paciente, após o devido esclarecimento
Bioética e Biodireito
A Relação dos profissionais
da área da saúde e o
paciente
As relações médico-paciente devem ser
pautadas pelas normas éticas e jurídicas e
aos princípios basilares que permeiam
essas relações, sobretudo, em relação ao
diagnóstico e tratamento a ser adotado.
Quais os deveres inerentes
à prática médica?
1-A informação detalhada do quadro de
saúde do paciente;
2-O esclarecimento do tratamento a ser
adotado;
3-Cuidar do paciente com zelo e
dedicação;
4-Respeitar as decisões pessoais dos
pacientes no caso de recusa de
tratamento;
5-Preservar o sigilo profissional levando
em conta a intimidade do paciente.
Consentimento Livre e
Esclarecido
Constitui direito do paciente de
participar de toda e qualquer decisão
sobre tratamento que possa afetar sua
integridade psicofísica, devendo ser
alertado pelo profissional de todos os
riscos, benefícios do tratamento e
chances de cura.
Modelos
1-Paternalismo: autoritarismo do médico
para a escolha dos procedimentos a
serem aplicados;
2-Consentimento livre e esclarecido: um
modelo mais participativo, onde o
de seu quadro, tem autonomia para
decidir se vai ou não submeter-se a dada
prática terapêutica.
Consentimento livre e
esclarecido
O direito à informação é
constitucionalmente assegurado (art. 5º,
XIV, CF)
Ligado ao direito à informação, encontra-
se o direito ao consentimento, surgindo o
consentimento informado em 1957.
É vedado ao médico:
Art. 22. Deixar de obter consentimento do
paciente ou de seu representante legal após
esclarecê-lo sobre o procedimento a ser
realizado, salvo em caso de risco iminente
de morte. (Código de Ética)
Art. 24. Deixar de garantir ao paciente o
exercício do direito de decidir livremente
sobre sua pessoa ou seu bem-estar, bem
como exercer sua autoridade para limitá-
lo. (Código de Ética)
Art. 34. Deixar de informar ao paciente o
diagnóstico, o prognóstico, os riscos e os
objetivos do tratamento, salvo quando a
comunicação direta possa lhe provocar
danos, devendo, nesse caso, fazer a
comunicação a seu representante legal.
(Código de Ética)
Art. 73. Revelar fato de que tenha
conhecimento em virtude do exercício de
sua profissão, salvo por motivo justo, dever
legal ou consentimento, por escrito, do
paciente.
Deve o paciente ter informações
suficientes, compreensão adequada da
informação, liberdade para decidir
segundo os próprios valores, capacidade
para decidir.
Foi com base no princípio da autonomia
que se desenvolveu o conceito de
consentimento informado, que veio
preconizar o direito de a pessoa não ser
submetida a nenhum procedimento sem
que antes lhe fossem fornecidos os
devidos esclarecimentos.

O consentimento pode ser parcial?

Pode o consentimento ser total ou parcial.
Logo, nada impede que a concordância do
paciente seja apenas para o diagnóstico.

A ausência do consentimento dos

pacientes, pode

importar na aferição de responsabilidade

civil, penal e administrativa dos
profissionais.
O consentimento pode ser revogado?

O consentimento pode ser revogado, não

devendo o médico continuar o tratamento
contra a vontade do paciente, exceto nos
casos em que a interrupção coloque em
risco a vida do paciente.
O consentimento pode ser presumido,
sendo a conduta do profissional da área
da saúde baseada nos históricos de
concordância para idênticas situações
anteriores.

Exceções ao consentimento:
❖ Necessidade da prática médica de
urgência;
❖ Privilégio terapêutico (privar o
paciente de informações quando
prejudicial ao bem-estar);
❖ Renúncia ao direito de ser informado
(paciente se recusa a receber a
informação).