Você está na página 1de 4

Revisão / Conceitos básicos das práticas forense e habilidades profissionais

Conceito de prova: todo e qualquer elemento material dirigido ao juiz da causa para
esclarecer o que foi alegado por escrito pelas partes, especialmente circunstâncias fáticas.

Prova lícita: consiste em uma prova válida em um processo judicial;

Prova ilícita: são aquelas que foram obtidas por meio escusos, não permitidas por lei, Ex:
confissão por meio de gravação sem saber que está sendo gravado, confissão por meio de
tortura.

Art. 157. São inadmissíveis, devendo ser desentranhadas do processo, as provas ilícitas,
assim entendidas as obtidas em violação a normas constitucionais ou legais.

Meios de prova: é todo mecanismo processual capaz de extrair de uma fonte informações
sobre um fato (um depoimento, uma perícia, um documento etc);
Ata notarial, depoimento pessoal, confissão, exibição de documento ou coisa,
documental, testemunhal, pericial e inspeção.

Objeto de prova: fato controvertido relevante; lembrando que direito pode ser objeto de
prova excepcionalmente e que os fatos notórios/confessados/incontroversos não são
objeto de prova.

Fonte de prova: é todo elemento capaz de descrever um fato (uma imagem, um


documento, uma memória etc).

Obs.: Nem toda fonte de prova pode ser usada como meio de prova. Existem limitações
legais e morais à utilização das fontes.

Art. 369. As partes têm o direito de empregar todos os meios legais, bem como os
moralmente legítimos, ainda que não especificados neste Código, para provar a verdade
dos fatos em que se funda o pedido ou a defesa e influir eficazmente na convicção do juiz.

Art. 370. Caberá ao juiz, de ofício ou a requerimento da parte, determinar as provas


necessárias ao julgamento do mérito.
Parágrafo único. O juiz indeferirá, em decisão fundamentada, as diligências inúteis ou
meramente protelatórias.
Quais provas não precisam ser produzidas? fatos notórios, confessados pela parte
contrária, sobre os quais não haja controvérsias, e que tenham presunção legal de
veracidade.

Art. 374. Não dependem de prova os fatos:


I - notórios;
II - afirmados por uma parte e confessados pela parte contrária;
III - admitidos no processo como incontroversos;
IV - em cujo favor milita presunção legal de existência ou de veracidade.

Prova emprestada: aquela que, embora produzida em outro processo, se pretende


produza efeitos no processo em questão. Sua validade como documento e meio de prova,
desde que reconhecida sua existência por sentença transitada em julgado, é admitida pelo
sistema brasileiro

Art. 378. Ninguém se exime do dever de colaborar com o Poder Judiciário para o
descobrimento da verdade.

Art. 379. Preservado o direito de não produzir prova contra si própria, incumbe à parte:

I - comparecer em juízo, respondendo ao que lhe for interrogado;

II - colaborar com o juízo na realização de inspeção judicial que for considerada


necessária;

III - praticar o ato que lhe for determinado.

Art. 380. Incumbe ao terceiro, em relação a qualquer causa:

I - informar ao juiz os fatos e as circunstâncias de que tenha conhecimento;

II - exibir coisa ou documento que esteja em seu poder.

Parágrafo único. Poderá o juiz, em caso de descumprimento, determinar, além da


imposição de multa, outras medidas indutivas, coercitivas, mandamentais ou sub-
rogatórias.
Condições da ação: interesse e legitimidade. São necessários ao exercício da ação, sem eles
o direito e a ação não existem.

Art. 17. Para postular em juízo é necessário ter interesse e legitimidade.

Interesse: Está relacionado com a necessidade da demanda e o meio adequado de exercê-


la.

Legitimidade: para que determinada ação possa prosperar é indispensável que seja
proposta pelo titular do direito material contra aquele que é o suposto devedor da
prestação desse direito material.

Art. 18. Ninguém poderá pleitear direito alheio em nome próprio, salvo quando
autorizado pelo ordenamento jurídico.

Parágrafo único. Havendo substituição processual, o substituído poderá intervir como


assistente litisconsorcial.

Elementos da ação: as partes, o pedido e a causa de pedir. São elementos que diferenciam
cada uma das ações, são elementos identificadores que particularizam as ações.

Partes: as partes de uma ação são o sujeito ativo (autor) e o sujeito passivo (réu). Pode
ainda ocorrer de a ação possuir vários autores (litisconsórcio ativo), vários réus
(litisconsórcio passivo) ou vários autores e vários réus ao mesmo tempo (litisconsórcio
misto).

Causa de pedir: a causa de pedir é a explicação do porquê se pede alguma coisa em juízo,
por exemplo, se o autor quer que o réu lhe pague uma importância, causa é a explicação
do porquê o réu deve, quanto deve.

Pedido: o pedido consiste na própria pretensão deduzida em juízo. É o objeto da ação.

Pedido imediato: é dirigido ao Estado, refere-se à tutela jurisdicional, é o pedido de


declaração, condenação ou constituição de uma relação jurídica se for um provimento
cognitivo, ou provimento executivo ou provimento cautelar.
Pedido mediato: é dirigido ao réu, refere-se à providência de direito material, constitui o
próprio bem material ou imaterial almejado. Exemplo: o recebimento de determinado
crédito ou a entrega de certo imóvel.

Prazo processual é um período legalmente determinado para as partes realizarem ações


dentro de um processo judicial, se trata de um período fixado por lei, pelo juiz ou pela
convenção entre partes de um litígio, para a realização de algum ato dentro do processo.

Art. 213. A prática eletrônica de ato processual pode ocorrer em qualquer horário até as
24 (vinte e quatro) horas do último dia do prazo.

Parágrafo único. O horário vigente no juízo perante o qual o ato deve ser praticado será
considerado para fins de atendimento do prazo.

Art. 218. Os atos processuais serão realizados nos prazos prescritos em lei.

§ 1º Quando a lei for omissa, o juiz determinará os prazos em consideração à


complexidade do ato.

§ 2º Quando a lei ou o juiz não determinar prazo, as intimações somente obrigarão a


comparecimento após decorridas 48 (quarenta e oito) horas.

§ 3º Inexistindo preceito legal ou prazo determinado pelo juiz, será de 5 (cinco) dias o
prazo para a prática de ato processual a cargo da parte.

§ 4º Será considerado tempestivo o ato praticado antes do termo inicial do prazo.

Você também pode gostar