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Agentes Biológicos
Piolhos e pulgas
Malanje,Abril de 2024
Agentes biológicos
Piolhos e pulgas
Introdução.........................................................................................................................6
Características da Pulga.....................................................................................................8
Pulicidae............................................................................................................................9
Rhopalopsyllidae.............................................................................................................10
Tungidae..........................................................................................................................10
Pulicose...........................................................................................................................11
Teníase............................................................................................................................11
Bartonelose.....................................................................................................................12
Riquetsiose......................................................................................................................12
Tularemia........................................................................................................................12
Medidas de prevenção.....................................................................................................13
Características do piolho..................................................................................................13
A Lêndea..........................................................................................................................15
Transmissão do piolho.....................................................................................................15
Sintomas..........................................................................................................................16
Diagnóstico......................................................................................................................17
Tratamento......................................................................................................................17
Tratamento de piolhos.....................................................................................................21
Piolhos do corpo..............................................................................................................22
Piolho púbico...................................................................................................................23
Conclusões.......................................................................................................................25
Referências bibliográficas................................................................................................27
Objetivos
Introdução
No presente trabalho foram abordados aspetos gerais sobre dois vectores e
parasitas biológicos, que muito têm causado enfermidades aos seres humanos e
outros animais, que são os piolhos e as pulgas. Os piolhos são insetos
ectoparasitas que se alimentam do sangue dos seus hospedeiros. Existem mais de
5000 espécies, mas apenas 3 delas parasitam o ser humano e as pulgas são
pequenos insetos de coloração escura que não voam, são parasitas externos, que
na fase adulta se alimentam maioritariamente de sangue de mamíferos,que
representam a ordem Siphonaptera.
Características da Pulga
Pulicidae
A família Pulicidae possui gêneros que parasitam os ratos e o ser humano. Os
gêneros de importância médica e veterinária são Ctenocephalides, Pulex irritans
e Xenopsylla.
A pulex irritans , a pulga comum ou ‘’ pulga do homem’’, começa a por ovos 48
horas depois de sugar sangue. E coloca de 20 a 22 ovos por dia. Nos seus 110 dias
de vida , aproximadamente, ela pode colocar até dois mil ovos;
Rhopalopsyllidae
A família Rhopalopsyllidae inclui espécies de pulgas que em sua maioria são
parasitas de roedores. Espécies do gênero Polygenis parasitam roedores silvestres
e são mantenedoras da peste silvestre nas Américas (não há exemplares desta
família no setor de Parasitologia da UFRGS).
Tungidae
A família Tungidae inclui espécies do gênero Tunga, popularmente chamado de
bicho-de-pé e espécies do gênero Hectopsylla (pulgas semipenetrantes). A
Tungíase , conhecida como ‘’pulga-da-areia’’ , ‘’bicho-do-pé’’ , ‘’pulga-de-bicho’’ ou
‘’bicho-do-porco’’ , é provocada pela Tunga penetrans. É a menor espécie de pulga
que se tem notícia , com 1mm de comprimento. Esse ectoparasita ataca humanos e
suínos.
Hectopsylla
As pulgas são conhecidas por causar irritação e coceira na pele dos animais e dos
humanos. As picadas de pulgas podem levar a uma reação alérgica em algumas
pessoas, resultando em lesões cutâneas mais graves, como
erupções cutâneas e dermatite.
Esses parasitas são altamente prolíficos e se reproduzem rapidamente.
Enfermidades causadas por pulgas
As pulgas podem causar várias doenças em animais e seres humanos, algumas das
quais são:
Teníase
As tênias são vermes parasitas que têm um ciclo de vida complexo que envolve
diferentes hospedeiros, inclusive as pulgas. As pulgas desempenham um papel
importante no ciclo de vida das tênias, já que são seus hospedeiros intermediários.
As pulgas ingerem os ovos ou as proglotes (segmentos do corpo) das tênias
contendo ovos, presentes no intestino de um hospedeiro definitivo, geralmente um
mamífero como um cão ou um gato. Dentro da pulga, os ovos das tênias se
desenvolvem em larvas chamadas oncosferas, as quais, por sua vez, se
desenvolvem em cisticercoides, que são formas maduras da tênia. Quando um
animal, como um cão ou um gato, ingere uma pulga infectada, os cisticercoides são
liberados no intestino e se fixam na parede intestinal, onde crescem e se tornam
adultos.
Bartonelose
Também conhecida como doença da arranhadura do gato, bartonelose é um
termo geral usado para descrever doenças causadas por bactérias do
gênero Bartonella. Na literatura, existem mais de 40 espécies descritas, porém, no
Brasil, existem duas espécies mais circulantes, a Bartonella quintana e a Bartonella
henselae, sendo a última a espécie mais prevalente.
Riquetsiose
É uma doença causada pela bactéria Rickettsia, transmitida pela picada de pulga,
piolhos, ácaros e carrapatos, quando eles inoculam fluidos infecciosos na pele. O
período de incubação para a maioria das doenças varia de cinco a 14 dias. As
riquétsias se multiplicam no local de contato com o artrópode e frequentemente
produzem uma lesão local (escara), penetrando então na pele ou nas mucosas e
causando repercussões sistêmicas.
Tularemia
As pulgas também podem transmitir a bactéria Francisella tularensis, causadora
da tularemia. Essa bactéria pode ser transmitida aos seres humanos por vários
meios, entre eles as picadas de pulgas. Ela pode afetar vários órgãos e
apresentar sintomas semelhantes aos da gripe, além de glândulas inchadas e
problemas respiratórios.
Verminoses
Transmição de vírus
Peste bubônica
Medidas de prevenção
É importante tomar medidas para prevenir infestações por pulgas em animais de
estimação e, assim, proteger os humanos das doenças causadas por elas. Deve-se
usar produtos antipulgas adequados, manter a higiene da casa e do ambiente onde
vivem os animais, além de realizar inspeções regulares.
Características do piolho
O piolho é um inseto sem asas que mede aproximadamente 4 mm de comprimento,
possui uma coloração transparente e acinzentada e pode causar infestação em
regiões do corpo onde há pelos ou cabelos.
Apesar de existirem vários tipos de piolho, nesse texto nós vamos falar apenas
sobre o Pediculus humanus capitis, o famoso piolho da cabeça.
A Lêndea
Ao contrário do que algumas pessoas pensam, lêndea não é a fêmea do piolho.
Lêndea é o nome que damos aos ovos. Portanto, existe o piolho macho, o piolho
fêmea e a lêndea.
Cada lêndea costuma dar origem a um novo piolho após 8 dias. Após mais 8 dias, o
piolho alcança a fase adulta e, se for fêmea, pode começar a produzir novos ovos,
reiniciando o ciclo.
Transmissão do piolho
A transmissão do piolho é feita por contato pessoal. O modo de interação entre as
crianças é muito mais próximo e pessoal do que entre os adultos, o que explica a
facilidade de transmissão nesta faixa etária.
Apesar de menos comum, o piolho também pode passar de uma pessoa para outra
através de objetos, como roupas, toalhas, chapéus, headfones, arcos de cabelo,
pentes, escovas e roupa de cama. Um piolho adulto pode sobreviver por um ou dois
dias em um objeto, mantendo-se viável para transmissão.
É importante salientar que o piolho não pula nem voa. Para haver transmissão é
preciso contato direto do cabelo de uma pessoa com o de outra.
Animais de estimação não agem como vetores. O piolho humano não tem nenhum
interesse em passar para o pelo de outros animais. Portanto, não é preciso tratar o
seu cão ou gato de estimação caso alguém na casa esteja contaminado.
Por motivos ainda desconhecidos, crianças de etnia negra apresentam menor risco
de transmissão que as brancas, assim como meninos apresentam menos riscos que
as meninas. O tamanho do cabelo não influencia na transmissão (exceto nas
pessoas carecas).
Ter piolho não é sinal de má higiene capilar. O fato dos cabelos do seu filhos
estarem sempre bem lavadinhos não diminui o risco dos mesmos serem acometidos
por piolhos.
Sintomas
Ao contrário do que se imagina, a maioria dos casos de piolho é assintomática. Mais
que isso, é perfeitamente possível encontrar uma criança com os cabelos infestados
de lêndeas e piolhos sem que a mesma relate qualquer queixa. Por esse motivo, é
rotina em alguns colégios a inspeção das crianças à procura de piolhos, evitando
que o parasita se espalhe por toda a turma.
Nos casos sintomáticos, o principal sintoma é uma intensa coceira na cabeça, que
pode surgir no mesmo dia da contaminação ou no máximo no dia seguinte. A
coceira ocorre por reação à saliva do piolho, que é liberada enquanto este se
alimenta de sangue e restos de pele do couro cabeludo. Comichão na nuca e atrás
das orelhas são bastante comuns, pois são áreas mais quentes, que atraem os
piolho. Em alguns casos, a coceira é tão intensa que a criança tem dificuldade em
dormir; já outras coçam tanto que produzem feridas na pele.
Diagnóstico
O diagnóstico é quase sempre feito pelos pais, através da visualização de um piolho
movendo-se através do couro cabeludo. Quando um piolho é identificado, o mais
comum é já existirem vários outros ao redor da cabeça.
Tratamento
Existe uma grande variedade de tratamentos e remédios para piolhos. Porém, tão
importante quanto o uso de remédios é a inspeção e identificação de pediculose em
todas as pessoas ao redor do caso identificado. Se uma criança for tratada para
piolhos, mas seus irmãos ou colegas de turma também infectados não, a chance de
reinfecção é altíssima.
Como o piolho é nada mais que um inseto, o tratamento é feito preferencialmente
com inseticidas especiais. Estes podem ser aplicados em forma de xampu, loções
ou cremes.
Permetrina.
Deltametrina.
Piretrina.
Malatião.
Lindano (tem sido cada vez menos usado por ser mais tóxico).
Nos últimos anos, alguns tratamentos sem inseticidas tem se mostrado tão ou mais
eficazes que os tratamentos com inseticidas. Duas substâncias que têm
apresentado bons resultados nos estudos clínicos são a dimeticona e a
ciclometicona, que matam o piolho de forma mecânica, através da sua asfixia e
desidratação.
Nos casos mais graves e resistentes à terapia tópica, o tratamento mais indicado
costuma ser a ivermectina por via oral em dose única (200 a 400 mcg/kg). O
tratamento pode ser repetido uma semana depois.
Nunca use remédios, xampus ou loções que não tenham sido prescritos pelo
pediatra. Existem algumas soluções com inseticida agrícola que são tóxicas e
podem provocar danos sérios às crianças.
Nas crianças com menos de dois anos, não recomendamos o uso de substâncias
que contenham inseticida. Nestes casos ou quando os pais não desejam usar
inseticidas na criança, o pente fino molhado para extração mecânica do piolho é
uma opção. Mas atenção, é preciso ter muita paciência. O cabelo deve ser
penteado quatro vezes por dia, por pelo menos 10 a 14 dias, mesmo que
aparentemente não existam mais piolhos ou lêndeas. O objetivo é remover todos os
piolhos existentes.
Vinagre ou azeite podem ser utilizados para facilitar o trabalho de remoção com
pente fino. Mas atenção: estas substâncias ajudam na remoção mecânica mas não
matam o piolho ou a lêndea. O vinagre pode ser aquecido até ficar morno e depois
misturado a um condicionador. Quando aplicado e abafado com um touca plástica
por pelo menos 30 minutos, o vinagre dissolve a camada que envolve o ovo
(lêndea), impedindo a fixação do mesmo no fio de cabelo.
Passe o pente fino em seguida que o piolhos e as lêndeas sairão com facilidade. O
vinagre pode ser misturado com água também, em uma solução com proporção de
50% para cada um.
Óleo de coco.
Secador de cabelo.
Manteiga.
Geleia de petróleo.
Chá de Arruda.
Citronela.
Retorno à escola
Prevenção em casa
A roupa de cama deve ser trocada diariamente, lavada com água quente e depois
passada a ferro. Os pentes usados devem ser fervidos e lavados com álcool.
Os irmão que tenham contato próximo devem ser tratados de forma preventiva, e os
pais devem, pelo menos, ter o couro cabeludo observado por outro adulto à procura
de lêndeas, piolhos ou sinais de picadas.
Piolho
(Pediculose)
Piolhos podem infectar o couro cabeludo, corpo, púbis e cílios. Os piolhos do couro
cabeludo são transmitidos pelo contato íntimo; os piolhos do corpo são transmitidos
em situações de confinamento ou por contato com vários outros indivíduos; e os
piolhos do púbis são transmitidos por contato sexual. Os sintomas, sinais,
diagnósticos e tratamento diferem pela localização da infestação.
Piolhos não são alados, são hematófagos que infestam o couro cabeludo (Pediculus
humanus var. capitis), corpo (P. humanus var. corporis) ou púbis (Phthirus pubis).
Os 3 tipos de piolho diferem substancialmente quanto à morfologia e características
clínicas (ver figura Ampliação de um piolho ). Os piolhos do couro cabeludo e púbis
vivem diretamente no hospedeiro e o do corpo, nas roupas. Todos os tipos são
observados no mundo todo.
É mais comum em meninas de 5 a 11 anos de idade, mas pode afetar qualquer um;
infestações são menos comuns em negros (1). São transmitidos facilmente de
pessoa a pessoa durante contato próximo (como ocorre em famílias e escolas) e
podem ser ejetados dos cabelos por eletricidade estática ou vento; a transmissão
por essas vias (ou por compartilhar pentes, escovas e chapéus) é possível, mas não
comprovada. Não há associação do piolho do couro cabeludo com a falta de higiene
ou baixo status socioeconômico.
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Febre recorrente transmitida por piolho é causada por Borrelia recurrentis, que é
transmitida aos humanos pelos piolhos do corpo (muquiranas).
O piolho do púbis causa prurido. Os sinais físicos são poucos, mas, em alguns
pacientes, há escoriações e linfadenopatia regional e/ou linfadenite. Máculas azul-
acinzentadas claras (maculae ceruleae) no tronco, glúteos e coxas são causadas
pela atividade anticoagulante da saliva do piolho quando este se alimenta; não é
comum, mas é uma característica da infecção. Nos cílios, se manifesta por prurido
na região dos olhos, queimação e irritação.
Conclusões
Concluímos que as pulgas são insetos de características distintas nas quais se
destacam o corpo das achatado lateralmente, permitindo que se movam facilmente
entre os pelos ou penas de seus hospedeiros e as pulgas possuem longas pernas
posteriores adaptadas para o salto.Elas são consideradas um dos melhores
saltadores do reino animal, capazes de atingir alturas de até 18 cm e distâncias
horizontais de até 33 cm,o corpo das pulgas normalmente tem cerca de 3 mm de
comprimento,São comprimidas lateralmente e revestidas por um tegumento liso,
facilitando a locomoção entre os pelos ou penas do hospedeiro elas se fixam na
pele através de fortes garras,desprovidas de asas, as pulgas possuem peças bucais
adaptadas para perfurar a pele e sugar o sangue do hospedeiro.As espécies de
importância apresentam espécies de importância médica e/ou veterinária são
O piolho é um inseto de características destacadas dentre elas, sem asas que mede
aproximadamente 3 mm de comprimento, possui uma coloração transparente e
acinzentada e pode causar infestação em regiões do corpo onde há pelos ou
cabelos,sendo ectoparasitas. As espécies de importância médica são Pediculus
humanus capitis: subespécie de piolho que infecta o couro cabeludo. Pediculus
humanus corporis (ou humanus humanus): subespécie de piolho que infecta os
pelos do corpo.Pthirus pubis: é um piolho de família diferente, que infecta os pelos
pubianos, provocando uma doença conhecida como chato. E causa a famosa
Pediculose, é um parasita que se transmite por contacto direto cuja as medidas de
prevenção são a higienização da roupa e do corpo, não partilhar objetos, isolamento
de pessoas afetadas e o seu tratamento.
Referências bibliográficas
Neves, D. P. Parasitologia Humana. 11ª edição. São Paulo: Atheneu, 2004.
Kimberlin DW, et al., eds. Pediculosis capitis. In: Red Book: 2015 Report of the
Committee on Infectious Diseases. 30th ed. Elk Grove Village, Ill.: American
Academy of Pediatrics; 2015.