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V I S E M EA D
Po lít ic a Ge s t ã o T e c n o l ó g i c a
PARANAENSE NA DÉCADA DE 90
AUTORES:
PARANAENSE NA DÉCADA DE 90
Este artigo por objetivo identificar as especificidades delineadas pelo novo padrão de
industrialização da economia paranaense e seus rebatimentos em termos da reorganização
espacial da indústria. A questão central da investigação proposta diz respeito à identificação
das mudanças estruturais no padrão de aglomeração espacial das indústrias do Paraná nos anos
90, utilizando o recorte analítico baseado no conceito de clusters. Como resultado apresenta-se
um mapeamento das principais aglomerações especializadas da industria, buscando contribuir
com sugestões de políticas públicas para desenvolver e potencializar os arranjos produtivos
locais no Estado do Paraná.
INTRODUÇÃO
‘’A globalização não elimina os contextos sociais e institucionais locais. Ao contrário, reforça a
importância dos tecidos locais.”
(...) “O sucesso econômico de cada país, região ou localidade passa a depender da capacidade de
se especializar naquilo que consiga estabelecer vantagens comparativas efetivas e dinâmicas,
decorrentes de seu estoque de atributos e da capacidade local de promoção continuada de sua
inovação. Campolina, (2000)”
“os clusters industriais não devem ser concebidos como mera aglomeração espacial das atividades
industriais presentes em determinados setores, mas sim como arranjos produtivos onde predominam
relações de complementaridade e interdependência entre diversas atividades localizadas num
mesmo espaço geográfico e econômico. Esses clusters são concebidos como ponto de confl uência
entre a organização de sistemas regionais-locais de inovação no plano institucional e a emergência
de redes de firmas como forma padrão de conformação empresarial desses sistemas.”
2 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
Tendo em vista o grande número de ocorrências de QLs > 1, ocasionado pelo fato
da composição segmentos-regiões contemplar setores ainda com baixa densidade na
composição de empregos e VA no Estado, optou-se por critério de seleção que segue a
seguinte tipologia:
- Soma-se todos os QLE (emprego) ou QLV (VA) do segmento (=100%).
- Calcula-se a participação no total de QLE ou total de QLV (PVA) para
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Foi criada uma codificação própria para o agrupamento da indústria extrativa mineral e da indústria de transformação,
cotejando os códigos da CNAE da RAIS (283 segmentos), a 5 dígitos e da CAE da SEFA, a 6 dígitos (482 segmentos). Esta compatibilização
resultou em 98 agrupamentos representando os segmentos significativos presentes na estrutura industrial paranaense, respeitan do as duas
nomeclaturas utilizadas nos códigos CNAE e CAE.
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empregos.
A seguir, classificou-se os segmento especializados (QLs > 1) em de Baixa (B),
Média (M) e Alta (A) especialização obtidas pelo seguinte procedimentos:
- Baixa Especialização(B) para participação no QL total em emprego ou VA entre
0 e 25%
- Média Especialização(M) para participação no QL total em emprego ou VA
entre 26% e 50%
- Alta Especialização(A) para participação no QL total em emprego ou VA > 50%
ou participação de empregos e VA à nível de estado for maior que 0,9%.
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As principais teses sobre as transformações recentes do desenvolvimento regional brasileiro são apresentadas por Diniz,
(1995) que defende a tese da concentração poligonal, a de Pacheco (1999) que identifica um proc esso de fragmentação dos núcleos
dinâmicos, defendendo a tese das “ilhas de produtividade” e a visão de Galvão e Vasconcelos (1999), que analisam a dinâmica e spacial da
economia brasileira com enfoque para a escala microrregional ou local.
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Na visão de Pacheco (1999), uma das “ilhas de produtividade” e na visão de Dinix(1995), como um dos vértices do
polígono.
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Esta tipologia se fundamenta nas fontes de vantagens competitivas da localização,
desenvolvida por Porter (1999) – O “Diamante” da Vantagem Nacional.
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