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Placentação e Placenta

Anexos fetais
Humano Gato Cão Cavalo

IB155

Embriologia
Placenta:
➢Órgão transitório formado por
tecidos maternos e fetais
➢Inicialmente o embrião é
nutrido pela secreção das
glândulas uterinas (histiotrofo
ou leite uterino)
➢Com o desenvolvimento do
embrião há necessidade do
estabelecimento de conexão
entre os tecidos fetais e
maternos.
Membranas fetais:
✓ Córion (CHOR)
✓ Âmnio (AM)
✓ Saco vitelino (YS)
✓ Alantóide (ALL)
✓ Cordão umbilical

A.M. Carter, 2015. IFPA Senior Award Lecture: Mammalian fetal membranes
http://dx.doi.org/10.1016/j.placenta.2015.10.012
Placenta: funções gerais
➢Transferir nutrientes do sangue
materno para o embrião/feto;
➢Eliminação de produtos da
excreção;
➢Transporte de gases
➢Secreção endócrina (Ex.:
HCG,progesterona, estrogênio,etc)
Classificação quanto a forma:

Roberts,R.M. et al . The Evolution of the Placenta Reproduction. 2016 November ; 152(5): R179–R189.
doi:10.1530/REP-16-0325.
Classificação quanto a natureza dos tecidos extra embrionários que
contribuem para a formação da placenta:

Placenta coriovitelina
Ex.: funcional em carnívoros
e equinos

Placenta corioalantóide
Ex.: funcional em todos os animais domésticos

Mammalian fetal membranes. 2015 .Placenta 48(Supplement


1):S21-S30. DOI: 10.1016/j.placenta.2015.10.012.
Classificação:
Forma: Difusa, cotiledonária, zonaria e discóide

Natureza dos tecidos extra embrionários que


constituem a placenta: coriovitelina e corioalantóide
Nº de camadas que separam o sangue materno-fetal:
Epitélio corial, sindesmocorial (ou sinepteliocorial),
endotélio corial e hemocorial

Perda de tecido materno no momento do parto:


Deciduada(nos carnívoros e primatas) e adeciduada
Sinalizações/ prenhez
▪ A fonte de progesterona, o principal hormônio responsável
pela manutenção da prenhez, varia entre as espécies.
▪ A luteólise deverá ser evitada se a prenhez continuar.
▪ A manutenção do corpo lúteo é baseada no
reconhecimento materno da prenhez, no qual uma série de
eventos depende do desenvolvimento sincronizado do
embrião e de um endométrio receptivo.
▪ Para sinalizar a sua presença no útero, o embrião previne a
luteólise enquanto se sobrepõe, e, então, adere-se ao
endométrio.
▪ Em humanos- HCG
Interações concepto-materna via INF-tau
Regulação da produção de
prostaglandinas- receptores de
ocitocinas

▪ Manutenção dos níveis de


progesterona (corpo lúteo)
▪ Em ruminantes: Produção
de INF-tau que é produzido
pelas células do trofoblasto
na luz uterina (no período
de pré implantação)

Bai, H. et al.Functions of interferon tau as an immunological regulator for establishment of


pregnancy. Reprod Med Biol (2012) 11:109–116 DOI 10.1007/s12522-011-0117-2
Ruminantes:
Corpo lúteo produz Endométrio a produz
Progesterona
ocitocina e prostaglandina
progesterona (PGF2α)
Ocitocina

Luteólise (principal causa)

Na prenhez...
INF-tau: Inibe os receptores de ocitocina
Estimula a produção do histiotrofo
Progesterona
Corpo lúteo produz Endométrio a produz
ocitocina e
progesterona Ocitocina
X prostaglandina
(PGF2α)

X
Luteólise
• Mechanistic mammalian target of rapamycin (MTOR) cell signaling: Effects of select nutrients and secreted phosphoprotein 1 on development of mammalian
conceptuses 2011.Molecular and Cellular Endocrinology 354(1-2):22-33. DOI: 10.1016/j.mce.2011.08.026
Equinos:
▪ O embrião desenvolve uma cápsula
glicoprotéica que faz com que permaneça
esférico e se mova através do útero,
sinalizando a prenhez.
▪ Essa sinalização leva a persistência do
corpo lúteo, produção de progesterona e
torna o endométrio receptivo ao embrião.
▪ Células trofoblasticas binucleadas, invadem
o endométrio materno, na base do crono
gravídico originando os cálices
endometriais que produzem HCGe

https://regi.tankonyvtar.hu/hu/tartalom/tamop425/0010_
Smits et al. Maternal Recognition of Pregnancy in the Horse: Are MicroRNAs the 1A_Book_angol_05_termeleselettan/ch12s08.html
Secret Messengers? Int. J. Mol. Sci. 2020, 21, 419; doi:10.3390/ijms21020419
Placentação em primatas e roedores:
Placentação:
➢ É a formação da placenta
➢Logo após o estabelecimento do córion,
a placenta inicia sua formação à partir da
formação das vilosidades coriônicas.
➢Nos mamíferos em geral, o inicio da
placentação o embrião está na fase de
disco embrionário bilaminar.
Fase inicial do desenvolvimento das vilosidades coriônicas

Embriologia Clínica. Moore, K.L.; Persaud, T.V.N. e Torchia, M.G. 9a


edição. Editora Elsevier. 2013.
Vilosidades coriônicas primárias:

Embriologia Clínica. Moore, K.L.; Persaud, T.V.N. e Torchia, M.G. 9a


edição. Editora Elsevier. 2013.
Vilosidades coriônicas secundárias e terciárias:

Embriologia Clínica. Moore, K.L.; Persaud, T.V.N. e Torchia, M.G. 9a


edição. Editora Elsevier. 2013.
Embriologia Clínica. Moore, K.L.; Persaud, T.V.N. e Torchia,
M.G. 9a edição. Editora Elsevier. 2013.
Vilosidades coriônicas:
➢Vilosidades coriônicas primárias (citotrofoblasto +
sinciciotrofoblasto)

➢Vilosidades coriônicas secundárias (Eixo de


mesoderma extra embrionário circundado por
citotrofoblasto e sinciciotrofoblasto

➢Vilosidades coriônicas terciárias (o eixo de


mesoderma diferencia-se em vasos sanguíneos e
tecido conjuntivo)
Áreas de decídua do endométrio
de primatas e roedores:

➢Decídua basal: parte da decídua


abaixo do concepto

➢Decídua capsular: recobre o


concepto

➢Decídua parietal: parte restante da


decídua

Embriologia Clínica. Moore, K.L.; Persaud, T.V.N. e Torchia,


M.G. 9a edição. Editora Elsevier. 2013.
Placenta em primatas e roedores:
➢Classificada como deciduada

Componentes da placenta:
➢Parte materna da placenta: decídua basal
➢Parte fetal da placenta: córion viloso ou
frondoso
Membrana placentária
(barreira):
Placenta discóide:primatas e
roedores
Estrutura da
placenta discóide:

Embriologia Clínica. Moore, K.L.; Persaud, T.V.N. e Torchia,


M.G. 9a edição. Editora Elsevier. 2013.
Embriologia Clínica. Moore, K.L.; Persaud, T.V.N. e Torchia,
M.G. 9a edição. Editora Elsevier. 2013.
Cotilédone
Discóide:

Primatas
Placenta de outros grupos de mamíferos:
Classificação quanto a forma:

Roberts,R.M. et al . The Evolution of the Placenta Reproduction. 2016 November ; 152(5): R179–R189. doi:10.1530/REP-
16-0325.
Placenta difusa
Porca Égua
E- endométrio
AC- corioalantóide
AM- Ves amniótica
A- alantóide

AC-Corioalantóide

Pregas corioalantóides
com rugas secundárias
http://merrilysanimalsciencejournal.blogspot.com.br/p/embryogenesis
-recognition-placentation.html
Placenta difusa:

Porca Égua
Microcotilédones
da placenta dos
equinos:

https://veteriankey.com/the-placenta/
Equinos: Placenta difusa
(microcotiledonária)
Adeciduada

Na placenta difusa, as vilosidades


coriônicas desenvolvem-se em toda
a extensão do córion aderido ao
endométrio.

Nos equídeos, ocorre formações(áreas


de trocas materno-fetal) denominadas
microcotilédones na interface epitélio
endometrial-trofoblasto.
Placenta zonária: carnívoros
Zonária: Carnívoros

Gata

Fonte:
http://www.vivo.colostate.edu/hbooks/pathphys/reprod/placenta/dog_cat.html
Placenta zonária:

Na placenta zonária, as
vilosidades coriônicas
desenvolvem-se em uma faixa
transversal ao maior eixo do
embrião.
Placenta cotiledonária:Ruminantes
Córion liso
Na placenta cotiledonária,
as vilosidades coriônicas
desenvolvem-se em direção Córion viloso
às carúnculas. (cotilédones)
Placenta cotiledonária
Obs.: glândulas uterinas abrem-se na região intercaruncular
Classificação quanto à relação materno fetal:

➢Epitélio-corial
➢Sineptéliocorial (mesocorial)
➢Endotéliocorial
➢Hemocorial
Epiteliocorial: equinos, suínos
Nesse caso, a placenta é adeciduada.
Córion

Endométrio
Sinepteliocorial:ovelhas

Placenta adeciduada
Endoteliocorial: carnívoros

Placenta deciduada
Hemocorial: primatas, roedores
algumas espécies de morcego, coelho

Placenta deciduada
Âmnio e líquido amniótico
◦ Reveste a vesícula amniótica;
◦ Absorve impactos e permite
movimentos fetais

Patologias relacionadas a altrações no volume do


líquido amniótico:
Polihidrâmnio:volume excessivo de líquido
amniótico.
Oligohidrâmnio: escassez de líquido amniótico.
Cordão umbilical:

Suíno
Humanos
Equinos:
Nos potros o cordão umbilical é
composto por uma veia, duas artérias
umbilicais e pelo úraco.
Comprimento: de 30cm a 1,37m

Carvalho et al. Aspectos morfológicos do funículo umbilical em eqüinos (Equus caballus, Linnaeus, 1758)Braz. J.
vet. Res. anim. Sci., São Paulo, v. 38, n. 5, p. 214-219, 2001.
https://www.scielo.br/j/bjvras/a/Grc5jcFkNmmynqXQLqwWyMm/?lang=pt&format=pdf
Saco Vitelino:

O mesoderma associado ao saco vitelino


dá origem a vasos sanguíneos
O endoderma origina células germinativas
O endoderma origina o intestino primitivo que originarão os gametas
Alantóide:
➢ É um divertículo do saco vitelino que cresce em
direção ao pedículo do embrião;
Em ruminantes e suínos assume forma de “T”
➢ Participa da estrutura da placenta
➢ Origina o úraco (cordão fibroso) que vai da
vesícula urinária à região umbilical que dará
origem ao ligamento umbilical mediano.

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