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CURSO ANSIEDADE NA CLÍNICA

Módulo 3:
Formulação de
Caso

ISABELLA KOBBAZ
Uso
individual

Este material é exclusivo para alunos do curso


Ansiedade na Clínica.

Em respeito ao esforço que tivemos em


compartilhar o conhecimento com você e ao
método desenvolvido, solicitamos a não
distribuição ou reprodução (total ou parcial)
deste material.

Caso considere este material valioso,


convidamos a indicar o perfil @isabellakobbaz,
no instagram, e nosso canal do Youtube como
fonte de conteúdo.
ISABELLA KOBBAZ
Meu nome é Isabella Kobbaz, sou
Idealizadora do curso "Ansiedade na
Clínica, um curso de capacitação
profissional direcionado a terapeutas
para elevarem o nível dos seus
atendimentos clínicos com a demanda de
ansiedade e também gerenciarem a
própria ansiedade.
Ao longo desses anos atuando como
Psicóloga Clínica e Supervisora Clínica,
desenvolvi um método para se atender
casos de ansiedade, chamado Método
Ansiedade na Clínica cujas bases
científicas são: Terapia Cognitivo-
Comportamental (TCC) em diálogo com a
Terapia de Aceitação e Compromisso
CRP-PR: 08/22248 (ACT); Programação Neurolinguística
Psicóloga Clínica, especialista em Ansiedade.
Idealizadora do curso Ansiedade na Clínica.
(PNL) e Teoria Integral (Ken Wilber).
Sou Bacharel e Licenciada em Psicologia
pela Universidade Unisal-Lorena/SP;
Master em Programação Neurolinguística
(PNL) pela EXpertar; PCC® - Professional
Coach Certification pela Sociedade
Latino Americana de Coaching (SLAC);
Certificação MetaIntegral - Consultoria e
Facilitação de Grupos, pela Chie;
formada em Focalização de Dança
Circular para Profissionais da Saúde,
Educação e áreas afins.
Olá, Terapeuta!

Seja muito bem vindo ao


módulo 3 do curso Ansiedade
na Clínica!

Neste módulo nós iremos


aprender sobre Formulação de
Caso no Método AC. É um
módulo feito para você ganhar
perspectiva sobre o padrão de
funcionamento do seu paciente
e com isso traçar objetivos
terapêuticos efetivos no
processo de transformação!

Com carinho,
Isa
"A ansiedade ganha
significado a partir de
contextos diferentes
(internos e externos)."
Isabella Kobbaz
Formulação de Caso

A partir de agora, nós iremos começar a entender que a ansiedade


ganha significado a partir de contextos diferentes (internos e externos).
Cada ser humano é único, então por mais que a ansiedade se apresente
com os mesmos sintomas, ela ganha significado a partir de contextos
diferentes. Imagina um Iceberg: por cima da água, os sintomas são
semelhantes, mas por baixo da água, o universo interno varia de
indivíduo para indivíduo.

O objetivo de uma formulação de caso em ansiedade é conseguir


traduzir o diagnóstico sindrômico, ou a queixa em si, em pensamentos,
sentimentos, necessidades, valores, comportamentos e contextos que o
indivíduo está experienciando com as demandas da vida. Como ele se
relaciona com os próprios pensamentos, sentimentos, comportamentos e
contextos (internos e externos)? Com isso, buscamos ganhar perspectiva
sobre o padrão de funcionamento do paciente para tentarmos fazer a
relação entre os elementos soltos que ele está trazendo em sessão. Isso
nos permite traçar objetivos terapêuticos mais efetivos.

O nosso papel enquanto terapeutas não é apenas resolver os problemas


de vida do paciente, mas sim facilitar o processo para que ele
desenvolva musculatura emocional e mental para lidar com as demandas
da vida.

Existem 2 perguntas principais que em geral “alimentam” o processo de


formulação de caso:
1- Que tipo de vida o meu paciente deseja mais profundamente criar e
viver?
2- Quais são os processos psicológicos e ou ambientais que inibiram ou
interferiram na busca deste tipo de vida?
Processo de Formulação de Caso

Quando a gente fala em formulação de caso, precisamos entender que


não é só da queixa em si, mas da formulação da história e da narrativa de
vida de uma pessoa. Começamos a investigar isso a partir da queixa que o
paciente está trazendo. Devemos começar então investigando como a
queixa pode estar trazendo problemas para áreas diversas. O que a
queixa esconde? Porque é que isso importa?

No início, geralmente o paciente está olhando mais para aquilo que ele
não quer para a vida dele, ou seja para o diagnóstico em si. E quanto mais
ele olha para o transtorno, menos ele está olhando para a vida valiosa que
deseja viver.
Então para começar devemos entender de que lugar veio este transtorno
e como que o paciente se relaciona com a vida diante disso. O foco inicial
é tentar entender como a queixa pode estar trazendo problemas para
áreas diversas da vida do paciente. E a medida que trabalhamos com o
paciente, a luta contra o diagnóstico e a luta contra a ansiedade começa
a dar espaço para a reflexão: O que eu estou fazendo com a minha vida -
> O que eu quero fazer da minha vida? O que eu quero para a minha
vida?

Vamos entender na prática?

Agora, irei apresentar para você um percurso de formulação de caso,


baseado na ACT, que faz muito sentido.
PROCESSO DE
FORMULAÇÃO DE CASO

1.QUEIXA 2.HISTÓRICO DA 3.PADRÃO 4.INFLEXIBILIDADE 5.FLEXIBILIDADE 6.PLANO DE AÇÃO


QUEIXA MATRICIAL PSICOLÓGICA PSICOLÓGICA

Qual é a queixa? Situações, Exemplo: Fusão Cognitiva, Desfusão Cognitiva,


(comece por pensamentos, ambiente matricial: Evitação Experiencial Aceitação Experiencial
onde o paciente comportamentos "meu pai afastava
(Slow Motion, as pessoas, minha
se encontra e
Engrenagem) mãe bipolar agia
não por onde assim; meu irmão
você quer frequência; introvertido fazia
começar). intensidade; x.."
duração padrão: "eu não
O que a queixa estudava muito,
esconde? mas conseguia me
relacionar com
Porque é que
todo mundo... na
isso importa?
escola eu era assim,
em casa assim, nas
amizades assim, no
trabalho assim..."

Isabella Kobbaz
Explicação:
1- QUEIXA: Primeiro o paciente chega com uma queixa (que é o ponto de
partida, o motivo que o faz buscar ajuda profissional). A queixa pode chegar
de formas variadas, por exemplo: paciente chega com um diagnóstico pronto,
encaminhado por um psiquiatra; ou chega por conta de fatores externos (ex:
divórcio, demissão, luto...); ou chega motivado por eventos psicológicos
(porque ela identifica nela algumas coisas “eu me sinto insegura”, eu não vejo
sentido na vida, etc. ) ;

2- HISTÓRICO DA QUEIXA: A partir da queixa, nós passamos a investigar o


histórico da queixa (frequência, duração, intensidade. Quando o problema
começou? Houve uma época em que o paciente não teve o problema ou em
que ele foi significativamente menor?;

3- PADRÃO MATRICIAL: Depois, começamos a entender o padrão matricial e


o papel da história de vida do paciente como parte da formulação de caso.
Aqui, entram as narrativas de vida que o paciente aprendeu a contar para ele
mesmo sobre quem ele é, e sobre quem ele deveria ser no mundo para ter um
valor, ser amado, ser reconhecido e pertencer. Aqui, envolvem as crenças
centrais e intermediárias, que veremos mais adiante;

4- INFLEXIBILIDADE PSICOLÓGICA: Depois, procuramos entender como o


indivíduo está se relacionando com a própria subjetividade, dentro das 6
dimensões psicológicas da ACT, que veremos mais a seguir. Este é o momento
que traz uma compreensão de como o indivíduo está se relacionando com o
contexto atual e com a própria subjetividade;

5- FLEXIBILIDADE PSICOLÓGICA: Aqui, começamos a estudar formas de


mobilizar a flexibilidade psicológica do indivíduo, a fim de ajudá-lo a
desenvolver musculatura emocional e mental para lidar com as demandas da
vida.

6- PLANO DE AÇÃO: A partir do momento que conseguimos visualizar com


maior clareza sobre como o paciente se relaciona com a própria
subjetividade, conseguimos desenhar um plano de ação qualificado.
Perguntas norteadoras da
etapa "histórico da queixa"

1) CRONOLOGIA:
Quando o problema começou?
Houve uma época em que o paciente não teve o problema ou
em que ele foi significativamente menor?
2) TRAJETÓRIA:
Esse problema, no momento, tem a mesma intensidade,
frequência e duração de que quando apareceu pela primeira
vez?
Ele é menos grave do que antes ou pior do que já foi?
Os impactos negativos do problema estão ampliando ou
restringindo o espaço de vida do paciente?
Ele parece mais controlável ou menos controlável ao longo do
tempo?
3) ANTECEDENTES E CONSEQUÊNCIAS:
O que desencadeia esse problema no mundo externo e interno
do paciente?
O que acontece quando o paciente engaja no comportamento
de evitação da queixa?
Como as consequências (positivas e negativas) se organizam a
curto e a longo prazo?
4) VALORES (MOTIVAÇÕES):
Pratica atividades relaxantes no momento?
Como está a vida social? Como vão as coisas no trabalho, com
colegas de trabalho? Como o paciente está se relacionando
com o seu parceiro(a), ou filhos, ou amigos?
O que o paciente faz da vida espiritual? Que tipos de hábitos de
saúde está praticando? Está bebendo, fumando, usando drogas,
comendo em excesso, exercitando-se regularmente (está na
evitação experiencial ou em direção aos seus valores)?
As 6 Dimensões da ACT
Onde está mais a atenção do paciente? Mais no
passado, ou mais no futuro, ou no presente, dentro
da relação com o terapeuta?

Como é a relação Você tem clareza


do paciente com sobre os seus
seus afetos. Ele os valores? O que de
ouve ou você foge fato te motiva?
deles?

Como é a sua relação com seus Como você se comporta


pensamentos? Você consegue diante das experiências? Você
perceber os seus pensamentos ou reage impulsivamente ou você
você apenas vê o mundo através age com consciência?
deles?
Quais são os conceitos que você tem sobre você
mesmo?, Eles podem vir, em parte, da construção
da relação matricial
Inflexibilidade Psicológica
Flexibilidade Psicológica
"Formular um caso é
quando a gente começa a
relacionar os elementos
soltos que o paciente está
trazendo e começa a
perceber um padrão
(situações, pensamentos,
sentimentos,
comportamentos,
resultados, contexto
ambiental, narrativa de
vida, etc...)"
Isabella Kobbaz
Método AC

ESTADO ATUAL ESTADO DESEJADO

ESTADO ATUAL

1- Mapa Mental

ento ição
cim a Tra
agre im
t
toes
m
E
u mento
A iona rido
ela c ma d encia
acho R om en al
me c Dep ocion
Não capaz em

Maria
Licença no
trabalho
Filho
Adaptação
Luto da mãe na escola
Diagnóstico
de autismo
2- Slow Motion

boa
Não sfoicuiente
o su
Crença:

Evidência Evidência

5- Experiência Experiência Experiência Experiência

3- Distorções
Cognitivas

“Uma das questões centrais na


depressão e na ansiedade é a
baixa auto-estima, condição
4- Crenças (Centrais e frequentemente caracterizada
Intermediárias): por autocrítica, padrões
pensamentos que ela tem a respeito irrealisticamente elevados para
de si mesma
si mesmo e foco excessivo nas
“falhas” percebidas quando o
paciente desqualifica os
aspectos positivos […]”. Robert
Leahy
ESTADO DESEJADO

fio na
co n
Eu minhaade
pa c id
ca
NOVA
CRENÇA 7-
Celebração
Intensidade

EVIDÊNCIA EVIDÊNCIA

o sou boa EXP EXP EXP EXP


Nã ficiente
o su

CRENÇA

EVIDÊNCIA EVIDÊNCIA

EXP EXP EXP

6- Micrometa
Micrometa
Micrometa
Slow Motion

Distorções
Cognitivas;
Padrão Matricial;
Crenças
Distorções Cognitivas

TIPO DE DISTORÇÃO COGNITIVA DEFINIÇÃO EXEMPLO

Foco no julgamento Se concentrar excessivamente "O que as pessoas vão pensar


se eu fizer tal coisa?"; "Veja
no julgamento dos outros e de
como ela faz sucesso. Eu não
si mesmo (autocrítica). consigo".

Leitura Mental Tentar adivinhar e tomar como "Aquela pessoa me olhou


estranho, ela está pensando
verdade o pensamento de
que eu sou louca"; "Já sei o que
outras pessoas sem evidências você vai falar..."; "Nem adianta
suficientes. eu falar isso pra ela, porque não
vai resolver"

Chega-se a uma conclusão "Sou um fracasso, uma


decepção pro meu marido, tudo
Supergeneralização sobre um acontecimento
na minha vida está dando
isolado e, então, a conclusão é errado" (porque não passou na
estendida de maneira ilógica entrevista de emprego).
para outras áreas da vida.

"Não adiantou NADA eu tentar


Pensamento "tudo ou nada" Interpretar a situação de forma
prevenir, foi uma TOTAL perda
polarizada. Não tem meio de tempo"
termo.. "Pra quê tentar controlar a
doença? Ou ela tem cura ou não
tem".
Atribuição de Culpa Atribui a responsabilidade por
"Eu não me atrasaria se não
seus resultados a uma causa
fosse pelo trânsito da cidade"
externa.

Catastrofização Tendência a pensar no pior dos "Queimei meu dedo, vou


cenários. morrer"
Distorções Cognitivas

TIPO DE DISTORÇÃO COGNITIVA DEFINIÇÃO EXEMPLO

Desqualificação do Positivo Tendência a não considerar as "Ah! Isso não conta"; "O dia foi
evidências positivas de uma bom, MAS...";
situação, priorizando, ao invés "As pessoas estão falando isso
disso, as negativas. só pra me agradar e não me
deixar preocupada, na verdade
eu tenho certeza que..."

Rotulação Criar um rótulo inflexível e "Sou grossa, as pessoas não


absoluto ao invés de avaliar a gostam de mim."
especificidade da situação.
"Ela é muito boba, porque deixa
todo mundo passar por cima
dela"; "Ele é uma pessoa
imprestável"
Você faz uma série de
Pensamento "E se..." "Sim, mas e se eu ficar
perguntas do tipo "e se..."
alguma coisa acontecer, e ansiosa?"; "E se eu não
nunca fica satisfeito com as conseguir respirar?" ; "E se eu
respostas. fizer tal coisa?"

Quando a pessoa está no


Antecipação mecanismo de querer se "Preciso fazer isso, isso, aquilo
antecipar de todas as para previnir e evitar que falem x
possibilidades de ocorrências coisa...."
negativas no futuro

Orientação para o Remorso Se sentir culpado por tudo "É tudo minha culpa!"
Crenças

O que são Crenças, afinal?


São pressupostos que norteiam nosso olhar (ponto de vista) em relação a
nós, aos outros e ao mundo, e direcionam os nossos comportamentos.

Na TCC temos 2 níveis de crenças:

Crenças Centrais: são ideias absolutas, rígidas e globais


sobre si próprio, os outros, o mundo e o futuro.
Se formam na infância através da interação com o
mundo.

DESAMPARO: Impotente, frágil, vulnerável,


carente, desamparado, necessitado.

Crenças DESAMOR: Indesejável, incapaz de ser amado,


sem atrativos, imperfeito, rejeitado, abandonado,
Centrais
sozinho.

DESVALOR: Incapaz, incompetente, inadequado,


ineficiente, falho, defeituoso, enganador,
fracassado, sem valor.
Crenças Intermediárias: são atitudes, suposições
(positivas ou negativas), regras.

Mecanismos de sobrevivência criados para adaptação


do indivíduo. Exemplo: "Se...então"; "deveria..."

Atitudes: "É terrível ser inadequada"


Crenças
Intermediárias Suposições: "Se eu não trabalhar duro,
vou fracassar"

"Eu deveria ser excelente em


Regras:
tudo o que eu sei fazer"

Exemplo:

Crença Central: "Eu sou inadequada"

Atitudes: "É terrível ser inadequada"


Crenças
Intermediárias: "Se eu não trabalhar duro,
Suposições: vou fracassar"

"Eu deveria ser excelente em


Regras:
tudo o que eu sei fazer"

Pensamentos "Eu não posso fazer isso"; "isso é difícil demais


Automáticos: para mim"; "eu jamais vou aprender isso" ; "será
que eu vou dar conta?"
A origem das narrativas de
vida

De acordo com alguns estudos da Psicologia do


Desenvolvimento, quando somos crianças e estamos em
formação da nossa personalidade, passamos por 3
momentos marcantes que irão ditar as nossas narrativas
de vida. São 3 fases em que o nosso SNC está em
formação, registrando as experiências e interpretando
qual conduta é a ideal de assumir para ser aceito, ser
reconhecido e ser amado no mundo. Durante essas 3
fases da infância passamos por três condições
psicológicas, são elas:

"Eu sou amado incondicionalmente."


Ex: Sou potencial puro.

"Eu sou amado condicionalmente."


Ex: dependendo do que eu faço recebo
atenção e reconhecimento, ou não.

"Eu me amo condicionalmente."


Ex: Se eu tiro 10 eu me amo, se eu tiro 3 eu não
me amo. Se eu sou promovido eu me amo, se eu
não sou, eu não me amo.
As 5 Feridas Emocionais
de Lise Bourbeau

Defesa: Escapismo. "Eu escapo antes


que alguém me rejeite".
Rejeição Caminho da Cura: ocupar o meu
lugar, me sentir bem comigo mesmo.

Defesa: Dependência. Medo da


solidão.
Caminho da Cura: quando procuro
menos a atenção dos outros, desfruto
Abandono mais da vida por conta própria, sem
ficar pedindo para os outros a opinião
deles. Sigo em frente mesmo que as
pessoas não me apoiem.
Defesa: Masoquismo. "Eu controlo a
situação para não sentir vergonha." Medo
da liberdade.
Caminho da Cura: Quando observo
primeiro as minhas necessidades sem ficar
Humilhação dizendo sim para os outros. Quando
assumo menos responsabilidade e me sinto
mais livre. E quando peço ajuda e não
acho que estou sendo chato, mesmo que a
pessoa diga "não".

Defesa: Controle. Medo da dissociação


com o que está identificado, ex: Antonia da
Empresa "X". Expectativa alta nos outros e
em si mesmo. Se não cumprem com
Traição
Traição compromissos, vem a raiva e a frustração.
Confunde zelo com controle.
Caminho da Cura: começar a perceber a
facilidade para relaxar e também deixar de
se prender aos resultados.

Defesa: Rigidez. Se isola do que sente.


acredita que ao se isolar dos próprios
sentimentos vai poupar o sofrimento.
Desenvolve a capacidade de não mostrar
Injustiça para os outros essa sensibilidade que
sente.
Caminho da Cura: aceitar o merecimento.
Eu mereço desfrutar dos sentimentos. Fazer
um mimo a si mesmo. Se permitir o afeto.
Ferramentas para
aprender a desenvolver
Perguntas!
Exame das Evidências

1- Qual é a evidência de que o pensamento automático é


verdadeiro?

2- Há uma explicação alternativa?

3- O que é o pior que poderia acontecer?

4- Você poderia superar isso?

5- O que é o melhor que poderia acontecer?

6- Qual é o resultado mais realista?

7- Qual é o efeito de você acreditar no pensamento


automático?

8- Este pensamento se enquadra em alguma distorção


cognitiva? Qual?

9- Qual poderia ser o efeito de você mudar o pensamento?

10- O que você deveria fazer em relação a isso?

11- Se um grande amigo estivesse nessa situação, o que


você diria para ele?
Questionamento Socrático

Evento: Estou decidindo se vou à festa


Pensamento: "Vou ficar ansioso se me aproximar daquela mulher
na festa"
Questionamento Implicação

O que você acha que irá Vou ser rejeitado


acontecer?

Se isso acontecer, então significa Devo ser um perdedor


que...

Se eu for um perdedor, então Jamais encontrarei alguém para um


significa que... relacionamento

Se eu jamais encontrar alguém, Estarei sempre sozinho


então...

Se eu estiver sempre sozinho, isso Não conseguirei ser feliz se eu


me incomodaria porque... estiver sozinho; serei sempre infeliz

Qual é o pressuposto que está por Preciso de outras pessoas para me


trás disso? sentir feliz
Mensurando os impactos
da crença

Experiência Que experiência negativa você viveu


no passado que te prova que "_____".
Negativa Passada:

Experiência Positiva Que experiência positiva você viveu no


passado que possa provar o contrário
Passada: "_____".

Ganhos por acreditar Quais são os ganhos que você tem


acreditando que "_____".
na Crença:

Expectativa Negativa Que expectativa você tem em relação


ao seu futuro se continuar acreditando
futura: que "___".

Expectativa Positiva Que expectativa você tem em relação


ao seu futuro se mudar esta crança?
futura:
Preocupações Produtivas e
Improdutivas

Minha atual preocupação:


_______________________________________________
_______________________________________________

Pergunta Resposta

Isso tem probabilidade muito ___________________________


pequena de acontecer? ___________________________
___________________________
Que previsão estou fazendo? ___________________________
___________________________
Que problema precisa ser resolvido? ___________________________
___________________________
Que ações específicas posso pôr ___________________________
em prática? ___________________________
___________________________
Essas ações parecem razoáveis? ___________________________
___________________________
Estou me preocupando com coisas ___________________________
sobre as quais tenho pouco ou ___________________________
nenhum controle? ___________________________
___________________________
Esta é uma preocupação produtiva ___________________________
ou improdutiva? ___________________________
___________________________
Por que é produtiva? Ou Por que é ___________________________
improdutiva? ___________________________
Ferramenta RPD
Registro de Pensamentos Disfuncionais RPD

Situação Pensamentos Sentimento Evidências Resultado


Automáticos %
Que evento real, Quais foram os Que emoção Qual é a evidência O quanto você
fluxo de pensamentos você sentiu e de que cada acredita em cada
pensamentos, automáticos que qual a pensamento P.A. agora?
sensações físicas, passaram pela intensidade de automático é
devaneios ou sua cabeça? cada uma delas? verdadeiro?
recordações Que emoção você
levou à emoção sente agora?
desagradável?

Criando Pensamento Apoiador


Como me vejo e como me
vêem
"Acredito que
todo pensamento,
sentimento e
ação são
motivados pelo
desejo de evitar
sofrimento e
atender às
necessidades."

Tim Desmond
Referências
HAYES,Steven C; STROSAHL, Kirk D.; WILSON, Kelly G. Terapia de Aceitação e
Compromisso: O processo e a prática da mudança consciente. Editora: Artmed.
2ªEdição. Porto Alegre, 2021.

LEAHY, Robert, L. Técnicas de Terapia Cognitiva: Manual do Terapeuta. 2ª


Edição. Editora Artmed. São Paulo, 2019.

O´CONNOR, Joseph. Manual de Programação Neurolinguística PNL: Um Guia


Prático para Alcançar os Resultados que Você Quer. 12ª Edição. Editora
Qualitymark. Rio de Janeiro, 2016.

POSSATTO, Lourdes. Ansiedade sob Controle: dicas e técnicas de relaxamento,


meditação, alfagenia e biodança. Editora Lúmen Editorial. São Paulo, 2009.

ROBBINS, Antony. Poder sem Limites: o caminho do sucesso pessoal pela


Programação Neurolinguística. Editora Best Seller. 25ª Edição. Rio de Janeiro,
2017.

GOLEMAN, Daniel, phd. Inteligência Emocional: a Teoria Revolucionária que


redefine o que é ser Inteligente. Editora Objetiva. 130ª impressão. Rio de
Janeiro, 2015.

OAKLANDER, Violet. Descobrindo Crianças: a abordagem gestáltica com


crianças e adolescentes. 15ª Edição. Editora Sammus Editorial. São Paulo, 1978.

BECK, J. S. Terapia Cognitivo Comportamental: teoria e prática - 2ªEdição.


Editora Artmed. Porto Alegre, 2019.

BOURBEAU, Lise. As 5 Feridas Emocionais. Editora Sextante. Edição, 2020.

GUTMAN, Laura. A maternidade e o encontro com a própria sombra. Editora


BestSeller. Edição, 2016.

LEAHY, Robert. L. Como lidar com as preocupações: sete passos para impedir
que elas paralisem você. Editora Artmed. Porto Alegre, 2019.

HAYES,Steven C; SMITH, Spencer. L. Saia da Sua Mente e Entre na Sua Vida: A


Nova Terapia de Aceitação e Compromisso. Editora: Sinopsys. 2022.
Parabéns por ter
chegado até aqui, você
acabou de concluir o
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CURSO ANSIEDADE NA CLÍNICA:
COMO TRABALHAR COM A DEMANDA E
GERENCIAR A PRÓPRIA ANSIEDADE

AUTORA: ISABELLA KOBBAZ

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