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Descreva quais são os parâmetros dos sinais vitais para avaliação de recém nascidos.

1. Os parâmetros dos sinais vitais para avaliação de recém-nascidos incluem:

Frequência Cardíaca (FC): A frequência cardíaca normal de um recém-nascido varia de acordo com a
idade gestacional e a condição de saúde. Geralmente, varia entre 120 a 160 batimentos por minuto.

Frequência Respiratória (FR): A frequência respiratória normal em recém-nascidos também varia, mas
em média fica entre 30 a 60 respirações por minuto.

Temperatura Corporal (T): A temperatura corporal normal de um recém-nascido é em torno de 36,5 a


37,5 graus Celsius. É importante monitorar a temperatura para evitar a hipertermia ou hipotermia.

Pressão Arterial (PA): A pressão arterial em recém-nascidos é medida principalmente através da pressão
arterial sistólica. Valores normais variam de acordo com a idade gestacional e o peso ao nascer.

Saturação de Oxigênio (SpO2): A saturação de oxigênio no sangue é um indicador importante da


oxigenação dos tecidos. Em recém-nascidos, valores normais de SpO2 geralmente estão acima de 95%.

Além desses parâmetros, também é importante observar a coloração da pele, o tônus muscular, o
padrão de respiração e outros sinais que possam indicar a saúde geral do recém-nascido. A avaliação dos
sinais vitais é fundamental para monitorar a estabilidade e o bem-estar dos bebês recém-nascidos.

2. Ao nascimento, 03 perguntas guiam a equipe de saúde durante o

atendimento do recém-nascido. Quais são estas perguntas?

As três perguntas que guiam a equipe de saúde durante o atendimento do recém-nascido ao nascimento
são geralmente conhecidas como as "Três Perguntas da Reanimação", referentes ao método de
reanimação neonatal. Elas são:
Está o bebê respirando ou chorando?

Se o bebê está respirando bem e/ou chorando vigorosamente, isso é um sinal positivo e geralmente
indica boa adaptação à vida extrauterina.

Qual é o tônus muscular do bebê?

O tônus muscular refere-se à rigidez ou flacidez dos músculos. Um bebê com bom tônus muscular
geralmente tem movimentos ativos e uma postura firme.

Qual é a frequência cardíaca do bebê?

A frequência cardíaca é um indicador crucial da saúde cardiovascular do bebê. Uma frequência cardíaca
adequada é essencial para uma oxigenação adequada dos tecidos e órgãos.

Essas perguntas são fundamentais para determinar a necessidade de intervenções imediatas, como a
reanimação neonatal, caso haja sinais de dificuldade respiratória, tônus muscular fraco ou frequência
cardíaca baixa. O objetivo é garantir que o bebê recém-nascido receba os cuidados necessários para uma
transição segura para a vida fora do útero materno.

3. De forma detalhada, explique o que é a escala de Apgar, quais parâmetros

são contemplados durante a avaliação e como é feita a pontuação

A Escala de Apgar é uma ferramenta de avaliação rápida e objetiva usada para avaliar o estado de saúde
de um recém-nascido logo após o nascimento. Ela foi desenvolvida pela Dra. Virginia Apgar e é
amplamente utilizada para determinar a necessidade de intervenções imediatas e monitorar a
adaptação do bebê à vida extrauterina. A escala é aplicada nos primeiros minutos após o nascimento,
geralmente aos 1, 5 e 10 minutos, e consiste em avaliar cinco parâmetros, atribuindo uma pontuação de
0 a 2 para cada um deles. A pontuação total varia de 0 a 10, sendo que um escore baixo pode indicar a
necessidade de cuidados adicionais e intervenções médicas.

Aqui estão os parâmetros contemplados durante a avaliação da Escala de Apgar e como é feita a
pontuação:

Atividade Muscular (Tônus Muscular):


0: Ausência de movimento.

1: Tônus muscular reduzido ou movimentos lentos.

2: Movimentos ativos e vigorosos.

Frequência Cardíaca:

0: Ausência de batimentos cardíacos.

1: Frequência cardíaca menor que 100 batimentos por minuto.

2: Frequência cardíaca igual ou maior que 100 batimentos por minuto.

Resposta à Estimulação (Reflexos):

0: Ausência de resposta à estimulação.

1: Resposta reflexa lenta ou fraca.

2: Resposta reflexa rápida e vigorosa.

Cor da Pele:

0: Pele azulada ou cianótica em todo o corpo.

1: Pele rosada com extremidades azuladas.

2: Pele completamente rosada.

Esforço Respiratório:

0: Ausência de respiração.

1: Respiração irregular, fraca ou lenta.

2: Respiração vigorosa, choro forte.

Cada um desses parâmetros recebe uma pontuação de 0, 1 ou 2, dependendo do estado do recém-


nascido em cada aspecto. Após avaliar cada parâmetro, as pontuações são somadas para obter o escore
total da Escala de Apgar. Essa pontuação é um indicador importante da adaptação inicial do bebê à vida
fora do útero e ajuda a equipe médica a tomar decisões rápidas sobre a necessidade de cuidados
adicionais, como reanimação neonatal.

4. Leia o caso a seguir:

“Recém-nascido de M.A.C, nasce de parto vaginal, idade gestacional de 30

semanas + 5 dias, no nascimento apresentou-se hipoativo, frequência

cardíaca de 76 bpm, esforço respiratório e extremidades cianóticas.”

Qual é a nota de Apgar para este caso?

Vamos atribuir uma pontuação na Escala de Apgar para o caso descrito:

Atividade Muscular (Tônus Muscular):

Como o bebê é descrito como "hipoativo", podemos atribuir uma pontuação de 1, indicando tônus
muscular reduzido ou movimentos lentos. Pontuação: 1.

Frequência Cardíaca:

A frequência cardíaca é mencionada como 76 bpm, o que está abaixo do esperado para um recém-
nascido saudável. Isso sugere uma pontuação de 1, indicando frequência cardíaca menor que 100 bpm.
Pontuação: 1.

Resposta à Estimulação (Reflexos):

Não há informações específicas sobre a resposta à estimulação, então assumiremos que não há uma
resposta reflexa rápida e vigorosa. Pontuação: 0.

Cor da Pele:
As extremidades cianóticas indicam uma circulação sanguínea comprometida, o que sugere uma
pontuação de 0, indicando pele azulada ou cianótica. Pontuação: 0.

Esforço Respiratório:

O esforço respiratório é mencionado, indicando que o bebê está fazendo algum esforço para respirar. No
entanto, não é descrito como vigoroso, então atribuiremos uma pontuação de 1, indicando respiração
irregular, fraca ou lenta. Pontuação: 1.

Somando as pontuações para cada parâmetro, temos:

Atividade Muscular (1) + Frequência Cardíaca (1) + Resposta à Estimulação (0) + Cor da Pele (0) + Esforço
Respiratório (1) = 3 pontos

Portanto, a nota de Apgar para este caso seria 3 pontos. É importante ressaltar que uma pontuação baixa
na Escala de Apgar pode indicar a necessidade de intervenções imediatas e cuidados adicionais para o
recém-nascido.

5. Quais são os passos iniciais na reanimação do recém-nascido?

Os passos iniciais na reanimação do recém-nascido seguem um protocolo padrão baseado nas diretrizes
da American Heart Association (AHA) e da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP). Esses passos são
fundamentais para garantir uma resposta rápida e eficaz em situações de necessidade de reanimação
neonatal. Aqui estão os passos iniciais na reanimação do recém-nascido:

Avaliação Inicial:

Verifique se há sinais de vida, como respiração, movimentos ou choro.

Avalie a frequência cardíaca (se possível).

Observe a cor da pele e o tônus muscular.

Posicionamento:
Coloque o bebê em uma superfície firme e plana, de preferência em posição supina (deitado de costas).

Aspiração das Vias Aéreas Superiores:

Se houver secreções visíveis na boca ou no nariz, use uma sonda ou aspirador para remover essas
secreções suavemente.

Secagem e Aquecimento:

Se o bebê estiver molhado, seque-o rapidamente para evitar a perda de calor.

Cubra o bebê com uma manta aquecida ou coloque-o sob uma lâmpada de calor para manter a
temperatura corporal.

Estímulo:

Estimule o bebê com toques suaves, como tapinhas nas costas ou fricção na sola dos pés, para promover
a respiração.

Avaliação da Respiração e Frequência Cardíaca:

Observe se há movimentos respiratórios espontâneos.

Se possível, verifique a frequência cardíaca através da auscultação do coração ou por métodos não
invasivos, como o uso de um oxímetro de pulso.

Ventilação com Pressão Positiva (se necessário):

Se o bebê não estiver respirando adequadamente ou a frequência cardíaca for baixa, inicie a ventilação
com pressão positiva utilizando um dispositivo adequado (por exemplo, bolsa e máscara ou ventilador
neonatal).

Esses passos iniciais são cruciais para iniciar a reanimação de um recém-nascido que apresente sinais de
dificuldade respiratória, baixa frequência cardíaca ou outros problemas que necessitem de intervenção
imediata para garantir uma transição segura para a vida fora do útero materno. É importante que a
equipe médica esteja treinada e familiarizada com esses procedimentos para responder rapidamente e
eficientemente a essas situações.
6. Leia o caso a seguir:

“Recém-nascido de V.B.O, nasce via cesariana, por agravo materno, idade

gestacional de 27 semanas + 3 dias, no nascimento apresentou-se hipoativo,

frequência cardíaca de 50 bpm, esforço respiratório e cianose.”

Qual é o passo a passo para o atendimento do recém-nascido citado acima?

O atendimento do recém-nascido descrito no caso deve seguir um protocolo de reanimação neonatal


para tratar a hipotonia, a frequência cardíaca baixa, o esforço respiratório e a cianose. Aqui está o passo
a passo para o atendimento desse recém-nascido:

Avaliação Inicial:

Verifique a presença de sinais vitais, incluindo respiração, frequência cardíaca, tônus muscular e cor da
pele.

Observe se há movimentos respiratórios espontâneos.

Posicionamento:

Coloque o bebê em uma superfície firme e plana, de preferência em posição supina (deitado de costas).

Aspiração das Vias Aéreas Superiores:

Se houver secreções visíveis na boca ou no nariz, aspire delicadamente as vias aéreas superiores para
remover essas secreções.

Secagem e Aquecimento:

Se o bebê estiver molhado, seque-o rapidamente para evitar a perda de calor.

Cubra o bebê com uma manta aquecida ou coloque-o sob uma lâmpada de calor para manter a
temperatura corporal.

Estímulo:

Estimule o bebê com toques suaves, como tapinhas nas costas ou fricção na sola dos pés, para promover
a respiração.

Avaliação da Frequência Cardíaca:

Verifique a frequência cardíaca do bebê imediatamente. Como a frequência cardíaca está baixa (50
bpm), é necessário iniciar a reanimação cardiopulmonar.

Reanimação Cardiopulmonar:

Inicie a ventilação com pressão positiva utilizando um dispositivo adequado, como uma bolsa e máscara,
para ajudar o bebê a respirar.

Continue a avaliar a frequência cardíaca e ajuste as manobras de reanimação conforme necessário.

Administração de Oxigênio:

Se a saturação de oxigênio (SpO2) estiver abaixo dos valores normais, considere a administração de
oxigênio suplementar conforme orientação médica.

Monitoramento Contínuo:

Monitore continuamente os sinais vitais do bebê, incluindo frequência cardíaca, frequência respiratória,
cor da pele e resposta às intervenções.

Transferência para a UTI Neonatal:

Após estabilizar o bebê, providencie a transferência para a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Neonatal
para cuidados adicionais e monitoramento contínuo.

É importante ressaltar que o atendimento de emergência a recém-nascidos com essas condições deve
ser realizado por profissionais treinados em reanimação neonatal e seguindo as diretrizes e protocolos
estabelecidos pela American Heart Association (AHA) e outras organizações de saúde relevantes.
Atividade 2

1.Em relação a ventilação por pressão positiva (VPP), quando é indicado

realizar a manobra e quais são os efeitos esperados?

A ventilação por pressão positiva (VPP) é indicada durante a reanimação neonatal quando o recém-
nascido apresenta sinais de dificuldade respiratória ou não está respirando adequadamente por conta
própria. Alguns dos cenários em que a VPP pode ser necessária incluem:

Apneia ou Respiração Ineficaz:

Se o bebê não estiver respirando ou estiver apresentando respiração ineficaz, como respirações
superficiais ou lentas.

Frequência Cardíaca Baixa:

Se a frequência cardíaca do bebê estiver baixa e não responder a outras intervenções, como estímulos
suaves.

Hipotonia ou Fraqueza Muscular:

Se o bebê tiver tônus muscular reduzido, o que pode dificultar a respiração espontânea.

Cianose Grave:

Quando o bebê apresenta cianose grave devido à falta de oxigenação adequada.

Os efeitos esperados da ventilação por pressão positiva incluem:

Aumento da Oxigenação:
A VPP ajuda a fornecer oxigênio diretamente para os pulmões do bebê, melhorando a oxigenação dos
tecidos e órgãos.

Estabilização da Frequência Cardíaca:

Ao melhorar a oxigenação e facilitar a respiração, a VPP pode ajudar a estabilizar a frequência cardíaca
do bebê.

Melhora da Ventilação Alveolar:

A pressão positiva aplicada durante a VPP ajuda a abrir os alvéolos pulmonares, permitindo uma
ventilação mais eficiente.

Aumento da Complacência Pulmonar:

Em casos de hipotonia ou fraqueza muscular, a VPP pode melhorar a complacência pulmonar, facilitando
a respiração.

Redução do Trabalho Respiratório:

Ao fornecer suporte ventilatório, a VPP reduz o esforço que o bebê precisa fazer para respirar,
especialmente em casos de apneia ou respiração ineficaz.

É importante que a ventilação por pressão positiva seja realizada por profissionais de saúde treinados,
seguindo as diretrizes e protocolos adequados, para garantir a segurança e eficácia do procedimento.

2. Leia o artigo indicado e responda:

Qual é o papel do Enfermeiro frente a assistência ao recém-nascido em

oxigenoterapia, independente do dispositivo utilizado?

O papel do Enfermeiro frente à assistência ao recém-nascido em oxigenoterapia, independentemente do


dispositivo utilizado, é fundamental para garantir uma assistência de qualidade e segurança ao paciente.
Isso inclui o manejo da pressão positiva contínua nas vias aéreas (CPAP) com pronga, que é uma das
terapêuticas utilizadas em neonatos que necessitam de suporte respiratório.

Com base no artigo mencionado, os principais papéis do enfermeiro frente à assistência ao recém-
nascido em oxigenoterapia, especialmente com CPAP, são:

Conhecimento e Habilidade Técnica:

O enfermeiro deve possuir conhecimento atualizado sobre o uso de CPAP e o manejo adequado dos
dispositivos, incluindo prongas, para garantir uma oxigenoterapia eficaz e segura.

Monitoramento Contínuo:

É responsabilidade do enfermeiro monitorar continuamente a resposta do paciente à oxigenoterapia,


observando sinais vitais, saturação de oxigênio, frequência respiratória e outros parâmetros relevantes.

Avaliação e Documentação:

Realizar avaliações periódicas do estado clínico do paciente, incluindo a avaliação da pele ao redor do
dispositivo CPAP para prevenir lesões nasais e cutâneas.

Manter registros precisos e atualizados das intervenções realizadas, respostas do paciente e quaisquer
complicações ou eventos adversos.

Educação e Orientação:

Orientar os pais ou responsáveis sobre o uso e cuidados necessários durante a oxigenoterapia em casa,
caso seja necessário.

Fornecer informações e educação adequadas aos profissionais de nível médio sobre o uso correto dos
dispositivos e os cuidados inerentes à terapêutica.

Participação em Equipe Multidisciplinar:

Colaborar com outros profissionais de saúde, como médicos, fisioterapeutas e fonoaudiólogos, para
garantir uma abordagem integrada e coordenada no cuidado ao recém-nascido em oxigenoterapia.
Em resumo, o enfermeiro desempenha um papel essencial na assistência ao recém-nascido em
oxigenoterapia, incluindo o uso de CPAP com pronga, garantindo a segurança, eficácia e qualidade do
cuidado prestado.

Atividade 3

1.Quais são os testes de triagem neonatal? Descreva cada um de forma

detalhada, pontuando quando é recomendado a realização de cada um

deles.

Os testes de triagem neonatal, também conhecidos como teste do pezinho, são exames importantes
realizados em recém-nascidos para identificar precocemente doenças genéticas, metabólicas e/ou
infecciosas que podem não apresentar sintomas logo após o nascimento. Esses testes são fundamentais
para possibilitar intervenções precoces e melhorar o prognóstico de diversas condições. Aqui estão os
principais testes de triagem neonatal:

Teste da Fenilcetonúria (PKU):

Descrição: O teste de PKU visa detectar a fenilcetonúria, uma doença metabólica hereditária que afeta a
capacidade do corpo de metabolizar adequadamente a fenilalanina, um aminoácido. A falta de
tratamento pode levar a danos neurológicos.

Recomendação: Recomenda-se a realização do teste de PKU em todos os recém-nascidos, idealmente


entre 48 a 72 horas após o nascimento.

Teste da Hipotireoidismo Congênito (TSH e T4):

Descrição: Este teste verifica os níveis de hormônio estimulante da tireoide (TSH) e de tiroxina livre (T4)
para identificar o hipotireoidismo congênito, uma condição em que a tireoide não produz hormônios em
quantidade suficiente.

Recomendação: Recomenda-se a realização deste teste entre 48 a 72 horas após o nascimento.

Teste de Hemoglobinopatias (Anemia Falciforme e Talassemias):

Descrição: O teste de hemoglobinopatias verifica a presença de anemia falciforme e talassemias, que são
distúrbios genéticos do sangue que afetam a hemoglobina.

Recomendação: Recomenda-se a realização deste teste entre o terceiro e o sétimo dia de vida do bebê.

Teste de Fibrose Cística:

Descrição: Este teste busca identificar a fibrose cística, uma doença genética que afeta as glândulas
exócrinas, levando a problemas respiratórios, digestivos e outras complicações.

Recomendação: Recomenda-se a realização deste teste entre 3 a 30 dias de vida do bebê.

Teste de Hiperplasia Adrenal Congênita (HAC):

Descrição: O teste de HAC visa detectar a hiperplasia adrenal congênita, uma condição em que as
glândulas adrenais não produzem hormônios em quantidades adequadas.

Recomendação: Recomenda-se a realização deste teste entre 3 a 5 dias de vida do bebê.

Teste de Galactosemia:

Descrição: Este teste identifica a galactosemia, uma doença metabólica hereditária que afeta a
capacidade do corpo de metabolizar a galactose, um açúcar presente no leite.

Recomendação: Recomenda-se a realização deste teste entre 3 a 5 dias de vida do bebê.

Teste de Deficiência de Biotinidase:

Descrição: O teste de deficiência de biotinidase busca detectar a deficiência da enzima biotinidase, que
pode levar a problemas neurológicos se não tratada.

Recomendação: Recomenda-se a realização deste teste entre 3 a 5 dias de vida do bebê.

É importante ressaltar que a idade recomendada para a realização de cada teste pode variar
ligeiramente de acordo com as diretrizes locais e a disponibilidade dos recursos laboratoriais. O teste do
pezinho é essencial para garantir a detecção precoce de condições tratáveis, melhorando assim a
qualidade de vida e o prognóstico dos recém-nascidos.

2.Quais são os reflexos avaliados durante o desenvolvimento do recémnascido? Descreva de forma


detalhada cada um deles.
Durante o desenvolvimento do recém-nascido, diversos reflexos são avaliados para verificar o
funcionamento do sistema nervoso central e a integridade das vias sensoriais e motoras. Esses reflexos
são importantes indicadores do desenvolvimento neurológico e podem fornecer informações sobre a
saúde e o progresso do bebê. Aqui estão alguns dos principais reflexos avaliados durante o
desenvolvimento do recém-nascido:

Reflexo de Moro:

Descrição: Também conhecido como reflexo de susto, é desencadeado por um estímulo súbito ou
inesperado, como um barulho alto. O bebê abre os braços e depois os fecha rapidamente em um abraço,
seguido de um choro.

Significado: Este reflexo é um indicador de maturidade neurológica e integridade do sistema nervoso


central. Ele geralmente desaparece após os primeiros meses de vida.

Reflexo de Sucção:

Descrição: Quando os lábios do bebê são tocados, ele realiza movimentos de sucção rítmicos e
coordenados.

Significado: Este reflexo é fundamental para a alimentação do recém-nascido, permitindo que ele sugue
o leite materno ou a mamadeira. É um reflexo importante para a sobrevivência e tende a diminuir com o
tempo conforme o bebê desenvolve padrões de alimentação mais coordenados.

Reflexo de Busca:

Descrição: Quando a bochecha ou a boca do bebê é tocada, ele vira a cabeça em direção ao estímulo e
abre a boca, como se estivesse procurando algo para sugar.

Significado: Esse reflexo facilita a amamentação, pois ajuda o bebê a encontrar o mamilo da mãe para
iniciar a sucção.

Reflexo Tônico do Pescoço Assimétrico (Reflexo de Galant):

Descrição: Quando a face do bebê é virada para um lado, o braço e a perna do mesmo lado estendem-
se, enquanto o braço e a perna do lado oposto se dobram.
Significado: Este reflexo ajuda no desenvolvimento da coordenação motora e equilíbrio do bebê,
preparando-o para movimentos mais complexos.

Reflexo de Preensão Palmar e Plantar:

Descrição: Quando a palma da mão ou a sola do pé do bebê é tocada, ele fecha os dedos em uma
resposta de preensão automática.

Significado: Este reflexo é uma resposta natural e primitiva que prepara o bebê para agarrar objetos e se
apoiar em superfícies quando os músculos das mãos e pés são estimulados.

Reflexo de Babinsk:

Descrição: Quando a sola do pé do bebê é estimulada, ele estende o dedão do pé e abre os outros dedos
em forma de leque.

Significado: Este reflexo é normal em recém-nascidos, mas geralmente desaparece conforme o bebê
cresce. Pode indicar problemas neurológicos se persistir após os primeiros meses de vida.

Reflexo de Marcha Automática:

Descrição: Quando o bebê é mantido em posição vertical com os pés tocando uma superfície, ele faz
movimentos de caminhada, levantando os pés alternadamente como se estivesse andando.

Significado: Este reflexo é uma resposta automática que ajuda no desenvolvimento da coordenação
motora e do equilíbrio.

Esses são apenas alguns dos reflexos avaliados durante o desenvolvimento do recém-nascido. É
importante ressaltar que a presença, a ausência ou a persistência desses reflexos podem fornecer
informações valiosas sobre o estado neurológico e o progresso do bebê, mas devem ser interpretados
por profissionais de saúde treinados.

3. Leia o caso a seguir:

“Realizada admissão de J.C.F, com 02 meses de idade, na unidade básica de

saúde. Mãe informa que criança está em aleitamento materno exclusivo

desde o nascimento. Ela demonstra preocupação em relação ao peso do

filho, segundo seu relato, acredita que a criança não está ganhando peso
adequado.”

• Descreva quais são as medidas antropométricas avaliadas durante o

desenvolvimento da criança.

• Qual é o ganho de peso diário esperado para o perfil da criança citada

no caso acima?

Para avaliar o desenvolvimento e o estado nutricional de uma criança, várias medidas antropométricas
são utilizadas. Aqui estão as principais medidas e como elas são avaliadas:

Peso:

O peso é uma medida básica e importante para avaliar o crescimento e o estado nutricional da criança. É
geralmente medido em quilogramas (kg) e deve ser acompanhado ao longo do tempo para detectar
qualquer variação significativa.

Altura (ou Comprimento):

A altura ou comprimento é medida em centímetros (cm) e é essencial para avaliar o crescimento linear
da criança. Em bebês, geralmente é medida deitando-os em uma superfície plana.

Perímetro Cefálico:

O perímetro cefálico é a circunferência da cabeça da criança, medida em centímetros (cm). É importante


para avaliar o crescimento do cérebro e a saúde neurológica.

Perímetro Braquial:

O perímetro braquial é a circunferência do braço da criança, medida em centímetros (cm). É utilizado


para avaliar a massa muscular e o estado nutricional da criança.

Índice de Massa Corporal (IMC):


O IMC é uma medida que relaciona o peso e a altura da criança e é calculado dividindo o peso (em kg)
pela altura ao quadrado (em metros). Ele é usado para avaliar o estado nutricional geral, incluindo se a
criança está com baixo peso, peso adequado, sobrepeso ou obesidade.

Em relação ao ganho de peso diário esperado para o perfil da criança citada no caso, é importante
considerar que cada criança é única e o ganho de peso pode variar de acordo com vários fatores, como
idade, sexo, genética e estado de saúde. No entanto, como referência geral, o ganho de peso diário
esperado para um bebê saudável em aleitamento materno exclusivo costuma ser em torno de 20 a 30
gramas por dia durante os primeiros meses de vida. É importante que a criança seja acompanhada por
profissionais de saúde para avaliar o ganho de peso e o desenvolvimento de forma individualizada,
identificando qualquer problema ou necessidade de intervenção adequada.

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