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Curso de Direito
Trabalho de Conclusão de Curso
Brasília - DF
2012
THAÍZA COSTA MARTINS
Brasília
2012
Monografia de autoria de Thaiza Costa Martins, intitulada ASSÉDIO SEXUAL
NAS RELAÇÕES DE TRABALHO: UMA AFRONTA À DIGNIDADE HUMANA,
apresentada como requisito parcial para obtenção do grau de Bacharel em Direito da
Universidade Católica de Brasília, em , defendida e aprovada pela banca
examinadora abaixo assinada.
_________________________________________________
Prof. Dra. Fabiane Freitas de Almeida Pinto
Universidade Católica de Brasília
_______________________________________________
Integrante: Prof. Dr.
Universidade Católica de Brasília
_________________________________________________
Integrante: Prof. Dr.
Universidade Católica de Brasília
Brasília
2012
Dedico o presente trabalho
primeiramente a Deus, por me dar
força interior e coragem para concluir
este trabalho e pela perseverança de
não desistir nunca.
Aos meus pais que me proporcionaram
o amor incondicional, que me
incentivaram, me apoiaram e,
principalmente acreditaram em mim.
A minha irmã, por toda amizade e
confiança.
Agradeço à minha acolhedora orientadora,
Prof. Fabiane Freitas de Almeida Pinto, por
todo seu apoio e inspiração no
amadurecimento dos meus conhecimentos e
conceitos que me levaram a execução e
conclusão desta monografia.
"O único homem que não erra é aquele que nunca
fez nada."
This monograph aims to stady the crime of sexual harassment committed in labor
relations, defined as the act to constrain someone to realize sexual favors. The agent
takes advantage of your status as hierarchically superior. The characteristics of
sexual harassment are distinct from simple praise because it reaches the liberty,
dignity and physical integrity of the victim, which in most of cases are women,
basically by cultural and historical issues. Preventive measures have a fundamental
importance because the moral and material damage are irreparable.
INTRODUÇÃO .......................................................................................................... 10
1 - EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO TRABALHO HUMANO ........................................ 12
1.1 - Globalização e suas consequências no mercado de trabalho ................ 15
1.2 - As relações entre o homem e a mulher através dos tempos ................... 16
2 - ASSÉDIO MORAL NAS RELAÇÕES DE TRABALHO....................................... 18
2.1 - Conceito ....................................................................................................... 18
2.2 - Dano moral na relação de emprego ........................................................... 19
2.2.1 - O dano moral e sua reparação................................................................. 22
2.3 - Distinção do assédio sexual para o assédio moral e o dano moral ........ 23
3 - ASSÉDIO SEXUAL NAS RELAÇÕES DE TRABALHO ..................................... 26
3.1 – Conceito de assédio sexual nas relações de trabalho ............................ 26
3.2 – O assédio sexual no direito comparado ................................................... 27
3.2.1 – Alemanha, Áustria e Bélgica .................................................................. 28
3.2.2 – Argentina e Austrália .............................................................................. 30
3.2.3 – Canadá e Estados Unidos ...................................................................... 31
3.2.4 - Costa Rica e Dinamarca .......................................................................... 32
3.2.5 – Finlândia e Nova Zelândia ...................................................................... 34
3.2.6 – França, Grécia e Holanda ....................................................................... 35
3.2.7 – Hungria e Itália ........................................................................................ 37
3.3 - O assédio sexual como um ato ilícito ........................................................ 38
3.3.1 - Diferença entre assédio sexual e “cantada” ......................................... 39
3.4 - Espécies de assédio sexual ........................................................................ 40
3.4.1 - O assédio sexual por intimidação (assédio sexual ambiental)............ 40
3.4.2 - O assédio sexual por chantagem ........................................................... 41
3.5 - Consumação e tentativa .............................................................................. 41
3.6 - Liberdade sexual.......................................................................................... 42
3.7 - Consequências para a vítima e o assediante ............................................ 44
3.7.1 - O enredamento psíquico e suas consequências para a vítima ........... 45
3.8 - Caracterização da despedida indireta ........................................................ 46
3.8.1 - Consequências para o assediante ......................................................... 47
3.8.2 - Justa causa e consequências para o empregador ............................... 47
3.9 – Medidas de prevenção: Educação e Fiscalização .................................... 49
3.10 - Provas no assédio sexual ......................................................................... 52
4 - ASSÉDIO SEXUAL E A DIGNIDADE DO TRABALHADOR .............................. 56
4.1 - Direitos humanos – algumas considerações ............................................ 56
4.2 – Dignidade humana como princípio constitucional .................................. 58
4.3 - O assédio sexual como afronta à dignidade humana do trabalhador .... 59
4.4 - Alguns entendimentos acerca do tema perante a Justiça Trabalhista ... 63
CONCLUSÃO ........................................................................................................... 67
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ......................................................................... 69
10
INTRODUÇÃO
O trabalhado que será exposto tem como tema O assédio sexual nas relações
de trabalho: uma afronta à dignidade humana, enfocando a trajetória do assédio
sexual no tempo e no espaço, a análise em relação à indenização por danos morais
e as medidas de prevenção, a fim de apresentar soluções para se coibir esse crime.
A finalidade da pesquisa é indicar as medidas da dignidade humana ao empregado
vítima de assédio sexual.
1
PERES, Ângelo. O Homem, o Trabalho e o Mundo do Trabalho – sob uma perspectiva histórica.
Disponível em: < http://internativa.com.br/artigo_rh_04.html >. Acesso em: 05 jan. 2012.
2
SANTOS, Antônio Alves dos. Muitos querem o emprego, mas alguns não querem trabalhar.
Disponível em: < http://www.administradores.com.br/informe-se/artigos/muitos-querem-o-emprego-
mas-alguns-nao-querem-trabalhar/53872/>. Acesso em: 05 abr. 2012.
3
PERES, Ângelo. O Homem, o Trabalho e o Mundo do Trabalho – sob uma perspectiva
histórica. Disponível em: < http://internativa.com.br/artigo_rh_04.html >. Acesso em: 05 jan. 2012.
13
No século XVIII, o inglês Adam Smith afirma que a riqueza não tinha origem
no mercantilismo, política econômica que norteava o comércio na época, mas sim do
trabalho. Com esta afirmação, Smith contraria os interesses do clero e da nobreza,
que desprezavam o trabalho; e foi além, afirmou que para o trabalhador ter um
pensamento mais ágil (para dar conta do processo produtivo) era necessário investir
em educação básica para todos.5
4
PERES, Ângelo. O Homem, o Trabalho e o Mundo do Trabalho – sob uma perspectiva histórica.
Disponível em: < http://internativa.com.br/artigo_rh_04.html >. Acesso em: 05 jan. 2012.
5
PERES, Ângelo. O Homem, o Trabalho e o Mundo do Trabalho – sob uma perspectiva histórica.
Disponível em: < http://internativa.com.br/artigo_rh_04.html >. Acesso em: 23 abr. 2012.
6
PERES, Ângelo. O Homem, o Trabalho e o Mundo do Trabalho – sob uma perspectiva histórica.
Disponível em: < http://internativa.com.br/artigo_rh_04.html >. Acesso em: 29 abr. 2012.
7
SOUSA, Rainer. Teoria da mais-valia. Disponível em:
<http://www.mundoeducacao.com.br/historiageral/teoria-mais-valia.htm>. Acesso em: 29 abr. 2012.
14
8
TAUILE, José Ricardo. A Revolução Industrial: trabalho, mercadoria obsoleta. Disponível em:
<http://www.multirio.rj.gov.br/seculo21/texto_link.asp?cod_link=219&cod_chave=3&letra=c>. Acesso
em: 23 abr. 2012.
9
BESEN, Pe José A. A Igreja e a questão social. Revista Missão Jovem, n. 201, jun. 2005, p. 9.
Disponível em: http://www.pime.org.br/noticias.inc.php?&id_noticia=6062&id_sessao=3. Acesso em:
23 abr. 2012.
10
PINTO, José Augusto Rodrigues. Curso de Direito Individual do Trabalho. 4ª Edição, São Paulo:
LTr, 2000, p. 30.
15
manutenção da posição conquistada pela Igreja Católica, que poderia ser avariada
com o avanço das ideias socialistas, com a luta de classes, com o fim da
propriedade privada. A grande preocupação da Igreja era com os efeitos políticos da
exploração ao trabalhador, não os morais ou biológicos.11
Hoje, um aluno que sai hoje da universidade tem que ter a consciência que
seu conhecimento, tem um alto grau de depreciação em função dos avanços
frequentes impostos pela tecnologia e por tanta gente qualificada no mercado de
trabalho.
atitudinais, tende a sofrer o revés do desemprego ou, no caso das empresas, até
mesmo a falência.
14
SANTOS, Aloysio. Assédio Sexual nas Relações Trabalhistas e Estatutárias. Rio de Janeiro:
LTr. 1999, p. 12.
15
Ibidem, p. 19.
16
Ibidem, p. 20.
17
Ibidem, p. 21.
18
2.1 - Conceito
18
FERREIRA, Hádassa Dolores Bonilha. Assédio moral nas relações de trabalho. Campinas:
Russell, 2004, p. 37.
19
Ibidem, p 37.
20
Ibidem, p. 42.
21
ALKIMIN, Maria Aparecida. Assédio moral na relação de emprego. Curitiba: Juruá, 2005, p. 38.
22
FELKER, Reginald Delmar Hintz. O dano moral, o assédio moral e o assédio sexual nas
relações de trabalho: doutrina, jurisprudência e legislação. 2. Ed. São Paulo: LTr, 2007, p.179.
23
Ibidem, p 179.
19
24
BARRETO, Margarida. O que é assédio moral?. Mar. 2012. Disponível em: <
http://www.assediomoral.org/spip.php?article1 >. Acesso em: 28 abr. 2012.
25
HOUAISS, Antonio. Mini Dicionário da Língua Portuguesa. Rio de Janeiro: Objetiva, 2003, pág.
143.
26
MELO, Nehemias Domingos de. Dano Moral Trabalhista: doutrina e jurisprudência. São Paulo:
Atlas, 2007. p. 86.
27
Ibidem, p. 86.
20
Nesta linha se entende que a condenação por danos morais deve ser
encarada como altamente moralizadora, na medida em que alcança o patrimônio do
ofensor com a sua diminuição, à luz da moral e da igualdade, se aplica a justiça,
castigando o agressor para que o bem moral seja restabelecido e é bom que se
diga, o importante é fazer silenciar o sentimento de vingança do agredido, dando
ordem à sociedade e refreando a quem causa danos por suas atitudes.29
No dano moral há duas modalidades que devem ser observadas para arbitrar
o valor da sua compensação: a questão do indenizatório e do punitivo. O
indenizatório está ligado a uma compensação pelos danos que a vítima sofreu
durante o tempo em que foi assediada. Já o punitivo tem o intuito de indenizar a
vítima fazendo com que a empresa tenha sua parte financeira afetada para que se
interesse fazendo com que casos de assédio não se repita em seu
estabelecimento.30
28
PAMPLONA FILHO, Rodolfo. O Assédio Sexual na Relação de Emprego. São Paulo: LTr, 2001.
p. 64.
29
MELO, Nehemias Domingos de. Dano Moral Trabalhista: doutrina e jurisprudência. São Paulo:
Atlas, 2007. p. 19.
30
LIPPMANN, Ernesto. Assédio Sexual nas Relações de Trabalho. São Paulo:LTr, 2004. 2ª
Edição, p.60.
31
Ibidem, p. 61.
21
32
LIPPMANN, Ernesto. Assédio Sexual nas Relações de Trabalho. São Paulo:LTr, 2004. 2ª
Edição, p.57.
33
Ibidem, p. 44.
34
Julgado que foi publicado na Revista LTr 62-12-1620.
35
TST – RR 468580 - 2ª T. - Rel. Min. Conv. Carlos Francisco Berardo - DJU 16.08.2002) JCLT.896
JCLT.896.4 JCF.114
36
TST – AIRR – 30540-44.2003.5.03.0090 – Relator Juiz Conv. Claudio Couce de Menezes – DJU
22/09/04
22
37
PAMPLONA FILHO, Rodolfo. O assédio sexual na relação de emprego. São Paulo: LTr, 2011, p.
102.
38
Ibidem, p. 103.
39
Ibidem, p. 103.
40
SANTOS, Aloysio. Assédio sexual nas relações trabalhistas e estatutárias. Rio de Janeiro:
Forense, 1999, p.81.
23
41
SANTOS, Aloysio. Assédio sexual nas relações trabalhistas e estatutárias. Rio de Janeiro:
Forense, 1999, p.82.
42
SENTO-SÉ, Jairo. Desafios do direito do trabalho. São Paulo: LTr, 2000, p. 92.
43
PAMPLONA FILHO, Rodolfo. O assédio sexual na relação de emprego. São Paulo: LTr. 2011, p.
39.
44
Ibidem, p. 39.
24
O dano moral é justamente este dano extrapatrimonial que pode ser gerado
pelo assédio, ou seja, a violação de um direito da personalidade, causada por uma
conduta reprovável.46
O acórdão citado tratava-se de uma ação de danos morais por assédio sexual
e foi julgado como sendo mobbing ou assédio moral. Esta e várias outras situações
45
PAMPLONA FILHO, Rodolfo. O assédio sexual na relação de emprego. São Paulo: LTr. 2011, p.
39.
46
Ibidem, p. 39.
47
FELKER, Reginald. O Dano Moral, O Assédio Moral e o Assédio Sexual nas Relações de
Trabalho. 2ª ed. São Paulo: LTr, 2007, p.236.
48
TRT 3ª Região - 2ªT. – RO 7.126/01 – 10.7.2001 – LTr 65-09/1169.
25
como a deste julgado serve de alerta para que os magistrados devam ter mais
atenção quando for julgar esse tipo de matéria para não prejudicar a parte
hipossuficiente.
26
Não havia, em nosso país, uma legislação que tipificasse o crime de assédio
sexual, as jurisprudências e doutrinas identificavam essa conduta como sendo a do
constrangimento ilegal prevista no art. 146 do Código Penal e que corria no Juizado
Especial Criminal já que é um crime de menor potencial ofensivo, de acordo com o
art. 61 da Lei n. 9099/95. Sem lei anterior que o defina não seria possível processar
o assediador pelo tal crime, porque é indispensável que o ato se adapte ao tipo
legal, isto é, que ele seja típico e que tenha tipicidade.50
49
PAMPLONA FILHO, Rodolfo. O assédio sexual na relação de emprego. São Paulo: LTr. 2011, p.
35.
50
DE JESUS, Damásio E. e GOMES, Luiz Flávio. Assédio Sexual. São Paulo, Saraiva, 2002, p.139.
27
O assédio sexual – no sentido mais comum – pode ser definido como o ato
de constranger ou tentar constranger alguém mediante a prática de ação
capaz de ofender-lhe a honra subjetiva, sempre com o objetivo de obter
52
vantagem sexual.
51
PINTO, Welington Almeida. Assédio Sexual no ambiente de trabalho. 2 ed. Belo Horizonte:
Edições Brasileiras, 2000. p. 9-10.
52
PALMEIRA SOBRINHO, Zéu. O assédio sexual. Suplemento Trabalhista. LTr, n. 135, ano 1998,
p. 135.
53
FERREIRA SOBRINHO, José Wilson. Assédio sexual e justa causa. Repertório IOB de
Jurisprudência, n. 4, fev. 1996, p. 62.
28
54
PAMPLONA FILHO, Rodolfo. O assédio sexual na relação de emprego. São Paulo: LTr. 2011, p.
63.
55
Ibidem, p. 63.
56
Ibidem, p. 66.
57
Ibidem, p. 66.
58
Ibidem, p. 66.
29
Vale destacar, porém, que até 1978, inexistia no Direito Belga norma que
tutelasse a dignidade das pessoas no local de trabalho. O Decreto real de 2 de
outubro de 1937, que disciplinava as relações jurídicas dos trabalhadores com o
Estado, continha um dispositivo vago, exigindo “rigorosa retidão nas relações de
trabalho com os superiores, com os colegas ou com os subordinados”. Nenhuma
disposição previa, porém quando e como um trabalhador poderia denunciar um
comportamento incorreto.63
59 PAMPLONA FILHO, Rodolfo. O assédio sexual na relação de emprego. São Paulo: LTr, 2011, p.
67.
60 Ibidem, p. 66.
61
Ibidem, p. 67.
62
Ibidem, p. 67.
63
Ibidem, p. 67.
30
64
PAMPLONA FILHO, Rodolfo. O assédio sexual na relação de emprego. São Paulo: LTr, 2011, p.
64.
65
Ibidem, p. 63.
66
Ibidem, p. 64.
67
Ibidem, p. 64.
68
Ibidem, p. 64.
31
69
PAMPLONA FILHO, Rodolfo. O assédio sexual na relação de emprego. São Paulo: LTr, 2011, p.
64.
70
Ibidem, p. 69.
71
Ibidem, p. 69.
72
Ibidem, p.72.
32
73
PAMPLONA FILHO, Rodolfo. O assédio sexual na relação de emprego. São Paulo: LTr, 2011, p.
72.
74
Ibidem, p. 73.
75
Ibidem, p. 73.
76
Ibidem, p. 70.
33
a conduta grave que, embora tenha ocorrido uma única vez, prejudique a vítima em
quaisquer dos aspectos indicados.77
Uma pesquisa sobre assédio sexual feito pelo instituto Gallup da Dinamarca
em 1991, com, aproximadamente, 1.350 mulheres, revelou que 11% responderam
positivamente quando lhes foi perguntado se já foram assediadas sexualmente no
trabalho. A pesquisa revelou que 66% das mulheres foram assediadas por homens
em posição superior hierárquica. Ela também descobriu que 65% dos casos não
gerou qualquer consequência palpável, mas em 17% dos casos houve troca de local
de trabalho e, em 8% dos casos, as mulheres submetidas ao assédio sexual foram
despedidas.81
77
PAMPLONA FILHO, Rodolfo. O assédio sexual na relação de emprego. São Paulo: LTr, 2011, p.
70.
78
Ibidem, p. 70.
79
Ibidem, p. 71.
80
Ibidem, p. 71.
81
Ibidem, p. 71.
34
Um comitê foi designado pelo governo para examinar como incluir uma
previsão sobre assédio sexual no Ato de Iguais Oportunidades. O comitê é composto
por experts na Lei de Igualdade, representantes do ministro do trabalho e
representantes das organizações centrais sindicais.84
A Lei n. 77, de 1987, da Nova Zelândia, é uma das mais completas sobre a
matéria. A referida Lei dispõe que o assediador tanto poderá ser o empregador, um
colega de trabalho ou cliente da empresa, e prevê o procedimento para a
82
PAMPLONA FILHO, Rodolfo. O assédio sexual na relação de emprego. São Paulo: LTr, 2011, p.
72.
83
Ibidem, p. 73.
84
Ibidem, p. 74.
85
Ibidem, p. 74.
35
86
PAMPLONA FILHO, Rodolfo. O assédio sexual na relação de emprego. São Paulo: LTr, 2011, p.
84.
87
Ibidem, p. 84.
88
Ibidem, p. 84.
36
laboral não oferecia proteção suficiente, sem prejuízo de socorrer-se das leis gerais
antidiscriminatórias.89
A matéria sobre assédio sexual, na Grécia, não está coberta por nenhuma
previsão estatutária especifica. Existem, porém, previsões na Lei de Iguais
Oportunidades e Leis do Trabalho que podem ser invocadas como potencialmente
aplicáveis para o assédio sexual no trabalho. Há precedentes jurisprudenciais que
mencionam despedidas consideradas legais, uma vez que baseadas na resistência
de mulheres trabalhadoras a atenção sexual não querida, em função de repetidas e
não desejadas propostas sexuais.91
89
PAMPLONA FILHO, Rodolfo. O assédio sexual na relação de emprego. São Paulo: LTr,
2011, p. 74.
90
Ibidem, p. 74.
91
Ibidem, p. 78.
92
Ibidem, p. 78.
37
93
PAMPLONA FILHO, Rodolfo. O assédio sexual na relação de emprego. São Paulo: LTr, 2011, p.
78.
94
Ibidem, p. 78.
95
Ibidem, p. 79.
38
Esse ato contém previsões que podem ser usadas em situações de assédio
sexual, embora seu potencial esteja longe de ser efetivamente explorado. Alguns
poucos casos judiciais interpretaram esta legislação para providenciar alguma
proteção contra o assédio sexual no trabalho.99
Numa reflexão dialética, indagar-se-ia: “em que pese ser reprovável social e
moralmente, onde está a ilicitude do assédio sexual?”101
96
PAMPLONA FILHO, Rodolfo. O assédio sexual na relação de emprego. São Paulo: LTr. 2011, p.
79.
97
Ibidem, p. 80.
98
Ibidem, p. 80.
99
Ibidem, p. 80.
100
Ibidem, p. 80.
101
Ibidem, p. 37.
39
O assédio sexual, todavia, não se encaixa nesse perfil, uma vez que constitui
uma violação ao principio maior da liberdade sexual, haja vista que importa no
cerceamento do direito individual de livre disposição do próprio corpo,
caracterizando-se como uma conduta discriminatória vedada juridicamente.103
É por isso que se justifica, ainda que não houvesse lei especifica, o
sancionamento civil lato sensu da conduta dos assediadores, tendo em vista que
estes ultrapassaram os limites da sua própria liberdade sexual.104
102
PAMPLONA FILHO, Rodolfo. O assédio sexual na relação de emprego. São Paulo: LTr. 2011, p.
37.
103
Ibidem, p. 37.
104
Ibidem, p. 37.
40
sendo paquerado pode até não se sentir confortável ou linjojeado com a situação,
porém a eventual recusa não lhe trará eventuais transtornos.
A doutrina tem aferido para o assédio sexual duas espécies: assédio sexual
por intimidação e por chantagem.
105
BARROS, Alice Monteiro de. Dano moral na Justiça do Trabalho. Revista Trabalho & Doutrina,
n. 16, mar. 1998, p. 60.
106
BARROS, Alice Monteiro de. A mulher e o direito do trabalho. São Paulo: LTr, 1995, p. 186.
41
E é disso mesmo que se trata o abuso sexual por chantagem, pois, por ele, o
agente exige da vítima a prática de uma determinada conduta de natureza sexual,
não desejada, sob a ameaça da perda de um determinado benefício.110
107
PAMPLONA FILHO, Rodolfo. O assédio sexual na relação de emprego. São Paulo: LTr. 2011,
p. 49.
108
Ibidem, p. 187.
109
Ibidem, p. 47.
110
Ibidem, p. 48.
42
admissível. É o que se dá, por exemplo, no caso em que o assédio tenha sido
tentado por meio escrito, chegando a correspondência, em face de extravio, nas
mãos de terceira pessoa. Quando empregados meios verbal ou gestos, a tentativa é
inadmissível.111
Segundo o que Aloysio Santos cita, é que não há que se falar em tentativa no
crime de assédio, pois o embora a vítima não tenha consentido as investidas do
assediador, o ato por si só já caracterizou o tipo penal, violando a dignidade do
Trabalhador.112
111
E. DE JESUS, Damásio e Luiz Flávio Gomes. Assédio Sexual. São Paulo: LTr. 2002, p. 38.
112
SANTOS, Aloysio. Assédio Sexual nas Relações Trabalhistas e Estatutárias. Rio de Janeiro:
Editora Forense, 1999, p. 86.
113
Ibidem, p. 31.
114
Ibidem, p. 31.
115
Ibidem, p. 31.
43
116
FILHO, Rodolfo. O assédio sexual na relação de emprego. São Paulo: LTr, 2011, p. 31.
117
Ibidem, p. 33.
118
Ibidem, p. 33.
119
Ibidem, p. 33.
120
Ibidem, p. 33.
44
Do ponto de vista do Direito positivo brasileiro, vale destacar que tal igualdade
está constitucionalmente consagrada no art. 5º, I, da Carta Magna, ao preceituar que
“homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações, nos termos desta
Constituição”.122
121
FILHO, Rodolfo. O assédio sexual na relação de emprego. São Paulo: LTr, 2011, p. 34.
122
Ibidem, p. 34.
123
Ibidem, p. 34.
124
Ibidem, p. 34.
125
Ibidem p. 100.
45
126
PAMPLONA FILHO, Rodolfo. O assédio sexual na relação de emprego. São Paulo: LTr, 2011, p.
100.
127
Ibidem, p. 100.
128
SCAVONE JÚNIOR, Luiz Antônio. Assédio sexual – responsabilidade civil. São Paulo: Juarez de
Oliveira, 2001, p. 19.
129
PAMPLONA, op. cit.,p. 101.
130
Ibidem, p. 101.
46
131
CALVO, Maria Del Mar Serna. Acoso Sexual em lãs relaciones laborais. In: Revista de
Relaciones Laborales em America Latina- Cono Sur, n. 2, España: OIT/Ministerio de Trabajo y
Seguridad Social, p.34, s/d.
132
PAMPLONA FILHO, Rodolfo. O assédio sexual na relação de emprego. São Paulo: LTr, 2011, p.
101.
133
ALEMÃO, Ivan. Direito das relações de trabalho. São Paulo: LTr, 1998, p. 242-243.
134
PAMPLONA, op. cit.,p. 101.
135
Ibidem, p. 102.
47
136
PAMPLONA FILHO, Rodolfo. O assédio sexual na relação de emprego. São Paulo: LTr, 2011, p.
102.
137
Ibidem, p. 111.
138
Ibidem, p. 104.
48
139
PAMPLONA FILHO, Rodolfo. O assédio sexual na relação de emprego. São Paulo: LTr, 2011, p.
105.
140
Ibidem, p. 106.
141
LIPPMANN, Ernesto. Assédio sexual nas relações de trabalho: danos morais e materiais nos
tribunais após a Lei n. 10.224. São Paulo: LTr, 2001, p. 23.
142
PAMPLONA FILHO, Op. Cit., p. 108.
143
SCAVONE JÚNIOR, Luiz Antônio. Assédio sexual – responsabilidade civil. São Paulo: Juarez de
Oliveira, 2001, p. 123.
49
só pela organização técnica, como também pela boa ordem na empresa, onde
deverá existir um padrão mínimo de moralidade e de garantia pessoal.144
144
PAMPLONA FILHO, Rodolfo. O assédio sexual na relação de emprego. São Paulo: LTr, 2001, p.
118-119.
145
Ibidem, p. 88.
146
GUEDES, Márcia Novaes. Terror psicológico no trabalho. São Paulo: LTr, 2003. p. 163-165.
50
A prevenção do assédio sexual pode ser feita de várias maneiras. Todas elas,
porém, exigem o estabelecimento de uma política definida no que diz respeito à
conduta dos trabalhadores e empregadores, conduta encarada do ponto de vista
geral, que inclui, logicamente, a conduta sexual.147
147
PAMPLONA FILHO, Rodolfo. O assédio sexual na relação de emprego. São Paulo: LTr, 2011, p.
89.
148
Ibidem, p. 89.
149
Ibidem, p. 89.
150
Ibidem, p. 89.
51
A empresa deve ter uma política clara, a respeito do assédio com seus
empregados. Estes devem ser informados das regras da empresa,
preferencialmente no ato de sua admissão, através de um termo de compromisso
integrado ao contrato de trabalho, no qual se explique o que é o assédio sexual e
quais suas consequências.151
151
LIPPMANN, Ernesto. Assédio sexual nas relações de trabalho: danos morais e materiais nos
tribunais após a Lei n. 10.224. São Paulo: LTr, 2001, p. 30.
152
PAMPLONA FILHO, Rodolfo. O assédio sexual na relação de emprego. São Paulo: LTr, 2011, p.
63.
153
Ibidem, p. 91.
154
Ibidem, p. 91.
155
Ibidem, p. 91.
52
empregados, o que lhe retiraria a isenção de ânimo para atuar como fiscal do
empregador.156
Juraci Galvão Júnior em seu livro relata que todos podem contribuir com o
combate do assédio sexual, seja pela fiscalização ou educação:
A produção de provas sempre foi uma questão primordial para propor uma
ação em qualquer esfera do Direito. Mas em qualquer ação se referindo ao assédio
sexual, a prova a ser sustentada no processo é muito difícil de ser obtida, uma vez
que o assediador quase sempre toma as precauções para que seu ato não seja
156
PAMPLONA FILHO, Rodolfo. O assédio sexual na relação de emprego. São Paulo: LTr, 2011, p.
91.
157
GALVÃO JUNIOR, Juraci.; AZEVEDO, Gelson de. Estudos de direito do trabalho e processo do
trabalho. São Paulo: LTr, 1998, p. 156-157.
53
É importante obter provas escritas, pois caso a vítima queira interpor uma
ação trabalhista não se corre o risco de que a prova testemunhal seja manipulada.
Assim, bilhetes ou, até mesmo, e-mails devem ser guardados para o processo.160
A exemplo disso:
158
TRT 4ª Região. Proc. n. 00857-2007-017-04-00-4 - Relatora: Flávia Lorena Pacheco.
159
TRT 14ª Região. Proc. n. RO 00210.2005.403.14.00-6. Órgão Julgador: 3.ª Vara do Trabalho de
Rio Branco/AC. Juiz Relator: Maria Cesarineide de Souza Lima. Juiz Revisor: Carlos Augusto
Gomes Lobo. Data da Publicação: 21/10/2005.
160
LIPPMANN, Ernesto. Assédio Sexual nas Relações deTrabalho. São Paulo: LTr, 2001, p. 49.
161
TRT 4ª Região. Proc. n. RO 01011-2007-074-02-00-7. Data da Publicação: 11/03/2008. Órgão
Julgador: 2ª Turma. Juiz Relator: Rosa Maria Zuccaro.
54
Em muitos casos o Juiz entende que não fica comprovado o delito, consoante
demonstrado a seguir:
162
LOPES, Adriano Almeida. Assédio Sexual nas Relações do Trabalho. Brasília: Consulex, 2001,
p.19.
163
TRT 4ª Região. Proc. n. RR 93700-44.2008.5.17.0004. Data da Publicação: 16/03/2012. Órgão
Julgador: 3ª Turma. Relator Ministro: Horácio Raymundo de Senna Pires.
55
164
FELKER, Reginald. O Dano Moral, o Assédio Moral e o Assédio Sexual nas Relações de
Trabalho. São Paulo: LTr, 2007, 2ª Edição, p.264.
56
165
STIGAR, Robson. Algumas considerações sobre direitos humanos. Disponível em:<
http://www.artigonal.com/educacao-artigos/algumas-consideracoes-sobre-os-direitos-humanos-
1794419.html>. Acesso em: 26 maio 2012.
166
SILVA, Nadine; SILVA, Sandra; MARQUES, Nelson. Os direitos humanos e a globalização.
Disponível
em:<http://www.notapositiva.com/trab_estudantes/trab_estudantes/filosofia/filosofia_trabalhos/direitos
humanos.htm>. Acesso em: 29 abr. 2012.
167
Declaração Universal dos Direitos Humanos. Versão na íntegra. Disponível em:
<http://www.dhnet.org.br/direitos/deconu/textos/integra.htm>. Acesso em: 21 maio. 2012.
57
168
COSTA, Paula Bajer Fernandes Martins da. Dicionário de Direitos Humanos - Dignidade.
Disponível em: < http://www.esmpu.gov.br/dicionario/tiki-index.php?page=Dignidade>. Acesso em: 26
maio 2012.
169
CANOTILHO, Joaquim.José Gomes. Direito Constitucional. Coimbra: Almedina, 1993, p. 172.
170
SANTOS, Antônio Silveira Ribeiro dos. Direitos Humanos e o Meio Ambiente. Disponível em:
<http://www.aultimaarcadenoe.com/direitoshumanos.htm>. Acesso em: 30 abr. 2012.
58
A Constituição Federal em seu artigo 1º, inciso III, elenca com um dos
fundamentos da República a dignidade da pessoa humana, ou seja, a dignidade
171
THE GLOBAL COMPACT. Os Dez Princípios Universais do Pacto Global. Disponível em: <
http://www.pactoglobal.org.br/publicacoes.aspx >. Acesso em: 22 maio 2012.
172
CAPELARI, Luciana Santos Trindade. O Princípio Constitucional da Dignidade Humana x
assédio moral no trabalho e a crise econômica. Disponível em: <
http://ambitojuridico.com.br/site/?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=6653&revista_caderno=9 >.
Acesso em: 26 maio 2012.
173
CAPELARI, Luciana Santos Trindade. O Princípio Constitucional da Dignidade Humana x
assédio moral no trabalho e a crise econômica. Disponível em: <
http://ambitojuridico.com.br/site/?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=6653&revista_caderno=9 >.
Acesso em: 26 maio 2012.
59
174
NUNES, Luiz Antônio Rizzato. Princípio Constitucional da dignidade da pessoa humana. São
Paulo: Saraiva, 2002, p. 27.
175
TRT 14ª Região. Proc. n. RR 580-39.2010.5.03.0109. Órgão Julgador: 3.ª Turma. Relator Ministro:
Mauricio Godinho Delgado. Data da Publicação: 04/05/2012.
60
176
FERRAZ, Fábio. Evolução histórica do Direito do Trabalho. Disponível em:
<http://www.advogado.adv.br/estudantesdireito/anhembimorumbi/fabioferraz/evolucaohistorica.htm>.
Acesso em: 22 fev. 2012.
62
177
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Disponível em:
<https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constitui%C3%A7ao.htm>. Acesso em: 22 fev.
2012.
63
As ações trabalhistas que têm como matéria principal o assédio sexual são,
basicamente, de três tipos: o primeiro são os pedidos de indenização por danos
morais por parte das vítimas; o segundo são os pedidos de rescisão indireta do
contrato de trabalho, situação em que o empregado assediado pede judicialmente
sua demissão, tendo direito a todas as verbas rescisórias; já o terceiro são
processos envolvendo demissão por justa causa, especialmente quando a denúncia
é contra o próprio empregador.178
178
FEIJÓ, Carmem. Notícias do Tribunal Superior do Trabalho, 07 jun. 2006. Assédio sexual dá
origem a vários tipos de processos trabalhistas. Disponível em:
<http://ext02.tst.gov.br/pls/no01/no_noticias.Exibe_Noticia?p_cod_noticia=6593&p_cod_area_noticia=
ASCS>. Acesso em: 25 abr. 2012.
64
179
TRT 4ª Região. Proc. n. RR 93700-44.2008.5.17.0004. Data da Publicação: 16/03/2012. Órgão
Julgador: 3ª Turma. Relator Ministro: Horácio Raymundo de Senna Pires.
65
leviana e infundada, mas, sobretudo, para fazer justiça à vítima que, além de sofrer
grave dano moral, se vê prejudicada na produção de tão difícil prova, o julgador
pode (e deve) inverter o ônus da prova sempre com o escopo de tutelar a efetividade
do processo e os direitos fundamentais da vítima postulante.
67
CONCLUSÃO
Com a lei 10.224/2001 o assédio sexual pode ser considerado crime com a
inserção do artigo 216-A do CP. Antes da lei o assédio sexual era enquadrado no
artigo 146 do CP considerado como constrangimento ilegal.
Percebe-se, também, que há muito que se fazer para que esse quadro
desagradável mude no Brasil. A exemplo disso são os EUA que punem severamente
o assédio sexual criando, por muitas vezes, um terror entre os funcionários da
empresa. Um estudo feito de forma comparada entre o assédio sexual no Brasil e
entre os outros países, destacando os EUA, há relatos de funcionários de empresas
que evitam pegar o elevador sozinho com alguma colega de trabalho com medo de
68
que esta o acuse de assédio sexual, nos mostrando que este tipo de ato é
extremamente inaceitável por lá.
Um dos pontos argumentados foi a questão dos meios de prova. Foi visto que
a dificuldade de se reunir provas é muito grande uma vez que o assediador pratica o
ato às escondidas, questão que foi frisada tendo por base jurisprudências. O
assediado deve guardar qualquer meio que possa ser usado como prova numa
futura ação de indenização por danos morais.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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BARRETO, Margarida. O que é assédio moral?. Mar. 2012. Disponível em: <
http://www.assediomoral.org/spip.php?article1 >. Acesso em: 28 abr. 2012.
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1995.
BESEN, Pe José A. A Igreja e a questão social. Revista Missão Jovem, n. 201, jun.
2005, p. 9. Disponível em:
http://www.pime.org.br/noticias.inc.php?&id_noticia=6062&id_sessao=3.
Acesso em: 23 abr. 2012.
CALVO, Maria Del Mar Serna. Acoso Sexual em lãs relaciones laborais. In:
Revista de Relaciones Laborales em America Latina- Cono Sur, n. 2, España:
OIT/Ministerio de Trabajo y Seguridad Social, p.34, s/d.
GUEDES, Márcia Novaes. Terror psicológico no trabalho. São Paulo: LTr, 2003.
SANTOS, Antônio Alves dos. Muitos querem o emprego, mas alguns não querem
trabalhar. Disponível em: < http://www.administradores.com.br/informe-
se/artigos/muitos-querem-o-emprego-mas-alguns-nao-querem-
trabalhar/53872/>. Acesso em: 05 abr. 2012.