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Paciente Cirúrgico

Prof.: André Aguiar


TEN PM QOS

QOS-PM/2024
Belo Horizonte - MG
CONTEÚDO
EDITAL DRH/CRS Nº 13/2023 QOS-PM/2024
11.9 Assistência de Enfermagem ao Paciente
Cirúrgico.

11.9.1. Cuidados de enfermagem no Pré-


operatório, Trans-operatório e Pós-
operatório.
11.9.2. Principais complicações no Pós-
anestésico e cuidados de enfermagem na
sala de recuperação.
1. (PM-MG/2009) Em relação às fases ou períodos que envolvem o
ato cirúrgico, marque a alternativa CORRETA:

A. ( ) Fase pré-operatória: período de tempo que se estende desde a


internação do paciente para a intervenção cirúrgica até a sua admissão
no Centro Cirúrgico.
B. ( ) Fase pós-operatória: período de tempo que se estende desde o
término da cirurgia até sua admissão na unidade pós anestésica.
C. ( ) Fase intra-operatória: período de tempo que se estende desde a
transferência do paciente para a mesa cirúrgica até sua admissão na
unidade de cuidado pós anestésico .
D. ( ) Período perioperatório: período de tempo que inclui as fases
intraoperatória e pós operatória
Períodos cirúrgicos - Hinkle e Cheever (2020)
Tomada de decisão sobre a intervenção cirúrgica
Período Pré-
Operatório
quando o paciente é transferido para a mesa da sala de cirurgia.

Período Intra- A transferência do paciente para a mesa da sala de cirurgia


Operatório
que ele seja admitido na unidade de cuidados pós-anestésicos.

admissão do paciente na unidade de cuidados pós-anestésicos


Período Pós-
Operatório
depois da avaliação de acompanhamento no ambiente clínico
ou domicilar.
1. (PM-MG/2009) Em relação às fases ou períodos que envolvem o
ato cirúrgico, marque a alternativa CORRETA:

A. ( ) Fase pré-operatória: período de tempo que se estende desde a


internação do paciente para a intervenção cirúrgica até a sua admissão
no Centro Cirúrgico.
B. ( ) Fase pós-operatória: período de tempo que se estende desde o
término da cirurgia até sua admissão na unidade pós anestésica.
C. ( ) Fase intra-operatória: período de tempo que se estende desde a
transferência do paciente para a mesa cirúrgica até sua admissão na
unidade de cuidado pós anestésico.
D. ( ) Período perioperatório: período de tempo que inclui as fases
intraoperatória e pós operatória
Períodos cirúrgicos – SOBECC (2021)
PERIOPERATÓRIO

PRÉ-OPERATÓRIO TRANS-OPERATÓRIO PÓS-OPERATÓRIO

Mediato Imediato Desde o momento que é recebido Imediato Mediato Tardio


no BC até a saída da SO

Desde o 24 antes do Primeiras 24h 24h após o 15 dias Após


INTRA-OPERATÓRIO
momento que o procedimento após o procedimento procediment
paciente recebe a Do início ao término do procedimento até fim do o (até 1 ano)
notícia da cirurgia procedimento Anestésico- acompanhame
até 24h antes do Cirúrgico nto clínico
procedimento
CLASSIFICAÇÕES CIRÚRGICAS
2. Sobre a classificação das cirurgias por potencial de contaminação da incisão cirúrgica, é correto afirmar:

A) Cirurgias Contaminadas são aquelas realizadas em tecidos estéreis ou passíveis de descontaminação, na


ausência de processo infeccioso e inflamatório local ou falhas técnicas grosseiras, cirurgias eletivas com
cicatrização de primeira intenção e sem drenagem aberta.

B) Cirurgias potencialmente contaminadas são todas as intervenções cirúrgicas realizadas em qualquer tecido ou
órgão, em presença de processo infeccioso (supuração local) e/ou tecido necrótico.

C) Cirurgias Limpas são aquelas realizadas em tecidos recentemente traumatizados e abertos, colonizados por
flora bacteriana abundante, cuja descontaminação seja difícil ou impossível, bem como todas aquelas em que
tenham ocorrido falhas técnicas grosseiras, na ausência de supuração local.

D) Cirurgias infectadas ocorrem na presença de inflamação aguda na incisão e cicatrização de segunda intenção,
ou em cirurgias em que não ocorrem penetrações nos tratos digestivo, respiratório ou urinário.

E) Cirurgias Potencialmente Contaminadas são aquelas realizadas em tecidos colonizados por flora microbiana
pouco numerosa ou em tecidos de difícil descontaminação, na ausência de processo infeccioso e inflamatório e
com falhas técnicas discretas no transoperatório.
2. Sobre a classificação das cirurgias por potencial de contaminação da incisão cirúrgica, é correto afirmar:

A) Cirurgias Contaminadas são aquelas realizadas em tecidos estéreis ou passíveis de descontaminação, na


ausência de processo infeccioso e inflamatório local ou falhas técnicas grosseiras, cirurgias eletivas com
cicatrização de primeira intenção e sem drenagem aberta.

B) Cirurgias potencialmente contaminadas são todas as intervenções cirúrgicas realizadas em qualquer tecido ou
órgão, em presença de processo infeccioso (supuração local) e/ou tecido necrótico.

C) Cirurgias Limpas são aquelas realizadas em tecidos recentemente traumatizados e abertos, colonizados por
flora bacteriana abundante, cuja descontaminação seja difícil ou impossível, bem como todas aquelas em que
tenham ocorrido falhas técnicas grosseiras, na ausência de supuração local.

D) Cirurgias infectadas ocorrem na presença de inflamação aguda na incisão e cicatrização de segunda intenção,
ou em cirurgias em que não ocorrem penetrações nos tratos digestivo, respiratório ou urinário.

E) Cirurgias Potencialmente Contaminadas são aquelas realizadas em tecidos colonizados por flora microbiana
pouco numerosa ou em tecidos de difícil descontaminação, na ausência de processo infeccioso e inflamatório e
com falhas técnicas discretas no transoperatório.
Hipotermia
Perioperatoria
HIPOTERMIA
PERIOPERATORIA
• Temperatura central abaixo do normal por falha na termoregulação

• Termogênese - reflexo protetor, ativado quando a temperatura corporal < 35,5°C

• SHIVERING POI

• Coagulopatias, infecção, PA, FC, FR (demanda metabólica), PIC, PIO

• Dor – Causa / Consequência

• Monitorização
HIPOTERMIA
PERIOPERATORIA
Valores de referência:

• 34°C a 36°C – Leve (Reduz FC, FR, PA)


• 28°C a 33°C – Moderada
• < =28°C – Grave (Funções vitais indetectáveis)

• Temperatura pré-operatória do paciente = 36°C


• Na primeira hora após a indução anestésica a T °C cai 0,5° a 1,5°

• Temperatura SO = 21°C
3. (PM-MG /2009) O período imediatamente depois da cirurgia, quando o paciente é levado à
unidade de recuperação pós-anestésica ou unidade de terapia intensiva, pode representar o
momento mais crucial da recuperação anestésica. Considerando os problemas potenciais do
paciente no pós-operatório imediato, marque a alternativa CORRETA:

A ( ) A hipertensão é classificada de acordo com seu grau de gravidade em leve, com pressão
diastólica entre 105 e 120 mmHg, e grave, com pressão diastólica maior que 120 mmHg.
B ( ) A hipertermia maligna é um distúrbio autossômico dominante herdado e raro, não
relacionado a distúrbios da musculatura esquelética.
C. ( ) A hipotensão é definida como uma diminuição de 25% a 30% na pressão arterial sistólica
a partir do valor basal em repouso.
D ( ) A hipotermia está presente quando a temperatura corporal é inferior a 33ºC. A perda
calórica durante a cirurgia ocorre secundariamente ao metabolismo basal aumentado após a
administração de relaxantes musculares.
3. (PM-MG /2009) O período imediatamente depois da cirurgia, quando o paciente é levado à
unidade de recuperação pós-anestésica ou unidade de terapia intensiva, pode representar o
momento mais crucial da recuperação anestésica. Considerando os problemas potenciais do
paciente no pós-operatório imediato, marque a alternativa CORRETA:

A ( ) A hipertensão é classificada de acordo com seu grau de gravidade em leve, com pressão
diastólica entre 105 e 120 mmHg, e grave, com pressão diastólica maior que 120 mmHg.
B ( ) A hipertermia maligna é um distúrbio autossômico dominante herdado e raro, não
relacionado a distúrbios da musculatura esquelética.
C. ( ) A hipotensão é definida como uma diminuição de 25% a 30% na pressão arterial sistólica
a partir do valor basal em repouso.
D ( ) A hipotermia está presente quando a temperatura corporal é inferior a 33ºC. A perda
calórica durante a cirurgia ocorre secundariamente ao metabolismo basal aumentado após a
administração de relaxantes musculares.
TERMORREGULAÇÃO NORMAL
• Termorregulação autonômicas primárias:

Anestesia:

• Prejudica substancialmente o centro


termorregulatório.

• Limiar de vasocontrição e tremor

Cada resposta termorreguladora tem um limiar


4. São considerados fatores de risco para hipotermia perioperatoria,
exceto:

a) Combinação entre anestesia geral e regional


b) Ambiente frio do Bloco Cirurico
c) Temperatura pre-operatoria < 36°C
d) Infusão de SF 0,9% em temperatura ambiente
e) Solução antisséptica e Gases anestésicos
f) Sobrepeso corporal do paciente
4. São considerados fatores de risco para hipotermia perioperatoria,
exceto:

a) Combinação entre anestesia geral e regional


b) Ambiente frio do Bloco Cirurico
c) Temperatura pre-operatoria < 36°C
d) Infusão de SF 0,9% em temperatura ambiente
e) Solução antisséptica e Gases anestésicos
f) Sobrepeso corporal do paciente
Consequências da hipotermia
leve perioperatória

• Coagulopatia é o evento mais bem documentado

• Disfunção da agregação plaquetária – inibe liberação


tromboxano

• Prejudica reações enzimáticas na cascata de coagulação


5. São complicações relacionadas a hipotermia perioperatoria,
exceto:

a) Alteração no metabolismo de fármacos


b) Comprometimento da cicatrização
c) Variações nos níveis séricos de potássio
d) Inibição das reações enzimáticas da cascata de coagulação e
função plaquetária
e) Sangramento e necessidade de transfusão
f) Redução da demanda metabólica
5. São complicações relacionadas a hipotermia perioperatoria,
exceto:

a) Alteração no metabolismo de fármacos


b) Comprometimento da cicatrização
c) Variações nos níveis séricos de potássio
d) Inibição das reações enzimáticas da cascata de coagulação e
função plaquetária
e) Sangramento e necessidade de transfusão
f) Redução da demanda metabólica
Consequências da hipotermia
leve perioperatória
• Injuria miocárdica: aumenta norepinefrina em 700% com 1 · 3°C
vasoconstrição com conseqüente hipertensão e taquicardia

• Sensibilidade térmica das enzimas aumenta o tempo de meia-vida


de diversas drogas.

• Prolonga a recuperação pós cirúrgica.

• Triplica as taxas de ISC e de complicações miocárdicas.


6. Em relação à hipotermia no Peri operatório, é correto afirmar que

a) aumenta a ação trombogênica das plaquetas.


b) a perda de calor ocorre principalmente após duas a três horas da
indução da anestesia.
c) a anestesia epidural reduz o limiar de temperatura que deflagra o
tremor.
d) a perda de calor ocorre principalmente por convecção.
6. Em relação à hipotermia no Peri operatório, é correto afirmar que

a) aumenta a ação trombogênica das plaquetas.


b) a perda de calor ocorre principalmente após duas a três horas
da indução da anestesia.
c) a anestesia epidural reduz o limiar de temperatura que deflagra
o tremor.
d) a perda de calor ocorre principalmente por convecção.
PRATICAS RECOMENDADAS
• Buscar fatores de risco (idade, peso, fármacos, anestesia)
• Pré aquecimento corporal
• Administrar AA IV
• Minimizar exposição e remover campos molhados
• Equipamentos de aquecimento ativo (40°C)
• Infusões aquecidas a 37°C (1L SF = -0,25°C)
• Aporte de O2 no POI
• FC, Ritmo, coloração, Perfusão periférica
• Monitorar a temperatura do paciente durante o perioperatorio
Termometria Central
• Artéria pulmonar

• Vantagem: Aferição confiável (padrão ouro)


• Desvantagem: Invasivo (necessidade clínica)
Termometria Central
• Esôfago

• Vantagem: Desempenho, economia, segurança


• Desvantagem: Erros de posicionamento
Termometria Central
• Tímpano

• Vantagem: Menos invasivo com temperatura central


• Desvantagem: Temperatura da sala pode interferir
7. Em relação a monitorização de temperatura no intraoperatorio,
marque a incorreta.

a) A temperatura timpânica apresenta vantagens, pois além de ser


não invasiva, pode refletir uma temperatura próxima da
considerada central
b) Temperatura central reflete a temperatura do suplemento
sanguíneo da artéria carótida
c) O Termômetro esofágico oferece excelente desempenho, mas a
localização no terço distal do esôfago pode resultar em medidas
inadequadas de temperatura
d) A aferição central de membrana timpânica é obtida através de
termômetro timpânico por infravermelho
7. Em relação a monitorização de temperatura no intraoperatorio,
marque a incorreta.

a) A temperatura timpânica apresenta vantagens, pois além de ser


não invasiva, pode refletir uma temperatura próxima da
considerada central
b) Temperatura central reflete a temperatura do suplemento
sanguíneo da artéria carótida
c) O Termômetro esofágico oferece excelente desempenho, mas a
localização no terço distal do esôfago pode resultar em medidas
inadequadas de temperatura
d) A aferição central de membrana timpânica é obtida através de
termômetro timpânico por infravermelho
Considerações

• Tanto a anestesia geral e do neuroeixo prejudicam grandemente o controle


de termorregulação.

• Ensaios clínicos randomizados mostram que a hipotermia, mesmo leve


provoca numerosas complicações graves.

• A temperatura central deve ser monitorizada durante o uso de anestésicos


gerais se a cirurgia se prolongar por mais de 30 minutos.

• Os pacientes cirúrgicos devem ser mantidos em normotermia.

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