Você está na página 1de 30

ATENÇÃO: ESSE MATERIAL É APENAS COMO MODELO DE UMA

REVISÃO DE LITERATURA, E TEM SEUS DIREITOS AUTORAIS


RESERVADOS.

ESTABILIZAÇÃO SEGMENTAR VERTEBRAL EM PACIENTES


COM DOR LOMBAR CRÔNICA: REVISÃO DA LITERATURA
NARRATIVA

NOME DO ALUNO

Aracaju/SE

2020
NOME DO ALUNO

ESTABILIZAÇÃO SEGMENTAR VERTEBRAL EM PACIENTES


COM DOR LOMBAR CRÔNICA: REVISÃO DA LITERATURA
NARRATIVA

Aracaju/SE

2020
FACULDADES INTEGRADAS TERESA D’ÁVILA

ESTABILIZAÇÃO SEGMENTAR VERTEBRAL EM PACIENTES


COM DOR LOMBAR CRÔNICA: REVISÃO DA LITERATURA
NARRATIVA

NOME DO ALUNO

Trabalho de conclusão de curso apresentado a


Pós-Graduação em Fisioterapia Traumato
Ortopédica com Ênfase em Terapia Manual e
Pilates da Faculdades Integradas Teresa
d’Ávila, como requisito parcial para obtenção
de grau de especialista.

Orientadora: Prof. Erika Thatyana Nascimento Santana

Aracaju/SE

2020
NOME DO ALUNO

ESTABILIZAÇÃO SEGMENTAR VERTEBRAL EM PACIENTES


COM DOR LOMBAR CRÔNICA: REVISÃO DA LITERATURA
NARRATIVA

Trabalho de conclusão de curso


apresentado como exigência parcial
para obtenção do grau de Especialista
em Fisioterapia Traumato-ortopédica à
comissão julgadora da ....

Aprovado em_____/______/______

BANCA EXAMINADORA

Orientadora: Prof. Erika Thatyana Nascimento Santana

1º Examinador:

2º Examinador:
ESTABILIZAÇÃO SEGMENTAR VERTEBRAL EM PACIENTES COM DOR
LOMBAR CRÔNICA: REVISÃO DA LITERATURA NARRATIVA

RESUMO

NOME DO ALUNO¹

ÉRIKA THATYANA NASCIMENTO SANTANA2

INTRODUÇÃO: A dor lombar é considerada um grave problema de saúde pública. Segundo


a Organização Mundial de Saúde cerca de 85% da população poderão desenvolver ao menos
uma crise de dor lombar em algum momento de suas vidas. A instabilidade lombar vem sendo
apontada como causa primária e secundária desse tipo de dor, o que levou a um crescente nú-
mero de pesquisas que utilizam a estabilização segmentar vertebral para o tratamento da dor
lombar. OBJETIVO: Com isso o objetivo desse estudo foi avaliar através de uma revisão de
literatura os reais benefícios dessa técnica em indivíduos sintomáticos. MÉTODOS: Para
tanto, foram utilizadas as palavras chaves: Chronic low back pain; Lumbar stabilization exer-
cise; Physical therapy nas bases de dados LILACS, MEDLINE e PUBMED. RESULTA-
DOS: Após a busca com os descritores citados foram encontrados 68 artigos, posteriormente a
análise dos artigos quanto aos critérios de inclusão e exclusão, foram selecionados 14 estudos.
No geral, os estudos analisaram a eficácia da estabilização segmentar lombar em indivíduos
com dor lombar, e observaram diferentes variáveis tais como dor, incapacidade funcional, fle-
xibilidade, cinesiofobia, força muscular, amplitude de movimento e equilíbrio. CONCLU-
SÃO: Concluiu-se então que, a estabilização segmentar vertebral proporciona maiores benefí-
cios aos pacientes com dor lombar, a medida que através dos exercícios consegue reverter os
índices de dor e dar maior capacidade funcional aos pacientes.
DESCRITORES EM SAÚDE: Dor lombar, modalidades de fisioterapia, estabilização.

¹ Acadêmico do curso de Fisioterapia.

² Fisioterapeuta, Especialista em Fisioterapia Traumato-Ortopédica.


VERTEBRAL SEGMENTAL STABILIZATION IN PATIENTS WITH CHRONIC
LOW BACK PAIN: REVIEW OF LITERATURE

ABSTRACT

NOME DO ALUNO¹

ÉRIKA THATYANA NASCIMENTO SANTANA2

Low back pain is considered a serious public health problem. According to the World Health
Organization about 85% of the population may develop at least one Low back pain crisis at
some point in their lives. Lumbar instability has been identified as the primary and secondary
cause of this type of pain, which has led to a growing number of studies using vertebral
segmental stabilization for the treatment of low back pain. Thus, the objective of this study
was to evaluate, through a literature review, the real benefits of this technique in symptomatic
individuals. To do so, the following keywords were used: Chronic low back pain; Lumbar
stabilization exercise; Physical therapy in the LILACS, MEDLINE and PUBMED databases.
After the search with the cited descriptors, 68 articles were found, after that the articles were
analyzed for the inclusion and exclusion criteria, 14 studies were selected. In general, the
studies analyzed the efficacy of lumbar segment stabilization in individuals with low back
pain, and observed different variables such as pain, functional disability, flexibility,
kinesiophobia, muscle strength, range of motion and balance. It was concluded that, vertebral
segmental stabilization provides greater benefits to patients with low back pain, as the
exercises can reverse the pain indexes and provide patients with greater functional capacity.

HEALTH DESCRIPTORS: Low back pain, modalities of physiotherapy, stabilization

¹ Academic of the Physiotherapy course.

² Physiotherapist, Specialist in Traumato-Orthopedic Physiotherapy.


SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO .................................................................................................................... 8

2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA .................................................................................... 10

2.1 Dor Lombar .................................................................................................................... 10

2.2 Estabilidade Vertebral Lombar ....................................................................................... 11

2.3 Estabilização Segmentar Vertebral ................................................................................. 12

3. MATERIAS E MÉTODOS ............................................................................................... 14

3.1 Tipo de estudo ................................................................................................................ 14

3.2 Estratégia de Busca ......................................................................................................... 14

3.3-Critérios de Inclusão e Exclusão .................................................................................... 14

3.4-Análise de Dados............................................................................................................ 15

4. RESULTADOS .................................................................................................................. 15

5. DISCUSSÃO....................................................................................................................... 21

6. CONCLUSÃO .................................................................................................................... 24

REFERÊNCIAS...................................................................................................................... 25
LISTA DE FIGURAS

Figura 1 – Sistematização da busca ...........................................................................................15


LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

EMGs Eletromiografia de Superfície

ESL Estabilização Segmentar Lombar

EUA Estados Unidos da América

EVA Escala Visual Analógica

G1 Grupo 1

G2 Grupo 2

G3 Grupo 3

GC Grupo Controle

GE Exercícios Gerais

GP Grupo Procedimento

IASP International Association for the Study of Pain

PEDro Physiotherapy Evidence Database,


1. INTRODUÇÃO

A dor lombar é definida como uma algia situada na região dorsal inferior,
especificamente entre o último arco costal e a prega glútea, com ou sem rigidez, e que
pode irradiar para os quadris e membros inferiores. É considerada um grave problema
de saúde pública, que segundo a Organização Mundial de Saúde pode atingir cerca de
85% da população em algum momento de suas vidas. A dor lombar crônica chega a
atingir certa de 14,7% da população mundial, sendo a segunda patologia crônica mais
prevalente no Brasil (NASCIMENTO; COSTA, 2015).
A dor lombar crônica leva a uma diminuição no controle postural causada
diretamente por alterações proprioceptivas e de força muscular comparada ao indivíduo
saudável, o que provoca uma redução da estabilidade da coluna vertebral (TOSCANO;
EGYPTO, 2001; CAMPOS et al., 2016). Vários pesquisadores caracterizam-na como
uma doença de pessoas sedentárias, relacionando intrinsecamente a inatividade física
com dores na coluna (TOSCANO; EGYPTO, 2001; CAMPOS et al., 2016). No entanto,
pesquisas recentes tendem a associar essa fraqueza muscular a desequilíbrios
musculares que influenciam diretamente na qualidade de vida do indivíduo (RESENDE
et al., 2016; CARLOS, 2016; SMITH; KULIG, 2016).
Oliveira e Braz (2016) e Lovato et al (2017) apontam o papel fundamental que
os músculos transverso do abdome e multífidos proporcionam para a manutenção da
estabilização da coluna lombar, fornecendo um suporte de proteção às articulações por
meio do controle fisiológico e translacional excessivo do movimento. Em indivíduos
assintomáticos, esses músculos estabilizadores contraem-se antes dos movimentos das
extremidades, já nos pacientes com lombalgia esta contração falha antes dos
movimentos, demonstrando uma alteração na coordenação desses músculos (ALLISON;
MORRIS; LAY, 2008).
A instabilidade poderia ser o resultado de uma lesão tecidual, tornando o
segmento mais instável, com força ou resistência insuficiente, ou fraco controle
muscular. Instabilidade pode ser definida como diminuição na capacidade de estabilizar
os sistemas da coluna para manter as zonas neutras dentro de limites fisiológicos, sem
deformidade, sem déficit neurológico ou sem dor incapacitante (DE SOUSA LOPES,
2017).

8
A instabilidade lombar tem sido sugerida como causa de desordens funcionais e
tensões, assim como dor. A força de deformação dos discos e dos ligamentos induzida
por cargas passivas da coluna diminui a sensibilidade dos mecanoceptores teciduais,
fragilizando a força estabilizadora muscular reflexa. A disfunção muscular ao longo do
tempo pode levar à lombalgia crônica via lesão adicional de mecanoceptores e
inflamação do tecido neural (BOTTAMEDI, 2016).
Tais mudanças nas características dos músculos podem ser corrigidas através
dos exercícios de estabilização segmentar vertebral, que visam promover a melhora da
força, resistência e controle motor dos músculos abdominais e lombares, além da eficaz
ativação para os ajustes antecipatórios promovidos por eles (VOLPATO et al, 2018.).
Essa técnica consiste em utilizar as estruturas musculares para proteger as estruturas
articulares e neurais, baseadas no controle motor, evitando os movimentos
compensatórios com a finalidade de restaurar os padrões fisiológicos (SILVA, 2015).
Alguns estudos têm mostrado resultados bastante satisfatórios com a utilização
da Estabilização Segmentar Vertebral em indivíduos com dor lombar (MELO FILHO;
EDUARDO; MOSER, 2014; SEO; PARK, 2014), inclusive com a utilização de
recursos que fornecem um feedback visual, como é o caso da UPB (Unidade Pressórica
de Biofeedback), um aparelho simples destinado a registrar as alterações de pressão,
usado tanto na avaliação do paciente, como no tratamento, permitindo detectar o
movimento do corpo e, em particular o movimento da coluna durante o exercício
(SIQUEIRA et al, 2014).
Devido ao crescente número de trabalhos que utilizam a estabilização segmentar
vertebral para o tratamento da dor lombar, o objetivo desse estudo foi avaliar através de
uma revisão de literatura os reais benefícios dessa técnica em indivíduos sintomáticos.

9
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

2.1 Dor Lombar

A dor é definida, segundo a International Association for the Study of Pain


(IASP), como uma experiência sensitiva e emocional desagradável associada ou
relacionada à lesão real ou potencial dos tecidos. Cada indivíduo aprende a utilizar esse
termo diante de suas experiências anteriores, essa dor por sua vez pode ser aguda
quando surge após uma lesão, geralmente é autolimitada e desaparece com a lesão ou
crônica, caracterizada por dores neuropáticas, nociceptivas, psicossomáticas
(psicológica) e idiopáticas (KRELING et al., 2006).
A dor lombar pode atingir até 65% das pessoas no mundo anualmente e
apresentando uma prevalência pontual de aproximadamente 11,9% na população
mundial, com maior incidência entre indivíduos do sexo feminino e com idade entre 40
e 80 anos (CARVALHO; PENA, 2015). Alguns autores acreditam que as mulheres
apresentam riscos maiores do que os homens por causa de particularidades anatomo-
funcionais que, quando somadas, podem facilitar o surgimento da dor lombar (LIZIER;
PEREZ; SAKATA, 2012).
Uma grande preocupação para os cofres públicos, são os altos índices de
afastamento devido a dor lombar, por via de consequência, gerando altos custos aos
serviços de saúde. Nos países desenvolvidos, onde a demanda física para os
trabalhadores é menor, a dor lombar tem prevalência elevada, nos países
industrializados é estimada em torno de 70% (PORTILHO; SOARES, 2013).
Estudos mostram que menos de 60% das pessoas que apresentam dor lombar
procuram por tratamento. Apesar desses números, um diagnóstico específico sobre
possíveis causas da dor lombar não é determinado entre 90-95% dos casos, uma vez que
a dor lombar apresenta caráter multifatorial. Outra problemática encontrada é o fato da
patologia em questão não ser considera de notificação compulsória o que dificulta
visualização epidemiológica, interferindo na criação políticas públicas de prevenção da
dor lombar crônica (HOY et al., 2012).
Indivíduos com lombalgia crônica apresentam uma queda na qualidade de vida,
quando comparada aos indivíduos saudáveis, repercutindo negativamente tanto a nível
funcional quanto emocional. Com isso há um comprometimento na atividade de vida
diária, atividade profissional, atividades vigorosas e moderadas e de lazer, podendo até

10
levar o indivíduo a necessidade de cuidados de terceiros (NASCIMENTO; COSTA,
2015).
Os fatores de risco para a dor lombar podem ser descritos em
sociodemográficos, comportamentais e ocupacionais podendo ser responsáveis por
alterações funcionais do corpo, induzindo o paciente experimentar desequilíbrio de
movimentos vertebrais em flexão ou extensão do tronco, além do déficit no
acoplamento intervertebral levando a sua desestabilidade (NASCIMENTO; COSTA,
2015).

2.2 Estabilidade Vertebral Lombar

A estabilidade vertebral depende da integração entre 3 elementos: os


Estabilizadores Estáticos que não produzem movimentos; Estabilizadores Dinâmicos, o
qual é constituído dos músculos espinhais e seus tendões; e o Sistema Neural que recebe
informações dessas estruturas, e tem o papel de captar as alterações de equilíbrio e
determinar os ajustes específicos, por meio da musculatura, restaurando a estabilidade
(GOLVEIA; GOLVEIA, 2008).
Dentre os músculos que promovem a estabilização da região lombar, os
multífidos e transverso do abdome são de fundamental importância. Alguns estudos
apontam a correlação entre a disfunção desses músculos com o desenvolvimento da dor
lombar (DE SIQUEIRA et al., 2014).
O músculo transverso do abdome apresenta uma disposição de fibras de modo
circunferencial, localizado profundamente e possui inserções na fáscia toracolombar, na
bainha do reto do abdome, no diafragma, na crista ilíaca e nas seis superfícies costais
inferiores. Devido as suas características anatômicas, como a distribuição de seus tipos
de fibras, sua relação com os sistemas fasciais, sua localização profunda e sua possível
atividade contra as forças gravitacionais durante a postura estática e a marcha, possui
uma pequena participação nos movimentos, sendo um músculo preferencialmente
estabilizador da coluna lombar (GOLVEIA; GOLVEIA, 2008).
Uma estrutura essencial para a estabilidade lombar é a fáscia toracolombar, que
por sua vez cobre os músculos profundos lombares e do tronco. A contração dos
músculos oblíquo externo e transverso abdominal aumenta a tensão na fáscia
toracolombar, proporcionando um aumento na pressão dentro da fáscia, o que pode
11
ocasionar em um aumento da rigidez da coluna lombar, contribuindo para uma melhor
estabilidade, somada aos mecanismos posturais paravertebrais e abdominais.
(RENOVATO et al., 2008).
Os músculos lombares de forma geral, fornecem estabilidade lombar, mas o
multífido lombar merece um destaque. Estudos mostram que, próximo às vertebras
lombares L4-L5, o multífido lombar contribui com 2/3 do aumento da rigidez segmentar
resultante da contração. Assim, qualquer lesão no segmento pode comprometer a
estabilidade da região lombar, tendo grandes chances de desenvolver dor lombar.
(RENOVATO et al., 2008).
Pesquisas por meio da eletromiografia avaliaram os músculos abdominais
profundos e mostraram que o transverso abdominal é o principal músculo gerador da
pressão intra-abdominal (WAONGENNGARM; RAJARATNAM;
JANWANTANAKUL, 2015; MASSÉ-ALARIE et al., 2016; SOUTHWELL et al.,
2016). Esse aumento da pressão no interior do abdome e na tensão da fáscia tóraco-
lombar ocorre com a contração do músculo transverso, resultando em uma redução da
circunferência abdominal, por conta da orientação horizontal das suas fibras. Dessa
forma, ocorre uma redução na compressão axial e nas forças de cisalhamento e uma
transmissão destas em uma área maior, o que promove uma maior estabilidade à coluna
durante a execução dos movimentos gerais do cotidiano (HOPPES et al., 2015;
WAONGENNGARM; RAJARATNAM; JANWANTANAKUL, 2015).

2.3 Estabilização Segmentar Vertebral

Atualmente, devido ao alto índice de casos de dor lombar na população mundial,


certas técnicas e recursos terapêuticos vêm sendo exibidos como opção para tratamento
dessa patologia. Sendo assim, a Estabilização Segmentar Vertebral é um dos métodos
que estão ganhando espaço na prevenção e intervenção para o tratamento da dor lombar
crônica (BOTTAMEDI; SANTOS, 2016). Essa técnica estabelece um treinamento do
complexo lombo-pelve-quadril, tendo com finalidade aumentar a flexibilidade distal,
por meio de uma estabilização proximal, o que permite a restauração do automatismo e
da força dos estabilizadores, e com isso promove a reabilitação ou a prevenção de
distúrbios que atingem a coluna lombar (O'SULLIVAN et al, 2000; DE OLIVEIRA; DE
ALMEIDA, 2017).

12
Estudos mostram que os principais músculos responsáveis pela estabilização da
coluna lombar é o transverso do abdome e multífidos, ao tornarem-se os primeiros
músculos a serem ativados durante os movimentos. Por conseguinte, estes músculos são
considerados fundamentais na estabilização segmentar (DE SIQUEIRA et al., 2014). A
técnica de estabilização segmentar vertebral possui níveis e estágios avançados de
obstáculo, nos quais a realização correta da técnica é essencial para oferecer um
alinhamento biomecânico mais eficiente. Por esta razão, seu objetivo é promover níveis
eficazes de força funcional, gerando estabilização dinâmica, criando um cinturão
muscular na cintura pélvica, promovendo a rigidez necessária à coluna lombar e
prevenindo a instabilidade postural (DE OLIVEIRA; DE ALMEIDA, 2017).

13
3. MATERIAS E MÉTODOS

3.1 Tipo de estudo

O presente estudo caracteriza-se como uma revisão de literatura narrativa, por


não utilizar critérios explícitos e sistemáticos para a busca e análise de literatura. A
seleção dos estudos presentes foi feita de forma subjetiva, não partindo de uma questão
específica (CORDEIRO et al., 2007).

3.2 Estratégia de Busca

Foi realizada uma busca nas bases de dados LILACS, SciELO, MEDLINE,
PEDro e PUBMED no período de agosto a outubro de 2018. Os idiomas pré-
estabelecidos para esta revisão foram o inglês e português, sendo utilizado as palavras
chaves Chronic low back pain; Lumbar stabilization exercise; Physical therapy e o
operador boleano AND (TABELA 1).

Tabela 1. Estratégia de busca para LILACS, SciELO, MEDLINE, PEDro e PUBMED.

SciELO Chronic low back pain AND Lumbar stabilization exercise


PubMed ("Chronic low back pain Mesh] AND " low back pain "[Mesh]) AND "
Physical therapy "[Mesh]
LILACS Chronic low back pain AND Lumbar stabilization exercise
PEDro Chronic low back pain Lumbar stabilization exercise
MEDLINE Chronic low back pain AND Lumbar stabilization exercise

3.3-Critérios de Inclusão e Exclusão


Os critérios de inclusão adotados foram ensaios clínicos, que apresentaram como
abordagem terapêutica exercícios de estabilização segmentar vertebral ou exercícios
para os músculos estabilizadores da coluna em indivíduos adultos com dor lombar
crônica, que foram publicados entre 2014 e 2018 nos idiomas inglês e português.
Os critérios de exclusão consistiram em artigos de revisão de literatura, estudos
com baixa evidência cientifica ou que não estivessem disponíveis para o acesso
completo.
14
3.4-Análise de Dados

A análise foi qualitativa, através da crítica a qualidade da evidência nas


pesquisas consideradas relevantes utilizando a escala PEDro, considerando elegíveis os
estudos que apresentavam um escore maior que 5 e seguindo os critérios de inclusão e
exclusão, foi realizado um resumo em forma de tabela contendo as informações sobre os
seguintes itens: autores; ano/revista; objetivo; método e resultado.

4. RESULTADOS

O presente estudo revisou na literatura os artigos de maior relevância acerca da


terapêutica de exercícios de estabilização segmentar vertebral em pacientes com dor
lombar crônica. Foram encontrados 68 artigos, sendo que destes 14 se enquadraram, de
acordo com os critérios pré-estabelecidos. Dos 14 artigos selecionados, 02 estavam na
língua portuguesa e 12 estavam na língua inglesa.
O passo a passo da sistematização da busca dos artigos selecionados segue
descrito na Figura 1. O resultado qualitativo após a análise de dados é apresentado de
forma sucinta na tabela 1.

Figura 1. Sistematização da busca

15
16
Tabela 1. Artigos selecionados para o estudo

AUTORES ANO/REVISTA OBJETIVO MÉTODOS RESULTADOS


KIM; KIM. Journal of physical therapy Examinar o efeito dos exercícios de 30 indivíduos adultos com dor lom- Redução significativa da inca-
science, 2014. estabilidade lombar na dor lombar bar crônica, divididos em 3 grupos pacidade em todos os grupos,
crônica. G1(fisioterapia geral), G2 (estabili- com maior diminuição nos
zação lombar), e G3 (estabilização grupos G2 e G3. O grupo G3
lombar + exercícios de flexão). possuiu um maior aumento da
Foram feitos 18 sessões, 3 vezes por atividade EMGs dos músculos
semana. reto abdominal e oblíquos
internos e externos comparados
aos outros grupos.

MOUSSOULI et al. Journal of Physical Activity and Examinar os efeitos de um programa Foram selecionadas 39 Resultados significativos na
Health, 2014. intensivo de exercícios de estabilização mulheres com alocação aleatória em melhora da dor e vitalidade
isométrica e isotônica nas 3 grupos: G1 (estabilização apenas no grupo estabilização
dimensões da qualidade de vida isométrica), G2 (estabilização isométrica. Após 9 meses ainda
relacionada à saúde em mulheres com dor isotônica) e GC observa-se o ganho.
lombar crônica. (grupo controle que não participou
de nenhuma forma de exercício).
Foram 16 sessões, 4 vezes por
semana, com um follow-up de 9
meses pós intervenção.

SEO; PARK. Journal of physical therapy Analisar o efeito do programa de Foram selecionadas 16 mulheres O GP apresentou alivio da dor e
science, 2014. exercícios de estabilização lombar, e força com dor lombar crônica, divididas aumento da força muscular nos
das mulheres de meia-idade que não em dois grupos: GP (estabilização movimentos de flexão e
realizavam exercício físico regularmente. segmentar lombar) e GC (grupo extensão lombar após os
controle que não foi instituído exercícios.
programa de exercícios)

17
CHO et al. Journal of physical therapy Examinar os efeitos de exercícios de Participaram 30 indivíduos, ambos Ambos os grupos diminuíram
science, 2015. estabilização segmentar no ângulo de os sexos, com dor lombar crônica, significativamente o ângulo de
lordose lombar e o índice de incapacidade randomizados em dois grupos: GP lordose lombar, e o índice de
Oswestry em pacientes com dor lombar (exercícios de estabilização incapacidade funcional. Sendo
crônica. segmentar lombar), e GC o grupo de estabilização
(tratamento conservador). Ambos os segmentar lombar com
programas foram realizados 3 vezes resultados superiores ao de
por semana durante 6 semanas. tratamento conservador.
HEO et al. Journal of physical therapy Investigar se a dor e o equilíbrio podem Foram recrutados 36 participantes Houve melhora da dor nos 3
science, 2015. ser melhorados através de exercícios de divididos em 3 grupos: G1 grupos. O grupo estabilização
mobilização torácica e exercícios de (fisioterapia tradicional), G2 segmentar lombar apresentou o
estabilização segmentar lombar. (estabilização segmentar lombar), melhor resultado no quesito
G3 (exercícios de mobilização equilíbrio quando comparado
torácica). As intervenções seguiram aos outros grupos.
3
vezes por semana durante 12
semanas.
JEONG et al. Journal of physical therapy Examinar os efeitos dos exercícios de Foram 40 participantes divididos Houve melhora significativa no
science, 2015. estabilização segmentar lombar e em 2 grupos. G1 (exercícios de índice de incapacidade, porém
exercícios para fortalecimento dos estabilização segmentar lombar e não houve diferença entre os
músculos do quadril, no índice de exercícios de fortalecimento para os grupos. Quanto à força e
incapacidade, na força muscular lombar, e músculos glúteos), G2 equilíbrio a melhora do grupo
equilíbrio. (estabilização segmentar lombar). G1 foi superior.
Foram realizadas 20 sessões.
OH et al. Journal of physical therapy Examinar as mudanças causadas pelos 30 indivíduos do sexo masculino Houve uma melhora
science, 2015. exercícios de estabilização segmentar foram divididos em 3 grupos: G1 significativa do G1 e G2 nos
lombar em pacientes com dor lombar (exercícios dinâmicos com a bola escores de dor, incapacidade
crônica. suíça), G2 (estabilização segmentar funcional, e força muscular
lombar) e GC (grupo controle) que isométrica, sendo o G2 com
continuou escores mais elevados. Não
realizando suas atividades diárias houve resultado significativo no
habituais. Foi realizado 5 sessões grupo controle.
por semana de 30 minutos, durante
12 semanas.
YANG et al. Journal of physical therapy Investigar se a mobilização da coluna Foram selecionados 20 pacientes Foi observado aumento da força
science, 2015. torácica adicionada a exercícios de divididos em dois grupos. G1 e da amplitude de movimento

18
estabilização segmentar lombar, (estabilização segmentar lombar), para flexão e extensão do
aumentam a força muscular e amplitude G2 (estabilização segmentar lombar tronco em ambos os grupos,
de movimento das vértebras torácicas dos + mobilização torácica). Foramn sendo resultados superiores no
pacientes com dor lombar crônica. realizadas 36 sessões, 3 vezes por grupo G2.
semana.
YE et al. International journal of clinical Avaliar o efeito do exercício de Participaram 63 indivíduos do sexo Ambos os grupos apresentaram
and experimental medicine, estabilização segmentar lombar e masculino dividido em 2 grupos: diminuição significativa da dor.
2015. exercício geral na intensidade da dor e Grupo Estabilização Lombar (ESL) O grupo de ESL apresentou
capacidade funcional em pacientes jovens com 30 participantes, e o Grupo aumento significativo sobre a
do sexo masculino com hérnia de disco Exercícios Gerais (GE). Os dois capacidade funcional, quando
lombar grupos receberam 36 sessões, sendo comparado ao grupo GE
realizados 3 vezes por semana.
HOPPES et al. International journal of sports Avaliar a eficácia de oito semanas de um 34 participantes do serviço militar, Ambos os grupos apresentaram
physical therapy, 2016. programa de exercícios de estabilização sendo 18 mulheres e 16 homens aumento da resistência e da
segmentar lombar na resistência física e foram randomizados em dois espessura do músculo
no aumento da espessura do músculo grupos: GP (estabilização transverso abdominal durante a
transverso abdominal durante a contração segmentar lombar) e GC (grupo sua contração, com e sem
com e sem o uso de armadura corporal. controle) onde foram armadura corporal, sendo que o
acompanhados durante 8 semanas. grupo GP proporcionou
A espessura do músculo transverso maiores resultados.
abdominal foi mensurada com
ultrassom.
BOTTAMEDI et al. Revista brasileira de medicina Analisar os efeitos de um programa de Foram selecionados 25 pacientes Ambos os grupos apresentaram
do trabalho, 2016. tratamento para dor lombar crônica com dor lombar crônica, divididos melhora da dor, capacidade
baseado nos princípios da Estabilização em dois grupos: G1 (estabilização funcional e flexibilidade da
Segmentar e da Escola de Coluna. segmentar) e G2 (estabilização coluna lombar. Porém não
segmentar+ escola da coluna com houve diferença entre os
orientações ergonômicas e grupos.
posturais). Os pacientes realizaram
16 sessões, 2 vezes por semana
durante 8 semanas.
LEE et al. Journal of back and musculo- Identificar a segurança e eficácia de um Foram recrutados 65 pacientes, No GP observou-se melhora
skeletal rehabilitation, 2016. protocolo de exercícios de estabilização divididos em GP (estabilização dos índices de dor,
segmentar lombar em pacientes com dor segmentar lombar) e GC (grupo incapacidade funcional e
lombar crônica. controle) que não recebeu nenhum cinesiofobia.
protocolo de exercício. O GP

19
passou por 6 sessões durante 3
semanas.
SOUNDARARAJAN; THAN- Asian spine journal, 2016. Observar a eficácia de um programa de 30 profissionais de informática, Ambos os grupos apresentaram
KAPPAN. estabilização segmentar lombar e um ambos sexos, divididos em dois diminuições significativas para
programa de exercícios tradicionais, na grupos; GP (exercícios de dor e incapacidade funcional,
dor e incapacidade funcional em estabilização segmentar lombar), porém o grupo de estabilização
profissionais de informática com dor GC (exercícios globais para segmentar lombar mostrou
lombar cônica. músculos superficiais do abdome). resultados superiores.
As sessões foram realizadas em dias
alternados durante 6 semanas.
WOO; KIM. Journal of physical therapy Determinar os efeitos do exercício 30 pacientes foram randomizados Ambos grupos apresentaram
science, 2016. estabilização segmentar lombar com o em 2 grupos: G1 (exercícios de diminuição significativa da dor,
exercício de extensão torácica em estabilização segmentar lombar), sem diferenças estatísticas. O
pacientes com dor lombar crônica. G2 (exercícios de estabilização G2 apresentou menor índice de
segmentar lombar + exercícios de incapacidade funcional
extensão torácica). Foram 20 comparado ao G1.
sessões, 5 vezes por semana.

20
5. DISCUSSÃO

Os estudos que unificam esta revisão indicaram, em sua maioria, que a prática de
exercícios de estabilização segmentar lombar teve efeito positivo na diminuição da dor
lombar crônica e aumento da funcionalidade.
Ye et al. (2015) avaliaram o efeito do exercício de estabilização segmentar
lombar e exercício geral na intensidade da dor e capacidade funcional em pacientes
jovens do sexo masculino com hérnia de disco lombar. Participaram 63 indivíduos
dividido em 2 grupos: Grupo Estabilização Lombar (ESL) com 30 participantes, e o
Grupo Exercícios Gerais (GE). Os dois grupos tiveram 36 sessões, sendo realizados 3
vezes por semana, por 12 semanas. A pesquisa de Lee et al. (2016), teve como
propósito, identificar a segurança e eficácia de um protocolo de exercícios de
estabilização segmentar lombar em pacientes com dor lombar crônica, foram
selecionados 65 pacientes, divididos em um grupo de estabilização segmentar lombar e
outro grupo controle. O grupo de estabilização segmentar lombar passou por sessões
durante 3 semanas. Ambos os estudos convergiram para os resultados positivos, sobre
os grupos submetidos a um programa de estabilização segmentar lombar, obtiveram
diminuição significativa da dor pela escala EVA, além de diminuição significativa da
incapacidade funcional.
Moussouli et al. (2014) realizaram um estudo com 39 mulheres, entre 27 e 72
anos, onde 13 foram submetidas a estabilização segmentar lombar com isometria, 13
estabilização segmentar lombar com isotônia, e 13 não participaram dos exercícios,
durante 4 semanas. Observaram que as mulheres que foram submetidas à estabilização
segmentar lombar com isometria obtiveram melhora considerável da dor, e aumento da
vitalidade do corpo. Após 9 meses de intervenção, ainda eram observados os ganhos.
Segundo Soundararajan e Thankappan (2016) tanto os exercícios de musculatura
superficial do abdômen quanto os de estabilização vertebral para musculatura profunda
com ênfase nos multífidos, apresentaram redução da dor e incapacidade funcional,
porém o grupo de estabilização vertebral apresentou resultados superiores.
Jeong et al. (2015) tiveram como objetivo em seu estudo observar os efeitos da
estabilização segmentar lombar incluindo fortalecimento dos músculos dos glúteos.
Participaram do estudo 40 indivíduos, onde foram divididos aleatoriamente, 20
indivíduos foram submetidos a um programa de estabilização segmentar lombar, mais
fortalecimento muscular de glúteos, e 20 realizaram apenas a estabilização segmentar
21
lombar. Ambos os grupos realizaram 20 sessões. Os dois grupos alcançaram diminuição
na incapacidade funcional da coluna lombar, onde estatisticamente não houve diferença
entre os grupos.
Oh et al. (2015) compararam em seu estudo um grupo de 30 pessoas, onde 10
indivíduos foram submetidos a exercícios dinâmicos na bola suíça, outras 10 pessoas, a
estabilização segmentar lombar, e 10 voluntários compuseram o GC (grupo controle)
que não participaram de nenhum programa de exercícios. Os grupos que realizaram
estabilização segmentar lombar e exercícios na bola suíça, apresentaram redução
significativa da dor, incapacidade funcional, e força muscular isométrica, sendo o grupo
de estabilização segmentar lombar com escores mais elevados. No grupo controle, não
foram observados resultados significativos.
No estudo de Bottamedi et al. (2016) avaliaram 25 pacientes com dor lombar
crônica, onde eles foram divididos em dois grupos, submetidos a exercícios de
estabilização segmentar lombar, e o outro grupo realizou exercícios de estabilização
segmentar lombar e orientações ergonômicas e posturais. Os dois grupos apresentaram
diminuição da dor e da incapacidade funcional e flexibilidade da coluna lombar, não
havendo diferenças estatísticas significativas entre os grupos.
Cho et al. (2015) analisaram os efeitos da estabilidade segmentar lombar em 30
pacientes com dor lombar crônica, onde 15 foram submetidos a um programa de
exercícios de estabilização segmentar lombar e outro grupo realizou o tratamento
conservador. Concluíram em seu estudo que todos os pacientes submetidos a exercícios
de estabilização segmentar lombar obtiveram diminuição dos índices de incapacidade
funcional.
Kim e Kim (2014) analisaram os efeitos da estabilização segmentar em 30
indivíduos adultos com dor lombar crônica. Foram divididos 3 grupos: G1 fisioterapia
geral, G2 estabilização segmentar lombar e G3 estabilização segmentar lombar e
exercícios de flexão. Foram feitas 18 sessões, 3 vezes por semana durante 6 semanas.
Woo e Kim (2016) selecionaram 30 participantes, os quais foram randomizados em um
grupo de estabilização segmentar lombar, e outro grupo de estabilização segmentar
lombar e exercícios de extensão torácica, ambos realizaram 20 sessões, 5 vezes por
semana, por 4 semanas. Em todos os estudos, os grupos que foram submetidos a
exercícios de estabilização segmentar lombar, obtiveram resultados satisfatórios tendo
êxitos na diminuição da incapacidade funcional.

22
Seo e Park (2014) analisaram o efeito do programa de exercícios de
estabilização segmentar lombar na força em 16 mulheres de meia-idade que não
realizavam exercício físico regularmente, e em um grupo controle. Notaram que após a
intervenção todas as mulheres que realizaram exercícios de estabilização segmentar
lombar apresentaram aumento no pico de torque nos movimentos de flexão e extensão
lombar após os exercícios. Não houve alteração no grupo controle.
Heo et al. (2015) investigaram se exercícios de estabilização segmentar lombar
eram capazes de ofertar melhora no equilíbrio em pacientes com dor lombar crônica.
Foram recrutados 36 participantes divididos em 3 grupos: G1 (fisioterapia tradicional),
G2 (estabilização segmentar lombar), G3 (exercícios de mobilização torácica). As
intervenções seguiram 3 vezes por semana durante 12 semanas. Identificou que todos os
pacientes que passaram por um programa de exercícios de estabilização segmentar
vertebral, adquiriram melhora no equilíbrio e na estabilidade da coluna lombar e
diminuição da dor.
Yang et al. (2015) investigaram se a mobilização da coluna torácica adicionada a
exercícios de estabilização segmentar lombar, aumentariam a força muscular e
amplitude de movimento das vértebras torácicas dos pacientes com dor lombar crônica.
Foram selecionados 20 pacientes, onde 10 realizaram exercícios de estabilização
segmentar lombar e outros 10 pacientes realizaram exercícios de estabilização
segmentar lombar e mobilização da coluna torácica. Hoppes et al. (2016) avaliaram a
eficácia de oito semanas de um programa de exercícios de estabilização segmentar
lombar na resistência física e na espessura na contração do músculo transverso
abdominal, em militares do serviço militar dos EUA. Foram recrutados 34 militares
randomizados, em um grupo de estabilização segmentar lombar e grupo controle. Nos
dois estudos os pesquisadores observaram que todos os pacientes tiveram um aumento
de força nos músculos da coluna vertebral, sendo que no segundo estudo, através de
imagens de ultrassom, foi possível observar aumento da espessura do músculo
transverso abdominal durante a sua contração após a intervenção.

23
6. CONCLUSÃO

A revisão permitiu constatar que a estabilização segmentar lombar é eficaz no


tratamento da dor lombar e na melhora da capacidade funcional. Os exercícios
propostos pelo método promovem a interação entre os estabilizadores estáticos,
estabilizadores dinâmicos e sistema neural, conseguindo assim estabelecer seus
resultados.
Os estudos também apresentaram outros benefícios tais como diminuição da dor,
redução dos índices de incapacidade funcional, aumento da flexibilidade, redução dos
índices de cinesiofobia, aumento da força muscular, aumento da amplitude de
movimento e melhora no equilíbrio.

24
REFERÊNCIAS

1. ALLISON, G. T.; MORRIS, S. L.; LAY, B. Feedforward responses of transver-


sus abdominis are directionally specific and act asymmetrically: implications for
core stability theories. journal of orthopaedic & sports physical therapy, v.
38, n. 5, p. 228-237, 2008.

2. BOTTAMEDI, X. et al. Programa de tratamento para dor lombar crônica base-


ado nos princípios da Estabilização Segmentar e na Escola de Coluna. Rev.
bras. med. trab, v. 14, n. 3, p. 206-213, 2016.

3. CAMPOS, A. L. P. et al. Prevalência de sintomas osteomusculares em indiví-


duos ativos e sedentários. Fisioterapia Brasil, v. 13, n. 3, 2016.

4. CARLOS, L. C. Análise biomecânica dos músculos do core em praticantes de


diferentes modalidades de treinamento. 2016.

5. CARVALHO, P. R.; PENA, L. O. Prevalência da dor lombar no Brasil: uma


revisão sistemática. Caderno Saúde Pública, v.31, n.6, p.1141-1155, 2015.

6. CHO et al. Effects of lumbar stabilization exercise on functional disability and


lumbar lordosis angle in patients with chronic low back pain. Journal of physi-
cal therapy science, v. 27, n. 6, p. 1983-1985, 2015.

7. DE OLIVEIRA, A.M.C.; DE ALMEIDA, M. R. M. Estabilização segmentar no


tratamento de pacientes portadores de hérnia de disco: uma revisão integrativa.
Encontro de Extensão, Docência e Iniciação Científica (EEDIC), v. 3, n. 1,
2017.

8. DE SIQUEIRA, G.R. et al. A Eficácia Da Estabilização Segmentar Vertebral


No Aumento Do Trofismo Dos Multífidos Em Portadores De Hérnia Discal
Lombar- Revista Brasileira de Ciência e Movimento, v. 22, n. 1, p. 81-89,
2014.

9. DE SOUSA LOPES, C.S. Estabilização segmentar da Coluna Lombar–Uma


revisão narrativa sobre a sua eficácia,2017.

10. GOLVEIA, K. M. C.; GOLVEIA, E. C. O músculo transverso abdominal e sua


função de estabilização da coluna lombar. Fisioterapia e movimento, v.21,
n.3, p.45-50, 2008.

25
11. HEO et al. The effect of lumbar stabilization exercises and thoracic mobilization
and exercises on chronic low back pain patients. Journal of physical therapy
science, v. 27, n. 12, p. 3843-3846, 2015.
12. HOPPES et al. The efficacy of an eight-week Core stabilization program on
Core muscle function and endurance: a randomized trial. International journal
of sports physical therapy, v. 11, n. 4, p. 507, 2016.
13. HOPPES, C. W. et al. Ultrasound Imaging Measurement of the Transversus
Abdominis in Supine, Standing, and Under Loading: a Reliability Study of
Novice Examiners. International journal of sports physical therapy, v. 10, n.
6, p. 910–7, 2015.

14. HOY. D.; BAIN.C,; WILLIAMS. G.; MARCH. L.; BROOKS. P.; BLYTH.
F.; WOOLFA. A.; VOS. T.; BUCHBINDER. R. A systematic review of the
global prevalence of low back pain. Arthritis e rheumatology. v.64, n.6. p.
2028-2037. 2012.

15. JEONG et al. The effects of gluteus muscle strengthening exercise and lumbar
stabilization exercise on lumbar muscle strength and balance in chronic low
back pain patients. Journal of physical therapy science, v. 27, n. 12, p. 3813-
3816, 2015.
16. KIM, G.Y.; KIM, S.H. Effects of push-ups plus sling exercise on muscle activa-
tion and cross-sectional area of the multifidus muscle in patients with low back
pain. Journal of physical therapy science, v. 25, n. 12, p. 1575-1578, 2014.

17. KRELING, M. C. G. D. et al. Prevalência de dor crônica em adultos. Rev bras


enferm, v. 59, n. 4, p. 509-13, 2006.

18. LEE et al. The effect of individualized gradable stabilization exercises in pa-
tients with chronic low back pain: Case-control study. Journal of back and
musculoskeletal rehabilitation, v. 29, n. 3, p. 603-610, 2016.

19. LIZIER, T. D.; PEREZ, M. V.; SAKATA, R. K. Exercícios para Tratamento


de Lombalgia Inespecífica. Revista Brasileira Anestesiologia, v.62, n.6,
p.838-846, 2012.

20. LOVATO, E.C.W. et al. Efetividade da estabilização segmentar vertebral e de


outras técnicas terapêuticas em disfunções da coluna vertebral: revisão sistemá-
tica. Arquivos de Ciências da Saúde da UNIPAR, v. 21, n. 3, 2017.

21. MASSÉ-ALARIE, H. et al. Influence of chronic low back pain and fear of
movement on the activation of the transversely oriented abdominal muscles dur-
ing forward bending. Journal of Electromyography and Kinesiology, v. 27, p.
87–94, 2016.

22. MELO FILHO, J.; EDUARDO, F.M.Cercal; MOSER, A.D. L. Isokinetic per-
26
formance, functionality, and pain level before and after lumbar and pelvic esta-
bilization exercise in individuals with chronic low back pain. Fisioterapia em
Movimento, v. 27, n. 3, p. 447-455, 2014.

23. MOUSSOULI et al. Effects of stabilization exercises on health-related quality of


life in women with chronic low back pain. Journal of Physical Activity and
Health, v. 11, n. 7, p. 1295-1303, 2014.

24. NASCIMENTO, P. C. D.; COSTA, L. O. P. Prevalência da dor lombar no Bra-


sil: uma revisão sistemática. Cadernos de Saúde Pública, v. 31, n. 6, p. 1141-
1156, 2015.

25. OH et al. Comparison of physical function according to the lumbar movement


method of stabilizing a patient with chronic low back pain. Journal of physical
therapy science, v. 27, n. 12, p. 3655-3658, 2015.

26. OLIVEIRA, M.P.; BRAZ, A.G. A importância do fortalecimento da muscula-


tura estabilizadora da coluna vertebral na prevenção e no tratamento das lom-
balgias. Pós Graduação em Ortopedia e Traumatologia com Ênfase nas
Terapias Manuais–Faculdade Ávila, 2016.

27. O'SULLIVAN et al. Lumbar segmentalinstability': clinical presentation and


specific stabilizing exercise management. Manual therapy, v. 5, n. 1, p. 2-12,
2000.

28. PORTILHO, M. V.; SOARES, D. Prevalência de dor lombar crônica em traba-


lhadores de enfermagem: revisão bibliográfica. Revista Amazônia, v.1, n.3,
p.49-55, 2013.

29. RENOVATO et al. Estabilização segmentar da coluna lombar nas lombalgias:


uma revisão bibliográfica e um programa de exercícios. Fisioterapia e
Pesquisa, v.15, n.2, p.200-206, 2008.

30. RESENDE, T. S.; BRINGEL, C. B. N.; ROSA, C. G. S. A eficácia dos trata-


mentos da musculatura abdominal na melhoria das lombalgias posturais: revisão
bibliográfica. Amazônia: science & health, v. 4, n. 2, p. 32-35, 2016.

31. SEO, D.H.; PARK, G.D.Effect of Togu-exercise on lumbar back strength of


women with chronic low back pain. Journal of physical therapy science, v. 26,
n. 5, p. 637-639, 2014.

32. SILVA, Amanda Virgínia da. Estabilização segmentar em lombalgia crônica:


Uma revisão sistemática. 2015.

27
33. SIQUEIRA et al. A eficácia da estabilização segmentar vertebral no aumento
do trofismo dos multífidos e melhora da dor em portadores de hérnia discal
lombar. R. Bras. Ci. e Mov. v. 22, n. 3, p. 81-91, 2014.

34. SMITH, J. A; KULIG, K. Altered multifidus recruitment during walking in


young asymptomatic individuals with a history of low back pain. journal of or-
thopaedic & sports physical therapy, v. 46, n. 5, p. 365-374, 2016.

35. SOUNDARARAJAN, L.R.A.; THANKAPPAN, S.M. Efficacy of the Multifi-


dus Retraining Program in Computer Professionals with Chronic Low Back
Pain. Asian spine journal, v. 10, n. 3, p. 450-456, 2016.

36. SOUTHWELL, D. J. et al. The acute effects of targeted abdominal muscle acti-
vation training on spine stability and neuromuscular control. Journal of Neuro-
Engineering and Rehabilitation, v. 13, n. 1, p. 19, 27 dez. 2016.

37. TOSCANO, J. J. O.; EGYPTO, E. P. A influência do sedentarismo na prevalên-


cia de lombalgia. Revista Brasileira de Medicina do Esporte, v. 7, n. 4, p. 132-
137, 2001.

38. VOLPATO, C.P. et al. Exercícios de estabilização segmentar lombar na lom-


balgia: revisão sistemática da literatura. Arquivos Médicos dos Hospitais e da
Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo, v. 57, n. 1, p.
35-40, 2018.

39. WAONGENNGARM, P.; RAJARATNAM, B. S.; JANWANTANAKUL, P.


Perceived body discomfort and trunk muscle activity in three prolonged sitting
postures. J. Phys. Ther. Sci., v. 27, n. 7, p. 2183–2187, 2015.

40. WOO, S.D.; KIM, T.H. The effects of lumbar stabilization exercise with thorac-
ic extension exercise on lumbosacral alignment and the low back pain disability
index in patients with chronic low back pain. Journal of physical therapy sci-
ence, v. 28, n. 2, p. 680-684, 2016.
41. YANG, S.R.; KIM, K.; PARK, S.J. The effect of thoracic spine mobilization
and stabilization exercise on the muscular strength and flexibility of the trunk of
chronic low back pain patients. Journal of physical therapy science, v. 27, n.
12, p. 3851-3854, 2015.
42. YE et al. Comparison of lumbar spine stabilization exercise versus general exer-
cise in young male patients with lumbar disc herniation after 1 year of follow-
up. International journal of clinical and experimental medicine, v. 8, n. 6, p.
9869, 2015.

28

Você também pode gostar