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CONTROLADORIA
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de informação em controladoria; sistema integrado de gestão empresarial e
aspectos gerais de balanced scorecard. Vamos dar início!
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Dentre os principais tipos sistemas de informação nas empresas
destacam-se os constantes no quadro.
Sistema Descrição
• Desenvolve relatórios acerca do desempenho atual da organização,
permitindo monitorar e controlar a empresa e até mesmo prever o seu
desempenho futuro.
Sistemas de
• Sistemas de informação que suportam o trabalho que lida com dados e
informações
com conhecimento: integração de novo conhecimento no negócio;
gerenciais (SIG)
controle do fluxo de trabalho.
• Auxiliam especialistas e profissionais qualificados na criação e integração
de novos conhecimentos na organização.
• Supervisionam as atividades elementares e as transações da
Sistema de organização.
processamento • Realizam e registram as transações e informações necessárias para
de funcionamento da organização.
transações (SPT) • As transações são necessárias para a condução do negócio, constituindo
a base operacional da organização.
• Enfatiza problemas únicos alterando-se com tempestividade e sem
possuir procedimentos de resoluções pré-definidos.
Sistema de apoio
• Utiliza informações obtidas pelo SPT, SIG e também externas;
à decisão (SAD)
• Suportam as atividades dos gestores: supervisão, controle e tomada de
decisão.
• Auxilia a gerência com a apresentação de gráficos e dados de diversas
Sistema de apoio fontes por meio de uma interface;
ao • São projetados para incorporar dados sobre eventos externos, como
executivo (SAE) novas leis ou novos concorrentes, utilizando também informações do SIG
ou sistema de e do SAD internos.
informações • Suportam as atividades de planejamento de longo prazo concebidos para
executivas (SIE) auxiliar na tomada de decisão não estruturada por meio do uso avançado
de gráficos e comunicações.
Fonte: Elaborado com base em Lunkes; Schnorrenberger, 2009.
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Figura 1 – Tipos de sistemas de informação
Neste material, damos ênfase aos SIG que trabalham com dados
fornecidos pelos sistemas operacionais e eventualmente com dados de outros
sistemas internos. O SIG normalmente não trabalha com informações do dia a dia,
mas sim com informações de um dado período (Schmitt, 2004). Eles atendem aos
usuários responsáveis pela gestão das funções de RH, contabilidade, finanças,
produção, manutenção entre outros (Schmitt, 2004).
Quanto aos relatórios advindos dos SIG, Schmitt (2004) afirma que há
relatórios rotineiros e não rotineiros, com formatos de saída fixos e padronizados,
estruturados com uma frequência menor do que os relatórios dos sistemas
operacionais. Bazzotti e Garcia (2006) contribuem afirmando que esses relatórios
podem ajudar os administradores no que tange aos aspectos de desenvolvimento
de planos para melhorar a administração, e também para obter maior controle das
atividades da empresa, com vistas a tomar decisões assertivas.
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de transformação de dados em informações que são utilizadas na estrutura
decisória da organização, e que proporcionam a sustentação administrativa,
visando a otimização dos resultados (Oliveira, 2002).
Ele fornece aos gestores relatórios sobre registros históricos e atuais do
desempenho da organização. Assim, de acordo com Rezende e Abreu (2000), ele
serve às funções de planejamento, controle e tomada de decisão em nível
gerencial. Em geral, condensa informações obtidas dos SPTs e as apresenta em
forma de relatórios sumarizados de rotina e exceção.
Como quaisquer outras questões gerenciais, evidenciar quantitativamente
os benefícios resultantes da implantação de SIG é uma tarefa difícil. No entanto,
para Oliveira (2002), o SIG, sob determinadas situações, pode trazer inúmeros
benefícios à organização, como: redução dos custos das operações; melhoria no
acesso às informações, proporcionando relatórios mais precisos e rápidos, com
menor esforço; melhoria na produtividade; melhoria nos serviços realizadas e
oferecidos; melhoria na tomada de decisões, por meio do fornecimento de
informações mais rápidas e precisas; estímulo de maior interação dos tomadores
de decisão; fornecimento de melhores projeções dos efeitos das decisões;
melhoria na estrutura organizacional, para facilitar o fluxo de informações;
melhoria na estrutura de poder, proporcionando maior poder para aqueles que
entendem e controlam os sistemas; redução do grau de centralização de decisões
na empresa; e melhoria na adaptação da empresa para enfrentar os
acontecimentos não previstos.
Além desses benefícios pode-se listar outros: eficiências operacionais,
reduções de custo, fornecimento de informações aos tomadores de decisão,
melhor atendimento ao cliente, disponibilidade contínua dos sistemas,
crescimento em capacidades e métodos de comunicação.
O SIG auxilia os executivos a consolidar o tripé básico da sustentação da
empresa: qualidade, produtividade e participação. A qualidade não está
necessariamente ligada somente ao produto e serviço, mas também à qualidade
de vida dos funcionários dentro da organização. Um funcionário bem treinado,
motivado, com condições adequadas de trabalho, tende a desempenhar da
melhor forma possível as suas atividades, fazendo com que a empresa produza
serviços/produtos de qualidade, que atendam às expectativas do cliente
(Fonseca; Garcia, 2007).
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TEMA 3 – SISTEMA DE INFORMAÇÃO EM CONTROLADORIA
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elaboração dos modelos de decisão para os diversos eventos econômicos,
considerando as características físico-operacionais próprias das áreas, para os
gestores; e padronização e harmonização do conjunto de informações.
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integrar-se mais facilmente do que outras e, como tal, os sistemas podem acabar
sendo totalmente ou parcialmente integrados.
Um SIGE permite que uma organização monitore, mensure e avalie sua
eficácia no cumprimento de seus objetivos, adotando uma abordagem de
processo. A abordagem de processo permite que a alta gerência aborde todos os
elementos do sistema de gestão, em vez de analisar padrões, cláusulas,
atividades ou requisitos individuais separadamente.
A integração entre os vários sistemas existentes em uma organização é
benéfica, pois garante o sincronismo na atualização das informações, evita a
redundância de dados e garante a integridade da base de dados e das
informações corporativas (Schmitt, 2004). Os benefícios da implantação de um
SIGE são inúmeros, aumento da qualidade e da eficácia das informações
apresentadas devido a eliminação de processos, a redução de custos (após a
implantação) eliminação de processos manuais, ocasionando a redução de tempo
e da redundância das atividades, além da melhora no andamento da informação
adquirida (Ferro; Ferreira Neto; Waqued, 1999).
Nos dias atuais, além da integração de sistemas internos, as empresas
também passaram a se preocupar com a integração dos sistemas externos,
objetivando a fidelidade da carteira de clientes e uma relação de parceria com
fornecedores, a fim de reduzir custos e garantir fornecimento (prazo, quantidade
e qualidade) (Schmitt, 2004). O SIGE também pode apresentar desvantagens,
relacionadas ao alto custo de implantação, além da resistência dos colaboradores
no que tange a mudanças no âmbito organizacional, além da inexperiência dos
mesmos para realização a análise dos processos e posterior implantação (Ferro;
Ferreira Neto; Waqued, 1999). Portanto, com base no exposto, conclui-se que um
SIGE deve auxiliar na gestão de seus processos, mas jamais tornar-se a razão de
ser do seu negócio. Ele pode ser uma grande ferramenta de apoio para o setor da
controladoria.
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Segundo Tedesco e Lunkes (2010, p. 6)
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Nesta perspectiva, são identificados os Os indicadores de desempenho dos clientes
segmentos de clientes e mercados nos permitem “que as empresas alinhem suas
quais se competirá, e as medidas de medidas essenciais de resultados relacionadas
desempenho nesses segmentos-alvo, aos clientes – satisfação, fidelidade, retenção,
além das especificidades de criação de captação e lucratividade – com segmentos
valor aos clientes. Essa perspectiva específicos de clientes e mercados”, que
descreve a formas na qual o valor deve correspondem às fontes relacionadas com a
ser criado para os clientes, como a produção de receitas e resultados financeiros da
demanda do cliente por esse valor deve empresa, permitindo a avaliação e identificação
ser satisfeita, e o motivo pelo qual o dos indicadores de tendência dos segmentos de
cliente vai querer pagar por ele. Essa é a clientes e mercados. Os autores relacionam
parte vital do scorecard; portanto, os ainda um grupo de medidas essenciais de
processos internos e os esforços de resultado dos clientes que julgam ser comum a
desenvolvimento da organização devem todos os tipos de empresa.
ser orientados para essa perspectiva. Identificar os fatores que são importantes aos
clientes é exigência deste modelo. As
preocupações com clientes se encaixam em
Clientes
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acionistas; e por fim (iv) a perspectiva de aprendizagem e crescimento “indica
como a infraestrutura está preparada para a inovação e o crescimento a longo
prazo, especialmente no que diz respeito às pessoas que a compõem” (Lunkes;
Schnorrenberger, 2009, p. 58).
O Balanced Scorecard tornou-se assim um dos sistemas mais adotados
pelas entidades de todo o mundo, por ser uma ferramenta que permite descrever,
comunicar e implementar a estratégica, além de incentivar a motivação dos seus
colaboradores e o alinhamento das iniciativas operacionais com a estratégia
(Lunkes; Schnorrenberger, 2009). Depois de seu lançamento, na última década
do século XX difundiu-se rapidamente, pois as organizações públicas, privadas e
sem fins lucrativos sentiam a necessidade de complementar os indicadores
financeiros com os indicadores não financeiros (Lunkes; Schnorrenberger, 2009).
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REFERÊNCIAS
KAPLAN, R. S. et al. Cost & effect: using integrated cost systems to drive
profitability and performance. Cambridge, MA: Harvard Business Press, 1998.
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OLIVEIRA, D. P. R. Sistemas, organizações e métodos: uma abordagem
gerencial. 13. ed. São Paulo, 2002.
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