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Administração

Orçamentária e
Controladoria

Prof. Dr. Ricardo


Ratner Rochman

EC 2016/1 Seção 01 1
Papel da Controladoria

 “A Controladoria tem por objeto a identificação, mensuração,


comunicação e decisão relativas aos eventos econômicos. Ela
deve ser a gestora dos recursos da empresa, respondendo pelo
lucro e pela eficácia empresarial.”
Armando CATELLI

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Bases teóricas da Controladoria

Teoria da
Mensuração
Teoria da Teoria da
Decisão Informação

CONTROLADORIA

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Contabilidade Financeira x Gerencial (Controladoria)

Fator Contabilidade Financeira Contabilidade Gerencial


Usuários Externos e internos Internos
(principalmente os
externos)
Objetivos Prover dados e informações Prover dados e informações
para que os usuários para que os usuários
externos realizem sua internos planejem,
análise financeira, avaliação monitorem e tomem
da empresa etc. decisões de curto, médio e
longo prazos
Características da Objetiva, verificável, Subjetiva, relevante, sem
informação fornecida relevante e restrita aos restrições e que pode até
princípios contábeis mesclar dados financeiros
geralmente aceitos com operacionais
Perspectivas dos relatórios Histórica Futura, com dados
históricos e expectativas

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Empresa é um sistema aberto que interage com outros

Sociedade, Governo, Clima, recursos


Sindicatos naturais, demografia

Insumos, materiais,
pessoas, máquinas, EMPRESA Produtos e serviços
informações etc.

Acionistas, Clientes,
Cultura, educação,
Concorrentes,
tecnologia
Fornecedores
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Desafios atuais da Controladoria

 Aumento da pressão do mercado: hipercompetição global exige maior grau de


acerto nas decisões
 Revolução da tecnologia da informação: mais informação a baixo custo; tarefas
repetitivas são eliminadas, exigindo capacidade mais analítica do gestor
 Movimento de descentralização da gestão: aumento do poder dos gestores exige
maior conhecimento e visão do negócio
 Movimento de integração da empresa: gestão da cadeia de valor, gestão por
equipes multifuncionais, supply chain management
 Boom de empresas abrindo capital (IPO): como minhas decisões geram valor
para o acionista?
 Internacionalização: Companhias abertas brasileiras adotaram o padrão IFRS a
partir de 2010
 Pressão por ética e governança corporativa: Lei Sarbanes-Oxley, Novo Mercado
 Crescimento da remuneração variável: remuneração com base em resultados
 Drucker: a nova contabilidade gerencial está transformando “gestores funcionais”
em “gestores de negócios”

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Hierarquia do Planejamento dos Negócios

Objetivos
Metas

Missão

Visão

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WYMIWYG

 What You Measure Is What You Get (O que você mede é o que
você obtém)

 Objetivos só são atingidos se forem mensurados


adequadamente. Por isso a Controladoria é essencial para a
gestão dos negócios e para o desempenho empresarial.

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Processo de Planejamento e Gestão

A Controladoria tem presença forte


em todas etapas contribuindo para
assegurar a eficácia empresarial
Planejamento Estratégico

Planejamento Operacional
• Execução
• Controle

Programação

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Controladoria na organização

Presidente
CEO

Diretor de Diretor Diretor Tecnologia


...
Operações Financeiro da Informação
COO CFO CIO

Controladoria Tesouraria
Controller Tesoureiro

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Controladoria e o Sistema de Informação
Gerencial
Planejamento Escrituração e
e controle auditoria

Auditoria e controle
Gestão de riscos
interno

Contabilidade
Acompanhamento
tributária

Contabilidade Controle
custos patrimonial

Contabilidade
Orçamentos
societária

EC 2016/1 Seção 01 11
ERP e Controladoria

 Dada a complexidade do mundo atual e para cumprir sua


missão, a controladoria necessita de sistemas que capturem,
integrem e tratem os dados e as informações geradas na
organização, daí a premência de um sistema computadorizado
como os ERP (Entreprise Resource Planning) ou Sige (Sistema
Integrado de Gestão Empresarial).
 Sistemas de BI (Business Intelligence) e DW (Data Warehouse)
são acoplados ao ERP para prover informações aos níveis tático
e estratégico da organização.

EC 2016/1 Seção 01 12
Por que Valor para o Acionista?

 Globalização e desregulamentação dos mercados de capitais


 Fim dos controles sobre capitais e câmbio
 Avanços em tecnologia de informações
 Maior liquidez no mercado de títulos
 Melhoria na regulação dos mercados de capitais
 Mudança de atitude das novas gerações para poupar e investir
 Expansão dos investimentos institucionais

EC 2016/1 Seção 01 13
Value Based Management

 A Gestão Baseada em Valor (Value Based Management) é um


conceito que envolve:
 Planejamento estratégico
 Alocação de capital
 Orçamentos operacionais
 Mensuração de desempenho
 Remuneração dos administradores
 Comunicação interna e externa (mercados financeiros)

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Criação de Valor

 Empresas criam valor para seus acionistas quando investem em


projetos, produtos, tecnologias ou estratégias em que a
expectativa seja a de gerarem maiores retornos do que o custo
do capital.
 Acionistas tornam-se mais ricos toda vez que empresas se
envolvem em projetos com Valor Presente Líquido (VPL) positivo
ou Taxa Interna de Retorno (TIR) maior que seu custo de capital
(CMPC).

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A Empresa Está Gerando Valor?

 O primeiro modelo que busca responder à questão é o de Valor


Econômico Adicionado / Economic Value Added (EVA)
 O EVA considera o custo de todo o capital, enquanto o lucro
líquido divulgado nas demonstrações financeiras considera
apenas o custo mais visível de capital – os juros –, ignorando o
custo do capital próprio.

EC 2016/1 Seção 01 16
Economic Value Added — EVA

O lucro que é de real interesse para o investidor é o lucro após


deduzidos os custos do capital empregado. Este lucro é
usualmente chamado de Valor Econômico Adicionado
(Economic Value Added).

EVA =
+ Vendas
- Custos Operacionais (incluindo impostos)
- Custo do capital empregado (= CMPC x Capital Investido)

EC 2016/1 Seção 01 17
EVA e Valor das Ações – Valor Adicionado

Valor
Valor de EVA1
 ... 
EVA
1  CMPC 
=
Mercado (1  CMPC )
de
Mercado = Adicionado
das
Ações Valor
Patrimônio
Líquido
EC 2016/1 Seção 01 18
EVA e Valor das Ações – Valor Perdido (Destruído)

Valor
de  EVA1  EVA
Valor  ... 
1  CMPC 
=
Mercado (1  CMPC )
do = Perdido
Patrimônio
Líquido
Valor
de Mercado
das Ações

EC 2016/1 Seção 01 19
Estratégia

 Há diversas definições possíveis para o conceito de Estratégia:


 “A estratégia pode ser definida como a determinação das metas e
dos objetivos de longo prazo de uma empresa, bem como a
adoção de cursos de ação e a alocação dos recursos necessários à
consecução dessas metas.” – Alfred Chandler, Jr.
 “O termo estratégia pretende focalizar a interdependência das
decisões dos adversários e de suas expectativas a respeito do
comportamento de uns e de outros.” – Thomas C. Schelling
 “Estratégia é o padrão ou plano que integra as principais metas,
políticas e sequências de ações de uma organização em um todo
coerente.” – Henry Mintzberg
 “ A Estratégia competitiva é algo associado à capacidade de ser
diferente.” – Michael Porter

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Formulação de Estratégias (Análise SWOT)

Análise Ambiental Análise Interna


Concorrentes Know-how tecnológico
Clientes Know-how de produção
Fornecedores Know-how de marketing
Regulamentação Know-how de distribuição
Fatores sociais e políticos Know-how político

Oportunidades Pontos Fortes e


e Ameaças Fracos

Harmonização de capacidades
internas com oportunidades externas

Estratégia Competitiva
da empresa

Fonte: Adaptado de Porter (1980).

EC 2016/1 Seção 01 21
Vantagem Competitiva

 Segundo Porter, toda empresa busca uma estratégia para obter


vantagem competitiva sustentável no setor em que atua
 A análise das oportunidades e ameaças, pontos fortes e fracos
pode ser efetuada a partir da estrutura do setor
 5 forças determinam a rentabilidade de um setor:
 Ameaça de novos entrantes
 Poder de negociação dos fornecedores
 Poder de negociação dos compradores
 Ameaça de substitutos
 Rivalidade entre empresas concorrentes

EC 2016/1 Seção 01 22
Por que Balanced Scorecard (BSC)?

 Gestores da maioria das empresas usam medidas financeiras


para alocar capital entre suas Unidades.
 Também podem usar medidas semelhantes para avaliar como
suas unidades operacionais usam seu capital financeiro e físico
para criar valor para os acionistas.
 Sistemas de controle financeiro, incluindo orçamentos,
continuam a ser largamente usados.
 Na era da informação, empresas precisam criar valor a partir de
seus ativos intangíveis, da mesma forma que a partir de seus
ativos físicos e financeiros.
 Busca-se então um sistema que possa auxiliar na mensuração e
gestão de ativos intangíveis.

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O BSC – Histórico

 Criado na década de 90 por R. Kaplan e D. Norton


 Divulgado a partir de artigos na HBR e livros posteriores.
 Adotado em 50% das empresas americanas listadas na Fortune
1000 (pesquisa da Consultoria Bain & Co.)
 Adotado em muitas das grandes e médias empresas no Brasil.

 As ferramentas de gestão existentes foram concebidas para


gerenciar taticamente, não estrategicamente. Daí o surgimento
do BSC para disseminar a estratégia pela organização.

EC 2016/1 Seção 01 24
As quatro perspectivas do BSC

 Financeiro:
 Como o sucesso é medido pelos nossos acionistas?
 Clientes:
 Como nós criamos valor para os clientes?
 Interno:
 Em que processos internos precisamos ser excelentes para
satisfazer nossos clientes e acionistas?
 Aprendizado e crescimento:
 De que capacidades dos empregados, sistemas de informações e
clima organizacional precisamos para melhorar continuamente os
processos internos e as relações com clientes?

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Bibliografia

 Básica
— PADOVEZE, Clóvis Luís,
CONTROLADORIA ESTRATÉGICA
E OPERACIONAL. 3ª edição. São
Paulo: CENGAGE Learning, 2012.

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