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CASO CLÍNICO

Criança do sexo feminino, 10 anos, procedente da zona rural do município de Feijó,


admitida no pronto socorro de Rio Branco, com importante dispneia, palidez, taquicardia,
hepatomegalia e cardiomegalia. O médico pediatra plantonista suspeitou de insuficiência
cardíaca e solicitou avaliação cardiológica. História de febre por 10 dias e cansaço progressivo.

Mãe pouco comunicativa. Negou doenças prévias.

Dados: peso: 28 Kg, estatura: 128 cm, PA: 85x 60mmHg, FC: 150, FR: 55, saturação 92%.

Ao exame: palidez, sudorese, taquidispneia, fácies de sofrimento.

AVC: ictus propulsivo, desviado para a esquerda, RCR 3t, BNF, SS 3+/6 em FMI com
irradiação para axila e sopro diastólico + em 4 na mesma localização.

AR: MV +, com estertores bilaterais.

AA: Abdome doloroso, fígado à 3 cm do RCD.

A criança foi conduzida pelo motorista de ambulância para realizar o exame de


ecocardiograma em outro serviço. O exame demonstrou: Insuficiência mitral acentuada,
estenose mitral discreta, insuficiência aórtica discreta, hipertensão pulmonar moderada e
aumento acentuado das cavidades cardíacas esquerdas. Fração de ejeção preservada.

ECG: Ritmo sinusal, PR: 0,17, Sobrecarga atrial esquerda, sem sinais de isquemia.

RX de tórax: ICT= 0,6. Aumento da área cardíaca às custas de átrio esquerdo e ventrículo
esquerdo. Aumento da trama vascular pulmonar.

Hemograma: Hg: 10, L: 11.000, VHS:65

Após ouvir o diagnóstico da doença cardíaca da filha a mãe foi embora, sem perguntas,
sem comentários.

A criança ficou internada durante 3 semanas em uso de corticoide, diuréticos,


vasodilatador e benzetacil, com melhora progressiva do quadro clínico. Recebeu alta para
acompanhamento ambulatorial.

HD: Cardite reumática

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