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(Deus/Espírito Santo)
Instituto Bíblico da Assembleia de Deus – Ministério Marituba Teologia Sistemática II
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
INTRODUÇÃO
I. EXISTÊNCIA DE DEUS
1. A Possibilidade de Deus ser Conhecido
2. Prova da Existência de Deus
• A Existência de Deus pode ser Provada?
3. Formas de Negação da Existência de Deus
• Teorias Anti-teístas
• Teorias Anti-cristãs
REFERÊNCIAS
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INTRODUÇÃO
Toda crença em Deus é chamado de Teísmo, baseado neste princípio a Teologia sistematizou o
estudo desta crença, denominando-a de TEOLOGIA PRÓPRIA, a qual ocupa-se no estudo de Deus.
I. A EXISTÊNCIA DE DEUS
A existência de Deus é um fato que precisa ser provado, porém, não há uma maneira específica de
provar sua existência, pois, tanto a ciência como a Teologia através da Bíblia Sagrada não se
preocupa em apresentar provas da existência de Deus. Analisaremos a seguir, alguns argumentos
que provam que Deus existe.
a) A Crença Intuitiva: É a crença que leva o homem em toda a parte a acreditar na existência
de Deus, e que à ele deve prestar adoração sendo que esta crença faz parte da natureza
humana a qual é chamada de natureza religiosa.
b) Crença não-intuitiva: Consiste na negação da crença Intuitiva que procura provar que a
crença em Deus é proveniente da revelação da Palavra de Deus, usando para isso
argumentos contra a crença Intuitiva.
a) A Existência de Deus Pode Ser Provada? Esta é uma das mais complexas perguntas
referente à existência de Deus, mas anteriormente afirmamos que o estudo científico e
teológico não apresentam provas finais sobre sua existência , porém para que se entenda
melhor esta questão é preciso definir a palavra "prova" e diferenciá-la de uma simples
operação matemática.
Prova é aquilo que mostra a veracidade e a realidade de uma coisa, a qual deve estar
baseada em evidência cumulativa.
Portanto para provar a existência de Deus é necessário analisar o acúmulo de evidências
registradas na história, mais os testemunhos e argumentos que assegurem o fato, e, assim
chegaremos a uma conclusão.
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b) Quantas Provas São Necessárias? Uma evidência é suficiente para provar que Deus
existe. Antes que alguém tente afirmar que Deus não existe, deverá conhecer toda a matéria
do Universo e nada poderá escapar de sua percepção. Se existir uma prova, não haverá
meio de negá-lo.
e) Histórico:
• A história do mundo oferece evidências de um ser controlador.
• Argumento histórico também inclui o fato de que todas as nações tem entretido a
crença na existência de um ser superior e supremo.
3.1. Teorias anti-teístas: São teorias que procuram negar a realidade da existência de Deus, ou
então a crença em um único DEUS.
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e) Materialismo
• É a doutrina que nega a realidade do Espírito
• Declara que a única realidade é a matéria
• Não admite a distinção entre a matéria, a mente ou espírito
• Explica todos os fenómenos mentais e espirituais como propriedades e função da matéria.
3.2. Teorias anti-cristãs: São doutrinas que procuram negar os ensinamentos cristãos quanto a
realidade e a existência de Deus.
a) Deísmo
É a crença que admite existir um Deus pessoal, que criou o mundo e lhe imprimiu as leis
que o governam, porém, insiste em afirmar que depois da criação Deus o entregou para ser
governado somente pelas leis naturais. Afirma que Deus não se envolve mais no mundo em
que ele criou e rejeita por completo a possibilidade da revelação de Deus à humanidade.
Este sistema assemelha-se ao Racionalismo e é também chamado de Religião Natural.
b) Racionalismo
Conceito epistemológico que ressalta a razão ou as explicações racionais. Afirma que nada
se deve aceitar como verdadeiro, a não ser que seja provado pela razão.
c) Pessimismo
É a filosofia que considera o mundo e a vida essencialmente maus. Afirma que o mundo é
tão mau, que o nada seria melhor que a sua existência. O silogismo do PESSIMISMO afirma
que viver é sofrer "viver é desejar, desejar é sentir falta, sentir é sofrer, e, portanto, viver é
sofrer".
a) Unidade divina
As Escrituras declaram que só existe um Deus (1Co 8.4-6; Is 44.6; Mc 12.28-30; Dt 6.4; Ex
3.14). O Universo é um sistema só, indicando um único autor.
b) A personalidade de Deus
Deus é um ser pessoal, tem personalidade.
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b) JAVÉ
• Usado quando se trata das relações do Senhor com o povo de Israel, ou quando se refere
às atividades do Senhor na história deste povo.
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OBS: EL (Deus- “Aquele que vai adiante ou começa as cousas”. ADONAI – Senhor (Ha’Shem –
conversas informais)
1. ONIPOTÊNCIA: É o atributo por meio do qual Deus pode realizar-ou fazer acontecer tudo o
que ele quer (Jó 42,2). Esta onipotência tem duplo significado.
• Sua liberdade e poder para fazer tudo o que esteja em harmonia com sua natureza.
• Seu controle sobre tudo o que existe ou que pode existir.
• A Onipotência de Deus aplicada: na natureza (Gn 1.1-3); na experiência ou vida humana
(Dn 4; At 9; Ex 4.11)
2. ONISCIÊNCIA: Significa que Deus sabe todas as coisas e é absolutamente perfeito em seu
conhecimento (Jó 37.16; 1Jo 3.20; Pv 15.3). A Onisciência de Deus aplicada: a) na natureza (SI
147.4); b) Experiência Humana (Pv 5.21; Mt 6.8; SI 139.2-4); c) No decurso histórico (Dn 2.8)
4. ETERNIDADE: É a duração infinita que não pode apontar começo ou fim. Deus tem existido
desde a eternidade (SI 90.1-2)
Deus sendo Espírito não está sujeito às limitações dos homens, que possuem corpos físicos.
1. SANTIDADE: É o atributo moral mais destacado, significa sua absoluta pureza moral. As
escrituras afirmam que Deus é Santo (Is 57.15; SI 99.9; Jó 34.10)
Manifestação da Santidade de Deus:
- Demonstrada no ódio de Deus contra o pecado (Hb 1.13; Pv 15.9; 26)
- Demonstrada no seu prazer no que é santo e reto (Pv 15.9)
- Demonstrada na separação entre Deus e o pecador (Is 59.1-2)
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4. AMOR E FIDELIDADE: Amor é aquele atributo de Deus pelo qual Ele se inclina a buscar
os melhores interesses de suas criaturas. (1Jo 3.16-17; 4.16). Fidelidade é o atributo que mostra
que Deus é digno de confiança (2Tm 2.13; Hb 6.18).
3. A TRINDADE DIVINA
São decretos eternamente inter-constituídos, inter-relacionados, inter-existentes e por conseguinte,
inseparáveis, dentro de um único ser e de uma única substância ou essência.
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3.7. OS MILAGRES
a) DEFINIÇÕES
- Milagre é um ato extraordinário de Deus.
- Milagre é um acontecimento palpável aos sentidos, produzido com fim religioso pela
agência imediata de Deus.
b) CLASSIFICAÇÃO
- IMEDIATO: São milagres em que a agência de Deus realiza sem a intervenção de meios.
( Ex. a criação do mundo; Ressurreição de Cristo, etc.)
- MEDIATO: São milagres em que a agência de Deus se realiza empregando forças ou
elementos naturais. (Ex. Separação das águas do Mar Vermelho; alimentação de Israel com
codornizes, etc.)
Considerando o que a Bíblia expõe "janto a pessoa do Espírito Santo certificamo-nos de que ele
não é uma influência CG-TIO alguns crêem e ensinam. O Espírito Santo é uma pessoa divina,
identificando-se com c :ai, com o Filho e com os cristãos. A prova disto está no pronunciamento do
batismo cristão e na bênção apostólica. (Mt 28.19; 2Co 13.13; 1Jo 5.7)
O Espírito Santo é descrito na Bíblia de modo que não pode haver dúvidas quanto a sua
personalidade.
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São diversos os nomes dados ao Espírito Santo que provam a sua natureza divina:
a) FOGO-Is 4.4; Mt 3.11; Lc 3.16 ; b) VENTO - Ez 37.7-10; Jo 3.8; At 2.22; c) ÁGUA- Êx 17.6; Ez
36.25-27; 47-1; Jo 3.5; 4.4; 7.38,39; d) SELO -Ef 1.13; II Tm 2.19 e) AZEITE- SI 133.2; f) POMBA
Mt 3.16
Muito antes do homem aparecer na terra e antes da terra existir, o Espírito Santo já existia.
A atividade importantíssima do Espírito Santo na criação pode ser vista através de magníficas
entre as quais destacamos.
a) O Espírito ao pairar sobre as águas primevas (Gn 1:2). A primeira parte de Gn 1.2,
apresenta uma cena tenebrosa: a terra, uma massa informe, vazia e escura. Foi então que um raio
de esperança brilhou, iluminando-a, antes mesmo que Deus ordenasse o aparecimento da luz.
Lemos: "O Espírito de Deus pairava sobre a face das águas".
b) O Espírito na Criação do homem (Gn 1:26; 2:7). Cada membro da Trindade Divina
desempenhou um papel na Criação. A mente do Pai desejou e planejou todas as coisas; o poderoso
braço direito do Filho completou a Execução do Trabalho', e o Espírito Santo ao lado da primeira e
da segunda pessoa da Trindade contribuiu com a sua parte na obra da Criação.
c) O Espírito que aclara os Céus (Jó 26:13). Com que são ornados os céus? O período da
noite é iluminado pela luz de vários corpos celestiais. Os astrónomos dizem que as estrelas
possuem várias cores, e, podemos notar que elas adornam a noite. O salmista diz: "Pela Palavra
de Deus foram criados os céus; e todos os seus exércitos pelo sopro de sua boca" (SI. 33:6); a
palavra "escuro" pode ser traduzida por "Espírito". (EREC) deduzimos, pois, que o Espírito Santo
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foi o agente divino pelo qual estas maravilhas vieram a existir. Podemos concluir com certeza, que
a ação do Espírito Santo está presente em todas elas.
e) O Espírito renova a face da terra. SI. 104:30. É importante notar que a palavra usada no
Velho Testamento para o Espírito é geralmente "Ruah", que significa (sopro, vento) de Deus, é a
expressão de energia e poder divinos, na pessoa do Espírito Santo de Deus, ele é também o
princípio da vida física e psicológica do homem. Está, portanto, entendida a Obra do Espírito Santo
de forma especial na maravilhosa e admirável criação.
Face a impenitência do homem, em estado de profunda tristeza; disse Deus a Noé: "O meu espírito
não agirá para sempre no homem" (Gn. 6:3)
c) DESISTÊNCIA DO ESPÍRITO SANTO: "O meu Espírito não agirá para sempre no homem".
A paciência de Deus vai além do entendimento do homem mortal. Mas, não é inesgotável.
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b) O propósito do Espírito Santo nos crentes - Foi a provisão divina para seus seguidores
entristecidos e desanimados com a morte de Jesus, receberem o impulso necessário para
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3.1. Porque ser cheio do Espírito Santo - É uma necessidade a todos os servos de Deus
que desejam fazer a sua obra. At 6.3. Ser cheio do Espírito Santo significa ser controlado
por ele em toda a maneira de viver. James D.Craine escreve em seu livro: O Espírito
Santo na Experiência Cristã, pag. 116:
"Ser cheio do Espírito Santo significa, portanto, ser controlado por Jesus Cristo. Significa
deixá-lo viver e operar através de nós. Significa experimentar aquilo de que Paulo falava
quando disse: "Já estou crucificado com Cristo; e vivo, não mais eu, mas Cristo vive em
mim; e a vida que agora vivo na carne, vivo-a na fé no Filho de Deus, o qual me amou e
se entregou a si mesmo por mim". Gl.2.20
3.3. Como Ser Cheio do Espírito Santo: At. 2.1-3 - Jesus disse aos seus discípulos que
deviam buscar o poder do alto, isto é, o cristão decide por si mesmo se quer ser ou não
cheio do Espírito Santo. O buscar é o esforço e o desejo de receber esta plenitude em
sua vida. A ordem de Paulo em Ef. 5.18 é "Enchei-vos do Espírito".
A evidência do batismo com o Espírito Santo : O falar em "novas línguas" ( Mc 16.17). No dia
de Pentecostes, conforme At 2.4, "todos começaram a falar em outras línguas". Essa evidência
continuou acompanhando todos os que posteriormente iam sendo batizados com o Espírito Santo.
( At.8.17,18; 9.17; 10.45,46; 19.6). E continua se cumprindo nos nossos dias.
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REFERÊNCIAS
STOTT, John. Batismo e plenitude do Espírito Santo. Ed. Vida Nova - 87 págs.
HAGGIN, Kenneth. A Respeito dos Dons Espirituais. Graça Editorial -120 págs.
BRUNNER, FREDERICK, D. Teologia do Espírito Santo. Ed. Vida Nova - 304 págs.
SOUZA, Estevão Angelo. Os Nove Dons do Espírito Santo. CPAD -120 págs.
HARBIN, Leonnie Byron. O Espírito Santo na Bíblia, na História, na Igreja. RJ -JUERP-220 págs.
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