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Gestão de Custos para a Tomada de Decisão
Revisão Textual:
Prof. Me. Luciano Vieira Francisco
Gestão de Custos para a Tomada de Decisão
Objetivos
• Conhecer o conceito de gestão de custos e a sua aplicabilidade;
• Compreender como as organizações podem contribuir para a melhoria contínua de seus
processos visando maior rentabilidade de seus serviços e produtos;
• Aprimorar os conceitos de precificação e tomada de decisão;
• Conhecer os conceitos de margem de contribuição e ponto de equilíbrio.
Caro Aluno(a)!
Normalmente, com a correria do dia a dia, não nos organizamos e deixamos para o úl-
timo momento o acesso ao estudo, o que implicará o não aprofundamento no material
trabalhado ou, ainda, a perda dos prazos para o lançamento das atividades solicitadas.
Assim, organize seus estudos de maneira que entrem na sua rotina. Por exemplo, você
poderá escolher um dia ao longo da semana ou um determinado horário todos ou alguns
dias e determinar como o seu “momento do estudo”.
Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de
discussão, pois estes ajudarão a verificar o quanto você absorveu do conteúdo, além de
propiciar o contato com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de
troca de ideias e aprendizagem.
Bons Estudos!
UNIDADE
Gestão de Custos para a Tomada de Decisão
Contextualização
No mundo atual dos negócios, com o crescimento da globalização, influência das tec-
nologias e o conhecimento a respeito da precificação, é importante que o gestor esteja
antenado e saiba como procurar as informações da contabilidade de custos – ou gestão
de custos –, indo ao encontro das aspirações da empresa.
Assim, o gestor empresarial moderno deve ter o amplo conhecimento de sua empre-
sa, compreendendo se os custos estiverem trabalhando a favor da companhia, tornando
mais fácil o controle sobre a mesma.
Portanto, a preocupação com o custeio não deve se limitar à sua redução de custos,
mas também entender todo o sistema de custeio para que, dessa maneira, seja possível
melhorar todos os processos da organização, tais como a precificação, margem de se-
gurança, margem de contribuição, entre outros.
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Introdução
Quando se menciona controle de custo ou sistemas de custeio, as empresas devem se
preocupar com o controle dessas ferramentas e a sua aplicabilidade. A gestão empresa-
rial e o controle sobre os custos necessitam de todo apoio e envolvimento dos gestores
da organização no que tange à gestão dos processos e de produtos.
A partir da boa gestão dos custos integrados com a contabilidade gerencial, adminis-
tração e finanças, a empresa tem o valor de seu produto percebido e maior controle para
precificá-lo. Além disso, é importante ressaltar que a sinergia no ambiente corporativo
se tornou uma ferramenta saudável para que as empresas consigam maior envolvimento
entre as áreas, podendo administrar os custos relacionados às pessoas.
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Não se diz apenas em redução de custos para obter sucesso, mas também ao aprimora-
mento da forma de trabalhar, gerenciar e controlar a sua produção, permitindo que todas
as pessoas ali envolvidas tenham acesso à gestão da empresa. Isto porque o modelo de
gestão empresarial deverá ir ao encontro do planejamento e das metas da organização.
Para Fontoura (2013) além de não fornecerem dados relevantes de êxito para a
gestão, os sistemas de contabilidade gerencial não demonstram detalhes rentáveis por
processo e/ou enfatizam informações não relevantes à produção de uma empresa.
O grande obstáculo que começou a aparecer no início do século XX
foi basicamente a complexidade das atividades das firmas vertical-
mente integradas, bem como a indiferença e a falta de visão sistêmi-
ca dos gerentes em relação ao planejamento dos resultados globais.
(FONTOURA, 2013, p. 5)
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Alguns métodos básicos de custeio não se fazem suficientes para a obtenção de dados
gerenciais. Insumos inadequados podem levar a organização à má conduta por não cap-
tar a participação de cada produto, bem como se posicionar em relação à concorrência.
Ademais, estudos ressaltam que devem ser controlados todos os lucros oriundos de
cada operação, isoladamente, demonstrando:
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Desta forma, fez-se necessário – e se faz até o momento atual – que os gestores atuem
de maneira simultânea, onde não somente os contadores tenham acesso e forneçam tais
informações de grande valia. Ainda que toda a visão sistêmica da contabilidade gerencial
parta de um estudo contábil, é importante que os detalhes não sejam perdidos e que todos
os envolvidos da organização consigam mapear e ter uma análise crítica dos movimentos
que a empresa faz.
O motivo disso é que os gestores que trabalham diretamente com a produção, operação
e mix dos produtos e serviços tenham a competência necessária para um exame mais ro-
busto do planejamento e das estruturas essenciais do ramo de negócio.
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A produção típica da empresa tradicional era composta por poucos arti-
gos, feitos em grandes lotes, com alto volume de produção. Na empresa
moderna, há a necessidade de grande flexibilidade na produção, isto é,
cada vez mais é preciso fabricar produtos com muitos modelos, feitos
em prazos mais curtos, com vidas úteis menores, devendo ser entregues
em menos tempo ao cliente. (BORNIA, 2010, p. 1).
Outro exemplo claro relacionado a esse tema é aquele empresário da área de vendas
que visa à receita daquela operação sem considerar os custos, as despesas, o tempo de
produção, os impostos, entre outras ferramentas básicas de controle.
O tema que abrange flexibilização ganhou força atualmente, afinal, assuntos moti-
vados às relações com o trabalho, colaboradores e meio ambiente tornaram-se impor-
tantes recursos dentro das organizações, trazendo maior preocupação com o assunto,
principalmente porque as empresas entendem pessoas como ativos.
Por esse motivo, alguns tópicos ganharam mais visibilidade no mercado corporativo
como, por exemplo, responsabilidade socioambiental, direitos dos colaboradores, desen-
voltura e envolvimento desses na tomada de decisão, entre outros aspectos. Os gestores
passaram a compreender os seus lugares como empregadores, ao passo que conhecem,
analisam e intensificam a relação entre pessoas abaixo de sua hierarquia.
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Tendo ciência desses impactos e da grande pressão trazida pela globalização, as or-
ganizações buscam um meio de mitigação. A integração de diversas tarefas dentro de
distintos setores ocasiona alguns benefícios, tais como maior fôlego financeiro, redução
das estruturas hierárquicas e transformação de colaboradores e gestores com conheci-
mentos coletivos e compartilhados.
Alguns estudiosos propõem que para a empresa moderna obter melhores resultados
contínuos é necessário seguir alguns passos, entre os quais:
• Redução das perdas;
• Melhores práticas contínuas;
• Fluxo constante de materiais;
• Aprimoramento da qualidade.
Lembrando que o perfil da empresa moderna oferece ganhos nas organizações no que
diz respeito à desenvoltura de produtos e processos, operacionalizações e modelos de ges-
tão propriamente ditos. Todo o planejamento e a administração estratégica organizacional
evoluem e se modificam em relação a esse tema, sendo também por esse motivo que a
contabilidade de custos se torna um método eficiente e de mensuração para a análise da
metodologia, tática e do progresso do modelo de gestão.
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Formação de Preços
Para que seja criado o preço do produto, o primeiro passo é a definição dos custos gerais,
das despesas, tudo o que envolve a organização e todos os seus recursos para a elaboração
e o desenvolvimento de seu produto e/ou serviço.
O preço baseado em custo por absorção significa que a organização conseguirá cobrir
todos os gastos embutidos naquele produto apenas com o valor final do preço; já o preço
baseado em custo variável considera como tal apenas as variáveis e o montante que sobra
entre o preço de venda, sendo o valor do custo a rentabilidade que se espera para cobrir
os custos fixos e a margem de lucro.
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valor no produto por já conhecer o montante de seus custos fixos mensais; já no modelo
de preço por custo variável, a empresa poderá determinar o valor sempre que os custos
variáveis sofrerem alteração – significará maior liberdade no momento de estipular os
preços, bem como melhores negociações.
Existem algumas maneiras mais comuns para utilizar o método de custeio por retorno
de investimento, tais como:
• Precificar novos produtos existentes ou não no mercado;
• Determinar compra direta ou produção interna de um novo produto;
• Flexibilidade no custeio baseado nas alterações de mercado.
PV = CT + DT + L
Onde:
PV = preço de venda;
CT = custos totais;
DT = despesas totais;
L = lucro.
Vale lembrar que o preço pode ser estabelecido unitariamente por produto desenvol-
vido e vendido. Desta maneira, o cálculo pode ser realizado da seguinte forma:
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Partindo desse pressuposto, quando se calcula o preço de venda com a margem de
lucro embutida no preço, tal processo é reconhecido pela denominação markup, ou
seja, taxa de marcação.
Tal conceito traz o índice que será aplicado diretamente no custo unitário de um
produto/serviço. Quando a empresa elabora o cálculo baseado em markup, devem ser
consideradas as despesas e os custos fixos e variáveis, além da margem de lucro.
Ponto de Equilíbrio
Com o ponto de equilíbrio a empresa consegue informações mais detalhadas e preci-
sas sobre o montante ideal para vendas, objetivando alcançar o ponto inicial de seu lucro.
Torna-se muito relevante avaliar e calcular o volume de vendas ne-
cessário para cobrir os custos e começar a formar resultado positivo,
sendo que justamente o momento em que o custo se iguala a zero
denomina-se ponto de equilíbrio; dessa situação em diante a em-
presa começa a ser lucrativa desde que os produtos sejam vendidos
obedecendo ao preço de venda ideal previsto em boletim de custo.
(FONTOURA, 2013, p. 67, grifo nosso)
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Sobre os quais, vale ressaltar que são fornecidas informações e insumos suficien-
tes e relevantes para o gerenciamento da companhia e a tomada de decisão; logo,
servindo tanto para analisar o volume necessário de vendas, assim como verificar a
rentabilidade que o produto conduz e, consequentemente, a margem de contribuição
atrelada ao qual.
Supondo que o custo fixo de uma produção totalize 50 mil reais e a margem de contri-
buição por unidade corresponda a um total de 10, o ponto de equilíbrio deve ser calculado
da seguinte forma:
= 50.000,00 / 10
= 5.000
Ou seja, a empresa precisará vender 5 mil produtos para atingir o seu ponto inicial de
lucro, cobrindo todos os seus custos.
= 50.000 - 20.000 / 10
= 3.000
Baseando-se nos custos fixos totais em 50 mil reais, a margem de contribuição uni-
tária de 10, espera-se um lucro de, pelo menos, 2 mil reais. Desta maneira, o ponto de
equilíbrio econômico deverá ser calculado conforme a seguir:
A empresa precisará vender 5 mil e 200 produtos para suprir os seus custos.
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Margem de Contribuição e
Margem de Segurança
Os dois modelos de margem são utilizados nas empresas com o objetivo de relacio-
nar a rentabilidade baseada na venda de um produto conforme os seus custos embuti-
dos. Em relação ao custo direto, a margem de contribuição é a sobra do faturamento
menos os custos e as despesas variáveis em sua totalidade.
Quadro 1
Dado Valor Representatividade
Faturamento (20.000 unidades a R$ 25,00, cada) R$ 500.000,00 100%
Custos variáveis + Despesas variáveis R$ 300.000,00 60%
Margem de contribuição R$ 200.000,00 40%
Custos fixos + Despesas fixas R$ 50.000,00 10%
Lucro líquido R$ 150.000,00 30%
Utilizaremos como base o ponto de equilíbrio contábil, onde a empresa precisará ven-
der 5 mil produtos a 25 reais, cada (Quadro 1).
Margem de segurança:
Margem de segurança = Receita - Ponto de equilíbrio
= 500.000,00 - 5.000 × 25,00
= 375.000,00
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Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
Livros
Fundamentos de Custos para Formação do Preço e do Lucro
SANTOS, J. J. Fundamentos de Custos para Formação do Preço e do Lucro. São
Paulo: Atlas, 2012.
Leitura
Práticas de Gestão Estratégica de Custos adotadas por Empresas brasileiras de Segmentos
do Agronegócio
https://bit.ly/3SERx7A
As Estratégias de Precificação e o Desempenho das Empresas
https://goo.gl/Dmg2kD
Precificação de Produtos: Como Achar o Preço Ideal
https://goo.gl/17gwn1
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Referências
BORNIA, A. C. Análise Gerencial de Custos. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2010.
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