curso de ensino superior, ou pelo
AULA 1: Capacidade civil
No Brasil, a maioridade civil é atingida aos
18 anos, momento em que a pessoa se
torna plenamente capaz para realizar atos
da vida civil sem necessidade de
representação legal. Antes disso, existem
duas categorias de incapacidade:
● Absolutamente incapazes: São
aqueles que não podem exercer
pessoalmente os atos da vida civil.
Incluem-se aqui os menores de 16
anos, aqueles que, por enfermidade
ou deficiência mental, não têm o
necessário discernimento para a
prática desses atos, e os que,
mesmo por causa transitória, não
puderem exprimir sua vontade.
● Relativamente incapazes: Refere-
se aos maiores de 16 e menores de
18 anos, ébrios habituais, viciados
em tóxicos e aqueles que, por
deficiência mental, tenham o
discernimento reduzido. Essas
pessoas podem realizar alguns atos
civis, mas são assistidas ou
representadas legalmente em
outros.
A emancipação civil é um instituto que
antecipa a capacidade plena do menor,
permitindo-lhe exercer atos da vida civil
sem assistência ou representação legal
antes de completar 18 anos. Pode ocorrer
por vontade dos pais ou responsáveis
legais, por sentença judicial, pelo
casamento, pelo exercício de emprego
público efetivo, pela colação de grau em
estabelecimento civil ou comercial.
Recentemente, a Lei 13.811/2019 alterou
o Código Civil para suprimir as exceções
que permitiam o casamento infantil,
reforçando a proteção aos menores de 16
anos. Além disso, o Superior Tribunal de
Justiça (STJ) tem papel importante na
interpretação de casos relacionados à
maioridade e emancipação civil.
AULA 2: Direitos da personalidade
Os direitos da personalidade no Brasil são
garantidos pelo Código Civil de 2002, nos
artigos 11 a 21, e são fundamentais para a
proteção da dignidade humana. Eles são
inerentes a todas as pessoas e visam
proteger os aspectos físicos, psíquicos e
morais do indivíduo1. Aqui está um
resumo das principais características e
classificações desses direitos:
● Intransmissíveis e irrenunciáveis:
Não podem ser transferidos ou
renunciados, garantindo a proteção
contínua da pessoa.
● Oponibilidade erga omnes:
Devem ser respeitados por todos,
tendo um caráter absoluto.
● Generalidade: São atribuídos a
todas as pessoas, sem distinção.
● Não limitação: O rol dos direitos
da personalidade é exemplificativo,
não exaustivo, permitindo a
inclusão de novos direitos conforme
a evolução social e jurídica.
Os direitos da personalidade são
classificados em três grupos principais:
1. Integridade física: Protege o
corpo, a saúde, e inclui direitos
como a proibição de tortura e o
respeito aos cadáveres.
2. Integridade psíquica: Salvaguarda
a privacidade, a liberdade de
pensamento e a sociabilidade.
3. Integridade moral: Abrange a
honra, a imagem, a intimidade e os
direitos autorais2.
Esses direitos são essenciais para o
reconhecimento e a valorização da pessoa
humana, assegurando o respeito à sua
individualidade e dignidade.
AULA 3: Curadoria dos Bens dos
Ausentes
A "Curadoria dos Bens dos Ausentes" é
um procedimento jurídico do direito civil
brasileiro que trata da situação de pessoas
que desaparecem sem deixar notícias e
sem representante legal para administrar
seus bens. O Código Civil prevê um
processo que passa por três fases
principais:
1. Declaração de Ausência: Qualquer
interessado ou o Ministério Público
pode solicitar ao juiz que declare a
ausência da pessoa desaparecida e
nomeie um curador para
administrar os bens.
2. Sucessão Provisória: Se o ausente
não retornar após certo tempo,
seus herdeiros podem requerer a
sucessão provisória dos bens.
3. Sucessão Definitiva: Após um
período ainda mais extenso sem
notícias do ausente, é possível a
abertura da sucessão definitiva,
com a presunção de morte do
ausente.
O curador nomeado tem a
responsabilidade de administrar os bens
do ausente como se fosse um tutor ou
curador de incapazes, seguindo as
determinações do juiz. A preferência para
a nomeação do curador segue uma
ordem estabelecida pelo Código Civil,
começando pelo cônjuge não separado,
seguido pelos pais ou descendentes do
ausente.
AULA 4: Pessoas Jurídicas de Direito
Publico
As Pessoas Jurídicas de Direito Público
no Brasil são entidades que compõem a
estrutura do Estado e são responsáveis
pela administração pública. Elas incluem:
● União: É a pessoa jurídica de direito
público que representa o Estado
brasileiro como um todo.
● Estados: São entidades federativas
autônomas que possuem suas
próprias constituições e governos.
● Municípios: Também são entidades
federativas com autonomia política,
administrativa e financeira.
 ● Distrito Federal: Possui uma
natureza híbrida, exercendo
competências legislativas
reservadas aos estados e aos
municípios.
● Fundações Públicas: São entidades
criadas por lei para a realização de
atividades de interesse público com
autonomia administrativa.
● Associações Públicas: Formadas
pela união de entidades estatais
para a realização de objetivos
comuns.
Essas entidades são criadas por lei e têm
como principal função proteger o
interesse público, sendo regidas
principalmente pelo Código Civil e outras
legislações específicas.
AULA 5: Pessoas Jurídicas do direito
privado
As pessoas jurídicas de direito privado são
entidades com personalidade jurídica
própria, criadas a partir da vontade
humana e reguladas pelo Código Civil.
Elas incluem:
● Sociedades: Grupos de pessoas
que se unem para realizar
atividades econômicas com o
objetivo de lucro.
● Empresas Individuais de
Responsabilidade Limitada
(EIRELI): Empresas constituídas por
uma única pessoa, onde o
patrimônio pessoal do proprietário
é separado do patrimônio da
empresa.
● Associações Privadas:
Organizações formadas por pessoas
que compartilham um mesmo
interesse ou objetivo, sem fins
lucrativos.
● Fundações Privadas: Entidades
com patrimônio destinado a uma
finalidade específica, como
educação ou pesquisa.
● Organizações Religiosas: Grupos
dedicados a práticas e crenças
religiosas.
● Partidos Políticos: Organizações
que representam ideologias
políticas e participam do processo
eleitoral.
Essas entidades são autônomas em relação aos seus
membros e possuem patrimônio próprio1. Elas são
criadas para realizar objetivos de natureza particular
ou para beneficiar uma parcela da coletividade.
AULA 6: Domicílio. Bens.
Representação
● Domicílio: É o lugar onde a pessoa
estabelece sua residência com
ânimo definitivo. Se alguém vive em
mais de um lugar, o domicílio legal
é onde a pessoa tem sua atividade
principal.
● Bens: Refere-se a propriedades ou
posses. Podem ser classificados
como públicos ou privados.
● Representação: No contexto legal,
é o ato de uma pessoa agir em
nome de outra, por meio de uma
procuração.

● Residência/Domicílio: A residência
é o local onde a pessoa vive,
podendo ser temporária ou
permanente, enquanto o domicílio
tem um caráter mais permanente e
legal.

● Representação/Procuração: A
procuração é um documento que
confere a alguém o poder de
representar outra pessoa.

● Bens Públicos: São aqueles

pertencentes ao Estado ou
entidades públicas e que estão à
disposição do uso da coletividade.

● Bens Privados: São propriedades

pertencentes a indivíduos ou
entidades privadas.

● Bens Móveis: São aqueles que

podem ser transportados de um
lugar para outro sem alteração da
sua essência.

● Bens Imóveis: Referem-se a

propriedades que não podem ser
movidas, como terrenos e
edificações.