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Conceitos de Língua

Segundo Saussure (2006), a língua é um instrumento de comunicação, sendo composta por


regras gramaticais que possibilitam que determinado grupo de falantes consiga produzir
enunciados que lhes permitam comunicar-se e compreender-se. Por exemplo: falantes da
língua portuguesa.

considera a língua um fato social distinto, por várias características, dos outros fatos sociais
humanos, como as instituições políticas, jurídicas etc. Assim, a língua consiste num sistema de
signos utilizados pelo homem para exprimir conceitos, ideias, dar sentido às coisas e aos
fenômenos.

A língua possui um caráter social: pertence a todo um conjunto de pessoas, as quais podem agir
sobre ela. Cada membro da comunidade pode optar por esta ou aquela forma de expressão.
Por outro lado, não é possível criar uma língua particular e exigir que outros falantes a
compreendam. Dessa forma, cada indivíduo pode usar de maneira particular a língua
comunitária, originando a fala. (Saussure 2006)

A fala está sempre condicionada pelas regras socialmente estabelecidas da língua, mas é
suficientemente ampla para permitir um exercício criativo da comunicação. Um indivíduo pode
pronunciar um enunciado da seguinte maneira: A família de Regina era paupérrima.

Dialeto

Para (BIZZOCCHI, 2006), o dialeto é produto dos processos de transição da língua, é uma
particularidade, pode ser um resquício, pode conter apenas as matrizes linguísticas que lhe
deram origem, mas está sempre transitando através da língua oficial, que o considera sempre
uma ameaça à tradição, às regras, ao status quo mantido pela línguapadrão.

No sentido tradicional e mais restrito do termo, refere-se ao uso da língua próprio de


determinada região (dialeto regional ou geográfico). Em sentido mais amplo e corrente em
sociolingüística, o termo se aplica também ao uso da língua que identifica estratos sociais
diferentes (dialetos sociais), gerações diferentes (dialetos etários) e sexo diferente (dialeto
feminino, dialeto masculino).

Primeira Língua

A língua materna também se conhece como idioma materno, língua nativa ou primeira língua.
Trata-se do primeiro idioma que aprende uma pessoa ou, por outras palavras, da língua que se
fala num país, e que é relativa aos naturais/nativos do mesmo.

A língua materna é, sem dúvida, aquela que se domina melhor, no sentido de uma valorização
subjetiva que o indivíduo realiza relativamente às línguas que conhece. Também se trata da
língua adquirida de forma natural, através da interação com o meio envolvente, sem
intervenção pedagógica e sem uma reflexão linguística consciente. (BAGNO, 2002)

É partir do aprendizado e domínio da língua materna que o indivíduo passa a ter acesso aos
demais conhecimentos. Inclusive, para que uma pessoa consiga aprender novos idiomas, é
necessário que domine ao menos o básico da sua língua materna. Ou seja, essa primeira língua
é fundamental para o desenvolvimento do ser humano.

Mesmo uma pessoa sendo fluente em outro idioma, a língua materna é a que melhor essa
pessoa conhecerá e entenderá, seja de forma oral ou escrita. Essa língua ainda está relacionada
com as primeiras lembranças que uma pessoa possui da sua infância, ainda mais porque nessa
fase é quando a criança começa a aprender sobre o mundo e o que nele está inserido. (BAGNO,
2002)

Ensino bilíngue

Ensino bilíngue é o ensino de um currículo académico em duas línguas diferentes. As línguas


convivem em um ambiente bilíngue ou plurilíngue e, a partir deste contexto, trabalham juntas
de igual forma e com mesmo peso na grade curricular escolar. A segunda língua não é ensinada
como uma língua estrangeira e sim como uma língua parceira, que agrega não somente o
conhecimento linguístico, mas também a cultura do outro e sua visão de mundo. ( Calvet, 2002)

Referências bibliográficas

SAUSSURE, Ferdinand de. Curso de Linguística Geral. 2.ed. São Paulo: Cultrix, 2006.

BIZZOCCHI, Aldo. A Distância Entre Língua e Dialeto. Revista Língua Portuguesa, ano 2, n. 14,
dez. 2006.

BAGNO, Marcos. Língua Materna, Letramento, Variação e Ensino. São Paulo: Parábola Editorial,
2002.
CALVET, Louis-Jean. Sociolingüística: uma introdução crítica. Parábola Editorial, 2002.

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