologia III 107


Prof. Celina Gil

a) tingir

b) chegar

c) matar

d) suspender

Comentários:

A alternativa A está incorreta, pois tingir é abundante e apresenta as formas tinto e tingido.

A alternativa B está correta, pois chegar tem apenas o particípio regular, chegado.

A alternativa C está incorreta, pois matar é abundante e apresenta as formas morto e matado.

A alternativa D está incorreta, pois suspender é abundante e apresenta as formas suspenso e


suspendido.

Gabarito: B

(EEAR - 2016)

“Talvez pareça excessivo o escrúpulo do Cotrim, a quem não souber que ele possuía um caráter
ferozmente honrado.” (Machado de Assis)

Dentre os verbos presentes na frase acima, não há

a) futuro do subjuntivo.

b) presente do indicativo.

c) presente do subjuntivo.

d) pretérito imperfeito do indicativo.

Comentários:

A alternativa A está incorreta, pois souber é a conjugação no futuro do subjuntivo do verbo saber.

A alternativa B está correta, pois não existe qualquer verbo conjugado no presente do indicativo
na oração. Os três verbos presentes foram classificados nas demais alternativas.

A alternativa C está incorreta, pois pareça é a conjugação no presente do subjuntivo do verbo


parecer.

A alternativa D está incorreta, pois possuía é a conjugação no pretérito imperfeito do indicativo do


verbo possuir.

Gabarito: B

(Estratégia Militares 2020 – Inédita)

AULA 06 – Morfologia III 108


Prof. Celina Gil

Com relação à regência verbal, assinale a alternativa incorreta.

a) Ele sempre se lembra de pedir a bênção para sua avó querida.

b) Todas as suas ações implicam em problemas severos no futuro.

c) As atitudes do menino corroboram as preocupações dos pais.

d) Ele sempre aspirou a uma vida melhor no trabalho diário.

Comentários

Alternativa A: incorreta. O verbo lembrar tem variação de regência sendo ele pronominal ou não.
No primeiro caso, ele é transitivo indireto, pedindo preposição (como no caso apresentado). No segundo
caso, por sua vez, o não pronominal, é classificado como transitivo direto, sem preposição.

Alternativa B: correta. O verbo implicar apresenta-se como verbo transitivo direto, fato que
impede que o seu complemento, ou seja, o objeto direto, não pode vir precedido por uma preposição. A
confusão tem sido constante com relação a essa utilização, muito comum na oralidade.

Alternativa C: incorreta. O verbo corroborar passa pelo mesmo problema do implicar.


Normalmente, é tratado pela oralidade como transitivo indireto, com complemento iniciado pela
preposição “com”. Contudo, é também um verbo transitivo direto, selecionando objeto sem preposição.

Alternativa D: incorreta. O verbo aspirar em sentido de desejar, de querer, é classificado como


transitivo indireto e, por isso, ele seleciona um complemento com preposição, no caso, uma preposição
“a”.

Gabarito: B
(Estratégia Militares 2020 – Inédita)

Assinale a alternativa em que o elemento destacado poderia apresentar concordância diferente da


realizada no trecho.

a) O aluno e a professora chegaram apressados naquele belo dia ensolarado.

b) Compramos nova geladeira e fogão durante a queima de estoque da loja.

c) O casal de namorado ficou a sós durante todo o dia de ontem, conversando.

d) Eles procuravam por uma casa e um quintal adorável para se mudar.

Comentários

Alternativa A: incorreta. Nesse caso, como o adjetivo desempenha a função sintática de


predicativo do sujeito, não pode concordar somente com o mais próximo, sendo necessário concordar
com o sujeito inteiro, ficando no plural.

Alternativa B: incorreta. Nesse caso, temos a concordância sempre ocorrendo com o elemento
mais próximo, somente com o mais próximo.

AULA 06 – Morfologia III 109


Prof. Celina Gil

Alternativa C: incorreta. A construção encontrada com o elemento “a sós” não pode sofrer
modificação de concordância. Essa é uma expressão invariável, sempre sendo construída dessa forma.

Alternativa D: correta. No caso em questão, como o adjetivo se refere a dois substantivos e vem
posposto a eles, pode concordar com o mais próximo, como ocorre no trecho em questão, ou com os dois
elementos.

Gabarito: D
(Estratégia Militares 2020 – Inédita)

Assinale, a seguir, a alternativa que encerra uma oração na voz passiva.

a) Sabe-se que todos terão uma boa sorte na prova.

b) Precisa-se de muito estudo e diversão na preparação.

c) Os meninos abraçaram-se longamente no fim da pandemia.

d) Vivia-se muito bem naquele lugar do Brasil.

Comentários

Alternativa A: correta. A oração “sabe-se” está na voz passiva sintética e, por isso, consegue
atender ao enunciado. Perceba que a segunda oração, por conta disso, desempenha a função sintática de
sujeito da primeira oração. Voz passiva sempre tem sujeito.

Alternativa B: incorreta. Nesse caso, o “se” é um índice de indeterminação do sujeito e, por isso, a
oração está na voz ativa. Essa é uma dica interessante: sempre que temos a construção de um sujeito
indeterminado por índice, temos voz ativa.

Alternativa C: incorreta. Nesse caso, a oração, por apresentar reciprocidade do sujeito (os meninos
abraçam e são abraçados ao mesmo tempo), está na voz reflexiva, em que o sujeito pratica e sofre a ação.
O “se” é pronome apassivador.

Alternativa D: incorreta. Nesse caso, novo uso do índice de indeterminação do sujeito, fazendo
com que a oração esteja na voz passiva, como visto.

Gabarito: A
(Estratégia Militares 2020 – Inédita)

Assinale a alternativa em que, como em “Metade das instituições financeiras dos EUA fechou as
portas”, a concordância verbal em destaque poderia estar no plural.

a) Ficou em casa o menino e a mãe, respeitando o isolamento.

b) Quatro horas é pouco para o que precisamos.

c) Quem é a pessoa que me procurou ontem?


d) Havia mais de dez alunos esperando pela resposta do professor.

AULA 06 – Morfologia III 110


Prof. Celina Gil

c) Deve haver muitas pessoas preocupadas com a pandemia.

Comentários

Alternativa A: correta. Esse é o caso mais clássico de concordância dupla. Sempre que o sujeito for
composto e vier após o verbo (posposto ao verbo), a concordância pode se dar somente com o núcleo
mais próximo ou pode se dar com os dois núcleos.

Alternativa B: incorreta. Nesse caso, a concordância se dará com a ideia do conjunto de horas, não
com a parte numérica dessas horas.

Alternativa C: correta. Nesse caso, a concordância não pode se dar com o pronome interrogativo
que abre o trecho, mas somente com o sujeito “a pessoa”.

Alternativa D: incorreta. O verbo haver, no sentido existencial, só pode ficar na terceira pessoa do
singular, visto que não apresenta sujeito e não concorda com o objeto.

Alternativa E: incorreta. Nessa locução verbal, o uso do verbo haver como principal, por estar em
sentido de existir, torna a concordância no plural um erro sintático, devendo permanecer sempre da
forma como está construído.

Gabarito: A
(Estratégia Militares 2020 – Inédita)

Pronominais

Dê-me um cigarro

Diz a gramática

Do professor e do aluno

E do mulato sabido

Mas o bom negro e o bom branco

Da Nação Brasileira

Dizem todos os dias

Deixa disso camarada

Me dá um cigarro

(Oswald de Andrade. Pau-brasil, 1925)

Assinale a alternativa em que há erro de colocação pronominal, segundo a Norma Culta, como o
encontrado em “Me dá um cigarro”, último verso do poema de Oswald.

AULA 06 – Morfologia III 111


Prof. Celina Gil

a) Eles me chamaram para dar uma volta pela cidade.

b) Aquilo que me pediram será entregue ainda hoje.

c) Não se consideraram todas as variáveis do caso.

d) Enviaria-te um presente se as lojas estivessem abertas.

e) Eles saíram correndo, visto que se assustaram com o segurança.

Comentários

Alternativa A: incorreta. Nesse caso, o uso do pronome em posição de próclise é justificado pela
existência de um pronome pessoa, considerado um fator de próclise pela Gramática Normativa.

Alternativa B: incorreta. O pronome relativo “que”, modificador de “aquilo” e introdutor de uma


oração subordinada adjetiva, serve como fator de próclise para o pronome pessoal oblíquo átomo “me”.

Alternativa C: incorreta. As palavras negativas, em português brasileiro, são consideradas os


fatores de próclise mais fortes. Dessa forma, há a modificação da posição do pronome para a posição de
próclise, antecedendo o verbo.

Alternativa D: correta. Nesse caso, a construção deveria lançar mão daquilo que chamamos, em
gramática, de mesóclise, dado que o pronome vai para essa posição sempre que temos futuro do presente
ou futuro do pretérito. A construção deveria ser “enviar-te-ia”, com o pronome em meio ao verbo.

Alternativa E: incorreta. Nesse caso, temos a conjunção “visto que” funcionando como o fator de
próclise. Segundo a norma culta, essa colocação, com relação à conjunção, é das mais fracas que temos,
podendo ser considerada facultativa.

Gabarito: D

6 - Considerações Finais
Qualquer dúvida estou à disposição no fórum ou nas redes sociais.
Prof.ª Celina Gil

/professora.celina.gil Professora Celina Gil @professoracelinagil

AULA 06 – Morfologia III 112

Você também pode gostar