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SUMÁRIO

1. Características principais do consentimento... 3


2. Abordagem do CEM.................................................. 5
3. Principais pontos da
Recomendação Nº1 /2016.......................................... 7
4. Assentimento livre e esclarecido........................10
5. Intervenções na liberdade de
consentir do paciente...................................................11
Referências bibliográficas..........................................13
CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO 3

1. CARACTERÍSTICAS Para alcançar essa liberdade é preciso


PRINCIPAIS DO que o paciente tenha acesso à infor-
CONSENTIMENTO mação e, mais que isso, é preciso que
seja esclarecido. Fatalmente, trans-
O consentimento é um processo e
mitir ao paciente toda informação que
não um ato pontual, logo, o mesmo
o médico tem acerca da Medicina é
é construído ao longo de toda relação
impossível, no entanto, por meio de
médico-paciente sendo parte da prá-
linguagem adequada é possível que
tica médico, pois compreende-se que
o médico esclareça as possibilidades
ser esclarecido e receber informações
de tratamento, entenda as expectati-
adequadas é direito do paciente. Com
vas do paciente e aquilo que o mes-
isso, como visto no Super Material so-
mo já sabe e como compreende sua
bre Relação com Pacientes e Familia-
saúde.
res, a relação médico-paciente tem
como um de seus fundamentos a co- A partir disso podemos depreender
municação, devendo sempre ser feita 3 características básicas do Consen-
de forma que permita a compreensão timento Livre e Esclarecido: é prévio,
do paciente acerca do que se refere o livre e esclarecido. Prévio, pois deve
seu processo de saúde-doença. ser realizado anterior a conduta mé-
dica, exceto em caso de risco iminen-
Este consentimento consiste no ato
te de morte onde não é viável dialo-
do paciente ou seu representante
gar com o paciente acerca da conduta
legal decidir/concordar, após infor-
devendo o médico sempre agir pelo
mações e explicações por parte do
princípio da beneficência e amparado
médico, com procedimentos diag-
pelas melhores evidências disponí-
nósticos e terapêuticos que lhe são
veis. Livre, pois o paciente não deve
indicados. Para tal prescinde-se que
ser submetido a coerção, ameaça,
o paciente tem garantido seu direi-
indução durante seu processo deci-
to a autonomia, ou seja, sua capa-
sório tais interferências diversas ve-
cidade de se autogovernar que, por
zes ocorrem pela vulnerabilidade so-
sua vez, prescinde da garantia de
cial do paciente, fazendo da coerção
liberdade de tomar suas decisões
algo não diretamente proporcionada
sem interferências. Como veremos
pelo médico, mas sim decorrente das
mais à frente, por vezes são realiza-
“amarras sociais” ao qual o paciente
das intervenções danosas por parte
é submetido. Esclarecido, pois deve
de médicos ou familiares que acabam
conter informações necessárias
por suprimir a autonomia e liberdade
acerca do que está sendo proposto
dos pacientes ao longo do processo
a partir de uma linguagem acessível
decisório.
CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO 4

para o paciente e sem uso de jargões


médicos. SE LIGA! A vulnerabilidade é a “susceti-
bilidade de ser ferido”, logo, as pessoas
Logo, a informação do paciente não estão submetidas a graus diferentes
deve ser encarada como um ato bu- de vulnerabilidade, sobretudo, em um
rocrático, mas sim uma etapa da re- país como o Brasil onde as desigualda-
des são tão acentuadas e por isso temos
lação médico-paciente que garante graus diversos de vulnerabilidades entre
o respeito à dignidade, autonomia e os pacientes. Na Medicina, mais especi-
liberdade humana. ficamente no serviço público, é possível
notar que além das doenças que em si
causam vulnerabilidades, as questões
econômicas e sociais se somam e levam
muitos pacientes a assinarem termos
de consentimento por medo de perder
aquela oportunidade de tratamento
ou por medo de tirar suas dúvidas e ser
deixado de lado. Por isso, cabe ao mé-
dico identificar as possíveis vulnera-
bilidades do paciente para então traçar
Dignidade estratégias de cuidado que busquem
minimizar as mesmas, favorecendo o
exercício da autonomia.
Liberdade

É um processo e
Autonomia não um ato pontual!

Antes do procedimento!
Informação

Direito do paciente! CONSENTIMENTO PRÉVIO

ESCLARECIDO LIVRE

Sem coerção, ameaça, indução


Informação necessária
ou outras interferências!

Atenção para as
Linguagem acessível
vulnerabilidades!
CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO 5

2. ABORDAGEM DO CEM um dano grave ou irreversível caso


o médico não haja de imediato.
No primeiro Capítulo do CEM, sobre
os Princípios Fundamentais, já é abor- No Capítulo V sobre Relação com Pa-
dado um aspecto relativo ao processo cientes e Familiares, o Art. 31 abor-
de esclarecimento que é o dever do da o aspecto da liberdade que já fa-
médico em aceitar as escolhas dos lamos anteriormente trazendo que é
seus pacientes relativos aos proce- vedado ao médico “desrespeitar o
dimentos diagnósticos e terapêuticos direito do paciente ou de seu repre-
desde que estes estejam adequados sentante legal de decidir livremente
e cientificamente reconhecidos. sobre a execução de práticas diag-
nósticas ou terapêuticas”, mais uma
No Capítulo IV sobre Direitos Hu-
vez, ressaltando a exceção que é o
manos no artigo (Art.) 22 diz que é
risco iminente de morte do mesmo. O
vedado ao médico “deixar de obter
Art. 34 deste mesmo Capítulo aborda
consentimento do paciente ou de seu
que é vedado ao médico “deixar de
representante legal após esclarecê-
informar ao paciente o diagnóstico, o
-lo sobre o procedimento a ser reali-
prognóstico, os riscos e os objetivos
zado, salvo em caso de risco iminente
do tratamento, salvo quando a co-
de morte”, em seguida, o Art. 24 diz
municação direta possa lhe provocar
que é vedado ao médico “deixar de
dano”, nessa situação, a informação
garantir ao paciente o exercício do di-
deve ser passada ao representante
reito de decidir livremente sobre sua
legal do paciente. Conforme discuti-
pessoa ou seu bem-estar, bem como
do no Super Material sobre Ralação
exercer sua autoridade para limitá-
com Pacientes e Familiares, esta si-
-lo”. Mais uma vez, aqui vale ressaltar
tuação trazida no Art. 34 é chamada
a situação de exceção que é o risco
de “privilégio terapêutico”, ou seja, o
iminente de morte onde não é re-
“direito de não saber do paciente”, em
comendado buscar consentimento
situações em que o mesmo se recu-
do paciente uma vez que o médico
sa a saber ou porque o médico nota
precisa garantir o compromisso de
que informar traria mais dano do que
manutenção da vida do seu paciente,
benefício devendo neste caso repor-
mas também, vale destacar uma situ-
tar-se a algum membro da família ou
ação trazida na aula por Dra. Camila,
representante legal. Porém, o médico
a qual até o momento não está con-
não deve “abusar” do privilégio te-
templada no CEM, que é quando há
rapêutico como forma de evitar dar
um risco de agravamento de dano,
notícias difíceis ou uma possível re-
ou seja, quando há iminência de
jeição do paciente ao tratamento que
será proposto. Em algumas situações,
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a informação pode ser feita de modo pode ser obtido verbalmente e em


gradual para evitar danos ao pacien- seguida registrado todas as etapas
te, pois em alguns casos, ao invés de do mesmo em prontuário. Inclusive, é
já não dizer, é possível não dizer tudo importante lembrar que a escrita no
imediatamente, contando ao paciente prontuário é um direito que o paciente
apenas aquilo que ele esteja em con- tem e também uma forma do médico
dições de suportar. fazer uma prova de tudo que ele fez
O Código de Ética Médica (CEM) e do adequadamente no decurso do trata-
Conselho Federal de Medicina (CFM) mento do paciente. No entanto, como
não fazem exigências para que o vimos na aula de Dra. Camila, a assi-
consentimento e esclarecimento do natura do paciente em um documento
paciente seja sempre feito por escrito a parte faz com que este documento
em um documento, levando em consi- tenha “força de lei” externa ao pron-
deração que na prática clínica, em al- tuário, por isso a mesma recomenda
gumas situações, este consentimento que o quanto possível seja realizado
o consentimento por escrito nos mol-
des que veremos a seguir.

Capítulo I:
Aceitar as escolhas dos pacientes relativos aos
procedimentos diagnósticos e terapêuticos desde que estes
estejam adequados e cientificamente reconhecidos

Art. 22:
É vedado deixar de obter consentimento após
esclarecer o paciente sobre o procedimento a ser realizado,
salvo em caso de risco iminente de morte.

Art. 24:
CÓDIGO DE
É vedado deixar de garantir ao paciente o
ÉTICA MÉDICA exercício do direito de decidir livremente.

Art. 31:
É vedado desrespeitar o direito do paciente de decidir livremente
sobre a execução de práticas diagnósticas ou terapêuticas.

Art. 34:
É vedado deixar de informar ao paciente o diagnóstico, o
prognóstico, os riscos e os objetivos do tratamento → se causar
dano, dirigir-se a representante legal (direito de não saber).
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3. PRINCIPAIS PONTOS DA Consentimento Livre e Esclarecido


RECOMENDAÇÃO Nº1 /2016 evidenciando três fases para obten-
ção do mesmo:
A Recomendação Nº1 de 2016
do CFM trata especificamente do

Elementos Iniciais:
Garantir previamente que o paciente tenha condições
para entender e em seguida tomar uma decisão livre.

Elementos Informativos:
Expor informações de forma esclarecedora, em linguagem
acessível e sem jargões médicos acerca de: diagnóstico, natureza e
objetivos da intervenção (diagnóstica ou terapêutica) indicada,
riscos e benefícios, alternativas, recomendações e duração.

Compreensão da Informação:
É a decisão, a favor ou contra, a partir das fases anteriores,
pela intervenção e/ou alternativas propostas.

Como dito, como uma forma de com- estabelecendo uma relação de con-
provação que houve concordância do fiança entre ambas as partes (médico
paciente e de que todo processo foi e pacientes/familiares).
realizado respeitando a autonomia do Para procedimentos médicos de
mesmo e respeitando as fases acima maior complexidade como: exames
citadas, o consentimento feito por es- invasivos, cirurgias, transplantes e
crito é o melhor para tal. No entanto, outros que o médico perceba que
pela dinâmica da prática clínica onde deve fazer, recomenda-se que o con-
por vezes fazer um consentimento sentimento seja feito por escrito, ado-
por escrito pode até causar estranhe- tando o nome de Termo de Consen-
za por parte do paciente interferindo timento Livre e Esclarecido (TCLE) o
tanto na relação com o mesmo, como qual não deve ser padronizado de
na dinâmica do procedimento a ser maneira igual para todos os pacien-
realizado, nestas situações, deve ser tes, mas sim deve ser feito um do-
garantida a comunicação mais efetiva cumento para cada procedimento
possível utilizando tom claro, gestos e
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respeitando as particularidades de o que de modo algum enquadra-se


cada um, bem como de cada paciente. como boa prática.
Como vimos na aula de Dra. Camila, o É importante garantir que sendo o
TCLE é uma redução a termo de todo consentimento realizado por escrito
processo de consentimento realizado deve ser sugerido que o paciente leia
ao longo da relação entre médico e o mesmo com calma, discuta com
paciente, de modo que todo processo seus familiares, anote suas dúvi-
e detalhamento de todo percurso de das, medos e incertezas e tenha o
esclarecimento deve estar escrito em espaço para rediscutir com o médi-
prontuário. Cabe diferenciar o ade- co. Por sua vez, o médico não deve
quado registro em prontuário da prá- focar a autonomia do paciente ape-
tica da medicina defensiva a qual não nas no aspecto racional, não deven-
segue as recomendações éticas, pois do negligenciar aspectos emocionais,
sob a perspectiva da mesma todo pa- religiosos e valores que venham a in-
ciente é visto como potencial autor de fluenciar no processo de decisão do
um processo contra o médico o que paciente.
leva a muitos profissionais a realiza-
rem um excesso de exames e termos A elaboração do TCLE deve seguir
a seguintes orientações conforme a
Recomendação Nº1/2016 do CFM:
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Fonte:

Arial OU Times New


Roman de tamanho ≥ 12.
Não fazer manuscrito!

Linguagem:
Espaços:
• Não usar termos estrangeiros
nem técnicos. Em branco ou para o paciente
• Acessível para diferentes assinalar, sendo favorável a
níveis de escolaridade. participação no processo.
• Informações verdadeiras e reais.
TCLE

Conteúdo:
Dados:
• Justificativa, objetivos e
descrição do procedimento. • Nome do paciente.
• Duração e descrição de • Assinatura do paciente
desconfortos no curso do ou impressão datiloscópica
procedimento. do mesmo ou representante
• Benefícios, riscos e métodos legal e do médico.
alternativos ao proposto e • Nome, endereço e telefone
eventuais consequências da do médico e sua equipe.
não realização deste.
• Cuidados após o procedimento.

Declarações:
• Do paciente de que está
informado e esclarecido e
de que é LIVRE PARA NÃO
CONSENTIR, sem qualquer
penalização ou prejuízo.
• Do médico de que
explicou de forma clara
todo o procedimento.
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Vale ressaltar que, ao assinar que indicado para pacientes incapazes


está concordando com o determina- de assinar um TCLE, mas que ainda
do procedimento este mesmo Termo assim têm direito de ser informados
não deve ser considerado para incluir e esclarecidos quanto aquilo que se
pacientes em pesquisa vinculada ao refere ao seu processo de saúde-do-
médico. Para participação em pes- ença. As regras para elaboração do
quisa um outro Termo, diferente do termo de assentimento seguem as
utilizado para o consentimento de mesmas do TCLE. Isso se aplica, por
procedimento terapêutico/diagnós- exemplo, a crianças e adolescentes
tico, deve ser formulado seguindo as quais devem ter um termo de as-
as recomendações para pesquisa sentimento com linguagem adequa-
com seres humanos (vide Resolução da para sua idade devendo seus pais/
Nº466 do Conselho Nacional de Saú- responsáveis assinar o TCLE.
de de 2012). Cabe aqui relembrar o que Dra. Ca-
mila explicou acerca da compreensão
SE LIGA! No caso de recusa de consen- de capacidade ou incapacidade para
timento por crença religiosa como por algo diante do Código Civil Brasileiro:
exemplo, paciente Testemunha de Jeo-
vá que recusa-se a receber transfusão entre 0 e16 anos considera-se que a
sanguínea, não cabe ao médico discutir pessoa é absolutamente incapaz, en-
com o paciente sobre sua interpretação tre 16 e 18 esta é relativamente ca-
religiosa, devendo considerar esta de-
paz e acima dos 18 anos considera-
cisão autônoma por partir de uma forte
convicção religiosa do paciente. O médi- -se que a pessoa é capaz de gerir sua
co deve estar atualizado no que diz res- vida civil.
peito às alternativas a transfusão san-
guínea já criadas pela ciência, devendo No entanto, na área da saúde é im-
o médico na existência do acesso a es- portante ressaltarmos que nem sem-
tas alternativas oferecê-las ao paciente. pre este critério etário corresponde
Caso estas alternativas não sejam sufi-
cientes (ou não estejam disponíveis) e
ao grau de autonomia do pacien-
o paciente esteja em risco iminente de te e capacidade de consentimen-
morte, o médico deverá praticar a trans- to diante de uma situação que afeta
fusão sanguínea sem o consentimento a sua saúde. Para tal, para avaliar a
do paciente e familiares. Fonte: Reco-
mendação Nº1/2016 capacidade de uma pessoa consentir
deve levar em consideração não so-
mente os critérios etários, mas tam-
4. ASSENTIMENTO LIVRE bém psicológicos e possibilidade de
E ESCLARECIDO comunicação, de modo que: crianças,
O termo de assentimento (e não adolescentes < 18 anos, portadores
consentimento) livre e esclarecido é de doenças que comprometa a ca-
pacidade de entendimento, pessoas
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inconscientes ou muito debilitadas prognóstico, complicar a terapêutica


não são consideradas capazes de ou exceder-se no número de visitas,
declarar consentimento. No entanto, consultas ou quaisquer outros pro-
isso não inviabiliza que as mesmas cedimentos médicos”. A relação mé-
participem do processo, pelo contrá- dico-paciente não deve ser baseada
rio! A participação desses indivíduos em mentiras ou omissões, logo, é im-
considerados incapazes deve ser es- portante que o médico inclusive bus-
timulada através da comunicação e que compreender se o paciente de
informação que ocorre antes da for- fato não tem condições de receber a
malização do TCLE e durante toda a informação, podendo inclusive obser-
relação médico-paciente-responsá- var isto em consultas subsequentes.
vel legal, devendo sua opinião ser Na aula de Dra. Camila algumas des-
considerada e seu direito à obten- sas possíveis interferências foram
ção do assentimento livre e escla- exemplificadas, tais como: erro, dolo,
recido garantido. coação, estado de perigo. Vale lem-
brar que, uma vez que o consenti-
5. INTERVENÇÕES mento positivo do paciente seja re-
NA LIBERDADE DE sultado de uma intervenção este ato
CONSENTIR DO PACIENTE pode ser juridicamente anulado.
O erro por si só é quando o pacien-
Como mencionado, o consentimen-
te é induzido a algo que não entendia
to deve ser livre, ou seja, o paciente
bem e por isso o mesmo acaba ma-
não deve receber intervenções ex-
nifestando concordar com aquilo. O
ternas que interfiram na sua decisão
dolo é uma ação/omissão intencional
retirando sua liberdade de fazê-la e,
por parte do médico com a intenção
com isso, suprimindo sua autonomia.
de induzir/fortalecer/manter o pacien-
Muitas vezes essas intervenções po-
te em erro para que este concorde
dem ser causadas inclusive pela fa-
com algo que não realizaria de modo
mília que pedem para que o médico
a beneficiar o médico ou terceiros. A
não revele totalmente do que se tra-
coação é quando é colocado no pen-
ta a intervenção diagnóstica ou tera-
samento do paciente o medo de so-
pêutica ou quando pedem para que o
frer dano físico ou moral a si ou sua
médico exagere acerca do quadro do
família caso negue-se a consentir. Já
paciente de modo a fazê-lo concordar
o estado de perigo é quando o pa-
com determinados procedimentos.
ciente ou pessoa de sua família, pela
Porém, de acordo com o Art. 35 do
necessidade de salvar aquele ente
CEM é vedado ao médico “Exagerar
de grave dano, assume desembolsar
a gravidade do diagnóstico ou do
quantia onerosa.
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MAPA MENTAL: RESUMO CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO.

É um processo e não
um ato pontual!

Direito do paciente! Verbal ou TCLE

FASES Termo de ASSENTIMENTO

Garantir previamente que < 18 anos, portadores


o paciente tenha condições Intervenções no processo
de doenças que comprometa a
para entender e em seguida de Consentimento
capacidade de entendimento,
tomar uma decisão livre! pessoas inconscientes ou
Relação médico muito debilitadas
paciente não deve ter
Expor informações pertinentes omissões ou mentiras!
com linguagem adequada!
Opinião respeitada!
Erro, dolo, coação ou
estado de perigo.
O paciente decide!
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REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS
Conselho Federal de Medicina. Código de Ética Médica: Resolução CFM nº 2.217, de 27 de
setembro de 2018 / Conselho Federal de Medicina - Brasília: Conselho Federal de Medicina,
2019.108 p.
Conselho Federal de Medicina. Recomendação Nº1 de 2016.
Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura UNESCO. Declaração
Universal sobre Bioética e Direitos Humanos. Disponível em : https://bvsms.saude.gov.br/
bvs/publicacoes/declaracao_univ_bioetica_dir_hum.pdf.
CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO 14

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