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OBJETO DA AUTOVISTORIA PREDIAL:

EDIFÍCIO MÁRIO OLIMPO


Endereço: Av. Rui Barbosa nº 716, Flamengo, Rio de Janeiro, RJ.

VISTORIA REALIZADA EM 06 DE DEZEMBRO DE 2021

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“A AUTOVISTORIA é uma vistoria técnica, que aponta o estado de segurança do imóvel,
em um determinado momento. Tem como objetivo identificar qualquer anomalia ou falha
que possa prejudicar a segurança e vida útil do imóvel.”

SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO
2. IDENTIFICAÇÃO DAS PARTES
3. ART – CREA RJ
4. CARACTERIZAÇÃO DO IMÓVEL
5. METODOLOGIA PRÁTICA
6. ELEMENTOS VISTORIADOS E CLASSIFICAÇÃO DAS ANOMALIAS
7. CONCLUSÃO
8. PRAZO PARA NOVA INSPEÇÃO
9. TERMO DE ENCERRAMENTO

1. INTRODUÇÃO
Este LAUDO TÉCNICO DE VISTORIA PREDIAL é resultado de Autovistoria Predial,
executada no EDF. MÁRIO OLIMPO (Av. Rui Barbosa nº 716, Flamengo, Rio de Janeiro,
RJ.) onde foi executado um diagnóstico da edificação, demonstrando sua atual condição
de conservação, segurança e estabilidade.

Este Laudo Técnico avalia cada sistema construtivo, apontando possíveis anomalias da
edificação, classificando-as quanto à sua criticidade e urgência de reparo.

Este diagnóstico completo da edificação deverá orientar a ação dos gestores responsáveis
pelo imóvel, determinando a prioridade para execução de eventuais reparos necessários.

A Vistoria Técnica executada bem como o presente Laudo Técnico de Vistoria Predial está
em conformidade com o que determinam as Normas Técnicas vigentes, em especial a
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Norma Técnica de Inspeção Predial do IBAPE (Instituto Brasileiro de Avaliações e
Perícias de Engenharia – Entidade Nacional).

2. IDENTIFICAÇÃO DAS PARTES:


2.1 - CONTRATANTE:
COORDENAÇÃO GERAL DE INFRAESTRUTURA DOS CAMPI
CNPJ: 33.781.055/0003-05
RESPONSÁVEL: CARLOS AUGUSTO DE ANDRADE MEIRELLES

2.2 - EMPRESA CONTRATADA:


EMPRESA JUNIOR DE ENGENHARIA DA UERJ (HIDROS CONSULTORIA)
CNPJ: 03.334.068/0001-03
ENDEREÇO: RUA SÃO FRANCISCO XAVIER, 524 BLOCO F.

2.3–RESPONSÁVEL TÉCNICO:
Engº Civil José Manoel Teixeira
INSCRIÇÃO CREARJ Nº 1975100281

3. ANOTAÇÃO DE RESPONSABILIDADE TÉCNICA - CREA:


Anotação de Responsabilidade Técnica – ART Nº 2020210267096

Visualização Superior do Imóvel

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4. CARACTERIZAÇÃO DO IMÓVEL
O Edifício referenciado tem idade de 40 anos, área de 12.6002 e possui seis pavimentos.
No Térreo, encontram-se o banco de leite, portaria e arquivo médico.
No segundo pavimento encontram-se a sala dos professores e biblioteca.
No terceiro pavimento encontra-se a creche.
No quarto pavimento encontram-se a coordenação, secretaria e salas de aula
No quinto pavimento encontra-se e administração.
No sexto pavimento encontram-se a direção e vice-diretoria
De forma simplificada o sistema estrutural da edificação é constituído por fundações,
pilares, vigas e lajes em concreto armado. Cada uma destas peças é um componente
Estrutural que sustenta além do peso próprio, a estrutura e os demais elementos
construtivos. A fachada frontal é composta de alvenaria, sendo seu acabamento em textura
acrílica com pintura.

Sendo assim destacamos que:


Esta autovistoria não tem por objetivo identificar erros de projeto ou execução, somente as
condições atuais de manutenção e segurança.

As Áreas dos Pavimentos estão retratadas fotograficamente, como abaixo mostradas.

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FACHADA FRONTAL

FACHADA LATERAL ESQUERDA

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COBERTURA

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QUADRO ELÉTRICO

ESCADA DE ACESSO AO PAVIMENTO TÉCNICO

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LAJE E COBERTURA DO PAVIMENTO TÉCNICO

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CASA DE MÁQUINAS

CORREDOR DO SEXTO ANDAR

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ESCADA QUE LIGA O 5° AO 4° ANDAR

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CORREDOR DO 4° ANDAR

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VIGAS E PILARES DO 4° ANDAR

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ESCADA QUE LIGA O 4° AO 3° ANDAR

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ENTRADA CRECHE DO 3° ANDAR

VIGAS E PILARES DO 3° ANDAR

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PASSARELA QUE LIGA O EDIFÍCIO MÁRIO OLIMPO AO HOSPITAL DO IFF

ESCADA QUE LIGA O 3° AO 2° ANDAR

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BIBLIOTECA

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ESCADA QUE LIGA O 2° AO 1° ANDAR

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VIGAS E PILARES DO 1° PAVIMENTO

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PORTARIA

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5. METODOLOGIA APLICADA:

5.1- LEGISLAÇÃO SOBRE O TEMA E METODOLOGIA DA VISTORIA:

Para execução da Vistoria Técnica e elaboração do LAUDO TÉCNICO DE VISTORIA


PREDIAL foram seguidos os padrões determinados pela legislação do Estado e da Cidade
do Rio de Janeiro A QUAL DESCREVEMOS, RESUMIDAMENTE, ABAIXO:

A lei estadual 6400, de 05/03/2013 determina a realização de vistorias periódicas nos


imóveis do estado, denominadas por Autovistoria, a serem realizadas pelos condomínios
ou por proprietários dos prédios residenciais, comerciais e pelo poder público, nos prédios
públicos, incluindo estruturas, fachadas, empenas, marquises, telhados e obras de
contenção de encostas bem como todas as suas instalações e cria Laudo Técnico de
Vistoria Predial (LTVP) no estado do Rio de janeiro.
No município do Rio de janeiro, esta legislação foi regulamentada através da Lei
Complementar nº 126 de 26/03/2013 e do Decreto nº 37426, de 11/07/2013, os quais
determinaram as condições específicas para o cumprimento da legislação nesta cidade.

A emissão do LTVP é obrigatória para todas as edificações com mais de 5 anos de habite-
se, possuindo mais de dois pavimentos ou área construída superior a 1.000 m². A
periodicidade máxima das vistorias é de 5 anos.

A conclusão do laudo deverá ser informada à prefeitura, através da página da Secretaria


Municipal de Urbanismo, destacando a adequação do imóvel ou a necessidade de obras
de reparo e o prazo máximo para execução das mesmas.

Após a conclusão das obras de reparos indicadas no laudo técnico será elaborado laudo
técnico complementar que ateste que o imóvel se encontra em condições adequadas de
conservação, estabilidade e segurança, sendo necessária nova comunicação a Prefeitura.

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Feita a vistoria técnica, sendo verificada a existência de risco iminente para os
usuários da edificação, o responsável pelo imóvel deverá, imediatamente,
providenciar as obras necessárias para sanar o risco, sendo as mesmas devidamente
licenciadas e acompanhadas por profissional habilitado.
Havendo risco iminente de acidentes ou sinistros a Defesa Civil deve ser alertada
para verificar se é necessário o isolamento da área.

Destacamos ainda que:


A responsabilidade pela segurança dos prédios e de suas instalações é do condomínio, do
proprietário ou do ocupante do imóvel, a qualquer título, conforme definido na Lei
Complementar n.º126/13, respondendo civil e criminalmente, por danos que a falta de
reparos ou de manutenção da edificação venha a causar a moradores ou a terceiros.

Os responsáveis pelos imóveis que não cumprirem as obrigações instituídas por esta Lei
deverão ser notificados para que no prazo de trinta dias realizem a vistoria técnica exigida
e cumpram as demais obrigações estipuladas.

Descumprida a notificação, será cobrada ao responsável pelo imóvel multa, renovável


mensalmente para as seguintes infrações:
I - pela não realização da vistoria técnica no prazo determinado;
II - pela não realização do laudo técnico que ateste estar o imóvel em condições adequadas,
após o prazo declarado para as medidas corretivas das condições do imóvel;
III - pela não comunicação ao Município de que o imóvel se encontra em condições
adequadas de uso.

As multas serão aplicadas enquanto não for cumprida a obrigação.


No caso de não conservação da edificação em adequadas condições de estabilidade,
segurança, conservação e salubridade, será aplicada ao responsável pelo imóvel, na forma
do § 2º do art. 1º desta Lei Complementar, a multa correspondente a cinco VR -Valor

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Unitário Padrão Residencial ou cinco VC - Valor Unitário Padrão Não Residencial,
estabelecido para o imóvel, conforme o caso, para efeitos de cálculo do IPTU.

5.2- METODOLOGIA DA AUTOVISTORIA:

Ao iniciar os trabalhos de Inspeção elaboramos uma lista de verificação (check-list), que foi
utilizada durante o processo de vistoria, para verificação do estado de manutenção dos
sistemas construtivos e equipamentos, identificando possíveis anomalias que foram
registradas através de anotações e fotografias.

Como determina a Norma Técnica, cada sistema construtivo da edificação será


classificado, atribuindo a ele um GRAU DE RISCO, que levará em consideração seu estado
de conservação, manutenção e segurança, além das anomalias e falhas encontradas. Esta
classificação se dará da seguinte maneira:

• GRAU DE RISCO CRÍTICO


É aquele que pode provocar danos contra a saúde e segurança das pessoas, causando
perda excessiva de desempenho e funcionalidade das estruturas e sistemas construtivos.
Pode oferecer risco a saúde e segurança dos usuários e comprometimento da vida útil da
edificação, além da desvalorização imobiliária acentuada.
• GRAU DE RISCO REGULAR
É aquele que provoca a perda parcial de desempenho e funcionalidade das estruturas da
edificação, sem prejuízo à operação direta dos mesmos, mas podendo causar deterioração
precoce e desvalorização em níveis aceitáveis.
• GRAU DE RISCO MÍNIMO
É aquele causado por pequena perda de desempenho e funcionalidade, ligados
principalmente à estética, sem possibilidade provocar danos contra a saúde e segurança
das pessoas.

Como resultado, emitimos o LAUDO TÉCNICO DE VISTORIA PREDIAL.

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5.3 – CARACTERIZAÇÃO DA VISTORIA TÉCNICA:

A Inspeção Predial foi executada por Engenheiro Civil habilitado no CREA RJ, e consistiu
em uma análise visual dos fatos e sistemas construtivos. Não foram realizados testes,
medições ou ensaios durante a vistoria. Caso fosse detectada a necessidade de realização
de testes ou ensaios para averiguação mais profunda de certa anomalia, estes seriam
informados neste Laudo Técnico.

6. ELEMENTOS VISTORIADOS E CLASSIFICAÇÃO DAS ANOMALIAS:

6.1 – DOCUMENTAÇÃO ANALISADA:

Para a verificação da condição de conservação dos equipamentos e da própria edificação,


é fundamental a análise da documentação administrativa, técnica e de manutenção da
edificação. Os documentos analisados estão descritos na Tabela abaixo, e as informações
complementares foram obtidas através de questionários e entrevistas com os responsáveis
pela edificação, os quais acompanharam todo o trabalho.

NÃO SIM Documentos Administrativos

X Certificado de aprovação do Corpo de Bombeiros

X Análise do Aterramento do Para-Raios

X Relatório de Inspeção Anual de Elevadores;

X Selos dos Extintores;

X Projeto Básico

Cabe destacar neste Laudo Técnico a grande importância da edificação possuir toda a
documentação técnica e administrativa, que além de ser exigida por lei, facilita a operação
e manutenção predial.

É DE EXTREMA IMPORTÂNCIA QUE O CONDOMÍNIO OBTENHA OS DOCUMENTOS


AQUI ASSINALADOS.

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6.2 – SISTEMAS CONSTRUTIVOS E ELEMENTOS VISTORIADOS

Os seguintes sistemas construtivos do EDIFÍCIO foram vistoriados em seus elementos


aparentes:
• Estruturas de Concreto Armado: Pilares, Lajes e Vigas;
• Vedação (Alvenarias) e Acabamentos – Revestimentos e Fachadas;
• Instalações Elétricas – Entrada de Energia, Quadros de Distribuição;
• Sistema de combate a Incêndio;
• Sistema de Cobertura – Telhado.

Os sistemas são relatados genericamente, seguindo-se a descrição e localização das


anomalias e falhas detectadas, com a classificação do grau de risco atribuído a cada
sistema: Grau Crítico (C), Grau Regular (R) ou Grau Mínimo (M), excluída a criticidade
das obras em andamento e/ou paralisadas.

Estruturas de Aço: Apoio da Viga Metálica e Trinca na Alvenaria;

Foto mostrando trinca na alvenaria

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Foto mostrando rotação do apoio esquerdo

Recomendamos providências que visem sanear as ocorrências acima referenciadas.


Essa anomalia está classificada como grau de risco REGULAR.
Prazo para execução dos trabalhos: 180 dias, com início imediato.

Estruturas de Concreto Armado: Pilares, Lajes e Vigas;

Inexistência de fita antiderrapante nos degraus.

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Recomendamos que essa singularidade seja sanada.
Essa anomalia está classificada como grau de risco REGULAR.
Prazo para execução dos trabalhos: 180 dias, com início imediato.

Não foi apresentado o certificado de aprovação das Instalações para combate a


Incêndio e Pânico junto ao Corpo de Bombeiros Militares do Estado do Rio de
Janeiro. Solicitamos que este documento seja providenciado, com a devida
aprovação do órgão responsável.

Foi detectada anomalia na estrutura acima referenciada. CLASSIFICAMOS A


Edificação como regular, mas reiteramos a necessidade de recompor a estrutura de
concreto armado acima mostrada.

7. CONCLUSÃO:

Com esta Autovistoria Predial concluímos que a edificação vem recebendo manutenção
adequada, não necessitando de medidas adicionais complementares relativas à sua
segurança.

O responsável pelo imóvel deverá manter arquivado para consulta este laudo técnico pelo
prazo de vinte anos, nas dependências da edificação.

Pudemos perceber também o zelo com que é mantida a edificação e recomendamos


que as rotinas de manutenção, ora executadas, se mantenham ao longo dos anos de
maneira que estas condições de estabilidade e segurança se perpetuem.

Lembramos também que o presente LAUDO TÉCNICO retrata o estado atual da


edificação, que pode se alterar caso as rotinas de manutenção não se mantenham
adequadas ou em caso de intervenções ou obras inadequadas.

Diante dos fatos narrados, classificamos a edificação como SEM GRAU DE RISCO À
SEGURANÇA POSSUINDO ESTADO DE CONSERVAÇÃO SATISFATÓRIO, no que se
refere a segurança e estabilidade estrutural.

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Esta classificação se dá quando a edificação não contém anomalias com grau de risco
crítico (situação normal) devendo, entretanto, ser mantidas as rotinas de manutenção
preventivas e corretivas.

Os alunos abaixo citados participaram da vistoria, bem como da elaboração dos laudos de
vistoria técnica do edifício referenciado:

- Kevin Mauricio Guedes Silva


- Ana Beatriz Bezerra da Silva
- Julia Oliveira de Souza
- Gabriel Sales Ribeiro
- Ingrid Xavier Caldeira

8 – PRAZO PARA NOVA INSPEÇÃO:

Recomendamos que seja efetuada vistoria técnica a cada 5 anos.

9 – TERMO DE ENCERRAMENTO:

Este Laudo de Vistoria é composto por um único volume com 39 (trinta e nove) páginas,
transcritas em uma só face, fazendo parte integrante deste documento. Damos nesta
ocasião por encerrado o teor deste LAUDO TÉCNICO DE VISTORIA PREDIAL, para que
o mesmo venha surtir efeitos aos quais se destina.

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RESPONSABILIDADES TÉCNICAS E DE MANUTENÇÃO
Os profissionais autores deste Laudo Técnico são responsáveis única e exclusivamente
pelo escopo e pelo nível de inspeção contratada eximindo-se de qualquer responsabilidade
técnica, quando as observações e orientações existentes no Laudo de Inspeção Predial
que não forem implementadas pelo proprietário ou responsável legal da edificação.

Exime-se também de qualquer responsabilidade técnica a empresa ou profissional, sobre


a análise de elementos, estrutura, componentes e subsistemas dos locais onde não foi
possível executar a Inspeção Predial, inclusive dentro das unidades privativas. (Alterações
estruturais no edifício, feitas sem acompanhamento de um profissional qualificado, podem
gerar danos ao edifício como um todo).

Rio de Janeiro, 06 de dezembro de 2021.

Engº Civil José Manoel Teixeira RESPONSÁVEL PELO IMÓVEL


CREA RJ Nº 1975100281

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