Você está na página 1de 3

Líderes com comportamentos nocivos podem fazer com que

indivíduos talentosos busquem oportunidades em outros


lugares

Ao longo dos anos, o coach de liderança Marcel Schwantes


encontrou alguns exemplos verdadeiramente terríveis de
gestão, tanto ao trabalhar com equipes executivas quanto ao
treinar executivos para aumentar sua eficácia.

Em artigo escrito para a Inc., ele listou alguns casos que


levaram indivíduos talentosos a buscar oportunidades em
outros lugares, como gestores que demonstram não apenas
confiança, mas também arrogância absoluta, ou gerentes que
parecem descomprometidos, de forma física, mental ou ambas.

Segundo o especialista, estas características prejudiciais, entre


outras, desviam-se significativamente das qualidades dos
líderes que os funcionários seguem de boa vontade e com
entusiasmo.

Ser um exemplo positivo em meio aos negativos, no entanto,


não é impossível. Confira a seguir cinco raras qualidades de
líderes excepcionais, conforme Schwantes.

1. Eles não têm medo de estarem errados


Os líderes arrogantes e desdenhosos de pontos de vista
divergentes costumam operar sob a suposição de que estão
sempre certos e esperam que todos os outros reconheçam isso
também, explica Schwantes.

Tal comportamento, no entanto, não reflete confiança e, ao


invés disso, é uma marca registrada do bullying intelectual.
“Líderes notáveis, aqueles com seguidores dedicados,
possuem a confiança necessária para ceder graciosamente
quando se prova que estão errados. Para eles, priorizar a
busca pela verdade supera a necessidade de serem vistos
como infalíveis. Esses líderes estão dispostos a reconhecer
seus erros, admitir quando estão errados ou ceder quando não
têm todas as respostas”, comenta.
2. Eles ouvem mais do que falam
Para achar um líder inseguro no trabalho, basta ouvir o que
eles dizem. Líderes confiantes são modestos e sabem o que
pensam; eles querem saber o que seus funcionários pensam,
declara o especialista.

“Na prática, [eles] permitem aos seus seguidores a liberdade de


pensar e fazer parte da conversa; fazem perguntas curiosas,
muitas perguntas: como algo é feito, o que você (o funcionário)
gosta nisso, o que aprendeu com isso e o que precisa para ser
melhor, mais produtivo, mais eficiente, etc. Grandes líderes
com seguidores leais entendem que sabem muito e procuram
saber ainda mais. E eles sabem que a maneira de fazer isso é
ouvir mais”, pontua.

3. Eles protegem a equipe de comportamentos


tóxicos
“Fofocas não verificadas dirigidas a um membro da equipe
podem inviabilizar toda a equipe. O seu impacto no local de
trabalho pode levar à perda de produtividade, perda de tempo,
divisão entre os funcionários e uma erosão gradual do moral e
da confiança”, alerta Schwantes.

Para evitar que isto aconteça, de acordo com ele, um líder com
uma base sólida de integridade deve intervir de forma decisiva
e declarar: “Isto acaba agora”, promovendo uma cultura de
trabalho positiva, onde o respeito, a colaboração e o trabalho
em equipe sejam baluartes contra comportamentos tóxicos
como fofoca, traição e intimidação.

4. Eles dão todo o crédito às pessoas


Líderes que recebem todo o crédito pelo trabalho de suas
equipes podem fazer com que o moral do grupo despenque,
afirma o especialista.

“Os grandes líderes, por outro lado, não precisam ser os


holofotes nem buscar validação. Em vez disso, eles celebram o
sucesso da equipe e destacam os outros. Isso aumenta a
confiança dos membros da equipe, levando a uma equipe mais
leal e produtiva”, ressalta.

5. Eles demonstram uma confiança humilde


“Líderes confiantes e humildes têm seguidores leais porque
não têm medo de buscar conselhos ou sugestões que os
mantenham no caminho certo e os movam na direção certa.
Estes líderes têm autoridade posicional, mas não a exercem
através do poder e do controle sobre pessoas e decisões; em
vez disso, sua humildade permite que os membros da equipe
assumam o controle e sintam que estão investindo no negócio
de forma empreendedora”, diz Schwantes.

Você também pode gostar