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Universidade Rainha Njnga A Mbande

Faculdade de Medicina de Malanje

Agentes Biológicos
Piolhos e pulgas

Malanje,Abril de 2024
Agentes biológicos

Piolhos e pulgas

Lista de integrantes do grupo

António Couto Guedes Manhi

António Osório Domindos Francisco

Azarias José Gomes

Carina de Jesus Cumbu

Conceição Joaquim Lourenço Gunza


Índice
Objetivos...........................................................................................................................5

Introdução.........................................................................................................................6

Características da Pulga.....................................................................................................8

Ciclo biológico das pulgas em geral....................................................................................8

Espécies de importância Médica........................................................................................9

Pulicidae............................................................................................................................9

Rhopalopsyllidae.............................................................................................................10

Tungidae..........................................................................................................................10

Hectopsylla..............................................................................Erro! Marcador não definido.

Enfermidades causadas por pulgas..................................................................................11

Pulicose...........................................................................................................................11

Dermatite alérgica à picada de pulga..............................................................................11

Teníase............................................................................................................................11

Bartonelose.....................................................................................................................12

Riquetsiose......................................................................................................................12

Tularemia........................................................................................................................12

Medidas de prevenção.....................................................................................................13

Características do piolho..................................................................................................13

Enfermidades causadas por piolhos.................................................................................14

Espécies de importância médica.......................................................................................14

A Lêndea..........................................................................................................................15

Transmissão do piolho.....................................................................................................15
Sintomas..........................................................................................................................16

Diagnóstico......................................................................................................................17

Tratamento......................................................................................................................17

Visão da educação para os pacientes infetados com piolhos............................................20

Tratamento de piolhos.....................................................................................................21

Piolhos do corpo..............................................................................................................22

Piolho púbico...................................................................................................................23

Conclusões.......................................................................................................................25

Referências bibliográficas................................................................................................27
Objetivos

Descrever as características das pulgas e dos piolhos

Identificar as espécies de importância Médica

Referir as doenças em que estão implicadas

Referir as medidas de prevenção e controle

Introdução
No presente trabalho foram abordados aspetos gerais sobre dois vectores e
parasitas biológicos, que muito têm causado enfermidades aos seres humanos e
outros animais, que são os piolhos e as pulgas. Os piolhos são insetos
ectoparasitas que se alimentam do sangue dos seus hospedeiros. Existem mais de
5000 espécies, mas apenas 3 delas parasitam o ser humano e as pulgas são
pequenos insetos de coloração escura que não voam, são parasitas externos, que
na fase adulta se alimentam maioritariamente de sangue de mamíferos,que
representam a ordem Siphonaptera.
Características da Pulga

Adaptadas para Parasitismo:

O corpo das pulgas é achatado lateralmente, permitindo que se movam facilmente


entre os pelos ou penas de seus hospedeiros.

Elas são ectoparasitas, alimentando-se majoritariamente do sangue de mamíferos


na fase adulta. Algumas espécies também parasitam aves. A interação é
geralmente específica, com diferentes espécies de pulgas parasitando grupos
específicos de mamíferos

As pulgas possuem longas pernas posteriores adaptadas para o salto.

Elas são consideradas um dos melhores saltadores do reino animal, capazes de


atingir alturas de até 18 cm e distâncias horizontais de até 33 cm.

O corpo das pulgas normalmente tem cerca de 3 mm de comprimento.

São comprimidas lateralmente e revestidas por um tegumento liso, facilitando a


locomoção entre os pelos ou penas do hospedeiro.

Elas se fixam na pele através de fortes garras.

Desprovidas de asas, as pulgas possuem peças bucais adaptadas para perfurar a


pele e sugar o sangue do hospedeiro.

Ciclo biológico das pulgas em geral


As pulgas são insetos holometabólicos, apresentando as seguintes fases
evolutivas: ovo, larva (2 a 3 instares), pupa e adulto. Após a cópula (a fêmea sobe
no macho) e repasto sanguíneo, as fêmeas fazem a postura diária e parcelada de 3
a 18 ovos. Os ovos das pulgas são brancos, tem formato ovoide e possuem 0,3 a
0,7 mm de comprimento. A postura pode ser no solo ou sobre o hospedeiro, do qual
caem pouco tempo depois. A eclosão ocorre, em média, em 5 dias. As larvas são
vermiformes, esbranquiçadas e ápodas. Elas apresentam aparelho mastigador e se
alimentam de sangue digerido eliminado nas fezes das pulgas adultas, de matéria
orgânica e de microrganismos presentes no ambiente. A larva sofre duas mudas e
forma então um casulo, do qual o adulto emerge. Em condições ideais de
temperatura (23-26℃) e umidade relativa do ar elevada, o ciclo completo pode levar
em torno de 21 dias. Dependendo das condições do ambiente, o desenvolvimento
do ciclo pode variar de 6 a 12 meses.

Espécies de importância Médica


As pulgas ocupam diversos nichos na interação entre organismos, atuando não
somente como parasitos, mas também como vetores ou como hospedeiras
intermediárias. Como parasitos, as pulgas exercem a hematofagia diariamente ou
em dias alternados. O repasto sanguíneo pode provocar dermatite, reações
alérgicas, prurido, anemia e lesões cutâneas nos locais de parasitismo (neste caso
por Tunga penetrans). Além das reações cutâneas, muitas espécies de pulgas são
capazes de parasitar uma ampla variedade de hospedeiros, dificultando o seu
controle. Como vetores, as pulgas poder ser transmissoras de vírus, bactérias e
protozoários. Como hospedeiras intermediárias, podem abrigar protozoários
(como Trypanosoma lewisi), cestódeos (como Dipylidium e Hymenolepis) e
nematódeos (como Dipetalonema reconditum e Dirofilaria immitis).

A ordem Siphonaptera inclui mais de 3 mil espécies de pulgas, as quais estão


distribuídas em 15 famílias. Das oito famílias de pulgas existentes , apenas três
apresentam espécies de importância médica e/ou veterinária:

Pulicidae, com os gêneros Ctenocephalides, Pulex, Xenopsylla;

Rhopalopsyllidae, com o gênero Polygenis;

Tungidae, com os gêneros Hectopsylla e Tunga.

Pulicidae
A família Pulicidae possui gêneros que parasitam os ratos e o ser humano. Os
gêneros de importância médica e veterinária são Ctenocephalides, Pulex irritans
e Xenopsylla.
A pulex irritans , a pulga comum ou ‘’ pulga do homem’’, começa a por ovos 48
horas depois de sugar sangue. E coloca de 20 a 22 ovos por dia. Nos seus 110 dias
de vida , aproximadamente, ela pode colocar até dois mil ovos;

A Xenopsylla cheopis também é transmissora da bactéria Rickettsia typhi ,


causadora do tifo endêmico. Em cães e gatos , as pulgas do gênero
Ctenocephalides transmitem o verme Dipylidium ssp , responsável pela teníase
canina e felina , a verminose conhecida como dipilidíase.

Rhopalopsyllidae
A família Rhopalopsyllidae inclui espécies de pulgas que em sua maioria são
parasitas de roedores. Espécies do gênero Polygenis parasitam roedores silvestres
e são mantenedoras da peste silvestre nas Américas (não há exemplares desta
família no setor de Parasitologia da UFRGS).

Tungidae
A família Tungidae inclui espécies do gênero Tunga, popularmente chamado de
bicho-de-pé e espécies do gênero Hectopsylla (pulgas semipenetrantes). A
Tungíase , conhecida como ‘’pulga-da-areia’’ , ‘’bicho-do-pé’’ , ‘’pulga-de-bicho’’ ou
‘’bicho-do-porco’’ , é provocada pela Tunga penetrans. É a menor espécie de pulga
que se tem notícia , com 1mm de comprimento. Esse ectoparasita ataca humanos e
suínos.

Muitas pessoas são infectadas e precisam tirar o ‘’ bicho-do-pé’’. Apesar de ser


um problema passageiro para a maior parte das pessoas , em comunidades
pobres, a Tunga penetrans é endémica e uma grave questão de saúde pública.

Hectopsylla
As pulgas são conhecidas por causar irritação e coceira na pele dos animais e dos
humanos. As picadas de pulgas podem levar a uma reação alérgica em algumas
pessoas, resultando em lesões cutâneas mais graves, como
erupções cutâneas e dermatite.
Esses parasitas são altamente prolíficos e se reproduzem rapidamente.
Enfermidades causadas por pulgas
As pulgas podem causar várias doenças em animais e seres humanos, algumas das
quais são:

Pulicose: ectoparasitismo temporal causada por pulgas de ordem Siphonaptera.

Dermatite alérgica à picada de pulga


É a reação alérgica mais comum causada pela saliva das pulgas. Trata-se de uma
enfermidade comum em regiões de clima tropical e de ocorrência sazonal em outras
áreas. Além dos humanos, pode afetar cães e gatos, causando coceira
intensa, lesões na pele, perda de pelos e infecções secundárias.
Durante seu repasto sanguíneo, o animal injeta saliva na pele do hospedeiro, a
qual possui, entre outras, propriedades anticoagulantes. Nos animais picados, a
proteína presente na saliva estimula o sistema imunológico que reage contra essa
proteína, desencadeando uma reação de hipersensibilidade. O sinal clínico mais
observado nos animais acometidos é o prurido (coceira). Ao se coçar, o animal
acarreta o desenvolvimento de lesões secundárias, tais como escoriações, feridas
com secreção sanguinolenta e crostas. Nos locais de prurido, o ato de coçar pode
causar hipotricose (escassez de pelos) que evolui para alopecia (ausência de
pelos). Também podem ocorrer infecções secundárias.

Teníase
As tênias são vermes parasitas que têm um ciclo de vida complexo que envolve
diferentes hospedeiros, inclusive as pulgas. As pulgas desempenham um papel
importante no ciclo de vida das tênias, já que são seus hospedeiros intermediários.
As pulgas ingerem os ovos ou as proglotes (segmentos do corpo) das tênias
contendo ovos, presentes no intestino de um hospedeiro definitivo, geralmente um
mamífero como um cão ou um gato. Dentro da pulga, os ovos das tênias se
desenvolvem em larvas chamadas oncosferas, as quais, por sua vez, se
desenvolvem em cisticercoides, que são formas maduras da tênia. Quando um
animal, como um cão ou um gato, ingere uma pulga infectada, os cisticercoides são
liberados no intestino e se fixam na parede intestinal, onde crescem e se tornam
adultos.
Bartonelose
Também conhecida como doença da arranhadura do gato, bartonelose é um
termo geral usado para descrever doenças causadas por bactérias do
gênero Bartonella. Na literatura, existem mais de 40 espécies descritas, porém, no
Brasil, existem duas espécies mais circulantes, a Bartonella quintana e a Bartonella
henselae, sendo a última a espécie mais prevalente.

As pulgas podem transmitir a bactéria Bartonella para os seres humanos e


animais. Embora os gatos sejam os principais hospedeiros e transmissores, outros
animais, como cães e animais selvagens, também podem carregar a bactéria.
Essa infecção pode causar sintomas semelhantes à gripe, como febre, fadiga, dores
musculares e dor de cabeça. Em casos mais graves, pode levar a complicações
cardíacas e problemas neurológicos.

Riquetsiose
É uma doença causada pela bactéria Rickettsia, transmitida pela picada de pulga,
piolhos, ácaros e carrapatos, quando eles inoculam fluidos infecciosos na pele. O
período de incubação para a maioria das doenças varia de cinco a 14 dias. As
riquétsias se multiplicam no local de contato com o artrópode e frequentemente
produzem uma lesão local (escara), penetrando então na pele ou nas mucosas e
causando repercussões sistêmicas.

Os sintomas da riquetsiose incluem febre, dor de cabeça, dores


musculares, erupção cutânea e fadiga. Se não tratada, pode levar a complicações
graves.

Tularemia
As pulgas também podem transmitir a bactéria Francisella tularensis, causadora
da tularemia. Essa bactéria pode ser transmitida aos seres humanos por vários
meios, entre eles as picadas de pulgas. Ela pode afetar vários órgãos e
apresentar sintomas semelhantes aos da gripe, além de glândulas inchadas e
problemas respiratórios.

Os sintomas da tularemia podem variar, mas geralmente


incluem febre, calafrios, fadiga, dor de cabeça, dor
muscular, inflamação dos gânglios linfáticos e úlceras de pele. Em casos mais
graves, a infecção pode se espalhar para os pulmões, resultando em uma forma
de tularemia conhecida como tularemia pneumônica, que pode levar a dificuldades
respiratórias e pneumonia.

Hemobartonelose (Anemia Infecciosa Felina)

Verminoses

Transmição de vírus

Peste bubônica

Medidas de prevenção
É importante tomar medidas para prevenir infestações por pulgas em animais de
estimação e, assim, proteger os humanos das doenças causadas por elas. Deve-se
usar produtos antipulgas adequados, manter a higiene da casa e do ambiente onde
vivem os animais, além de realizar inspeções regulares.

Em casos de sintomas após uma picada de pulga, é recomendável procurar


atendimento médico ou veterinário para diagnóstico e tratamento adequados,
porque essas doenças podem assumir aspectos de gravidade.

Características do piolho
O piolho é um inseto sem asas que mede aproximadamente 4 mm de comprimento,
possui uma coloração transparente e acinzentada e pode causar infestação em
regiões do corpo onde há pelos ou cabelos.

Os piolhos são ectoparasitas, ou seja, parasitas que vivem no exterior do seu


hospedeiro, que incluem aves e mamíferos. Cada animal costuma ser parasitado
por apenas uma espécie específica. Isso significa que o piolho humano não passa
para os animais de estimação e vice-versa.
Quando um animal, incluindo os seres humanos, está parasitado com piolhos,
dizemos que ele tem pediculose. A pediculose é, depois da gripe, a doença mais
comum na infância, afetando cerca de 20% das crianças em idade escolar.

Apesar de existirem vários tipos de piolho, nesse texto nós vamos falar apenas
sobre o Pediculus humanus capitis, o famoso piolho da cabeça.

Enfermidades causadas por piolhos


Linfadenopatia, febre das trincheiras, tifo epidêmico e complicações decorrentes de
arranhões na pele.

Espécies de importância médica


Os piolhos são insetos ectoparasitas que se alimentam do sangue dos seus
hospedeiros. Existem mais de 5000 espécies, mas apenas 3 delas parasitam o ser
humano:

Pediculus humanus capitis: subespécie de piolho que infecta o couro cabeludo.

Pediculus humanus corporis (ou humanus humanus): subespécie de piolho que


infecta os pelos do corpo.

Pthirus pubis: é um piolho de família diferente, que infecta os pelos pubianos,


provocando uma doença conhecida como chato (leia: CHATO – Pediculose púbica).

O Pediculus humanus capitis é um inseto que vive exclusivamente nos nossos


cabelos. O piolho do cabelo não infecta outros animais nem consegue sobreviver
por mais de 48 horas fora do couro cabeludo do ser humano.

O Pediculus humanus capitis adulto apresenta cerca de 0,4 cm de comprimento e


uma coloração que varia do cinza claro ao marrom. Seu corpo é transparente e
quanto mais sangue ele tiver ingerido, mas escuro ele costuma ficar.
O piolho fêmea é mais comum que o macho, pois é capaz de se reproduzir mesmo
sem cruzamento. A fêmea possui uma vida média de 30 a 40 dias e pode produzir
até dez ovos por dia. Ao longo da sua curta vida, a “piolha” é capaz de depositar em
nossos cabelos mais de 200 ovos.

A Lêndea
Ao contrário do que algumas pessoas pensam, lêndea não é a fêmea do piolho.
Lêndea é o nome que damos aos ovos. Portanto, existe o piolho macho, o piolho
fêmea e a lêndea.

As lêndeas costumam ficar aderidas próximo à base dos cabelos e, apesar de


serem bem pequenas, podem ser vistas a olho nu. Em geral, elas são
arrendondadas e claras e ficam muito aderidas, sendo difícil a sua extração sem
tratamento. Nos pacientes que têm ao mesmo tempo lêndeas e caspa, a distinção
visual entre as duas pode ser difícil. A diferença é que a caspa sai facilmente.

Cada lêndea costuma dar origem a um novo piolho após 8 dias. Após mais 8 dias, o
piolho alcança a fase adulta e, se for fêmea, pode começar a produzir novos ovos,
reiniciando o ciclo.

Transmissão do piolho
A transmissão do piolho é feita por contato pessoal. O modo de interação entre as
crianças é muito mais próximo e pessoal do que entre os adultos, o que explica a
facilidade de transmissão nesta faixa etária.

Apesar de menos comum, o piolho também pode passar de uma pessoa para outra
através de objetos, como roupas, toalhas, chapéus, headfones, arcos de cabelo,
pentes, escovas e roupa de cama. Um piolho adulto pode sobreviver por um ou dois
dias em um objeto, mantendo-se viável para transmissão.

É importante salientar que o piolho não pula nem voa. Para haver transmissão é
preciso contato direto do cabelo de uma pessoa com o de outra.

Animais de estimação não agem como vetores. O piolho humano não tem nenhum
interesse em passar para o pelo de outros animais. Portanto, não é preciso tratar o
seu cão ou gato de estimação caso alguém na casa esteja contaminado.

Por motivos ainda desconhecidos, crianças de etnia negra apresentam menor risco
de transmissão que as brancas, assim como meninos apresentam menos riscos que
as meninas. O tamanho do cabelo não influencia na transmissão (exceto nas
pessoas carecas).

Ter piolho não é sinal de má higiene capilar. O fato dos cabelos do seu filhos
estarem sempre bem lavadinhos não diminui o risco dos mesmos serem acometidos
por piolhos.

Sintomas
Ao contrário do que se imagina, a maioria dos casos de piolho é assintomática. Mais
que isso, é perfeitamente possível encontrar uma criança com os cabelos infestados
de lêndeas e piolhos sem que a mesma relate qualquer queixa. Por esse motivo, é
rotina em alguns colégios a inspeção das crianças à procura de piolhos, evitando
que o parasita se espalhe por toda a turma.

Nos casos sintomáticos, o principal sintoma é uma intensa coceira na cabeça, que
pode surgir no mesmo dia da contaminação ou no máximo no dia seguinte. A
coceira ocorre por reação à saliva do piolho, que é liberada enquanto este se
alimenta de sangue e restos de pele do couro cabeludo. Comichão na nuca e atrás
das orelhas são bastante comuns, pois são áreas mais quentes, que atraem os
piolho. Em alguns casos, a coceira é tão intensa que a criança tem dificuldade em
dormir; já outras coçam tanto que produzem feridas na pele.

Uma das complicações da pediculose é a infecção bacteriana destas feridas


causadas pela coceira, chamada de pioderma. Esta infecção é causada quando a
bactéria estafilococos, que vive na nossa pele, contamina a ferida aberta pelo ato de
coçar a cabeça freneticamente.

Diagnóstico
O diagnóstico é quase sempre feito pelos pais, através da visualização de um piolho
movendo-se através do couro cabeludo. Quando um piolho é identificado, o mais
comum é já existirem vários outros ao redor da cabeça.

As picadas do piolho costumam deixar marcas avermelhadas no couro cabeludo. Às


vezes, as picadas são identificadas até antes dos piolhos. Se você vir pontinhos
avermelhados que coçam, procure com atenção, pois é frequente encontrar lêndeas
e piolhos ao redor.

Tratamento
Existe uma grande variedade de tratamentos e remédios para piolhos. Porém, tão
importante quanto o uso de remédios é a inspeção e identificação de pediculose em
todas as pessoas ao redor do caso identificado. Se uma criança for tratada para
piolhos, mas seus irmãos ou colegas de turma também infectados não, a chance de
reinfecção é altíssima.
Como o piolho é nada mais que um inseto, o tratamento é feito preferencialmente
com inseticidas especiais. Estes podem ser aplicados em forma de xampu, loções
ou cremes.

Algumas das substâncias mais usadas no tratamento da pediculose incluem:

Permetrina.

Deltametrina.

Piretrina.

Malatião.

Lindano (tem sido cada vez menos usado por ser mais tóxico).

Nos últimos anos, alguns tratamentos sem inseticidas tem se mostrado tão ou mais
eficazes que os tratamentos com inseticidas. Duas substâncias que têm
apresentado bons resultados nos estudos clínicos são a dimeticona e a
ciclometicona, que matam o piolho de forma mecânica, através da sua asfixia e
desidratação.

Nos casos mais graves e resistentes à terapia tópica, o tratamento mais indicado
costuma ser a ivermectina por via oral em dose única (200 a 400 mcg/kg). O
tratamento pode ser repetido uma semana depois.

Nunca use remédios, xampus ou loções que não tenham sido prescritos pelo
pediatra. Existem algumas soluções com inseticida agrícola que são tóxicas e
podem provocar danos sérios às crianças.

Nas crianças com menos de dois anos, não recomendamos o uso de substâncias
que contenham inseticida. Nestes casos ou quando os pais não desejam usar
inseticidas na criança, o pente fino molhado para extração mecânica do piolho é
uma opção. Mas atenção, é preciso ter muita paciência. O cabelo deve ser
penteado quatro vezes por dia, por pelo menos 10 a 14 dias, mesmo que
aparentemente não existam mais piolhos ou lêndeas. O objetivo é remover todos os
piolhos existentes.

Vinagre ou azeite podem ser utilizados para facilitar o trabalho de remoção com
pente fino. Mas atenção: estas substâncias ajudam na remoção mecânica mas não
matam o piolho ou a lêndea. O vinagre pode ser aquecido até ficar morno e depois
misturado a um condicionador. Quando aplicado e abafado com um touca plástica
por pelo menos 30 minutos, o vinagre dissolve a camada que envolve o ovo
(lêndea), impedindo a fixação do mesmo no fio de cabelo.

Passe o pente fino em seguida que o piolhos e as lêndeas sairão com facilidade. O
vinagre pode ser misturado com água também, em uma solução com proporção de
50% para cada um.

Após o tratamento, a identificação de lêndeas não significa necessariamente falha


do mesmo. Se não houver mais piolhos, estas podem ser apenas resíduos de ovos
velhos que permaneceram grudados ao cabelo.

Tratamentos sem comprovação científica

Óleo de coco.

Secador de cabelo.

Manteiga.

Geleia de petróleo.

Chá de Arruda.

Citronela.

Retorno à escola

Enquanto houver piolhos, a criança deve ficar afastada da escola. Atualmente,


porém, os tratamentos eliminam os piolhos em apenas um dia, e a maioria das
crianças já não precisa mais perder aulas.
Não se esqueça de avisar a direção do colégio para que outras mães possam ficar
atentas à existência de piolhos nos seus filhos.

Prevenção em casa

A roupa de cama deve ser trocada diariamente, lavada com água quente e depois
passada a ferro. Os pentes usados devem ser fervidos e lavados com álcool.

Os irmão que tenham contato próximo devem ser tratados de forma preventiva, e os
pais devem, pelo menos, ter o couro cabeludo observado por outro adulto à procura
de lêndeas, piolhos ou sinais de picadas.

Piolho

(Pediculose)

Visão da educação para os pacientes infetados com piolhos


Pontos-chave

Piolhos podem infectar o couro cabeludo, corpo, púbis e cílios. Os piolhos do couro
cabeludo são transmitidos pelo contato íntimo; os piolhos do corpo são transmitidos
em situações de confinamento ou por contato com vários outros indivíduos; e os
piolhos do púbis são transmitidos por contato sexual. Os sintomas, sinais,
diagnósticos e tratamento diferem pela localização da infestação.

Piolhos não são alados, são hematófagos que infestam o couro cabeludo (Pediculus
humanus var. capitis), corpo (P. humanus var. corporis) ou púbis (Phthirus pubis).
Os 3 tipos de piolho diferem substancialmente quanto à morfologia e características
clínicas (ver figura Ampliação de um piolho ). Os piolhos do couro cabeludo e púbis
vivem diretamente no hospedeiro e o do corpo, nas roupas. Todos os tipos são
observados no mundo todo.

Piolho do couro cabeludo

Visão detalhada de um piolho


Uma análise detalhada sobre piolhos

É mais comum em meninas de 5 a 11 anos de idade, mas pode afetar qualquer um;
infestações são menos comuns em negros (1). São transmitidos facilmente de
pessoa a pessoa durante contato próximo (como ocorre em famílias e escolas) e
podem ser ejetados dos cabelos por eletricidade estática ou vento; a transmissão
por essas vias (ou por compartilhar pentes, escovas e chapéus) é possível, mas não
comprovada. Não há associação do piolho do couro cabeludo com a falta de higiene
ou baixo status socioeconômico.

A infestação tipicamente acomete o cabelo e couro cabeludo, mas também pode


afetar outras áreas com pelos. A infestação ativa geralmente envolve ≤ 20 piolhos e
causa prurido grave. O exame clínico muitas vezes é normal, mas pode evidenciar
escoriações no couro cabeludo e adenopatia cervical posterior.

O diagnóstico de piolhos do couro cabeludo depende da comprovação do piolho


vivo. Piolhos são detectados passando um pente fino no cabelo molhado (um pente
com dentes espaçados de cerca de 0,2 mm); em geral, os piolhos são encontrados
na região occipital ou atrás das orelhas. As lêndeas são mais comumente vistas e
são ovoides, cinza-esbranquiçadas e fixadas na base da haste dos pelos. Cada
piolho adulto põe de 3 a 5 ovos/dia, assim as lêndeas são numerosas e não são
uma medida da gravidade da infecção.

Piolhos (cabeça, lêndeas)

Piolhos (cabeça, lêndeas)

Ocultar detalhes

As lêndeas são ovos branco-acinzentados ovoides que se fixam nas hastes


capilares (foto superior); têm aparência característica na microscopia de baixa
potência (foto inferior).
Tratamento de piolhos
A resistência medicamentosa é comum, e a escolha inicial deve basear-se nos
padrões locais de resistência e nos efeitos adversos. O tratamento tópico inclui
malationa, permetrina ou outros piretroides, espinosade e ivermectina (2). O xampu
de lindano não é mais recomendado por causa da resistência generalizada e do
risco de neurotoxicidade (3). A ivermectina oral é tipicamente reservada para
infestações refratárias (4).

Depois de aplicar um pediculicida tópico, as lêndeas são removidas utilizando um


pente fino no cabelo molhado (penteadura úmida). Acabar ou remover as lêndeas
vivas (viáveis) é importante para prevenir a reinfestação; as lêndeas vivas
fluorescem com lâmpada de Wood. A maioria dos pediculicidas também mata as
lêndeas. As lêndeas mortas permanecem após tratamento bem-sucedido e não
significam infecção ativa; não precisam ser removidas. Com o tempo, as lêndeas
desaparecem do couro cabeludo; a ausência delas em menos de um quarto de
polegada do couro cabeludo descarta infecção ativa. Foi demonstrado que o ar
quente mata > 88% das lêndeas, mas sua eficácia é variável para matar os ovos
incubados. Trinta minutos de fluxo de ar quente e seco pode ser um coadjuvante ao
tratamento.

Há controvérsias e em torno da necessidade de limpar os objetos pessoais das


pessoas com piolhos ou lêndeas e de impedir as crianças de frequentar escolas;
não há dados de suporte a essa abordagem. Mas alguns especialistas recomendam
a substituição de itens pessoais ou limpeza completa, seguido por secagem a 54 °C
durante 30 minutos. Os itens que não podem ser lavados podem ser colocados em
sacos plásticos hermeticamente fechados por 2 semanas para matar os piolhos, que
vivem apenas cerca de 10 dias.
Piolhos do corpo
O piolho-do-corpo é encontrado principalmente nas roupas normais e de cama, e
em condições de muita proximidade (p. ex., barracas de militares, alguns abrigos),
condições com falta de higiene e locais com camas comunitárias. O contágio é pelo
compartilhamento de roupas contaminadas. Piolhos do corpo são vetores
importantes de epidemias de tifo, febre das trincheiras e febre recorrente.

Piolho do corpo (Pediculus humanus var. corporis)

Piolho do corpo (Pediculus humanus var. corporis)

Ocultar detalhes

Febre recorrente transmitida por piolho é causada por Borrelia recurrentis, que é
transmitida aos humanos pelos piolhos do corpo (muquiranas).

Há prurido e os sinais são pequenos pontos vermelhos causados pelas picadas,


geralmente associadas a escoriações lineares, urticária ou infecção bacteriana
superficial. Esses achados são especialmente comuns nos ombros, glúteos e
abdome. As lêndeas podem ser encontradas nos pelos do corpo.

O diagnóstico de piolhos do corpo é realizado pela demonstração do piolho ou


lêndea nas roupas, principalmente nas costuras.

O tratamento inicial de piolhos-do-corpo é limpeza minuciosa e troca das roupas e


de roupas de cama (p. ex. lavagem seguida de secagem a 65 °C), o que às vezes é
difícil porque as pessoas afetadas frequentemente têm poucos recursos e controle
sobre seus ambientes (5).
Piolho púbico
É sexualmente transmitido em adolescentes e adultos e por contato próximo dos
pais com os filhos. Também é transmitido por fômites (p. ex., toalhas, roupas de uso
normal e de cama). Infectam pelos pubianos e perianais, mas podem se espalhar
pelas coxas, tronco e pelos faciais (barba, bigode e cílios).

O piolho do púbis causa prurido. Os sinais físicos são poucos, mas, em alguns
pacientes, há escoriações e linfadenopatia regional e/ou linfadenite. Máculas azul-
acinzentadas claras (maculae ceruleae) no tronco, glúteos e coxas são causadas
pela atividade anticoagulante da saliva do piolho quando este se alimenta; não é
comum, mas é uma característica da infecção. Nos cílios, se manifesta por prurido
na região dos olhos, queimação e irritação.

O diagnóstico de piolhos pubianos é realizado pela demonstração das lêndeas e/ou


piolhos por inspeção minuciosa (lâmpada de Wood) ou análise microscópica. Um
sinal auxiliar de infecção é o encontro de manchas marrom-enegrecidas
(excremento do piolho) na pele ou roupas.

O tratamento de piolhos pubianos é descrito na tabela Opções de tratamento para


piolhos . O tratamento inicial é tipicamente com pediculicidas tópicos. A ivermectina
oral é às vezes utilizada para pacientes com infestação por piolhos pubianos que
são refratários a tratamentos tópicos. O tratamento dos cílios e sobrancelhas é difícil
e envolve o uso de vaselina, pomada de fisostigmina, ivermectina oral ou remoção
mecânica com pinça. Os parceiros sexuais devem ser tratados.

Os piolhos do couro cabeludo e púbis vivem nas pessoas, enquanto piolhos do


corpo vivem nas roupas.
Evitar compartilhar objetos pessoais.

Manter o cabelo limpo e preso.

Verificar regularmente a cabeça dos filhos em casa.

Tratar imediatamente os casos de infestação.

Informar a escola para que sejam tomadas as medidas necessárias

Conclusões
Concluímos que as pulgas são insetos de características distintas nas quais se
destacam o corpo das achatado lateralmente, permitindo que se movam facilmente
entre os pelos ou penas de seus hospedeiros e as pulgas possuem longas pernas
posteriores adaptadas para o salto.Elas são consideradas um dos melhores
saltadores do reino animal, capazes de atingir alturas de até 18 cm e distâncias
horizontais de até 33 cm,o corpo das pulgas normalmente tem cerca de 3 mm de
comprimento,São comprimidas lateralmente e revestidas por um tegumento liso,
facilitando a locomoção entre os pelos ou penas do hospedeiro elas se fixam na
pele através de fortes garras,desprovidas de asas, as pulgas possuem peças bucais
adaptadas para perfurar a pele e sugar o sangue do hospedeiro.As espécies de
importância apresentam espécies de importância médica e/ou veterinária são

Pulicidae, com os gêneros Ctenocephalides, Pulex, Xenopsylla;

Rhopalopsyllidae, com o gênero Polygenis;

Tungidae, com os gêneros Hectopsylla e Tunga

Causa várias doenças tal como Dermatite, Teníase, Bartonelose, Requetsiose,


Pulicose e Tulameria, é importante tomar medidas para prevenir infestações por
pulgas em animais de estimação e, assim, proteger os humanos das doenças
causadas por elas. Deve-se usar produtos antipulgas adequados, manter a higiene
da casa e do ambiente onde vivem os animais.

O piolho é um inseto de características destacadas dentre elas, sem asas que mede
aproximadamente 3 mm de comprimento, possui uma coloração transparente e
acinzentada e pode causar infestação em regiões do corpo onde há pelos ou
cabelos,sendo ectoparasitas. As espécies de importância médica são Pediculus
humanus capitis: subespécie de piolho que infecta o couro cabeludo. Pediculus
humanus corporis (ou humanus humanus): subespécie de piolho que infecta os
pelos do corpo.Pthirus pubis: é um piolho de família diferente, que infecta os pelos
pubianos, provocando uma doença conhecida como chato. E causa a famosa
Pediculose, é um parasita que se transmite por contacto direto cuja as medidas de
prevenção são a higienização da roupa e do corpo, não partilhar objetos, isolamento
de pessoas afetadas e o seu tratamento.
Referências bibliográficas
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