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M A M A I D O S N E G O C I A N T E S
CONTENDO 0
CÓDIGO COMMERCIAL
DO
Com referencia aos artigos dos mesmos Regulamentos, accrescentado com todos os Avisos, Por-
tarias , Ordens e Decretos que a t é ao presente se tem expedido, assim como as Consultas e
Decisões dos Tribunaes do Commercio, e Tabellas dos emolumentos das Secretarias; os Regu-
lamentos dos Corretores, Agentes de Leilões e Interpretes; o Decreto que diz respeito a
indispensável ao Commercio.
ACCOMPANHADO
PAPEL SELLADO.
à VENDA E M CASA D E
Rua da Quitanda, 7 7
1853
C Ó D I G O C O M M E R C I A L
DO
IIMIÍPSÍM® m© igí&&©nn a
P A R T E L
DO COMMERCIO EM GERAL.
TITULO I.
DOS COMMERCIANTES.
CAPITULO t
III. As c o r p o r a ç õ e s de m ã o m o r t a , os c l é r i g o s e o « regulares.
IV. Os fallidos emquanto não fôrem legalmente rehabilitados.
(Reg. Decr. 25 Nor. 1 8 5 0 . art. 15.;
Art. 3.° Na p r o h i b i ç ã o d o arligo antecedente n ã o se comprehende
a faculdade de d a r dinheiro a juro ou a prêmio, comtanto que as
pessoas nelle mencionadas n ã o facão do exercicio desta faculdade
profissão habitual de commercio; nem a de ser accionista e m
qualquer companhia mercantil, uma vez que n ã o tomem parte na
gerencia administrativa da m e s m a companhia,
Art. Ninguém é reputado commerciante para efíeito de gozar
da protecção que este C ó d i g o l i b e r a l i s a e m f a v o r d o c o m m e r c i o , sem
q u e se l e n h a matriculado e m a l g u m dos tribunaes do c o m m e r c i o d o
Império, e f a c a da mercancia p r o f i s s ã o h a b i t u a l ( a r t . 9.) (Reg. art.
15, 17. Decr.'25 Nov. 1850 , arls. 15, 77 e 9 4 . Decr. 5 Set. 1850,
art. 3 J (*) *
Art. 5.° A petição da matricula deverá conter :
I. O nome, idade, naturalidade e domicilio do supplicante: e,
sendo sociedade, os nomes individuaes que a c o m p õ e m e a firma
adoptada (arts. 302, 311 e 325).
II. O lugar ou domicilio do estabelecimento.
Os m e n o r e s , os filhos-familias e as m u l h e r e s casadas d e v e r á õ jun-
t a r os t í t u l o s d a sua capacidade civil (art. l . ° ns. 2, 3 e
Art. 6.° O tribunal, achando que o supplioante t e m capacidade
CAPITULO I I .
Art. 15. Qualquer dos dons mencionados livros que for achado
com a l g o m dos vicios especificados n o artigo antecedente, n ã o m e -
recerá fé alguma nos lugares viciados a favor do commerciante a
1 g e n c i a s as d i s p o s i ç õ e s d o s a r t i g o s 1 2 e l á d o C ó d i g o d o C o r n m e r c i o a c e r c a do
syslema de e s c r i p l u r a ç ã o a seguir-se; e do m o d o por que se d e v e m consignar
n a s c a r t a s m i s s i v a s as f a c t u r a s o u r e m e s s a s d e m e r c a d o r i a s e v a l o r e s ; e c o n v i n d o
que quaesquer duvidas a respeito s e j ã o esclarecidas e precisado aquillo, que
deve praticar-se , submetlo á consideração deste tribunal as seguintes
declarações :
« 0 melhodo de escripluração commercial na e x e c u ç ã o do Código do
C o m m e r c i o p o d e ser q u a l q u e r d o s a d m i t l i d o s , i s t o é , o d e p a r t i d a s dobradas,
inixtas ou singelas, comtanto que, guardadas as i n d i v i d u a ç õ e s exigidas no
artigo 1 2 , haja em qualquer dos m e l h o d o s ordem chronologica nos lança-
mentos , e as partidas coincidão com os auxiliai es, quando lenháo nelle
sua origem.
(( A s c a r t a s m i s s i v a s q u e t r a t a r e m de remessas de q u a l q u e r e s p é c i e devem
m e n c i o n a r , além do n o m e do navio ou conduetor que transportar o u c o n d u z i r
o o b j e c t o da remessa , a importância lotai da factura , q u e d e v e ser acompa-
nhada do conhecimento ou recibo. »
O Sr. Alayrink, obtendo a palavra, j u l g a necessaiia a declaração proposta
pelo Sr. Santos júnior, conformando-se com a primeira parle; quanto
porém á segunda , entra em duvida se cabe na a l ç a d a do tribunal dar ao
ultimo periodo d o a r l i g o 12 do Código Commerdial uma interpretação que
dispense que no copiador se lance a integra das coutas e facturas que
acompanharem as c a r t a s m i s s i v a s , por entender qne semelhante intelligencia
se o p p õ e d i a m e t r a l m e n t e á letra d o referido a r t i g o . S ã o da mesma o p i n i ã o os
Srs. Silva P i n t o e desembargador fiscal.
O Sr. presidente entende que a proposta do Sr. Santos j ú n i o r contém a»
Ires seguintes questões:—l. a
E'livre aos c o m m e r c i a n t e s d o B r a s i l preferir
entre os diversos systemas de escripturação m e r c a n t i l admittidos na pratica
a q u e l l e q u e m a i s c o n v i e r ao s e u g ê n e r o d e c o m m e r c i o , o u são obrigados pelo
C ó d i g o C o m m e r c i a l a seguir certo e determinado syslema de escripluração
mercantil? 2. a
O systema das p a r t i d a s d o b r a d a s é i n c o m p a t í v e l c o m a d i s p o -
s i ç ã o dos arts. 12 e l / i d o C ó d i g o C o m m e r c i a l , n a parte qne exigem que a
e s c r i p t u r a ç ã o seja diária , e seguida pela o r d e m c h r o n o l o g i c a d o d i a , mez e
anno ? 3." Os c o m m e r c i a i j t e s s ã o o b r i g a d o s a l a n ç a r p o r extenso no copiador
as c o n t a s , facturas ou instrneções que acompanharem as suas c a r t a s m i s s i v a s ,
o u será bastante que as l a n c e m p o r extracto?
A solução da segunda questão , c o n t i n u o u o Sr. p r e s i d e n t e , é u m corol-
l a r i o d a d e c i s ã o p r i m e i r a : e para r e s o l v e r esta c o m a c e r t o c o n v é m t e r p r e s e n t e s
os a r t i g o s p a r a l l e l o s d o s C ó d i g o s e s t r a n g e i r o s e l e i s p á t r i a s d o n d e os a r t s . 1 2 e
d k d o C ó d i g o C o m m e r c i a l t i v e r ã o sua o r i g e m .
Seja o p i o n e i r o que se c o n s u l t e o Código do C o m m e r c i o francez , de que
t o d o s os o u t r o s deiivão. « A r t . 8.° T o d o o c o m m e r c i a n t e é o b r i g a d o a ter u m
l i v r o Diário q u e a p r e s e n t e , dia por dia, aa suas dividas aclivas e passivas,
as operações do seu commercio, suas negociações, aceitação ou endossos
de efíeilos, e em çeral tudo o qne receber e pagar por qualquer titulo
que seja; e que enuncie mez por mez as sommas que empregar nas des-
pe/.as da sua casa.» Kogron , commentando este artigo, diz: aceitação e
endosso de letras de c a m b i o o u b i l h e t e s á o r d e m .
Do Código francez extrahio o Código doCornmercio hespanhol, c o m alguma
cilTerença deredaeçào., o seguinte:
« A r t . 33. No livro diário se a s s e n t a r ã o dia por dia , e negando a ordtm por
CÓDIGO C O M M E R C I A L
que se forem fazendo, todas as operações qne o cotumercianle fizer no seu gênero
de n e g o c i o , designando a qualidade e circumstancias de cada o p e r a ç ã o , e o
resultado que produzir a favor do seu credito ou do seu debito , por
fôrma que cada partida mostre o credor e o devedor na operação a que
se r e f e r i r .
O m e s m o C ó d i g o , n o a r t . 5 5 , m a n d a a s s e n t a r n o d i á r i o t o d a s as p a r t i d a s que
o commerciante despender nos seus gastos d o m é s t i c o s na data em que as
e x t r a h i r da c a i x a . E no art. 3 9 , referindo-se aos c o m m e r c i a n t e s de retalho ,
d e c l a r a ser s u í í i c i e n t e « que lancem cada dia e m u m s ó a s s e n t o o p r o d u c t o das
suas v e n d a s a d i n h e i r o e p a s s e m a o l i v r o d e c o n t a s c o r r e n t e s as q u e houverem
fiado.»
Seguio-se o Código do Commercio dos Paiies Baixos , que reproduzio o
art. 8.° d o C ó d i g o francez c o m salutar desenvolvimento no art. 6.° « T o d o o
commerciante é obrigado a ter um livro diário q u e a p r e s e n t e dia por dia,
por ordem de datas , sem e s p a ç o s e m branco, entrelinhas ou transportes para
a margem, as suas d i v i d a s a c t i v a s e passivas, as suas o p e r a ç õ e s de com-
mercio, as s u a s n e g o c i a ç õ e s , aceitações ou endossos de letras de c a m b i o , e
outros effeitos n e g o c i á v e i s , as suas c o n v e n ç õ e s , e e m g e r a l t u d o o q u e receber
e pagar p o r q u a l q u e r t i t u l o q u e seja. »
Appareceu depois o C ó d i g o C o m m e r c i a l portuguez, que c o p i o u quasi litteral-
mente o art. 6.° d o C ó d i g o dos Paizes B a i x o s : «Art. 219. Todo o commer-
ciante deve necessariamente ter u m d i á r i o , isto é , u m registro , c o m t o d o s os
seguintes requisitos: que apresente dia por dia, por ordem de data, sem
lacunas , entrelinhas o u transportes para a m a r g e m , as suas d i v i d a s activas
ou passivas, as suas operações mercantis, as suas n e g o c i a ç õ e s , aceites ou
endosses de letras o u c r é d i t o s n e g o c i á v e i s , as suas c o n v e n ç õ e s , e em geral
tudo o que receber ou pagar , seja p o r que titulo fôr.» E accrescenta no
art. 229 : « Os commerciantes de retalho n ã o são obrigados a l a n ç a r n o diário
as suas v e n d a s i n d i v i d u a l m e n t e : basta q u e f a c ã o cada dia o a s s e n t o d o pro-
d u c t o de todo o d i a das que fizerão a d i n h e i r o de coutado , e nas contas
c o r r e n t e s as q u e h o u v e r e m B a d o . »
B o m s e r á q u e se t e n h a t a m b é m p r e s e n t e o a l v a r á de 13 de N o v e m b r o de
1756. que n o art. 14 estabelecia oseguinte: « . . . serão precisamente obrigados
a exhibir pelo menos um livro com o titulo d e Diário escripto pela ordem
chronologica d o s t e m p o s e das datas, sem i n v e r s ã o d e l l a s , e sem interrupções,
claro ou verba alguma posta nas suas m a r g e n s , n o qual se a c h e m lançados
t o d o s os a s s e n t o s d e t o d a s as m e r c a d o r i a s e f a z e n d a s q u e os m e s m o s f a l l i d o s d e
credito houverem comprado e v e n d i d o , e d e t o d a s as d e s p e z a s q u e houverem
f e i t o c o m a sua p e s s o a . . . . »
E não esqueça finalmente a m a g n a l e i c o m m e r c i a l as v e l h a s o r d e n a n ç a s de
Bilbao , que exigiâo « u m diário escripto contendo a conta detalhada de tudo
o q u e o c o m m e r c i a n t e r e c e b e s s e e pagasse , cada dia por ordem de datas.*
C o m p a r e - s e a g o r a c o m os r e f e r i d o s C ó d i g o s e m a i s d i s p o s i ç õ e s commerciaes
o C ó d i g o C o m m e r c i a l brasileiro nos lugares pararellos: A r t . 1 1 . Os l i v r o s que
os commerciantes são obrigados a ter indispensavelmente são o Diário e o
copiador de cartas.» « A r t . 12. No diário é o commerciante obrigado a lançar
com individuação e clareza todas as suas o p e r a ç õ e s de c o m m e r c i o , letras e
10 M A N U A L DOS NEGOCIANTES
c o n t r a r i o , d e t e r m i n a n d o o C ó d i g o C o m m e r c i a l n o artigo 14 q u e — a e s c r i p t u -
ração dos livros dos commerciantes seja feita e m fôrma mercantil — istoé,
que os c o m m e r c i a n t e s e s c r i p l u r e m os seus l i v r o s pela f ô r m a usada no com-
mercio ; e h a v e n d o diversas f ô r m a s , m e l h o d o s ou syslemas de escripturação
mercantil , todos admittidos pela pratica e usos c o m m e r c i a e s do Brasil e de
todas as n a ç õ e s commerciantes, é de t o d a a evidencia e incontestável que o
C ó d i g o C o m m e r c i a l brasileiro deixa ao l i v r e arbítrio dos commerciantes do
Brasil a escolha de e s c r i p t u r a ç ã o que mais lhe conviesse , por partidas d o b r a -
das, simples, o u singelas, o u m i x t a s , ou por outro qualquer que mercantil
seja , d e v e n d o a s s i m e n t e n d e r - s e , n ã o s ó p o r ser esta a i n t e l l i g e n c i a l i t t e r a l e
obvia do Código Commercial, mas também porque por igual fôrma tem
s i d o e n t e n d i d a s na p r a t i c a iguaes d i s p o s i ç õ e s dos C ó d i g o s e s t r a n g e i r o s nos luga-
r e s p a r a r e l l o s p e l o s c o r n m e r c i a n t e s das r e s p e c t i v a s n a ç õ e s . E q u e , se a s u p p o s t a
duvida se f u n d a , c o m o se t e m d i t o , nas p a l a v r a s d o a r t i g o 1 4 , — escripturação
em fôrma mercantil , — pretendendo-se que sejão s y n o n y m a s de — partidas
dobradas,—é esta i n t e l l i g e n c i a t ã o e s t r a n h a , q u e n ã o p ô d e b e m ser q u a l i f i c a d a :
por que r a z ã o , — f ô r m a mercantil — ha de antes significar o systema das
partidas dobradas do que o das s i n g e l a s o u outro qualquer ? Será mercantil
toda a escripturação que a l c a n ç a o fim a q u e esta se dirige, isto é , a historia
das t r a n s a c ç õ e s d o c o m m e r c i a n t e e o estado da sua fortuna ; e como tanto a
f ô r m a d a s p a r t i d a s d o b r a d a s c o m o a das s i n g e l a s a l c a n ç ã o a m b a s o m e s m o fim,
se a m b a s f o r e m r e g u l a r m e n t e p r a t i c a d a s , tanto uma como outra é igualmente
escripturação mercantil; como bem observa o autor do C ó d i g o Commercial
porluguez no seu diccionario Commercial estabelecendo igual doutrina no
a r t i g o 2 1 8 d o m e s m o C ó d i g o — a f ô r m a d e sua a r r u m a ç ã o (dos l i v r o s ) é i n t e i -
ramente do arbilrio do c o m m e r c i a n t e , c o m t a n t o que seja r e g u l a r . E todos
sabem que—fôrma de arrumação de livros mercantis, — e — fôrma de
escripturação m e r c a n t i l — são fôrmas synonymas , empregadas no Código
C o m m e r c i a l brasileiro nos a r t i g o s 14 e 17.
Q u a n t o á s e g u n d a q u e s t ã o — S e o s y s t e m a das p a r t i d a s d o b r a d a s é i n c o m p a -
tível com a d i s p o s i ç ã o dos artigos 12 e 14 do C ó d i g o C o m m e r c i a l , na parte
que exige uma escripturação diária por ordem chronologica de dia, mez e
anno — , entende o m e s m o Sr. presidente que não ha incompatibilidade, e
que apenas h a v e r á mais difficuldade e m a i o r t r a b a l h o , pois que em todo e
qualquer methodo de e s c r i p t u r a ç ã o , p a r a ser m e r c a n t i l , é indispensável que
esta a p r e s e n t e , dia por d i a , c o m o d e t e r m i n ã o t o d o s os C ó d i g o s C o m m e r c i a e s
o estado activo e passivo do c o m m e r c i a n t e . E q u e , n ã o lhe c o m p e t i n d o e n t r a r
na fôrma pratica de accommodar a escripluração ás d i s p o s i ç õ e s do Código
C o m m e r c i a l , o b s e r v a r á apenas u m f a c t o , e é q u e , s e n d o a d i s p o s i ç ã o dos Códigos
C o m m e r c i a e s da F r a n ç a , Hespanha , Paizes Baixos e P o r t u g a l , inteiramente
análoga á do Código Commercial brasileiro, em t o d a s estas n a ç õ e s está em
pratica a escripturação por partidas dobradas, sem que nem as l e i s nem os
t r i b u n a e s das mesmas nações a t e n h ã o declarado incompalivel c o m as deter-
minações dos respectivos C ó d i g o s : e c o m o fôra absurdo que, tendo o poder
V2 M A N U A L DOS N E G O C I A N T E S
CAPITULO III.
CAPITULO VI.
Disposições geraes.
TITULO IL
TITULO III.
CAPITULO I.
Disposições geraes.
CAPITULO II.
Dos corretores.
Art. 36. Para ser corretor requer-se ter mais de vinte e cinco
a n n o s de i d a d e , e ser d o m i c i l i a d o n o l u g a r p o r m a i s de u m anno.
Art. 3 7 . N ã o p o d e m ser corretores:
I. Os q u e n ã o p o d e m ser commerciantes.
I I . As mulheres.
III. Os corretores u m a vez destituídos.
IV. Os fallidos n ã o rehabilitados, e os r e h a b ü i t a d o s , quando a
quebra houver sido qualificada como comprehendida na disposição
dos artigos 800 n . ° 2, e 801 n.° 1.
Art. 3<8. T o d o o corretor é obrigado a matricular-se no tribunal
do commercio do seu domicilio: e antes de entrar no exercício do
seu officio prestará juramento de bem cumprir os seus deveres
perante o p r e s i d e n t e , p o d e n d o ser a d m i t t i d o s a j u r a r p o r procurador
es c o r r e t o r e s das praças distantes do lugar onde o tribunal residir;
16 M A N U A L DOS NEGOCIANTES
MAN. MEG, 2
18 M A N U A L DOS NEGOCIANTES
Art. 56. E dever dos corretores guardar inteiro segredo nas nego-
c i a ç õ e s d e q u e se e n c a r r e g a r e m ; e se d a r e v e l a ç ã o r e s u l t a r prejuízo,
s e r ã o obrigados á sua i n d e m n i s a ç ã o , e a t é c o n d e m n a d o s á perda do
ofíicio e da metade da fiança prestada , provando-se dolo ou fraude.
(*) A c h ã o - s e n o fim d o p r e s e n t e v o l u í n e .
*
20 M A N U A L DOS N E G O C I A N T E S
C A P I T U L O I I I .
C A P I T U L O I V .
CAPITULO V.
CAPITULO VI.
T I T U L O I V .
DOS BANQUEIROS.
TITULO V.
TITULO YI.
DO MANDATO MERCANTIL.
m ã o d e l l e ; s a l v o se s o b r e v i e r c a u s a j u s t i f i c a d a q u e o i m p o s s i b i l i t e de
continuar na sua execução.
Art. 1 4 4 . Se o mandatário, depois de aceito o m a n d a t o , vier a ter
conhecimento de que o commettente se acha c m circumstancias
q u e elle i g n o r a v a ao t e m p o e m que aceitou, p o d e r á d e i x a r de exequir
o m a n d a t o , fazendo p r o m p t o aviso ao mesmo commettente.
Pôde igualmente o mandatário deixar de exequir o mandato,
quando a execução depender de s u p p r i m e n t o de f u n d o s , emquanto
não receber do commettente os n e c e s s á r i o * ; e até suspender a exe-
cução j á p r i n c i p i a d a se as s o m m a s recebidas n ã o f ô r e m sufficientes.
Art. 145. O m a n d a t o geral abrange t o d o s os actos de gerencia con-
nexos e c o n s e q ü e n t e s , segundo se e n t e n d e e pratica pelos commer-
ciantes em casos semelhantes no lugar da execução; mas na gene-
r a l i d a d e d o s p o d e r e s n ã o se c o m p r e h e n d e m os d e a l h e a r , hypotbecar,
assignar fianças, transacções ou compromissos de credores, entrar
em companhias o u sociedades, n e m os d e outros quaesquer actos
para os q u a e s se e x i g e m n e s t e c ó d i g o p o d e r e s especiaes.
Art. 146. O mandatário n ã o pode subrogar, se o m a n d a t o não
c o n t é m c l á u s u l a expressa que autorise a delegação.
Art. 147. Quando no mesmo mandato se estabelece mais de u m
mandatário, entende-se que são todos constituídos para obrarem
na falta, e depois dos o u t r o s , pela o r d e m da n o m e a ç ã o ; salvo de-
clarando-se expressamente no mandato qne devem obrar solidaria
e c o n j u n c t a m e n t e : neste u l t i m o caso, a i n d a que todos n ã o aceitem,
a m a i o r i a dos qne aceitarem poderá exequir o mandato.
Art. 148. Se o m a n d a t á r i o fôr constituído por diversas pessoas
para u m negocio c o m m u m , cada u m a dellas será solidariamente
o b r i g a d a p o r t o d o s os e f f e i t o s d o mandato.
Art. 149. O commettente é responsável p o r t o d o s os a c t o s prati-
cados pelo mandatário d e n t r o dos l i m i t e s do m a n d a t o , o u este obre
e m seu próprio nome, ou e m nome do commettente.
Art. 150. Sempre que o mandatário contractar expressamente
em nome do commettente, será este o ú n i c o responsável ; ficará
porém o mandatário pessoalmente o b r i g a d o se o b r a r no seu próprio
nome, ainda que o n e g o c i o seja de c o n t a do commettente.
Art. 151. Havendo contestação entre u m terceiro e o mandatário,
que c o m elle contractou e m nome do commettente, o mandatário
ficará livre de toda a responsabilidade, apresentando o mandato
ou ratificação daquelle por conta de q u e m contractou.
Art. 152. Se o m a n d a t á r i o , tendo fundos ou credito aberto do
commettente, comprar, e m nome delle m a n d a t á r i o , a l g u m objecto
que devêra c o m p r a r para o c o m m e t t e n t e por ter sido i n d i v i d u a l m e n t e
designado no mandato, terá este a c ç ã o para o obrigará entrega da
cousa comprada.
Art. 153. O commerciante, que tiver na sua m ã o fundos dispo-
niveis do commettente, n ã o pôde recusar-se ao c u m p r i m e n t o das
suas ordens relativamente ao emprego ou disposição dos mesmos
f u n d o s : pena de responder por perdas e damnos que dessa falta re-
sultarem.
CÓDIGO COMMERCIAL 31
TITULO VIL
DA COMMISSÃO MERCANTIL.
M A N . NEG. 3
34 M A N U A L DOS N E G O C I A N T E S
*
CÓDIGO COMMERCIAL 35
TITULO VIII.
TITULO IX.
CAPITULO X.
Da locação mercantil*
i
40 M A N U A L DOS N E G O C I A N T E S
TITULO XI.
. A r t
' 2 5 Z u N á o s e r à 0
admissíveis e m juizo contas de capital c o m
l ü ' ™ / C m q U 8 6 n à o a c h a r e m
reciprocamente lançados sobre
as p a r c e l l a s d o d e b i t o e c r e d i t o d a s mesmas contas.
Art. 255. Os descontos de letras de cambio ou da terra, e de
ls p?rte s
a e r C r e d h
° n e
S ° c i a v e i s
> r e g u l à o - s e pelas convenções
TITULO XII.
CAPITULO I.
Das fianças.
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a de oausa comlnercia,
' ™ ™»w,r.?K
b
t o d o » os a c c e s s o r . o s d a o b r i g a ç ã o principal, e n ã o admitteTn e r T ?
t a ç a o extens.va a mais d o que precisamente se c o J r e n
o b r i g a ç ã o assignada pelo fiador. """'prenenae na
CÓDIGO COMMERCIAL 43
CAPITULO Ií.
T I T U L O X I I I .
CAPITULO I.
Da hypotheca.
CAPITULO II.
Do penhor mercantil.
TITULO XIV.
DO DEPOSITO MERCANTIL.
158* m) ^ '
J D€Cr 25 Novembro 1850
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* d i s p o s i ç õ e s d o c a p i t u l o I I — DO
6 A
PENHOR M E R C A N T I L —
sao a p p i i c a v e i s ao d e p o s i t o m e r c a n t i l .
TITULO XV.
CAPITULO. I.
Disposições geraes.
§ 2 . )
CAPITULO I I .
CAPITULO III.
SECÇÀO i.
Disposições geraes.
MAIS'. IVEG. 4
50 M A N U A L DOS N E G O C I A N T E S
SECÇÂO II.
Da Sociedade em commandita.
SECÇÀO III.
SECÇÀO IV.
SECÇÀO v.
gerente.
Art. 328. No caso de quebrar ou fallir o sócio gerente, é licito
ao terceiro com quem houver tratado saldar t o d a s as contas que
com elle tiver, posto que abertas sejão debaixo de distinetas designa-
ções, com os f u n d o s p e r t e n c e n t e s a q u a e s q u e r d a s mesmas contas:
ainda que os o u t r o s sócios mostrem que esses f u n d o s l h e s perten-
cem , u m a vez q u e não provem que o dito terceiro tinha conheci-
mento, antes da quebra, da existência da sociedade e m conta de
participação.
SECÇÃO vi.
sociaes.
Art. 330. Os ganhos e perdas s ã o c o m m u n s a t o d o s os s ó c i o s na
razão p r o p o r c i o n a l dos seus respectivos q u i n h õ e s no fundo social;
s a l v o se o u t r a cousa fôr expressamente estipulada no contracto.
Art. 331. A m a i o r i a dos sócios não tem faculdade de entrar e m
o p e r a ç õ e s diversas das c o n v e n c i o n a d a s no contracto sem o consen-
timento unanime d e t o d o s os s ó c i o s . N o s m a i s casos t o d o s os negó-
cios sociaes serão decididos pelo voto da m a i o r i a , c o m p u t a d o pela
f ô r m a prescripta no artigo 486.
A r t . 332. Se o c o n t r a c t o social f ô r da n a t u r e z a daquelles que só
valem sendo feitos por escriptura p u b l i c a , nenhum sócio p ô d e res-
ponsabilizar a firma social validamente sem autorisação especial
dos outros sócios, outorgada expressamente por escriptura publica
(art. 3 0 7 ) .
Art. 333. O sócio que, sem consentimento por esoripto dos outros
sócios, a p p l i c a r os f u n d o s o u effeitos da sociedade para negocio ou
uso de conta própria ou de terceiro, será obrigado a entrar para
a massa c o m m u m com todos os lucros resultantes: e se houver
perdas ou damnos, s e r ã o estes p o r sua conta particular ; além do
procedimento criminai qne possa ter l u g a r (art. 316).
Art. 334. A nenhum sócio é licito c e d e r a u m terceiro, que não
seja s ó c i o , a parte que tiver na sociedade, nem fazer-se substituir
no exercício dos foneçõe* que nella exercer sem expresso consen-
t i m e n t o d e t o d o s os o u t r o s s ó c i o s ; pena de nullidade do contracto;
mas poderá associa-lo á sua parte, sem que p o r este f a c t o o asso-
ciado fique considerado m e m b r o da sociedade.
5 6
M A N U A L DOS NEGOCIANTES
SECÇÀO V I I ,
Da dissolução da sociedade.
t^z^T - - ^«iS
penden,es; procede do 8e a
m e m e 3
Jf" f ™ ™ ? » / o c i e c I a d c .
e
p o d e m ser dissolvidas indiciai-
^ i q u e r d p i s o S ? ' 0 m M
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S * ^
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a l g u m dos sócios.
u
SECÇÀO VIII.
Da liquidação da sociedade.
T I T U L O X V I .
CAPITULO I.
SECÇÀO I.
m e r c i o a s e m e l h a n t e r e s p e i t o , p o r n ã o s e r e m s u f f i c i e n l e m e n t e e x p l í c i t o s os a r t s .
555 até 558 do Código Commercial, c além disto pelo art. 424 do mesmo
C ó d i g o p a r e c e r q u e Fe p ô d e p r o s e g n i r n o u s o q u e e s t a v a i n t r o d u z i d o , v i s t o n ã o
se a c h a r e x p r e s s a m e n t e r e v o g a d o , p o r isso s u b m e t t o á c o n s i d e r a ç ã o d o T r i b u -
nal a seguinte p r o p o s t a : Q u e para resolver a d u v i d a q u e existe n o c o m m e r c i o ,
se s u b s i s t e m o u n ã o os d i a s d e g r a ç a o u c o r t e z i a n a s l e t r a s d e c a m b i o e d a t e r r a ,
e l a v r a r - s e a s s e n t o d a d e c i s ã o q u e se h o u v e r d e t o m a r , se p r o c e d a á s d i l i g e n c i a s
d e t e r m i n a d a s nos arts. 22 e 26 d o r e g u l a m e n t o d e 25 de N o v e m b r o d e 1 8 5 0 . •
E e n t r a n d o e m d i s c u s s ã o , d e c l a r o u o seu a u t o r q u e para elle n ã o era d u v i d o s o que
o Código C o m m e r c i a l n ã o a d m i t t e dias de g r a ç a o u cortezia n o p a g a m e n t o de
l e t r a s ; mas q u e a p r e s e n t á r a a s u a p r o p o s t a c o m o fim d e q u e . m a n i f e s t a n d o o
Tribunal a sua o p i n i ã o , cessasse a i n c e r t e z a q u e i n c o m m o d a v a a a l g u n s com-
merciantes, fundando-se elles em duas r a z õ e s : l . a
, porque, admittindo o
C ó d i g o n o a r t . 355 o uso de letras—a dias o u mezes de vista precisos, — parecia
q u e i n d i r e c t a m e n t e c o n s e r v a v a os d i a s d e g r a ç a a n t e r i o r m e n t e a d m i t t i d o s p e l o
uso e pela l e i , sendo p o r o u t r a f ô r m a ociosa a c l á u s u l a — p r e c i s o s : — 2 . % p o r q u e
no art. 424 se manda decidir as questões sobre pagamento e protestos
de letras segundo as l e i s e u s o s c o m m e r c i - i e s d a s p r a ç a s o n d e t a e s a c t o s fôrem
p r a t i c a d o s ; e q u e c o n v i n h a q u e o T r i b u n a l d e s v a n e c e s s e e s t a d u v i d a . T o d o s os
m a i s Srs. d e p u t a d o s e o Sr. desembargador fiscal concordarão com a opinião
do Sr. secretario. O Sr. presidente, t o m a n d o a palavra, principiou por observar
q u e c u m p r i a t e r p r e s e n t e q u e t o d o s os u s o s c o m m e r c i a e s c o n t r á r i o s á s d i s p o s i -
ções do Código Commercial ficarão sem v i g o r d e s d e q u e este c o m e ç o u a t e r
execução: e que, partindo deste principio incontestável, toda a questão se
reduzia a e x a m i n a r se o u s o d o s d i a s d e e s p e r a , g r a ç a o u c o r t e z i a se o p p õ e á s
d i s p o s i ç õ e s d o C ó d i g o C o m m e r c i a l ; mas q u e , antes de e n t r a r nesta q u e s t ã o , era
n e c e s s á r i o fazer u m a d i s t i n e ç ã o i m p o r t a n t e e n t r e letras sacadas antes d o 1.° d e
J a n e i r o d o c o r r e n t e a n n o , e m q u e o C ó d i g o c o m e ç o u a v i g o r a r , e as q u e fôrem
sacadas d e p o i s : n ã o p o d e n d o padecer d u v i d a q u e a respeito das p r i m e i r a s e s t ã o
em v i g o r os r e f e r i d o s u s o s . A q u e s t ã o , p o i s , d e v e v e r s a r s o m e n t e s o b r e as l e t r a s
sacadas d e p o i s d o 1.° de J a n e i r o .
Basta c o n s u l t a r , c o n t i n u o u S. E x . , o a r t . 3 5 7 , p a r a c o n c l u i r q u e as l e t r a s
devem ser p a g a s — no dia do seu vencimento.— O art. 376 c o n f i r m a a mesma
doutrina nas palavras — o p o r t a d o r de l e t r a de c a m b i o aceita o u n ã o aceita é
o b r i g a d o a p e d i r o s e u p a g a m e n t o no dia do seu vencimento, e n ã o sendo paga, a
fazê-la protestar de não paga,— e está em perfeita harmonia c o m os dous
c i t a d o s a r t i g o s o 4 0 7 , o r d e n a n d o q u e — t o d a a l e t r a q u e h o u v e r d e ser p r o t e s t a d a
por falta de aceite o u de pagamento d e v e ser levada ao oííicial p u b l i c o do
p r o t e s t o n o m e s m o d i a e m q u e d e v i a s e r a c e i t a o u paga, antes d o sol p o s t o . — E
se ainda resta d u v i d a , o a r t . 3 5 8 as r e m o v e t o d a s , fixando por uma maneira
precisa a fôrma de contar os m e z e s taes quaes se achão fixados no Calendário
Gregoriano para os vencimentos das letras, e declarando seguidamente no
m e s m o a r t i g o , e m t e r m o s m u i c l a r o s e p o s i t i v o s , — q u e os p r a z o s s ã o c o n t í n u o s ,
e contados de data a data. — L o g o os d i a s d e g r a ç a e s t ã o e m m a n i f e s t a c o n t r a d i c -
ção do Código C o m m e r c i a l , pois, a subsistirem, as l e t r a s não serão pagas
no dia do seu vencimento,—os m e z e s d e i x a r ã o d e s e r — t a e s quaes se achão fixados
no Calendário Gregoriano,—e os prazos não serão contados de data a data.
E disposições tão positivas, tão terminantes e claras, n ã o p o d e m tornar-se
q u e s t i o n á v e i s pela h y p o l h e s e a d m i t t i d a n o art. 3 5 5 , d e l e t r a s — a dias o u mezes
de vista precisos, — pois que n o art. 357 se e n c o n t r a a explicação. Quiz o
Código conservar o uso antigo do f a v o r d e u m d i a c o n c e d i d o ao pagamento
das letras á v i s t a , mas c o m alguma m o d i f i c a ç ã o nos seguintes t e r m o s : — o
pagamento da l e t r a à v i s t a é e x i g i v e l n o a c t o d a sua a p r e s e n t a ç ã o , e s ó p ó d c
CÓDIGO C O M M E R C I A L 61
3 8 t ) n
Art. 357. O pagamento da letra á vi»ta é exigivel no acto da sua
apresentação, e só pôde ser demorado por viote e quatro horas,
se n i s s o c o n v i e r o p o r t a d o r : as l e t r a s a dias o u mezes certos e prefi-
x o s s e r ã o p a g a s n o d i a d o s e u v e n c i m e n t o . ( A r t . 4 0 7 . ) (Reg. art. 381).
Art. 358. Os mezes para o vencimento de letras são taes quaes
se achão fixados pelo calendário gregoriano. O dia 15 é sempre
r e p u t a d o o m e i o d e t o d o s os mezes.
Os prazos s ã o c o n t í n u o s e contados de data a data. Se o dia do
vencimento fôr feriado pela lei, reputa-se a letra vencida no ante-
cedente. (ArU. 373 e 407.) (Reg. art. 381 e 730.)
Art. 359. H a v e n d o differença entre o valor l a n ç a d o p o r a l g a r i s m o
no alto da letra e o que se achar por extenso no corpo delia, este
ultimo será sempre considerado o verdadeiro, e a differença n ã o
prejudicará a letra.
SECÇÀO II.
Dos Endossos.
C o m m e r c i a l c o m p e r f e i t o c o n h e c i m e n t o de causa, e c o m a d e l i b e r a d a i n t e n ç ã o
d e a c a b a r as g r a ç a s e c o r t e z i a s n o s v e n c i m e n t o s d a s l e t r a s .
Procedendo-se á v o t a ç ã o , d e c i d i o se u n a n i m e m e n t e q u e o C ó d i g o C o m m e r -
c i a l a b o l i o o uso de dias de graça.
SECÇÀO III,
Do Sacador.
SECÇÀO IV.
Do Portador.
MAN. NEG. Ò
66 M A N U A L DOS N E G O C I A N T E S
SECÇÀO v.
Do sacado e aceitante.
ou de q u a l q u e r o u t r a o b r i g a d a á l e t r a , a i n d a q u e p a r a este a c t o n ã o
se a c h e expressamente autorizado.
O próprio sacador e qualquer outra firma obrigada á letra pôde
offerecer-se para aceitar o u pagar.
O pagador da letra e m taes casos fica s u b r o g a d o nos direitos e
acções do portador para c o m a firma o u firmas por conta de quem
pagar. (Reg. art. 371, § 8 . )
Art. 398. O aceitante n ã o é obrigado a pagar, se o p o r t a d o r lhe
não entrega o exemplar da letra e m que firmou o aceite; salvo
desencaminhando-se a letra (art. 3 8 8 ) , o u q u a n d o o aceitante a n ã o
paga por inteiro (art. 375) : neste ultimo caso, só p ô d e exigir-se do
portador que lance o recebimento na letra, o u q u e passe r e c i b o e m
separado da quantia paga.
Art. 399. Aquelle que paga u m a letra de cambio no seu venci-
mento sem opposiçao de terceiro, presume-se validamente deso-
brigado.
Art. 400. Q u e m paga u m a letra de cambio por u m a via e m que
não se a c h a o seu aceite, n ã o fioa desonerado para c o m o portador
do aceite: pagando t a m b é m a este, t e m direito para haver o seu
embolso daquelle que indevidamente houver recebido (art. 396).
(Art. 406.)
Art. 401. OfTerecendo-se o sacado, a q u e m se tiver protestado
u m a letra por falta de aceite, a fazer o p a g a m e n t o desta no venci-
mento, será admittido c o m preferencia a outro qualquer; mas por
este p a g a m e n t o n ã o ficará desonerado da o b r i g a ç ã o de pagar todos
os d a m n o s e despezas legaes r e s u l t a n t e s da sua falta de aceite.
Art. 402. Fazendo-se o pagamento de intervenção por conta ou
h o n r a da f i r m a do sacador, t o d o s os e n d o s s a d o r e s ficão desobrigados.
Se o pagamento se f a z p o r c o n t a o u h o n r a de u m dos endossado-
r e s , t o d o s os s i g n a t á r i o s s e g u i n t e s na o r d e m dos endossos ficão des-
onerados. (Reg. art. 382.)
Art. 403. E m t o d o s os casos d e i n t e r v e n ç ã o d e t e r c e i r o n o aceite
ou pagamento de letras, o portador é obrigado a t i r a r os compe-
tentes protestos, declarando nelles o nome do interventor, e por
conta e h o n r a de q u e f i r m a i n t e r v e i o : e s ã o t a m b é m indispensáveis
os avisos do aceitante pela f ô r m a determinada no artigo 377. (Reg.
art. 3 7 1 , § 8.)
Art. 404. Offerecendo-se o aceitante, ou a l g u é m por elle, a fazer
o pagamento da letra antes do v e n c i m e n t o , e m todo ou e m parte,
o portador n ã o é obrigado a receber, ainda que a o f f e r t a se faça
sem desconto n e m rebate (art. 4 3 1 ) .
ÍECÇÃO vi.
Art. 405. Os protestos das letras de cambio devem ser feitos pe-
rante o escrivão privativo dos protestos, o n d e o h o u v e r ; e n ã o o ha-
SECÇÀO VII.
Do Recambio.
SECÇÃO v m .
Disposições geraes.
Art. 422. Todos os que sacão ou dão ordem para o saque, en-
dossão ou aoeitão letras de c a m b i o , o u a s s i g n ã o como abonadores,
ainda que n ã o sejão commerciantes, são solidariamente garantes
das mesmas letras e obrigados ao seu pagamento, c o m juros e
recambios havendo-os, e t o d a s as despezas legaes, como s ã o , c o m -
m i s s õ e s , portes de cartas, sellos e p r o t e s t o s ; c o m direito regressivo
do ultimo endossador até o sacador, sempre que a letra tiver sido
apresentada ao sacado , e regularmente protestada (art. 381). Arts.
383, 392 e 416.)
Art. 423. Os juros da letra protestada por falta de pagamento
devem-se do dia do p r o t e s t o , e os j u r o s das despezas legaes do dia
em q u e estas se f i z e r e m .
Art. 424. As contestações judiciaes que respeitarem a actos de
apresentação de letra de c a m b i o , seu a c e i t e , pagamento, protesto
e notificação, serão decididas segundo as l e i s o u u s o s commerciaes
das praças dos paizes onde e s t e s a c t o s f ô r e m p r a t i c a d o s . (Reg. arts.
3 , § 2 ; 2 1 6 , Decr. 2 5 Novembro l S h ú , art. 22.)
CAPITULO II.
TITULO XVIL
OBRIGAÇÕES COMMERCIAES.
CAPITULO I.
Disposições geraes.
CAPITULO II.
C A P I T U L O I I I .
TITULO XVII.
DA FRESCRIPÇÂO.
P A R T E I I .
DO COMMERCIO MARÍTIMO.
TITULO t
(*) O R e g u l a m e n t o d a s c a p i t a n i a s d o s p o r t o s se a c h a e x a r a d o n o d e c r e t o n . °
4 4 7 , de 19 de M a i o de 1 8 4 6 . ( I n s e r i d o no A l m a n a k de L a e m m e r t para 1 8 4 7 . )
(**) Consulte-se o R e g . de 29 de N o v e m b r o de 1 8 5 1 sobre o m o d o d e se
i m p ô r e m as m u l t a s d e q u e t r a t a o a r t . 4 6 3 .
(***) O t r i b u n a l do c o m m e r c i o da c a p i t a l do i m p é r i o , t e n d o observado que
nos requerimentos apresentados para registro das embarcações destinadas á
n a v e g a ç ã o do alto-mar, fallãó alguns documentos necessários p a r a q u e possa
effectuar-se o dito registro, manda fazer publico, para conhecimento das
partes interessadas, que e m c o n f o r m i d a d e , dos arts. 459 até 463 taes d o c u -
m e n t o s s ã o os s e g u i n t e s :
1.° A u t o o r i g i n a l de vestoria pela capitania d o porto em como a embar-
c a ç ã o se a c h a n a v e g á v e l .
2.° Certidão do termo de a r q u e a ç ã o f<;ito n a mesa do consulado, com
r e f e r e n c i a á s u a d a t a , e m q u e d e c l a r e as d i m e n s õ e s d a e m b a r c a ç ã o e m p a l m o s
e pollegadas, sua capacidade em toneladas, armação de que usa, quantas
cobertas t e m , e a sua c o n f i g u r a ç ã o externa. ^
3.° D o c u m e n t o assignado pelo p r o p r i e t á r i o ou seu p r o c u r a d o r , em que
78 M A N U A L DOS NEGOCIANTES
T I T U L O I I .
TITULO III.
Marca o modo por que deve ser interposto, processado e decidido o recurso de
que trata o artigo 512 do Código Commercial.
A t t e n d e n d o ao q u e m e r e p r e s e n t o u o t r i b u n a l d o c o m m e r c i o d a capital do
I m p é r i o : hei por b e m decretar o seguinte:
Art. i.° Os c a p i t ã e s d o s p o r t o s e as a u t o r i d a d e s a quem competir a ma-
t r i c u l a da gente d o m a r , quando tiverem de proceder contra os c a p i t ã e s das
embarcações no caso do artigo 512 do Código Commercial, observarão u
disposto nos artigos 116 , 117 , 124 e 125 do regulamento n . 447 de 19 de
M a i o de 1 8 4 6 .
A r t . 2 . ° D a d e c i s ã o q u e m u l t a r os c a p i t ã e s d a s e m b a r c a ç õ e s , p o d e r á õ e s t e s ,
ainda q u e a m u l t a n ã o exceda a c e m m i l reis, r e c o r r e r para o respectivo tribunal
do c o m m e r c i o , ( C ó d i g o Commercial, artigo 512. Regulamento n . 738 , artigo
18, § 1 2 . )
A r t . 3 . ° Nas p r o v í n c i a s e m que não houver tribunal do commercio, mas
onde houver relação , o recurso terá lugar para a respectiva j u n t a do c o m -
mercio. ( R e g u l a m e n t o n . 7 3 8 , artigos 72 e 7 7 . )
Art. 4 . ° Este recurso terá effeito suspensivo , e será i n t e r p o s t o dentro de
c i n c o dias contados do da p u b l i c a ç ã o d a d e c Í 6 à o na p r e s e n ç a d o recorrente ou
90 M A N U A L DOS N E G O C I A N T E S
cesso c o n c l u s o a o t r i b u n a l , j u n t a n d o aos a u t o s a l l e g a ç õ e s q u e f ô r e m o f f e r e c i d a s
pelo recorrente no prazo i m p r o r o g a v e l de vinte e q u a t r o h o r a s , contados do
dia da apresentação. (Regulamento de 19 de M a i o de 1 8 4 6 , a r l i g o s 1 2 3 e
125.j
Art. 1 2 . ° O tribunal o u junta do c o m m e r c i o com a possível brevidade jul-
gará o recurso , n ã o conhecendo d e l l e se n ã o t i v e r s i d o i n t e r p o s t o , a r r a s a d o e
apresentado e m tempo.
Art. 1 3 . ° P a r a a a p r e s e n t a ç ã o d o p r o v i m e n t o d e r e c u r s o ao c a p i t ã o d o p o r l o
é c o n c e d i d o o m e s m o t e m p o q u e se g a s t a p a r a a s u a a p r e s e n t a ç ã o , contando-se
da p u b l i c a ç ã o d o m e s m o p r o v i m e n t o .
Art. 1 4 . ° P a r a esse fim o official maior da secretaria d o t r i b u n a l o u j u n t a
d o c o m m e r c i o , l o g o q u e l a v r a r o t e r m o de a p r e s e n t a ç ã o , officiará declarando
o d i a d e s t a ao s e c r e t a r i o d a r e s p e c t i v a c a p i t a n i a d o p o r t o , para , e m caso de
n ã o p r o v i m e n t o , o u d e ser o p r o v i m e n t o a p r e s e n t a d o f ó r a d o t e m p o marcado
no artigo antecedente, ser a m u l t a c o b r a d a e x e c u t i v a m e n t e p e l o s m e i o s judi-
ciaes , quando o recorrente a n ã o pague amigavelmente , ou n ã o haja sido
depositada n o caso do artigo nono. ( Regulamento de 19 de M a i o de 1846
artigo 121.)
Art. 1 5 . ° S ó m e n t e n o c a s o d e p r o v i m e n t o s e r ã o os a u l o s o r i g i n a e s e n t r e g u e s
ao r e c o r r e n t e , f i c a n d o t r a s l a d o a u t h e n t i c o n a s e c r e t a r i a do tribunal ou junta
do commercio.
E u z e b i o de Qu e i ro z C o i l i n h o Mattoso C â m a r a , do meu conselho, ministro
e secretario de estado dos n e g ó c i o s da j u s t i ç a . assim o tenha e n t e n d i d o e faça
executar. P a l á c i o d o R i o de Janeiro , e m vinte e q u a t r o de F e v e r e i r o de m i l
oitocentos cincoenta e dous, t r i g e s i m o p r i m e i r o da i n d e p e n d ê n c i a e do I m -
pério.
Com a rubrica de Sua Magestade o I m p e r a d o r . — Euzebio de Queiroz
Coitinho Mattoso C â m a r a . — C o n f o r m e , Josino do Nascimento Silva.
(Assignado) O s e c r e t a r i o , Antônio Alves da Silva Pinto Júnior.
92 M A N U A L DOS NEGOCIANTES
T I T U L O I V .
DO PILOTO E CONTRAMESTRE.
contramestre, c o m t o d a s as p r e r o g a t i v a s , f a c u l d a d e s , o b r i g a ç õ e s e
responsabilidade i n b e r e n t e s ao l u g a r do capitão.
Art. 542. O contramestre que, recebendo ou entregando fa-
zendas, n ã o e x i g e e e n t r e g a a o c a p i t ã o as o r d e n s , r e c i b o s o u outros
quaesquer documentos justificativos do seu acto, responde por
perdas e damnos dahi resultantes.
TITULO V.
MAN. 1VEG. 7
98 M A N U A L DOS NEGOCIANTES
TITULO VI.
DOS FRETAMENTOS.
CAPITULO I.
*
100 M A N U A L DOS NEGOCIANTES
CAPITULO li.
Dos Conhecimentos.
CAPITULO III.
CAPITULO IV.
Dos passageiros.
TITULO VII.
MAN. NEG. 8
114 M A N U A L DOS NEGOCIANTES
TITULO VIII.
CAPITULO I.
CAPITULO II.
CAPITULO III.
CAPITULO IV.
CAPITULO V.
TITULO IX.
DO NAUFRÁGIO E SALVADOS.
TITULO X.
(*) V . D e c * d e 2 2 d e J u n h o d e 1 8 4 6 .
C Ó D I G O COMMERCIAL 127
III. T e m o r f u n d a d o de i n i m i g o o u pirata.
Art. 742. Todavia n ã o será justificada a arribada 1
I. Se a falta de viveres o u de aguada proceder de n ã o haver-se
feito a provisão necessária segundo o costume c uso da navegação,
ou de haver-se perdido e estragado por m á arrumação ou descui-
do , ou porque o capitão vendesse a l g u m a parte dos m e s m o s viveres
ou aguada.
II. Nascendo a innavegabilidade do navio de m á o concerto, de
falta de apercebimenlo ou esquipação, ou de m á arrumação da
carga.
III. Se o t e m o r de inimigo ou pirata n ã o fôr fundado e m factos
positivos que não deixem duvida.
Art. 743. Dentro das primeiras vinte e quatro horas úteis da
entrada no p o r t o de a r r i b a d a , deve o c a p i t ã o apresentar-se â auto-
ridade competente para lhe t o m a r o protesto da arribada, que justi-
ficará perante a mesma autoridade (art. 505 e 5 1 2 ; Reg. art. 365 ;
T i t . un. art. 17.)
Art. As despezas occasionadas pela arribada f o r ç a d a correm
por conta do fretador ou do afretador, ou de ambos segundo fôr
a causa que as m o t i v o u , com direito regressivo contra quem per-
tencer.
Art. 745. Sendo a arribada justificada, n e m o dono do navio
n e m o capitão respondem pelos prejuízos que puderem resultar á
carga: se porém n ã o fôr justificada, u m e outró serão responsáveis
solidariamente até a concurrencia do valor do navio e frete.
Art. 746. S ó pôde autorisar-se a descarga no porto de arribada,
sendo indispensavelmente necessária para concerto do navio, ou
reparo de avaria da carga (art. 614). O capitão neste caso é respon-
s á v e l pela boa g u a r d a e c o n s e r v a ç ã o dos effeitos descarregados, salvo
unicamente os casos de força maior, ou de tal natureza que n ã o
possão ser prevenidos.
A descarga será reputada legal e m juizo quando tiver sido auto-
risada pelo juiz de direito do commercio. Nos paizes estrangeiros
compete aos cônsules do Império dar a autorisação necessária , e
onde os não houver será requerida á autoridade local competente.
(Reg. art. 2 1 , § 6; T i t . un. art. 17.)
Art. 747. A carga avariada será reparada ou vendida, como pa-
recer mais conveniente; mas e m todo o caso deve preceder autori-
sação competente.
Art. 748. O c a p i t ã o n ã o p ô d e , debaixo de pretexto a l g u m , differir
a partida do porto da arribada desde q u e cessa o m o t i v o delia; pena
de responder por perdas e damnos resultantes da d i l a ç ã o voluntá-
ria (art. 510).
T I T U L O X I .
TITULO XII.
DO ABANDONO.
TITULO XIII.
DAS AVARIAS.
CAPITULO I.
Art. 7 6 1 . T o d a s as d e s p e z a s e x t r a o r d i n á r i a s f e i t a s a b e m d o n a v i o
ou da carga, c o n j u n c t a o u separadamente, e t o d o s os d a m n o s acon-
MAN. NEG. 9
130 M A N U A L DOS NEGOCIANTES
CAPITULO II.
Art. 772. Para que o damno soffrido pelo navio ou carga possa
considerar-se avaria a cargo do segurador, é necessário que elle
seja examinado por dous arbitradores peritos que d e c l a r e m : 1.° de
que procedeu o damno; 2.° a parte da carga que se a c h a avariada
e por que causa, i n d i c a n d o as suas marcas, n ú m e r o s ou volumes;
3.° tratando-se do uavio ou dos seus pertences, quanto valem os
objectos avariados, e quanto poderá importar o seu concerto o u
reposição.
T o d a s estas diligencias, exames e vestorias serão determinadas
pelo juiz de direito do respectivo districto, e praticadas c o m citação
dos interessados, por si ou seus p r o c u r a d o r e s ; podendo o juiz, no
caso de a u s ê n c i a das parles, nomear de olíioio pessoa intelligente
e idônea q u e as r e p r e s e n t e ( a r t . 6 1 8 ) . ( T i t . un. art. 17.)
As d i l i g e n c i a s , exames e vestorias sobre o casco do navio e seus
pertences devem ser praticadas antes de dar-se principio ao seu
c o n c e r t o , nos casos e m q u e este possa ter l u g a r . (Reg. arts. 2 1 , § 8;
53 § 3 ; 212.)
Art. 773. Os effeitos avariados serão sempre vendidos e m publico
leilão a q u e m mais d é r , e pagos no acto da a r r e m a t a ç ã o : e o mesmo
se p r a t i c a r á c o m o n a v i o , q u a n d o e l l e t e n h a d e s e r v e n d i d o segundo
as disposições deste Código: e m taes casos o juiz, se assim lhe
parecer c o n v e n i e n t e , o u se algum interessado o requerer, poderá
determinar que o casco e cada u m dos seus pertences se venda
separadamente. (Reg> art. 358.)
Art. 774. A estimação do preço para o calculo da avaria será feita
sobre a d i f f e r e n ç a entre o respectivo r e n d i m e n t o b r u j o das fazendas
CÓDIGO COMMERCIAL 133
PARTE III.
DAS QUEBRAS.
TITULO h
mercio.
N o b a l a n ç o se d e s c r e v e r ã o t o d o s os b e n s d o f a l l i d o , q u a l q u e r que
seja a sua natureza e espécie, as s u a s d i v i d a s a c t i v a s e passivas (art.
10 n . ° 4 ) , e os seus g a n h o s e perdas, accrescentando-se as obser-
vações e esclarecimentos que parecerem necessários. ( A r t .859; Reg.
Decr. 2 5 Novembro 1 8 5 0 , arts. 120, 122.)
Art. 818. Fechado o b a l a n ç o , ou ainda mesmo pendente a sua
organisação, procederá o juiz commissario, conjunctamente c o m
o curador fiscal, ao e x a m e e averiguação dos livros do f a l l i d o , para
conhecer se estão e m forma legal (art. 13), e escripturados c o m
regularidade e sem vicio (art. 14). I n d a g a r á outrosim a causa ou
causas verdadeiras da fallencia, podendo para este fim perguntar
as testemunhas que julgar precisas e sabedoras, as quaes serão i n -
terrogadas na presença do fallido o u seu p r o c u r a d o r , e do curador
fiscal; a cada u m dos quaes é licito contesta-las no mesmo acto,
e b e m assim requerer qualquer diligencia que possa servir para
descobrir-se a verdade; ficando t o d a v i a ao a r b í t r i o do juiz recusar
a diligencia quando lhe pareça ociosa ou i m p e r t i n e n t e .
Do exame dos livros, da i n q u i r i ç ã o das t e s t e m u n h a s e sua con-
testação, e de qualquer diligencia que se tenha p r a t i c a d o , se la-
vrarão os competentes autos ou termos , mas tudo e m u m só
processo. (Reg. Decr. 2 5 Novembro 1 8 5 0 , arts. 1 2 1 , 1 5 7 § 6; 1 8 6 , 1 8 7 . )
Art. 819. Ultimada a instrucção do processo, o juiz commissario
o remetterà ao t r i b u n a l do commercio , acompanhando-o de u m
relatório circumstanciado c o m referencia a todos os actos da ins-
trucção, e c o n c l u i n d o - o c o m o seu parecer e juizo àcerca das causas
da quebra e sua qualificação , tendo e m vista para as s u a s con-
clusões as regras estabelecidas nos arts. 799, 800, 801 , 802,
803 e 804. (Reg. Decr. 2 5 Novembro 1 8 5 0 , art. 122.)
Art. 820. Apresentado ao tribunal o processo, será proposto e
decidido na primeira conferência.
Qualificada a quebra na segunda ou terceira espécie, será o fallido
pronunciado como no c a s o c a i b a , c o m os c o m p l i c e s se os houver
(art. 803): e serão todos r e m e t t i d o s presos c o m o traslado d o pro-:
cesso ao juiz criminal competente, para serem julgados pelo jury
sem q u e aos p r o n u n c i a d o s se a d m i t t a r e c u r s o algum da pronuncia*
Qualquer que seja o julgamento final do jury, os e f f e i t o s c i v i s da
pronuncia do tribunal do c o m m e r c i o n ã o ficarão inválidos (*). ( A r t .
824; Reg. Decr. 2 5 Novembro 1 8 5 0 , arts. 3 § 1 ; 41 § 2 ; 124, 125,186.)
Art. 821. Emquanto no Código Criminal outra pena se n ã o de-
terminar para a fallencia c o m culpa, será esta p u n i d a c o m prisão
de u m a oito annos.
Art. 822. Logo que principiar a instrucção do processo da quebra,
o fallido assignará termo nos autos de se a c h a r presente p o r si o u
(*) O j u l g a m e n t o d e s t e c r i m e p e r t e n c e , p e l a l e i d e 2 d e J u l h o d e 1 8 5 0 , a o j u i z
de direito c r i m i n a l que decide definitivamente, O decreto de 3 dc O u t u b r o de 1850
serve dc regulamento á mencionada l e i .
CÓDIGO COMMERCIAL 141
por s e u p r o c u r a d o r a t o d o * os a c t o s e d i l i g e n c i a s d o p r o c e s s o , pena
de r e v e l i a . (Reg.Decr. 2 5 Novembro 1 8 5 0 , arts. 1 2 9 , 1 4 3 : Arts. 813,
825, 842, 845.)
Art. 823. O devedor que apresentar a sua declaração de fallido
em devido tempo (art. 8 0 5 ) , e assistir pessoalmente a t o d o s os actos
c diligencias subsequentes, n ã o pode ser preso a n t e s da pronuncia.
Art. 824. Contra todos os que se a p r e s e n t a r e m fóra de tempo,
ou deixarem de assistir aos actos e diligencias subsequentes, pode
o tribunal ordenar que sejão postos e m o u s t o d i a , se d u r a n t e a for-
m a ç ã o do p r o c e s s o se r e c o n h e c e r que o devedor está convencido de
f a l l e n c i a c u l p o s a o u f r a u d u l e n t a , o u se a u s e n t a r e m ou ocoultarem.
(Reg. Decr. 2 5 Novembro 1 8 5 0 , arts. 3 § 1 ; 124, 125.)
Art. 825. N ã o existindo presumpção de culpa ou fraude na fal-
lencia, o fallido que se não occultar, e se tiver apresentado e m
todos os actos e d i l i g e n c i a s da instrucção do processo (art. 822) ,
tem direito a pedir, a titulo de soccorro, u m a somma a deduzir
de seus bens, p r o p o s t a pelos administradores, e fixada pelo tribunal,
ouvido o juiz commissario, e tendo-se em consideração as neces-
sidades e família do mesmo fallido, a sua boa f é , e a maior ou
menor p e r d a q u e d a f a l l e n c i a t e r á de r e s u l t a r aos credores.
Art. 826. O fallido fica inhibido de direito da administração e
disposição dos seus b e n s desde o d i a e m que se p u b l i c a r a sentença
da abertura da quebra.
Art. 827. S ã o nullas, a beneficio da massa s ó m e n t e (Reg. art.
684 § 1 . Dec. 2 5 Novembro 1 8 5 0 arts. 144, 165):
I. As d o a ç õ e s por titulo gratuito feitas pelo fallido depois do u l -
timo balanço, sempre que delle constar que o seu activo era
naquella época inferior ao seu passivo.
II. As hypothecas de garantia de dividas contrahidas anterior-
mente à data da escriptura, nos 40 dias precedentes á época legal
da quebra (art. 806).
As quantias pagas pelo fallido por dividas n ã o vencidas nos 40
dias anteriores á época legal da quebra, reentraràõ na massa.
Art. 828. Todos os actos do fallido alienativos de bens de raiz,
moveis ou semoventes, e todos os mais actos e o b r i g a ç õ e s , ainda
mesmo que sejão de o p e r a ç õ e s c o m m e r c i a e s , p o d e m ser annullados,
qualquer que seja a época e m que fossem contrahidos, emquanto
não prescreverem, provando-se que nelles interveio fraude e m
damno de credores. ( A r t s . 3 1 3 , 3 2 2 ; Reg. arts. 12, 13, 495 ; 684 § 1 ;
685; 686 § 1, 5; 6 9 4 . Dec. 2 5 Novembro 1850 art. 165.)
Art. 829. Contra commerciante fallido, n ã o correm juros, ainda
que estipulados sejão, se a massa fallida n ã o chegar para paga-
mento do principal: havendo sobras, proceder-se-ha a rateio para
pagamento dos juros estipulados, dando-se preferencia aos cre-
dores privilegiados e hypothecarios pela ordem estabelecida no
art. 880. (Reg. art. 637.)
Art. 830. As e x e c u ç õ e s q u e ao t e m p o da d e c l a r a ç ã o da quebra se
moverem contra commerciante fallido, ficaráõ suspensas a t é a ve-
rificação dos c r é d i t o s , n ã o excedendo de trinta dias; sem prejuizo
1U2 M A N U A L DOS NEGOCIANTES
TITULO II.
§ 4 . )
Art. 853. Os credores do dominio, os p r i v i l e g i a d o s e hypothe-
carios , n ã o podem tomar parte nas deliberações relativas á con-
MAN. NEG. 10
146 M A N U A L DOS N E G O C I A N T E S
TITULO UÍ
DA LIQUIDAÇÃO E DIVIDENDOS.
CAPITULO I.
Do contracto de união.
CAPITULO II.
TITULO IV.
T I T U L O V .
ceba dos bens hypothecados por serem absorvidos por outro que
deva preferir na m e s m a hypotheca, entrará no rateio como credor
chirographario. (Reg. art. 630.)
Art. 888. Se a n t e s de l i q u i d a d o d e f i n i t i v a m e n t e o d i r e i t o d e pre-
f e r e n c i a d e a l g u m c r e d o r p r i v i l e g i a d o o u h y p o t h e c a r i o , se proceder
a algum rateio, será contemplado na qualidade de credor chiro-
graphario; e a quota que lhe pertencer ficará e m reserva na
caixa, para ter o destino que pela decisão final do processo deva
dar-se-lhe. O mesmo se p r a t i c a r á a respeito de outro qualquer cre-
dor mandado contemplar p r o v i s i o n a l m e n t e nos rateios o u repar-
tições (arts. 8 6 0 e 8 6 1 ) . ( A r t . 847.)
Art. 889. Os credores que tiverem garantia por fianças serão
contemplados na massa geral dos credores chirographarios, de-
duzindo-se as quantias que tiverem recebido do f i a d o r : e este será
considerado na massa por tudo quanto tiver pago e m descarga do
f a l l i d o ( a r t . 2 6 0 ) . (Reg. art. 631.)
Art. 890. Os credores da quarta classe t e m todos direitos iguaes
para serem pagos e m rateio pelos remanescentes q u e ficarem depois
d e s a t i s f e i t o s os c r e d o r e s das outras classes.
Art. 891. N e n h u m credor chirographario que se a p r e s e n t a r ha-
bilitado com sentença simplesmente de preceito obtida anterior-
mente á declaração da quebra, t e m direito para ser contemplado
nos rateios.
Art. 892. O credor portador de titulo garantido solidariamente
pelo fallido e outros coobrigados t a m b é m fallidos, será admittido
a representar e m t o d a s as m a s s a s p e l o v a l o r n o m i n a l d o s e u c r e d i t o ;
e participará das repartições que nellas se fizerem a t é seu inteiro
pagamento ( a r t . 3 9 1 ) . (Reg. Dec. 2 5 Novembro 1 8 5 0 , art. 187.)
TITULO tf:
Ar. 893. O fallido que tiver obtido quitação plena de seus cre-
dores pôde pedir a sua rehabilitação perante o tribunal do c o m -
mercio que declarou a quebra. (Reg. Decr. 2 5 Novembro 1850, art.
182.)
Art. 89/j. A petição deve ser instruída c o m a quitação dos cre-
dores e certidão do cumprimento da p e n a , n o caso de lhe ter sido
imposta. Se a quebra comtudo houver sido julgada c o m culpa,
está no arbítrio do t r i b u n a l , procedendo ás averiguações que julgar
convenientes, conceder ou n e g a r a rehabilitação,* ( T i t . un. art.
10, Reg. Decr. 25 Novembro 1 8 5 0 , art. 41 § 2.)
Art. 895. O fallido de quebra fraudulenta n ã o pôde nunca ser
r e h a b i l i t a d o . (Reg. Decr. 2 5 Novembro 1 8 5 0 , art. 182.)
Art. 896. Da sentença de concessão ou denegação de rehabili-
tação n ã o ha recurso. Todavia póderá reformar-se a sentença que
a houver negado no fim de seis m e z e s , apresentando a parte novos
CÓDIGO COMMERCIAL 153
TITULO VIL
n e m a p p a r e c i d o , p a r a esse fim, r e q u e r i m e n t o a l g u m d e c r e d o r , e n t r e t a n t o q u e
Vm. reconhece haverem requerido a esse j u i z o uma moratória fundada em
cessação de pagamentos ; mas u m t a l r e q u e r i m e n t o constitue u m a d e c l a r a ç ã o
d o e s t a d o d e i n s o l v e n c i a , p e l a m a n e i r a m a i s f o r m a l q u e se p o d e r i a e x i g i r , e d e -
veria V m . ter-s'í delia servido para proceder ás diligencias que lhe i n c u m b e m
os a r t s . 1 8 5 e 1 8 6 d o c i t a d o r e g u l a m e n t o , e a d m i t t i r ao d e p o i s o processo da
concordata e contracto de u n i ã o , que, segundo o art. 848 do C ó d i g o Commer-
c i a l , e 1 8 7 d o r e g u l a m e n t o , n ã o p o d e r i ã o ter t i d o l u g a r s e m q u e tivessem sido
p r e v i a m e n t e p r a t i c a d a s essas d i l i g e n c i a s e a i n s t r u c ç ã o d a f a l l e n c i a , q u e i n t e r e s s a
não s ó aos c r e d o r e s , mas a t é á justiça publica , cuja acção delia dependa.
{Código C o m m e r c i a l , art. 820, regulamento, art. 188.)
Em vista d o e x p o s t o , j á V m . t e r á r e c o n h e c i d o q u a l a s o l u ç ã o da d u v i d a q u e
p r o p õ e sobre a c o n c e s s ã o e j u l g a m e n t o da m a t é r i a , cuja p e l i ç ã o jamais deveria
ter a d m i t t i d o , e m vista d a expressa d i s p o s i ç ã o d o a r t . 1 8 7 d o regulamento,
pois euumerando e l l e as d i s p o s i ç õ e s d o C ó d i g o C o m m e r c i a l q u e s ã o a p p i i c a v e i s
aos c j m m e r c i a n t e s n ã o m a t r i c u l a d o s , d e i x o u d e m e n c i o n a r as m o r a t ó r i a s , e,
p e l o c o n t r a r i o , f a z e n d o r e m i s s ã o a o C ó d i g o C o m m e r c i a l , c i t a os a r t s . 8 4 2 a 8 9 2 ,
e V m . t e r á v i s t o q u e d a s m o r a t ó r i a s t r a t ã o os a r l s . 8 9 8 e s e g u i n t e s : n e m p o d e r i a
o r e g u l a m e n t o o u t r a cousa d i s p o r e m vista dos arts. 9 0 8 e 9 0 9 d o C ó d i g o .
E', a l é m d i s s o , p r i n c i p i o c o r r e n t e q u e as m o r a t ó r i a s c o n s t i t u e m u m l a v o r ;
e a p r o t e c ç ã o q u e o C ó d i g o l i b e r a l i s a ao c o m m e r c i o n ã o aproveita aos q u e se
n ã o t e m m a t r i c u l a d o e m a l g u m dos t r i b u n a e s d o c o m m e r c i o , c o m o é expresso
n o art. 40 d o mesmo C ó d i g o .
F i q u e , p o r t a n t o , V m . n a i n t e l l i g e n c i a d e q u e , e m vez de a d m i t l i r a c o n v o c a -
ç ã o d e c r e d o r e s , p a r a a c o n c e s s ã o d a m o r a t ó r i a , d e v e r i a l e r c o n s i d e r a d o os
r e q u e r i m e n t o s p a r a esse fim a p r e s e n t a d o s c o m o d e c l a r a ç ã o d e i n s o l v e n c i a , e
base p a r a p r o c e d e r d e c o n f o r m i d a d e c o m o a r t . 1 8 5 d o r e s p e c t i v o regulamento.
D e o s g u a r d e a V m . — Euzebio de Queiroz Coitinho Mattoso Câmara.—Sr. juiz
m u n i c i p a l da 2.* vara da corte.
154 M A N U A L DOS NEGOCIANTES
TITULO VIII.
DISPOSIÇÕES GERAES.
CAPITULO I.
SECÇÃO I.
SECÇÃO I I ,
SECÇÃO jll.
Do juizo commercial.
CAPITULO II.
(*) M a n d a S u a M a g e s t a d e o I m p e r a d o r p e l a s e c r e t a r i a d e e s t a d o d o s negócios
d a j u s t i ç a , r e m e t t e r á j u n t a d o c o m m e r c i o d a p r o v í n c i a de S. P a u l o , a i n c l u s a
t a b e l i ã assignada pelo o f f i c i a l m a i o r da m e s m a secretaria de estado, marcando
os e m o l u m e n t o s q u e p r o v i s o r i a m e n t e d e v e r á õ ser c o b r a d o s pela secretaria da
r e f e r i d a j u n t a ; a q u a l p o d e r á p r o p o r as m o d i f i c a ç õ e s n a d i t a t a b e l i ã , que a
pratica m o s t r a r serem convenientes.
P a l á c i o d o B i o d e J a n e i r o , e m k d e M a r ç o d e 1 8 5 2 . — Euzebio de Queiroz Coi-
tinho Mattoso Câmara.
N. B.— I d ê n t i c a s se e x p e d i r ã o ás j u n t a s do c o m m e r c i o das p r o v í n c i a s do
M a r a n h ã o e Rio Grande do S u l .
Tabeliã a que se refere a portaria supra, dos emolumentos que devem ser cobrados
provisoriamente pelas juntas do commercio.
TRIBUNAL DO COMMERCIO.
ORDEM.
T R I B U N A L D O C O M M E R C I O .
« Proponho:
M I N I S T É R I O B A J U S T I Ç A .
D E C R E T O M . ° 6 8 9 D E 3 0 D E J U L H O D E 1 8 5 0 .
L E I N . ° 5 6 7 D E 2 2 D E J U L H O D E 1 8 5 0 .
D E C R E T O N . ° 8 0 6 D E 2 6 D E J U L H O D E 1 8 5 1 .
DE JANEIRO.
TITULO ÚNICO.
DOS CORRETORES.
CAPITULO I.
SECÇÃO i.
SECÇÃO I I .
CAPÍTULO II.
MAN. NEG 12
178 M A N U A L DOS N E G O C I A N T E S
A p ó l i c e s da divida p u -
blica 1/8 p o r ° / 0 1/8 p o r % Sobre o valor eíTectivo.
A c ç õ e s de companhia? 1 $ 0 0 0 1&000 Cada uma.
Metaes 1/8 p o r • / „ 1/8 p o r ° / 0
Sobre sua importância em
dinheiro corrente.
Letras de c a m b i o . . 1)8 por % Idem.
D i t a s de desconto a t é
íi m e z e s 1/8 por °/ 0
GÊNEROS NACIONAES DE
EXPORTAÇÃO.
Outros quaesquer g ê -
neros t/2 por /
0
o
GÊNEROS ESTRANGEIROS
DE IMPORTAÇÃO E DE
É
REEXPORTACÃO.
Venda de navios. . , 2 1 /2 p o r ° / 0
F r e t a m e n t o s de ditos, 2 1/2 p o r ° / 0
Pagos pelo proprietário ou
consignatario sobre o valor
do frete.
Agencia de seguros. . 1/10 p o r ° / 0
Pago pelo segurado.
Traduzir manifestos. 5 # 0 0 0 Pagos pelo proprietário ou
consignatario , por cada
uma das tres primeiras
paginas , e 2 # 000 rs. p o r
cada uma das seguintes,
nunca excedendo a i m p o r -
Certidões , n ã o exce- tância toda a mais de
d e n d o as c o l a ç õ e s a ZiO ^ 0 0 0 r s .
mez 2#000 Cada uma.
E x c e d e n d o as c o l a ç õ e s
a um mez l\ $ 000 Cada uma.
CAPITULO III.
Art. 3Zj. Haverá uma junta composta de cinco corretores, dos quaes
tres pertenceráõ á classe de fundos públicos, eleita annualmcnle
pelos corretores de todas as c l a s s e s , por maioria absoluta de votos
dos que se a c h a r e m presentes.
Art. 35. A eleição será presidida pelo presidente da junta, ser-
vindo de secretario o da m e s m a junta, o qual e m livro privativa-
mente d e s t i n a d o p a r a este fim escreverá a competente acta, que será
a s s i g n a d a p o r t o d o s os votantes.
Na falta do presidente, presidirá o corretor mais antigo na ordem
das matrículas.
Art. 36. Os m e m b r o s eleitos para compor a nova junta elegeráõ
d'entre si o p r e s i d e n t e , secretario e thesoureiro da m e s m a junta.
Art. 37. A j u n t a servirá por u m anno; mas os seus m e m b r o s po-
d e r á õ ser reeleitos.
A r t . 38. N e n h u m corretor p o d e r á e x i m i r - s e de ser m e m b r o da j u n t a
sempre que f ô r eleito; salvo por moléstia grave e continuada, pro-
vada perante o t r i b u n a l do c o m m e r c i o , que resolverá a respeito como
entender justo.
Não é porém obrigatória a a c e i t a ç ã o n o caso de r e e l e i ç ã o antes de
passar u m a n n o de intcrvallo entre o serviço da antecedente e a nova
nomeação.
O corretor que fóra dos dous referidos casos recusar o cargo da
junta para que fôr nomeado pagará u m a m u l t a de 5 0 0 ^ ) a 1:000$
r s . , e se, s e n d o i n t i m a d o p e l o t r i b u n a l d o c o m m e r c i o p a r a q u e s i r v a ,
c o n l i n a r a recusar-se. s e r á d e s t i t u í d o do seu ofíicio.
180 M A N U A L DOS N E G O C I A N T E S
D E C R E T O N . 8 5 8 D E 1 0 D E N O V E M B R O D E 1 8 5 1 .
Art. l.° Para ser agente de leilões requer-se ter vinte e cinco
annos de idade completos, e ser domiciliado no lugar por mais de
u m anno. ( C ó d i g o C o m m e r c i a l , artigos 36 e 68.)
Art. 2.° N ã o p o d e m ser a g e n t e s de l e i l õ e s :
1.° Os q u e n ã o p o d e m ser commerciantes.
2.° As mulheres.
3.° Os corretores e agentes de leilões u m a vez destituídos.
A.° Os faliidos n ã o rehabilitados; e os rehabilitados, quando a
quebra houver sido qualificada c o m o comprehendida na disposição
dos artigos 800 n . 2.% e 801 n. l.° do Código Commercial. (Cod.
C o m m e r c , artigos 37 e 68.)
Art. 3.° Passados c i n c o a n n o s , a contar da data da p u b l i c a ç ã o do
Código Commercial, n e n h u m estrangeiro n ã o naturalisado poderá
exercer o ofíicio de agente de leilões, a i n d a q u e a n t e r i o r m e n t e tenha
sido nomeado e se ache servindo. (Cod. C o m m e r c , artigo 39.)
Art. 4.° Os agentes de leilões do domicilio do tribunal do c o m -
m e r c i o da capital do I m p é r i o são da n o m e a ç ã o do m e s m o tribunal:
e esta t e r á lugar e m c o n f o r m i d a d e das disposições dos artigos 38,
3 9 e ZjO d o Código Commercial.
4 Art. 5.° O numero dos agentes de leilões das praças de c o m m e r -
GÍO comprehendido no domicilio do sobredito tribunal, ê por ora
indeterminado; e os que actualmente servem sómente poderáõ
continuar a exercer as suas f u n e ç õ e s depois d e se habilitarem na
f ô r m a prescripta neste regimento.
Art. 6.° Passado u m mez depois de publicado o presente regi-
mento, as p e s s o a s q u e na praça da c a p i t a l do Império exercerem as
funeções de agentes de leilões sem se acharem habilitados c o m a
respectiva patente passada pelo tribunal do commercio soffreráõ
além da pena imposta no artigo 137 do Código Commercial, u m a
multa correspondente ao decuplo do valor das commissôes que
houverem recebido.
Os que servirem nas outras praças dislanles do tribunal do c o m -
mercio da capital do I m p é r i o , deveráõ n o p r a z o de tres m e z e s impe-
t r a r sua nomeação.
Art. 7.° Os que pretenderem matricular-se como agentes de
leilões da p r a ç a do c o m m e r c i o do R i o de Janeiro d e v e r á õ prestar u m a
APPENDICE (LEILÕES) 183
D E C R E T O N . 8 6 3 D E 1 7 D E N O V E M B R O D E 1 8 5 1 .
1.° C e r t i d ã o de idade.
2.° Attestado o u titulo de residência.
3.° Atlestado da direcção da praça do commercio do Rio de
Janeiro, pelo qual mostre ser versado em línguas estrangeiras, e
q u a e s estas s e j ã o .
Ari. 7.° Os interpretes eão obrigados a registrar na secretaria do
tribunal do commercio, alé o íim do primeiro mez de cada anno
financeiro, o conhecimento de pagamento de qualquer imposto ou
contribuição annual a que sejão sujeitos, pena de suspensão do
ofíicio até a satisfazerem.
Art. 8.° A n e n h u m interprete é permittido abandonar o exer-
cício de seu ofíicio, n e m mesmo deixa-lo temporariamente,
sem communicar previamente ao tribunal do commercio a sua
resolução ou intenção u m mez antes de largar o m e s m o ofíicio, sob
pena de ser r e p u t a d o vago, e de n ã o poder m a i s exercer no Império
o referido ofíicio.
Art. 9.° A vaga de qualquer ofíicio de interprete será mandada
annunciar pelo tribunal do c o m m e r c i o no jornal da p u b l i c a ç ã o de
seus actos.
Art. 16. Este exame será feito por dous dos interpreles provisio-
nados, e s ó e m falta destes p o r i n t e r p r e t e s nomeados a apraziineuto
das parles, nos termos do artigo 13.
D E C R E T O N . 8 4 4 D E 18 D E O U T U B R O D E 1 8 5 1 .
D E C R E T O N . 6 8 1 D E 1 0 D E J U L H O D E 1 8 5 0 .
PARTE I.
DO IMPOSTO DO SELLO.
TITULO I.
Do sello proporcional.
CAPITULO I.
TABELLA.
De 1 0 0 ^ 0 0 0 até 400^)000 $ 2 0 0
Demais de 4 0 0 ^ 0 0 0 a l é 1:000^)000 ^ 5 0 0
De cada 1:000^000 mais. . . . . . . . . . . $ 5 0 0
MAN. ATG. 13
194 M A N U A L DOS N E G O C I A N T E S
TABELLA.
» g obre o
De f r e t a m e n l o s de n a v i o s : Para f ó r a do I m p é r i o 1/5 d e 1 ° / « ! " r ^ v a 0
P a r a d e n t r o 1/10 d e 1 °/ 0 . . • j r r e t e
TABELLA.
Disposições communs.
Art. 9.° Não são comprehendidos nos titulos desta secção para
pagamento de sello p r o p o r c i o n a l :
I. Os titulos de contractos de arrendamentos de prédios rústicos
ou urbanos.
II. Os de l o c a ç ã o de m o v e i s , s e r v i ç o s de colonos e escravos.
III. A divisão de bens entre marido e m u l h e r divorciados por
sentença.
IV. Os c o n t r a c t o s de e m p r e i t a d a e e n g a j a m e n t o em geral.
Art. 10. S e r á c o n s i d e r a d a c o m o v é s p e r a d o v e n c i m e n t o dos titulos
da l . a
e 2. a
secção d a 1.» c l a s s e q u e n ã o tiverem prazo estipulado, a
do dia e m que fôrem ajuizados.
Art. 11. Dous ou mais titulos do m e s m o contracto, ainda que
passados entre dous ou mais conlractantes, pagaráõ u m s ó sello.
Art. 1 2 . Os sellos dos titulos c o m p r e h e n d i d o s nas r e f e r i d a s secções
são devidos, ainda que sejão arguidos de nullidade e m juizo ou fóra
d e l l e ; p o r é m se c o m o taes f ô r e m declarados competentemcnte, será
restituida a importância do sello pago.
196 M A N U A L DOS NEGOCIANTES
SECÇÃO 3 . — Quinhões
a
hereditários.
SECÇÃO 1."—Fretamentos,
Art. 19. Os titulos destas duas classes que tiverem de ser lavrados,
a saber:
I. E m livro dc notas de tabellião, n ã o o serão sem terem pago a
taxa.
II. E m actos judiciaes, ou officialmeníe fóra delles, n ã o serão
assignados o u subscriptos pelo escrivão o u official competente sem
serem sellados.
III. Por particulares e m lugar onde houver recebedor do sello,
o u distante delle a t é tres léguas, serão sellados dentro de trinta dias,
contados da sua data; e sendo e m m a i o r distancia, mais trinta dias
por cada tres l é g u a s . E p o r é m a p p l i c a v e l a estes t i t u l o s o disposto
no artigo 20.
APPENDICE (SELLO) 197
proporcional.
TITULO II.
Do sello fixo.
C A P I T U L O I . — Classe l . — D o s
a
que pagão a taxa segundo o numero de
folhas.
A u t o s de posse, t o m b o , i n q u i r i ç ã o e j u s t i f i c a ç ã o de genere,
justificação de serviços ^ 1 2 0
Autos de qualquer outra natureza, comprehendidos os
q u e c o r r e m a n t e os d e l e g a d o s e s u b d e l e g a d o s . . . . $ 0 6 0
A u t o s q u e se findarem por haver composição das parles.
As justificações ou legitimações feitas para h a v e r passa-}* $ 1 0 0
porte e para ser r e c o n h e c i d o c i d a d ã o b r a s i l e i r o .
Secção 2 . — P a p e i s e documentos
a
civis.
Art. 55.
Testamentos o u codicillo3 $ 1 6 0
Paga depois da verba do p r i m e i r o registro.
s
Cada via de c o n h e c i m e n t o de f r e t e s , antes q u e as mesas
do consulado e de rendas, o u seus agentes, expeção o
despacho da e m b a r c a ç ã o para sahir do porto onde taes
conhecimentos fôrem passados $ 0 8 0
Art. 36. São sujeitos ao sello fixo do a r t i g o 35 os documentos
offerecidos e apresentados pelos p r o m o t o r e s públicos e fiscaes, e m
requerimentos, officios, o u quaesquer i n q u é r i t o s do desempenho de
seus e m p r e g o s , devendo, quando se h o u v e r e m d e j u n t a r a o s autos,
ser averbados para se e f f e c t u a r o pagamento dos sellos pela parte
obrigada a pagar custas.
Secção 3. —Livros.
a
Por cada folha
Art. 37- do livro.
Art. 38.
Bilhetes de loterias, s*egundo o numero de inteiros do
plano, cada u m . ^J150
Paga antes da venda.
Art. 39.
Baralhos dc cartas de jogar fabricadas d e n t r o ou fóra do
Império, cada u m $ 1 6 0
Paga, a saber:
As f a b r i c a d a s fóra do I m p é r i o , logo que fôrem despachadas nas
alfândegas, para o q u e os respectivos inspectores, nesse a c t o , par-
ticiparão por escripto ao chefe da estação fiscal do sello, o n o m e do
i m p o r t a d o r , sua morada e quantidade de baralhos despachados.
As fabricadas d e n t r o do I m p é r i o , antes de expostas á venda.
Nas estações de arrecadação do sello, haverá u m carimbo para
s e l l a r os b a r a l h o s que fôrem apresentados, os quaes deveráõ levar
na capa ou envoltório u m a abertura redonda, para s o b r e e l l a se i m -
primir o sello, q u e s e r á de m a i o r c i r c u m f e r e n c i a q u e a da abertura,
de sorte que o sello fique estampado, parta sobre a primeira carta
(que será o az d e e s p a d a s ) , e parte sobre a capa na circumferencia
da abertura.
As cartas expostas á venda, encontradas nas m ã o s dos p a r t i c u l a r e s ,
e nas casas de jogo, sem sello, ou c o m sello falsificado, s e r ã o a p -
prehendidas; ficando s u j e i t o s os i n f r a c t o r e s á m u l t a de 1 0 $ rs. por
c a d a b a r a l h o , e ao p e r d i m e n t o dos m e s m o s , a l é m das p e n a s dos a r t i g o s
167 e 168 do C ó d i g o Penal.
Este delicto é caso de d e n u n c i a nos t e r m o s do § 9.° do alvará de
3 de J u n h o de 1 8 0 9 : a autoridade policial m a n d a r á p r o c e d e r a b u s-
cas e mais diligencias à requisição do chefe da estação do sello, e
achando-se baralhos n ã o sellados, i n c o r r e r á o infractor, a l é m do per-
dimento dos baralhos, nos tresdobro da referida m u l t a , a favor do
denunciante.
C A P I T U L O I I . — Classe 2 . — D o s titulos
a
que pagão a taxa segundo a sua
qualidade.
Art. U0.
Carta de m e r c ê o u titulo de d u q u e ou duqueza . . . 1 0 0 $ 0 0 0
Dita de m a r q u e z o u m a r q u e z a 9 0 $ 0 0 0
Dita de conde o u condessa, e de grandeza 8 0 $ 0 0 0
APPENDICE ( S E L L O ) 203
Art. 41.
Alvará de mercê de fidalgo cavalleiro, ou m o ç o fidalgo
com exercício / . . . 5 0 $ 0 0 0
D i t o de fidalgo escudeiro, o u m o ç o fidalgo 4 0 $ 0 0 0
D i t o de cavalleiro fidalgo, o u escudeiro fidalgo . . . 2 5 $ 0 0 0
Dito de b r a z ã o d'armas 3 0 $ 0 0 0
Art. 42.
Mercê do cargo de m o r d o m o - m ó r , capellão-mór, estri-
beiro-mór, camareira-mór, vedor e qualquer ofíicial-
m ó r d a casa i m p e r i a l 8 0 $ 0 0 O
Dita de g e n t i l h o m e m da c â m a r a , veador e honras de
cfíicial-mór 60$>000
Dita de d a m a ou honras de d a m a 5 0 $ 0 0 0
Dita de m o r d o m o , guarda-roupa ou açafata . . . . 3 0 $ 0 0 0
Dita de o f í i o i a l - m e n o r , o u honras desse ofíicio . . . 2 5 $ 0 0 0
Dita de q u a l q u e r outra n o m e a ç ã o de ofíicio ou empre-
go na casa i m p e r i a l , expedida pela m o r d o m i a - m ó r . 1 0 $ 0 0 0
Art. 43.
Mercê de g r a n - c r u z de q u a l q u e r das ordens . . . . 100$00O
Dita de g r a n d e dignitario da o r d e m da Rosa . . . . 8 0 $ 0 0 0
Dita de dignitario da imperial ordem do Cruzeiro e da
Rosa 6 0 $ 0 0 0
Dita de c o m m e n d a d o r da Rosa 5 0 $ 0 0 0
Dita de official do Cruzeiro e da Rosa 4 0 $ 0 0 0
Dita de c o m m e n d a d o r das outras ordens 3 5 ^ 0 0 0
Dita de c a v a l l e i r o de q u a l q u e r o r d e m 2 0 $ 0 0 0
Arf. 44.
Carta de D r . ou bacharel f o r m a d o 2 5 $ 0 0 0
Dita de boticários e parteiras 20<jj000
T i t u l o s de D r . e m medicina, boticários e parteiras pas-
sados pejas universidades o u faculdades estrangeiras. $ 1 6 0
204 M A N U A L DOS NEGOCIANTES
Secção 6. —Privilégios.
a
Art. 45.
Diploma de privilegio exclusivo concedido a qualquer
empreza a t é tres annos 1 0 $ 0 0 0
A t é dez annos 3 0 $ 0 0 0
Dahi para cima I 0 0 $ 0 0 0
C a r t a de fabrica para gozar isenção de direitos * . . 5 0 $ 0 0 0
Dita de diploma de m a t r i c u l a de negociante de grosso
trato 1 0 $ 0 0 0
Art. 46.
Diplomas de q u a l q u e r m e r c ê feita pelo poder executivo ,
comprehendidas cartas de naturalisação de cidadão
brasileiro, de p e r f i l i a ç ã o e adopção, de confirmação
de compromisso e de provisão de confirmação na
parte ecclesiastica, e quaesquer outras n ã o especifi-
cadas 1 0 $ 0 0 0
Art. 47.
Bulla ou breve de c o n f i r m a ç ã o de arcebispo ou bispo . 8 0 $ 0 0 0
Dita d e b i s p o in partibus 6 0 $ 0 0 0
D i t a de prelado d o m é s t i c o de Sua Santidade . . . . 5 0 $ 0 0 0
Dita conferindo honras a clérigo secular ou regular . . 4 0 $ 0 0 0
D i t a de s e c u l a r i s a ç ã o o u m u d a n ç a 4 0 $ 0 0 0
Dita n ã o especificada 1 0 $ 0 0 0
Dispensa de interstícios para ordens, o u de idade. % , 1 5 $ 0 0 0
Dita de lapso de t e m p o concedida pelos b i s p o s . . . . 1 5 $ 0 0 0
B u l l a de i m p e d i m e n t o de m a t r i m ô n i o , salvo sendo a f a v o r
de pobres 10$>000
D i t a de p r e g ã o , salvo no casamento de c o n s c i ê n c i a . . 1 0 $ 0 0 0
Dita ou supplementos de idade ou e m a n c i p a ç ã o . . . 1 0 $ 0 0 0
Dita o u dito de consenso de pais, tutores e curadores para
casamento 1 0 $ 0 0 0
APPENDICE (SELLO) 205
ie
Secção 9.'—Licenças.
Art. 48.
Para oratório particular.
Por u m a s ó vez 1 $ 0 0 0
Por u m anno 3 $ 0 0 0
E por mais de u m anno:
Nas povoações 3 0 $ 0 0 0
No campo , ou em lugar distante da igreja matriz . . 1 0 $ 0 0 0
As licenças concedidas a empregados que n ã o percebem
vencimento algum pelo e x e r c í c i o de seus e m p r e g o s . 1 $ 0 0 0
Licenças a empregados públicos:
Sendo a t é tres mezes c o m v e n c i m e n t o 2 $ 0 0 0
S e n d o a t é seis m e z e s i d e m 4 $ 0 0 0
Idem sem vencimento 1 $ 0 0 0
Licença para advogar, concedida a indivíduo que n ã o
seja f o r m a d o , n ã o sendo vitalícia, por cada anno . . 5 $ 0 0 0
Dita para advogar, concedida a indivíduo que n ã o seja
formado e m direito nas academias do Império, cu
sendo-o em universidade estrangeira 5 0 $ 0 0 0
Dita para citar o procurador da coroa 1 $ 0 0 0
Dita para aceitar e m p r e g o , pensão ou condecoração de
qualquer governo estrangeiro 2 5 $ 0 0 O
Dita para o exercicio de qualquer industria no paiz ,
sendo nacional o licenciado, comprehendidasas licen-
ças annuaes de que trata o artigo 76 do regulamento
das capitanias dos portos:
Por uma s ó vez 1 0 $ 0 0 0
Annual 1 $ 0 0 0
Sendo estrangeiro :
Por u m a s ó vez 2 0 $ 0 0 0
Annual • 2 $ 0 0 0
Dita para a b e r t u r a de lheatro n a c i o n a l , cobrados p o r u m a
só vez 4 0 $ 0 0 0
Idem idem para o estrangeiro « 8 0 $ 0 0 0
Dita de qualquer divertimento de espectaculo p u b l i c o . 3 0 $ 0 0 0
206 M A N U A L DOS NEGOCIANTES
Licença, qne deve ser annual, para abrir casa de jogo licito :
Nas cidades d o R i o de Janeiro, Bahia e Pernambuco . 6 0 $ 0 0 0
Nas outras c a p i t ã e s de p r o v í n c i a s 3 0 $ 0 0 0
Nas demais cidades, villas e p o v o a ç õ e s 1 5 $ 0 0 0
Licenças concedidas pelas câmaras municipaes para
q u a e s q u e r actos da sua competência 2 $ 0 0 0
Licenças concedidas por quaesquer autoridades íiácaes
e civis para os c a s o s , e n a c o n f o r m i d a d e d e s e u s r e s -
pectivos regimentos 2 $ 0 0 0
Qualquer outra licença nao especificada 2<5j>000
Art. 49.
Estes titulos s ã o sujeitos ao sello fixo de 5 $ 0 0 0 rs.
Art. 50. As l i c e n ç a s de que se d e v e p a g a r o sello fixo, sem excep-
tuar as n ã o especificadas, são sómente aquellas de que se expedem
titulos especiaes assignados pelas respectivas autoridades, n ã o sendo
p o r t a n t o sujeitas ao sello o r d e n a d o no a r t i g o Zi8 as s i m p l e s permis-
sões que os juizes concedem por seus despachos e m casos de ne-
cessidade para as partes ou seus procuradores assignarem os arti-
culados e allegsções, para o que não é preciso expedir titulo ou
diploma algum; devendo sómente pagar a taxa de 160 rs., como
comprehendida no a r t i g o 35 deste r e g u l a m e n t o , debaixo da desig-
n a ç ã o de qualquer outro documento ou papel.
Art. 5 1 . Os titulos, diplomas, alvarás e m e r c ê s , que tiverem sido
passados e expedidos antes do regulamento de 26 de A b r i l de 1844,
ainda que não tenhão pago sello a l g u m , sómente deveráõ p^gar
aquelle a que estavão sujeitos ao tempo de sua expedição, no caso
de t e r e m já antes p r o d u z i d o seu effeito, e p o r e l l e se t e r f e i t o obra,
escriplurando-se a taxa nos livros actuaes c o m a declaração, tanto
no assento c o m o na verba, de ser taxa antiga. Quando p o r é m taes
titulos, ainda que anteriormente expedidos, n ã o tiverem tido o seu
cumprimento, então pagaráõ o sello actual.
PARTE II.
DA COBRANÇA DO SELLO.
TITULO ÚNICO.
5 l . a
Este reeebedor terá u m fiel por elle nomeado, o qual será
pago á sua custa. O fiel servirá debaixo da mesma fiança que der o
reeebedor.
§ 2.° Entregará ao thesoureiro da recebedoria o que arrecadar
cada dia.
Art. 70. Serão escrivães do sello e seus a j u d a n t e s , nas recebedo-
rias ou alfândegas que servirem de recebedorias, e nas mesas do
consulado, os e m p r e g a d o s dellas que os r e s p e c t i v o s e s c r i v ã e s desig-
narem. Nas mesas de rendas e collectorias desempenharão esse
encargo os p r ó p r i o s escrivães dellas.
CAPITULO W.—Escripturação.
CAPITULO \.—Fiscalisaçâo.
Art. 86. Ficão sujeitos á multa de 5$ a 25$ rs., além das penas do
artigo 135, ns. 1, 2 e 3, combinado c o m os artigos 21 e 22 do
Código P e n a l , os e m p r e g a d o s na a r r e c a d a ç ã o do srllo, que exigirem,
averbarem ou lançarem no livro de receita taxa m a i o r o u m e n o r que
a marcada na parle primeira deste regulamento, menos quando o
papel f ô r sellado e m branco antes de lavrado o titulo.
Art. 87. Ficão sujeitos á m u l t a de 1 0 $ a 5 0 $ rs., a l é m das penas
dos artigos 153 e 154 do Código Penal:
APPENDICE ( S E L L O ) 213
CAPITULO VII.—Recursos.
a r e s p e i t o d o s p r a z o s m a r c a d o s p a r a as r e v a l i d a ç õ e s e s o b r e as m u l t a i
incorridas por infracção da l e i n . ° 317 de 2 1 de O u t u b r o de 1843 e
do presenle regulamento, serão julgadas pelos emprega-los que
servirem de chefes das e s t a ç õ e s fiscaes que arrecadâo o imposto do
sello.
Art. 92. Se as partes n ã o se conformarem c o m as decisões ou
j u l g a m e n t o s dos referidos chefes, depois de e n t r e g a r e m a quantia
que lhes f ô r exigida e de h a v e r e m o t i t u l o p o r o n d e conste a decisão
q u e lhes n ã o parecer justa, poderáõ recorrer:
§ 1.° Dos chefes das e s t a ç õ e s fiscaes do município da côrte para
o t r i b u n a l d o t h e s o u r o e d o c h e f e das estações fiscaes que arrecada-
rem o sello nas províncias para as t h e s o u r a r i a s respectivas, e destas
para o referido tribunal do thesouro.
§ 2 . ° D o t r i b u n a l d o t h e s o u r o , a s s i m c o m o das t h e s o u r a r i a s cujas
decisões fôrem sustentadas por aquelle tribunal para o conselho do
estado, nos t e r m o s d o r e g u l a m e n t o n.® 1 2 4 de 25 de Abril de 1842.
Ari. 93. Os chefes das estações que arrecadâo o sello recorrerão
ex-ofiicio de suas p r ó p r i a s decisões ou julgamentos, quando versa-
rem sobre a taxa do sello que exceda a 1 0 $ rs. e da multa que
exceda a 2 0 $ rs.
Art. 94. Ficão s e n d o p r o v i s ó r i a s as disposições da 1." parte do
art. 3.°, dos arts. 10. 15, 17, 18, 19. § § 1.°, 2 . ° e 4 A 32, 68, 69, 7 0 ,
71, 72, 73, 74, 75, 76, 77, 78, 79, 80, 8 1 , 82, 83, 84, 85 c 8 6 ; e as
dos arts. 3 4 , 35 e 37 n a p a r l e r e l a t i v a ao t e m p o e o c c a s i ã o e m qne se
deva pagar o sello para terem observância emquanto e naquelles
lugares e m que se n ã o estabelecer o syslema da venda do papel
sellado.
Art. 95. As disposições dos arts. 8 0 , 88, 89, 90, 9 1 , 92 e 93 ^ão
permanentes, fazendo d e f i n i t i v a m e n t e parte integrante deste r e g u l a -
mento, c o m a alteração de que, depois de estabelecido o systema da
venda do papel sellado, incorrerão nas multas ordenadas nos arts.
87 e 88 as partes c empregados que escreverem, assignarem , des-
pacharem, sentenciarem, expedirem, registrarem e transitarem pela
chancellaria, autos, escripturas, instrumentos e quaesquer titulos
ou papeis sujeitos a sello que n ã o f ô r e m escriptos e m papel sellado
da taxa competente.
A?t. 96. As disposições dos arts. 19, § § 3.°, 29, 53 e 54, ainda
depois de estabelecido o systema da venda do papel sellado, conti-
nuaráõ a ter o b s e r v â n c i a no que lhe fôr applicavel.
Art. 97. Ficão revogadas t o d a s as d i s p o s i ç õ e s do regulamento n.°
356 de 26 de A b r i l de 1 8 4 4 e ordens expedidas posteriormente para
arrecadação do i m p o s t o do sello q u e n ã o estiverem comprehendidas
nos arligos deste regulamento.
Rio d e J a n e i r o , e m 1 0 d e J u l h o d e 1 8 5 0 . — Joaquim José Rodrigues
Torres.
APPENDICE ( S E L L O ) 215
A r t i g o s d a L e i d e 2 1 d e O u t u b r o d e 1 8 4 3 r e l a t i v o s a o s e l l o a q u e se r e f e r e
este r e g u l a m e n t o .
VERBAS.
MODELO N . ° 1 .
'Signal 1
do
Sello.,
N . ° l $ 1 6 0
Pg. c e n t o e sessenta r é i s . R i o de J u l h o de 1850.
MODELO N.° 2.
/Signal 1
do
\ Sello.,
N. 1/t. 1 2 0 $ 0 0 0 Rev.
Pg, cento e vinte m i l réis por n ã o sellar antes do endosso. Rio
de J u l h o de 1850.
(Rubrica do Reeebedor). (Rubrica do Escrivão).
do
Sello.,
N.° 1. 1 $ 0 0 0 Ref.
Pg. m i l r é ' s pela verba n.° 11 de de J u l h o i n u t i l i s a d a . Rio
de J u l h o de 1850.
Rubrica do Reeebedor). (Rubrica do Escrivão).
MODELO N.® 4.
Sígnal\
do ]
Sello./
N.° 13. 2 $ 0 0 0 2. a
via.
Pg. pela l . a
via dous m i l réis. Rio de J u l h o de 1850.
(Rubrica do Reeebedor). (Rubrica do Escrivão.)
Revalidações l . a
CLASSE. 2. E 3.»
a
1.» 2."
CLASSE. 4. CLASSE.
a
N«.
1j | Letras era branco a 400 rs. .
40000
11 Letra de Londres 10000
12 Letra de cambio (4 vias) . . . . 1,5000
13 Letra (dito) 3 vias 20000
14 Letra de F .. (dito) de 6000000
rs. , por não sellar antes do
primeiro endosso por B. . . . Reval. 1200000
15 Credito 40000
16 Escriptura de F..- (o nome do
comprador ou do que recebe
a cousa v< ndida , doada, cedi-
0800
da , &c. )
17 Quinhão de F... da herança de 40000
seu pai
18 Legado de F... deixado por sua 10600
n;ãi
19 4 acções da companhia N . . . 10600
transferidas a D
20 Apólices de seguro dc F... (o no-
me do segurado) Companhia 40000
tal
21 Decreto de F... l . ° cscripturario 40000
da thesouraria de
0880
22 Autns de F... (o nome do autor.
justificantf!. &c.) 0160
23 Procuração de F... (o nome do
constituinte) 09 £0
24 1 3 Documentos de F... (o nome 20000
27 J da pessoa a quem são passados)
28 Licença do F
Total recebido hoje de Julho 128^000 160000 40000 20000 20000
cento e cinroenia e dous mil
réis (1520000) • .
(Assignatura do rccehedor.)
(Assignatura do escrivão.)
BB jci.no DE 1850. Reform. . .
1 Letra n. 11 de de Julho . . . . 9000000
2 De F .. 3.» Loteria de
3 De F... thesoureiro do. Lanço
commercial, que arrecadou no 2000000
mez p. p
4 De F... caixa da companhia de 1000000 800000
seguro N . . . , dito
5 De F... vendedor de cartas de 200000
jogar, 2.° quartel dest>; anno.
Total recebido hoje, um conto 3000000 80 0000 920 0000
e trezentos mil rs. (1:3000000^
(Assignatura do reeebedor )
(Assignatura do escrivão.)
Somma tntal da receita de Ju-
lho, um conto quatrocentos
e cincoenta e dous mil réis 4280000 960000 4 0000 9220000 2 0000
(1:4520000)
Deste total pertence :
A revalidaçCcs em todas iV. B. No caso de haver ura livro especial para o
ns classes 1200000 sello lixo, e um ou dous para o proporcional, lauçar-
A bilhetes da loterias na sc-hão os assentos cm uma só pagina, se o tamanho
1." classe do sello fixo. . 9000000 do livro o permitiu*.
A carlas de jogar dito. . 200000
Os mais titulou e pap> is. 4120000
APPENDICE ( S E L L O ) 219
D E C R E T O N . e
8 9 5 D E 3 1 D E D E Z E M B R O D E 1 8 5 1 .
Hei por bem ordenar qne a respeito do uso , preparo e renda do papel
s e l l a d o se o b s e r v e o r e g u l a m e n t o q n e c o m esle b a i x a , a s s i g n a d o p o r J o a q u i m
José Rodrigues Torres, do meu conselho, senador do Império, ministro c
secretario de estado dos negócios da fazenda, e presidente do tribunal do
thesouro n a c i o n a l , que assim o tenha entendido e faça executar. Palácio
d o R i o de J m e i r o , c m t r i n t a e u m de D e z e m b r o de m i l o i t o c e n t o s e c i n c o e n t a
e um, trigesimo da i n d e p e n d ê n c i a e do Império.
Com a r u b r i c a de Sua Magestade o Imperador.
Joaquim José Rodrigues Torres.
CAPITULO I.
Ari. 1." Devem ser escriptos em papel sellado, vendido por conta do
governo , os titulos e actos comprehendidos nas tabellas A e B , annexas
a este regulamento.
Os papeis da tabeliã A , c u j o v a l o r exceder a vinte contos de r é i s e
todos
os outros de que faz menção o regulamento que baixou com o decreto
n . 6 8 1 de 10 de J u l h o de 1850 c o n t i n u a r ã o a ser s e l l a d o s p o r m e i o de verbas.
Art. 2 . ° As secretarias de estado e outras repartições publicas que fizerem
uso de passaportes o u de quaesquci' titulos do seu expediente, que sejão
s u j e i t o s ao s e l l o , impressos o u escriptos e m papel diverso do que se vender
por conta do governo , p o d e r á õ manda-los sellar na casa d a moeda com os
c u n h o s p r ó p r i o s , o u p o r m e i o de verbas nas e s t a ç õ e s encarregadas da arreca-
dação da taxa, c o m o d e t e r m i n a o r e f e r i d o r e g u l a m e n t o de 1 0 de J u l h o „
Art. 3.° Quando os titulos de que trata o artigo antecedente tiverem
de ser sellados na casa d a moeda , pagar-se-ha primeiramente a taxa na
recebedoria do municipio , onde se dará ao portador um conhecimento,
assignado pelo reeebedor e pelo escrivão do sello, declarando o numero e
qualidade delles , e a i m p o r t â n c i a paga.
S e l l a d o s os t i t u l o s , ficaráõ taes c o n h e c i m e n t o s em poder do almoxarife ,
para serem apresentados p o r o c c a s i ã o dos b a l a n ç o s de que trata o art. 30 ,
e da tomada de contas.
Art. h.° Será igualmente permittido ás companhias e casas d e commercio
f a z e r s e l l a r n a casa d a m o e d a , e n a s r e c e b e d o r i a s do Rio de Janeiro, Bahia,
Pernambuco , M a r a n h ã o , Pará e Rio Grande do Sul as l e t r a s e o u t r o s papeis
de que usarem n a s suas t r a n s a c ç õ e s , separa isso fôrem previamente estam-
pados ou preparados.
P a r a o b t e r e m p o r é m esta p e r m i s s ã o d e v e r á õ r e q u e r ê - l a n a c ô r t e a o m i n i s t r o
d a f a z e n d a , e n a s p r o v í n c i a s aos i n s p e c t o r e s das t h e s o u r a r i a s , d e c l a r a u d o , cada
vez q u e o fizerem , o n u m e r o dos titulos de cada u m a das classes o u v a l o r e s
que q u i z e r e m sellar.
A r t . 5 . ° Q u a n d o os p a p e i s d e q u e t r a t a o a r t i g o a n t e c e d e n t e t i v e r e m de ser
s e l l a d o s n a casa d a m o e d a , p r o c e d e r - s e - h a pela m a n e i r a d e t e r m i n a d a n o a r t . 3 . °
Quando p o r é m tiverem d c o ser e m q u a l q u e r das recebedorias, ahi depo-
sitará a parte a importância da taxa, dando-se-lhe um conhecimento, com
o q u a l p o s s a r e q u e r e r a l i c e n ç a ; e s e n d o esta c o n c e d i d a , ficará o conhecimento
220 M A N U A L DOS NEGOCIANTES
não cumprir as disposições dos arts. 8.°, 9.° e 10.°, incorrerá (nas penas
do arl. 87 d o regulamento de 10 de J u l h o de 1850.
CAPITULO II.
CAPITULO III.
CAriTULO IV.
Art. 24. O papel sellado será vendido nas recebedorias de rendas internas ,
mesas de rendas , c o l l e c t o r i a s , a d m i u i s l r a ç õ e s e agencias do correio , e em
outras estações que designar o m i n i - l r o da fazenda.
Deslas mesmas estações será distribuído á s agencias q u e se estabelecerem
nos respectivos dHrictos.
Art. 25. O ministro da fazenda designará as casas particulares do
município da c ô r t e e da provincia do R i o de Janeiro , que convier encar-
regar da venda do papel sellado.
O mesmo farão nas o u t r a s províncias os inspectores das thesourarias de
fazenda.
Art. 26. O director geral das rendas publicas é i n c u m b i d o de regular
a e n t r e g a e r e m e s s a d o p a p e l s e l l a d o , p a r a ser v e n d i d o n a c ô r t e e n a s províncias,
p r o c u r a n d o evitar quanto ser possa q u e o p u b l i c o s i n t a f a l t a delle para os
seus n e g ó c i o s e dependências.
A remessa s e t à feita às thesourarias de f a z e n d a , o u d i r e c t a m e n t e ás e s t a ç õ e s
s u b a l t e r n a s , q u a n d o seja assim m a i s fácil o u menos dispendiosa , dirigindo-se
c m t o d o o caso a c o n v e n i e n t e p a r t i c i p a ç ã o ás mesmas thesourarias.
Art. 27. O papel que tiver de ser posto á venda sahirá encaixotado do
a r m a z é m , e s e m p r e a c o m p a n h a d o d e u m a g u i a c o m as m e s m a s e s p e c i f i c a ç õ e s
que c o n v i e r á descarga feita ao almoxarife no competente livro, tendo os
v o l u m e s u m a m a r c a p r ó p r i a da r e p a r t i ç ã o , a l é m d o c o n v e n i e n t e sobrescripto,
para que possão transitar pelos consulados e a l f â n d e g a s sem serem abertos.
Cada resma levaiá escripto na capa o n u m e r o de m e i is f o l h a s o u t i t u l o s
q u e c o n t i v e r , c o m d e s i g n a ç ã o das taxas r e s p e c t i v a s e d a sua i m p o r t â n c i a total.
CAPITUI.0 v.
Da escripturação e contabilidade.
Art. 28. A renda proveniente do papel sellado será escripturada com dis-
t i n c ç à o da d o sello p o r v e r b a 9 , e a despeza c o m d i s l i n e ç ã o de q u a l q u e r outra.
APPENDICE (SELLO) 225
A o p r o v e d o r d a casa d a m o e d a c o m p e t i r á a e s c o l h a e a d m i s s ã o d o s operários
c serventes da offieina do sello, depois que o ministro tiver fixado o numero
e a r b i t r a d o os s a l á r i o s q u e d e v e r e m vencer.
Ari. 32. O almoxarife perceberá o vencimento annual de 2:000 0 , o
escrivão 1:600 0 , o fiel 8 0 0 0 , o m e s t r e i m p r e s s o r 80 0 0 e o c o n t i n u o 480 0 .
Art. 33. Os e m p r e g a d o s das diversas e s t a ç õ e s publicas que fôrem incum-
b i d o s da venda do papel sellado p e r c e b e r á õ d o seu p r o d u c t o a p o r c e n t a g e m
qne lhes f ô r arbitrada pelo thesouro e thesourarias de fazenda , como sc
p r a t i c a a r e s p e i t o d e o u t r a s r e n d a s , e os p a r t i c u l a r e s a c o m m i s s ã o q u e parecer
razoável, devendo estes p r e s t a r fiança correspondente ao v a l o r d o p a p e l que
houverem de receber.
Art. 3 4 . C o n t i n u â o e m v i g o r as d i s p o s i ç õ e s d o r e g u l a m e n t o d e 1 0 d e J u l h o
de 1850 n ã o alteradas pelo presente.
P a l á c i o d o Rio de Janeiro , e m 3 1 de D e z e m b r o de 185!.
Joaquim José Rodrigues Torres.
T A B E L L A A.
Os d o c o m m e r c i o ( d i á r i o , mestre o u r a z ã o , e c o p i a d o r de cartas). 40
O s das o r d e n s t e r c e i r a s , i r m a n d a d e s e c o n f r a r i a s
Os d e assentos de baptismos, c a s a m e n t o s e ó b i t o s das parochias
e curatos
Os livros e p r o t o c o i l o s de t a b e l l i à e s e escrivães de qualquer juizo ,
c o m p r e h e n d i d o s os d o s e s c r i v ã e s dos juizes de paz , delegacias
e subdelegacias. .
Os livros de d e p o s i t á r i o s geraes, d i s t r i b u i d o r e s e contadores j u d i c i a e s .
Palácio do R i o de J a n e i r o , em 31 de D e z e m b r o de 1851.—Joaquim José
Rodrigues Torres.
MAN. NEG. 15
226 M A N U A L DOS N E G O C I A N T E S
M I N I S T É R I O D A F A Z E N D A .
Regulamento do Sello.
Regulamento do Sello.
•
APPENDICE 227
*
228 M A N U A L DOS NEGOCIANTES
D E C R E T O N . 1 0 5 6 D E 2 3 D E O U T U B R O D E 1 8 5 2 .
Papel sellado.
Titulos e actos sujeitos ao sello fixo, que devem ser escriptos em papel
sellado do dia 1 . ° de Janeiro de 1 8 5 3 em diante, segundo as disposições
do regulamento de 3 1 de Dezembro de 1 8 5 1 .
§ 3.° — LIVROS.
O s d o s t e r m o s de b e m v i v e r e s e g u r a n ç a e os d o s c u l p a d o s . » 100
Os dos cofres dos o r p h ã o s e ausentes » 100
Os das o r d e n s terceiras, irmandades e confrarias . . . » 80
230 M A N U A L DOS NEGOCIANTES
D E C R E T O N . 3 6 5 D E 1 7 D E N O V E M B R O D E 1 8 5 1 .
D E C R E T O N . 8 6 2 D E 1 5 D E N O V E M B R O D E 1 8 5 2 .
D E C R E T O N . 7 0 3 D E 1 4 D E O U T U B R O D E 1 8 5 0 .
TITULO I.
TITULO II.
MàN. NEG. 16
242 M A N U A L DOS NEGOCIANTES
TITULO III.
que possão reclamar os que tiverem razões para suppôr que a em-
barcação se d e s t i n a ao trafico de escravos.
Art.* 38. Somente os a u d i t o r e s de m a r i n h a creados pelo art. 15
deste r e g u l a m e n t o , e n ã o os q u e de novo se estabelecerem, s ã o os
competentes para julgar estas j u s t i f i c a ç õ e s , que deveráõ ser entre-
gues e m original dos j u s t i f i c a n l e s , f i c a n d o n o c a r t ó r i o os respectivos
traslados.
Art. 39. O julgamento da justificação deverá ser p u b l i c a d o pela
imprensa, e tanto essa publicação c o m o a dos editaes de q u e trata
o artigo 37, devem juntar-se aô processo original, e ao traslado
que t e m de ficar no cartório.
Art. 40. C o m uma certidão authentica do julgado, requererá o
justificante a permissão de que trata o artigo 35 á secretaria de
estado dos n e g ó c i o s da justiça, se a justificação tiver sido feita na
auditoria geral da côrte, aliás ao presidente da província e m que
h o u v e r sido julgada.
A r t . 4 1 . As l i c e n ç a s d e v e m " c o n t e r 03 n o m e s do navio , do pro-
prietário e do afretador; a declaração da v i a g e m e seu fim, e dos
signaes m e n c i o n a d o s no artigo 32, que ficão sendo p e r m i t t i d o s ; o
t e m p o de d u r a ç ã o da licença (nunca mais de dous anno-) , c o m a
expressa condição de que esta se deverá c o n s i d e r a r ipso facto sem
e f f e i t o se fôr mudado o nome d o n a v i o , o u se e s t e mudar de pro-
prietário o u de afretador, devendo e m q u a l q u e r destas h y p o t h e s e s a
renovação d a l i c e n ç a ser p r e c e d i d a d e nova justificação na auditoria
de mariuha.
Euzebio de Queiroz Coitinho Mattoso C â m a r a , do m e u conselho,
m i n i s t r o e secretario de estado dos n e g ó c i o s da j u s t i ç a , assim o tenha
entendido e faça executar. P a l á c i o do R i o de J a n e i r o , e m 14 de O u -
tubro de 1850, vigésimo nono da I n d e p e n d ê n c i a e do Império.
A r t i g o s d o A l v a r á d e r e g i m e n t o d e 7 d e D e z e m b r o
d e 1 7 9 6 , a q u e se r e f e r e o a r t i g o 4.° d e s t e r e g u -
l a m e n t o .
A r t i g o s d o r e g u l a m e n t o n . 7 0 7 d e 9 d e O u t u b r o
d e 1 8 5 0 a q u e s e r e f e r e o a r t i g o 3 0 d e s t e r e g u -
l a m e n t o .
L E I N . 5 8 1 D E 4 D E S E T E M B R O D E 1 8 5 0 .
D E C R E T O N . 7 3 1 D E 1 4 D E N O V E M B R O D E 1 8 5 0 .
D E C R E T O N . 7 1 0 D E 1 6 D E O U T U B R O D E 1 8 5 0 .
MAN, NEG, 16 A
252 M A N U A L DOS NEGOCIANTES.
D E C R E T O N . 1368 D E 18 D E A B R I L D E 1854.
pério.
12 d a c o n s t i t u i ç ã o , e de c o n f o r m i d a d e c o m a m i n h a imperial reso-
os q u e n ã o c o m p a r e c e r e m p o r si o u p o r seus p r o c u r a d o r e s c o m o ad-
Commercial).
do commercio.
Imperador.
D E C R E T O N . 1 3 8 5 D E 2 6 D E A B R I L D E 1 8 5 4 .
jeiio ao p a g a m e n t o de d i r e i t o s d e c o n s u m o , c o m o se directamente
fosse i m p o r t a d o de paiz e s t r a n g e i r o .
Art. 2Zj. F i c a d i s p e n s a d a a fiança e m caução dos direitos de ex-
portação que, e m virtude da ordem do thesouro n a c i o n a l de 25 de
Novembro de 1842 , prestão os c a p i t ã e s d e e m b a r c a ç õ e s nacionaes
de cabotagem na couducção dos g ê n e r o s d e p r o d u c ç ã o nacional de
uns para outros portos do império.
Art. 2 5 . F i c ã o r e v o g a d a s as d i s p o s i ç õ e s e m c o n t r a r i o .
O visconde de Paraná , conselheiro de estado, senador do i m -
pério , presidente do conselho de m i n i s t r o s , m i n i s t r o e secretario de
estado dos n e g ó c i o s da f a z e n d a e p r e s i d e n t e do t r i b u n a l do thesouro
nacional, assim o tenha entendido e faça executar.
Palácio d o R i o de Janeiro , c m 26 de A b r i l de 1854 , trigesimo
terceiro da independência e do império. — C o m a r u b r i c a de Sua
Magestade o Imperador.
Visconde de Paraná.
L E I N . ° 7 9 9 D E 1 6 D E S E T E M B R O D E 1 8 5 4 .
instância das causas commerciaes com alçada até Rs. 5:000$)0O0; ficando
K i o de J a n e i r o . T y p o g r a p h i a U n i v e r s a l de L A E M M E R T , r u a dos I n v á l i d o s , 6 1 B .
Í N D I C E
Pag-
TITULO I . Dos commerciantes 3
CAPITULO i . Das q u a l i d a d e s n e c e s s á r i a s p a r a ser c o m m e r c i a n t e 3
CAPITULO u. D a s o b r i g a ç õ e s c o m m u n s a t o d o s os c o m m e r c i a n t e s . . . . 6
CAPITULO in. Das prerogativas dos c o m m e r c i a n t e s 13
CAPITULO iv. D i s p o s i ç õ e s geraes 13
TITULO I I . Das p r a ç a s do c o m m e r c i o 14
TITULO III. Dos agentes auxiliares de c o m m e r c i o 15
CAPITULO I . D i s p o s i ç õ e s geraes 15
CAPITULO I I . Dos corretores 15
CAPITULO m . Dos agentes de leilões 20
CAPITULO IV. Dos feitores, guarda-livros e caixeiros 21
CAPITULO V. Dos trapicheiros e administradores de a r m a z é n s de d e -
posito 22
CAPITULO V I . Dos conductores de gêneros e commissarios de trans-
porte 24
TITULO IY. Dos banqueiros 27
TITULO V. Dos contractos e o b r i g a ç õ e s mercantis 27
TITULO VI. Do mandato mercantil £9
TITULO VIL Da commissão mercantil 32
TITULO VIII. Da compra e venda mercantil 35
TITULO IX. D o escambo o u troca m e r c a n t i l 39
TITULO X. Da locação mercantil 39
TITULO XI. D o m u t u o e dos j u r o s mercantis 41
TITULO XII. Das f i a n ç a s e cartas de credito e abono 42
CAPITULO I . Das f i a n ç a s 42
CAPITULO I I . Das cartas de c r e d i t o 43
TITULO XIII. Da hypotheca e penhor mercantil 44
CAPITULO i . Da hypotheca 44
CAPITULO I I . Do penhor mercantil hk
TITULO XIV. D o deposito m e r c a n t i l 45
TITULO XV. Das c o m p a n h i a s e sociedades c o m m e r c i a e s 46
CAPITULO I . D i s p o s i ç õ e s geraes 46
CAPITULO II. Das companhias de commercio ou sociedades ano-
nymas kl
254 ÍNDICE.
Pag.
CAPITULO III. Das sociedades c o m m e r c i a e s 48
SECÇÃO I . D i s p o s i ç õ e s geraes 48
SECÇÃO n. Da sociedade e m c o m m a n d i t a 52
SECÇÃO I I I . Das sociedades e m n o m e collectivo o u c o m f i r m a 53
SECÇÃO iv. Das sociedades de capital e i n d u s t r i a 53
SECÇÃO v. D a sociedade e m conta de p a r t i c i p a ç ã o 54
SECÇÃO vi. Dos direitos e o b r i g a ç õ e s dos sócios 55
SECÇÃO vil. D a d i s s o l u ç ã o das sociedades 56
SECÇÃO V I U . D a l i q u i d a ç ã o da sociedade 57
TITULO XVI. Das l e t r a s , notas p r o m i s s ó r i a s e c r é d i t o s m e r c a n t i s . . 59
CAPITULO I . Das letras de cambio 59
SECÇÃO I . D a f o r m a das l e t r a s d e c a m b i o e seus v e n c i m e n t o s 59
SECÇÃO n. Dos endossos G2
SECÇÃO I I I . D o sacador 63
SECÇÃO iv. Do portador GZi
SECÇÃO v. D o sacado e aceitante 67
SECÇÃO V I . Dos protestos 68
SECÇÃO V I L Do recambio 70
SECÇÃO V I U . D i s p o s i ç õ e s geraes 71
CAPITULO I I . Das letras da terra, notas promissórias e créditos
mercantis e 71
TITULO XVII. D o s m o d o s p o r q u e se d i s s o l v e m e e x t i n g u e m as o b r i -
gações commerciaes 72
CAPITULO i . D i s p o s i ç õ e s geraes 72
CAPITULO I I . Dos pagamentos mercantis 72
CAPITULO I I I . Da novação e compensação mercantil 74
TITULO XVIII. Da prescripção.. 74
Pag.
TITULO X. Das a r r i b a d a s f o r ç a d a s 126
T I T U L O .X I . D o d a m n o causado p o r a b a l r o a ç ã o 127
TITULO XII. Do abandono 128
TITULO XIII. Das avarias.. 129
CAPITULO i. Da natureza e c l a s s i f i c a ç ã o das avarias 129
CAPITULO I I . Da liquidação, repartição e contribuição da avaria
grossa I 132
A v i s o de 3 1 d e A g o s t o de 1 8 5 2 , ao vice-presidente d o Rio G r a n d e d o
S u l , a p p r o v a n d o a d e c i s ã o p o r elle dada p r o v i s o r i a m e n t e sobre o c o n -
flicto o c c o r r i d o e n t r e o j u i z m u n i c i p a l e o d o e i v e i d a c i d a d e d e P o r t o
A l e g r e , p o r o c c a s i ã o da a r r e c a d a ç ã o dos bens d o fallecid a negociante n ã o
matriculado S e r a f i m de M a g a l h ã e s Rhodcs 163
N o t a r e l a t i v a ao cap. 2 . " d o t i t . l . ° d a p a r t e 1.° d o C o d . C o m . ( E x t r a c t o
da sessão d o m e s m o t r i b u n a l de 16 de Janeiro de 1851) 164
Extracto da sessão do mesmo t r i b u n a l a respeito do art. 12 do Cod. do
C o m . de 3 de Fevereiro de 1851 165
A v i s o d e 3 0 d e A g o s t o de 1 8 5 2 ao presidente da província de Per-
n a m b u c o , d e c l a r a n d o q u a e s os f e r i a d o s q u e n o f ô r o c o m m e r c i a l se d e v e m
observar 168
D e c r e t o n . ° 6 8 9 d e 3 0 d e J u l h o d e 1 8 5 0 ; r e g u l a m e n t o s o b r e os despa-
chos p o r factura 169
Lei n . ° 567 de 22 de J u l h o de 1 8 5 0 : faz extensivas á s a p ó l i c e s de l : 0 0 0 g
a disposição do art. 6 4 da l e i de 15 de N o v e m b r o de 1827 171
256 ÍNDICE
Pag.
D e c r e t o n . ° 8 0 6 d e 2 6 d e J u l h o d e 1 8 5 1 : R e g i m e n t o p a r a os c o r r e t o r e s d a
praça do commercio do Rio de Janeiro 172
Cap. I . Da n o m e a ç ã o , s u s p e n s ã o e destituição de corretores e da i m p o -
s i ç ã o das m u l t a s 172
Secção l . Da n o m e a ç ã o dos corretores. . . . . . . . . .
a
172
Secção 2." Da s u s p e n s ã o e destituição dos corretores, e da imposi-
ç ã o das multas < 175
Cap. I I . Das f u n e ç õ e s dos corretores 176
Tabeliã da commissão que cobrarão os corretores da p r a ç a do R i o . . 178
Cap. I I I . D a j u n t a dos corretores k 179
D e c r e t o n . ° 8 5 8 d e 1 0 d e N o v e m b r o d e 1 8 5 1 : R e g i m e n t o p a r a os agentes
de leilões » 182
Cap. I . D a n o m e a ç ã o dos agentes de leilões . 182
Cap. I I . Dá suspensão e d e s t i t u i ç ã o dos agentes de l e i l õ e s , e da i m -
p o s i ç ã o das m u l t a s * 184
Cap. I I I . Das f u n e ç õ e s dos agentes de leilões 184
D e c r e t o n . ° 8 6 3 d e 1 7 d e N o v e m b r o d e 1 8 5 1 : R e g u l a m e n t o p a r a os i n t e r -
pretes do c o m m e r c i o da p r a ç a do Rio de Janeiro . 188
Cap. I . D a n o m e a ç ã o dos i n t e r p r e t e s d o c o m m e r c i o 188
Cap. I I . Das f u n e ç õ e s dos i n t e r p r e t e s 189
Cap. I I I . Da s u s p e n s ã o e d e s t i t u i ç ã o i m p o s t a aos i n t e r p r e t e s 191
Cap. I V . Dos e m o l u m e n t o s dos interpretes < 191
D e c r e t o n . ° 8 4 4 d e 1 8 d e O u t u b r o d e 1 8 5 1 : M o d o d e p r e p a r a r os p r o c e s s o s
e m q u e os t r i b u n a e s d o c o m m e r c i o f ô r e m n o m e a d o s á r b i t r o s , e d e f a z e r
s e g u i r os seus r e c u r s o s 192
Pag.
Secção 5.' Diplomas scientificos e litteràrios 20;;
Seçção 6V Privilegieis 20Zt
Secção 7." Outras m e r c ê s 204
Secção 8.* Bullas, breves e dispensas 204
Secção 9. a
Licenças 205
Secção 10. T i t u l o s d e d e s p a c h a n t e s das a l f â n d e g a s e d e c o r r e t o r e s . . 206
Cap. III. D o s t i t u l o s d a í . " e 2 . " classe q u e s ã o i s e n t o s d o s e l l o f i x o . 206
Cap. IV. Das r e v a l i d a ç õ e s 207
E x t r a c t o d o e x p e d i e n t e d e 1 1 d e S e t e m b r o d e 1 8 5 0 , r e l a t i v o aos despa-
chantes , 226
Extracto do expediente de 2 1 d e O u t u b r o d e 1 8 5 2 : sobre, o pagamento
d o sello da e s c r i p t u r a de d i s s o l u ç ã o 226
Pa f.
Execução da portaria do tribunal do commercio de 26 de Novembro
de 1852, relativa á venda do papel sellado dos titulos e actos da 1."
classe, s u j e i t o s ao sello fixo 228
Aviso de 30 de D e z e m b r o de 1 8 5 2 , ao p r e s i d e n t e da p r o v í n c i a de Per-
nambuco, declarando que as prescripções em matérias commerciaes
n ã o p o d e m ser reguladas pela legislação civil 231
N o t a ao a r t . 1 2 d o C o d . d o C o m m e r c i o p e d i n d o e l i m i n a ç ã o das palavras—
as c o n t a s e f a c t u r a s 232
A v i s o d e 2 ô d e S e t e m b r o d e 1 8 5 0 aos t a h e l i i ã e s d e h y p o t h e c a s q u e e l l e s
d e c l a r e m a h o r a e m que t i v e r l u g a r o registro de q u a l q u e r h y p o t h e c a . 232
T a b e l i ã d o s e m o l u m e n t o s q u e se d e v e m c o b r a r n o s t r i b u n a e s d o c o m m e r c i o
do Império < 232
Portaria de 26 de Fevereiro de 1 8 5 1 r e l a t i v a aos trapicheiros e admi-
nistradores de a r m a z é n s de deposito 232
P o r t a r i a de 9 de M a i o de 1 8 5 1 , declarando ao t r i b u n a l d o c o m m e r c i o d a
B a h i a q u a e s s ã o os e m o l u m e n t o s a levar pelas cartas de r e g i s t r o e m a -
tricula das embarcações brasileiras, igualmente pelos j u r a m e n t o s dos
corretores agentes de leilões e p r o p r i e t á r i o s de e m b a r c a ç õ e s brasileiras 234
Decreto n . ° 807 de 27 de J u l h o — M a n d a observar na p r a ç a de commercio
d a B a h i a , o r e g i m e n t o p a r a os c o r r e t o r e s d a d o R i o d e J a n e i r o 234
Decreto n . ° 865 de 17 de N o v e m b r o de 1 8 5 1 , r e d u z i n d o aos corretores
j da Bahia a c o m m i s s ã o pelo fretamento de navios 235
Decreto n . ° 862 de 15 de N o v e m b r o de 1 8 5 2 r e l a t i v o aos processos dos
administradores dos trapiches alfandegados 236
D e c r e t o n . ° 7 0 8 de 1 4 de O u t u b r o de 1 8 5 0 — R e g u l a a e x e c u ç ã o da l e i q u e
estabelece medidas para a repressão do trafico de A f r i c a n o s neste
Império 237
Titulo L Dos apresamentos feitos e m r a z ã o do t r a f i c o , e f o r m a de seu
processo na p r i m e i r a i n s t â n c i a 237
Titulo I I . D o processo e j u l g a m e n t o dos r é o s e m p r i m e i r a i n s t â n c i a . . . . 242
Titulo I I I . Dos signaes q u e constituem p r e s u m p ç ã o legal do destino das
embarcações ao t r a f i c o 243
A r t i g o s d o A l v a r á d e r e g i m e n t o d e 7 d e D e z e m b r o d e 1 7 9 6 a q u e se r e f e r e
o art. 4.° do regulamento sobredito 245
A r t i g o s d o r e g u l a m e n t o n . ° 7 0 7 d e 9 d e O u t u b r o d e 1 8 5 0 a q u e se r e f e r e
o art. 30 do regimento sobredito 246
L e i n . ° 5 8 1 de 4 de S e t e m b r o de 1 8 5 0 , estabelecendo m e d i d a s p a r a a r e -
p r e s s ã o d o t r a f i c o de A f r i c a n o s neste I m p é r i o 2'i7
Decreto n . ° 7 3 1 de 14 de N o v e m b r o de 1 8 5 0 , r e g u l a n d o a e x e c u ç ã o da l e i
n.° 581 acima mencionada 249
Decreto n . ° 7 1 0 de 16 de O u t u b r o de 1 8 5 0 , q u e m a n d a executar o regu-
l a m e n t o s o b r e os m a n i f e s t o s d a s e m b a r c a ç õ e s d e c a b o t a g e m 250
R i o de J a n e i r o . T y p o g r a p h i u U n i v e r s a l de L A E M M E R T , r u a dos l u v a l i d o s , G i B .
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