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TUTORIA – PROLIFERAÇÃO HALLMARKS DO CÂNCER

1 – DEFINIR EPIGENÉTICA E RELACIONAR COM O CÂNCER, DEFINIR


PROTONCOGENES E GENES SUPRESSOR DE TUMOR
O termo epigenética foi descrito pela primeira vez por Conrad Waddington em
1942 para descrever como, por meio do processo de desenvolvimento, um
genótipo produz um fenótipo, ou seja, é usado para descrever os processos
moleculares herdáveis que afetam a expressão gênica sem causar mudanças
na sequência de bases na molécula de DNA.
Mecanismos que produzem as diferentes estruturas da cromatina em diferentes
regiões do genoma celular. Mecanismos desse tipo exercem uma variedade de
importantes funções nas células. Surpreendentemente, alguns tipos de
estrutura da cromatina podem ser herdados; isto é, a estrutura pode ser
transmitida diretamente de uma célula a suas descendentes. Como a memória
celular resultante é fundamentada em uma estrutura de cromatina herdada e
não em alterações da sequência de DNA, essa é uma forma de herança
epigenética. O prefixo epi, do grego “em cima”, é apropriado porque a
epigenética representa uma forma de herança que se sobrepõe à herança
genética com base no DNA.
Muitos fenótipos epigenéticos são o resultado de alterações na estrutura da
cromatina, mediadas por três processos principais: 1) Metilação do DNA; 2)
Modificação da histona e moléculas de RNA
1) Metilação do DNA
É o mecanismo mais bem compreendido da mudança epigenética. A
metilação do DNA refere-se ao acréscimo de grupos metila às bases de
nucleotídeos. Nos seres humanos prevalece a metilação de DNA da citosina
para produzir 5-metilcitosina. A metilação do DNA está associada a
repressão da TRANSCRIÇÃO.
A metilação ocorre muito frequentemente nas bases CITOSINA que estão
ao lado dos NUCLEOTIDIOS guanina, chamados de DINUCLEOTIDIOS
CPG (p- fosfato, que conecta os nucleotidios P e G)
Como as mudanças epigenéticas são mantidas e replicadas na divisão
celular?
Após a replicação do DNA – imediatamente, a base citosina na fita molde,
estará metilada, mas a base citosina na fita recém replicada NÃO. Enzimas
metiltransferases especiais reconhecem o estado HEMIMETILADO dos
dinucleotidios CpG e adicionam o grupo metila as bases citosina não
metiladas, criando DUAS novas moléculas de DNA totalmente metiladas,
dessa forma o padrão de metilação do DNa é mantido duranre a divisão
celular.
CURIOSIDADE: Hipótese do fenótipo poupador (genética um enfoque
conceitual)

2 – EXPLICAR OS MECANISMOS DE REPARO DO DNA (pagina 306 Alberts)


Grande parte das alterações espontâneas é temporária, pois são
imediatamente corrigidas por um conjunto de processos chamados
coletivamente de reparo do DNA. Das dezenas de milhares de alterações
aleatórias geradas a cada dia no DNA de uma célula humana por calor,
acidentes metabólicos, radiações de vários tipos e exposição a substâncias
ambientais, apenas algumas alterações (menos de 0,02%) acumulam-se como
mutações permanentes na sequência de DNA. O restante é eliminado com
uma eficiência impressionante pelo reparo de DNA. A importância do reparo de
DNA é evidenciada pelo enorme investimento que as células fazem nas
enzimas que o realizam: uma enorme porcentagem da capacidade codificadora
da maioria dos genomas é dedicada exclusivamente às funções de reparo de
DNA. A importância do reparo do DNA também pode ser demonstrada pelo
aumento da taxa de mutação que ocorre após a inativação de um gene de
reparo.
1) Reversão direta da lesão no DNA
 Fotorreativação
 Reparo de bases alquiladas
2) Reparo por excisão
 Excisão de bases
Uma lesão no DNA pode ser removida por mais de uma via
As células possuem múltiplas vias para o reparo do DNA, usando diferentes
enzimas que atuam em diferentes tipos de lesões. A Figura 5-41 apresenta
duas das vias mais comuns. Em ambas, a lesão é removida, a sequência de
DNA original é restaurada por uma DNA-polimerase que utiliza a fita não
danificada como molde, e a quebra resultante na dupla-hélice é ligada pela
DNA-ligase (ver Figura 5-12).
As duas vias diferem na maneira pela qual a lesão é removida do DNA. A
primeira via, denominada reparo por excisão de bases, envolve uma bateria de
enzimas denominadas DNA-glicosilases, cada uma capaz de reconhecer um
tipo específico de base alterada no DNA e de catalisar sua remoção hidrolítica.
Existem pelo menos seis tipos dessas enzimas, incluindo as que removem Cs
desaminados, As desaminados, diferentes tipos de bases alquiladas ou
oxidadas, bases com anéis rompidos e bases nas quais a ligação dupla
carbono-carbono foi acidentalmente convertida em uma ligação simples entre
os carbonos. Como a base alterada é detectada no contexto da dupla-hélice?
Uma etapa-chave é a projeção do nucleotídeo alterado para fora da hélice, em
um processo mediado por enzimas que permite que a DNA-glicosilase procure
uma lesão em todas as faces da base (Figura 5-42). Acredita-se que essas
enzimas deslocam-se pelo DNA usando a projeção das bases para avaliar a
situação de cada par de bases. Uma vez reco nhecida a lesão, a enzima
remove a base do açúcar. A “lacuna” criada pela ação da DNA-glicosilase é
reconhecida por uma enzima chamada endonuclease AP (AP para apúrica ou
apirimídica, e endo para indicar que a nuclease cliva dentro da cadeia
polinucleotídica), que cliva a cadeia principal fosfodi éster, depois do qual a
lacuna resultante é corrigida (ver Figura 5-41A). A depurinação, o tipo de lesão
mais frequente sofrido pelo DNA, também gera uma desoxirribose sem uma
base. As depurinações são diretamente corrigidas começando pela AP
nuclease, seguida pela metade inferior da via mostrada na Figura 5-41ª
 Excisão de Nucleotídeos
A segunda principal via de reparo é chamada de reparo por excisão de
nucleotídeos. Esse mecanismo pode corrigir uma lesão causada por
praticamente qualquer alteração volumosa na estrutura da dupla-hélice de
DNA. Essas “lesões volumosas” incluem aquelas produzidas pela ligação
covalente de bases do DNA aos hidrocarbonetos (como o carcinógeno
benzopireno, encontrado na fumaça do tabaco, alcatrão e exaustão do diesel) e
os vários dímeros de pirimidina (T-T, T-C e C-C) causados pela luz do sol.
Nessa via, um enorme complexo multienzimático verifica o DNA à procura de
distorções na dupla-hélice, em vez de uma alteração específica de bases. Uma
vez encontrada uma lesão, a cadeia fosfodiéster da fita anormal é clivada nos
dois lados da distorção, e a DNA-helicase remove o oligonucleotídeo de fita
simples contendo a lesão. O intervalo produzido na hélice de DNA é, então,
corrigido pela DNA-polimerase e pela DNA-ligase (ver Figura 5-41B). Uma
alternativa aos processos de reparo por excisão de bases e de nucleotídeos é
usar a química reversa da lesão de DNA, e essa estratégia é seletivamente
utilizada para a remoção rápida de determinadas lesões altamente
mutagênicas ou tóxicas.

 Reparo de mal pareamentos

3) Reparo pós-replicação
 Reparo por recombinação não homologa
Um tipo de lesão no DNA potencialmente perigosa ocorre quando as duas fitas
da du pla-hélice são quebradas, não havendo uma fita molde intacta para o
reparo. As quebras desse tipo são causadas por radiação ionizante, erros na
replicação, agentes oxidantes e alguns outros metabólitos produzidos pela
célula. Se essas lesões não forem corrigidas, rapidamente resultarão na
degradação dos cromossomos em fragmentos menores e na perda de genes
na divisão celular. Contudo, dois mecanismos distintos foram de senvolvidos
para tratar esse tipo de lesão (Figura 5–45). O mais fácil de entender é a
ligação de extremidades não homólogas, em que as extremidades da quebra
são sim plesmente justapostas e religadas, geralmente com a perda de
nucleotídeos no sítio da ligação (Figura 5-46). Esse mecanismo de ligação de
extremidades, que pode ser visto como uma solução “rápida e suja” para o
reparo de quebras nas duas fitas, é uma res posta comum nas células
somáticas de mamíferos. Apesar de causar uma alteração na sequência de
DNA (uma mutação) no local da quebra, pouco do genoma de mamíferos é
essencial para a vida, e esse mecanismo parece ser uma solução aceitável
para o pro blema de religar cromossomos “quebrados”. Quando um indivíduo
atinge 70 anos, uma célula somática típica contém mais de 2 mil dessas
“cicatrizes” distribuídas pelo geno ma, representando sítios em que o DNA foi
reparado de modo impreciso pela ligação de extremidades não homólogas.
Entretanto, a ligação de extremidades não homólogas apresenta um outro
perigo: como aparentemente não há um mecanismo que assegu re que as
duas extremidades ligadas estavam originalmente próximas no genoma, essa
ligação pode, por vezes, gerar rearranjos em que um cromossomo quebrado
seja liga do covalentemente a um outro. Como resultado, podemos ter
cromossomos com dois centrômeros ou cromossomos sem nenhum
centrômero; os dois tipos de cromossomos defeituosos são segregados de
forma incorreta na divisão celular. Como discutido ante riormente, a estrutura
especializada dos telômeros preserva as extremidades naturais dos
cromossomos e evita que sejam confundidas com quebras no DNA e
“reparadas” dessa maneira.

A ligação de extremidades não homólogas altera a sequência de DNA original


quando corrige um cromossomo quebrado. A degradação inicial das extre
midades da quebra é importante porque os nucleotídeos no local da quebra
inicial geralmente foram danificados e não po dem ser ligados. A ligação de
extremida des não homólogas normalmente ocorre antes das células
duplicarem seu DNA. (B) O reparo de quebras de fita dupla por recombinação
homóloga é mais difícil de ser realizado, porém regenera a sequência original
de DNA. Normalmente ocorre após a replicação do DNA (quando um duplex
molde está disponível), porém an tes da célula dividir-se. Detalhes da via da
recombinação homóloga são apresentados na seção seguinte (ver Figura 5-
48).

Ligação de extremidades não homólogas. (A) A principal função é realizada


pela proteína Ku, um hetero dímero que segura as extremidades dos
cromossomos quebrados. As proteínas adicionais mostradas são necessárias
para manter as extremidades unidas enquanto são processadas e finalmente
ligadas de forma covalente. (B) Estrutura tridimensio nal do heterodímero Ku
ligado à extremi dade de um fragmento de um duplex de DNA. A proteína Ku
também é essencial para a junção V(D)J, um processo de re combinação
específico para a geração da diversidade de anticorpos e receptores de células
T durante o desenvolvimento das células B e T (discutido no Capítulo 24). A
junção V(D)J e a ligação de extremidades não homólogas apresentam diversas
se melhanças no mecanismo, mas a primeira fundamenta-se em quebras
específicas na fita dupla produzidas deliberadamente pela célula. (B, de J.R.
Walker, R.A. Corpi na, e J. Goldberg, Nature 412:607–614, 2001. Com
permissão de Macmillan Pu blishers Ltd.)

 Reparo por recombinação homologa

Um tipo mais preciso de reparo de quebras na fita dupla ocorre no DNA recém-
sin tetizado (Figura 5-45B). Nesse caso, o DNA é reparado usando a
cromátide-irmã como molde. A reação é um exemplo de recombinação
homóloga, considerada mais adiante neste capítulo. A maior parte dos
organismos emprega tanto a ligação de extremidades não homólogas como a
recombinação homóloga para reparar quebras de fita dupla no DNA. A ligação
não homóloga predomina em humanos; a recombinação homóloga so mente é
usada durante e logo após a replicação de DNA (nas fases S e G2 ), quando as
cromátides-irmãs estão disponíveis para servirem como moldes.
 Reparo sujeito a erros

3 – APRESENTAR OS HALLMARKS DO CÂNCER

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