União do Vapo#r05

E-zine Brasileira dos Reinos de Ferro - Ano II

MEMBROS MEKÂNICOS
HISTÓRIA DAS ARMAS DE FOGO - SEMENTES DE AVENTURA E MUITO MAIS
 União Do Vapor
Edição #05
Novembro/2007 S UMÁ R IO ED ITO R IA L
Atenção marujos!
EDITOR Editorial .................................3
Fradie
Demorou um pouco mais que o planejado, mas
REVISÃO Conto: conseguimos trazer-lhes a União do Vapor #05, a edição
Cassiano O Cavaleiro Verde ......................4 que abre nosso 2º anos juntos para explorar os implacáveis
Reinos de Ferro.
DESENHOS Resenha: Sem Trégua ...................8 Trazemos algumas informações importantes a
Fernalf
Kenku quem quiser sobreviver um pouco mais em Caen,
Salver MãoLeve CdP: trazendo material nosso e de nossos parceiros de
A Ordem da Lua de Sangue ........10 aventuras, principalmente de uma certa estalagem - a
DIAGRAMAÇÃO E LAYOUT Bucaneer Bass - que muito bem nos acolheu, e foi nela
Fradie Charge União ....................16 e 30 que descobrimos sobre o temível Cavaleiro Verde da
Pramon71
cidade de Cinco Dedos, bem como ouvimos alguns
CAPA 10 Perguntas: Matt Wilson ..........17 rumores que qualquer bom aventureiro trataria como
Leonel Domingos Sementes de Aventura.
(leonelarquitetura@gmail.com) Membros Mekânicos .................19 Temos, ainda, em nossa bagagem um resumo
sobre Membros Mekânicos e seu funcionamento, e, com
EQUIPE UNIÃO DO VAPOR Sobre armas de fogo ..................22
Anarkiridian - Vitor Urubatan muito esforço, conseguimos informações sobre a Ordem
Cassiano - Cassiano "não nasci em Cáspia!" Oliveira da Lua de Sangue, oculta em algum lugar desconhecido.
Fernalf - Fernando Santos Funcionário da Vez: Um novo colaborador nos presenteou com um ótimo
Fradie - Francis Diego Almeida Wolfe D'Anthys .......................25 material acerca da evolução das armas de fogo (reais, não
Kenku - Jorge Paiva de fantasia).
Lynx - Jânio Lima Garganta Mekânica ....................26
Nume Finório - João Paulo Francisconi Aproveitamos esse longo período de trabalho para
Pramon71 - Paulo Ramon ousar um pouco mais e participar do lançamento de um
Rbonelli - Raphael Bonelli Evento: romance de RPG ambientado em uma outro mundo que
Salver Mãoleve - Emanuel Braga Sessão de Autógrafos ..................28 não os Reinos de Ferro. Agora chega de conversa mole e
ScreckNET - Guilherme Ferreira vamos ao que interessa... AO TRABALHO!
Sieg - Leandro Tavares Sublime Devaneio .....................31
Steam Jegue - David Bertoldo Equipe União do Vapor
Sutekh - Mauro Gonçalves ATENÇÃO
Zenner- Francisco Rodrigues Sementes de Aventuras ...............32 União do Vapor é uma publicação independente feita de fãs para
fãs. Todo material descritivo e imagens encontrados nessa
* Open Game License ..................34 publicação são trademarks de seus respectivos autores. Todo
material referente a regras e sistema D20 são considerados Open

3 Game, sendo livre sua utilização em qualquer produto que siga a

Licença Aberta D20. Para mais detalhes, uma cópia da Open
Game License pode ser encontrada no final desta e-Zine.
 Conto
O C avale iro Ve rde
Lascas voaram do topo da mesa quando
outra salva de tiros de mosquete golpeou a casa.
Honour xingou reflexivamente, sua boca torceu-se
em uma carranca e Dokor curvou-se para perto do
chão de terra nua, escondendo seu grande corpo o
melhor que pôde, atrás de um único pedaço da
mobília.
"Parece que nossa rendição se tornou
discutível” observou Matthias ironicamente. "Eu
espero que todos tenham feito as pazes com
Morrow”. As duas mulheres lhe lançaram olhares
severos, cerrados em desaprovação à leviandade
dele.
"Olhe," disse Viridian. "Se tudo que eles
querem é dinheiro, por que não pagamos e
acabamos com isto?"
"Tudo que eles queriam era o dinheiro, mas
está além disso agora!" disse Matthias. "Agora é
sobre orgulho e honra."
"Que orgulho esses cães corruptos podem
ter?" reclamou Honour, as mãos tensas agarrando o
cabo da espada. Ela parecia estar mais frustrada do
que amedrontada. Ter que se esconder, mesmo que
para a sua própria segurança, era um fardo. Matthias
se lembrou de todo tipo de jovens cavaleiros que
eles mesmos mataram perseguindo vitórias frívolas;
“Todo coração e nenhuma cicatriz” como dizem os
veteranos.
"Sua atitude não ajuda muito. Você
humilhou um homem deles por completo e para
toda a rua ver", disse Matthias. "Eles provavelmente
nos matarão simplesmente para reassegurar para a
ralé o poder dos Casacos Verdes."
"Cruel", resmungou Viridian, com o som
de culatras sendo fechadas ecoando pela loja de
tortas; os mosqueteiros estavam se preparando para
atirar novamente.
"Ordem, não justiça", respondeu Warlock.
Ele parecia ter mais a falar quando notou uma fina
nuvem de pó de gesso cair do teto. Erguendo a
cabeça, ele escutou. Houve um sombrio e distante
baque e mais pó de gesso caiu.
"Os candelabros estão tremendo", Honour
observou, olhando para cima. Por sua vez, Dokor
pôs a palma da mão sobre o chão, sentindo as
vibrações dos baques continuarem. Ele cheirou o ar
e então olhou através das janelas, ao longo da
parede sul da loja de tortas, como se esperasse ver
algo.
"Algo grande se aproxima ao sul", declarou
o ogrun simplesmente, enquanto agarrava melhor
sua machete de guerra.
4
"O Cavaleiro Verde", disse Matthias,
mexendo a cabeça cansadamente.
“Cavaleiro Verde?” perguntou Viridian.
Antes que Matthias pudesse responder, um
som surgiu, assobiando alto na rua além da parede
sul. Dois volumosos pés de ferro forjado podiam ser
vistos pelas janelas, assim como também um novo
agrupamento de figuras com casacos verdes. Houve
um momento de silêncio e, olhando por cima da
mesa virada de pernas pro ar, eles podiam ver que
os mosqueteiros estavam prontos, esperando apenas
o sinal para atirar.
"Nós temos que ir agora!" disse Matthias,
entretanto, suas palavras foram consumidas pelo
som da parede sul e do teto que estavam sendo
partidos ao meio. Vigas de apoio rangeram e
racharam; a alvenaria estourou em uma explosão de
gesso e escombros, tijolos quebraram como vidro.
No meio da destruição, uma figura sólida de ferro
abriu seu caminho através da parede da loja de
tortas. Rodas dentadas e engrenagens maiores que a
cabeça de uma pessoa, giravam e rangiam, punhos
de metal golpearam repetidamente as paredes.
Olhos de vidro verde salientavam-se para fora de
sua cabeça, a qual parecia com o capacete de um
gigante blindado. Vapor assobiou de seu corpo de
chapas grossas, na qual foi pintado um símbolo em
verde esmeralda, um escudo de cavaleiro.
"Morrow nos ajude”, sussurrou Honour
enquanto aquele gigante-a-vapor conhecido e
temido por toda Cinco Dedos como “Cavaleiro
Verde” continuou batendo na parede da loja,
ameaçando demolir o edifício, quando então, ele o
fez. A coluna de suporte do teto, um poste de
trinta centímetros de espessura, de madeira de
lei, rangeu ameaçadoramente quando as
agressões do ‘gigante’ começaram a cobrar seu
preço.
"Esse telhado já era!" gritou Viridian
acima do barulho estrondoso.
"E nós também!" declarou Honour.
Ela acenou com a cabeça uma silenciosa
instrução a Dokor, que forçou a mesa virada de
pernas pro ar sobre o seu ombro. Seguido de um
grito de batalha, ele investiu contra os
mosqueteiros na escada, usando a mesa como
escudo. Surpreendidos pelo ataque repentino,
dois dos mosqueteiros sequer conseguiram
disparar suas armas antes da mesa atingi-los na
cabeça. Aproximando-se de Dokor, Honour usou
a mesa como rampa, correndo sobre ela para
alcançar os dois outros mosqueteiros nos
degraus mais altos. Suas botas encouraçadas
pousaram entre os dois homens e ela os
derrubou com golpes de sua longa lâmina. O
primeiro fuzileiro caiu no mesmo momento, mas
o segundo tentou dar um tiro. Para o horror
dele, a bala ricocheteou no ombro da armadura
de Honour e perfurou a parede. Honour grunhiu
com a dor do impacto e então sua espada perfurou
profundamente o pescoço do homem. Ele caiu
morto e seu mosquete caiu por cima do corrimão
da escada para o chão do restaurante.
5
"Podemos?" ofereceu Honour, gesticulando
à porta como um porteiro ou um criado que se
posta ao lado da carruagem. Viridian e Matthias
correram pela escada, deixando Dokor para trás.
No topo dos degraus, Matthias parou para
ver o trabalho que Honour e Dokor tinham
feito.
"Impressionante," ele disse com um aceno
e um sorriso. Honour sorriu atrás com uma
alegria cruel.
O Cavaleiro Verde derrubou metade da sala
de serviço principal da loja de tortas com um
estrondo pulverulento depois de criar um
buraco finalmente grande o bastante para seu
tamanho férreo. Suas engrenagens sacudiram
ruidosamente quando virou a cintura para
encarar os fugitivos correndo. Então parou.
Matthias e Viridian lançaram-se pela porta
justo quando um frágil homem com casaco
verde subia pelo entulho do buraco deixado
pelo Cavaleiro Verde. Ele atingiu o chão da
loja de tortas a tempo de ver Honour saindo
pela porta.
"Pegue eles", ele gritou paro o gigante-a-
vapor, que chiou e agitou-se em movimento.
Com uma expelida de fumaça do seu
exaustor, o Cavaleiro Verde lançou os restos
quebrados da mobília da loja de tortas para
longe e investiu contra um Dokor em fuga.
Quando ele correu para cima dos degraus, o
guerreiro ogrun arrancou a perna de uma mesa
virada e lançou-a no operador do Cavaleiro Verde.
Porém, a pontaria dele foi ruim, e seu projétil
improvisado apenas bateu inofensivamente na viga
do braço direito do Cavaleiro. Após isso, já estava
porta a fora, na luz do meio-dia.
*********
O Capitão Horace Fauxall, comandante da
guarda, agradou-se em ver o quarto fugitivo
emergir da loja de torta. O ogrun veio parar
próximo aos outros criminosos, que ficaram
parados na rua, como covardes. Entre ele e os
fugitivos estava o seu comando inteiro, um quarto
da força total dos Casacos Verdes. A maioria só
estava armada com bastões de metal que eram a
principal arma entre a guarda de Cinco Dedos, mas
alguns seguravam espadas ou lanças e pelo menos
uma dúzia carregava pistolas. Era claramente um
exagero, mandar tantos homens de armas para
apenas quatro transgressores da lei, mas Horace
entendia bem a relação integrante entre poder e a
aparência de poder. Lutas de rua entre gangues
rivais era uma coisa, entretanto, surrar um de seus
guardas publicamente era diferente. O Capitão quis
ter certeza que todo o mundo no distrito
entendesse quem mandava. O mago-pistoleiro
Matthias Warlock havia sido, por muito tempo,
insolente e sem lei. Agora parecia que ele havia
reunido um bando para si e estava preparado para
desprezar a autoridade dos Casacos Verdes
abertamente. Horace não toleraria isto!
Por detrás do ogrun que surgia, as paredes
da loja de tortas começaram a gemer e expelir
pedaços de tijolo. Horace lançou um olhar
cauteloso para cima quando notou rachaduras que
se estendiam da base do edifício da loja até o último
andar, três pavimentos sobre a rua. Como tantos
gigantes-a-vapor, o Cavaleiro Verde era uma
máquina simples, poderoso, mas não dado à
sofisticação. Precisava ser mantido em uma correia
curta ou então poderia correr enlouquecido
facilmente. Horace se dirigiu ao sargento de sua
guarda, em pé ao seu lado.
"Tomask, precisa parar aquela coisa
sangrenta”, disse Horace. "Onde está o pequeno
parasita?".
"Lá", respondeu o sargento, horrorizado,
como o prédio da loja de torta começou a tombar
na interseção. O chão tremeu e uma vasta nuvem de
pedregulho e escombros choveu sobre a
pavimentação da rua. Horace tentou gritar uma
advertência aos seus homens, mas foi atingido por
um pedaço de tijolo que o golpeou no tórax.
Ofuscado, ele assistiu a poeira envolvê-lo como
uma névoa rosa suja. Vagamente, ele pensou que
havia algo com o que ele deveria estar preocupado,
mas não pôde se lembrar do que. A “coisa
importante” dançou como um fogo-fátuo à
extremidade de sua mente. Embora ele tenha
tentado compreender isto, este pensamento partiu
rapidamente, importunando-o. Apesar disto ele se
sentia aquecido e bastante tranqüilo. Deitou-se
6
durante algum tempo, enquanto desfrutava do
calmo silêncio.
A tranqüilidade de Horace foi atrapalhada
pela face do sargento, que apareceu sujo de sangue
na sua frente. O sargento parecia muito preocupado
com algo. Então outra face apareceu, era o Pastor
Habrann, sacerdote do Ascendido Solovin. O Pastor
estava dizendo algo que Horace não pôde ouvir.
Então ele sentiu uma mão por baixo da sua cabeça e
percebeu que o seu cabelo estava molhado. Ele
tentou lembrar vagamente se havia caído sobre
alguma poça. A boca do Pastor continuou se
movendo e aos poucos a audição de Horace
começou a voltar. No princípio, eram apenas as
palavras do sacerdote, começando como distantes
sussurros e crescendo então em tom e em timbre
até as sílabas ricas da oração curativa chegarem a
ele. Então gradualmente vieram outros sons, como
o chocalho ocasional da alvenaria, misturados com
suspiros aflitos e gemidos. Por último vieram as
chamadas apavoradas dos seus homens, apressados
para buscar seus feridos. Quando o seu sargento e o
Pastor o levantaram, Horace finalmente captou o
fogo-fátuo. Sentando ele pôde ver a carnificina que
o edifício desmoronado havia causado.
"Sua cabeça está curada", disse Pastor
Habrann com a sua voz suave. "Mas você ainda tem
outros ferimentos."
O Capitão Horace encolheu os ombros da
mão do padre e se levantou, mas estava ofegante
devido à dor selvagem em seu peito. A cabeça envergonharemos os bastardos e quando nós
dele girou vertiginosamente. fizermos isto, EU vou curtir suas peles
sangrentas para um novo casaco!"
"Você tem três costelas quebradas",
explicou o Pastor. "Foi bom que você estar O sargento saiu rapidamente, certo que
usando sua armadura, ou o tijolo que o atingiu o Capitão quis dizer cada palavra. Quando o
o teria matado certamente.” homem saiu, o Capitão deu outra olhada,
fazendo uma avaliação mais completa do dano.
Horace absorveu as palavras do homem Quando ele percebeu que não podia ver o
enquanto olhava ao redor, vendo a metade dos gigante-a-vapor dos Casacos Verdes, ele chamou
seus homens feridos ou pior. Temperamentos outro dos seus homens, que estava sentado por
estavam esfarrapados, vários dos seus homens perto: "Onde está o Cavaleiro Verde?".
brigavam enquanto os moribundos precisavam
de assistência. Uma fúria floresceu no coração O homem acenou com a cabeça para a
de Horace como uma flor de lâminas quentes pilha de pedregulho onde a loja de torta havia
vermelhas. Ele fixou um olhar penetrante no estado. "Enterrado ali debaixo", ele disse.
seu sargento. "Alguém disse que o pó tinha apagado o fogo da
caldeira, e entupiu os tubos!"
“O grupo de Warlock?" ele perguntou
em um rosnado igualmente de dor e raiva. Horace queria o gigante-a-vapor de pé
e funcionando o mais cedo possível. "E onde
"Escaparam, nós achamos", disse o está Tomask?" ele perguntou.
sargento com um balanço de cabeça.
"Com o Cavaleiro, eu acho!"
"Envie um mensageiro", começou o
Capitão, então ele parou quando uma tosse
tremeu o seu corpo. Ele engoliu dolorosamente
e recuperou controle do seu corpo ferido.
"Envie um mensageiro; feche as pontes e conte By Matthew Barron
ao Comandante. Pegue todo “casaco” Buccaner Bass (www.buccaneerbass.com)
sobressalente que tiver por aqui. Eles terão que Traduzido por Cassiano Oliveira
parar em algum lugar! Nós precisamos mantê-
los no distrito e queremos uma ratoeira em
cada buraco onde eles possam se esconder. Nós

7
 Resenha Se m Trég u a
“No Quarter”, esse é o nome da revista
bimestral publicada pela Privateer Press para
divulgar as novidades de seus produtos e expandir a
linha temporal do cenário dos Reinos de Ferro nos
Eua, nessa revista podemos encontrar material tanto
para o jogo de miniaturas dos RdF, Warmachine,
quanto para o cenário D20, com expansão de regras
e mostrando um pouco mais desse maravilhoso
cenário a cada edição, seja através de classes –
básicas ou de prestígio –, novos monstros ou
gigantes-a-vapor, seja apresentando personalidades
e lugares importantes de Immoren Ocidental.
Pois agora, depois de tantos pedidos por
parte dos fãs foi lançado – no dia 04/06/2007 –
em terras tupiniquins, pela Jambô Editora o SEM
TRÉGUA – Volume Um, um suplemento que reúne
somente matérias da NQ relativas ao cenário de
RPG dos Reinos de Ferro – já que, infelizmente,
ainda não temos Warmachine por aqui.
O suplemento já nasceu iluminado, pois,
além do excelente material que aborda em suas 64
páginas, do qual falaremos a seguir, foi nomeado
com uma das melhores traduções que o nome No
Quarter poderia ter – SEM TRÉGUA – afinal o
termo tem uma tradução muito difícil, contudo o
contexto em que é usado em sua versão norte-
americana dá a deixa para que possamos entender o
significado que os autores quiseram que o termo
tivesse.
Acerca do material que o compõe, só
podemos dizer que a editora fez uma excelente
escolha nesse 1º volume, eis que aborda materiais
integrantes das edições 01 a 08 da NQ. E já que
tocamos nesse ponto, vamos a um breve comentário
sobre o conteúdo do suplemento.
Já no começo nos deparamos com uma
incrível introdução de Leonel Caldela, que nos
passa com muita propriedade o clima do
suplemento e do próprio cenário. Contudo, merece
nota “0” a frase final da introdução: “Jogue como um
homem!”, creio que deve ser uma boa tradução para
o mote "play like you’ve got a pair", mas parece
que tende a afastar um pouco as jogadoras do
cenário.
Na seqüência, temos uma matéria sobre
magos-pistoleiros, abordando as duas principais
ordens existentes no cenário, a Ordem Militante da
Tormenta Arcana – sediada em Cygnar- e a Leal
Sem Trégua – Volume Um Ordem da Rosa Ametista – sediada em Llael -, nos
Editora: Jambô dando uma visão de como as coisas estão após a
Formato: 64 págs, Capa mole, P&B invasão de Khador. Temos 04 (quatro) novos
Autor: Vários talentos e 09 (nove) novas magias exclusivas para a
Preço: R$ 16,90 classe. A matéria traz ainda novas regras para balas
Idioma: Português rúnicas e dicas de como obter uma pistola arcana.
http://www.jamboeditora.com.br/editora/rf-st1.php
Nota: 19/20 A seção Máquinas de Guerra apresenta 04
gigantes-de-guerra, com descrição, dados técnicos,
ficha para o sistema D20 e uma bela ilustração do
8
gigante e seus componentes. Os gigantes-de-guerra
apresentados são, na ordem:
* Encouraçado, de Cygnar;
* Redentor, do Protetorado;
* Sanguinário, de Cryx; e
* Kodiak, de Khador (meu preferido).
Uma das melhores seções do suplemento
são Os Encontros Pendrake, onde o nosso querido
professor Viktor Pendrake (Rgr 5/Estudioso
Aventureiro 9) descreve algumas criaturas que
habitam Immoren Ocidental. Na primeira parte é
narrado um encontro com uma Donzela da Tumba,
um construto mekânico já conhecido da Trilogia do
Fogo das Bruxas, contudo a matéria não nos
reapresenta a ficha da criatura, mas dois modelos
rápidos (“templates” para serem aplicados a
criaturas), que serão abordados em detalhes no
Monstronomicon (para maiores detalhes veja sua
edição nº 02 daUdV ou espere o lançamento do
livro). Além, há um novo talento e o subtipo
“mekânico” para monstros.
O “encontro” seguinte ocorre no Bosque da
Geada, onde um grupo de elfos Nyss estão sendo
atacados por um troll atroz. Desta vez temos 03
novos talentos sendo 01 para trollóides com a
habilidade “brado da matança” e os 02 restantes para
os Nyss.
Os três encontros seguintes constituem
uma pequena história chamada Morte nas Planícies
e narram o encontro de Pendrake com os Skorne e
suas bestas de guerra, bem como um encontro
inusitado e surpreendente após sua captura por essa
raça odiosa. Na 1ª parte conhecemos o Ciclope
(esqueça o modelo mais famoso) e um novo modelo
rápido: Condicionado pelos Skorne. Já na 2ª parte,
surge o poderoso Titã (uma espécie de paquiderme
bípede) e nos é apresentado um pouco melhor o
clima das Planícies da Pedra Sangrenta. E,
finalmente, na 3ª parte, temos o estranho Basilisco
dos Reinos de Ferro e sua poderosa rajada ótica.
Os Reinos de Ferro estão em guerra!
Gigantes-a-vapor marcham pelas estradas e
campos, esmagando os dias de paz. Os céus
ficam negros com a fumaça de incêndios e
foguetes, os mares fervem de sangue e magia, e
os próprios deuses se enfrentam pela fé dos
mortais. A trégua acabou.
Na seção Forja e Fundição são apresentados
diversos tipos de equipamentos típicos dos Reinos
de Ferro, neste volume temos o equipamento dos
Cães do Diabo, uma companhia mercenária
especializada em enfrentar gigantes-a-vapor, como
por exemplo a Espada Atordoante MacHorne e a
poderosa Pistola-Bazuca, bem como a habilidade de
arma “atordoar” que afeta construtos. Temos ainda
uma segunda matéria sobre equipamento de
espionagem usado nos Reinos de Ferro e, ainda, nos
são apresentadas 03 das maiores organizações do
cenário e o material empregado por estas.
Em Pistolas ao Amanhecer temos regras
9
completas para duelos nos Reinos de Ferro,
envolvendo todas as etapas do mesmo, desde a
escolha de armas até condições de vitória. Por
serem questões de honra, a covardia e a trapaça em
duelos trazem conseqüências sociais para quem
recusa um duelo ou trapaceia em um.
Por fim, temos duas classes para os servos
do Legislador, o Cavaleiro Exemplar, classe básica
complementar ao paladino, são os protetores da fé,
a polícia de Menoth com suas poderosas Lâminas
Relíquias. Há, ainda, o Perscrutador, uma classe de
prestígio indicada para PdM’s, pode-se dizer que são
os torturadores de Menoth, os caras que fazem o
trabalho sujo.
Vale destacar a maior sacada do
suplemento, qual seja, dez dicas para ajudar mestres
iniciantes (ou não, na minha opinião) a começar
uma campanha. Gosto de todas, já que todas são
válidas em qualquer campanha, nem só nos Reinos
de Ferro, mas minha favorita é a de nº 8 – “Material
oficial? Que vá oficialmente para o inferno.” – é
genial.
E para finalizar, uma massagem em nosso
ego: Não deixem de ler os agradecimentos logo no
começo do suplemento. Ah, e onde se lê “Cassiano
Ferreira”, leiam “Cassiano Oliveira”.
Por Fradie.
As opiniões expressas nesse artigo são de total
responsabilidade de seu autor.
A Ordem da Lua
de Sangue
“Medo do escuro, medo do escuro;
Eu tenho medo constante de que algo está sempre perto.
Medo do escuro, medo do escuro;
Eu tenho uma fobia de que alguém está ali.”
Fear Of The Dark, Iron Maiden
“Se eu tenho medo do escuro? Claro que sim! Sempre
existe algo nas sombras. Coisas que não enxergamos.
Espreitando, esgueirando, sempre prontos para nos matar.
Como eu sei de tudo isso? Simples: eu já vi. São demônios
que nos observam das sombras, com olhos famintos e
sempre de olho em nossos corações e almas. Seus rostos
encobertos por mantos para nos ludibriar.
Ouça minhas palavras: cuidado com as sombras. Elas
escutam tudo o que não queremos, apenas para virem nos
matar.”
Os maiores pesadelos estão envoltos na
escuridão. Assaltantes, vagabundos, meliantes,
monstros. Todos estão encobertos por uma sombra,
seja de mistério e fascinação, seja de medo e
desespero. Por mais que queiramos, nossos medos
estão lá, apenas nos esperando para, em um
momento banal, acabar com nossos sonhos ou vidas.
Assassinatos são mais comuns do que imaginamos.
Intrigas, disputas, traições, todos eles tem um
denominador comum: a faca afiada de um assassino
e o sangue quente de sua vítima, ainda nela e
escorrendo pelo chão, rumo a sarjeta, como se nada
fosse.
Já pararam para pensar
porque fazemos muita coisa,
mesmo que errada, apenas de
noite? Seu manto permite a
libertação das amarras morais,
pois, no nosso inconsciente,
pensamos não estarmos sendo
observados por uma existência
maior que nos julga, salvos por
um manto negro de segurança e que nos livra dos
escrúpulos da sociedade.
Assim somos todos nós. Alguns apenas
10
ficam com medo, outros encontram a sua
libertação. Estes são os mais perigosos, pois ela
geralmente envolve atividades que ninguém, em sã
consciência, faria.
Sejam bem-vindos ao desconhecido
submundo da Ordem da Lua de Sangue, uma
terrível organização envolvida em assassinato,
depravação, enfim, tudo que acontece escondido
sobre o soturno manto da noite.
A gênese de um assassino
Bom, chegamos à parte mais interessante
aqui, cadetes. O que são assassinos? O que leva ao
nascimento de um assassino? Eis aqui a resposta
para vocês: vários motivos, especialmente aqui, em
Immoren Ocidental. A tradição nos diz que eles são
crianças abandonadas, pobres sem esperança e
capazes de qualquer coisa para sobreviver, enquanto
que muitos outros dizem que isso é de nascença.
Entretanto, não sabemos o que leva uma pessoa a
seguir esse caminho, pois vários motivos existem, e
são tão diversos que podem confundir e
escandalizar a todos nós. Já interroguei assassinos
que disseram que seguiram essa vida para se vingar
de nós.
Sigam meu conselho: à noite, sempre
patrulhem em duplas, e estejam sempre alertas para
ajudar seus companheiros. Eles nos iludem,
aproveitando-se de roupas escuras e leves contra
nossas armaduras. Além disso, costumam ser
mortais com as armas que usam, e sempre têm mais
do que aparentam.
Mas deixem eu lhes contar uma história de
quando eu era um soldado.
"Era uma noite escura, sem lua, quando
meu superior e eu ouvimos o apito de um dos
guardas. Quando chegamos lá, encontramos um
homem alto, com aproximadamente um metro e
oitenta de altura, usando roupas escuras e um
manto que cobria seu rosto, terminando o seu
trabalho e eliminando o guarda que nos alertara.
Quando ele nos olhou, não com cara de espanto,
mas sim com olhos muito tranqüilos, fiquei
horrorizado. Meliantes geralmente agem contra nós
por medo, mas este tinha algo de diferente: ele não
nos temia. Parecia ter pena. Investiu contra nós com
toda a sua habilidade – sim, foi assim que eu perdi o
meu olho esquerdo e, por pouco, não perco o
direito também. A luta foi dura, mas meu superior
conseguiu surpreendê-lo, acertando um golpe em
seu ombro.
Aqui, antes de ser uma sala de treinamento,
era uma sala de interrogatórios. No canto esquerdo,
ele foi torturado com as piores técnicas de tortura
e, mesmo assim, nunca falou nada. Em um dialeto
estranho, ele entoava uma espécie de oração,
falecendo logo em seguida. O fanatismo sempre nos
derruba".
Honra entre assassinos?
Enquanto isso, longe dos olhos do resto do
mundo, um jovem ladrão, que sonhava com uma
vida de riqueza, acorda amarrado no cemitério
local, uma mulher em trajes vermelhos começa a
lhe falar:
Prazer em conhecê-lo, jovem Ian. Lamento
por nosso encontro nestas circunstâncias, mas
elas são necessárias. Estou aqui para lhe propor que
se junte a nossa organização, e temo que esta
escolha não seja opcional. Sabe, nós temos que nos
manter em sigilo e, como eu me mostrei para você,
só lhe restam duas escolhas: aceitar meu convite ou
morrer.
O quê? Como eu sei o seu nome? Com
medo? Deverias, pois nós o estamos observando há
mais tempo do que podes imaginar. Suas habilidades
são incríveis, sua frieza de caráter é o que
procuramos, e sua “escolha” selou o seu destino
como um dos nossos.
Vê, nossa organização existe há mais tempo
do que a maioria das guildas que você conhece, mas
informações sobre nós não existem.
A verdade é só uma: nós queremos que seja assim.
Sabe, não nos interessa em nada termos fama, pois
ela só atrapalharia o nosso trabalho. A única coisa
que queremos é discrição.

A ordem impronunciável A ORIGEM DE TODO O MISTÉRIO

Depois deste incidente, fomos para as ruas Ao meu estimado benfeitor.

tentar colher alguma informação acerca do homem
misterioso. Para nosso desespero, ninguém sabia.
Jamais ouviram qualquer coisa a respeito. Nem os
ladrões mais informados sabiam algo. Era inútil
continuarmos a nossa busca. Eles nunca existiram,
ao menos publicamente.
Se eu acredito neles? Claro! Eu vi o infeliz
se matar e não conheço nenhuma organização que
faça algo semelhante a isso. Fanatismo tem limites,
mas o dele não os conhecia. Por isso, caso
encontrem alguém na rua com a descrição que eu
lhes disse, prendam-no de forma rápida e,
preferencialmente em duplas, ou, caso apreciem as
suas vidas, ignorem o que ele está fazendo e fujam o
mais rápido possível.
Toda história tem um início, e mesmo a Ordem da Lua de Sangue também teve, embora sua
história esteja enterrada nas areias do deserto. O pouco que se sabe sobre as origens desta seita de assassinos
está escrita nestas páginas. Foram meses de interrogatórios e empregados assassinados. Muitas vezes tive a
impressão que minhas anotações e a minha rotina estavam sendo monitoradas. Ainda juro que posso sentir
como se uma adaga estivesse encostada na minha garganta. Espero que este relatório sobre a origem desta
seita contenha tudo o que procuras e compense todas as vidas perdidas, pois jamais farei algo tão arriscado
assim em minha vida novamente.
Isso é tudo o que posso escrever sobre esta ordem, antes de ver minha vida ser realmente
ameaçada. Espero que consideres o que eu fiz e ajude minha família caso algo aconteça.
Atenciosamente,
Andrews Von Bürden
Capitão do Exército Cygnarano.

11
 O início da história sobre a Ordem da Lua
de Sangue, como chamam as lendas, começou um
pouco antes da invasão Orgothiana ser rechaçada
pelos insurgentes. Muitos, para fugirem da
repressão orgothiana, retiraram-se para o deserto,
esperando lá a chance de encontrar sua felicidade e
liberdade. Porém, a guerra eclodiu perto de seus
novos lares. Aparentemente, nenhum lugar era
seguro enquanto os Orgoths reinassem em
Immoren Ocidental.
Cansados da perseguição, estes fugitivos se
reuniram e começaram a traçar planos para quando
os Orgoth chegassem. Com a vantagem do terreno
a seu favor, armadilhas mortais foram montadas.
Quando as armadilhas começassem a ser superadas,
as pessoas adentrariam cada vez mais rumo ao
coração do deserto, destruindo toda e qualquer
forma de os invasores se manterem lá, enquanto
batedores dariam o golpe final, eliminando quantos
orgothianos pudessem.
Em uma manhã de sol vermelho, os
invasores chegaram. Suas fileiras monstruosas mais
pareciam uma invasão vinda diretamente do
inferno. Seus guerreiros, armados com milhares de
armas e armaduras de aspecto abissal, suas Bruxas
de Guerra e sua magia infernal, finalmente
começaram a sua investida contra o deserto, a
procura de mais escravos ou insurgentes.
As armadilhas funcionaram no inicio. Os
orgothianos, assustados com o cenário preparado,
retardaram seu avanço. Com isso, os fugitivos
deram inicio ao seu plano, destruindo tudo o que
haviam construído e fugindo de seus opressores.
Durante fuga, para a sua surpresa, os
fugitivos encontraram, no meio do deserto, uma
construção estranha. Aparentemente abandonada,
eles tentaram encontrar abrigo dentro deste local.
Aqui os relatos divergem: uns dizem que estes
fugitivos encontraram a ordem dos assassinos, que
os acolheu em sua luta contra os invasores, já outros
dizem que todos os fugitivos encontraram seu fim.
Independente de tudo, essa ordem é uma
incógnita completa. Ninguém até hoje descobriu a
verdade e todos aqueles que tentaram acabaram
sendo mortos de forma muito violenta ou
agonizante, quase como um recado: não nos
procurem!
12
RECRUTAMENTO E TREINAMENTO
A Ordem da Lua de Sangue é um grupo
seletivo. Ninguém entra em suas fileiras quando
assim desejam. Na verdade, a única forma de
ingressar na Ordem é pelo recrutamento por outro
membro mais antigo. Qualquer outra forma de
ingresso é respondida com a morte do “candidato”.
O alvo de recrutamento é observado por
vários dias, meses até. Quando o observador acha
que o alvo está pronto, ele seqüestra seu observado
e então lhe revela sobre a ordem. A partir deste
ponto, só existem duas escolhas para a vítima:
aceitar ou morrer.
Muito do que se pensa a respeito do
treinamento desta Ordem se mantém uma
incógnita. Muito do que se sabe sobre o que
acontece após o convite vem de rumores, e nada
mais que isso. O que se ouve é que seus membros
treinam para suportar as altas temperaturas do
deserto, aprendem técnicas de camuflagem e
invasão, bem como as terríveis técnicas de
assassinato que fizeram a sua lenda. São
extremamente habilidosos no uso de lâminas
pequenas, tais como adagas, facas e punhais, pois
são de fácil ocultação, conseguindo transformar
assassinato em uma arte.
Mais que isso é colocar a todos em perigo.
Aproveite as informações.
Classe de Prestígio
A ssassino da O rde m
PRÉ-REQUISITOS:
Tendência: nenhuma bondosa.
Bônus Base de Ataque: + 5.
Perícias: Furtividade + 10, Esconder-se + 10,
Blefar + 7, Escapada Artística + 7.
Talentos: Foco em Arma (adaga), Silencioso.
Habilidades Especiais: Evasão.
CARACTERÍSTICAS DA CLASSE:
Todas as características seguintes pertencem à classe
Assassino da Ordem.
Dado de Vida: d6
Armas e Armaduras: o Assassino da Ordem
não sabe usar nenhuma, armadura ou escudo em
adição ao que já conhece.
Manuseio de Venenos: no 3º nível, um Assassino da
Ordem consegue manusear venenos de tal forma
que não corre o risco de se envenenar
acidentalmente quando manuseia venenos como,
por exemplo, ao aplicá-lo em uma arma.
Último Luar: no 1º nível, o Assassino da
Ordem recebe a habilidade Ataque Furtivo, da
mesma forma que um ladino. O dano adicional
aumenta em 1d6 a cada dois níveis daí em diante
(3º, 5º, 7º e 9º), acumulando-se com quaisquer
ataques furtivos que já possua devido a classe
anterior.
Evasão aprimorada: Como no Livro do
Jogador.
Mente Tranqüila: nesse estágio de sua vida
como membro da Ordem da Lua de Sangue, a frieza
do Assassino da Ordem é tamanha que ele
desenvolve a capacidade de limpar sua mente para
melhor protegê-lo contra prováveis ataques e
garantir a continuidade do segredo de sua seita. No
5º nível, o Assassino da Ordem recebe a habilidade
de mesmo nome do Monge.
Mestre dos Disfarces: por viver no
anonimato e sempre envolto às sombras, o Assassino
da Ordem acaba se tornando um exímio mestre na
arte do disfarce. No 7º nível, ele recebe +6 de
bônus de competência em todos os seus testes das Carícia do Escorpião: o ataque furtivo é o
perícias Blefar e Disfarces. cerne de todo bom ataque de um assassino.
Vento do Deserto: no 9º nível, o Surpreender seu alvo é o que pode determinar o
deslocamento de um Assassino da Ordem é maior seu sucesso ou sua morte. O Assassino da Ordem
que o normal para sua raça. Nesse nível, seu de 10º nível domina com absoluta maestria as
deslocamento aumenta em 3 metros. Para se técnicas para apunhalar a vítima ou pegá-la
beneficiar desta habilidade, ele deve estar sem desprevenida e sem defesas. O Assassino da Ordem
armadura ou com armadura leve, e não pode estar recebe um bônus de +4 em suas jogadas de ataque
em carga média ou superior. Para qualquer outro contra um oponente que esteja flanqueado, ao invés
efeito, essa habilidade funciona da mesma forma dos típicos +2.
que a possuída pelos bárbaros, e não se acumula Técnicas de Zaramas: após a fundação da
com ela. Ordem da Lua de Sangue, seus membros não
passavam de simples assassinos de aluguel. Porém, a
13
situação mudou quando um jovem monge de nome passar seus segredos para os demais membros. Após salão prinicpal da seita.
Zaramas (Za-ra-MÁS) ingressou em suas fileiras. sua morte, um assassino que foi considerado o * Garras do Chacal: ao adquirir esta
Estudando nos tomos da ordem e em outros que verdadeiro sucessor de Zaramas compilou suas técnica, o Assassino da Ordem deverá escolher uma
havia conseguido em sua vida de aventureiro, o técnicas em um tomo, hoje chamado de O Tomo de arma na qual tenha a perícia Foco em Arma
jovem monge criou seu próprio estilo de luta, que Zaramas, que contém todos os segredos desta (geralmente usada em adagas, devido a sua
envolvia o uso de venenos, disfarces e técnicas que técnica de assassinato requintado, e que se tornou facilidade de ocultação). Daí em diante, receberá
ampliavam suas capacidades de forma quase um tesouro inestiável da Ordem. É muito comum um bônus de competência de +1 nas suas jogadas
sobrenatural. Os antigos mestres da ordem, ao que os membros da seita prestem respeito à de ataque. Um personagem não poderá escolher a
descobrirem isso, obrigaram o jovem monge a Zaramas, e uma estátua em sua honra foi erguida no mesma arma mais de uma vez, mas pode escolher
essa habilidade novamente para aplicá-la em outra
Tabela: ASSASSINO DA ORDEM arma.
* Caminhar no Fogo do Deserto: ao ver os
Nível BBA Fort Ref Von Especial antigos nômades andarem pelo deserto sem
prejudicarem o seu deslocamento, Zaramas
1º +0 +0 +2 +0 Manuseio de Venenos, Último Luar +1d6 aprendeu esta habilidade com estes nômades. Esta
técnica possibilita que o Assassino da Ordem possa
2º +1 +0 +3 +0 Técnica de Zaramas se deslocar em terreno arenoso sem prejudicar o
seu deslocamento.
3º +2 +1 +3 +1 Evasão Aprimorada, Último Luar +2d6

4º +3 +1 +4 +1 Técnica de Zaramas

5º +3 +1 +4 +1 Mente Tranqüila, Último Luar + 3d6

6º +4 +2 +5 +2 Técnica de Zaramas

7º +5 +2 +5 +2 Mestre dos Disfarces, Último Luar +4d6

8º +6 +2 +6 +2 Técnica de Zaramas

9º +6 +3 +6 +3 Vento do Deserto, Último Luar +5d6

10º +7 +3 +7 +3 Técnica de Zaramas, Carícia do Escorpião

14
 * Traição da Serpente: com esta
terrível técnica, o Assassino da Seita torna-
se um inimigo muito perigoso. Quando se
encontrar em combate corpo-a-corpo, for
atacado e seu atacante errar o golpe, o
Assassino pode revidar automaticamente,
imitando o bote de uma serpente. Esse
“bote”, que é considerado uma ação livre,
só pode ser usado uma vez por combate e o
Assassino da Ordem o faz com um redutor
de -5 no seu Bônus de Ataque. Geralmente,
sua arma se encontra envenenada e, por
isso, o nome da técnica. Esse ataque extra
não causa ataque de oportunidade. Note,
porém, que o Assassino da Ordem só pode
fazer uma ação de ataque parcial, não total.
* Tempestade de Areia: esta
técnica, uma das preferidas dos Assassinos
da Ordem, só pode ser adquirida após a
aquisição da habilidade Mente Tranqüila.
Quando em combate, o personagem pode
começar a fazer movimentos que lembram
uma dança beduína, porém mortal.
Enquanto estiver dançando, o Assassino da
Ordem só pode realizar a dança. Se pará-la,
só poderá usar essa habilidade após 8 horas
de descanso (ou seja, sem fazer nenhuma
atividade física). Ao começá-la, o Assassino
da Ordem ataca como se tivesse os talentos
Combater com Duas Armas e Combater
com Duas Armas Aprimorado, sem sofrer
os devidos redutores, o que o possibilita
realizar dois ataques em adição ao seu
15
ataque total. Esta habilidade dura uma
rodada e, após usá-la, o Assassino estará
atordoado, e todos os seus ataques sofrem
uma penalidade de -4. Esta habilidade só
pode ser usada 1/dia, e o Assassino não
pode escolher essa habilidade mais de uma
vez.
* Extinção da Luz: esta habilidade
só pode ser adquirida no 10º nível. Com
ela, o Assassino da Ordem compreende os
segredos para ser capaz de eliminar sua
vítima da forma mais rápida possível. Neste
nível, o Assassino da Ordem pode optar
por usar esta habilidade para erradicar seu
alvo. Para usar essa habilidade, o
personagem deve observar a sua vitima por
três rodadas seguidas, sem realizar
nenhuma ação, exceto prestar atenção, pois
estará estudando o seu alvo. Após esse
período, ele deverá fazer um ataque furtivo
na sua vítima. A vítima pode resistir
fazendo um Teste de Fortitude (dificuldade
20 + modificador de Constituição). Caso
falhe neste teste, o dano adicional causado
pelo Ataque Furtivo e/ou Último Luar são
dobrados.
Por Sutekh
CHARGE UNIÃO

16
10 Perguntas: Eu creio que a única coisa que nós
poderíamos fazer diferente, se eu pudesse ter
visto o futuro, era produzir mais. Nos últimos
dêem uma olhada na lista de créditos de PRIME!
Nem todos lá são colaboradores em tempo integral,
mas todos estão envolvidos de alguma forma. E há
Mat t Wil son dezoito meses, nós recebemos muita resistência mais pessoas trabalhando em produtos da Privateer,
à idéia de um novo jogo de miniaturas, e como uma como os RPG's, e nem mesmo aparecem lá. Agora,
(Entrevista concedida à HandCannon em Maio de empresa iniciante, nós tivemos de levar isso em o núcleo da companhia é de aproximadamente uma
2003) consideração e avaliar nossa produção de forma dúzia de pessoas, com vários colaboradores
conservadora. Como aconteceu, nós excedemos as regulares, e muita ajuda de meio período.
01 – Por favor, informe seu nome, posto e expectativas de todos, incluindo nós mesmos, e isso 05 – Qual a melhor parte de seu trabalho
nome do campo de treinamento. fez nosso cronograma de produção sofrer um na Privateer?
Matt Wilson, gorila de 180 kg, Escola da pequeno baque. Responder entrevistas por e-mail, claro.
Vida. 04 – Você sente que a Privateer Press Mas a segunda melhor é… bem… eu posso fazer o
02 – Agora que a espera acabou, como se cresceu como companhia e/ou família desde que jogo dos meus sonhos. Se você pudesse projetar o
sente por finalmente ter PRIME nas prateleiras e isso começou? jogo, criar o desenho das miniaturas e, então, usar
nas mãos dos fãs? Absolutamente! Nós começamos com três um excelente grupo de escultores (incluindo o
Isso acabou? Atualmente, me sinto bem. pessoas, um escritor e dois artistas. Agora... Bem, lendário Mike McVey) para esculpir tudo que
Esse foi o projeto mais difícil em que eu já me
envolvi, e realmente, eu pensei que nunca iria
acabar. Mas agora, o resultado parece fantástico, e
isso realmente era o que muitos de nós esperávamos
disso.
03 – Há alguma coisa que você mudaria no
processo de criação do livro agora que ele foi
publicado?
Nas circunstâncias que nós estávamos
trabalhando, não. Boa parte da estratégia estava em
como trazer esse produto para o mercado. O que
para as outras pessoas pareciam atrasos na verdade
eram movimentos estratégicos. Nós evitamos o
lançamento do livro algumas vezes porque ele seria
obscurecido por lançamentos maiores, e nós nos
certificamos de que construímos nossa linha de
lançamentos distante o suficiente para poder dar
suporte contínuo sem falhas na programação.

17
imaginar, como se sentiria? Realmente, eu não
imagino nada mais legal.
06 – Qual das quatro facções iniciais é sua
favorita? Por quê?
Esta é uma pergunta difícil para mim
porque eu planejei todas elas, então, até certo
ponto enquanto eu trabalhava nelas, cada uma já foi
minha favorita. Contudo, para jogar, devo dizer que,
geralmente, sou um jogador de Cygnar. Não estou
certo se foi por negligência ou se realmente sou
mais atraído por ela. Acho que porque ela é o
compasso pelo qual todas as coisas são medidas, ela
parece atraente para mim.
07 – Teve alguma unidade/modelo que
você gostaria de ter visto no lançamento inicial e
que não apareceu?
Há alguns modelos realmente animais que
nós seguramos para o próximo ciclo. Seriamente,
nós tivemos material suficiente para dobrarmos o
tamanho do PRIME, mas nos teria tomado muito
tempo para terminarmos um livro deste tamanho.
Nós temos conceitos para novos Warcasters que irão
arrebentar suas mentes coletivas. Há tropas
chegando que adicionarão novas dimensões para o
jogo e, claro, há uma horda de novos warjacks. Eu
não estou desapontado que eles não tenham
aparecido no PRIME, mas eu estou realmente
olhando adiante para o próximo passo de
Warmachine.
08 – Descreva a recepção que a Privateer
tem recebido de quem vai às convenções e da
equipe.
Em geral, é ótimo. As pessoas são muito
generosas com os elogios aos produtos, e nós nunca
nos cansamos de ouvi-los. Nós sempre tentamos e
mantemos um nível de forma que não
negligenciemos os enganos (eles acontecem), mas
não há muita coisa melhor do que ver um grupo de
pessoas em volta de uma mesa apreciando o
produto de seu trabalho.
18
09 – Fora Warmachine, qual seu segundo
jogo favorito?
Honestamente, não joguei nada mais em
vários anos desde que estamos trabalhando na linha
dos Reinos de Ferro.
10 – Onde você vê a Privateer na indústria
no próximo ano?
Cara, eu gostaria de dizer. Tenho feito este
trabalho há tempo suficiente que eu sempre
me guardo contra tanta especulação. Você
nunca sabe quando alguma vai mudar, para
melhor ou para pior. Agora mesmo, nós temos
desafios enormes apenas para chegarmos ao
próximo mês, muito menos próximo ano.
Posso dizer onde espero que estejamos: espero
que nós estejamos ainda aqui, fazendo o
WARMACHINE e o RPG Reinos de Ferro. Eu
espero que nossa produção se estabilize, e que
a Privateer possa achar uma posição segura e
sólida na indústria de jogos, e seja reconhecida
como uma companhia que faça produtos de
qualidade e auxilie seus jogadores. Não é
esperar muito, é?
Retirado da e-zine HandCannon #01
(http://games.groups.yahoo.com/group/han
dcannon/)
Traduzido com autorização pela equipe UdV
 Membros Mekânicos
Inspir ado no Libe r Me chanika
Carne. Dor. Máquina. Magia. Mekânica.
"O estranho entrou no bar e procurou um
lugar isolado para sentar. Vestia um pesado manto
negro com o capuz cobrindo-lhe a cabeça e
escondendo as feições. Alguns frequentadores
ficaram assustados, afinal, poderia ser um daqueles
druidas malucos, os tais Trajados-em-Negro, o que
seria deveras estranho, pois creio que nunca ouvi
nenhum relato onde eles sentassem para beber nas
cidades. Pena que o segurança do lugar – um
trollóide de nome Holdar – não pensou como eu e
foi tirar satisfação com aquele estranho por ter
assustado os clientes.
Se ele tivesse sido menos rude talvez tivesse
evitado o que se seguiu; não ouvi toda a conversa
mas sei que Holdar foi extremamente agressivo e
gritava ameaças para o estranho, hoje acredito que
ele realmente procurava uma briga fácil para
amedrontar quem estivesse mal intencionado
naquele dia.
Durante a discussão, que alguns poderiam
chamar de monólogo já que o estranho não
retrucava o enorme trollóide, Holdar empurrou o
homem, fazendo com que caísse da cadeira e se
estatelasse no chão. Naquele momento vi o que
pensei ser uma manopla pequena demais para ser
perigosa, na hora em que ele se levantava, ao se
apoiar para erguer-se.
Tudo que se seguiu foi muito rápido, aquele
homem pequeno ficou em pé diante de Holdar e,
no silêncio que se seguiu, todos ouviram um baixo
sibilar e então veio o golpe, potente demais para ser
aparado e então lá estava o oponente no chão,
totalmente inconsciente. Creio que nunca mais
verei um trollóide com a mandíbula partida daquela
maneira, com aquela violência (Holdar ficou “de
molho” por semanas).
Enquanto arrumava seu manto para sair,
pude ver que todo seu antebraço era feito de metal
e não se tratava de uma manopla, mas um braço
artificial o que aquele estranho usava e creio que
havia um acumulador nele, mas foi tudo rápido
demais para ter certeza. Espero nunca ter que
enfrentar alguém que use tais artifícios".
– Gervin Doyle (thuriano, lad4) sobre sua
passagem por Carre Dova.
Em um mundo em guerra ou na
iminência de uma, com conflitos ocorrendo
em vários locais, a perda de partes do corpo
é um acontecimento possível, talvez até
comum. Some-se tal fato à dificuldade da
19
magia curativa nos Reinos de Ferro e teremos um
avanço lógico até o desenvolvimento de próteses.
Até aí nada demais, mas e se as próteses fossem
levadas a um grau maior? Alguém disse "Mekânica"?
Pois é, vamos a elas.
CONSIDERAÇÕES:
1 - Apesar da fusão de mekânica com carne
morta (morta-viva, no caso) ser um prática comum
e secular em Cryx, a carne não foi feita para aceitar
o frio toque do metal e engrenagens. Não há como
fazer tal assimilação com o avanço dos Reinos de
Ferro.
2 - O uso de próteses mekânicas é
reservado apenas à pessoas valiosas e vitais para os
exércitos.
Religiões:
* A igreja de Morrow tolera tal artifício,
vendo como um forma de apaziguar a dor e
melhorar a qualidade de vida do indivíduo;
 Tabela: MEMBROS MEKÂNICOS E MELHORAMENTOS
* Os Menitas não são tão toleráveis com as próteses, eis que a
Tipo Força Base Destreza Dureza PV's Falha Preço de
destruição de um membro é a vontade de Menoth e utilizar um Base Arcana Mercado
aparato mekânico significa contrariar o Criador com um ato blasfemo;
Braço Mekânico 10 8 10 5 +60% 1,500 Po
* Entre os cultos à Serpente Devoradora tal coisa é
desconhecida;
* O culto à Cyriss não apenas encoraja o uso de tais Perna Mekânica 10 - 10 10 - 1,000 Po
mecanismos como também incentiva a maestria na criação dos
mesmos; MELHORAMENTOS MEKÂNICOS
* O seguidores de Dhunia não reconhecem tais mecanismos
como a vontade da Deusa. Melhoria de +1 +1 250 Po por
- - -
Força bônus
REGRAS: Melhoria de +1 -5% 250 Po por
- - -
Destreza bônus
Os membros mekânicos não são implantados cirurgicamente, Manopla +10% 5,000 Po
- - - -
são fixados por correias e fivelas. Colocar e tirar um membro Alquímica
mekânico requer 5 min., um ajudante reduz o tempo para 2 min. Compensador
- - - +2 Especial * 5,000 Po
Cada membro mekânico começa com um Índice Mekânico Arcano
Base de 1, cada melhoramento feito aumenta o Índice em +1. Estrutura + 50% do
O IMB (Índice Mekânico Base) é a CD para os testes de - - +3 +5 -
Reforçada custo
concentração para usar o membro em combate.
Melhoramentos de habilidade (Força e Destreza) contam Cerebral Relay - - - +2 Especial ** 2,500 Po
como um só (cada), independente do bônus que dão ao membro, ex.:
um melhoramento que aumente a Força do braço em +2, conta como Compartimento - - -1 -1 - 50 Po
apenas 1 melhoramento para o IMB.
Um membro mekânico pode ter melhorias já adicionadas Pistão (Piston Especial +2 500 Po
- - -
quando é produzido, ou elas podem ser adicionadas depois. Para Punch) (+10)
adicionar melhorias após a criação do membro, é preciso um teste de Fixar Placa - - - - - Variável
ofícios (mekânica), CD 20, e o membro ficará inopernte até que as Rúnica
melhorias sejam adicionadas com sucesso.) Espinhos 15 Po
- - - - -

Mão-Arma - - - - +20% 150 Po +

preço da arma

20
 * CONSTRUÇÃO E MANUTENÇÃO
Requer o talento Criar Prótese Mekânica1,
sem esse talento não é possível reparar, fazer
manutenção ou construir membros mekânicos.
O membro mekânico requer manutenção
semanal. Teste de ofícios (mekânica), CD 15, e pelo
menos, 4h para manter o membro em ordem.
Um membro sem um acumulador
carregado é peso morto, e não funcionará sem
energia.
SEM MANUTENÇÃO: perde 1 ponto de Força e
Destreza por semana sem manutenção (conserto =
teste de ofícios (Mekânica), CD 20, + 2 na CD
(máx +10) para cada semana sem manutenção –
restaura o status total após um teste com sucesso.
* FRAQUEZAS
Acumulador padrão: 1 carga por dia de uso
normal; uso vigoroso dobra o consumo (ex.: 3 ou
mais combates no mesmo dia).
Concentração: Usar o membro em
combate exige um teste de Concentração, CD 10 +
Índice Mekânico do membro para cada ação que
usar o membro.
Críticos: Se atingido por um acerto crítico,
há 25% de chance do golpe atingir o membro e ele
receber todo o dano do golpe.
Mobilidade Reduzida: Pernas mekânicas
não exigem testes de concentração para que o
personagem ande, ao invés, reduzem o
deslocamento em 1,5 m. Se tiver 2 pernas
mekânicas (coitado) reduz em 3m o deslocamento.
Suscetível a ataques: podem ser atacados
como se fossem objetos segurados pelo personagem
ou “separados” (sunder) como se fossem armas.
Por Fradie
1 Talento descrito no Liber Mechanika.
* queima uma magia para anular
chance de falha para magias com
componentes somáticos (2 horas por
nível da magia / nível 0 = 1 hora) .
** Deve ter a habilidade Contatar
Córtex, ou ter o membro mekânico
como um familiar mekânico, sem
qualquer outro benefício. O usuário do
membro não precisa fazer testes de
concentração para usá-lo, e a falha
arcana do membro cai para 25%.
21
Sobre Armas de
Fogo em R PG
1ª parte – O s primórdios
Antes de falar sobre as armas de fogo
modernas e seus diversos calibres e aplicações
especiais, conhecimento ideal para mestrar e jogar
RPGs de ambientação contemporânea, precisamos
conhecer um pouco de sua história, origem e
evolução.
Armas de fogo, antes de qualquer coisa, são
peças de tecnologia, dependentes tanto das técnicas
de obtenção e moldagem de materiais, quanto da
engenharia química. Falar de tecnologia em RPG
torna-se mais espinhoso do que discorrer sobre
magia e misticismo, pois, como se sabe, para o
jogador de RPG é mais fácil entender e aceitar o
porquê de um morto se levantar de seu jazigo e
engrossar as fileiras de mortos vivos controlados
por um malévolo barão-careca-de-barba-rala do que
aceitar as mais básicas leis da física, como a inércia
ou a ação e reação.
Nada pessoal, mas para aqueles que
eventualmente se interessam em saber mais sobre
armas de fogo, bem como sobre seu papel na
ambientação de um jogo que as utilize:
preparem-se para uma incrível jornada
pela maravilhosa estrada do mundo
real.
ORIGEM
Vamos pular aquela parte em que os
chineses inventaram a pólvora, os fogos de
artifício e as flechas autopropelidas. Passemos
diretamente ao ano de 1248 DC, quando o monge
franciscano e pesquisador inglês, Roger Bacon,
descreveu a forma de obtenção da pólvora e deixou
bem claro seu poder destrutivo e sua aplicação
bélica.
Obviamente que este conhecimento
experimentou a clausura dos monastérios católicos
medievais por várias décadas, pois, quem detém o
saber, detém o poder. Ainda que não se soubesse
exatamente o que fazer com aquele material
inflamável que ora poderia ser obtido na forma de
combustível e ora na forma de explosivo, sabia-se o
mais importante: era muito perigoso.
É mais ou menos incontroverso que na
China e no oriente médio a pólvora era colocada no
fundo de tubos ocos, feitos de bambu, madeira, ou
até de cobre, de tamanhos variados. Depois de
colocar a pólvora, o atirador acomodava no fundo
do tubo, por cima da pólvora, aquilo que desejava
usar como projétil, provocava a ignição da pólvora e
22
esperava pelo disparo. Claro que muitas vezes não
havia disparo, mas sim a explosão de todo o sistema
descrito, incluindo o atirador e seus aliados. De fato
os antigos não tinham muita noção de quanta
energia seria necessária para matar uma pessoa, por
isso acabavam utilizando muito mais poder letal do
que o necessário.
Os ocidentais, com seus monumentais
castelos, viram na arma de fogo a opção decisiva
para sitiar seus inimigos. Claro que essa visão teve
de esperar o conhecimento técnico vazar dos
porões da Igreja Católica. Decidiu-se, então, moldar
metal em forma de cilindro oco, aberto em uma das
extremidades e fechado na outra, com um pequeno
orifício próximo à extremidade fechada da arma,
muito semelhante à arma de bambu. Esse é o
desenho da arma de fogo mais conhecida de todos
os tempos: o canhão.
O projeto de canhão mais antigo sobre o
qual a autenticidade se tem certeza, data de 1326.
Trata-se do manuscrito de WALTER DE
MILLIMETE, conhecido como Millimete
Manuscript, e é de origem britânica, da corte do
REI EDUARD III. Vale ressaltar que esse não é,
obviamente, o projeto mais antigo de canhão que já
existiu, mas é o mais antigo de que dispomos nos
dias de hoje. Projetos mais antigos sofreram a
irremediável perda provocada pela passagem dos
séculos.
Muito relevante é o fato de que entre o
manuscrito de ROGER BACON – sobre a pólvora -
e o Millimete Manuscript, passaram-se 78 anos. O
desenho da arma no projeto de MILLIMETE pouco
se parece com o perfil do canhão que temos em
mente. Parece uma ânfora deitada de lado, presa
sobre uma mesa, com a boca estrangulada para fazer
um gargalo. Essa arma de fogo não disparava
projéteis redondos, como as famosas balas de
canhão, mas objetos finos e compridos, mais
parecidos com setas de balista. Sua boca media
cerca de cinco centímetros de diâmetro (duas
polegadas) e o aproveitamento da energia obtida
com a queima da pólvora era muito ineficiente.
O manuscrito inteiro, incluindo o projeto
do canhão Millimete, encontra-se na biblioteca do
Christ Church College, em Oxford na Inglaterra. O
projétil dessa arma era nada mais do que uma
adaptação dos projéteis das antigas armas de cerco
e, devido à sua baixa eficiência energética, tinha de
ser posicionada à poucos metros do alvo. De fato,
uma das ilustrações do manuscrito mostra um
soldado de armadura operando uma dessas armas,
posicionada a poucos metros de um portão de
castelo fechado, com uma tocha em uma de suas
mãos, a ponto de baixá-la para provocar o disparo.
Essa ilustração é prova mais que relevante para
confirmar a aplicação primitiva da arma de fogo em
cercos a castelos medievais.
Desse período histórico em diante a arma
de fogo floresceu sobre o fértil solo belicoso da
Europa ocidental e oriental. O projeto de
MILLIMETE foi diminuído e aumentado, adaptado
para ser preso em pranchas com rodas, cavalos e até simplesmente pesada demais para isso. Ao revés do
para ser disparado a partir do ombro de soldados que a ilustração mostra, a arma era apoiada sobre o
armadurados, ainda durante a Idade Média. ombro do soldado, ou debaixo de sua axila, isso
dependia do tamanho e do peso da parte metálica.
AS PRIMEIRAS ARMAS DE MÃO Nas demais características, o desenho é bem fiel. A
extremidade de madeira era apoiada no chão, atrás
Entende-se como “armas de mão”, aquelas do atirador, na mão livre o soldado tinha um
armas de fogo pequenas e portáteis o suficiente para atiçador com um pedaço de carvão incandescente
serem disparadas diretamente das mãos do atirador, preso em sua extremidade.
com ou sem apoio. A primeira arma de mão em
verdade era apoiada sobre o ombro do atirador e O carvão era levado ao orifício localizado
precisava ser operada com as duas mãos. Foi na parte superior do terço posterior do corpo
desenvolvida na Itália e media cerca de 23 metálico, causando a ignição da pólvora, que era
centímetros (nove polegadas), possuía corpo prensada contra a extremidade fechada da arma e
cilíndrico, feito em bronze ou ferro fundido, que ali permanecia trancada através da colocação de um
era fixado na extremidade de um grande e disco de madeira flexível, socado como uma rolha,
resistente bastão de madeira. para manter a pólvora em sua câmara de
combustão. Depois do disco de madeira era
A arma jamais poderia ser segurada pelo colocado o projétil, que naquela época, algumas
soldado como o desenho mostra. Ela era décadas após o projeto de MILLIMETE, já poderia
23
ser esférico, muito embora o uso de setas fosse bem retornando ao seu berço ocidental, na Inglaterra, desempenhos semelhantes aos das demais armas de
mais freqüente. em 1443, cento e dezessete anos após o projeto de sítio, utilizadas até seu surgimento, deve ficar bem
O disco de madeira, usado como rolha para Millimete. claro que existe uma tênue, mas sensível vantagem
segurar a pólvora na câmara de combustão, possuía sobre as armas mais antigas.
uma segunda função ainda mais importante do que O AMBIENTE DE JOGO PARA A TECNOLOGIA Outro interessante aspecto é o fato de que
a de impedir o escoamento do teimoso pó preto. É DESCRITA essa época marca uma zona cinzenta da tecnologia
que a combustão da pólvora causa grande expansão bélica, em que guerreiros de armadura disparam
de gases e a rolha de madeira mole serve para O ambiente recomendado para o uso de armas de fogo. Catapultas e Trebucheres aparecem
aumentar muito a pressão desses gases, o que canhões rudimentares e armas pessoais de ombro é no mesmo campo de batalha em que canhões são
aumenta diretamente o aproveitamento da energia o medieval, tanto o real como o de fantasia. A disparados. Trata-se de época de transição, durante a
gerada com a combustão da pólvora. obtenção da pólvora pode ser a trama de muitos qual a arma de fogo se firmou, às duras penas e
Desnecessário comentar que essas armas jogos interessantes, porque seu conhecimento na através das décadas, como a tecnologia do futuro.
eram de demorada recarga, pois, apesar de portáteis Idade das Trevas era confundido com a magia e Noutro aspecto, mais fantasioso, a própria
e operadas por apenas um homem, eram pesadas e dominado por poucos e poderosos homens, obtenção da pólvora pode ser um processo
desajeitadas. O tempo de recarga pouco importava, praticantes da Alquimia. inteiramente mágico, elevando o status do atirador
pois não eram usadas para combate homem a Os personagens dessa época são os famosos ao do utilizador de item mágico e tornando ainda
homem, mas ainda eram armas de cerco, disparadas guerreiros, sacerdotes, magos, ladrões e toda a mais raro e caro o famigerado, e talvez até
sobre as muralhas dos castelos ou fortalezas, com o gama de pessoas e criaturas fantásticas dos romances amaldiçoado, pó preto.
objetivo de bombardear seus pátios descobertos. de cavalaria. Essas pessoas e criaturas Devido à baixa eficiência das armas de fogo
Eram canhões pessoais. provavelmente nunca viram e ouviram o disparo de e projéteis dessa fase tecnológica, as defesas
uma arma de fogo, e, é obrigação do medievais ainda eram grandes desafios para o
mestre do jogo valorizar ao máximo a atirador. Por isso, os projetos das armaduras e das
narração dessa fantástica e quase muralhas em nada mudaram nessa época. Isso
Corte longitudinal do canhão de ombro alemão de 1399 DC. A câmara de mística tecnologia. significa que para todos os sistemas de regras
combustão é mais estreita do que o cano por onde se desloca o projétil, além Dependendo do ambiente medievais, as mesmas regras de defesa contra
de ser aberta no terço posterior da parte superior do corpo metálico. Por esse utilizado, pode ser mais fácil encontrar flechas e demais armas de projéteis devem ser
pequeno orifício superior, o soldado passa a brasa para dar ignição à pólvora. um bastão mágico de disparar bolas de aplicadas para as armas de fogo.
fogo do que assistir o disparo de um Na próxima parte deste artigo vamos
Há diversas evidências do extensivo uso canhão de ombro. Se não houver armas de fogo nas abordar a origem a evolução dos projetos de armas
dessas armas em cercos a castelos, cidades e regras do sistema utilizado pelo mestre do jogo, ele de fogo com gatilhos e o surgimento da baioneta.
fortalezas, representadas detalhadamente em pode facilmente adaptá-las a partir daquelas
afrescos e manuscritos, desde 1343, na Itália, existentes para as demais armas de projéteis. Apesar Por Alexandre Fernades
passando pela Alemanha, em 1393, e, finalmente, das armas, aqui descritas, apresentarem

24
Funcionário da Vez Ficha de Personagem
Wolfe D'Anthys Wolfe D'Anthys (Thuriano, Mago 6, Neutro)
amigos e colegas de trabalho, o que já lhe
colocou em várias situações "difíceis", sorte que ele Força: 10 PVs: 22 (6d4 + 6)
Nascido em Ord, na cidade de Carre Dova,
sempre pôde contar com seus amigos para evitar Destreza: 14 CA: 10 + 2 = 12
Wolfe desde cedo demosntrou talento para os
conflitos físicos, dos quais certamente sairia muito Constituição: 12 Fortitude: 2 + 1 = 3
estudos, talvez fruto de sua herança Thuriana, o que
machucado. Inteligência: 18 Reflexos: 2 + 2 = 4
o levou a querer estudar a magia, fazendo com que
o mesmo fosse estudar em Llael com Sabina Sabedoria: 11 Vontade: 5 + 0 = 5
Também tem muito orgulho de sua origem Carisma: 10 Iniciativa: 2
d'Gallow, onde aprendeu sobre a alquimia, porém
e de seus antepassados, seu maior sonho é construir BBA: + 3
antes de ingressar na ordem arcana de sua mestra,
Córtex para os Gigantes de Guerra. Ataque corpo a corpo: + 3 + 0 = + 3
ele preferiu viajar para explorar o mundo.
Ataque à distância: + 3 + 2 = + 5
Por Fradie PERÍCIAS:
Em sua passagem por Cygnar, teve
oportunidade de aprender um pouco sobre Blefar (car): 0 + 6 = + 6
mekânica com membros do Sindicato dos Concentração (con): 2 + 7 = + 9
Trabalhadores do Vapor & do Ferro. Ofícios - Alquimia (int): 4 + 7 = + 11
Ofícios – Mekânica (int): 4 + 7 + 2 = + 13
Ao aliar seu conhecimento de alquimia com Decifrar Escrita (int): 4 + 7 = + 11
o recém adquirido conhecimento de mekânica, Diplomacia (car): 0 + 0 + 2 = + 2
descobriu sua vocação para criar peças de mekânica, Conhecimento - Arcano (int): 4 + 7 = + 11
o que o levou a ingressar para o Sindicato e Conhecimento – Mekânica (int): 4 + 8 = + 12
conseguir emprego na Oficina de Gruhn, onde vem Conhecimento – Engrenagens: (int): 4 + 8 = + 12
trabalhando desde então. Identificar Magia (int): 4 + 7 + 2 = + 13
TALENTOS:
Wolfe é uma figura sombria, preferindo Invocar Familiar
roupas escuras e pesadas quando não está Escrever Pergaminhos
trabalhando, o que passa um ar de seriedade Aptidão Mekânica
demasiada, o que não corresponde à verdade, visto Gravar Placa Rúnica (Liber Mechanika)
que entre amigos ele demonstra ser uma pessoa Usar Armas Exóticas (armas de fogo)
divertida, com um humor um tanto pesado e Criar Itens Maravilhosos
perigoso, já que abusa da ironia, como dizem seus Criar Prótese Mekânica (Liber Mechanika)

25
 Garganta Mekânica
A revista Dragon Magazine, nos tempos do
AD&D, tinha uma coluna chamada Bards on the
Run, onde os editores pegavam uma música e
alteravam sua letra para se encaixar com o AD&D e
cenários.
A minha intenção é quase a mesma - pegar
uma música, alterar sua letra para se encaixar nos
Reinos de Ferro, e publicá-la, juntamente com a
respectiva cifra para quem quiser tocá-la. Eis a
primeira música.

NÃO É PARA REMENDÃO!

Título original: Será que é para mim?

Autor: The Uncles

Introdução: G# A Bb

Eb
Não existe idade pra cair na tentação
G
Tanto que num belo dia, algo chamou minha atenção
G# Bb
Um gigante prateado, descolado, todo bonitão
Cm G REFRÃO: G#
Mas será que é pra mim algo tão moderno assim Eb G Kodiak maravilhoso
G# Bb Não é para Remendão Bb
Não é para Remendão... Remendão G# G Que despertou minha paixão
Mas acelerou meu coração

26
Eb G G# G# G
Despertou minha paixão Kodiak maravilhoso Acelerou meu coração
G# G Bb G#
Acelerou meu coração Que despertou minha paixão Kodiak maravilhoso
G# Eb G Bb
Kodiak maravilhoso Despertou minha paixão Que despertou minha paixão
Bb G# G Eb G
Que despertou minha paixão Acelerou meu coração Despertou minha paixão
G# G# G
Fm Kodiak maravilhoso Acelerou meu coração
É diferente Bb Eb Cm G# Bb G#
Gm Que despertou minha paixão... UUUUUUUUU Kodiak maravilhoso
De todos que eu já vi Bb Eb
G# Eb Que despertou minha paixão
Não é pra Remendão O kodiak que eu vi é impossível descrever
B G Por Sutekh
Mas eu não tô nem aí Parecia uma miragem, só de lembrar quero
remendar
Fm G# Bb
Meu desejo é muito forte Quero poder voltar a ter um gigante e viver
Gm G# Bb
Quero remendar até o fim Aquela emoção ao remendar o coração
G#
Algo tão moderno assim REFRÃO:
Bb Eb G
Pode ser pra mim Não é para Remendão
G# G
Mas acelerou meu coração
REFRÃO: G#
Eb G Kodiak maravilhoso
Não é para Remendão Bb
G# G Que despertou minha paixão
Mas acelerou meu coração Eb G
Despertou minha paixão

27
 Evento
Se ssão de Au tóg r af os
- O C rânio e o C orvo -
Dia 27/09 a Jambô realizou uma sessão de
autógrafos do livro O Corvo e o Crânio, segundo
romance da linha Tormenta, escrito por Leonel
Caldela. Sei realmente que estou fugindo, e muito,
da proposta da União do Vapor, mas uma coisa assim
na vida é difícil de acontecer. Podemos cruzar com
grandes personalidades do meio que escolhemos
para atuar, mas, quando temos a chance de
conhecer alguém do nosso hobbie, não da profissão,
torna-se espetacular. Um bom exemplo é se nós,
meros mortais, cruzássemos na rua ou em alguma
convenção com George Lucas, o pai-criador da
mitológica série Star Wars. Comigo foi algo
parecido, mas deixem-me narrar o que aconteceu
naquela noite.
Cheguei humildemente, bem quieto, na
Jambô, por volta das dezenove horas. Ainda não
tinha muita gente, e nenhum com o livro. Pensei,
então, que aquele pessoal iria comprá-lo na hora.
Foi quando fomos para a sala ao lado da Jambô
(antigo local onde era a loja, pois, para quem não
sabe, onde eles vendem os livros mudou para o
lado). Lá se sentou o Leonel, assumindo o local para
os autógrafos, e vários se sentaram nas cadeiras que
tinham sido colocadas a nossa disposição.
Eu ainda não tinha entrado, pois fui ver
com o Guilherme a questão do livro do nosso
amigo Salver. Não conseguimos resolver na hora,
pois quem cuida destes assuntos é o Rafael e ele
ainda não tinha aparecido. Com isso, como todo
bom fã, fui pedir o autógrafo e aproveitei para pedir
uma foto com o Leonel que, muito amável, tirou
uma com este que vos fala (escreve).
Após o momento tiete, começaram a
conversar sobre novidades relativas a linha
Tormenta, como o Piratas e Pistoleiros, o filme em
animação Holy Avenger e outros assuntos que não
irei contar aqui para não estragar a surpresa de
vocês. Conversamos sobre o gosto não tão liberal
do Marcelo “Paladino” Cassaro e um pouco da sua
Leonel Caldela e Sutekh
28
aversão sobre ficção científica ou avanços
tecnológicos em Arton (leiam aqui psiônicos
também), a vontade que o Leonel tinha de ver seus
livros publicados em outros países (sonho de
qualquer bom escritor, inclusive nosso da União do
Vapor), conversamos sobre jogos de computador e
a possibilidade, embora remota, de fazerem um
jogo de RPG Eletrônico 100% nacional ambientado
em Arton, entre outros assuntos das quais agora não
me recordo.
Com isso, o Rafael desceu e fui ver o
exemplar do Salver. O pagamento ainda não tinha
sido confirmado por eles no banco, mas mesmo
assim colocamos o livro do nosso esforçado
ilustrador na mesa para que fosse autografado.
Infelizmente, não li o que foi escrito,
mas tenho certeza que que irás
receber tua encomenda com a rubrica
do Leonel. Voltei para onde estava
acontecendo a sessão de autógrafos e
participei novamente da conversa, não
como um bom locutor ou contador
de causos, mas sim como um bom
ouvinte que só se intrometia em
alguns momentos (confesso-lhes que
mais por medo de dizer alguma
besteira do que por qualquer outra
coisa).
Toda essa conversa se deu em uma
hora e meia. Enfim, foi uma noite
muito boa. Curta, porém muito boa.
 O que eu aprendi com tudo o que vi e ouvi
lá é que, mesmo sendo um dos escritores que
revolucionou a linha Tormenta, tirando o pó da
estagnação que vinha acometendo o cenário, pude
perceber que muitas das coisas que fazem na mesa
de jogo é igual ao que nós fazemos. O que se
destaca mais é a imaginação; aliás, algo que sempre
deveria predominar. Domínio de regras, por mais
importante que seja, não influencia muito. O que
interessa é a diversão, o “role playing.”
apenas para ver como fazem, mas sim pelo prazer
de me divertir da mesma forma que eles.
Após aquela noite, uma convicção que eu tenho
ficou apenas mais forte: o RPG ainda é um dos
melhores meios de congregação de pessoas e, cada
vez mais, adoro este hobbie que escolhi.
Por Sutekh

Teve um ponto durante a conversa que ele

confessou que não tinha gostado de um Druida que
tinha feito (pela primeira e única vez até aquele
momento); que todos os que lá estavam jogaram
uma crônica que me pareceu legal, não por causa de
regras e cenários, pois seus personagens acabaram
vindo parar no nosso mundo em plena 2ª Guerra
Mundial, mas por causa da integração e da diversão
que o grupo teve com aquela situação. Um bom
número de pessoas ali reunidas rindo bastante de
tudo o que passaram.

Ao final, perguntei se ele acompanhava a

União do Vapor, e qual a minha surpresa quando ele
disse que sim, e que gostava do que fazíamos. Nunca
senti tanta moral como naquela hora, pois um
trabalho feito de fãs dos Reinos de Ferro para
outros fãs era também apreciado por um dos
grandes escritores de RPG nacional da atualidade. A verdadeira face do Crânio Negro

Confesso-lhes que saí de lá com o sonho de

algum dia poder jogar uma partida com eles, não

29
CHARGE UNIÃO

30
 Sublime Devaneio
Quando artistas buscam inspiração ou
querem simplesmente descansar, para onde eles
vão? Com certeza não para os lugares cheios da
cidade, como tavernas ou praças, lugares onde não
encontram seus pares, não deveriam ir a esses locais
quando podem aproveitar tudo que um lugar
chamado Sublime Devaneio tem a lhes oferecer.
O lugar fica escondido em meio a um beco
da cidade, um pouco afastado do centro. Na
fachada, há um enorme portão de madeira para
entrada de carruagens emoldurando outro portão
menor. Sobre este se encontra um letreiro em
madeira entalhada que anuncia em letras garrafais:
SUBLIME DEVANEIO
Vencido o portão, chega-se a um pátio
grande pavimentado com antigas pedras, já
arredondadas, com marcas de rodas de ferro das
inúmeras carruagens que por ali já passaram e ainda
passam. As paredes de um e outro lado são vazadas
por janelas estreitas, protegidas por barras de ferro
e isoladas por pesadas cortinas no interior. Na
parede do fundo há duas grandes janelas,
ostentando vitrais antigos, divididas por pilares.
Na parte interna, há um espaço amplo, tal
qual um armazém ou depósito, dividido em três
ambientes: um bistrô, um bar e um ateliê.
O ambiente é pleno de fumaça de cigarro,
vapor e um cheiro extasiante de sopa – a
especialidade da casa é a sopa da fazenda, que com
pão, queijo e vinho perfaz o cardápio completo do
lugar.
Os fregueses são artistas de todo tipo, que
vão atrás de comida barata, almas afins e um local
de trabalho agradável. O ambiente é descontraído e
boêmio.
É muito comum encontrar modelos, tanto
masculinos quanto femininos por ali, mas esses são
pagos por fora, não fazem parte dos serviços da
casa, porém é costume dos fregueses sempre dar
uma contribuição pelos serviços deles, quer façam
31
uso ou não.
Os freqüentadores têm o privilégio de
passear pelo salão, em meio ao emaranhado de
cavaletes e dar palpites sobre as obras alheias,
bisbilhotar ou quem sabe fazer um convite para
diversões complementares – fora dali, pois madame
Tressa não permite que o ambiente torne-se vulgar
ou violento e para isso conta com sua pesada concha
e a escolta de seu marido, um ex-soldado de nome
Louis, possuidor de cabeça dura e punhos de aço.
Modelos posando para mais de um artista,
o que é bem comum, geralmente fazem uso do
tablado, já que esse fica próximo de uma janela com
um belo vitral e é melhor iluminado que o restante
do ambiente.
O lugar nunca viu uma noite de pouco
movimento desde sua abertura, e raras vezes fica
vazio durante o dia, já que por ser um local
discreto, torna-se ótimo para pequenas reuniões e
encontros menos formais.
Por Fradie
IDÉIAS DE AVENTURAS
Por ser um lugar de amplo movimento,
qualquer tipo de aventura ou intriga pode ter início
nele. Desde o recebimento de um documento
importante até a descoberta de agentes inimigos
entre os freqüentadores costumazes. A imaginação
é o limite, desde que nenhum conflito físico se
estenda dentro da Sublime Devaneio, pois
certamente Louis dará um jeito nos encrenqueiros.
Sementes de Aventura
VOCÊ PERDEU O QUÊ?!
Uma empresa madeireira colocou suas
mãos em um gigante de trabalho, e ele não só
reduziu os custos e aumentou a produção, como
também conseguiu a inveja de várias empresas
madeireiras rivais.
Alguns dias atrás, Choppy o gigante-a-
vapor foi perdido. Naturalmente o acampamento
está alvoroçado sendo que tudo está pronto para
investigar as outras companhias na área. O
problema é que essa investigação envolve machados
e tochas.
Para evitar o derramamento de sangue, os
PJs são requisitados para investigar onde o gigante
foi parar, e que sejam rápidos, afinal onde poderia
se esconder uma motoserra que anda de 10
toneladas?
ALTERNATIVAS
• Um competidor de fato roubou Choppy e o
aprisionou a dias de viagem de ambas companhias.
Choppy não faz idéia do que aconteceu e está
aborrecido por não ter nenhuma árvore para cortar
na área rochosa onde está agora.
• Em um momento de raiva o “mestre do dia” de
Choppy disse “some daqui” e foi exatamente isso
que ele fez. Atualmente ele está vagando pela
floresta
não faz idéia
de como
voltar.
vez em quando ele corta algumas árvores. Afinal,
supostamente é isso que ele tem que fazer (o que
possivelmente levará os PJs até sua localização).
• Choppy certamente foi roubado, mas não por
competidores. Um dos lenhadores (pessoa, não
gigante-a-vapor) foi mandado embora devido à
chegada de Choppy, agora planeja desmontar
Choppy e vender suas peças como vingança.
By Kenshi
32
e
CARAVANA PERDIDA
As Caravanas da Companhia Fronteiriça de
De Brend Ranamor são conhecidas por suas rotas
rápidas pela Floresta dos Espinhos.Uma de suas
mais recentes expedições, transportando carne
defumada e peixe de Arroio do Pescador para Fellig
desapareceu. A comida deveria ser entregue as
tropas residentes no Salão Flagonmist, é imperativo
que os bens da caravana sejam recuperados o mais
depressa possível.
ALTERNATIVAS
• A caravana foi seqüestrada por uma tribo de
Guerreiros Tharn. A crescente presença militar na
região limitou severamente suas invasões em
povoados e vilas próximos. Essa caravana era boa
demais para ser verdade. Os PJs vão encontrar as
carroças abandonadas, mas toda a comida e os
cavalos sumiram. Ao investigar o local eles
encontrarão uma pequena caverna próxima a um
rio onde um dos Batedores que cuidava da caravana
está escondido e cuidando de seus ferimentos. Ele
será capaz de ajudá-los a rastrear os Tharn até seu
acampamento e ajudará vingando seus camaradas
mortos.
• Nunca houve uma caravana. Os PJs são
contratados por Brend para realizar uma rápida
investigação dos bosques vizinhos em troca de
algum dinheiro fácil. A esperta mulher de negócios
forjou todos os documentos a respeito da caravana
para reivindicar o seguro de seus bens. Ela quer que
o grupo falsamente confirme que os arredores
foram completamente investigados e não foi
encontrado nenhum traço da caravana em troca de
uma porcentagem do dinheiro segurado.
• Alec Finnigh, um antigo mercador, perdeu três de
suas caravanas guardadas pela Companhia
Fronteiriça em um curto tempo. Isto arruinou sua
reputação como mercador e suas finanças. Ele agora
direcionou toda sua atenção para tentar macular o
bom nome da Companhia Fronteiriça. Não há nada
que ele queira mais do que ver Brend Ranamor fora
do negócio.
By Buccaneer Ralph
GRANDES APOSTAS NO EXPRESSO CASPIANO
A Sociedade Ferroviária Caspiana, o
Sindicato dos Trabalhadores do Vapor & Ferro em
conjunto com a Ordem Fraternal de Magia
terminaram seu trabalho no mais avançado motor à
vapor em toda Immoren: O Expresso Caspiano. A
conclusão deste engenho durante um período de
guerra marca um grande momento na história
Cygnarana, e declara para todos que Cygnar não
ficará presa atrás das marés da guerra.Este engenho
comemora o espírito de Cygnar, e uma grande
celebração está planejada para sua viagem de
inauguração. O primeiro torneio Anual Hold'em
Rail será realizado numa viagem de trem de Orven
à Cáspia.
A realeza, muitos nobres e militares de alta
patente estão planejando assistir ao torneio. Com estão no vagão cofre? Parece uma ótima
uma passagem de 200 Torres (peças de electrón), oportunidade pra um grupo de aventureiros audaz.
não são muitos que podem comprar um dos 32 É claro que os 30 ou mais Cygnaranos armados
assentos no torneio. fazem pensar melhor no assunto, mas isso apenas faz
Os pagamentos serão depositados no vagão tudo ficar mais divertido! A única pergunta é se irão
cofre que será usado eventualmente para encobertos pela sombra da noite ou sob um disfarce
transportar altos segredos reais e militares por toda de nobre?
Cygnar. O vagão foi criado pelos altos membros da • Assassinato misterioso. Muitos dos nobres que
Ordem Fraternal, o que o torna impenetrável. jogam nas mesas de poker são mais do que
O segundo e o terceiro lugar vão levar 1500 Torres oponentes de jogo. Muitos estão competindo por
cada um, o primeiro lugar vai ganhar 2000 Torres e poder, terras, recursos ou amores secretos. Nobres
ainda jantará com o Rei Leto em pessoa. começam a morrer quando o trem chega mais perto
Segurança vai ser muito importante, e Rei de Cáspia, é a missão do grupo descobrir o
Leto despachou duas unidades de Cavaleiros da assassino antes que ele ataque de novo.
Espada, e uma unidade de Magos Pistoleiros para
cuidar que nada dê errado. A coroa está procurando By Farnsworth
por mais membros para a segurança que não sejam
afiliados das forças armadas oficiais de Cygnar.
Talvez um grupo de aventureiros com as conexões Retirado de Buccaner Bass
certas conseguiria o trabalho? (www.buccaneerbass.com)
Traduzido por Mr. Sandman
ALTERNATIVAS
• Os Khadoranos vêem a comemoração do trem
como uma mostra vulgar da arrogância Cygnariana,
e planejam tirar vantagem da oportunidade que lhes
foi apresentada. Um assassino pegou o lugar de um
dos nobres e assumiu sua identidade. Ele planeja
deixar os cães Cygnaranos em poças de seu próprio
sangue durante o tempo que o trem leva para
chegar a Cáspia. Naturalmente ele trouxe um
pequeno séqüito pra ajuda-lo em seu trabalho.
• 6400 Torres, e quem sabe que outras riquezas
33
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