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COORDENADORIA DE EDUCAÇÃO ESPECIAL

GOVERNO DO ESTADO DE MATO GROSSO


SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO – SEDUC
SECRETARIA ADJUNTA DE GESTÃO EDUCACIONAL – SAGE
SUPERINTENDÊNCIA DE EDUCAÇÃO BÁSICA – SUEB
SUPERINTENDÊNCIA DE DIVERSIDADES – SUDI
COORDENADORIA DE EDUCAÇÃO ESPECIAL
GOVERNO DO ESTADO DE MATO GROSSO
SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO DE MATO GROSSO

Mauro Mendes
Governador do Estado de Mato Grosso

Otaviano Pivetta
Vice-governador do Estado de Mato Grosso

Alan Resende Porto


Secretário de Estado de Educação

Amauri Monge Fernandes


Secretário Adjunto Executivo

Mozara Zasso Spencer Guerreiro


Secretária Adjunta de Gestão Educacional
3

Lucia Aparecida dos Santos


Superintendente de Educação Especial

Thais Laura de França Luchesi Crestani


Coordenadora de Educação Especial
GOVERNO DO ESTADO DE MATO GROSSO
SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO DE MATO GROSSO

Antônio Sérgio Salgado de Albuquerque

Aparecida Regina Pereira de Faria

Criseida Rowena Zambotto de Lima

Elaine Cristina da Silva

Glaucia Eunice Gonçalves da Silva

3
Juliana Caroline de Almeida Gondim

Leonil Campos Sobrinho

Maurício Manoel dos Santos

Thais Laura de França Luchesi Crestani

Valéria Melli Arisi

Coordenadoria de Educação Especial


COORDENADORIA DE EDUCAÇÃO ESPECIAL

A educação é um direito humano inalienável, irrenunciável e inviolável. Ela não


apenas se caracteriza como um direito da pessoa, mas fundamentalmente é seu
elemento constitutivo, cabendo ao Governo do Estado de Mato Grosso, por meio da
Secretaria de Estado de Educação, o fomento de práticas pedagógicas que garantam
o acesso, a permanência, o desenvolvimento e
o sucesso escolar.

Nessa perspectiva propõe-se uma educação baseada em direitos humanos, em


que os princípios de igualdade de oportunidade e valorização das diferenças são
combinados para que todos os estudantes possam estar incluídos no sistema
educacional comum, aprendendo e participando, sem qualquer tipo de discriminação.

Para tanto, o direito de acesso à escola deve estar garantido, inclusive com
consideração às diferenças e singularidades dos estudantes no processo de
desenvolvimento e escolarização.

Cabe à Seduc/MT a oferta de orientações técnico-pedagógicas, formações


continuadas e disponibilização dos serviços necessários à permanência dos
estudantes, e à escola uma ação pedagógica que contemple as necessidades e
considere os ritmos de aprendizagem, propiciando
o desenvolvimento humano e a construção de conhecimentos escolares.
Nesse contexto, a Educação Especial na perspectiva da Educação Inclusiva
entende como
oportuna a construção de um espaço reflexivo, de modo a dar visibilidade ao trabalho
com as diferenças, valorizando a diversidade, sustentada em princípios éticos,
políticos e estéticos, traçados pela BNCC e DRC/MT, avançando de forma
sistemática na direção da construção de uma sociedade justa, democrática e
inclusiva.
É necessário identificar na escola, o mais cedo possível, cada estudante que
demanda serviços e recursos da Educação Especial, por meio de processos
avaliativos que apontem com precisão as barreiras que possam obstruir a inclusão
escolar e o desenvolvimento humano do estudante. Essas avaliações são recursos
necessários para criar estratégias que visem à eliminação ou minimização de
barreiras à aprendizagem, ao desenvolvimento e à participação do estudante,
possibilitando medidas preventivas com objetivo de garantir igualdade nas condições
de acesso, permanência e aprendizado ao longo da vida.
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Nesse sentido, precisamos que cada professor que atenda a estudantes com deficiência,
transtornos do espectro autista, altas habilidades/superdotação planeje suas aulas considerando o
currículo, a diversidade, a organização curricular, práticas e estratégias que contemplem todos que
estejam matriculados na turma.
Para além do desenvolvimento do currículo na sala de aula regular, com vista ao
atendimento das diversidades, os estudantes público-alvo da Educação Especial têm o direito ao
Atendimento Educacional Especializado (AEE), de forma complementar ou suplementar no
contraturno, cuja função é identificar, elaborar e organizar recursos pedagógicos e de
acessibilidade que eliminem as barreiras para a plena participação dos estudantes, considerando
suas necessidades específicas. O AEE é um direito garantido pela Constituição Federal,
necessário ao processo inclusivo de todos os estudantes, por isso, a unidade precisa se organizar
para realizar a oferta desse serviço.
As atividades desenvolvidas no AEE diferenciam-se daquelas realizadas na sala de aula
comum, não sendo substitutivas à escolarização. Esse atendimento complementa e/ou
suplementa a formação dos estudantes com vistas à autonomia e independência e,
principalmente, à eliminação das barreiras que impedem a inclusão do estudante no processo
escolar.
Sendo uma modalidade transversal da Educação Básica, a Educação Especial deve
constituir-se como parte integrante da educação regular, visando favorecer o processo de
escolarização dos estudantes com deficiência, com transtorno do espectro autista e com altas
habilidades ou superdotação.
Assim sendo, a Coordenadoria de Educação Especial apresenta este orientativo posicionando-
se sobre a oferta dos serviços dessa modalidade, com o compromisso de subsidiar as escolas da
rede estadual na edificação de um sistema público de ensino inclusivo.

1.1PÚBLICO-ALVO DA EDUCAÇÃO ESPECIAL (PAEDE)


Conforme a Lei de Diretrizes e Bases da Educação (1996), são considerados público-alvo da
Educação Especial (Paede) os estudantes com deficiência, transtornos do espectro autista (TEA)
e altas habilidades ou superdotação. Cabe ao Poder Público a garantia de matrícula, a
disponibilização de recursos e serviços de atendimento educacional especializado próprios da
educação especial, o fomento da igualdade de condições para acesso, permanência e
aprendizagem de todos os estudantes, atendendo a demandas e peculiaridades desse público
considerando, ainda, que toda intervenção pedagógica contribui para a aprendizagem
significativa e para o desenvolvimento integral dos educandos, , seja por meio do currículo formal,
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seja por meio de atividades específicas da educação especial.
Embora reconheçamos as necessidades educativas especiais dos estudantes
com
Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH), Transtornos de Aprendizagem
(dislexia, disgrafia, discalculia, entre outros), Transtorno do Processamento Auditivo Central
(TPAC) e com dificuldades acentuadas de aprendizagem, essas identidades não compõem o
público- alvo da educação especial. Portanto, não gozam dos direitos específicos desse
público. Cabe informar ainda que doenças e transtornos mentais (esquizofrenia, depressão,
síndrome do pânico, transtorno obsessivo-compulsivo, paranoia, entre outros) também não
compõem o público-alvo da educação Especial. Esse público, quando não apresentarem
associadas as condições que caracterizam o público-alvo da educação especial, é atendido
por meio de outras ações da Superintendência de Educação Básica (Sueb).
Há situações em que os estudantes apresentam características identitárias associadas,
como, por exemplo, Autismo e TDAH, deficiência intelectual e transtornos de aprendizagem,
doença mental com alienação das faculdades mentais, entre outras. Nesses casos, a pessoa é
considerada público-alvo da Educação Especial. O professor de AEE dispõe de conhecimentos
específicos para aplicação dos procedimentos necessários ao reconhecimento desse público,
elaboração de plano de atendimento e avaliações. Caso a escola tenha dificuldade para aplicar
os procedimentos de identificação das características do público-alvo da Educação Especial,
deverá solicitar auxílio à equipe especializada do Centro de Apoio e Suporte à Inclusão da
Educação Especial do Estado de Mato Grosso (CASIES).
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humanos específicos para atuarem na sala de aula. Existem também aqueles que exigem do professor
regente flexibilizações no currículo, adequando as práticas pedagógicas desenvolvidas em sala de aula ao
nível de aprendizagem e habilidades desenvolvidas pelos alunos, sem recursos humanos específicos.
Existem, ainda, os alunos que além de flexibilização curricular realizada pelo professor regente, necessitam
de serviços de cuidados relativos à alimentação, locomoção e higiene, bem como auxílio para minimizar
prejuízos em comportamentos que regulam a comunicação e a interação social. Essas ações não requerem
atuação pedagógica, são ligadas aos cuidados básicos e essenciais à pessoa com deficiência ou TEA no
exercício de suas atividades diárias, desde que excluídas as técnicas ou os procedimentos identificados
com profissões legalmente estabelecidas. Nesse caso, o profissional designado para o exercício dessa
função é o assistente da educação especial (cuidador educacional).
Compõem o rol de profissionais da Educação Especial nas escolas da rede:
● Professor regente da sala comum
● Professor de AEE/SRM
● Professor de apoio pedagógico especializado
● Profissional assistente da educação especial (cuidador educacional)
● Tradutor/Intérprete de Libras
● Professor/TAE surdo de Libras

Professor regente da sala comum


O professor regente desenvolve sua prática pedagógica comum a todos os estudantes, incluídos
nesse processo o público-alvo da Educação Especial. Portanto, deve acreditar na
potencialidade de todos, utilizar métodos e estratégias para que consigam aprender,
independentemente de suas características e especificidades. É um trabalho que ao mesmo
tempo em que é comum a todos estudantes, pode estabelecer objetivos individuais de acordo com as
habilidades e potencialidades de cada um. O professor regente precisa se sentir
copartícipe da execução da política de inclusão e comprometido com a modalidade de Educação Especial
no ensino regular. Para isto, “é fundamental que o professor nutra uma elevada 21
expectativa em relação à capacidade de progredir dos alunos e que não desista nunca de buscar meios para
ajudá-los a vencer os obstáculos escolares” (MANTOAN, 2006, p. 48).
É essencial que o professor regente, no início do ano letivo identifique os estudantes de sua turma.
Ao ser informado acerca da condição/característica do estudante público-alvo da
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educação especial matriculado na sala comum, precisa avaliar se ele segue ou não o fluxo da turma, posto
que há deficiências que não interferem do desempenho das atividades acadêmicas. Para os estudantes que
seguem o fluxo de aprendizagem serão necessárias adaptações, acomodações por meio de serviços e
recursos que garantam a eliminação de barreiras, tais como a solicitação de intérprete de libras, ampliação
de fonte, adaptação em braille, dentre outras. Porém, no caso de estudantes que não sigam o fluxo de
aprendizagem haverá a necessidade de elaboração de um Plano Educacional Individualizado, considerando
os objetos de conhecimento da área de conhecimento que serão ensinados a turma, bem como as
adaptaçõesnecessárias ao acesso aos conteúdos e habilidades, com redefinição de níveis e critérios de
avaliação, considerando o que estudante já sabe e o que precisa aprender dadas as suas especificidades.
São atribuições específicas do professor regente ao que se refere à inclusão do público- alvo da
Educação Especial:
✔ Tomar conhecimento quanto à matrícula de estudantes público-alvo da Educação Especial
nas turmas em que atua;
✔ Elaborar durante o planejamento anual as adequações curriculares necessárias ao
desenvolvimento das habilidades a partir das condições e especificidades dos estudantes com deficiência,
transtornos globais de desenvolvimento (TEA) e altas habilidades/superdotação;
✔ Desenvolver na sua disciplina o Plano Educacional Individualizado (PEI) para os estudantes que
não seguem o fluxo de desenvolvimento da turma;
✔ Planejar e organizar atividades flexibilizadas e adaptadas, atendendo às especificidades dos
estudantes, conectando-se ao contexto geral da aula;
✔ Orientar o trabalho pedagógico a ser realizado pelo professor de apoio pedagógico especializado;
✔ Dialogar com o professor da SRM a fim de buscar informações, elaborar planos, atividades,
conhecer os recursos pedagógicos disponíveis para os estudantes público-alvo da Educação Especial;
✔ Realizar avaliação processual para analisar o desenvolvimento do estudante e monitoramento do
planejamento educacional individualizado;
✔ Desenvolver trabalho colaborativo com professor de apoio pedagógico especializado e professor
de AEE/SRM
Atendimento Educacional Especializado – AEE em Sala de 8
Recursos Multifuncional

O Art. 1º do Decreto nº 6571/2008, a Resolução CNE/CEB nº 004/2009, e a Resolução


001/2012 do CEE/MT estabelecem que os sistemas de ensino devem matricular os
estudantes público-alvo da educação especial nas classes comuns do ensino regular e no
atendimento educacional especializado, ofertado em salas de recursos multifuncionais. O
ato normativo citado define o público-alvo do Atendimento educacional Especializado - AEE
como:

I. Estudantes com deficiência: aqueles que têm impedimentos de longo prazo de


natureza física, intelectual, mental ou sensorial;

II. Estudantes com transtorno do espectro autista: aqueles que apresentam um quadro de
alterações no desenvolvimento neuropsicomotor, comprometimento nas relações sociais, na
comunicação ou estereotipias motoras. Incluem-se nessa definição alunos com autismo;

III. Estudantes com altas habilidades/superdotação: aqueles que apresentam um potencial


elevado e grande envolvimento com as áreas de conhecimento humano, isoladas ou
combinadas: intelectual, liderança, psicomotora, artes e criatividade.

Conforme anexo da Educação Especial, Portaria nº 726/2022/GS/SEDUC/MT, para


condução do trabalho pedagógico na Sala de Recursos Multifuncionais, o professor deverá ter
curso de graduação e pós-graduação que o habilite a atuar na Educação Especial. A função desse
profissional é identificar barreiras no processo de ensino-aprendizagem e garantir o plenoacesso,
participação e aprendizagem do público-alvo da educação especial na escola, por meiode ações
pedagógicas e de articulação entre escola, família e saúde. O AEE é um serviço desenvolvido
por um professor com pós-gradução na área da educação especial, capaz de identificar, elaborar
e organizar recursos pedagógicos e de acessibilidade com foco na eliminação das barreiras para
a plena participação dos estudantes. O trabalho do professor de AEE não pode se resumir ao
atendimento ao estudante, é necessário estar atento a todo contexto de inclusão, inclusive
estabelecendo o trabalho colaborativo com todos os profissionais da escola, com ênfase nos
professores da sala regular.
O atendimento a esse público será realizado em conformidade com o disposto no art. 5º
da Resolução CNE/CEB nº 004/2009 e no art. 6º da Resolução 001/2012 do CEE/MT que
estabelecem que o AEE deve acontecer, prioritariamente, na sala de recursos multifuncionais
da própria escola ou de outra escola, no contraturno da escolarização, não sendo substitutivo9às
classes comuns. Quando o quantitativo mínimo de estudantes com deficiência não for suficiente
para abertura de turma, a unidade escolar entrará em contato com a escola mais próxima
ondeo serviço esteja autorizado e ativo.
Importa informar que o laudo médico1 não é critério a ser considerado como obrigatório
para acesso dos estudantes à Sala de Recurso Multifuncional (Atendimento Educacional
Especializado), sendo suficiente a AVALIAÇÃO PEDAGÓGICA, com Plano de Atendimento
Educacional Especializado ou Plano Educacional Individualizado, que é o único critério de
acesso ao serviço de Sala de Recursos Multifuncional, e deverá ser realizada pelo Professor com
lotação atribuída para esse espaço, pelo professor do ensino regular e pelo coordenador
pedagógico da unidade escolar, com a colaboração da família. Vale ressaltar que estudantes
considerados foco de atendimento no AEE já foram descritos anteriormente neste documento e
que alunos que não se enquadrem nos critérios, por mais que apresentem desafios de
aprendizagem/dificuldade, não são elegíveis para o Atendimento Educacional Especializado.
O atendimento educacional especializado deve integrar a proposta pedagógica da escola,
envolver a participação da família para garantir pleno acesso e participação dos estudantes,
atender às necessidades específicas das pessoas público-alvo da educação especial, e ser
realizado em articulação com as demais políticas públicas

O Professor da Sala de Recursos Multifuncional terá as seguintes atribuições:

I. - Articular com gestores e professores a elaboração do PPP, numa perspectiva inclusiva,


na qual a escola deve prever a oferta dos serviços da educação especial em cumprimento ao
que determina a Lei Federal nº 10. 172/2001 que assegura aos estudantes com deficiência a
acessibilidade e a permanência na escola;
II. - Identificar, elaborar, e organizar recursos pedagógicos e de acessibilidade que
eliminem as barreiras para a plena participação dos alunos, considerando suas necessidades
específicas (SEESP/MEC, 2008);
III. - Produzir, bem como orientar a produção de materiais, tais como textos transcritos,
materiais didático-pedagógicos adequados, textos ampliados, gravados, como também poderá
indicar a utilização de softwares e outros recursos tecnológicos disponíveis (MEC/SEESP,
2010);

IV. - Elaborar e executar o Plano do Atendimento Educacional Especializado – AEE,


conforme a necessidade e a especificidade de cada estudante, avaliando a funcionalidade e a
aplicabilidade dos recursos educacionais e de acessibilidade, apontando mecanismos para

1 Nota técnica nº 04 / 2014 / MEC / Secadi / DPEE de 23 de janeiro de 2014.


eliminação ou minimização das barreiras à inclusão; 10

V. - Orientar a elaboração do Planejamento Educacional Individualizado (PEI) pelo(s)


professor (es) regente(s) e acompanhar a execução do planejamento junto aos estudantes.
VI. - Acompanhar a funcionalidade e a aplicabilidade dos recursos pedagógicos e de
acessibilidade na sala de aula comum do ensino regular, bem como em outros ambientes da
escola (MEC/ SEESP, 2009);
VII. - Ensinar e usar recursos de Tecnologia Assistiva, tais como: as tecnologias da
informação e comunicação, a comunicação alternativa e aumentativa, a informática acessível,
os recursos ópticos e não ópticos, os softwares específicos, os códigos e linguagens, as
atividades de orientação e mobilidade (MEC/SEESP, 2009);
VIII. - Estabelecer canal de diálogo permanente com os professores da sala de aula comum,
visando a disponibilização dos serviços, dos recursos pedagógicos e de acessibilidade e das
estratégias que promovem a participação dos estudantes nas atividades escolares;
IX. - Orientar os demais professores e as famílias sobre os recursos pedagógicos e quanto à
acessibilidade aos espaços utilizáveis pelo estudante;
X. - Orientar as famílias para o seu envolvimento e participação no processo educativo;

XI. - Indicar e orientar o uso de equipamentos específicos e de outros recursos existentes no


contexto familiar e na comunidade;
XII. - Articular, juntamente com a Equipe Gestora, ações sincronizadas com a Saúde,
Assistência Social, Esporte, Cultura e demais segmentos, sem perder o foco do AEE, na medida
em que a participação de outros atores amplia o caráter interdisciplinar do serviço.
XIII. - Manter atualizados os Planos de aula e caderno de campo contendo:

a) Orientações/procedimentos, competências/habilidades e aspectos a serem


trabalhados com cada estudante;
b) Fazer registro de todas as intervenções pedagógicas realizadas com os estudantes, isto
facilitará a elaboração do portfólio no sistema SIGEDUCA;

XIV. - Colaborar, juntamente com os outros profissionais da unidade escolar, para que as
demandas da Educação Especial sejam incorporadas ao PPP da escola.
XV. - Organizar, em conjunto com o Coordenador Pedagógico, o cronograma de atendimento
dos estudantes, de forma que a carga horária de atendimento seja no mínimo 04 (quatro) horas
semanais, considerando o número de estudantes de cada turma e a complexidade da deficiência
de cada um.
XVI. - Elaborar o planejamento conforme a deficiência que os estudantes apresentam de
forma colaborativa com o professor do Ensino Regular que atenda o estudante para definição
de estratégias pedagógicas que favoreçam o acesso do estudante público-alvo da educação
especial ao currículo e sua interação e inclusão no processo ensino aprendizagem;
XVII.- Efetivar a interlocução (visita in lócus) com os professores do Ensino Regular em que o
estudante esteja incluído, conforme cronograma de atendimento, numa periodicidade, no
mínimo quinzenal.
XVIII 11
- Realizar avaliação diagnóstica inicial e final, descrevendo o processo
mediante o qual o estudante constrói seus conhecimentos, habilidades, atitudes, valores,
analisando a inter-relação biopsicossocial com o contexto escolar e familiar.
O desempenho das atribuições do professor de Sala de Recursos Multifuncionais será
acompanhado pelo coordenador pedagógico.

Nesse cenário, os profissionais envolvidos no desenvolvimento educacional do estudante


devem se manifestar através de pareceres pedagógicos que justifiquem a necessidade do
profissional de apoio. Essa necessidade deve constar no Plano de Desenvolvimento
Individualizado (PDI), que compõe o Plano de AEE, bem como a descrição de todas as barreiras
que obliteram o amplo desenvolvimento escolar do estudante. A contratação do profissional de
apoio se justifica quando a necessidade específica do estudante público-alvo da Educação
Especial não for atendida no contexto geral dos cuidados disponibilizados aos demais
estudantes. Em caso de estudante que requer um profissional que o acompanhe, cabe à escola
favorecer o desenvolvimento dos processos pessoais e sociais para a autonomia, até o ponto de
que o estudante possa alcançar independência e poder haver a possibilidade de se avaliar junto
à família a gradativa retirada desse profissional. A disponibilidade ou contratação do
profissional de apoio, na função de assistente da educação especial ou de professor de apoio
pedagógico especializado, está condicionada à análise da DRE e da Coordenadoria da Educação
Especial/SUDI, podendo o profissional auxiliar mais de um estudante por turma, bem como
mais de uma turma por turno, dada as situações individuais e contextuais das escolas.

Professor de apoio pedagógico especializado


O professor de apoio pedagógico especializado é um agente mediador do
desenvolvimento e aprendizado do aluno com deficiência ou transtorno do espectro autista,
configura-se em um profissional que presta atendimento educacional pedagógico e também
cuidados ligados à higiene, saúde e locomoção ao aluno que necessita de auxílio e mediação
em tempo integral. Esse professor de apoio irá contribuir com o professor regente, com
professor de AEE/SRM e com a equipe técnico-pedagógica na inclusão desses alunos. No
contexto escolar, o professor de apoio pedagógico especializado será o mediador entre o
estudante e todas relações vivenciadas, intermediando as questões sociais e de comportamento,
na comunicação e linguagem, nas atividades e/ou brincadeiras escolares, e nas atividades
dirigidas e/ou pedagógicas. Caberá ao professor de apoio pedagógico especializado contribuir
na execução do planejamento, atuando no desenvolvimento das ações pedagógicas a partir das
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adaptações e flexibilizações propostas pelo professor regente. O professor de apoio pedagógico
especializado atuará em diferentes ambientes escolares, tais como na sala de aula, nas
dependências da escola, no pátio e nos passeios escolares cujos objetivos sejam de caráter social
e pedagógico. Também auxiliará nos hábitos de higiene, locomoção e alimentação promovendo
independência e autonomia no decorrer da rotina (MOUSINHO, 2010)

A disponibilização de professor de apoio pedagógico especializado ou assistente da


educação especial não será cumulativa para o mesmo estudante. São de responsabilidade do
professor de apoio a execução das atividades com o estudante, a mediação junto à manifestação
das estereotipias, a ação pedagógica necessária à realização das avaliações, a
preparação/elaboração de materiais específicos solicitados pelo professor regente, o
desenvolvimento de técnicas de comunicação, a criação de rotina, o uso de recursos de
tecnologia assistiva dentro da sala de aula, entre outras atividades ligadas à alimentação, higiene
e locomoção. Para exercer a função de professor de apoio pedagógico especializado, o
profissional deverá apresentar formação em nível superior em Pedagogia com Pós-graduação
(Doutorado, Mestrado ou Especialização) com pesquisa ou estudos voltados para Educação
Especial e/ou público-alvo da Educação Especial.

O trabalho do professor de apoio pedagógico especializado é construído a partir do Plano


de AEE e do planejamento educacional individualizado (PEI) realizado pelo professor regente.
Os dois documentos podem receber sugestões, proposições e intervenções desse professor,
porém sua elaboração não é de sua responsabilidade.

Para exercer a função de professor de apoio pedagógico especializado, o profissional


deverá apresentar formação em nível superior em Pedagogia com Pós-graduação (Doutorado,
Mestrado ou Especialização) com pesquisa ou estudos voltados para Educação Especial e/ou
público-alvo da Educação Especial.

São atribuições do professor de apoio pedagógico especializado:

✔ Articular, planejar e organizar, em conjunto com o professor regente e com assessoria


do professor do AEE, flexibilizações curriculares e procedimentos metodológicos
diferenciados, que atendam às necessidades específicas de cada estudante;
✔ Participar com o(s) professor(es) regente(s) das orientações prestadas pelo professor
do Atendimento Educacional Especializado e pelos profissionais que atuam no atendimento
especializado de caráter reabilitatório e ou habilitatório;
✔ Identificar e registrar possíveis barreiras ou impeditivos à plena participação e
aprendizagem, bem como propor meios para a sua eliminação; 13

✔ Acompanhar e avaliar o uso e a aplicabilidade dos recursos pedagógicos e de


acessibilidade utilizados pelo estudante;
✔ Zelar pelos recursos e materiais utilizados pelo estudante;

✔ Propor estratégias e viabilizar condições para o desenvolvimento da autonomia e


independência do estudante;

✔ Adequar as ações pedagógicas respeitando a faixa etária, ano, etapa e/ou modalidade
de ensino que o estudante frequenta;

✔ Acompanhar o estudante em todas as disciplinas e nas atividades extraclasses


promovidas pela escola;
✔ Promover registros diários sobre a performance escolar do estudante;

✔ Elaborar o relatório descritivo do(s) estudante(s) frente as atividades propostas pelo


professor regente;

✔ Participar do conselho de classe, reuniões pedagógicas e demais atividades propostas


pela unidade escolar, DRE e Seduc.
✔ Acompanhar o período de intervalo, o uso do banheiro, a higienização, a alimentação,
a segurança e a mobilidade dos estudantes durante todo o período que o mesmo estiver na escola
e nas atividades extraclasses promovidas pela escola.

Professor/TAE - Intérprete De Língua Brasileira de Sinais –Libras

Nas unidades escolares que têm estudantes surdos inclusos nas turmas regulares poderá
ser garantido o intérprete de libras, comprovada a necessidade do estudante, analisada pela
Coordenadoria de Educação Especial e desde que tenha disponibilidade deste profissional no
município.
O profissional Intérprete é aquele que tem a fluência na Língua Brasileira de Sinais
(LIBRAS) e na Língua Portuguesa, capaz de fazer interpretação simultânea e consecutiva da
LIBRAS para a Língua Portuguesa ou vice-versa.
As unidades educacionais comuns que tenham estudantes surdos matriculados terão
direito a profissionais Tradutores e Intérpretes de Língua Brasileira de Sinais (Libras) e a
Instrutores ou Professores Surdos.

a) Ao Tradutor e Intérprete de Língua Brasileira de Sinais e ao Instrutor Surdo ou


Professor Surdo, prioritariamente efetivo e/ou contratado temporário, será atribuída jornada de
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30 (trinta) horas semanais, ou seja, 20 (vinte) horas aulas em sala de aula e 10 (dez) para horas-
atividades.

b) Na falta de Intérprete de Língua Brasileira de Sinais para atender à demanda da


unidade educacional, excepcionalmente poderá, através da anuência da Assessoria Pedagógica
e SUDI/ Coordenadoria de Educação Especial, em sendo professor, a atribuição de uma jornada
excedente de até 20 (vinte) horas aulas semanais.

O Tradutor e Intérprete da Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS) terá as


seguintes atribuições:

I - Efetuar comunicação entre surdos e ouvintes, surdos e surdos, por meio da


Língua Brasileira de Sinais - Libras para a língua oral e vice-versa;
II. - Propor atividades educacionais no âmbito específico de sua atuação;
III. - Participar da elaboração do Projeto Político-Pedagógico;
IV. - Conhecer o planejamento de aulas dos professores;
V. - Pesquisar sinais e preparar a tradução e interpretação das aulas, de acordo com os
temas trabalhados pelo professor em cada aula;
VI - Traduzir e interpretar a linguagem, quando solicitado, em reuniões pedagógicas,
reuniões de professores, Conselhos de Classe, em reuniões com pais, atos cívicos escolares,
datas comemorativas, Assembleias Gerais e em outros eventos quando houver a presença da
pessoa surda;
VII. - Traduzir e interpretar anúncios públicos e informativos internos de interesse da escola;
VIII. - Participar de reunião de trabalho;
IX. - Buscar formação continuada que priorize a pesquisa científica de forma a promover
reflexões e produções na área de atuação do profissional Tradutor e Intérprete da Língua
Brasileira de Sinais- Libras;
X. - Planejar, com antecedência, a tradução e interpretação de vídeos, músicas, mapas,
fórmulas, gráficos, tabelas, imagens, fotos trabalhadas nas aulas;
XI. - Traduzir e interpretar todas as aulas ministradas em sala de aula ou em outros espaços
extraclasse;
XII. - Traduzir e interpretar todos os instrumentos de avaliação, se o estudante surdo assim o
desejar;
XIII. - Gravar instrumentos de avaliação em vídeo/libras quando essa for a opção do
estudante surdo;
XIV. - Realizar todas as atividades de sua responsabilidade dentro da ética que a profissão
exige;
XV. - Interagir com os estudantes em sala de aula, sem interferir na autonomia do professor
regente;
XVI. - Traduzir e interpretar comportando-se sem preconceito de origem, raça, credo
religioso, idade, sexo ou orientação sexual ou gênero, de forma imparcial e fiel ao conteúdo.
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Ao Profissional Tradutor e Intérprete de Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS) não deve
ser delegada a responsabilidade de elaborar planejamento de conteúdos ao (s) estudante (s) com
deficiência auditiva e/ou surdez, sendo esta uma atividade exclusiva do professor regente.

Professor/Instrutor Surdo

Nas unidades escolares que têm estudantes surdos inclusos nas turmas regulares, poderá
ser garantido o apoio do profissional instrutor surdo ou professor surdo, comprovada a
demanda, analisada pela Coordenadoria de Educação Especial e a disponibilidade deste
profissional no município.

O Professor/Instrutor Surdo terá as seguintes atribuições:

I - Desenvolver cursos para toda a comunidade educacional, a saber:


a) Curso de libras, no contraturno, para estudantes surdos, não coincidindo com os
atendimentos da Sala de Recursos Multifuncional;
b) Curso de libras para familiares de estudantes surdos;
c) Curso de libras para profissionais da escola;
d) Curso de libras para a comunidade.

II. - Contribuir com o professor da Sala Recursos Multifuncional e com os professores das
salas comuns nos momentos de planejamento;
III. - Contribuir para a inclusão dos alunos com surdez na rede regular de ensino;
IV. - Incentivar o contato do(s) aluno(s) surdo(s) com a Comunidade Surda.

Professor de Classe Hospitalar

A classe hospitalar é caracterizada pelo atendimento pedagógico-educacional que ocorre


em ambiente de tratamento de saúde por ocasião de internação que requeiram a permanência
ou frequência do paciente na Unidade Hospitalar. Para atendimento hospitalar, observa-se o
tempo de internação ou a frequência de atendimento e as dificuldades em acompanhar as
atividades curriculares por condições de limitações específicas de saúde.
Esse serviço tem por objetivo propiciar o acompanhamento curricular do estudante
16
quando este estiver hospitalizado, garantindo a manutenção do vínculo com as escolas, por meio
de um currículo flexibilizado. Estudantes que, por problemas de saúde, estiverem
impossibilitados de frequentar a escola poderão ser atendidos pelo Serviço de Classe Hospitalar,
visando a continuidade do processo de ensino aprendizagem.
Será realizado por um técnico da Coordenadoria de Educação Especial o levantamento da
demanda da Classe Hospitalar em quatro (04) unidades de atendimento da capital, considerando
nome, idade, ano/ciclo, escola e município, para a disponibilização da função;
A Classe Hospitalar será ofertada para o estudante a partir de 06 (seis) anos devidamente
matriculados na rede estadual de ensino que se encontra em tratamento de saúde.
A lotação do professor será feita na EEEE Livre Aprender (Cuiabá) com jornada de 30h,
sendo 20 horas com estudantes e 10 horas atividade na referida unidade escolar
No decorrer do ano letivo, na falta da demanda em uma instituição, esse profissional
poderá ser direcionado para outra instituição e/ou na falta da demanda, se servidor efetivo
retornará à vaga de origem, se profissional com contrato temporário será rescindido o contrato.

O professor de Classe hospitalar terá as seguintes atribuições:


I.- Estar apto para trabalhar com a diversidade humana e diferentes vivências culturais,
identificando as necessidades educacionais especiais dos educandos impedidos de frequentar a
escola, definindo e implantando estratégias curriculares de flexibilização e adaptação.
II.- Propiciar a continuidade do processo de ensino-aprendizagem considerando o planejamento
do professor regente e os componentes curriculares de cada etapa de ensino, articulando e
mantendo interlocução constante para que haja contribuição significativa ao retorno das
atividades no ambiente escolar.
III.- Registrar as atividades desenvolvidas com os estudantes da classe hospitalar no portfólio,
com o acompanhamento da Coordenadoria de Educação Especial e da EEEE Livre Aprender
(escola vinculadora), podendo ainda esse registro ser acompanhado pela escola de origem do
estudante.
IV.- Identificar, elaborar, e organizar recursos pedagógicos que garantam a continuidade de
construção de conhecimentos articulados ao contexto da escola de origem;
V.- Produzir materiais didático-pedagógicos adequados às condições e necessidades educativas
dos estudantes;
VI.- Orientar a família para o seu envolvimento e participação no processo educativo;

VIII - Manter atualizados os planos de aula e caderno de campo contendo:

a) Orientações/procedimentos, competências/habilidades e aspectos a serem trabalhados com


cada aluno;
17
b) Registros de todas as intervenções pedagógicas realizadas com os alunos, pois isto facilitará
a elaboração do portfólio;
IX.- Organizar o cronograma de atendimento, considerando o número de alunos e a
complexidade de cada um.
X.- Elaborar o planejamento, conforme os saberes e necessidades educativas de forma
colaborativa com o professor da escola regular de origem, que atenda o aluno para definição de
estratégias pedagógicas que favoreçam o retorno do mesmo à escola após o reestabelecimento
da saúde;
XI.- Garantir a interlocução com os professores da escola em que o estudante esteja
matriculado;
XII.- Realizar avaliação diagnóstica inicial e final, descrevendo o processo de construção de
conhecimentos pelos estudantes.

Professor em Atendimento Domiciliar

No Atendimento Domiciliar, o professor atende a estudantes que, por avaliação médica,


estejam impedidos de frequentar a escola por período superior 90 (noventa) dias e que
permanecem em ambiente domiciliar.
A lotação do professor será feita na EEEE Livre Aprender (Cuiabá), demais municípios na
escola de origem do estudante, com jornada de 30h, sendo 20 horas com estudantes e 10 horas-
atividade na referida unidade escolar.

O professor em atendimento domiciliar terá as seguintes atribuições:

I.Estar apto para trabalhar com a diversidade humana e diferentes vivências culturais,
identificando as necessidades educacionais especiais dos educandos impedidos de frequentar
a escola, definindo e implantando estratégias de flexibilização e adaptação curriculares.
II.Propiciar continuidade ao processo de desenvolvimento e de aprendizagem de discentes
impossibilitados da regular frequência às salas de aula, considerando o planejamento dos
conteúdos, a articulação e interlocução deste atendimento com o professor regente de sala
de aula a qual o estudante está matriculado, com intuito de contribuir sobremaneira para o
seu retorno ao ambiente escolar.
III.Estabelecer relações de cordialidade com a família e respeito à inviolabilidade do lar,
comportando-se de forma profissional e discreta, visto que o docente participará de
espaços íntimos dos estudantes assistidos.
IV.Registrar as atividades desenvolvidas com os estudantes no portfólio, com o
acompanhamento da Coordenadoria de Educação Especial e da EEEE Livre Aprender
(escola vinculadora) quando os mesmos forem de Cuiabá e, em caso de unidade escolar do
interior, o atendimento será na escola de origem do estudante.
V.Identificar, elaborar, e organizar recursos pedagógicos que garantam a continuidade de
construção de conhecimentos articulados ao contexto da escola de origem;
VI Produzir materiais didático-pedagógicos adequados às condições e necessidades 18
educativas dos estudantes;
VII Orientar as famílias para o seu envolvimento e participação no processo educativo;
VIII Manter atualizados os Planos de aula e o caderno de campo contendo:
a) Orientações/procedimentos, competências/habilidades e aspectos a serem
trabalhados com cada estudante;
b) Registros de todas as intervenções pedagógicas realizadas com os estudantes, o que
facilitará a elaboração do portfólio;
IX - Organizar o cronograma de atendimento, considerando o número de estudantes e
a complexidade de cada um;
X- Elaborar o planejamento conforme os saberes e necessidades educativas de forma
colaborativa com o professor da escola regular de origem que atenda o estudante, para
definição de estratégias pedagógicas que favoreçam o retorno do estudante à escola após o
reestabelecimento da saúde;
XI - Garantir a interlocução com os professores da escola em que o estudante esteja
matriculado;
XII- Realizar avaliação diagnóstica inicial e final, descrevendo o processo de construção de
conhecimentos pelos estudantes.

Cuidador Educacional (Assistente da educação especial)

Para as unidades escolares que atendem alunos com deficiência com graves transtornos
neuro-motores (crianças que em decorrência da deficiência apresentem mobilidade reduzida ao
ponto de comprometer sua autonomia de ir ao banheiro e se alimentar, sendo, portanto,
dependente de apoio externo) e alunos com autismo (comprovada a necessidade) inclusos nas
turmas regulares, será garantido 01 (um) Cuidador, de modo a auxiliar na promoção da
autonomia ao aluno.
A disponibilidade ou contratação de Cuidador, com regime de trabalho de 30 (trinta) horas
semanais, apenas se justifica quando comprovada a necessidade através de laudomédico
do estudante e está condicionada à análise da Núcleo de Recrutamento e Seleção –
NRS/CPRO, podendo o profissional auxiliar mais de uma turma por turno.

As funções, as competências e os critérios estão definidos pelo Núcleo de Recrutamento


e Seleção – NRS/CPRO, conforme Orientativo de Provimento de Apoio Educacional
Especializado – PAEE.
3.Orientativo de Solicitação de serviços da Educação Especial 19
para o ano letivo de 2022
As matrículas dos estudantes público-alvo da educação especial se darão em salas comuns
nas unidades da rede estadual. Consideradas as demandas, as unidades escolares poderão
realizar a solicitação de serviços e recursos complementares e/ou suplementares para os
estudantes da educação especial.
Constituem público-alvo da educação especial os estudantes com deficiência, com
transtorno do espectro autista e com altas habilidades/superdotação.

Solicitação de Sala de Recursos Multifuncional


Para a continuidade do serviço de Sala de Recursos Multifuncional no ano letivo de
2023, as unidades escolares deverão solicitar a liberação por processo via e-mail. O atendimento
educacional especializado deverá ser ofertado no contraturno da matrícula da sala comum, com
no mínimo 5 e no máximo 15 estudantes público-alvo da educação especial.
O processo deve conter:
- Comunicação Interna (CI) solicitando a continuidade do serviço (Sala de Recursos
Multifuncional);
- Identificação da unidade escolar;
- Identificação do ambiente/sala de aula cadastrado;
- Projeto com objetivos: Geral e Específicos;
- Metas;
- Justificativa;
- Relatório avaliativo (pedagógico) dos estudantes;
- Caracterização das deficiências dos estudantes – Apenas estudantes com transtorno do
espectro autista, deficiências, altas habilidades/superdotação (estudantes com transtornos de
aprendizagem, comportamentais, TDAH, dislexia, não são público-alvo da educação especial)
- Documento comprovatório: Plano elaborado pelo professor de AEE, avaliação
biopsicossocial da deficiência, plano educacional individualizado ou laudo médico;
- Cronograma com horário de atendimento na Sala de Recursos Multifuncional (no
contraturno conforme portaria), contendo o Nome Completo dos Estudantes e ano em que está
matriculado na sala regular;
- Parecer Técnico do Conselho Deliberativo, do(a) Assessor(a) Pedagógico(a) e da DRE.
Nos casos em que a matriz foi automaticamente tramitada 20

- Projeto com Identificação da unidade escolar


- Identificação do ambiente/sala de aula cadastrado
- Objetivos: Geral e Específicos
- Metas
- Justificativa
- Relatório avaliativo (pedagógico) dos estudantes
- Caracterização das deficiências dos estudantes – Apenas estudantes com transtorno do
espectro autista, deficiências, altas habilidades/superdotação (estudantes com transtornos de
aprendizagem, comportamentais, TDAH, dislexia, não são público-alvo da educação especial)
- Documento comprovatório: Plano elaborado pelo professor de AEE, avaliação
biopsicossocial da deficiência, plano educacional individualizado ou laudo médico;
- Cronograma com horário de atendimento na Sala de Recursos Multifuncional (no
contraturno conforme portaria), contendo o Nome Completo dos Estudantes e ano em que está
matriculado na sala regular e indicação das atividades/disciplinas de matrícula na Sala de
Recursos.

Nos casos em que a escola necessite de mais de uma função de professor AEE para
atribuição em Sala de Recursos Multifuncional, a solicitação se dará também a partir de
processo via e-mail, sustentado nas justificativas, e deliberado pela coordenadoria de Educação
Especial, consoante orientações abaixo:

Abertura do segundo serviço (2º professor AEE)

O processo deve conter:


- CI solicitando a abertura do segundo serviço (Sala de Recursos Multifuncional);
- Identificação da unidade escolar;
- Relatório avaliativo (pedagógico) de todos os estudantes;
- Caracterização das deficiências dos estudantes – Apenas estudantes com transtorno do
espectro autista, deficiências, altas habilidades/superdotação (estudantes com transtornos de
aprendizagem, comportamentais, TDAH, dislexia, não são público-alvo da educação especial)
- Cronograma com horário de atendimento na Sala de Recursos Multifuncional (No
contraturno, conforme portaria) contendo o nome completo dos estudantes e ano em que está
matriculado na sala regular;
- Parecer técnico do Conselho Deliberativo, do(a) assessor(a) pedagógico(a) e da DRE.

Em caso de abertura de novo serviço


A unidade escolar deverá solicitar à Superintendência de Infraestrutura Escolar
Seduc/MT, a liberação de ambiente para a implantação da Sala de Recursos Multifuncional e,
21
tão logo liberado, o gestor da unidade deverá encaminhar à Coordenadoria de Educação
Especial o projeto instruído, solicitando a criação do serviço (Sala de Recursos Multifuncional),
tramitação de matriz e abertura de turmas. Caso autorizada, será tramitada à matriz e
encaminhado e-mail para a o setor responsável criar as turmas (matutino e vespertino ou
integral) para que a unidade efetue as matrículas dos estudantes no contraturno. Após as
matrículas, haverá deliberação de uma função pela Coordenadoria de Educação Especial.
O processo deve conter:
- CI Solicitando a abertura do novo serviço (Sala de Recursos Multifuncional);
- Projeto de Sala de Recursos Multifuncionais;
- Identificação da Unidade Escolar;
- Identificação do ambiente/sala de aula cadastrado;
- Caracterização das deficiências dos estudantes – Apenas estudantes com transtorno do
espectro autista, deficiências, altas habilidades/superdotação (estudantes com transtornos de
aprendizagem, comportamentais, TDAH, dislexia, não são público-alvo da educação especial);
- Plano elaborado pelo professor de AEE de anos anteriores, avaliação biopsicossocial da
deficiência, plano educacional individualizado, laudo médico, avaliação da unidade que
identifique a deficiência.
- Horário de atendimento na Sala de Recursos Multifuncional (no contraturno);
- Cronograma de atendimento: contendo o nome completo dos estudantes e ano em que
está matriculado na sala regular;
- Parecer técnico do Conselho Deliberativo, da assessoria pedagógica/DRE.

Importa observar que somente após a tramitação da matriz, criação das turmas (1 no
matutino e outra no vespertino – para escolas de dois turnos, ou integral), cadastro das 11
atividades na matriz, matrícula dos estudantes apenas nas atividades relacionadas ao
atendimento de cada estudante, parecer favorável da DRE e da Coordenadoria de Educação
Especial, inserção da função pela gestão de pessoas, que o secretário da unidade escolar
procederá a atribuição do professor na função.
As turmas de AEE /Sala de Recursos não têm lançamentos de nota/ conceito ou
frequência. É somente realizado lançamento bimestral no Portfólio. Após os lançamentos e
conferência, a escola no final do ano realiza apenas agendamento da turma para finalizar o ano
letivo. Não há transferência de estudante da Sala de Recursos, apenas fechamento do ano
letivo, impressão de portfólio para ser encaminhado junto com a transferência da sala comum.
Solicitação de Atendimento Domiciliar 22

Têm direito a esse atendimento: alunos regularmente matriculados na rede estadual de


Ensino que fazem uso constante de respiração mecânica, que comprovem ter doenças
degenerativas em fase avançada, que estejam impossibilitados de se deslocarem até a unidade
escolar por motivo de doença, que comprovem impossibilidade de frequentar a escola por tempo
superior a noventa dias ou mais. Esses casos, devido a tratamento que podem demandar
processo para Atendimento Domiciliar poderão realizar a solicitação que deverá conter:

- Identificação da unidade escolar;


- CI de solicitação;
- Parecer técnico do(a) assessor(a) pedagógico(a) e da DRE;
- Ficha de matrícula do(s) aluno(s);
- Laudo médico que comprove a necessidade de atendimento domiciliar pela
impossibilidade de frequentar a escola por mais de noventa dias.

Solicitação de Intérprete de Libras

A unidade que receber matrículas de estudantes surdos ou com deficiência auditiva que
utilizem libras para comunicação, interação e aprendizagem poderá solicitar intérprete de libras
para atender ao estudante em sala de aula regular, e demandar processo para solicitação de
intérprete que deverá conter:

- Identificação da unidade escolar;


- CI de solicitação;
- Parecer técnico da assessoria pedagógica/DRE;
- Ficha de matrícula do(s) aluno(s);
- Ficha contendo o código da escola, nome completo da escola, matrícula do
estudante, nome completo do estudante, ano/série/turno;
- Laudo/avaliação.

Solicitação de Cuidador Educacional (Assistente da Educação Especial)


O processo para solicitação do serviço de Cuidador Educacional (assistente da Educação
Especial) deverá levar em consideração a necessidade de o estudante receber auxílio para
alimentação, mobilidade e higiene e seguir os critérios definidos pelo Núcleo de Recrutamento
e Seleção – NRS/CPRO, conforme orientativo de Provimento de Apoio Educacional Especializado – PAEE.
23

Solicitação de Professor de Apoio Pedagógico Especializado


A Unidade Escolar deverá encaminhar solicitação via e-mail para a Coordenadoria de Gestão de Pessoas –
COGPE na DRE. A DRE encaminhará solicitação para conforme Orientativo de Provimento de Apoio Educacional
Especializado – PAEE, ao Núcleo de Recrutamento e Seleção – NRS/CPRO, conforme orientativo de Provimento de
Apoio Educacional Especializado – PAEE.

Endereços para solicitação de serviços

SALA DE RECURSOS MULTIFUNCIONAIS

E-mail- recursos.multifuncionais@edu.mt.gov.br

CUIDADOR EDUCACIONAL (Assistente da Educação Especial) e PROFESSOR DE APOIO


PEDAGÓGICO ESPECIALIZADO

E- mail- auxiliardeturma@edu.mt.gov.br pelo Núcleo de Recrutamento e Seleção – NRS/CPRO

INTÉRPRETE de LIBRAS/ INSTRUTOR SURDO


E- mail- interpretedelibras@edu.mt.gov.br

ATENDIMENTO DOMICILIAR

E- mail- educacao.especial@edu.mt.gov.br

Demais atendimentos e dúvidas encaminhar para o e-mail:


educacao.especial@edu.mt.gov.br

Telefone: 3613-6383
24

ANEXO 1 – MODELO PEI COMPLETO (MODIFICADO COM BASE EM FELTRIN, 2022)

PLANO EDUCACIONAL INDIVIDUALIZADO (PEI)

1- IDENTIFICAÇÃO DO ESTUDANTE

NOME DO (A) ESTUDANTE

DATA NASC. ANO DE ESCOLARIDADE/ NÍVEL DE ENSINO


/ /

PAIS/RESPONSÁVEIS

DEFICIÊNCIA E/OU CONDIÇÃO

2- CALENDÁRIO DE EXECUÇÃO DO PEI


DELIMITAÇÃO INÍCIO: 1ª REVISÃO: CONCLUSÃO:
TEMPORAL: 2ª REVISÃO:

3- INFORMAÇÕES SOBRE O/A ESTUDANTE

(O que é importante os professores regentes saberem sobre o estudante)

4- IDENTIFICAÇÃO DOS DOCENTES

PROFESSORES REGENTES: PROFESSOR AEE:


PROFESSOR DE APOIO (QUANDO HOUVER):

5- ORIENTAÇÃO COLABORATIVA

FAMÍLIA
(Escrever as informações relevantes para o processo pedagógico informado pela família)

ORIENTAÇÕES DE OUTROS PROFISSIONAIS

(Informações de médicos, psicólogos, assistentes sociais, fisioterapeuta, fonoaudiólogo, terapeuta ocupacional, entre outros
relevantes ao processo pedagógico)
6- CARACTERIZAÇÃO PARA APRENDIZAGEM
POTENCIALIDADES DIFICULDADES
1- LÍNGUA PORTUGUESA
UNIDADES OBJETOS DE HABILIDADES HABILIDADE S METODOL AVALIAÇÃO
25
TEMÁTICAS CONHECIMEN ACADÊMICAS ACADÊMICA S OGIA/ Habilidades
TO PARA A TURMA PARA O RECURSOS desenvolvidas?
ESTUDANTE DIDÁTICOS (T) Totalmente
(P) Parcialmente
(I) Insuficiente

2- ARTES

OBJETOS DE HABILIDADES PARA HABILIDADES METODOLOGIAS/ Habilidades


CONHECIMEN A TURMA ACADÊMICAS RECURSOS desenvolvidas?
TO PARA O (A) DIDÁTICOS (T) Totalmente
ESTUDANTE (P) Parcialmente
(I) Insuficiente

3- EDUCAÇÃO FÍSICA
UNIDADES OBJETOS DE HABILIDA HABILIDADE S METODOLO Habilidades
TEMÁTICAS CONHECIMENTO DES PARA A PARA O (A) GIA/ desenvolvidas?
TURMA ESTUDANTE RECURSOS (T) Totalmente
DIDÁTICOS (P) Parcialmente
(I) Insuficiente

II ÁREA DA MATEMÁTICA
1- MATEMÁTICA

UNIDADES OBJETOS DE HABILIDA HABILIDAD ES METODOL Habilidades


TEMÁTICAS CONHECIMENTO DES PARA A PARA O (A) OGIA/RECU desenvolvidas?
TURMA ESTUDANTE RSOS (T) Totalmente
DIDÁTICOS (P) Parcialmente
(I) Insuficiente

III ÁREA DAS CIÊNCIAS SOCIAIS


1- GEOGRAFIA

UNIDADES OBJETOS HABILIDAD HABILIDAD ES METODOLO Habilidades


TEMÁTICAS DE ES PARA A PARA O (A) GIA/ desenvolvidas?
CONHECI TURMA ESTUDANTE RECURSOS (T) Totalmente
MENTO DIDÁTICOS (P) Parcialmente
(I) Insuficiente

2- HISTÓRIA
UNIDADES OBJETOS HABILIDAD HABILIDAD ES METODOLO Habilidades
TEMÁTICAS DE ES PARA PARA O (A) GIA RECURSOS desenvolvidas?
CONHECI A TURMA ESTUDANTE DIDÁTICOS (T) Totalmente
MENTO (P) Parcialmente
(I) Insuficiente
3- ENSINO RELIGIOSO

UNIDADES OBJETOS DE HABILIDA HABILIDA METODOLOGI Habilidades


TEMÁTICAS CONHECIMEN DES PARA A DES PARA O AS/ 26
desenvolvidas?
TO TURMA (A)
ESTUDANT E RECURSOS
DIDÁTICOS

(T) Totalmente

IV ÁREA DAS CIÊNCIAS DA NATUREZA

1- CIÊNCIAS DA NATUREZA

UNIDADES OBJETOS DE HABILIDA HABILIDAD ES METODOL Habilidades


TEMÁTICAS CONHECIMENT O DES PARA A PARA O (A) O GIAS desenvolvidas?
TURMA ESTUDANTE /RECURSOS

DIDÁTICOS
10- HABILIDADES Habilidades
FUNCIONAIS PARA O (A) ESTRATÉGIAS FUNCIONAIS desenvolvidas?
ESTUDANTE (T) Totalmente
(P) Parcialmente
(I) Insuficiente

São aptidões úteis para uma vida diária


pessoal e social mais independente
possível, Ex:
-Permanecer sentado para executar as
tarefas por um tempo
mínimo de cinco minutos;
-Se higienizar no banheiro com
autonomia;
-Verbalizar suas próprias ideias, emoções
e desejos por meio do
sistema de trocas de figuras (ex: PECS).

11- PARECER (Relatório semestre, anual)

Obs. Ao final do ano letivo, acrescentar a esse parecer, a justificativa de que o estudante está apto a seguir para o próximo nível de
ensino.

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