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Juma Sociologia Geral
Juma Sociologia Geral
Cuamba 2023
Universidade Católica de Moçambique
Faculdade Gestão e Economia
Instituto de Educação à Distância
Cuamba 2023
Índice
1. Introdução............................................................................................................................3
1.1. Objectivos.....................................................................................................................3
1.1.1. Geral.........................................................................................................................3
1.2. Específicos...................................................................................................................3
2. Metodologia.....................................................................................................................3
3.2. A globalização, suas múltiplas facetas e sua interface com as desigualdades sociais.....5
4. Conclusão..........................................................................................................................17
5. Bibliografia........................................................................................................................19
1. Introdução
A globalização teve um impacto significativo e duradouro nas sociedades modernas ao longo
das últimas duas décadas; consequentemente, a pesquisa sobre globalização desempenha hoje
um papel essencial no discurso das ciências sociais e econômicas. É importante notar, apesar
disso, que a maior parte deste estudo se concentrou, até o momento, em documentar e analisar
as consequências do processo de globalização sobre os agregados nacionais com o auxílio de
macro dados. É razoável supor que houve uma influência igualmente fundamental no micro
nível, particularmente no desenvolvimento dos cursos de vida individuais nas sociedades
modernas. Um aspecto que é particularmente obscuro é como os padrões de desigualdade
social nas sociedades modernas estão mudando como resultado da globalização. Embora não
haja como negar que isso contribuiu significativamente para a compreensão da globalização,
também é razoável supor que houve uma influência igualmente fundamental no nível micro.
1.1. Objectivos
1.1.1. Geral
Analisar o impacto da globalização nas desigualdades sociais
1.2. Específicos
Caracterizar o impacto da globalização nas desigualdades sociais;
2. Metodologia
Para realização do presente trabalho foi necessário o uso de revisão bibliográficas presente no
guio de estudo fornecido pelo tutor. De salientar que alem de revisão bibliográficas, foram
também consultados artigos presentes pela internet e outras fontes secundarias de consultas.
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3. O impacto da globalização nas desigualdades sociais
De acordo com Salgado (2010), a desigualdade é social na medida em que considera essa
diferenciação como sendo um produto da interação entre sujeitos sociais, frente à
desigualdade de oportunidades que culminam em relações de poder. O teórico clássico Karl
Marx (1818-1883) questionava essas relações de poder em suas obras, atribuindo a
desigualdade social e a limitação de poder à ausência sobre a propriedade privada dos meios
de produção (MACHADO, 2005).
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sociedade, revelando a importância do conceito de desigualdade social para a compreensão
dos processos histórico-sociais de cada país (SALGADO, 2010). ~
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para a América Latina. Nas reuniões, foram definidas as determinações que compuseram o
receituário neoliberal da América Latina, os quais se resumem em recomendações sobre:
De modo contraditório, ao mesmo tempo em que ocorre a queda de certas fronteiras perante o
mercado cada vez mais globalizado, outras fronteiras se estruturam mediante o poder
econômico adquirido no seio das multinacionais, resultado de coalizações e corporações, que
passaram a assumir posições estratégicas que são capazes de exercer influência no
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desempenho da economia de distintos países e regiões (ANDRIOLI; SANTOS, 2005;
MILLET; TOUSSAINT, 2006; GAULEJAC, 2007; ALMEIDA; ASAI, 2015).
Em um mundo globalizado, a crescente actuação dos capitalistas globais que lutam pela
apropriação ou valorização de recursos mercantis, tem reorientado e reduzido a capacidade
decisória dos governos nacionais em praticamente todos os sectores da economia, dando
início a uma disputa desigual em detrimento ao mercado nacional e local competitivo
(VITALI; GLATTFELDER; BATTISTON, 2011).
Ainda nos dias atuais, a concentração do poder econômico pelas empresas multinacionais
permanece representativo, de modo que a sua estrutura de poder se tornou capaz de impactar a
competição de mercado mundial e estabilidade financeira dos países (KUCINSKI, 1981;
CAMPOS; CANAVEZES, 2007; VITALI; GLATTFELDER; BATTISTON, 2011).
Dessa maneira, Santos (2011) aponta três contextos importantes presentes no mundo
globalizado. O primeiro é composto por Estados preeminentes, por si só ou por meio das
entidades financeiras que dominam, que reduziram a liberdade política e a soberania dos
Estados marginalizados ou semimarginalizados. O segundo, está ligado à intensificação de
alianças políticas entre os Estados, como por exemplo, a formação de blocos econômicos
como a União Europeia, NAFTA e o Mercosul. O terceiro, aponta a existência de privação do
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poder de realizar certas determinações econômicas, sociais e políticas, antes tradicionalmente
feitas pelo Estado-nação.
O primeiro componente parte da ideia de que o modelo neoliberal precisa de uma sociedade
civil forte, sendo que, para que isso seja possível, o Estado deve ser reduzido através de
normas, privatizações e redução da prestação de serviços oferecida pelo governo. O segundo,
tem como propósito dar um carácter político ao Estado fraco, no qual o bem comum é
conquistado por meio das acções de pessoas que se preocupam com os interesses colectivos, e
que estão envoltas em relações de troca competitiva, nas quais o Estado intervém apenas o
necessário. Por último, o terceiro componente é imprescindível para a nova estrutura política
estatal, sendo também o mais eficaz para estimular a conexão entre globalização política e
econômica (SANTOS, 2011).
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3.2.3. Globalização social, cultural e a desigualdade
Diante da variedade cultural e das transformações que vem ocorrendo nas diversas culturas
por todo o mundo, faz-se necessário uma associação dessas mudanças com a globalização,
assim como discuti-las sob a perspectiva da desigualdade social. Desse modo, ressalta-se que
o processo de globalização social e cultural causa tanto a diversidade quanto a uniformização
(SANTOS, 2011).
Portanto, discussões acerca da globalização social e cultural giram em torno de duas óticas:
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destaca-se que ainda são poucos os que usufruem de seus benefícios em detrimento daqueles
que compartilham de seus malefícios.
A segmentação é ainda mais uma forma de desigualdade, antes horizontal do que vertical, e
não necessariamente exige qualquer limite categórico. Tanto o multiculturalismo quanto a
diferenciação de estilos de vida podem funcionar através da segmentação. As políticas de
identidade podem ser segmentadas, bem como excludentes.
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Os exemplos e hipóteses rápida e cruamente delineados que aqui apresentamos não são o
ponto principal de nossa argumentação. Mais importante é saber que não existem apenas
diferentes quantidades de desigualdade em relação a esta ou aquela variável. Há também
diferente configurações de desigualdade, que operam de maneiras diferenciadas.
Se essas consequências globais seriam ou não o resultado de processos globais é uma outra
questão. Em princípio, elas também poderiam ser resultado de processos locais ou nacionais.
Se eu disputasse uma corrida contra uma equipe de atletas globais, com certeza chegaria em
último, mas isso seria resultado de minha própria trajetória de vida, como um acadêmico não-
atleta, e não de qualquer processo relacionado ao atletismo global.
Nesse sentido, a nação não é, de forma alguma, um sistema fechado, e sua primazia pode
muito bem estar sendo desgastada e substituída como determinante do nível de vida por certas
categorias sociais. Mas ela parece ser a base mais adequada para construção de uma cadeia
causal. As fronteiras da cidadania e, mais ainda, do direito legal de residência afetam de
forma crucial as oportunidades de vida da maioria das pessoas.
Em sua atual forma de funcionamento no mundo, as ações são afetadas por dois tipos de
processos globais permanentes. Mais visíveis são os fluxos globais, ou pelo menos trans-
nacionais, de bens e serviços, de capital, de populações, mas também devem ser lembrados os
fluxos de conhecimento e ideias. Esses fluxos têm uma dinâmica geral característica própria, a
qual é intrinsecamente a mesma, qualquer que seja a sua extensão: local, nacional, regional ou
global As dinâmicas de mercado do comércio e das finanças, a circulação nas cadeias
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migratórias e a difusão do conhecimento, (todas) têm efeitos distributivos directos, mas
também podem ser acompanhados em seus efeitos sobre as economias, sociedades e estados
nacionais, incluindo os efeitos sobre a capacidade redistributiva destes últimos.
O problema que esses sistemas ainda precisam resolver é determinar até quando no futuro o
sistema público de pensões pode continuar a ser financiado, bem como por quanto tempo as
gerações que virão depois de nós poderão continuar arcando com o peso desse plano. Além
disso, é preciso colocar a questão de como a condição dos idosos evoluiria à luz das
iniciativas de reforma mais recentes para reverter a aposentadoria antecipada, principalmente
limitando os benefícios fornecidos pelas pensões. É altamente provável que a situação
financeira das futuras gerações de pensionistas se torne mais insegura como resultado dessas
medidas, principalmente para indivíduos que tiveram uma vida profissional de natureza
inconsistente e/ou descontínua.
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O próximo passo nesta abordagem da difícil questão de como explicar a desigualdade global
seria elaborar um primeiro ordenamento dos conjuntos de variáveis explicativas, com relação
à sua importância provável para os diferentes tipos de desigualdade. Para que isso não seja
complicado demais já no início, concentremo-nos aqui sobre as desigualdades vital
(expectativa de vida) e de renda.
Pais mais saudáveis, bem nutridos e bem educados tendem a produzir filhos semelhantes.
Uma boa situação econômica tem mais probabilidades do que uma pobre de gerar e manter
estabilidade política, e esta, por sua vez, mais chances de disseminar investimento e produção
do que conflito social.
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Os geógrafos econômicos têm observado, há muito tempo, ainda perplexos, a grande
concentração de actividades econômicas especializadas em certas partes de um país sem
qualquer vantagem natural. Na segunda metade do Século XX, essa ideia foi assumida e
elaborada por alguns economistas internacionais, gerando e, no estilo dos economistas,
modelando processos dinâmicos de polarização econômica (KRUGMAN, l993; KRUGMAN
and VENABLES, l995).
O fluxo global de conhecimento médico foi mais específico, tendo tido que enfrentar, e ainda
enfrentando, obstáculos importantes derivados da distribuição distorcida de direitos de
propriedade e recursos para a pesquisa. Não obstante, o fluxo de conhecimento médico é o
principal responsável pelo fato de que os riscos e a expectativa de vida infantis estejam
distribuídos de forma muito mais equilibrada do que a renda em todo o mundo.
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internacionais. É esta interligação de soberania nacional e dependência extra-nacional que
proporciona os entrelaçamentos. Como regra geral, se não por princípio intrínseco, a
dependência é bastante assimétrica, mas seria um erro moral-político, bem como analítico,
excluir o governo nacional e sua responsabilidade, mesmo em relação a poderosas forças
externas como o FMI. Até mesmo a dívida externa tem origem nacional, nas decisões de
receber, utilizar ou consumir empréstimos.
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Embora seja uma possibilidade concreta, o frágil debate actual tende a tomá-lo como fato
dado.
Medido em despesa ou em receita públicas, o sector público nos países mais ricos do mundo
está em seu nível historicamente mais alto. Para os membros da OECD na Europa ocidental,
na América do norte, no Japão e na Oceania, a média nacional das despesas totais do governo
era de 25% do PIB em 1960. No final do século passado, em 1999, as despesas públicas
haviam chegado a 47%. Para os sete países principais, o G7, as despesas aumentaram de 28%
de seu PIB total, atingindo 37%. É verdade que a parcela de despesa em ambos os casos era
alguns pontos percentuais mais alta nos anos da recessão no início da década de 90 do que
durante a explosão do final da década, mais isso deve ser interpretado como sendo
principalmente uma oscilação conjuntural. Em termos de receitas governamentais, a década
final do Século XX foi a mais pródiga de todos os tempos. Para o total da OECD, isso
significa 37% do PIB indo para os SOCIOLOGIAS 161 cofres públicos, e para a União
Européia, 44% a 45% (OECD l999).
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4. Conclusão
As análises dos efeitos da globalização devem levar em consideração o número de
oportunidades econômicas, liberdades políticas e poderes sociais desfrutados pelos indivíduos
(SEN, 2010). A existência de desigualdades inclui disparidades na riqueza e também
assimetrias brutas no poder e nas oportunidades políticas, sociais e econômicas.
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Sugere-se a realização de uma pesquisa de campo que poderá mensurar os impactos da
globalização na desigualdade social de um dado território, localidade, município, estado ou
país de forma mais aprofundada sob os enfoques mensurados neste trabalho.
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5. Bibliografia
1. ALMEIDA, Paulo Roberto de. A globalização e o desenvolvimento: vantagens e
desvantagens de um processo indomável. In: DI SENA JÚNIOR, Roberto; CHEREM,
Mônica Teresa Costa (Org.). Comércio internacional e desenvolvimento: uma
perspectiva brasileira. São Paulo: Saraiva, 2004. p. 17-31.
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10. MACHADO, Helena. Noções elementares sobre poder, desigualdades e classes
sociais nas sociedades ocidentais contemporâneas. Portugal: Núcleo de Investigação
em Geografia e Planejamento da Universidade do Minho, 2005.
11. SALGADO, Jorge. Las desigualdades desde una perspectiva de complejidad: hacia
un epistemología teórico-normativa del conflicto social. Revista de Paz y Conflictos,
Madrid, n. 2, p.44-58, 2010.
13. SANTOS, Clezio Saldanha dos. Introdução a Gestão Pública. São Paulo: Saraiva,
2006.
15. SEN, Armatya. Desenvolvimento como liberdade. São Paulo: Companhia das Letras,
2010.
17. VITALI, Stefania; GLATTFELDER, James B.; BATTISTON, Stefano. The Network
of Global Corporate Control. Porto Brasilian, 2014.
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