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Toxina Botulínica aplicada a Estética

Cláudia Antacle Trombeli


Farmacêutica Esteta
Dra. Claudia Antacle Trombeli
Farmacêutica Esteta CRF 22364
SPEAKER I-THREAD

• Graduação em Farmácia e Bioquímica pela Faculdade Oswaldo Cruz de São Paulo – 1997;
• Docente Titular em Fios Absorvíveis pela Faculdade Ibeco em São Paulo;
• Experiência há mais de 20 anos na área da saúde
• Proprietária do Instituto Antacle Trombeli- Aesthetics & Trainings– SP desde 2010;
• Residência em Técnicas Avançadas Harmonização Orofacial SP;
• Certificação pela Medbeauty como SPEAKER I-THREAD;
• Certificações em Fios Faciais de PDO, Silhouette Absorvíveis;
• Certificações em Toxina Botulínica, Preenchedores, Bioestimuladores
• Coordenadora Científica dos treinamentos VIPs em São Paulo pelo Instituto AT
• Ministrante noTreinamento Global Face Training em cadáveres frescos pelo CTA em SP

@draclaudiatrombeli
@institutoantacletrombeli
@cursosdraclaudiatrombeli
Toxina Botulínica aplicada a Estética
Expressões Faciais
• Expressões de medo, surpresa, tristeza, raiva, angústia, preocupação,
repressão, atenção, surpresa e alegria.

• Movimentos musculares atuarem na expressão de emoções, eles também


causam rugas com o passar do tempo, e por isso essas rugas costumam
ser chamadas marcas de expressão
Rugas
• Rugas são linhas, sulcos ou depressões que se formam na pele principalmente com o
envelhecimento.

• Podem ocorrer em qualquer parte do corpo, sendo mais frequentes nas regiões em
que a espessura da pele é mais fina.

• O sentido das rugas é determinado pela ação muscular, por hábitos (ocupacionais),
articulares (dobras como a que separa o antebraço do braço), ou por contorno (quando
separam áreas de junção como a região da bochecha à da boca)

• Os músculos da expressão facial contraem-se em uma direção perpendicular à


formação das rugas superficiais, médias e profundas da face
Tipos de Expressão
• Cinéticos: movimentos naturais, ou seja, movimentos sem exageros; - Hipercinéticos:
contraem excessivamente determinado grupo muscular;

• Hipocinéticos: movimentos lentos de determinado grupo muscular. Com


expressividade é baixa;

• Tônico: Expressividade e tônus muscular normais.

• Hipertônicos: Possuem distorção anatômica e rugas compostas. Já não relaxam mais


um determinado grupo muscular. Geralmente nas regiões frontal, glabelar, periorbital,
comissuras dos lábios e pescoço e as platismais;

• Hipotônicos e/ou hipocinéticos: indivíduo pode apresentar pouca expressividade,


flacidez cutânea e o relaxamento de músculos em excesso, além de ptose.
Introdução
• “mais tóxica dentre as toxinas”, o “mais venenoso dos venenos” por
Lamanna
• Toxina botulínica (TB) é produzida pelo Clostridium botulinum, bactéria
gram-positiva anaeróbica frequentemente encontrada no solo, e tem
distribuição praticamente universal.

• Altas doses, a TB causa o botulismo

• Na medicina, doses muito menores são usadas no tratamento de


inúmeras doenças e também para uso cosmiátrico.
Introdução
• O uso da TB no tratamento estético das linhas e rugas de expressão é
reconhecido por ser eficaz, seguro e apresentar resultados
surpreendentes.

• Eficácia no tratamento das rugas dinâmicas, particularmente no terço


superior da face, desde os trabalhos iniciais de Carruthers e
Carruthers, posteriormente reproduzidos e ampliados por vários
outros autores.
História
• 1983, Jean Carruthers iniciou o seu uso no Canadá para o tratamento de
estrabismo e blefarospasmo

• Em 1987 uma observação fortuita levou ao interesse do casal Carruthers ao


uso cosmético da TBA.

• Uma das pacientes tratadas para blefarospasmo mencionou que o uso da


toxina na região média da sobrancelha a deixava com uma aparência menos
assustada e despreocupada, mudança que era notada pelos familiares.
História
1989 | FDA aprova o uso da toxina botulínica tipo A (Oculinum®) para o
tratamento de estrabismo e blefarospasmo essencial

1994 | Khalaf Bushara e David Park publicam estudo sobre efeito


anidrótico da toxina botulínica, iniciando seu uso terapêutico para
hiperidrose
História
• Ação glandular
• A TB dos tipos A e B tem sido utilizada no tratamento da hiper-hidrose,
demonstrando uma boa efetividade ao reduzir temporariamente a sudorese
excessiva (De Almeida e Montagner, 2014; Dressler e Benecke, 2003).

• Inibição da liberação de acetilcolina nos terminais nervosos colinérgicos que


inervam as glândulas sudoríparas, agindo nas proteínas do complexo SNARE
(SNAP-25 para a TxBo-A, e VAMP para a TxBo-B).
História
• 2000 A toxina botulínica tipo B é aprovada pela FDA para tratamento de
distonias cervicais

• 2002 Aprovação da toxina botulínica tipo A (Botox®) pela FDA para


tratamento estético de rugas glabelares
Toxinas no mercado
Consenso de diluente, concentração,
armazenamento
• Global Aesthetics Consensus: Botulinum Toxin Type A—Evidence-Based Review, Emerging Concepts, and Consensus Recommendations for
Aesthetic Use, Including Updates on ComplicationsVolume 137, Number 3 • Global Consensus: Botulinum Toxin Type A
Músculos da face
Processo de Fabricação
• A TBA comercializada na forma congelada, a vácuo e estéril, produzida a
partir de uma cultura de Clostridium botulinum;
• Precipitações em meio ácido;
• A precipitação ácida é utilizada para concentrar o complexo da
neurotoxina a partir da cultura fluida;
• A toxina botulínica do tipo A na forma cristalina, utilizada em terapêutica,
foi preparada pela primeira vez, em Novembro de 1979 a partir de cultura
da cepa Batch 79-11;
• Aprovada pelo FDA (Food and Drug Administration) em Dezembro de
1989, como uma droga “Órfã” 9,10, que evoluiu para a forma e marca
comercial BOTOX®.
Estrutura Molecular
• As neurotoxinas do Clostridium são produzidas inicialmente como uma
cadeia peptídica simples de 150kDa composta por 3 porções de 50kDa;
• A toxina se torna ativa no momento em que ocorre uma clivagem
proteolítica seletiva da cadeia, formando dois braços ativos, um pesado de
100kDa (Hc + Hn) e um leve de 50kDa (L), ligados por uma ponte disulfídica
• Esta clivagem em dois braços é necessária para induzir a neuro intoxicação,
mesmo na aplicação extracelular da toxina.
Ação farmacológica
Ação farmacológica
• Após a ligação com o terminal nervoso evidencia-se a internalização
depois de 20 min e ela é máxima após 90 min ( endocitose);
• Clivagem proteolítica;
• Liberando a cadeia L catalítica, responsável por bloquear a neuroexocitose,
com ação sobre os neurotransmissores, através da atividade de uma
endopepdase zinco dependente;
• A TBA age nas proteínas da membrana pré-sinápticas, quebrando a
membrana protéica da vesícula sináptica, na SNAP-25;
• TBA atua bloqueando a liberação da acetilcolina ao nível do terminal pré-
sináptico através da desativação das proteínas de fusão, impedindo que a
acetilcolina seja lançada na fenda sináptica e assim não permitindo a
despolarização do terminal pós sináptico; em conseqüência a contração
muscular fica bloqueada
Ação farmacológica
• O bloqueio não interfere na produção da acetilcolina e por este motivo ele
é reversível, após alguns meses;
• A atividade da TBA sobre as glândulas sudoríparas parece estar ligada à
regulação da produção glandular por sinapses parassimpáticas,
bloqueando a sinapse pós-ganglionar parassimpática das glândulas
sudoríparas, reduzindo drasticamente a sua secreção;
• Na hiperidrose é a inibição da contração das células mioepiteliais das
glândulas écrinas;
• Não ultrapassa a barreira cerebral e não inibe a liberação de acetilcolina
ou de qualquer outro neurotransmissor a esse nível;
Ação Farmacológica
Ação Farmacológica
• Inibe a condução do sinal a placa terminal neuromuscular
• Clostridium Botulinum
• Cadeia leve: Zinco, Mg
• Cadeia pesada
Ação Farmacológica
• Se liga

• Internaliza

• Efeito sobre as proteínas SNARE

• Inibição da liberação da Acetilcolina


Ação Farmacológica

Difusão, neurotropismo, ligação, internalização e toxicidade intracelular,


exercida pela alta afinidade da toxina com os receptores específicos da
parede intracelular do terminal pré-sináptico.
Ação Farmacológica
• Cadeia leve: dependente de zinco com atividade proteolítica

• Quebra o SNARE

• Cadeia pesada: permite que a molécula entre na membrana celular

• Separação das cadeias

• Cadeia leve entra no citoplasma do neurônio


Ação Farmacológica
Ação Farmacológica
• Inibição das fibras colinérgicas simpáticas causa redução ou ausência de
transpiração
• (hipohidrose ou anidrose)
• Efeito 24-48h
• Efeito de 2 a 10 dias
• Formam-se novos complexos SNARE 10-12 semanas após a aplicação
• Hiperidrose de 6 a 18 meses
Reconstituição
Recommendations and current practices for the
reconstitution and storage of botulinum toxin type A
Austin Liu, MD,a Alastair Carruthers, MD, FRCPC,b Joel L. Cohen, MD,c William P. Coleman III, MD,d
Jeffrey S. Dover, MD, FRCPC, FRCP,e C. William Hanke, MD,f Ronald L. Moy, MD,g and David M. Ozog, MDa
Detroit, Michigan; Vancouver, British Columbia, Canada; Englewood, Colorado; New Orleans, Louisiana;
Chestnut Hill, Massachusetts; Carmel, Indiana; and Los Angeles, California
Reconstituição e Diluição
• Reconstituição: restabelecer, restaurar o ativo a forma original

• Diluição: alterar a concentração do ativo, diminuindo sua concentração


Regra de três
• 100 unidades TBA 2,0ml soro fisiológico

•X ? 1,0ml

• x= 100 x 1,0 : 2,0 = 50 unidades TBA


Equivalência (usual) entre Botox e Dysport
• Botox 1U = 2,5 sU Dysport
• Na seringa de insulina de 30 ou 50u
• Reconstituição 1:1

• Dysport 300u------1,0 soro estéril


• Dysport 500u------2,0 soro esteril

• Reconstituição 1:2
• Dysport 300u------2,0 soro estéril
• Dysport 500u------4,0 soro esteril
Seringas e Agulhas
Seringas e Agulhas
Seringas e Agulhas
1ml descarpack
0,1ml= 10 traços
0,05ml= 5 traços
0,01ml= 1 traço

0,05ml

0,1ml

0,01ml cada traço


Seringas e Agulhas
Agulhas
• 4mm 13mm
Proporções
• Uma revisão consensual feita por Carruthers et al. em 2013 determinou que,
embora nenhuma taxa de proporção de dose ONA:ABO tenha sido
estabelecida de modo claro, uma relação de 1:2,5 poderia ser considerada nas
indicações estéticas.

• A equivalência da dose entre ONA (Botox®) e TBA (Botulift®) foi de 1:1, com
base nos estudos realizados pelo fabricante, que mostraram efetividade e
segurança similares entre os dois produtos no tratamento das linhas
glabelares.

• A mesma equivalência de 1:1 é supostamente válida para TBA (Prosigne®).


Proporções
• O Botox® é purificado por precipitação repetida e redissolução, enquanto o
Dysport® é purificado pelo método de coluna de separação.

• Após a injeção, o Dysport® parece ter maior efeito de propagação, clinicamente


determinando um efeito terapêutico mais difuso.

• A relação da dose entre Dysport® e Botox® foi muito debatida no passado e


provavelmente o efeito varia de acordo com a dosagem.

• No entanto, na prática clínica, uma razão de dosagem de 2,5:1 costuma ser


considerada
Maior diluição mais dispersão, mais risco
Comparação de halo entre Botox e Dysport
Dysport botox
Consenso de doses para Tratamento com TBA
Direção, Angulação e Profundidade
• Frente para o paciente;
• Angulação 10° - rugas
• 10º ou menos , subdérmico , fibras do músculo com inserção dérmica: rugas
• Angulação 45°-60°- músculo
• 45° C > chance de atingir o maior número de placas motoras, sem sair do
músculo, evita pegar vaso.
• 90° C > risco transfixar o músculo
• Profundidade: 2-4mm
Músculo Frontal
Músculo Frontal
Músculo Frontal
• Músculo apresenta fibras no sentido vertical que formam pregas
transversais traduzidas como rugas da testa

• Levantar as sobrancelhas, sendo o principal agonista do músculo orbicular


do olho;

• Junto com o levantador da pálpebra, abre a fenda palpebral. Essa ação


depende da ação do ventre occipital.
Músculo Frontal
Músculo Occiptofrontal
• Origina na gálea aponeurótica
• Movimenta o couro cabeludo, enruga a fronte
• Eleva os supercílios e pele do nariz
• Linhas horizontais na região frontal
• Entrelaçam com prócero, corrugador e orbicular
• Normalmente apresenta formato de V
• Elevar as sobrancelhas
• Determinar o arqueamento ou não
Região glabelar
Temporal
• Movimentar a mandíbula durante a mastigação e fala
• Possui fáscia
• Não forma rugas
• Tocar por apalpação
• Marcação no maior volume
• 8mm
Corrugadores do supercílio
• Localiza: Abaixo do frontal
• Origina: no rebordo e segue em 30° superolateral
• Rugas verticais no frontal
• Ventre obliquo e transverso
• Responsável pela expressão de raiva e depressão
• Preocupação
• Agonista o prócero e orbicular
• Aproximar a parte do meio dos supercílios juntamente com o prócero,
causando linhas de expressão que podem se tornar profundas sobre a raiz do
nariz.
Abaixador do supercílio
• Músculo depressor do supercílio que se situa medialmente a órbita.

• Sua origem é no osso frontal (parte nasal) e inserção na cútis do supercílio.

• A sua ação é deprimir o supercílio e a fronte gerando expressão de cara


carrancuda (cara fechada).
Prócero
• Origem: Osso nasal
• Funde com as fibras do frontal
• Entrelaçados
• Abaixar porção medial sobrancelhas
• Participa da mímica
• Puxa a parte do meio dos supercílios, causando rugas transversais
profundas sobre a raiz do nariz ou ponte nasal.
• Sinergia com o músculo corrugador do supercílio, contraindo-o e sendo
responsável também pela expressão de raiva ou preocupação
Orbicular dos olhos
Orbicular dos olhos
• As rugas que formam os “pés de galinha” do canto lateral do olho são
causadas pela contração das fibras laterais do orbicular do olho e do músculo
zigomático.
• Ao redor dos olhos
• Fechamento palpebral
• Proteção do globo
• Drenagem do líquido lacrimal
• Orbitária e palpebral
Orbicular dos olhos
• Partes orbital e palpebral, estreita a abertura palpebral e, portanto é
um antagonista ao levantador da pálpebra superior e aos músculos
tarsal superior e tarsal inferior.

• O reflexo de piscar é feito pela parte palpebral; o direcionamento da


drenagem do líquido lacrimal, por sua vez, é feito pela parte orbital

• Orbitária: fecham firmemente a palpébra, abaixam o supercílio e


produzem os pés de galinha ao redor do canto do olhos no sorriso

• Palpebral: movimento involuntário de piscar- rugas verticais


Pontos de Aplicação

Rugas
10°C
2mm
2-4 unidades
Direção 10hs
Magic Point
Magic Point
Músculo abaixador septo nasal
• Músculo abaixador do septo nasal é o músculo mais importante que atua na
ponta nasal e no lábio superior, encurtando-o e baixando a ponta do nariz
durante o sorriso auxiliar na contratura e no reposicionamento da ponta
nasal em sentido inferior e na acentuação da curva da ponta do nariz para
baixo e para trás.
Músculo nasal
• Músculo do nariz constituído por uma porção transversa (pars transversa)
e uma porção alar (pars alaris)

Músculos independentes
• Músculo transverso do nariz
• Músculo dilatador das narinas
Músculo nasal
• “rugas do coelho”, bunny lines ou sinal do Botox

• Parte alar: amplia as aberturas nasais (narinas externas) e narinas,


reduzindo-se o esforço respiratório.

• A parte inferior e as fibras únicas que vão até o septo (parte transversa)
também podem estreitar as narinas e rebaixar ligeiramente a ponta do
nariz.
Orbicular da boca
• Músculo constritor ao redor da boca;
• Fechamento e contração dos lábios;

• A parte marginal, a mais externa da abertura da boca, é responsável por todos os


movimentos dos lábios, incluindo o franzir dos lábios, em movimentos como ao assobiar ou
tocar um instrumento;

• Já a parte labial do músculo orbicular é responsável pela contração isolada da parte labial,
localizada imediatamente na margem interna do lábio;

• A parte vermelha do lábio é disposta contra os dentes da frente e, assim, a parte visível do
lábio estreita-se
Levantador do Lábio Superior
• O levantador do lábio superior e da asa do nariz puxa as narinas para cima e
abre o nariz também responsável pelo levantamento do lábio superior

• O risório e os zigomáticos maior e menor são os mais


importantes músculos da risada.

• Os músculos do nariz enrugam o nariz e estreitam as narinas.


Camadas Músculos periorais
• Camada Profunda
4º camada
Músculos levantadores do ângulo da boca, mentoniano, camada profunda
do zigomático maior e bucinador.
Camadas Músculos periorais
Camada superficial
1° camada
DAO, Risório, camada superficial do orbicular da boca, camada superficial
zigomático maior
2° camada
Platisma, zigomático menor e levantador do lábio e asa do nariz
3° camada
Músculos levantadores do lábio superior, camada profunda orbicular, camada
profunda do depressor do lábio inferior
Platisma
• O platisma é uma lâmina de músculo de proeminência variada que se origina na
fáscia, cobrindo as partes superiores do peitoral maior e do deltóide.

• Suas fibras cruzam a clavícula e ascendem medialmente na face lateral do


pescoço fixando- se à pele e ao tecido subcutâneo da face inferior
Depressor do ângulo oral
• ORIGEM ÓSSEA segue para o modíolo

• É um músculo que, quando está mais atuante, mostra sinal de tristeza e ou


envelhecimento.

• Deve-se ter muito cuidado para não injetar nos músculos vizinhos,
destruindo a expressão facial, causando assimetrias, comprometendo a fala
e levando a dificuldade de comer.
DAO
• O músculo abaixador do ângulo da boca puxa os cantos da boca para baixo e,
assim, suaviza o sulco nasolabial quando em movimento.

• Atua sinergicamente com o músculo platisma, rebaixando o canto da boca.

• Abaixo dele depressor do lábio inferior


DAO
• Na camada muscular da região mentual encontra-se o músculo depressor do
ângulo da boca cuja origem está na base da mandíbula, e a inserção, no ângulo
da boca.

• É o músculo mais superficial desse conjunto, e sua origem, a mais lateral na


mandíbula.

• Utiliza-se essa referência para a injeção da TB.


Depressor do lábio inferior
• Queixo

• O músculo abaixador do lábio inferior tem origem na base da mandíbula


(superior à origem do depressor do ângulo da boca) e se insere na pele do
lábio inferior.

• Deprimir o lábio inferior


Mentoniano
• O músculo mentoniano se origina na fossa mentual (superiormente ao
tubérculo mentual) e tem inserção na pele do mento; tem como função enrugar
a pele do mento e everter o lábio inferior;

• É frequentemente tratado por motivos estéticos. Seu aspecto é o de casca de


laranja ou bola de golfe acentuado pela fala ou pelo choro;

• A musculatura contraída da região é também conhecida como celulite do


queixo;

• Eleva o queixo e o lábio inferior.


Hiperidrose
Hiperidrose
• 100 un de toxina botulínica tipo A foi diluído em 4 ml de solução
fisiológica 0,9%, obtendo-se assim uma concentração de 2,5 U para cada
0,1 ml;
• 1-2cm de distância entre os pontos;
• 30-60 pontos em cada axila;
• Injeções intradérmicas
• Região previamente anestesiada;
• Dose média de 75un
• Agulha 30g
Contra Indicações
Possíveis intercorrências com TBA
Áreas de Risco
Intercorrências com TBA
As complicações mais comuns resultantes do tratamento com toxina
botulínica tipo A (TBA) são técnico dependentes e a prevenção passa pelo
conhecimento amplo da anatomia facial e da capacitação do profissional na
execução do procedimento.
Intercorrências com TBA
Dor
• Com aplicação de gelo no local ou com o uso de agulhas de fino calibre (30
G e 32 G)
Eritema e edema
• A intensidade do eritema depende de fatores individuais e o edema é
proporcional ao volume do líquido injetado. Podem surgir no local da
aplicação e costumam ser leves e transitórios.
Intercorrências com TBA
Equimose e hematoma
• A pele da região periorbital tem espessura muito fina, possibilitando o
surgimento de equimoses e hematomas durante a aplicação.

• São decorrentes de lesões de vasos sanguíneos, abundantes na face.


Intercorrências com TBA
Reação urticariforme
• Alguns pacientes podem apresentar eritema persistente com reação
urticariforme ao redor das áreas de aplicação tendendo a desaparecer em
alguns minutos.

• As reações urticariformes, embora raras, são descritas por Carruthers e


Carruthers (2002) e resultam de uma hipersensibilidade à albumina humana
presente no produto como agente estabilizador da TBA
Intercorrências com TBA
Cefaléia
• Apesar de pouco descrita, a cefaleia pode ser induzida pela aplicação da TBA.

Alergias
• Podem ocorrer casos de alergia a alguns componentes do produto, de modo
que a hipersensibilidade a algumas apresentações disponíveis no mercado
constitui contraindicação absoluta à aplicação da TBA.
Intercorrências com TBA
• Alergia à lactose, por exemplo, encontrada no excipiente do Dysport®;
alergia à gelatina presente no Prosigne®; e alergia à albumina, presente em
todas as outras apresentações de TBA disponíveis no mercado.

• Enfraquecimento e/ou paralisia dos músculos adjacentes


Intercorrências com TBA
Ptose do supercílio
• Efeito transitório que ocorre por tratamento excessivo do músculo frontal,
levando a sensação de peso e fronte congelada.

• Esse efeito adverso pode ser revertido, sendo suavizado apenas com o passar
do tempo
Intercorrências com TBA
Ptose palpebral
• Pode ocorrer quando houver difusão da TBA pelo forame orbital, com acometimento
do músculo levantador da pálpebra superior, levando ao surgimento da ptose
palpebral de 2 a 10 dias após a aplicação.

• É transitória e pode ser evitada ao se respeitar a distância de 1 cm da margem óssea


orbital superior, ou impedindo-se a aplicação da TBA muito baixa na lateral do nariz,
com possível dispersão pelo septo orbital até o músculo levantador da pálpebra
superior.

• O músculo de Müller, é um músculo fino de 10 mm de extensão, desde o bordo


superior do tarso até ao músculo levantador da pálpebra superior.

• Deve desaparecer espontaneamente em 4 semanas.


Intercorrências com TBA
• Tratamento
• Colírios de agonistas adrenergéticos que estimulam o músculo de mueller
• Apraclonidina 0,5% - Iodipine (1/1h)
• Fenilefedrina 2,5%- neo sinefrina (1-2 gts 3 x dia)
• Melhora de 2-4 semanas
Intercorrências com TBA
Ptose labial com assimetria do sorriso

Pode ocorrer por acometimento dos músculos levantador do lábio ou do


músculo zigomático maior, levando ao seu enfraquecimento e à
impossibilidade de elevação do lábio superior ou abertura da boca com
consequente assimetria do sorriso.
Intercorrências com TBA
A assimetria do lábio inferior pode ocorrer após o tratamento do músculo
abaixador do ângulo oral, havendo difusão e relaxamento do músculo
abaixador do lábio
Intercorrências com TBA
Disfunção da fala e de alguns movimentos dos lábios

Ocorre quando se trata excessivamente o músculo orbicular da boca, levando à


disfunção ao articular palavras e ao executar movimentos necessários para a
alimentação por incompetência da função de sucção, à dificuldade de
assobiar ou ainda, à dificuldade de tocar algum instrumento musical.
Intercorrências com TBA
Diplopia
• Acontece pelo acometimento do músculo reto lateral (músculo extrínseco),
afetado no tratamento das rugas perioculares em que não foi respeitada a
distância de 1 cm da margem óssea lateral da órbita.

• Nesse local, devem-se sempre usar volumes pequenos, evitando-se a diplopia


e até o estrabismo.

• Esse efeito Indesejado leva, em média, 1 mês para desaparecer.


Intercorrências com TBA
• Oclusão de pálpebras

• Difusão da toxina para a porção palpebral do MMO e da aplicação de doses


muito elevadas para relaxamento do músculo

• Respeitar o limite de 1cm da borda orbital


Intercorrências com TBA
Acentuação das linhas infrapalpebrais
• Acontece em pacientes que apresentam excesso de flacidez na região
infrapalpebral ou que já foram submetidos a blefaroplastia cirúrgica ou por
resurfacing a laser.

• Nesses pacientes também podem acontecer protrusão da bolsa de gordura e


pregueamento cutâneo na região citada.

• A aplicação de TBA na região infrapalpebral deve ser


evitada nesses casos por existir, inclusive, risco de ocorrer ectrópio
Intercorrências com TBA
Ectrópio
• Pode ocorrer em pacientes que apresentam flacidez da região infrapalpebral,
especialmente da porção pré-tarsal

• Os pacientes com snap test positivo para o exame de flacidez local têm como
efeito adverso da aplicação da TBA na porção prétarsal

• O ectrópio ou formação de bolsa local.


Intercorrências com TBA
• O snap test é feito tracionando-se o tarso com os dedos para avaliar sua
tonicidade.

• Contra indica a aplicação na porção pré-tarsal em pacientes com história de


blefaroplastia prévia ou pacientes que se submeteram a resurfacing a laser.
Intercorrências com TBA
Glândula lacrimal
• A injeção na parte inferior hipertrofiada do músculo orbicular do olho na
porção pré-tarsal para ampliar a abertura palpebral vem sendo
responsabilizada também pelo olho seco (ceratoconjuntivite seca).

• Para prevenir esse ressecamento, a dose deve ser muito pequena


Intercorrências com TBA
Disfagia e dificuldade de fletir o pescoço

• A disfagia pode ocorrer por dois mecanismos, seja pela difusão da TBA para
os músculos da deglutição, seja pela injeção da toxina no músculo
esternocleidomastóideo, provocando também enfraquecimento dos flexores
do pescoço quando a toxina atinge esse músculo, ocorrendo mais
frequentemente em mulheres com pescoço fino.

• Outro efeito indesejável é a difusão para o músculo laríngeo podendo levar a


alteração na altura da voz. Alguns autores sugerem que a dose total não
deve ultrapassar 30 a 40 U por sessão para evitar tais complicações
Intercorrências com TBA
• Complicações raras como disfagia e rouquidão foram observadas quando da
utilização de doses maiores, de até 200 U. Entretanto, encontramos na
literatura relato de paciente que apresentou importante disfagia após
tratamento com 60 U de toxina onabotulínica A (ONA, Botox®), tendo sido
necessária a utilização de sonda nasogástrica para sua alimentação.

• Efeitos colaterais como dificuldade para levantar a cabeça partindo do


decúbito dorsal e durante a realização de exercícios abdominais, também
podem ocorrer.
Intercorrências com TBA
• O platisma localiza-se sobre os músculos da deglutição e flexão do pescoço, vasos, nervos e
estruturas cervicais profundas, como a faringe, cujo comprometimento deve ser evitado,
pois os efeitos colaterais resultantes, apesar de passageiros, podem ser desastrosos.

• O tratamento das bandas platismais com a toxina botulínica tem-se mostrado seguro, desde
que sejam respeitadas as doses máximas e adotada a técnica correta. A aplicação superficial
e horizontal torna quase nulo o risco de surgimento de complicações.

• Edema, dor no local da aplicação e equimoses são complicações comuns que podem ocorrer,
como em qualquer outra aplicação da TBA, e têm resolução espontânea em poucos dias.
Intercorrências com TBA
Infecção no local da aplicação
• Até bem pouco tempo, não havia relato na literatura de infecção no local da
aplicação. Entretanto, em recente publicação de abril de 2015, SaebLima et al.
demonstraram um caso de contaminação por micobactéria não tuberculoide, 5
meses após o procedimento de TBA em face, nos mesmos locais da aplicação.
• A micobactéria pode ter sido acidentalmente introduzida através dos orifícios
da agulha durante o processo de desinfecção da pele ou em qualquer etapa no
processo da aplicação da toxina.
Intercorrências com TBA
Hiperidrose
• Mão: dificuldade de realizar movimentos finos
• Difusão da toxina botulinica para musculatura estriada, devido a injeções
subcutâneas

Considerações Finais

• Orientar que a durabilidade individual, em torno de 4 meses no máximo 5


meses

• Retorno em 15 dias para revisão


Papelaria
Papelaria
Papelaria
Papelaria
Referências
• Carruthers A. Update on botulinum toxin. Skin Therapy Lett. 1999; 4:12.
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Referências
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Originais • Rev. Bras. Cir. Plást. 26 (4) • Dez 2011 • https://doi.org/10.1590/S1983-51752011000400008
• Toxina Botulínica na Dermatologia- Toxina botulínica na dermatologia: guia prático de técnicas e produtos / Eloisa
Leis Ayres; Maria Helena Lesqueves Sandoval. - 1. ed. - Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2016.

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