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Teologia Sistemática II

(Deus/Espírito Santo)
Instituto Bíblico da Assembleia de Deus – Ministério Marituba  Teologia Sistemática II

CONTEÚDO PROGRAMÁTICO

INTRODUÇÃO

I. EXISTÊNCIA DE DEUS
1. A Possibilidade de Deus ser Conhecido
2. Prova da Existência de Deus
• A Existência de Deus pode ser Provada?
3. Formas de Negação da Existência de Deus
• Teorias Anti-teístas
• Teorias Anti-cristãs

II. A NATUREZA DE DEUS


1. A Unidade Divina
2. A Personalidade de Deus
3. Os Nomes de Deus
4. Substância e Atributos
5. A Trindade Divina
6. Os Decretos e as Obras Divinas
7. Os milagres

III. ESPÍRITO SANTO


1. A Pessoa do Espírito Santo
2. Nomes do Espírito Santo
3. Símbolos do Espírito Santo
4. O Espírito Santo na Bíblia
5. Porque, para que ser e como ser cheio do Espírito Santo
6. Funções do Espírito Santo na Obra da Salvação
7. Batismo com Espírito Santo
8. Dons do Espírito Santo

REFERÊNCIAS

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INTRODUÇÃO

Toda crença em Deus é chamado de Teísmo, baseado neste princípio a Teologia sistematizou o
estudo desta crença, denominando-a de TEOLOGIA PRÓPRIA, a qual ocupa-se no estudo de Deus.

I. A EXISTÊNCIA DE DEUS
A existência de Deus é um fato que precisa ser provado, porém, não há uma maneira específica de
provar sua existência, pois, tanto a ciência como a Teologia através da Bíblia Sagrada não se
preocupa em apresentar provas da existência de Deus. Analisaremos a seguir, alguns argumentos
que provam que Deus existe.

1. A possibilidade de Deus ser conhecido

1.1. Revelação de Deus - Significado da palavra "revelar”: tirar o véu/remover a coberta.

1.2. Formas de Revelação Divina

a) A Natureza (como veículo da revelação divina)


Uma das formas de Deus revelar-se ao homem é através da natureza, pois não há na
realidade coisa ou evento que não possa ser um portador da revelação divina.

b) A Bíblia (como fonte de revelação divina)


Outra forma que Deus utilizou, é chamada de Revelação Especial, que é a Palavra de Deus.
A revelação não pode ser entendida sem a Palavra de Deus como meio de revelação. A
Bíblia nos dá declarações explicitas de que Deus pode ser conhecido e que deseja fazer-se
conhecido pelos homens. (Jo 17.3; Is 11.9)

1.3. Derivações da Palavra Conhecer no Hebraico (Yadha)


a) Conhecer pessoalmente (Gn 12.1);
b) Conhecer por experiência (Js 23.14);
c) Ganhar conhecimento (SI 119.152);
d) Conhecer o caráter de uma pessoa (2Sm 3.25).

1.4. A Crença em Deus

a) A Crença Intuitiva: É a crença que leva o homem em toda a parte a acreditar na existência
de Deus, e que à ele deve prestar adoração sendo que esta crença faz parte da natureza
humana a qual é chamada de natureza religiosa.

b) Crença não-intuitiva: Consiste na negação da crença Intuitiva que procura provar que a
crença em Deus é proveniente da revelação da Palavra de Deus, usando para isso
argumentos contra a crença Intuitiva.

2. Prova da existência de Deus

a) A Existência de Deus Pode Ser Provada? Esta é uma das mais complexas perguntas
referente à existência de Deus, mas anteriormente afirmamos que o estudo científico e
teológico não apresentam provas finais sobre sua existência , porém para que se entenda
melhor esta questão é preciso definir a palavra "prova" e diferenciá-la de uma simples
operação matemática.
Prova é aquilo que mostra a veracidade e a realidade de uma coisa, a qual deve estar
baseada em evidência cumulativa.
Portanto para provar a existência de Deus é necessário analisar o acúmulo de evidências
registradas na história, mais os testemunhos e argumentos que assegurem o fato, e, assim
chegaremos a uma conclusão.

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b) Quantas Provas São Necessárias? Uma evidência é suficiente para provar que Deus
existe. Antes que alguém tente afirmar que Deus não existe, deverá conhecer toda a matéria
do Universo e nada poderá escapar de sua percepção. Se existir uma prova, não haverá
meio de negá-lo.

c) Como provar a existência de Deus? As provas da existência de Deus baseadas na Bíblia


não são suficientes, porque para aceitá-las é preciso crer na Bíblia como Palavra de Deus,
no entanto, nem todos (ou melhor) muitos não crêem. Por isso, utilizaremos argumentos
clássicos que defendem a existência de Deus.

d) Argumentos em Favor da Existência de Deus:


• ONTOLÓGICO (gr. onto = SER; logos = TRATADO)
A mente humana possui a idéia de um ser absolutamente perfeito. - Um ser absolutamente
perfeito tem que existir ou ter existência real.
Algo existe e deve ter existido necessariamente desde a eternidade.

• COSMOLÓGICO (gr. cosmo = MUNDO; logos = TRATADO)


Baseia-se na lei da causa e efeito. Este argumento não somente prova a existência de
uma causa primária, mas de uma causa primária inteligente. ( Hb 3. 4 )
O acaso não pode ser o autor da ordem.

• TELEOLÓGICO (gr. teleo = OBJETIVO; Logos = TRATADO)


Baseado no desígnio. Desígnio requer um designador.
Não se limita ao mundo material, mas abrange também a constituição mental de nossa
natureza.

• ANTROPOLÓGICO (Baseado na natureza moral e religiosa do homem)


Temos uma natureza moral, e o autor desta natureza deve ser um ser moral.
Temos senso de responsabilidade.
O pecado produz consciência de culpa.

e) Histórico:
• A história do mundo oferece evidências de um ser controlador.
• Argumento histórico também inclui o fato de que todas as nações tem entretido a
crença na existência de um ser superior e supremo.

3. Formas de negação da existência de Deus

3.1. Teorias anti-teístas: São teorias que procuram negar a realidade da existência de Deus, ou
então a crença em um único DEUS.

a) Ateísmo (Gr. A-THEOS: sem Deus)


• Teoria de que Deus não existe.
• Consiste na negação absoluta da idéia de Deus.
• Preocupa-se principalmente em negações em vez de afirmações.
• Procura colocar no lugar de um Deus pessoal, a persistência da força, as leis naturais ou
potencialidades das substâncias impessoais.

b) Politeísmo (gr. POLY = muitos e THEOS = Deus)


• É a crença em muitos deuses
• Sempre tem resultado em degradação moral
• É a doutrina de que a matéria é dotada de vida
• Afirma que o Universo é a sua própria causa
• Não se diferencia do panteísmo

c) Panteísmo (gr. PAN = Tudo e THEOS = Deus)


• É o sistema de pensamento que identifica Deus com o Universo.

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• Afirma que Deus é próprio Universo


• Afirma que Deus é tudo e tudo é Deus

d) Hilozoismo (gr. HYLÉ = Matéria e ZOÉ = Vida)


• É a doutrina de que a matéria é dotada de vida
• Afirma que o Universo é a sua própria causa
• Não se diferencia do panteísmo

e) Materialismo
• É a doutrina que nega a realidade do Espírito
• Declara que a única realidade é a matéria
• Não admite a distinção entre a matéria, a mente ou espírito
• Explica todos os fenómenos mentais e espirituais como propriedades e função da matéria.

f) Agnoticismo (gr. A - GNOSCO = não conhecer, não saber)


• Crença de que a pessoa não pode conhecer ou pêlo menos não conhece a realidade ou
especialmente a Deus
• Ensina que a mente finita não pode alcançar o infinito
• Nega a capacidade humana de conhecer a Deus.

3.2. Teorias anti-cristãs: São doutrinas que procuram negar os ensinamentos cristãos quanto a
realidade e a existência de Deus.

a) Deísmo
É a crença que admite existir um Deus pessoal, que criou o mundo e lhe imprimiu as leis
que o governam, porém, insiste em afirmar que depois da criação Deus o entregou para ser
governado somente pelas leis naturais. Afirma que Deus não se envolve mais no mundo em
que ele criou e rejeita por completo a possibilidade da revelação de Deus à humanidade.
Este sistema assemelha-se ao Racionalismo e é também chamado de Religião Natural.

b) Racionalismo
Conceito epistemológico que ressalta a razão ou as explicações racionais. Afirma que nada
se deve aceitar como verdadeiro, a não ser que seja provado pela razão.

c) Pessimismo
É a filosofia que considera o mundo e a vida essencialmente maus. Afirma que o mundo é
tão mau, que o nada seria melhor que a sua existência. O silogismo do PESSIMISMO afirma
que viver é sofrer "viver é desejar, desejar é sentir falta, sentir é sofrer, e, portanto, viver é
sofrer".

d) Doutrina de um Deus finito


É a teoria de que Deus é um ser limitado e sujeito à um processo de evolução. Afirma que
Deus está desenvolvendo-se sob as mesmas leis semelhantes àquelas que o Universo se
desenvolveu. Diz que Deus é finito devido presença do mal no mundo, Afirma que Deus não
pode ser bom e onipotente ao mesmo tempo.

II. A NATUREZA DE DEUS

a) Unidade divina
As Escrituras declaram que só existe um Deus (1Co 8.4-6; Is 44.6; Mc 12.28-30; Dt 6.4; Ex
3.14). O Universo é um sistema só, indicando um único autor.

b) A personalidade de Deus
Deus é um ser pessoal, tem personalidade.

2.1. Característica da personalidade de Deus (4 sinais distintos)


a) Sentimento

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• Amor (Jr 51.3; Jo 3.10; Jo 3.16)


• Ira (Ex 32.9-10)
• Misericórdia (Jr 3.10; Lm 3.20-21)

b) Vontade (2Pe 3.9)

c) Intelecto ou pensamento (Is 48.17; Ef 1.4)

d) Ação (Gn 1.1)

2.2. Provas da personalidade de Deus


Todos os argumentos que provam a existência de Deus provam também a sua
personalidade.
Nossa própria personalidade é prova de um Deus pessoal.

2.3 Os nomes de Deus


A importância do nome
O nome de uma pessoa era usado não somente para distingui-la de outra, mas também para
indicar ou descrever sua natureza.
Para os hebreus quando um homem tinha uma experiência de significação especial recebia um
novo nome.
Entre os politeístas o nome de qualquer um dos seus deuses expressava o seu caráter, o seu
poder especial, ou o grau de função de sua divindade em relação aos outros deuses.
O nome de Deus nas Escrituras expressas: SOBERANIA E GLÓRIA - (SI 5.11; 7.17; 9.10; Pv
18.10) demonstra que o objetivo principal é GLORIFICAR A DEUS (Ex 9.16)

Os nomes particulares de Deus


No Antigo Testamento, encontra-se muitos termos usados como nomes de Deus, de acordo
com os estilos dos escritores, em parte, e com variações nas épocas diferentes da história. Porém,
há os que são mais usados pelos escritores bíblicos.

a) ELOHIM (Plural)/ ELOAH (Singular)


• É o nome mais usado no A.T. para expressar o conceito de divindade;
• USA-se como nome o nome do criador de todas as coisas (Gn 1.1)
• Usado quando refere-se às relações do Senhor com as nações, ou as suas relações
cósmicas.

b) JAVÉ
• Usado quando se trata das relações do Senhor com o povo de Israel, ou quando se refere
às atividades do Senhor na história deste povo.

2.4. O nome especial de Deus


a) O nome especial de Deus de Israel é JAVÉ
b) O termo Javé é a derivação do verbo hebraico Hava que significa ser, haver
c) O nome Javé é o substantivo formado da 1a pessoa do singular do verbo Ser que significa
EU SOU (Ex 3.14,6:3)
d) Este termo Javé nas versões modernas da Bíblia é substituído pelo termo Senhor.

2.5. Relação dos nomes de Deus e seus significados


a) JEOVÁ ROPHI, RAAH, ROHI: O Senhor é o meu Pastor, é o meu guia (SI 23.1)
b) JEOVÁ SHALOM: O Senhor é a minha paz, é o meu refrigério (Jr 6.24)
c) JEOVÁ ROPHEKA. ROFEVHA. RAFA O Senhor é a minha saúde, é o meu restaurador, é
a minha cura (Ex 15.26)
d) JEOVÁ TSIDKENU: O Senhor é a minha justiça (Jr 23.6)
e) JEOVÁ SHAMMA. SAMA: O Senhor é a minha companhia, está presente, está perto, é
habitante (Ez 48.35)
f) JEOVÁ NISSI: O Senhor é a minha vitória, é o meu protetor, é a minha Bandeira (Ex 17.5)

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g) JEOVÁ JIREH: O Senhor é a minha provisão, é o meu supridor (Gn 22.13-14)


h) JEOVÁ MIKADISKIN: O Senhor é a minha santificação, é a minha santidade (Ex 31.13)
l) JEOVÁ SABAOT: O Senhor dos Exércitos (1Sm 1)
j) JEOVÁ ELIOM: O Senhor é altíssimo (SI 99.9)
l) JEOVÁ EL SHADAI: Deus Todo Poderoso (Gn 17.1)
m) JEOVÁ EL ELION: Deus Altíssimo (Gn 14.18)
n) JEOVÁ EL OLAM: Deus Eterno (Gn 21.33)
o) JEOVÁ EL GIBOR: Deus Forte (Is 9.6-7)

OBS: EL (Deus- “Aquele que vai adiante ou começa as cousas”. ADONAI – Senhor (Ha’Shem –
conversas informais)

2.6. Substâncias e atributos


- SUBSTÂNCIA: Essência natural de uma coisa, é aquilo que são inerentes certos atributos; a
substância tem existência, poder e permanência

- TIPOS DE SUBSTÂNCIAS: Material e Espiritual.

- ATRIBUTOS: O que é próprio de um ser.


a) ATRIBUTOS NATURAIS: São atributos sem relação entre si. O que Deus é em si mesmo.

1. ONIPOTÊNCIA: É o atributo por meio do qual Deus pode realizar-ou fazer acontecer tudo o
que ele quer (Jó 42,2). Esta onipotência tem duplo significado.
• Sua liberdade e poder para fazer tudo o que esteja em harmonia com sua natureza.
• Seu controle sobre tudo o que existe ou que pode existir.
• A Onipotência de Deus aplicada: na natureza (Gn 1.1-3); na experiência ou vida humana
(Dn 4; At 9; Ex 4.11)

2. ONISCIÊNCIA: Significa que Deus sabe todas as coisas e é absolutamente perfeito em seu
conhecimento (Jó 37.16; 1Jo 3.20; Pv 15.3). A Onisciência de Deus aplicada: a) na natureza (SI
147.4); b) Experiência Humana (Pv 5.21; Mt 6.8; SI 139.2-4); c) No decurso histórico (Dn 2.8)

3. ONIPRESENÇA : Atributo que garante a possibilidade de Deus estar em todos os lugares


em um só momento. A Onipresença de Deus através da declaração das Escrituras (SI. 139.7-10;
At 2.8)

4. ETERNIDADE: É a duração infinita que não pode apontar começo ou fim. Deus tem existido
desde a eternidade (SI 90.1-2)

SENTIDOS DIFERENTES DO TERMO ETERNIDADE:


• SENTIDO LITERAL: Existência que não tem começo nem fim
• SENTIDO LIMITADO: Existência de algo que teve inicio, mas jamais terá fim.
• SENTIDO FIGURADO: Pode ser verificado nas expressões "outeiros eternos "
"neves eternas " que denotam antiguidade ou duração prolongada.

5. ESPIRITUALIDADE: Este atributo é a ESSÊNCIA PRIMÁRIA de Deus (Jo 4).

Deus sendo Espírito não está sujeito às limitações dos homens, que possuem corpos físicos.

b) ATRIBUTOS MORAIS: São atributos relacionados com a natureza moral de Deus.

1. SANTIDADE: É o atributo moral mais destacado, significa sua absoluta pureza moral. As
escrituras afirmam que Deus é Santo (Is 57.15; SI 99.9; Jó 34.10)
Manifestação da Santidade de Deus:
- Demonstrada no ódio de Deus contra o pecado (Hb 1.13; Pv 15.9; 26)
- Demonstrada no seu prazer no que é santo e reto (Pv 15.9)
- Demonstrada na separação entre Deus e o pecador (Is 59.1-2)

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2. RETIDÃO E JUSTIÇA: São as manifestações da santidade de Deus em suas relações


com o Homem:
a) Justiça (Sl 147.17) É a execução das personalidades impostas pelas leis de Deus,
chamada de Santidade Judicial. A Justiça é a execução da Retidão.
Manifestação da Retidão e da Justiça de Deus
- No castigo dos ímpios (SI 11.4-6; Dn 9.12,24)
- No perdão dos pecados (SI 150.1-9)
- Em recompensar os justos (Hb 6.10)

3. MISERICÓRDIA E BONDADE: Estes atributos significam em geral, a bondade e a


compaixão de Deus. (Lm 3.22-23). Expressam o amor de Deus tanto para o obediente como para
o desobediente. A Misericórdia é usualmente exercida em conexão com o culpado. É o atributo de
Deus que o leva a procurar o bem estar dos pecadores. A Bondade é usada em relação aos filhos
de Deus (SI 103.8). É o atributo de Deus que o leva a conceder a seus filhos obedientes sua benção
constante e especial.

4. AMOR E FIDELIDADE: Amor é aquele atributo de Deus pelo qual Ele se inclina a buscar
os melhores interesses de suas criaturas. (1Jo 3.16-17; 4.16). Fidelidade é o atributo que mostra
que Deus é digno de confiança (2Tm 2.13; Hb 6.18).

5. TRANSCEDÊNCIA E IMANÊNCIA: Deus é transcendente ou supramundano e


extramundano. Deus está acima de mundo e é independente dele. Quando o homem deixa de crer
na transcedência de Deus, sua consciência do pecado, e sua responsabilidade moral se esvaem.
Quando se perde a transcedência , em geral a personalidade de Deus vai com ela.

3. A TRINDADE DIVINA
São decretos eternamente inter-constituídos, inter-relacionados, inter-existentes e por conseguinte,
inseparáveis, dentro de um único ser e de uma única substância ou essência.

3.1. FALSAS TEORIAS ACERCA DA TRINDADE

a. SABELIANISMO: Doutrina do Sec. III atribuída a Sabelio, teólogo cristão. Foi


excomungado pelo Papa Calixto I em 220. Ensina que o Pai, o Filho e o Espirito
Santo são simplesmente três aspectos ou manifestações de Deus.

b. SWEDENBORGIANISMO: Teoria de Emanuel Swedenborg (1688-1772) teólogo


sueco. Sustenta que o Pai, o Filho e o Espirito Santo são três ELEMENTOS
essenciais de um Deus.

c. TRITEÍSMO: Ensina que há três deuses, três seres separados, auto-conscientes e


não três distinções pessoais no Deus uno.

3.2. OS DECRETOS E AS OBRAS DIVINAS

OS DECRETOS DE DEUS : É a expressão da vontade de Deus para com a humanidade.

3.3. O PROPÓSITO OU PLANO DE DEUS (Is 14.27; 46.10; Dn 4.35; Ef 1.11)


a) Para o mundo (Is 45.18)
b) Para o homem (1Tm 2.4; 2Pe 3.9)
c) Para o justo (Mt 29.34)
d) Para o ímpio (Mt 25.41)

3.4. CLASSIFICAÇÃO DOS DECRETOS :


a) Positivo ou absoluto: é a vontade de Deus que resolveu e deseja executar.
b) Permissivo ou relativo: é a realização dos acontecimentos através da permissão de Deus.

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3.5. ABRANGÊNCIA DOS DECRETOS DIVINOS


a. O curso geral da história (At 17.26)
b. Acontecimentos particulares (Gn 45.7,8)
c. Os atos bons dos homens (Ef 2.10)
d. Os atos maus dos homens (Pv 16.4; At 2.23; 4.27-28)

3.6. AS OBRAS DE DEUS


São todas as realizações de Deus. a) A criação; b) A providência "É a maneira muita santa,
sábia e poderosa de Deus preservar e governar todas as criaturas, todas as ações delas "

a) ABRANGÊNCIA DA PROVIDÊNCIA: Pela preservação Deus mantém o mundo e faz


continuar a existir. O poder mantenedor de Deus é tão necessário para a continuação do mundo,
quanto o seu poder criador o foi para existência. Se Deus retirasse o seu poder preservador, todas
as coisas criadas cessariam de existir. Provas Bíblicas. (At 17.28; Hb 1.3; Cl 1,17)

b) GOVERNO OU CONTROLE: Deus governa todas as criaturas e todas ações delas:


- Provas Bíblicas:
• Governo sobre a natureza física (SI 104.14; 134.7; 147.16)
• Governo sobre a criação animal (SI 104.21; Mt. 6.26; Mt 10)
• Governo sobre os acontecimentos históricos (Dn 2.21)
• Governo sobre a vida humana (1Sm 2.6; Pv 16.9)
• Governo sobre as coisas singelas (Mt 10.30)

3.7. OS MILAGRES
a) DEFINIÇÕES
- Milagre é um ato extraordinário de Deus.
- Milagre é um acontecimento palpável aos sentidos, produzido com fim religioso pela
agência imediata de Deus.

b) CLASSIFICAÇÃO
- IMEDIATO: São milagres em que a agência de Deus realiza sem a intervenção de meios.
( Ex. a criação do mundo; Ressurreição de Cristo, etc.)
- MEDIATO: São milagres em que a agência de Deus se realiza empregando forças ou
elementos naturais. (Ex. Separação das águas do Mar Vermelho; alimentação de Israel com
codornizes, etc.)

III. A PESSOA DO ESPÍRITO SANTO

Considerando o que a Bíblia expõe "janto a pessoa do Espírito Santo certificamo-nos de que ele
não é uma influência CG-TIO alguns crêem e ensinam. O Espírito Santo é uma pessoa divina,
identificando-se com c :ai, com o Filho e com os cristãos. A prova disto está no pronunciamento do
batismo cristão e na bênção apostólica. (Mt 28.19; 2Co 13.13; 1Jo 5.7)

O Espírito Santo é descrito na Bíblia de modo que não pode haver dúvidas quanto a sua
personalidade.

1. O ESPÍRITO SANTO POSSUI ATRIBUTOS DE UMA PERSONALIDADE:


• Ele pensa - ..."mente do Espírito" - Rm 8.27
• Ele tem vontade – “e o mesmo Espírito realiza todas estas cousas distribuindo-as, como
lhe apraz..." - 1Co 12.11
• Ele se entristece - "E não entristeçais o Espírito de Deus"- Ef 4.30

2. O ESPÍRITO SANTO EXERCE ATIVIDADES PESSOAIS:


• Ele revela ..."homens falaram da parte de Deus movidos pelo Espírito Santo" - 2Pe 2.21
• Ele ensina - ..."vos ensinará todas as cousas" - Jo 14.26; Cf Pv 1.23
• Ele dá testemunho de nossa filiarão com Deus - "...enviou Deus aos nossos corações o
Espírito de seu Filho, que clama: Aba, Pai" - Gl 4.6

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• Ele intercede - "...o mesmo Espírito intercede por nós"... Rm 8.26


• Ele fala -..."Quem tem ouvido ouça o que o Espírito diz às igrejas." - Ap 2.7
• Ele comanda - ... "impedidos pelo Espírito Santo de pregar na Ásia..." At 16.6,7
• Ele testifica de Jesus - "... O Espírito da Verdade...dará testemunho de mim" - Jo 15.26

3. NOMES DO ESPÍRITO SANTO

São diversos os nomes dados ao Espírito Santo que provam a sua natureza divina:

1. ESPÍRITO DE DEUS – Gn 1.2; 1Co 3.16


2. ESPÍRITO DO SENHOR - Jz 3.10
3. ESPÍRITO DE CRISTO - Rm 8.9
4. O CONSOLADOR- Jo 14.16
5. ESPÍRITO SANTO- SI 51.11
6. ESPÍRITO DA PROMESSA - Ez 36.27; Jl 2.28; Is 32.15; 61.3; 44.3; Pv 1.23
7. ESPÍRITO DA VERDADE - Jo 16.13
8. ESPÍRITO DA GRAÇA - Hb 10.29; Zc 12.10
9. ESPÍRITO DA VIDA - Rm 8.2; Ap 11.11
10. ESPÍRITO DE ADOÇÃO – Rm 8.15

4. SÍMBOLOS DO ESPÍRITO SANTO

a) FOGO-Is 4.4; Mt 3.11; Lc 3.16 ; b) VENTO - Ez 37.7-10; Jo 3.8; At 2.22; c) ÁGUA- Êx 17.6; Ez
36.25-27; 47-1; Jo 3.5; 4.4; 7.38,39; d) SELO -Ef 1.13; II Tm 2.19 e) AZEITE- SI 133.2; f) POMBA
Mt 3.16

IV - O ESPÍRITO SANTO NA BÍBLIA

1- O ESPÍRITO SANTO NO ANTIGO TESTAMENTO

Muito antes do homem aparecer na terra e antes da terra existir, o Espírito Santo já existia.
A atividade importantíssima do Espírito Santo na criação pode ser vista através de magníficas
entre as quais destacamos.

a) O Espírito ao pairar sobre as águas primevas (Gn 1:2). A primeira parte de Gn 1.2,
apresenta uma cena tenebrosa: a terra, uma massa informe, vazia e escura. Foi então que um raio
de esperança brilhou, iluminando-a, antes mesmo que Deus ordenasse o aparecimento da luz.
Lemos: "O Espírito de Deus pairava sobre a face das águas".

b) O Espírito na Criação do homem (Gn 1:26; 2:7). Cada membro da Trindade Divina
desempenhou um papel na Criação. A mente do Pai desejou e planejou todas as coisas; o poderoso
braço direito do Filho completou a Execução do Trabalho', e o Espírito Santo ao lado da primeira e
da segunda pessoa da Trindade contribuiu com a sua parte na obra da Criação.

c) O Espírito que aclara os Céus (Jó 26:13). Com que são ornados os céus? O período da
noite é iluminado pela luz de vários corpos celestiais. Os astrónomos dizem que as estrelas
possuem várias cores, e, podemos notar que elas adornam a noite. O salmista diz: "Pela Palavra
de Deus foram criados os céus; e todos os seus exércitos pelo sopro de sua boca" (SI. 33:6); a
palavra "escuro" pode ser traduzida por "Espírito". (EREC) deduzimos, pois, que o Espírito Santo

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foi o agente divino pelo qual estas maravilhas vieram a existir. Podemos concluir com certeza, que
a ação do Espírito Santo está presente em todas elas.

d) O Espírito sustenta a vida animai. SI. 104:30

e) O Espírito renova a face da terra. SI. 104:30. É importante notar que a palavra usada no
Velho Testamento para o Espírito é geralmente "Ruah", que significa (sopro, vento) de Deus, é a
expressão de energia e poder divinos, na pessoa do Espírito Santo de Deus, ele é também o
princípio da vida física e psicológica do homem. Está, portanto, entendida a Obra do Espírito Santo
de forma especial na maravilhosa e admirável criação.

1.1 - O ESPÍRITO SANTO ANTES DO DILÚVIO

Os primeiros versículos do cap. 6 de Gênesis, pintam um quadro calamitoso. A Terra estava


corrompida a maldade do homem não tinha limite. Era a depravação total da raça humana. Todos
os pensamentos do coração do homem eram maus continuamente, Gn. 6:5. Diante disto,
concluímos logicamente, que os homens resistiam ao Espírito Santo apesar de sua persistência em
conduzi-los à consciência do erro e uma consequente volta a Deus.

Face a impenitência do homem, em estado de profunda tristeza; disse Deus a Noé: "O meu espírito
não agirá para sempre no homem" (Gn. 6:3)

Considera-se três coisas com relação ao Espírito Santo antes do Dilúvio:

a) RESISTÊNCIA AO ESPÍRITO SANTO: Através da Bíblia pode se notar o amor de Deus,


mesmo em contraste com as provocações dos homens, no desprezo as suas advertências e na
excessiva prática do pecado. Por essa razão, Deus continuava agindo para retornar a si o coração
do homem, e este esforço era realizado através do Espírito Santo.

b) PERSISTÊNCIA DO ESPÍRITO SANTO: Em Gn. 6:3, lemos: "Então disse o Senhor: O


meu Espírito não agirá para sempre no homem". Por isso, Deus enviou seu Espírito, para trabalhar
com a humanidade, dando-lhe cento e vinte anos de tempo oportuno para ouvir os conselhos de
Deus pelo Espírito através das mensagens de Noé, o Pregador da Justiça (2Pe 2.5). É provável,
portanto, que o Espírito santo persistiu na luta de levar os contemporâneos de Noé ao
arrependimento, fugindo assim da condenação destinada aos ímpios. Aqui vemos que o grande
ministério realizado em nossos dias era executado também antes do Dilúvio.

c) DESISTÊNCIA DO ESPÍRITO SANTO: "O meu Espírito não agirá para sempre no homem".
A paciência de Deus vai além do entendimento do homem mortal. Mas, não é inesgotável.

1.2 - O ESPIRITO SANTO NOS LÍDERES DO VELHO TESTAMENTO


O estudo deste texto revela que o Espírito Santo, no passado veio com poder fora fib comum.
Veja as manifestações do Espírito Santo sobre várias pessoas, em épocas diversas habilitando-as
para diferentes funções. Dentre os grandes vultos do Velho Testamento, em cujas vidas o Espírito
Santo encontrou lugar para operar, se destacam José do Egito, Moisés, os setenta anciãos de
Israel, Bezaleel, Josué, Jefté, Otoniel, Gideão, Sansão, Saul e Davi. Por esta razão a História
narrada no Velho Testamento os destaca de seus contemporâneos.
a) O Espírito Santo em José do Egito. O Espírito Santo lhe deu capacidade em duas áreas
especiais: a) Capacidade para revelação do ministério (Gn. 41:8); b) Sabedoria para administrar
(Gn. 41:38).
b) O Espírito Santo em Moisés: Através do Pentateuco, várias vezes encontramos Moisés
envolvido com a glória de Deus, pois ele era cheio do Espírito Santo: a) Pelo Espírito Santo recebeu
capacidade de liderar (Is. 63:11); b) A sabedoria de Moisés foi dada pelo Espírito de Deus.
c) O Espírito Santo nos setenta anciãos (Num. 11:16,17 e 25)
• Pelo Espírito profetizaram (Nm. 11:25)
• Mostraram habilidades como cooperadores na condução dos Israelitas através do
deserto, isto foi pelo Espírito Santo.

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d) O Espírito Santo e n Bezaleel: Este recebeu capacidade para construir o tabernáculo e


para ensinar os outros o mesmo serviço. (Ex 31.1-4; 35.34)
e) O Espírito Santo sobre Josué: Este recebeu autoridade divina para comandar. Substituiu
Moisés e conquistou a terra prometida usando estratégias ensinadas unicamente pelo Espírito
Santo (Js. 6 e 10)
f) O Espírito Santo sobre Juizes: Estes receberam autoridade divina para governar.
• Otoniel adquiriu sabedoria para julgar Israel. (Jz. 3:10,11)
• Gideão, este encontrou coragem para lutar. (Jz. 6:34)
• Jefté, lutou, venceu os amonitas e libertou Israel. (Jz. 11:29)
• Sansão, encontrou forças para libertar seu povo que gemia sob a escravidão dos
filisteus. (Jz. 14).
g) O Espírito Santo sobre Saul: Saul foi contado entre os profetas e recebeu força para
conquistar diversas vitórias e assim continuou enquanto foi temente a Deus. (1Sm 10.6-10; 11.6-
11).
h) O Espírito Santo em Davi: Davi foi indicado como sucessor de Saul no reino de Israel, diz
1Sm 16.13 "e daquele dia em diante o Espírito Santo se apossou de Davi". Quando pecou sentiu
que Deus se retirava dele, o Espírito Santo. Não se conformou; não seguiu o exemplo de Saul. Não
procurou restabelecer-se pela força, ao contrário, orou humildemente: "Não retires de mim o teu
Espírito Santo". SI 51.11.
i) O Espírito Santo nos Profetas: Estes receberam autoridade divina para ministrar: Os
profetas eram movidos pelo Espírito Santo para falarem a Palavra do Senhor (Ez 2.2; 3.24; 1Pe
1.11; 2Pe 1.21). As expressões empregadas para descrever a maneira como lhes chegava a
inspiração mostram que essa inspiração era repentina e de modo sobrenatural. Ao referir-se ao
poder ou a origem do seu poder, os profetas diziam que Deus "derramou" seu Espírito, "pôs seu
Espírito sobre eles", "deu seu Espírito", "encheu-os do seu Espírito", e "pôs seu Espírito dentro
deles".
Por essas expressões eles descreveram a variedade de influência:
• Trabalharam e agiram no poder do Espírito Santo;
• Na pregação da Palavra falada;
• Na Palavra escrita deixada para a posteridade (2Tm 3.16)

2. O ESPÍRITO SANTO NO NOVO TESTAMENTO


2.1 - O Espírito Santo em Jesus:
• Jesus foi concebido pela virtude do Espírito Santo - Mt 1.18, 20; Lc 1.35
• Simeão cheio do Espírito Santo profetizou sobre Jesus quando este foi apresentado no
templo- Lc 2.26,27
• No seu batismo - Foi identificado pelo Espírito Santo, quando este desceu sobre ele na
forma corpórea de uma pomba na ocasião de seu batismo no rio Jordão. Mt 3.16; Jo 1.33
• Na tentação - Mt 4.1 - Jesus foi levado ao deserto pelo Espírito e venceu os ataques de
Satanás com a "espada do Espírito". Ef 6.17; Hb 4.12
• No seu Ministério - Realizou a obra que lhe fora confiada pelo Pai no poder do Espírito
Santo. Lc 4.17-21; At 10.38
• Jesus explicou aos discípulos a missão do Espírito Santo na Terra - Jo 14-16. O Espírito
Santo é o continuador de sua obra, é o companheiro, o consolador e defensor que estará sempre
com a igreja. A atividade do Espírito Santo é também atuante na vida dos descrentes, pois ele os
"convence do pecado, da justiça e do juízo" (Jo 16.8-11). No entanto, o Espírito Santo não força
homem algum a converter-se a Cristo, ele deixa o homem livre para crer ou não em Jesus.

2.2 - O Espírito Santo na Igreja


a) A descida do Espírito Santo - Aconteceu no Dia de Pentecostes (At 2) , o cumprimento
da promessa da vinda do Consolador. Jesus prometera aos seus discípulos antes de sua morte (Jo
14-16) e ainda outra vez depois de ressuscitado: "...vós sereis batizados com o Espírito Santo
não muito depois destes dias". (At 1.5). E ainda, "mas recebereis poder ao descer sobre vós
o Espírito Santo, e sereis minhas testemunhas..." (At 1.8).

b) O propósito do Espírito Santo nos crentes - Foi a provisão divina para seus seguidores
entristecidos e desanimados com a morte de Jesus, receberem o impulso necessário para

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continuarem a tarefa da divulgação do evangelho. O revestimento que receberam não foi


temporário. Mas eles reconheceram que precisavam estar continuamente cheios do Espírito Santo
para serern vitoriosos contra as investidas de Satanás. At 4.29-31.

c) Sua função na igreja:


• Na ordenação de Ministros - Os líderes da igreja em Antioquia reconheciam a
necessidade da direção do Espírito Santo. "Separai-me agora Barnabé e Saulo para
a obra que os tenho chamado..." At 13.2,4.
• Na solução de divergências - O Espírito Santo orientou os líderes da igreja na
solução das divergências surgidas na conversão de judeus e gentios ao Cristianismo.
At 15.
• Na orientação da obra missionária - O Espírito Santo restringiu e modificou a o
programa da viagem de Paulo e Silas para a Ásia Menor. Sendo onisciente podia ver
os corações famintos da salvação na Macedônia e na Grécia tipificado pelo "varão
macedônio..."At 16.6,7 impedido-o de prosseguir em sua viagem, mostrou-lhe o lugar
onde deveria ir. At 16.9 - O Espírito sabia que em Filipos seria estabelecida uma igreja
poderosa. Foi consciente na infalível direção do Espírito Santo como seu substituto
que Jesus disse aos seus discípulos: "Não vos deixarei órfãos, voltarei para vós
outros". Jo 14.18; 16.7-14.

3. POR QUE E PARA QUE SER CHEIO DO ESPÍRITO SANTO

3.1. Porque ser cheio do Espírito Santo - É uma necessidade a todos os servos de Deus
que desejam fazer a sua obra. At 6.3. Ser cheio do Espírito Santo significa ser controlado
por ele em toda a maneira de viver. James D.Craine escreve em seu livro: O Espírito
Santo na Experiência Cristã, pag. 116:
"Ser cheio do Espírito Santo significa, portanto, ser controlado por Jesus Cristo. Significa
deixá-lo viver e operar através de nós. Significa experimentar aquilo de que Paulo falava
quando disse: "Já estou crucificado com Cristo; e vivo, não mais eu, mas Cristo vive em
mim; e a vida que agora vivo na carne, vivo-a na fé no Filho de Deus, o qual me amou e
se entregou a si mesmo por mim". Gl.2.20

3.2. Para que ser cheio do Espírito Santo :


• At 2.4 - Para ter a capacidade de anunciar o Evangelho aos perdidos com eficiência;
• At 7.55-60 -Para ter amor semelhante ao de Cristo pelas almas. Lc 23.34
• At 13.9 - Para ter autoridade sobre o poder satânico;
• At 13.52 - Para que os dons do Espírito sejam evidenciados e a igreja seja edificada;.
• Rm 8.3,4 - Para ser vitorioso sobre a carne - Rm 8.1-11

3.3. Como Ser Cheio do Espírito Santo: At. 2.1-3 - Jesus disse aos seus discípulos que
deviam buscar o poder do alto, isto é, o cristão decide por si mesmo se quer ser ou não
cheio do Espírito Santo. O buscar é o esforço e o desejo de receber esta plenitude em
sua vida. A ordem de Paulo em Ef. 5.18 é "Enchei-vos do Espírito".

4. FUNÇÕES DO ESPÍRITO SANTO NA OBRA DA SALVAÇÃO


O Espírito Santo opera no homem através da :
• Convicção de Pecado - ( Jo 3.19; 8.23;16.8,9; II Co 7.9,10); da Justiça - ( Jo 16.10); e do
Juízo-(Jo 16.11);
• Regeneração - Tt 3.4-7; Jo 3.6,7; l Pé 1.3
• Santificação - Rm 6.22; l Pé 1.2; 2.9; II Co 3.17,18
• Glorificação - Rm 8.11, 17; Ef 1.17.20

5. BATISMO COM O ESPÍRITO SANTO


O batismo no Espírito Santo assinalou a formação da igreja (At 1-2). O batismo com o Espírito
Santo:
• Foi profetizado no Velho Testamento (Is 44.3,4; Jl 2.28-30)
• Foi anunciado por João Batista, sete séculos depois ( Mt 3.11)
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• Foi prometido por Jesus ( Mc 16.17; At 1.5)

A evidência do batismo com o Espírito Santo : O falar em "novas línguas" ( Mc 16.17). No dia
de Pentecostes, conforme At 2.4, "todos começaram a falar em outras línguas". Essa evidência
continuou acompanhando todos os que posteriormente iam sendo batizados com o Espírito Santo.
( At.8.17,18; 9.17; 10.45,46; 19.6). E continua se cumprindo nos nossos dias.

6. DONS DO ESPÍRITO SANTO


"A respeito dos dons espirituais não quero irmãos, que sejais ignorantes", l Co 12.1
Essa foi a observação de Paulo aos irmãos da igreja em Corinto, que estavam se comportando
como "carnais" não tendo desenvolvido os dons do Espírito.

OS DONS DO ESPÍRITO SÃO:


1. A Palavra de Sabedoria (l Co 12.8; Ef 3.4)
2. A Palavra do Conhecimento (l Co 12.8; Ef 3.3)
3. Dom de Fé (l Co 12.9; Jo 14.12; Tg 5.17)
4. Dons de Curar (l Co 12.9; At 6.8; 8.7; 14.8-10; 28.8,9)
5. Operação de Milagres (l Co 12.10; At 13. 10,11; 20.9-12)
6. Dom de Profecia (l Co 12,10; 14.32;l Ts 5.21)
7. Discernimento de Espírito (l Co 12.10; 14.3; At 8.18-24; 16.16-18;l Tm 4.1 Jd v. 12)
8. Variedade de Línguas (l Co 12.10;l Co 12.30)
9. Interpretação de Línguas (l Co 12.10; 14.18)

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REFERÊNCIAS

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